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Unesp Vestibular de 2009 - PROVAS 2° semestre - Língua Portuguesa e Redação

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Vestibular Meio 5. Prova de de ano 2009 L ngua Portuguesa Caderno de Quest es INSTRU ES 1. Conferir 2. assinar 3. esta 4. o seu noMe, n Mero de insCri o e n Mero da Carteira iMpressos na Capa deste Caderno. CoM Caneta de tinta azul ou preta a Capa do seu Caderno de respostas, no loCal indiCado. proVa Cont M 10 Quest es e uM teMa de reda o e ter dura o de 4 horas. Candidato soMente poder entregar o Caderno de respostas e sair do pr dio depois de transCorridas Contadas a partir do in Cio da proVa. 5. ao sair, o Candidato leVar este Caderno. 07.07.2009 2 h oras , 03. A comadre apresentada, entre v rias caracter sticas, como uma mulher que cumpria rigorosamente os hor rios. Transcreva duas passagens do fragmento em que essa qualidade est expl cita, referindo-se participa o da personagem nas missas. L NGUA PORTUGUESA INSTRU O: As quest es de n meros 01 a 03 tomam por base um fragmento do livro Mem rias de um sargento de mil cias, escrito por Manuel Ant nio de Almeida (1831-1861). Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ing nua ou tola at um certo ponto, e fin ria at outro; vivia do of cio de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papa-missas da cidade. Era a folhinha mais exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que se dizia missa em tal ou tal igreja, como a hora e at o nome do padre; era pontual ladainha, ao ter o, novena, ao seten rio; n o lhe escapava via-sacra, prociss o, nem serm o; trazia o tempo habilmente distribu do e as horas combinadas, de maneira que nunca lhe aconteceu de chegar igreja e achar j a missa no altar. De madrugada come ava pela missa da Lapa; apenas acabava ia das oito na S , e da saindo pilhava ainda a das nove em Santo Ant nio. O seu traje habitual era, como o de todas as mulheres de sua condi o e esfera, uma saia de lila preta, que se vestia sobre um vestido qualquer, um len o branco muito teso e engomado ao pesco o, outro na cabe a, ros rio pendurado no c s da saia, um raminho de arruda atr s da orelha, tudo isto coberto por uma cl ssica mantilha, junto renda da qual se pregava uma pequena figa de ouro ou de osso. (...) a mantilha era o traje mais conveniente aos costumes da poca; sendo as a es dos outros o principal cuidado de quase todos, era necess rio ver sem ser visto. A mantilha para as mulheres estava na raz o das r tulas para as casas; eram o observat rio da vida alheia. ...................................................................................................... Nesta ocasi o levantava-se a Deus, e as duas beatas interromperam a conversa [sobre o afilhado da comadre] para bater nos peitos. Era uma delas a vizinha do compadre, que prognosticava mau fim ao menino, e com quem ele prometera fazer uma estralada: a outra era uma das que tinham estado na fun o do batizado. A comadre, apenas ouviu isto, foi procurar o compadre; n o se pense por m que a levara a isso outro interesse que n o fosse a curiosidade; queria saber o caso com todos os detalhes; isso lhe dava longa mat ria para a conversa na igreja, e para entreter as parturientes que se confiavam aos seus cuidados. INSTRU O: As quest es de n meros 04 a 07 tomam por base o trecho inicial de uma obra do escritor brasileiro Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922). Ningu m sabia donde viera aquele homem. O agente do Correio pudera apenas informar que acudia ao nome de Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a correspond ncia que recebia. E era grande. Quase diariamente, o carteiro l ia a um dos extremos da cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um ma o alentado de cartas vindas do mundo inteiro, grossas revistas em l nguas arrevesadas, livros, pacotes... Quando Fabr cio, o pedreiro, voltou de um servi o em casa do novo habitante, todos na venda perguntaram-lhe que trabalho lhe tinha sido determinado. Vou fazer um forno, disse o preto, na sala de jantar. Imaginem o espanto da pequena cidade de Tubiacanga, ao saber de t o extravagante constru o: um forno na sala de jantar! E, pelos dias seguintes, Fabr cio p de contar que vira bal es de vidros, facas sem corte, copos como os da farm cia um rol de coisas esquisitas a se mostrarem pelas mesas e prateleiras como utens lios de uma bateria de cozinha em que o pr prio diabo cozinhasse. O alarme se fez na vila. Para uns, os mais adiantados, era um fabricante de moeda falsa; para outros, os crentes e simples, um tipo que tinha parte com o tinhoso. Chico da Tirana, o carreiro, quando passava em frente da casa do homem misterioso, ao lado do carro a chiar, e olhava a chamin da sala de jantar a fumegar, n o deixava de persignar-se e rezar um credo em voz baixa; e, n o fora a interven o do farmac utico, o subdelegado teria ido dar um cerco casa daquele indiv duo suspeito, que inquietava a imagina o de toda uma popula o. Tomando em considera o as informa es de Fabr cio, o botic rio Bastos concluir que o desconhecido devia ser um s bio, um grande qu mico, refugiado ali para mais sossegadamente levar avante os seus trabalhos cient ficos. Homem formado e respeitado na cidade, vereador, m dico tamb m, porque o doutor Jer nimo n o gostava de receitar e se fizera s cio da farm cia para mais em paz viver, a opini o de Bastos levou tranquilidade a todas as consci ncias e fez com que a popula o cercasse de uma silenciosa admira o a pessoa do grande qu mico, que viera habitar a cidade. De tarde, se o viam a passear pela margem do Tubiacanga, sentando-se aqui e ali, olhando perdidamente as guas claras do riacho, cismando diante da penetrante melancolia do crep sculo, todos se descobriam e n o era raro que s boas noites acrescentassem doutor . E tocava muito o cora o daquela gente a profunda simpatia com que ele tratava as crian as, a maneira pela qual as contemplava, parecendo apiedar-se de que elas tivessem nascido para sofrer e morrer. (Manuel Ant nio de Almeida, Mem rias de um sargento de mil cias) 01. O sincretismo religioso, isto , a fus o de diferentes cultos ou doutrinas religiosas (cf. Dicion rio Houaiss) era comum em nossa cultura, na poca retratada na obra de Manuel Ant nio de Almeida. A descri o da comadre, feita com vivacidade pelo enunciador do texto, permite afirmar que ela dada a essa pr tica? Justifique sua resposta, com base em uma passagem do texto. 02. Ao referir-se ao fato de a comadre procurar o compadre, a fim de conversar sobre o afilhado, o enunciador fornece a mesma explica o dada raz o de ela abra ar o of cio de parteira. Identifique essa explica o, relacionando-a com os costumes da poca, especialmente com o uso da mantilha pelas mulheres. UNESP/L ngua Portuguesa (Lima Barreto, A nova Calif rnia) 2 04. Na primeira parte do fragmento, Raimundo Flamel recebe qualificativos praticamente neutros (como desconhecido, novo habitante) e, a partir de pormenores contados por Fabr cio, sua descri o se reveste de certo car ter negativo (o pr prio diabo, um tipo que tinha parte com o tinhoso, homem misterioso e indiv duo suspeito). Pela interven o do botic rio Bastos, por m, o conceito do homem passa a ser positivo. Extraia do texto dois exemplos que focalizem essa admira o que a popula o de Tubiacanga vai desenvolver, com respeito a Flamel. a mencionar a televis o, para ficar com um dos exemplos mais c lebres. Nos ltimos anos, os canais de televis o no mundo todo iniciaram a produ o de programas que se ocupam do cotidiano de pessoas comuns, colocadas para conviverem juntas num mesmo ambiente. Por meio dos votos dos telespectadores, h a sele o de um vencedor. O sobrevivente recebe, ao t rmino do programa, um montante em dinheiro. No Brasil, a f rmula intitulada Big Brother Brasil . (Fabiana Cristina Komesu, Blogs e as pr ticas de escrita sobre si na Internet) 08. Ao lado de termos estrangeiros (blog, weblog, software, online), o fragmento emprega express es portuguesas que se relacionam diretamente s novas tecnologias, especialmente o computador e a internet. Cite duas dessas express es, comentando diferen as quanto ao sentido corriqueiro das palavras destacadas e sua nova acep o. 05. Ainda que o enunciador do texto possa ser considerado discreto e convencional, h pelo menos uma passagem em que se dirige concretamente a eventuais leitores. Transcreva a palavra com que ele realiza essa a o, identifique o modo verbal no qual ela se apresenta e comente o efeito de sentido que tal atitude do narrador provoca, no texto. 09. Explicite os objetivos da cria o do blog e os motivos de seu sucesso, no mundo contempor neo, considerando os dados fornecidos pelo fragmento escrito por Fabiana Komesu. 06. Os verbos, quando flexionados no pret rito mais-que-perfeito, indicam uma a o que ocorreu antes de outra, tamb m j passada. No fragmento de Lima Barreto, observam-se algumas formas no pret rito mais-que-perfeito: viera (linha 1), pudera (linha 2), fora (linha 25), fizera (linha 34). Entretanto, uma dessas formas foi usada em lugar de outro tempo verbal. Indique qual essa forma e qual o tempo que substitui, no contexto. 10. Tendo em vista as informa es contidas no texto, o blog poderia ser relacionado ao g nero di rio, uma vez que seu conte do trata do cotidiano e das hist rias de pessoas consideradas comuns . Todavia, o g nero blog se distancia dos di rios em vista de algumas de suas caracter sticas, as quais tamb m podem ser observadas, no fragmento. Aponte duas diferen as entre esses dois g neros, apresentando explica es sucintas. 07. Levando em considera o os sentidos acionados pelo fragmento de A nova Calif rnia, explique por que Raimundo Flamel designado como um grande qu mico , no s timo par grafo, mas aparece como (d)o grande qu mico , no par grafo seguinte, substituindo-se o artigo indefinido pelo definido. REDA O INSTRU O: Leia atentamente os textos seguintes. INSTRU O: As quest es de n meros 08 a 10 tomam por base trecho de um texto de Fabiana Cristina Komesu, publicado na obra Hipertexto e g neros digitais, organizada por Luiz Ant nio Marcuschi e Ant nio Carlos Xavier. Blog uma corruptela de weblog, express o que pode ser traduzida como arquivo na rede . Os blogs surgiram em agosto de 1999 com a utiliza o do software Blogger, da empresa do norte-americano Evan Williams. O software fora concebido como uma alternativa popular para a publica o de textos on-line, uma vez que a ferramenta dispensava o conhecimento especializado em computa o. A facilidade para a edi o, atualiza o e manuten o dos textos em rede foram e s o os principais atributos para o sucesso e a difus o dessa chamada ferramenta de auto-express o. A ferramenta permite, ainda, a conviv ncia de m ltiplas semioses, a exemplo de textos escritos, de imagens (fotos, desenhos, anima es) e de som (m sicas, principalmente). Atualmente, a maior parte dos provedores n o cobra taxa para a hospedagem de um blog. (...) Sob essas condi es de acesso, a parcela da popula o que usufrui de computador e internet pode utilizar o software para a express o de seus sentimentos, principalmente, na atividade de escrita e por meio de outras semioses, como a imagem e o som. N o se trata da exibi o da vida particular de celebridades, mas do cotidiano e das hist rias de pessoas consideradas comuns porque n o exercem quaisquer atividades que lhes deem destaque social, a n o ser o fato de possu rem um blog na rede. A avalia o das pr ticas sociais de um exibicionismo da vida privada em eventos textuais como os blogs quest o que pode ser estendida a outros meios de comunica o. Limito-me Depois daquele beijo F bio Cordeiro, 27 anos, seis de profiss o, um paparazzo que pelo menos tr s vezes por semana frequenta a praia do Leblon em busca de celebridades para fotografar. O Rio de Janeiro uma esp cie de Hollywood brasileira, em parte por abrigar os artistas da Rede Globo, s que com belas praias, o que deixa as pessoas naturalmente mais expostas. Naquela sexta-feira 25 de fevereiro, Cordeiro n o precisou esperar muito s vezes faz plant o de at oito horas. Uma bab deu a dica. Chico (Buarque de Hollanda) estava na rea e ela tamb m queria fotograf -lo. Ele ficou observando o cantor tirar o t nis, cumprimentar uma mo a e ir para o mar. Logo em seguida, a mo a mergulhou, eles conversaram, se abra aram, se beijaram e sa ram da gua de m os dadas. E o fot grafo registrou tudo. Invas o de privacidade quando voc tem que vencer um obst culo ou entrar em propriedade privada. Ao lado de Cordeiro h opini es de peso. Edson Vidigal, presidente do Superior Tribunal de Justi a (STJ), diz que, realmente, o fato de uma pessoa p blica ser fotografada em local p blico n o caracteriza invas o de privacidade. Ele cita o Carnaval de 1994, em que a modelo L lian Ramos foi fotografada sem calcinha ao lado do presidente Itamar Franco. Vidigal adverte que fotos tiradas por cima de muros, com teleobjetivas, estas, sim, s o claras viola es de privacidade. Ant nio Carlos de Almeida Castro, um dos mais conhecidos advogados de Bras lia, lembra que n o h diferen as entre pessoas famosas e desconhecidas em lugares p blicos. Se um casal flagrado junto num jogo de futebol, e outros n o poderiam saber, trata-se de uma infelicidade, e n o de viola o de privacidade. (Isto , 16.03.2005) 3 UNESP/L ngua Portuguesa Sob o olhar do Twitter Proposta de Reda o Um servi o global de mensagens r pidas desafia os h bitos de comunica o e reinventa o conceito de privacidade Nos textos da Prova de L ngua Portuguesa, focaliza-se, de maneira direta, o interesse pela vida alheia. De modo semelhante, nos dois textos de apoio, transcritos nesta parte, o conte do aponta para o gosto por invadir a privacidade. Ivan Martins e Renata Leal Vivemos a era da exposi o e do compartilhamento. P blico e privado come am a se confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. Levando em considera o as ideias expressas nesses textos e sua pr pria experi ncia, escreva uma reda o, no g nero dissertativo, sobre o seguinte tema: O trecho acima tem 140 caracteres exatos. uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. N o f cil esse tipo de s ntese, mas dezenas de milh es de pessoas o praticam diariamente. No mundo todo s o disparados 2,4 trilh es de SMS por m s, e neles cabem 140 toques ou pouco mais. Tamb m comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber chamados em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos conectados. Superconectados, na verdade, de v rias formas. H 1,57 bilh o de pessoas que usam a internet e 3,3 bilh es com celulares e as duas redes est o se fundindo. H uma nova sintaxe em constru o, a das mensagens. Pr ticas da internet migraram para o mundo do celular e coisas do mundo do celular invadiram a rede de computadores. A difus o de informa o digital iniciada pela web em 1995 est se aprofundando e traz com ela mudan as radicais de costumes. As pessoas n o param de falar e n o querem parar de receber. Elas querem se exibir e querem ver. Tudo. A tecnologiA e A invAs o dA privAcidAde O mais recente exemplo da demanda total por conex o e de uma nova sintaxe social o Twitter, o novo servi o de troca de mensagens pela internet. Criado em 2006, decolou no ano passado e j tem 6 milh es de usu rios no mundo. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens s o de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os seguidores gente que acompanha o emissor. (...) Outro aspecto do Twitter que provoca controv rsia a invas o da privacidade. As conversas que se travam no servi o s o p blicas. Basta se registrar como seguidor de algu m (n o preciso autoriza o) para acompanhar as conversas. Mas qualquer pessoa pode ler a p gina de algu m no Twitter sem ter uma conta. Coisas pessoais acabam tornadas p blicas, de maneira talvez ing nua. Aqueles que n o entendem suas vidas p blicas on-line estar o um dia merc daqueles que entendem e sabem como cavar aquelas maravilhosas hist rias que as pessoas est o deixando na internet , diz [John] Grohol [psic logo americano]. Essa uma quest o que n o tem o mesmo valor para diferentes gera es. poss vel que os adolescentes e jovens de hoje se arrependam de seus perfis abertos no Twitter e no Orkut. Mas poss vel, tamb m, que eles construam uma nova rela o com suas personas digitais, uma rela o muito mais aberta e permissiva do que a gera o anterior seria capaz de admitir. A nova ideia de privacidade em constru o convive com o exibicionismo e o voyeurismo da rede. ( poca, 16.03.2009) UNESP/L ngua Portuguesa 4

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