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Unesp Vestibular de 2007 - PROVAS ESPECIFICAS 1° SEMESTRE - Português

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VESTIBULAR 2007 PROVA DE L NGUA PORTUGUESA CADERNO DE QUEST ES INSTRU ES 1. CONFERIR SEU NOME E N MERO DE INSCRI O NA CAPA DESTE CADERNO. 2. ASSINAR COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA A CAPA DO SEU CADERNO DE RESPOSTAS, NO LOCAL INDICADO. 3. ESTA PROVA CONT M 10 QUEST ES E UM TEMA DE REDA O E TER DURA O DE 4 HORAS. 4. O CANDIDATO SOMENTE PODER ENTREGAR O CADERNO DE RESPOSTAS E SAIR DO PR DIO DEPOIS DE TRANSCORRIDAS 2 HORAS, CONTADAS A PARTIR DO IN CIO DA PROVA. 5. AO SAIR, O CANDIDATO LEVAR ESTE CADERNO. INSTRU O: As quest es de n meros 04 a 07 se baseiam na letra do samba-can o Escultura, de Adelino Moreira (1918-2002) e Nelson Gon alves (1919-1998) e numa passagem do romance O Garimpeiro, do escritor rom ntico Bernardo Guimar es (1825-1884). L NGUA PORTUGUESA INSTRU O: As quest es de n meros 01 a 03 fazem refer ncia a uma passagem do romance Incidente em Antares, de rico Ver ssimo (1905-1975). Escultura Cansado de tanto amar, Eu quis um dia criar Na minha imagina o Uma mulher diferente De olhar e voz envolvente Que atingisse a perfei o. Incidente em Antares Fez-se um novo sil ncio. De fora vinham vozes humanas. De vez em quando se ouvia o zumbido do elevador do hospital. Tombou uma p tala de uma das rosas. Quit ria soltou um suspiro. Z zimo agora parecia adormecido. Tib rio pensou em Cleo com uma saudade t til. Neste quarto, Tib disse Quit ria dentro destas quatro paredes o Z zimo e eu temos falado em assuntos em que nunca t nhamos tocado antes. Nossa morte, por exemplo Pois n o lhes gabo o gosto resmungou Tib rio. Tib , tens fama de valente. Vives contando bravatas, proezas em revolu es e duelos patacoadas! No entanto tens medo de pensar na tua morte, tens horror a encarar a realidade. Tirou os culos, limpou-lhes as lentes com um lencinho, e depois prosseguiu: Que esperas mais da vida? Os nossos filhos est o criados, n o precisam mais de n s. Mais que isso: n o querem saber de n s, de nossas id ias, de nossas manias, de nossa maneira de pensar e viver. Acho que todo homem v sua cara todas as manh s no espelho, na hora de se barbear. Que que o espelho diz? Diz que o tempo passa sem parar. E que essas manchas que a gente tem no rosto (tu, eu, o Z zimo, todos os que chegam nossa idade), essas manchas pardas s o bilhetinhos que a Magra escreve na nossa pele. Eu leio todos os dias esses recados, mas tu, Tib , tu s analfabeto ou ent o te fazes de desentendido. Comecei a esculturar No meu sonho singular Essa mulher fantasia. Dei-lhe a voz de Dulcin ia, A mal cia de Frin ia E a pureza de Maria. Em Gioconda fui buscar O sorriso e o olhar, Em Du Barry o glamour, E, para maior beleza, Dei-lhe o porte de nobreza De madame Pompadour. E assim, de retalho em retalho, Terminei o meu trabalho, O meu sonho de escultor, E, quando cheguei ao fim, Tinha diante de mim Voc , s voc , meu amor. ( rico Ver ssimo. Incidente em Antares. 12 ed. Porto Alegre: Editora Globo. 1974, p.104.) (Adelino Moreira e Nelson Gon alves. Escultura. In: Nelson Gon alves. A volta do bo mio. CD n.o 7432128956-2, Sonopress BMG Ariola Discos, Ltda., S o Paulo, 1996.) O garimpeiro 01. A rela o sem ntica entre substantivos e adjetivos na frase, quando incomum, traz maior for a expressiva a certas passagens dos textos. Releia o fragmento de Incidente em Antares e explique, com base no contexto, o significado que surge da rela o entre o substantivo saudade e o adjetivo t til na express o saudade t til , com a qual o narrador descreve a lembran a moment nea que a personagem Tib rio teve de sua amante Cleo. L cia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarand brunido, seus olhos tamb m eram assim, castanhos bem escuros. Este tipo, que n o muito comum, d uma gra a e suavidade indefin vel fisionomia. Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que , a meu ver, a mais am vel de todas as cores. Suas fei es, ainda que n o eram de irrepreens vel regularidade, eram indicadas por linhas suaves e harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura. Retirada na solid o da fazenda paterna, desde que sa ra da escola, L cia crescera como o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas gra as naturais, e conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inoc ncia da inf ncia. L cia n o tinha uma dessas cinturas t o estreitas que se possam abranger entre os dedos das m os; mas era fina e flex vel. Suas m os e p s n o eram dessa pequenez e delicadeza hiperb lica, de que os romancistas fazem um dos principais m ritos das suas hero nas; mas eram bem feitos e proporcionados. L cia n o era uma dessas fadas de formas a reas e vaporosas, uma s lfide ou uma bayad re*, dessas que fazem o encanto dos sal es do luxo. Tom -la- eis antes por uma das companheiras de Diana a ca adora, de formas esbeltas, mas vigorosas, de singelo mas gracioso gesto. Todavia era dotada de certa eleg ncia natural, e de uma delicadeza de sentimentos que n o se esperaria encontrar em uma roceira. 02. Um dos fatos mais terr veis para os seres humanos a morte, que por esta raz o se torna tema dominante nas artes de todos os tempos. Nas religi es, o tema da morte tamb m constante, pela busca de uma solu o para o problema, por meio da afirma o da exist ncia da alma e de divindades que acolheriam as almas ap s a morte do corpo. Partindo deste coment rio, releia atentamente o fragmento de Incidente em Antares e estabele a, interpretando o que diz Quit ria, a diferen a entre o modo como ela considera a morte e o modo como, na opini o da pr pria Quit ria, Tib rio reage id ia da morte. 03. Considerando que o ltimo per odo da fala de Quit ria (de E que at desentendido ) constitui uma esp cie de alegoria sobre o envelhecimento, indique o significado que assume no contexto a palavra analfabeto , empregada por Quit ria com rela o a Tib rio. UNESP/L nguaPortuguesa (*) Bayad re (franc s): dan arina das ndias, dan arina de teatro. (Bernardo Guimar es. O garimpeiro - romance. Rio de Janeiro: B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.) 2 04. Na descri o da beleza das mulheres, os escritores nem sempre se restringem realidade, mesclando aspectos reais e ideais. Uma das caracter sticas do Romantismo, a esse respeito, era a forte tend ncia para a idealiza o, embora nem todos os ficcionistas a adotassem como regra dominante. Com base nestas informa es, releia atentamente o quarto par grafo do fragmento de O Garimpeiro e identifique na descri o da personagem L cia uma atitude cr tica do narrador ao idealismo rom ntico. (Allan Sieber, in: Folha de S.Paulo, 14.05.2006. Folha Ilustrada, p. E-11.) 08. Embora pare a focalizar os dias atuais em nosso pa s, como faz a tira de Allan Sieber, o texto de E a de Queir s foi escrito em junho de 1871, para retratar a situa o sociocultural, econ mica e pol tica de Portugal. Releia com aten o o fragmento e, tendo tamb m em mente a realidade atual, explique o que quer dizer o autor com o per odo: O Estado considerado na sua a o fiscal como um ladr o e tratado como um inimigo. 05. Pela concord ncia nominal, o adjetivo tem de ajustar sua flex o do substantivo ou substantivos a que se refere. Considerando este fato, releia o fragmento de O Garimpeiro e explique a raz o por que, no quarto par grafo, os adjetivos feitos e proporcionados est o flexionados no plural e no masculino. 06. O ritmo dos versos em L ngua Portuguesa obtido pela altern ncia de s labas fracas e fortes ao longo de cada verso e da estrofe. Essa altern ncia faz com que versos de sete s labas, como os da letra de Nelson Gon alves, tenham normalmente tr s s labas fortes, embora n o seja raro apresentarem apenas dois ou at mesmo mais de tr s acentos em seu curso. Levando este fato em considera o, aponte, na ltima estrofe da letra, o verso em que a maior concentra o emocional marcada por uma maior ocorr ncia de s labas fortes. 09. Em Uma campanha alegre, E a se serve, entre outros recursos discursivos, do ac mulo de frases curtas, da repeti o de palavras e express es, do paralelismo. Com base nessa informa o, demonstre o car ter paralel stico da seq ncia O sal rio diminui. A renda diminui. 10. N o dif cil verificar que h um parentesco bastante grande entre o texto de E a de Queir s e a tira de Allan Sieber, apesar da diferen a de g nero e de tom, s rio e acusat rio em E a, jocoso e debochado, sem deixar de ser acusat rio, em Sieber. Releia ambos os textos com base neste coment rio e explique em que medida o fato que humoristicamente sugerido no terceiro quadrinho da tira de Sieber representa um exemplo do que E a afirma no primeiro per odo de seu texto. 07. Servindo-se dos conceitos de real e de ideal , explique a conclus o a que chega o eu-poem tico na ltima estrofe da letra de Escultura. INSTRU O: As quest es de n meros 08 a 10 tomam por base um trecho de Uma campanha alegre, de E a de Queir s (18451900) e uma tira de Allan Sieber (1972-). REDA O Uma campanha alegre O Pa s perdeu a intelig ncia e a consci ncia moral. Os costumes est o dissolvidos e os caracteres corrompidos. A pr tica da vida tem por nica dire o a conveni ncia. N o h princ pio que n o seja desmentido, nem institui o que n o seja escarnecida. Ningu m se respeita. N o existe nenhuma solidariedade entre os cidad os. J se n o cr na honestidade dos homens p blicos. A classe m dia abate-se progressivamente na imbecilidade e na in rcia. O povo est na mis ria. Os servi os p blicos v o abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas id ias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferen a de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O t dio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos caf s. A ru na econ mica cresce, cresce, cresce O com rcio definha. A ind stria enfraquece. O sal rio diminui. A renda diminui. O Estado considerado na sua a o fiscal como um ladr o e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia propriet ria de casas explora o aluguel. A agiotagem explora o juro. ( ) A intriga pol tica alastra-se por sobre a sonol ncia enfastiada do Pa s. Apenas a devo o perturba o sil ncio da opini o, com padre-nossos maquinais. N o uma exist ncia, uma expia o. INSTRU O: Leia atentamente as frases seguintes, que podem ser encontradas em textos de toda a m dia. Em apenas cinco minutos, voc pode chapar a barriga Detone quatrocentas calorias em uma hora Experimente a nova dieta anticelulite Elimine os sinais de envelhecimento Ganhe uma barriguinha seca e um corpo em forma em nossa academia A nossa dieta enxuga a gordura do corpo e deixa a cintura fininha Fa a gin stica facial para eliminar rugas e linhas de express o Dez exerc cios para esculpir suas pernas e coxas Desenvolva rapidamente seus b ceps Ganhe m sculos em seis meses e conquiste todas as gatas Torne-se um homem de corpo sarado e jeito de menino Desfile na praia com o corpo dos seus sonhos Turbine seus l bios Voc pode ter um culote sequinho Deixamos sua barriga zerada Voc pode ser mais bonita: rinoplastia, lipoaspira o, mamoplastia de aumento, mamoplastia de redu o, lifting facial Ganhe pernas e bumbum torneados Exerc cios para ficar com seios exuberantes Com alguns minutos por dia, deixamos seu corpo douradinho Voc pode mudar a cor de seus olhos S tem cabelos brancos quem quer. (E a de Queir s. Obras de E a de Queir s. vol. III. Porto:Lello & Irm o, [s.d.], p. 959-960.) 3 UNESP/L nguaPortuguesa Proposi o Os textos das quest es de n meros 04 a 07 focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza das mulheres, em diferentes pocas. As frases apresentadas como base para esta reda o, todas fundamentadas em mat rias de revistas dirigidas para a cultura f sica, est tica e emagrecimento, colocam a quest o da busca da beleza f sica, n o apenas pelas mulheres, mas tamb m pelos homens nos dias atuais. Estimulada intensamente pela m dia, a busca da sa de se confunde freq entemente com a busca, pelo homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de causar inveja e de impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo, muitas pessoas fazem quaisquer tipos de sacrif cios, n o poucas vezes dando maior import ncia apar ncia do que pr pria sa de f sica e mental. Com base neste coment rio e, se julgar necess rio, nas frases que serviram como exemplo, fa a uma reda o em prosa, de g nero dissertativo, sobre o tema A BUSCA DA BELEZA DO CORPO NOS DIAS ATUAIS UNESP/L nguaPortuguesa 4

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