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Unesp Vestibular 2010 - 2º semestre - 2ª fase - Linguagens e códigos

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Assinatura do Candidato VESTIBULAR MEIO DE ANO 2010 PROVA DE CONhECIMENTOS ESPEC fICOS E REDA O 05.07.2010 4. Linguagens e C digos (Quest es 25 - 36) Verifique se est o corretos seu nome e n mero de inscri o impressos na capa deste caderno. Assine com caneta de tinta azul ou preta apenas no local indicado. Esta prova cont m 12 quest es discursivas e uma proposta de reda o. A prova ter a dura o total de 4h30. A prova deve ser feita com caneta de tinta azul ou preta. A resolu o e a resposta de cada quest o devem ser apresentadas no espa o correspondente. N o ser o consideradas quest es resolvidas fora do local indicado. O candidato somente poder entregar este caderno e sair do pr dio depois de transcorridas 2h15, contadas a partir do in cio da prova. VESTIBULAR MEIO DE ANO 2010 Os rascunhos n o ser o considerados na corre o. N O ESCREVA NESTE ESPA O Instru o: As quest es de n meros 25 a 28 tomam por base um fragmento do romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-1895), em que o narrador comenta suas rea es ao ensino que recebia no col gio: o Ateneu A doutrina crist , anotada pela profici ncia do explicador, foi ocasi o de dobrado ensino que muito me interessou. Era o c u aberto, rodeado de altares, para todas as cria es consagradas da f . Curioso encarar a grandeza do Alt ssimo; mas havia janelas para o purgat rio a que o Sanches se debru ava comigo, cuja vista muito mais seduzia. E o preceptor tinha um tempero de un o na voz e no modo, uma sobranceria de diretor espiritual, que fala do pecado sem macular a boca. Expunha quase compungido, fincando o olhar no teto, fazendo estalar os dedos, num enlevo de abstra o religiosa; expunha, demorando os incidentes, as mais cabeludas manifesta es de Satan s no mundo. Nem ao menos dourava os chifres, que me n o fizessem medo; pelo contr rio, havia como que o capricho de surpreender com as fantasias do Mal e da Tenta o, e, segundo o lineamento do Sanches, a cauda do dem nio tinha talvez dois metros mais que na realidade. Insinuou-me, certo, uma vez, que n o t o feio o dito, como o pintam. O catecismo come ou a infundir-me o temor apavorado dos or culos obscuros. Eu n o acreditava inteiramente. Bem pensando, achava que metade daquilo era inven o malvada do Sanches. E quando ele punha-se a contar hist rias de castidade, sem aten o parvidade da mat ria do preceito teol gico, mulher do pr ximo, Concei o da Virgem, terceiro-lux ria, brados ao c u pela sensualidade contra a natureza, vantagens morais do matrim nio, e porque a carne, a inocente carne, que eu s conhecia condenada pela quaresma e pelos monopolistas do bacalhau, a pobre carne do beef, era inimiga da alma; quando retificava o meu engano, que era outra a carne e guisada de modo especial e muito especialmente trinchada, eu mordia um pedacinho de indigna o contra as cal nias santa cartilha do meu devoto credo. Mas a coisa interessava e eu ia colhendo as informa es para julgar por mim oportunamente. Na tabuada e no desenho linear, eu prescindia do colega mais velho; no desenho, porque achava gra a em percorrer os caprichosos tra os, divertindo-me a geometria mi da como um brinquedo; na tabuada e no sistema m trico, porque perdera as esperan as de passar de med ocre como ginasta de c lculos, e resolvera deixar a Maur lio ou a quem quer que fosse o primado das cifras. Em dois meses t nhamos vencido por alto a mat ria toda do curso; e, com este preparo, sorria-me o agouro de magn fico futuro, quando veio a fatalidade desandar a roda. (Raul Pompeia. O Ateneu. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1963.) 3 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 25 Nesta passagem de O Ateneu, romance que a cr tica liter ria ainda hesita em classificar dentro de um nico estilo liter rio, a personagem narradora se refere ao ensino de religi o crist , desenho e matem tica, mostrando atitudes diferentes com rela o aos conte dos de cada disciplina. Releia o texto e, a seguir, explique a raz o de a personagem narradora declarar, no pen ltimo par grafo, que prescindia do colega mais velho no aprendizado de desenho. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 4 Quest o 26 No primeiro par grafo, a personagem Sanches, aluno mais velho que atuava como esp cie de preceptor para os estudos de S rgio, o mais novo, se refere a duas entidades da religi o crist , contextualizando valores opostos a cada uma delas. Identifique as duas entidades e os valores a que est o respectivamente associadas. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 5 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 27 Embora no uso popular a palavra agouro apresente muitas vezes a acep o de previs o ruim , seu significado original n o tem essa marca pejorativa, mas, simplesmente, o de progn stico, previs o, predi o, aug rio. Leia atentamente o ltimo par grafo do fragmento de O Ateneu e, a seguir, explique, comprovando com base em elementos do contexto, em que sentido o narrador empregou a palavra agouro. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 6 Quest o 28 Ao focalizar os pecados contra as virtudes estipuladas pela religi o, no segundo par grafo, o narrador de certo modo se diverte e faz um jogo de palavras com duas diferentes acep es de carne. Releia atentamente o par grafo e explique esse jogo de palavras. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 7 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Instru o: As quest es de n meros 29 a 32 tomam por base um poema do repentista cearense Patativa do Assar (1909-2002) e uma passagem do livro O disc pulo de Ema s de Murilo Mendes (1901-1975): Sofre o povo priva o Mas n o pode recram , Ispondo suas raz o Nas coluna do jorn . Mas, tudo na vida passa, Antes que a grande desgra a Deste povo que padece Se istenda, cres a e redrobe, O Brasi de Baxo sobe E o Brasi de Cima desce. BrAsI De cImA e BrAsI De BAxo [...] Inquanto o Brasi de Cima Fala de transforma o, Industra, mat ra prima, Descobertas e inven o, No Brasi de Baxo isiste O drama penoso e triste Da negra necissidade; uma cousa sem jeito E o povo n o tem dereito Nem de diz a verdade. Brasi de Baxo subindo, Vai hav transforma o Para os que veve sintindo Abondono e sujei o. Se acaba a dura senten a E a liberdade de imprensa Vai s leg e comum, Em vez deste grande apuro, Todos v o t no futuro Um Brasi de cada um. No Brasi de Baxo eu vejo Nas ponta das pobre rua O descontente cortejo De crian a quage nua. Vai um grupo de garoto Faminto, doente e roto Mode ca o que com Onde os carro p e o lixo, Como se eles fosse bicho Sem direito de viv . Brasi de paz e praz , De riqueza todo cheio, Mas, que o dono do pod Respeite o dereito aleio. Um grande e rico pa s Munto ditoso e feliz, Um Brasi dos brasil ro, Um Brasi de cada qu , Um Brasi nacion Sem monopolo istrang ro. Estas pequenas pessoa, Estes fio do abandono, Que veve vagando toa Como objeto sem dono, De man ra que horroriza, Deitado pela marquiza, Dromindo aqui e acul No mais penoso relaxo, deste Brasi de Baxo A crasse dos margin . (Patativa do Assar (Ant nio Gon alves da Silva). Cante l que eu canto c . 6. Ed. Crato: Vozes/Funda o Pe. Ibiapina/Instituto Cultural do Cariri. Rio de Janeiro: Editora Civiliza o Brasileira, 1986.) Meu Brasi de Baxo, amigo, Pra onde que voc vai? Nesta vida do mendigo Que n o tem m e nem tem pai? N o se afrija, nem se afobe, O que com o tempo sobe, O tempo mesmo derruba; Tarvez ainda aconte a Que o Brasi de Cima des a E o Brasi de Baxo suba. o DIsc pulo De emA s A harmonia da sociedade somente poder ser atingida mediante a execu o de um c digo espiritual e moral que atenda, n o s ao bem coletivo, como ao bem de cada um. A concilia o da liberdade com a autoridade , no plano pol tico, um dos mais importantes problemas. A extens o das possibilidades de melhoria a todos os membros da sociedade, sem distin o de ra as, credos religiosos, opini es pol ticas, um dos imperativos da justi a social, bem como a apropria o pelo Estado dos instrumentos de trabalho coletivo. (Murilo Mendes. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.) UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 8 Quest o 29 Os dois fragmentos apresentados focalizam o mesmo tema de formas diferentes, em poesia e em prosa. Em seu poema, Patativa do Assar reclama, entre outras coisas, da falta de liberdade sofrida pelo povo do Brasi de Baxo. No segundo per odo do fragmento de Murilo Mendes a mesma quest o abordada sob outro ponto de vista. Explique o que se fala nesse fragmento a respeito da liberdade. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 9 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 30 Patativa do Assar criou um discurso poem tico peculiar, que estiliza a fala popular e rural. Por isso, ao escrever seus poemas, usa tamb m suas pr prias normas ortogr ficas, bem como regras gramaticais desse linguajar do povo. Releia atentamente a terceira estrofe do poema e a reescreva em discurso considerado culto, sem se preocupar com a quebra do ritmo ou da rima. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 10 Quest o 31 Relendo o primeiro per odo do fragmento de Murilo, podemos at imagin -lo como uma resposta sexta estrofe do poema de Patativa. Compare ambas as passagens e, a seguir, explique o que Murilo sugere para que na sociedade se possa atingir, como diz um texto, Um Brasi de cada um, ou o outro texto, o bem de cada um. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 11 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 32 Como Patativa imita o linguajar do povo, seu discurso poem tico incorpora regras gramaticais desse linguajar, que n o s o as mesmas da norma culta. Estabele a a diferen a entre a concord ncia verbal utilizada pelo poeta nos versos Onde os carro p e o lixo, / Como se eles fosse bicho e a que se observa na norma culta. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 12 Instru o: Leia o texto Human values and the design of computer technology para responder as quest es de n meros 33 a 36, em portugu s. HumAn vAlues AnD tHe DesIgn of computer tecHnology Batya Friedman Introduction Many of us when we design and implement computer technologies focus on making a machine work reliably, efficiently and correctly. Rarely do we focus on human values. Perhaps we believe in value-neutral technology. Perhaps we believe that issues of In their work, system designers necessarily value belong only to social scientists, philosophers, or policy makers. impart moral and social values. Yet how? What values? Whose values? For if human values such as freedom of speech, rights to property, accountability, privacy, and autonomy are controversial, then on what basis do some values override others in the design of, say, hardware, algorithms, and databases? Moreover, how can designers working within a corporate structure and with a mandate to generate revenue bring value-sensitive design into the workplace? Does technology have values? About four decades ago, snowmobiles were introduced into the Inuit Does technology have values? communities of the Arctic, and have now largely replaced travel by dog sleds. This technological innovation thereby altered not only patterns of transportation, but symbols of social status, and moved the Inuit toward a dependence on a money economy. Now a computer example. Electronic mail rarely displays the sender s status. Is the sender a curious lay person, system analyst, full professor, journalist, assistant professor, entry level programmer, senior scientist, high school student? Who knows until the e-mail is read, and maybe not even then. This design feature (and associated conventions) has thereby played a significant role in allowing electronic communication to cross traditional hierarchical boundaries and to contribute to the restructuring of organizations. The point is this: In various ways, technological innovations do not stand apart from human values. But, still, what would it mean to say that technology has values? In terms of computer system design, we are not so privileged as to determine rigidly the values that will emerge from the systems we design. But neither can we abdicate responsibility. (http://books.google.com.br. Adaptado.) 13 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 33 Segundo o texto, ao planejar e implementar tecnologias computacionais, consideramos os valores humanos? Por qu ? RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 14 Quest o 34 Quais valores humanos s o apontados no primeiro par grafo do texto? RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 15 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o Quest o 35 Dos cinco enunciados apresentados, indique dois que completam adequada e respectivamente as duas lacunas indicadas no texto: (1) The three arguments may be correct. (2) Let us consider two examples. (3) Moral and social values are not important. (4) Neither belief is correct. (5) One example is enough to illustrate my point. RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 16 Quest o 36 A autora acredita que inova es tecnol gicas possam ocorrer sem se considerar os valores humanos? Se sim, qual trecho do texto essa postura da autora torna-se expl cita? RESOLU O E RESPOSTA CORRE O REVIS O 17 UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o REDA O PROPOSI O Segundo se pode verificar no site Brasil Ponto a Ponto (http://www.brasilpontoaponto.org.br), durante o ano passado, pesquisadores do PNUD Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento perguntaram a internautas brasileiros O que precisa mudar no Brasil para a sua vida melhorar de verdade? . A an lise das respostas permite criar um novo ndice, o IVH ndice de Valor Humano, para orientar as pol ticas p blicas do pa s. As respostas, na m dia nacional, indicaram como os cinco pontos mais votados: educa o, pol tica p blica, viol ncia, valores, emprego. Surpreenderam-se os pesquisadores com o fato de muitas pessoas apontarem a inobserv ncia dos valores morais como respons vel pela situa o do pa s e do povo brasileiro. No estado de S o Paulo, por exemplo, a m dia das respostas dos internautas foi diferente da m dia nacional, colocando os valores morais em primeiro lugar: valores, educa o, pol tica p blica, viol ncia, emprego. Por isso, na sequ ncia dessa pesquisa, no ano em curso, os pesquisadores est o fazendo question rios para detectar, na opini o popular, quais valores morais s o fundamentais para a transforma o do pa s. Com base nesta informa o e levando em considera o, se achar necess rio, os textos que serviram de base s quest es de n meros 29 a 32 e 33 a 36, escreva uma reda o de g nero dissertativo, em norma padr o da l ngua, sobre o tema: os vAlores morAIs e suA Import ncIA nA socIeDADe. UNESP/4-CE-LingC digos-Reda o 18 RASCUNhO Os rascunhos n o ser o considerados na corre o. N O ASSINE ESTA fOLhA

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