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Unesp Vestibular de 2006 - PROVAS 1º SEMESTRE - 2º DIA - Humanas

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VESTIBULAR 2006 N mero da carteira Nome do candidato REA DE HUMANIDADES PROVA DE CONHECIMENTOS ESPEC FICOS CADERNO DE QUEST ES INSTRU ES 1. Dobrar este caderno ao meio e cort -lo na parte superior. 2. Preencher com seu nome e n mero da carteira os espa os indicados nesta p gina. 3. Assinar com caneta de tinta azul ou preta a capa do seu Caderno de Respostas, no local indicado. 4. Esta prova cont m 25 quest es e ter dura o de 4 horas. 5. O candidato somente poder entregar o Caderno de Respostas e sair do pr dio depois de transcorridas 2 horas, contadas a partir do in cio da prova. 6. Ao sair, o candidato levar este caderno e o caderno de quest es da Prova de Conhecimentos Gerais. CE_Humanidades.pmd 1 29/11/2005, 18:17 UNESP/Humanidades CE_Humanidades.pmd 2 2 29/11/2005, 18:17 HIST RIA 03. Leia o texto. O governo arbitr rio de um pr ncipe justo [...] sempre mau. Suas virtudes constituem a mais perigosa das sedu es: habituam o povo a amar, respeitar e servir ao seu sucessor, qualquer que seja ele. Retira do povo o direito de deliberar, de querer ou de n o querer, de se opor vontade do pr ncipe at mesmo quando ele deseja fazer o bem. O direito de oposi o [...] sagrado. Uma das maiores infelicidades que pode advir a uma na o seria a sucess o de dois ou tr s reinados de um todo poderoso justo, doce, [...] mas arbitr rio: os povos seriam conduzidos pela felicidade ao esquecimento completo de seus privil gios, a mais perfeita escravid o. 01. O historiador ateniense Tuc dides, que viveu durante a Guerra do Peloponeso, escreveu sobre os gregos: ... antes da Guerra de Tr ia, [os habitantes da] H lade nada [realizaram] em comum. Este nome mesmo n o era empregado para design -la no seu conjunto. [...] O que fica bem comprovado [nos livros de] Homero: ele que viveu numa poca bem posterior Guerra de Tr ia, n o utilizou a designa o [de helenos] para o conjunto [dos gregos]. [...] N o utilizou, tamb m, a express o b rbaros porque, na minha opini o, os gregos n o se encontravam ainda reunidos [...] sob um nico nome que [lhes] permitisse [diferenciar-se de outros povos]. De qualquer forma, aqueles que receberam [mais tarde] o nome de Helenos [...] nada fizeram conjuntamente antes da Guerra de Tr ia. [...] Essa expedi o mesma os reuniu apenas num momento, naquele em que a navega o mar tima encontrava-se mais desenvolvida. (D. Diderot. Refuta o de Helv tius, 1774.) a) b) O texto apresentou uma concep o de cidadania que teve reflexos, quase imediatos, nas revolu es do s culo XVIII e permaneceu nas experi ncias democr ticas e no horizonte pol tico dos s culos seguintes. Quais aspectos de cidadania s o defendidos por Diderot ao afirmar que, sem esses direitos, os povos seriam conduzidos a mais perfeita escravid o ? (Tuc dides. A guerra do Peloponeso. S culo V a. C.) Baseando-se no texto, responda. a) Como se denomina a forma de regime mon rquico a que se refere Diderot? Qual caracter stica pol tica dos gregos na Antig idade apresentada por Tuc dides? b) Por que, apesar da situa o pol tica expressa por Tuc dides, pode-se falar de uma antiga civiliza o grega? 04. Leia o trecho seguinte. VOLTA EM C PIA NOVA O FILME QUE ACELEROU O FIM DO CONFLITO VIETN E VIROU MARCO DO CINEMA POL TICO. 02. Leia o texto. NO Aquele que jura fidelidade ao seu senhor deve ter sempre presente estas seis palavras: inc lume, seguro, honesto, til, f cil e poss vel. Inc lume, na medida em que n o deve causar preju zos corp reos ao seu senhor; seguro, para que n o traia os seus segredos ou armas pelas quais ele se possa manter em seguran a; honesto, para que n o enfraque a os seus direitos de justi a ou outras mat rias que perten am a sua honra; til, para que n o cause preju zo s suas possess es; f cil ou poss vel, visto que n o dever tornar imposs vel ao seu senhor o que facilmente poderia fazer... (Carta do bispo Fulbert de Chartres ao duque da Aquit nia, Guilherme V, datada de 1020.) a) Vencedor do Oscar de document rio em 1974, Cora es e mentes tornou-se uma pe a importante dos protestos que levaram ao fim da Guerra do Vietn (...). [O diretor norte-americano Peter] Davis conta que Cora es e mentes nasceu da indigna o. A m dia s mostrava imagens tendenciosas da guerra . Integrante de um grupo de cinegrafistas e montadores, eles decidiram que era preciso mostrar as coisas tamb m do outro lado (...). [Peter Davis lembra que] as imagens de destrui o com napalm provocaram tanta indigna o que o Congresso dos EUA votou uma lei que desautorizou o uso de armas qu micas ... (Luiz Carlos Merten. O Estado de S.Paulo, 24.06.2005.) A que institui o do Ocidente Medieval o texto faz refer ncia? a) b) Discorra sobre o papel exercido pela Igreja na organiza o s cio-pol tica da Idade M dia europ ia. Tendo em vista o contexto internacional contempor neo, explique por que ressurgiu o interesse pelo document rio de Peter Davis. b) Comente o contexto no qual se desenrolou a Guerra do Vietn . UNESP/Humanidades 3 CE_Humanidades.pmd 3 29/11/2005, 18:17 05. Observe a figura. CENAS DO 08. Existiam poucos ilheenses de nascimento que j tivessem import ncia na vida da cidade. [...] De todo o [Nordeste] do Brasil descia gente para essas terras do Sul da Bahia. A fama corria longe, diziam que o dinheiro rodava na rua, que ningu m fazia caso, em Ilh us, de prata de dois mil r is. Os navios chegavam entupidos de emigrantes, vinham aventureiros de toda a esp cie, mulheres de toda a idade, para quem Ilh us era a primeira ou a ltima esperan a. S CULO XXI (Jorge Amado. Terras do sem fim, 1943.) Considerando as condi es sociais do sul do estado da Bahia nos primeiros dec nios do s culo XX, referidas pelo escritor Jorge Amado, responda. a) Qual atividade econ mica tornou poss vel, nessa regi o, a absor o deste contingente populacional expressivo? b) Quais as condi es hist ricas do nordeste brasileiro que explicam a sa da e o direcionamento de milhares de pessoas para os centros economicamente mais din micos do pa s? (Lailson. Di rio de Pernambuco, 27.12.2000. Adaptado.) a) Apresente duas raz es capazes de explicar a contradi o expressa pela imagem. b) Cite dois fen menos naturais ocorridos recentemente que, embora previs veis, n o encontraram na ci ncia e na tecnologia meios para evitar sofrimentos humanos e preju zos socioecon micos. 09. O que h no Brasil de liberal e democr tico vem de suas constituintes e o que h no Brasil de estamental e elitista vem das outorgas, das emendas e dos atos de for a. (Raymundo Faoro. Assembl ia Constituinte, a legitimidade recuperada, 1981.) 06. Leia os textos seguintes. Texto n. 1: Etnocentrismo: tend ncia para considerar a cultura de seu pr prio povo como a medida para todas as outras. a) D um exemplo de outorga, de emenda ou de ato de for a, referidos pelo autor. b) Qual o significado do termo constituinte? (Novo Dicion rio Aur lio.) Texto n. 2: [Os ndios] n o tem f , nem lei, nem rei (...). s o mui desumanos e cru is, (...) s o mui desonestos e dados sensualidade (...). Todos comem carne humana e t m-na pela melhor iguaria de quantas pode haver (...). Vivem mui descansados, n o t m cuidado de cousa alguma se n o de comer e beber e matar gente. 10. Leia o trecho de uma marchinha do carnaval de 1951. Bota o retrato do Velho outra vez, Bota no mesmo lugar. O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar. (Haroldo Lobo e Marino Pinto, 1951.) (Pero de Magalh es Gandavo. Tratado da Terra do Brasil, s culo XVI.) a) Cantada por Francisco Alves, essa m sica se tornou um recurso de propaganda pol tica do per odo. Responda. o O texto n. 2 pode ser considerado etnoc ntrico? Justifique sua resposta. b) Comente algumas das conseq ncias, para as popula es ind genas, da chegada dos portugueses Am rica. a) A letra da m sica faz refer ncia a qual personagem da Hist ria do Brasil? b) Comente o significado desse personagem na Hist ria Republicana Brasileira. 07. Leia a declara o. Como para o bem do povo e felicidade geral da na o, estou pronto; diga ao povo que fico. (D. Pedro, Pr ncipe Regente, 9 de janeiro de 1822.) a) Qual o significado da decis o tomada pelo Pr ncipe Regente? b) Explique o que foi a Revolu o do Porto, iniciada em 1820, e aponte suas conseq ncias para a por o americana do Imp rio Portugu s. UNESP/Humanidades CE_Humanidades.pmd 4 4 29/11/2005, 18:17 GEOGRAFIA 13. A figura representa uma forma de eros o t pica de reas sedimentares em regi es tropicais. 11. Observe o mapa, onde est o hachurados os estados brasileiros que possuem jazidas de um min rio fundamental para o abastecimento de um tipo espec fico de usina, localizada no Sudeste brasileiro. a) Identifique o tipo de processo erosivo e explique como ele ocorre. b) Qual o recurso natural comprometido por este processo? Justifique como ele pode ser evitado, tanto no campo como na cidade. (Minist rio de Minas e Energia.) a) 14. Observe a tabela, que cont m o n mero de favelas em 15 munic pios brasileiros nos anos de 1991 e 2000. Identifique o min rio e o tipo de usina que ele abastece. MUNIC PIOS BRASILEIROS COM MAIOR N MERO DE FAVELAS EM 1991 E 2000. b) Em qual regi o brasileira h maior ocorr ncia das jazidas deste min rio? Quais s o e em que estado brasileiro est o localizadas as usinas que se utilizam dele? Munic pio S o Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Guarulhos Curitiba Campinas Belo Horizonte Osasco Salvador Bel m Diadema Volta Redonda Teresina Porto Alegre Recife 12. O mapa representa rea do territ rio brasileiro objeto de um grande e pol mico projeto que, desde o per odo imperial, visa a solucionar o problema da falta de gua na regi o. 1991 585 462 154 64 87 74 101 95 70 20 80 42 44 69 62 2000 612 513 157 136 122 117 101 101 99 93 89 87 85 76 73 Aumento 27 51 3 72 35 43 0 6 29 73 9 45 41 7 11 (IBGE, 2001.) a) (Geoatlas B sico. Adaptado.) a) Qual o projeto e qual o seu objetivo? Identifique, em ordem decrescente, as regi es brasileiras cujos munic pios possu am n mero de favelas maior do que 100 em 2000. H correspond ncia entre as regi es identificadas e aquelas cujos munic pios apresentaram aumentos maiores do que 40 favelas? Em que regi es? b) Justifique a afirmativa: O processo de faveliza o um fen meno urbano. Comente a situa o do estado de Minas Gerais. b) Cite duas principais raz es que inviabilizam sua execu o. UNESP/Humanidades 5 CE_Humanidades.pmd 5 29/11/2005, 18:17 15. Segundo o Conselho Nacional de Agricultura, em 2004 a produ o brasileira de carne bovina foi de 8 350 mil toneladas e seu valor bruto totalizou R$ 33.752.000,00. Analise o gr fico. 17. Observe as tabelas que apresentam, em ordem decrescente, as cidades mais polu das e mais limpas do globo, considerando a quantidade de emiss o de poluentes e a qualidade do ar. TABELA 2: TABELA 1: CIDADES MAIS POLU DAS, 2005. CIDADES MAIS LIMPAS, 2005. Cidade do M xico, M xico Calgary, Canad Pequim, China Honolulu, EUA Cairo, Egito Katsuyama, Jap o Jacarta, Indon sia Helsinque, Finl ndia Los Angeles, EUA Otawa, Canad S o Paulo, Brasil Minneapolis, EUA Moscou, R ssia Montreal, Canad Atlanta, EUA Boston, EUA Vancouver, Canad EXPORTA ES DE CARNE BOVINA NO PER ODO 1999-2004, EM MILH ES DE TONELADAS. (OMS; M. H. Resource Consulting, 2004.) a) Considerando a posi o latitudinal, em qual hemisf rio localiza-se a maioria das cidades relacionadas nas duas tabelas? Quais s o as exce es a esta localiza o e em que tabela, 1 ou 2, aparecem? b) Que tipo de rela o poss vel estabelecer entre as cidades mais limpas, as mais polu das e o n vel de desenvolvimento econ mico de seus respectivos pa ses? (Departamento de Agricultura dos EUA, 2005.) a) Descreva o desempenho do Brasil no mercado exportador de carne bovina. b) Analise o desempenho dos Estados Unidos, da Uni o Europ ia e da Austr lia, citando um fator que explique a situa o do atual mercado mundial de exporta o deste produto. 18. Observe o gr fico e a tabela. BRASIL E COR IA DO SUL: RENDA PER CAPITA EM D LARES, 1960-2004. 16. Observe o esquema e responda. (Banco Mundial e IBGE, 2005.) BRASIL E COR IA DO SUL: INDICADORES SOCIAIS EM 1960 E 2004. a) Considerando o in cio e o final do escoamento das guas, qual a denomina o dada, respectivamente, s reas localizadas pr ximas das letras A e B? Em qual margem do rio principal a densidade de drenagem maior? (Banco Mundial e IBGE, 2005.) a) Compare e descreva a evolu o da renda per capita destes dois pa ses no per odo considerado. b) Relacione as informa es do gr fico e da tabela. Utilizando seus conhecimentos geogr ficos, o que poss vel concluir sobre as causas que contribu ram para o desenvolvimento sulcoreano? b) Pelas caracter sticas gerais deste esquema, onde seria mais vi vel a implanta o de um n cleo urbano, na situa o 1 ou 2? Justifique sua resposta. UNESP/Humanidades CE_Humanidades.pmd 6 6 29/11/2005, 18:17 19. Analise os gr ficos e o texto. ralho. N o precisavam tanto do fogo. Usavam mais era luz para ver bem a carni a e o calor para esquentar o corpo nu quando se desvestiam das penas para brincar de gente. O jeito que os g meos encontraram para roubar o fogo foi matar um veado grande, muito grande, deix -lo apodrecer para criar bastante bicho-cor e, ent o, mandar levar uma moqueca de cor s para o Urubu-rei e convid -lo para vir comilan a. Assim fizeram. Ma ra desenhou um cervo enorme, soprou para que vivesse e o matou ali mesmo. Quando estava bem podre e bichado, mandaram o passarinho que fala mais l nguas, um papagaio, maracan , atr s do Urubu-rei. Eles ficaram escondidos debaixo da carni a para agarrar o reiz o bic falo quando ele pousasse. Assim fizeram. Quando o Urubu-rei estava bem preso, Ma ra gritou: Calma, meu rei. N o tenha medo. S quero o fogo pro meu povinho. Todos andam com frio. S comem o cru. Mas se armou a maior das confus es porque o Urubu-rei come ou a responder com as duas cabe as, falando ao mesmo tempo, cada qual dizendo uma coisa. Ma ra n o entendia nada. A uma cabe a do Urubu-rei virou-se para a outra e as duas ca ram numa discuss o cerrada. O tempo ia passando sem que Ma ra soubesse o que fazer. Afinal, teve a id ia de mandar Micura agarrar o rei-falador. Levantou, ent o, suas duas m os e fez de cada uma delas uma cabe a de urubu com bico e tudo e passou, assim, a conversar duro com as duas cabe as do reiz o. S deste modo conseguiu que ele mandasse trazer o fogo, mas o rei ainda quis enganar Ma ra entregando fogos que queimavam pouco e n o davam luz. Felizmente ali estava Micura experimentando tudo. Provava um e dizia: N o, este n o serve n o; n o o fogo que precisamos. N o, este tamb m n o o fogo que precisamos. N o, este tamb m n o o fogo de verdade. Afinal, conseguiram o fogo verdadeiro e fizeram o trato. Ma ra: Voc s urubus v o comer carni a com fartura; o chef o de duas cabe as vai ficar com uma s , para n o enganar mais ningu m, mas nesta vai usar esse diadema vermelho e branco que eu lhe dou agora. Urubu-rei: Fiquem com o fogo voc s, mairuns. Mas fa am muita carni a pra n s. EXPORTA ES DA IND STRIA T XTIL E DO VESTU RIO NO COM RCIO MUNDIAL, EM PORCENTAGEM, 1980-2003. (OMC, 2004.) Em 1995, o n mero de trabalhadores no setor t xtil alem o era de 261 000 pessoas, passando para 146 000 em 2002. No setor de vestu rio, a It lia perdeu quase 100 000 empregados de 1995 a 2002. Nos Estados Unidos, de 688 000 reduziu-se para 489 000 o n mero de trabalhadores no setor t xtil. (OMC, 2004.) a) Qual a rela o entre os comportamentos das curvas das exporta es t xteis e do vestu rio, nos anos representados? b) Que rela o poss vel estabelecer entre as informa es contidas no texto e as principais tend ncias representadas nos gr ficos? L NGUA PORTUGUESA INSTRU O: As quest es de n meros 20 a 25 tomam por base um fragmento da narrativa Ma ra, de Darcy Ribeiro (1922-1997) e um fragmento da trag dia Prometeu Acorrentado, do poeta tr gico grego squilo (525-456 a.C). Ma ra Ma ra s descobriu todo o seu poder um dia quando brincava com Micura na praia. Cada um deles tinha, levantada, uma m o cheia de vaga-lumes para alumiar, mas a luzinha era muito pouca. Ma ra desenhou, assim mesmo, ali na areia da praia, uma arraia com seu ferr o e tudo. Mas naquela penumbra se distraiu e pisou na arraia desenhada. Foi aquela ferroada! Compreendeu, ent o, que podia fazer qualquer coisa: Sou Ma ra lembrou sou o arroto de Deus-Pai. Ele, o ambir, agora tem nome: Mairah , meu pai. Meu filho ser Maira ra. Pegou ent o a conversar com o irm o, Micura, sobre o que podiam fazer. Ma ra: O mundo de Mairah , meu pai, feio e triste. N o um mundo bom para a gente viver. Podemos melhor -lo. Micura: N o v o Velho se ofender! Ma ra: Pode ser. melhor n o fazer nada. Micura: Bobagem. Alguma coisinha podemos fazer. Ma ra: Vamos, ent o, tomar dos que t m, o que eles t m, para dar aos que n o t m. Micura saltou alegre: Sim, vamos, primeiro o fogo. Ando com frio e com muita vontade de comer um churrasco. O fogo era do Urubu-rei que mandava na aldeia grande das gentes urubus. Eles s comiam cor s de carni a tostados no bor- (Darcy Ribeiro. Ma ra.) Prometeu Acorrentado squilo (A cena o pico duma montanha deserta. Chegam Poder e Vigor, que trazem preso Prometeu; segue-os, coxeando, Hefesto, carregando correntes, cravos e malho.) Poder. Eis-nos chegados a um solo long nquo da terra, caminho da C tia, deserto nvio. Hefesto, mister te desincumbas das ordens enviadas por teu pai, acorrentando este celerado, com liames inquebr veis de cadeias de a o, aos rochedos de escarpas abruptas. Ele roubou uma flor que era tua, o brilho do fogo, vital em todas as artes, e deu-a de presente aos mortais; preciso que pague aos deuses a pena desse crime, para aprender a acatar o poder real de Zeus e renunciar o mau vezo de querer bem Humanidade. Hefesto. Poder e Vigor, a incumb ncia de Zeus para v s est terminada; nada mais vos embarga. Eu, por m, n o me animo a UNESP/Humanidades 7 CE_Humanidades.pmd 7 29/11/2005, 18:17 agrilhoar for a um deus meu parente a um p ncaro aberto s intemp ries. Todavia, imperioso criar essa coragem; grave negligenciar as ordens de meu pai. (...) Poder. Basta! Para que te atardares em l stimas perdidas? Por que n o abominas o deus mais odioso aos deuses, que entregou aos mortais um privil gio teu? Hefesto. O parentesco e a amizade s o for as formid veis. Poder. Concordo, mas como se podem transgredir as ordens de teu pai? Isso n o te infunde medo? Hefesto. Tu s sempre cruel e audacioso. Poder. Lamentos n o curam os teus males; n o te canses toa em l stimas ineficazes. Hefesto. Oh! que of cio detest vel! (...) Hefesto. Podemos ir. Seus membros j est o amarrados. Poder. (a Prometeu) Abusa, agora! Furta aos deuses seus privil gios para entreg -los aos seres ef meros! Que al vio te podem dar deste supl cio os mortais? Errados andaram os deuses em te chamarem Prometeu; tu mesmo precisas de algu m que te prometa um meio de safar-te destes h beis liames! (Retiram-se Poder, Vigor e Hefesto.) Prometeu. ter divino! Ventos de asas ligeiras! Fontes dos rios! Riso imensur vel das vagas marinhas! Terra, m e universal! Globo do sol, que tudo v s! Eu vos invoco. Vede o que eu, um deus, sofro da parte dos deuses! Contemplai qu o ignominiosamente estracinhado hei de sofrer pelas mir ades de anos do tempo em fora! Tal a pris o aviltante criada para mim pelo novo capit o dos bem-aventurados! Ai! Ai! Lamento os sofrimentos atuais e os vindouros, a conjeturar quando dever despontar enfim o termo deste supl cio. Mas que digo? Tenho presci ncia exata de todo o porvir e nenhum sofrimento imprevisto me acontecer . Cumpre-me suportar com a maior resigna o os decretos dos fados, sabendo inelut vel a for a do Destino. Contudo, n o posso calar nem deixar de calar minha desdita. Por ter feito uma d diva aos mortais, estou jungido a esta fatalidade, pobre de mim! Sou quem roubou, ca ada no oco duma cana, a fonte do fogo, que se revelou para a Humanidade mestra de todas as artes e tesouro inestim vel. Esse o pecado que resgato pregado nestas cadeias ao relento. 21. Na narrativa de Darcy Ribeiro, Ma ra apresentada com caracter sticas humanas e caracter sticas divinas. Releia o fragmento com aten o e, em seguida, (Teatro Grego. Sele o, introdu o, notas e tradu o direta do grego por Jaime Bruna. S o Paulo: Cultrix, 1964.) b) aponte a quem se refere Prometeu, no fragmento de squilo, com a express o novo capit o dos bem-aventurados . a) b) mencione uma das a es de Ma ra que caracterizam seu poder de divindade. 22. Palavras, express es ou at mesmo frases inteiras que, num texto, podem causar alguma d vida inicial ao leitor, s o por este compreendidas em fun o do pr prio contexto. Considerando este coment rio, releia o fragmento de Prometeu Acorrentado e, logo ap s, a) 23. Tendo presente que os dois mitos relatados nos fragmentos de Darcy Ribeiro e de squilo correspondem a dois povos em est gios civilizacionais diferentes, a) 24. Um dos meios de tornar um texto mais fluente evitar a repeti o de voc bulos, que produz monotonia. Para isso, o escritor se serve de palavras e locu es de valor sem ntico equivalente ou de per frases que evitam a impress o desagrad vel gerada pela repeti o. Com base nesta observa o, a) indique duas palavras ou locu es com as quais o escritor, no fragmento de Ma ra, evita repetir o nome Urubu-rei ; 25. Muitos verbos, como o caso de renunciar , apresentam mais de uma reg ncia, por vezes sem altera o relevante de significado, de modo que a realiza o da reg ncia em cada frase se torna dependente da escolha estil stico-expressiva do escritor. Com base nesse fato, a) considerando que na frase e renunciar o mau vezo de querer bem Humanidade o verbo renunciar aparece como transitivo direto, escreva uma frase em que o mesmo verbo apare a como transitivo indireto e outra em que apare a como intransitivo; b) reescreva a seguinte frase de Micura tornando o verbo precisar transitivo indireto: N o, este tamb m n o o fogo que precisamos. b) determine, na hierarquia das entidades do fragmento de Ma ra, qual a divindade mais elevada. CE_Humanidades.pmd aponte a diferen a entre os objetivos de Ma ra e Prometeu ao entregar o fogo aos homens; b) identifique o sentimento comum de Ma ra e de Prometeu com rela o aos homens. estabele a, com base nas informa es do texto, qual o castigo que, por ordem de Zeus, est sendo aplicado a Prometeu, por ter roubado o fogo para os homens; UNESP/Humanidades explique o sentido que apresentam no texto as express es seres ef meros e bem-aventurados ; b) utilizando outras palavras e express es, escreva uma frase que traduza o significado da seguinte fala de Prometeu: Por ter feito uma d diva aos mortais, estou jungido a esta fatalidade . 20. Os fragmentos apresentados focalizam, sob pontos de vista de duas culturas distintas, interpreta es de um evento bastante importante para a sobreviv ncia e o desenvolvimento do homem na terra a descoberta e o dom nio do fogo. Tal descoberta apresentada como resultante da fa anha de her is m ticos que obt m o fogo e o oferecem aos homens. Releia atentamente os dois fragmentos e, a seguir, a) comprove, transcrevendo uma passagem do fragmento, a origem divina de Ma ra; 8 8 29/11/2005, 18:17

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