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Unesp Vestibular de 2009 - PROVAS 1° semestre - Língua portuguesa e Redação

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VESTIBULAR 2009 PROVA DE L NGUA PORTUGUESA CADERNO DE QUEST ES INSTRU ES 1. PREENCHER COM SEU NOME E N MERO DA CARTEIRA OS ESPA OS INDICADOS NA CAPA DESTE CADERNO. 2. ASSINAR COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA A CAPA DO SEU CADERNO DE RESPOSTAS, NO LOCAL INDICADO. 3. ESTA PROVA CONT M 10 QUEST ES E UM TEMA DE REDA O E TER DURA O DE 4 HORAS. 4. O CANDIDATO SOMENTE PODER ENTREGAR O CADERNO DE RESPOSTAS E SAIR DO PR DIO DEPOIS DE TRANSCORRIDAS 2 HORAS, CONTADAS A PARTIR DO IN CIO DA PROVA. 5. AO SAIR, O CANDIDATO LEVAR ESTE CADERNO. Nome do candidato N mero da carteira VNSP0805/LingPortuguesa 2 L NGUA PORTUGUESA 01. Embora a nata o seja um esporte da gua e o salto tr plice um esporte do solo, envolvem tamb m manobras no plano do ar (o salto de partida, na nata o, e os tr s saltos seguidos, no salto tr plice), o que permite entender, nos poemas apresentados, a utiliza o de imagens que podem ser consideradas a reas . Aponte duas palavras ou express es da primeira estrofe (primeiros tr s versos) do poema de Cec lia e duas palavras ou express es da primeira estrofe (primeiros quatro versos) do poema de Cardozo que exprimem no es relacionadas com o plano do ar. INSTRU O: As quest es de n meros 01 a 03 tomam por base um poema de Cec lia Meireles (1901-1964), cujo tema a nata o, e um poema de Joaquim Cardozo (1897-1978) sobre as vit rias do atleta brasileiro Ademar Ferreira da Silva no salto tr plice (medalha de ouro nas Olimp adas de Helsinque, em 1952, e de Melbourne, em 1956, entre outras vit rias). Nadador O que me encanta a linha alada das tuas esp duas, e a curva que descreves, p ssaro da gua! 02. Os dois poemas divergem no que diz respeito ao ponto de vista utilizado pelo eu-poem tico para focalizar o tema. No poema de Joaquim Cardozo, as formas verbais surgem na terceira pessoa, o que cria um distanciamento entre o eu-poem tico e o evento narrado liricamente. J no poema de Cec lia Meireles, o eu-poem tico assume a primeira pessoa do singular. Aponte o efeito, em termos narrativos, dessa escolha de Cec lia. a tua fina, gil cintura, e esse adeus da tua garganta para cemit rios de espuma! a despedida, que me encanta, quando te desprendes ao vento, fiel queda, r pida e branda. 03. A abordagem da nata o e do salto tr plice nos poemas apresentados se faz por meio de imagens e met foras que nos apresentam de modo l rico os aspectos objetivos dos esportes focalizados. Com base neste coment rio, esclare a o que quer dizer o eu-poem tico no poema de Joaquim Cardozo ao dizer que na pista havia tr s pontos incertos , tr s jatos de fonte ainda secos e tr s impulsos plantados querendo nascer . E apenas por estar prevendo, longe, na eternidade da gua, sobreviver teu movimento... (Cec lia Meireles. Jogos ol mpicos. In: Poesias completas de Cec lia Meireles vol. IV. Rio de Janeiro: Editora Civiliza o Brasileira, 1973. p. 44.) INSTRU O: As quest es de n meros 04 a 07 se baseiam numa fala de personagem de uma pe a de Mill r Fernandes (1923-) e num soneto de Antero de Quental (1842-1891). O salto tripartido Havia um arco projetado no solo Para ser recomposto em tr s curvas a reas, Havia um v o abandonado no ch o espera das asas de um p ssaro; Atriz (Rindo for osamente depois que os atores saem.) Tem gente que continua achando que a vida uma piada. Ainda bem que tem gente que pensa que a vida uma piada. Pior a gente que pensa que o homem o rei da cria o. Rei da cria o, eu, hein? Um assassino nato, usufruidor da mis ria geral se voc come, algu m est deixando de comer, a comida n o d para todos, n o de que que ele se ri? De que se ri a hiena? Se n o for atropelado ficar no desemprego, se n o ficar desempregado vai pegar um enfisema, ser abandonado pela mulher que ama mas ama, hein? , arrebentado pelos filhos pelos pais, se for filho , mordido de cobra ou ficar impotente. E se escapar de tudo ficar velho, senil, babando num asilo. Piada, ? Pode ser que haja vida inteligente em outro planeta, neste, positivamente, n o. O homem o c ncer da Terra. Estou me repetindo? Pois : corrompe a natureza, fura t neis, empesta o ar, emporcalha as guas, apodrece tudo onde pisa. Fique tranq ilo, amigo: o desaparecimento do ser humano n o far a m nima diferen a economia do cosmos. Havia tr s pontos incertos na pista Que seriam contatos de p s instant neos. Tr s jatos de fonte, contudo, ainda secos, Tr s impulsos plantados querendo nascer. Era tudo assim expectativo e plano Tudo al m somente perspectivo e inerte; Quando Ademar Ferreira, com perfei o ol mpica, Executou, em relevo, o mais alto, Em notas de arpejo Em ritmo i mbico O tripartido salto. (Joaquim Cardozo, Poesias completas. Rio de Janeiro: Editora Civiliza o Brasileira, 1971. p. 108.) (Mill r Fernandes. Computa, computador, computa. 3. ed. Rio de Janeiro: N rdica, 1972. p. 85.) 3 VNSP0805/LingPortuguesa INSTRU O: As quest es de n meros 08 a 10 tomam por base uma passagem de um romance do escritor naturalista brasileiro Alu sio Azevedo (1857-1913). Solemnia verba Disse ao meu cora o: Olha por quantos Caminhos v os andamos! Considera Agora, desta altura fria e austera, Os ermos que regaram nossos prantos... Afinal conseguiram chegar. Mas, ah! quando a pobre Magd , toda tr mula e exausta de for as j no tope da pedreira, defrontou com o pavoroso abismo que se precipitava debaixo de seus p s, soltou um grito r pido, fechou os olhos, e teria ca do para tr s, se o Conselheiro n o lhe acode t o a tempo. Magd , minha filha! Ent o! ent o! Ela n o respondeu. Est a ! est a o que eu receava! Lembrar-se de subir a estas alturas!... E agora a volta...? P e cinzas, onde houve flor e encantos! E noite, onde foi luz de primavera! Olha a teus p s o mundo e desespera Semeador de sombras e quebrantos! Por m o cora o, feito valente Na escola da tortura repetida, E no uso do penar tornado crente, Pode voss ncia ficar tranq ilo por esse lado, arriscou um dos cavouqueiros, que se havia aproximado, a co ar a cabe a. Se voss ncia quiser, eu c estou para p r esta senhora l embaixo, sem que lhe aconte a a ela a menor l stima. Ainda bem! respondeu S. Exa. com um suspiro de desabafo. O trabalhador que se ofereceu para conduzir Magd era um mo o de vinte e tantos anos, vigoroso e belo de for a. Estava nu da cintura para cima e a riqueza dos seus m sculos, bronzeados pelo sol, patenteava-se livremente com uma independ ncia de est tua. Os cabelos, empastados de suor e p de pedra, ca am-lhe em desordem sobre a testa e sobre o pesco o, dando-lhe cabe a uma sat rica fei o de sensualidade ing nua. Vamos! Vamos! apressou o Conselheiro, entregando-lhe a filha. O rapaz passou um dos bra os na cintura de Magd e com o outro a suspendeu de mansinho pelas curvas dos joelhos, chamando-a toda contra o seu largo peito nu. Ela soltou um longo suspiro e, na inconsci ncia da s ncope, deixou pender molemente a cabe a sobre o ombro do cavouqueiro. E, seguidos de perto pelo velho, l se foram os dois, abra ados, descendo, p ante p , a ngreme irregularidade do caminho. Respondeu: Desta altura vejo o Amor! Viver n o foi em v o, se isto a vida, Nem foi demais o desengano e a dor. (Antero de Quental. Os sonetos completos de Antero de Quental. Porto: Livraria Portuense de Lopes, 1886. p. 119; primeira edi o, dispon vel na internet em: http://purl.pt/122/1/P160.html) 04. Os dois textos apresentados se identificam por expressar, sob pontos de vista distintos, a decep o e o pessimismo do homem com rela o vida e ao mundo. Diferenciam-se, todavia, na atitude final que apresentam ante essa decep o. Releia-os, atentamente, e explique essa diferen a de atitude. 05. O soneto Solemnia verba se desenvolve como um di logo entre duas personagens: o eu-poem tico e seu cora o . O que simboliza, no poema, a personagem cora o ? Era preciso toda aten o e muito cuidado para n o rolarem juntos; o mo o fazia prod gios de agilidade e de for a para se equilibrar com Magd nos bra os. De vez em quando, nos solavancos mais fortes, o p lido e frio rosto da filha do Conselheiro ro ava na cara esfogueada do trabalhador e tingia-se logo em cor-de-rosa, como se lhe houvera roubado das faces uma gota daquele sangue vermelho e quente. Ela afinal teve um dobrado respirar de quem acorda, e entreabriu com vol pia os olhos. N o perguntou onde estava, nem indagou quem a conduzia; apenas esticou nervosamente os m sculos num espregui amento de gozo e estreitou-se em seguida ao peito do rapaz, unindo-se bem contra ele, cingindo-lhe os bra os em volta do pesco o com a avidez de quem se apega nos travesseiros aquecidos para continuar um sono gostoso e reparador. E caiu depois num fundo entorpecimento, bambeando as p lpebras; os olhos em branco, as narinas e os seios ofegantes; os l bios secos e despregados, mostrando a brancura dos dentes. Achava-se muito bem no t pido aconchego daquele corpo de homem; toda ela se penetrava do calor vivificante que vinha dele; toda ela aspirava, at pelos poros, a vida forte daquela vigorosa e boa carnadura, criada ao ar livre e quotidianamente enriquecida pelo trabalho bra al e pelo pr digo sol americano. Aquele calor de carne s era uma esmola atirada fome do seu miser vel sangue. 06. Se um estudante emprega, numa disserta o, o verbo ter no sentido de existir, numa frase como Tem muitos alunos na escola , penalizado na corre o pelo professor, que recomenda nesse caso o emprego do verbo haver . O mesmo professor considerar perfeitamente normal que a personagem feminina da pe a de Mill r Fernandes empregue, por duas vezes: Tem gente . Justifique por que essas atitudes do professor n o s o contradit rias. 07. Ao focalizar as a es dos homens na Terra, a personagem da pe a de Mill r Fernandes conclui: Pode ser que haja vida inteligente em outro planeta, neste, positivamente, n o. Explique o que quer dizer a personagem, com essa afirma o, sobre a natureza do ser humano. VNSP0805/LingPortuguesa 4 E Magd , sentindo no rosto o resfolegar ardente e acelerado do cavouqueiro, e nas carnes macias da garganta o ro agar das barbas dele, speras e maltratadas, gemia e suspirava baixinho como se estivessem a acarinh -la depois de longa e assanhada pugna de amor. Quando o mo o, j embaixo, a dep s num banco de pedra que ali havia, a enferma abriu de todo os olhos, deixou escapar um grito e cobriu logo o rosto com as m os. Agora n o podia encarar com aquele homem de corpo nu que ali estava defronte dela, a tirar com os punhos o suor que lhe escorria em bagas pela testa. Chorou de pejo. O seu pudor e o seu orgulho revoltaram-se, sem que ela soubesse determinar a raz o por qu . Uma c lera repentina, um s frego desejo de vingan a, enchiam-lhe a garganta com um novelo de solu os. O pranto parecia sufoc -la quando rebentou. Eu magoei-a, patroazinha?... perguntou o trabalhador com humildade, quase sem poder vencer ainda o cansa o. E o imprudente tocou com a m o no ombro de Magd , procurando, coitado, dar-lhe a perceber o quanto estava consumido por v -la chorar daquele modo. Ela estremeceu toda e fugiu com o corpo, nem que se houvessem chegado um ferro em brasa; e abra ou-se ao pai, escondendo no peito deste os solu os que agora borbotavam sem intermit ncia. (Alu sio Azevedo. O homem. S o Paulo: Livraria Martins Editora, 1970. p. 94-97.) 08. O homem se caracteriza como um romance naturalista, em que as decis es de car ter moral das personagens resultam de conflitos, porque est o condicionadas simultaneamente a suas condi es f sicas e psicol gicas, ao confronto entre os instintos e a moral. De posse desta informa o, demonstre que, no universo da narrativa naturalista, a atitude de Magd em repudiar o trabalhador que acaba de prestar-lhe um grande aux lio, carregando-a ladeira abaixo, perfeitamente explic vel. 09. Embora, no fragmento apresentado, a personagem central seja Magd , destaca-se bastante a figura do cavouqueiro pelos aspectos positivos que o narrador descreve. Releia o fragmento e, a seguir, aponte um aspecto positivo sob o ponto de vista f sico e um aspecto positivo sob o ponto de vista psicol gico dessa personagem. 10. No final do primeiro par grafo, o narrador empregou acode , presente do indicativo, quando a correla o usual com as demais formas verbais exigiria o pret rito imperfeito do subjuntivo, acudisse . Essa quebra da correla o, todavia, feita intencionalmente pelo narrador, com o objetivo de produzir um efeito expressivo. Releia o par grafo e explique esse efeito expressivo causado pelo emprego do presente do indicativo. 5 VNSP0805/LingPortuguesa REDA O curioso como nossa maravilhosa capacidade de previs o tem evolu do menos que nosso arsenal destrutivo e nossas aspira es de consumo. O homem primitivo dava-se por satisfeito ao voltar para a caverna com algum alimento para sua fam lia e por ter sobrevivido mais um dia. Hoje, tentamos planejar a longo prazo: mas dif cil avaliar as conseq ncias de nossas a es para mais de duas gera es. o caso da degrada o do meio ambiente. Ao cortarmos uma rvore da floresta tropical, raramente assumimos que nossos bisnetos poder o encontrar l um deserto. E, embora saibamos ter de preservar a velha M e Terra, o nico lar capaz de sustentar a vida, continuamos a destruir seus fr geis ecossistemas naturais, envenenar as guas e poluir o ar com o uso irrespons vel da tecnologia. INSTRU O: Leia atentamente os fragmentos de textos apresentados a seguir. 1. Fragmento de livro de Isaac Asimov: Todas as formas de vida diversas da humana s lidam com recursos renov veis. Determinados organismos podem morrer por falta tempor ria de alimento e gua em determinado lugar, ou por causa de aberra es clim ticas, ou por presen a e atividade de predadores, ou meramente por causa da idade avan ada. Toda uma esp cie pode morrer devido a mudan as gen ticas, incapacidade de adaptar-se a altera es ambientais, ou substitui o por outra esp cie com melhores possibilidades de sobreviv ncia. Entretanto, a vida continua, pois a Terra segue sendo habit vel, gra as eterna reciclagem de recursos renov veis. Somente o ser humano lida com recursos n o-renov veis e, portanto, s ele corre o risco de estruturar um modo de vida cujos elementos essenciais podem faltar repentinamente. Essa falta pode representar tamanha desarticula o que capaz de p r fim civiliza o humana. A , ent o, a Terra poder ainda comportar a vida, mas n o mais o avan o tecnol gico. (Gilberto Dupas, tica e poder na sociedade da informa o. S o Paulo: Editora Unesp, 2000. p. 63-65.) 3. Fragmentos de um artigo de Moacir Gadotti: A sensa o de pertencimento ao universo n o se inicia na idade adulta e nem por um ato de raz o. Desde a inf ncia, sentimo-nos ligados com algo que muito maior do que n s. Desde crian as nos sentimos profundamente ligados ao universo e nos colocamos diante dele num misto de espanto e de respeito. E, durante toda a vida, buscamos respostas ao que somos, de onde viemos, para onde vamos, enfim, qual o sentido da nossa exist ncia. uma busca incessante e que jamais termina. A educa o pode ter um papel nesse processo se colocar quest es filos ficas fundamentais, mas tamb m se souber trabalhar ao lado do conhecimento, essa nossa capacidade de nos encantar com o universo. Hoje, tomamos consci ncia de que o sentido das nossas vidas n o est separado do sentido do pr prio planeta. Diante da degrada o das nossas vidas, no planeta chegamos a uma verdadeira encruzilhada entre um caminho Tecnoz ico, que coloca toda a f na capacidade da tecnologia de nos tirar da crise sem mudar nosso estilo de vida poluidor e consumista, e um caminho Ecoz ico, fundado numa nova rela o saud vel com o planeta, reconhecendo que somos parte do mundo natural, vivendo em harmonia com o universo, caracterizado pelas atuais preocupa es ecol gicas. Temos que fazer escolhas. Elas definir o o futuro que teremos. N o me parece, realmente, que sejam caminhos totalmente opostos. Tecnologia e humanismo n o se contrap em. Mas, claro, houve excessos no nosso estilo de vida poluidor e consumista e que n o fruto da t cnica, mas do modelo econ mico. Este que tem que ser posto em causa. E esse um dos pap is da educa o sustent vel ou ecol gica. [...] N o aprendemos a amar a Terra lendo livros sobre isso, nem livros de ecologia integral. A experi ncia pr pria o que conta. Plantar e seguir o crescimento de uma rvore ou de uma plantinha, caminhando pelas ruas da cidade ou aventurando-se numa (Isaac Asimov. Escolha a cat strofe. S o Paulo: C rculo do Livro, 1979. p. 305.) 2. Fragmento de livro de Gilberto Dupas: Cientistas renomados fazem-nos graves advert ncias sobre a maneira como estamos conduzindo nossos caminhos. Ao mesmo tempo, eles nos delegam responsabilidades brutais. O fil sofo Daniel Dennett acha quase certo n o sermos a esp cie do planeta com maior chance de sobreviver. Perdemos para as baratas e as criaturas mais simples. Possu mos uma grande vantagem: a condi o de olhar frente e planejar. No entanto, apesar e por causa de todo o avan o tecnol gico de que fomos capazes, caminhamos em dire o a uma barreira de escassez, n o de min rios ou energia, mas de gua e alimentos. O sociobiologista Edward O. Wilson lembra que transformamo-nos na primeira esp cie a se tornar uma for a geof sica, capaz de alterar o clima da Terra; e que temos sido os maiores destruidores de vida desde o meteorito que caiu perto de Iucat h 65 milh es de anos e encerrou o ciclo dos grandes r pteis. Com a superpopula o e o atual estilo de desenvolvimento, corremos o risco de esgotar nossas reservas naturais inclusive de gua doce e eliminar para sempre numerosas esp cies vegetais e animais. Ele nos compara a uma fam lia que dissipa irrefletidamente seu parco patrim nio e que depende cada vez mais de novos conhecimentos para se manter viva. De fato, se hipoteticamente retiramos a eletricidade de uma tribo de abor genes australianos, quase nada acontecer . Se o fizermos aos moradores da Calif rnia, milh es morrer o. [...] VNSP0805/LingPortuguesa 6 floresta, sentindo o cantar dos p ssaros nas manh s ensolaradas ou n o, observando como o vento move as plantas, sentindo a areia quente de nossas praias, olhando para as estrelas numa noite escura. H muitas formas de encantamento e de emo o frente s maravilhas que a natureza nos reserva. claro, existe a polui o, a degrada o ambiental, para nos lembrar de que podemos destruir essa maravilha e para formar nossa consci ncia ecol gica e nos mover a o. (Moacir Gadotti. Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade. Revista lus fona de educa o, 2005. Vol. 6, p. 19-20.) PROPOSI O A personagem da pe a de Mill r Fernandes, que serviu como uma das bases para as quest es de n meros 04 a 07, afirma que o homem o c ncer da Terra , vis o pessimista que poderia ser traduzida como: a civiliza o o pior ou um dos piores males do planeta e conduzir tudo para a destrui o. Uma pessoa bastante otimista n o concordaria com esse parecer e defenderia tese contr ria: o homem o maior dos bens que j surgiram neste planeta e conseguir n o apenas sobreviver, mas tamb m preservar as outras formas de vida. Entre esses extremos de pessimismo e de otimismo podem surgir in meras outras interpreta es sobre a presen a e as a es dos seres humanos na Terra. Releia os textos apresentados como base para as quest es de n meros 04 a 07, bem como os tr s fragmentos acima transcritos e, a seguir, manifeste sua pr pria opini o, fazendo uma reda o em prosa, de g nero dissertativo, sobre o tema: O HOMEM: INIMIGO DO PLANETA? 7 VNSP0805/LingPortuguesa VNSP0805/LingPortuguesa 8

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