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Unesp Vestibular 2010 - 1º semestre - 2ª fase - Português, Inglês e Redação

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2.o dia 21.12.2009 Linguagens e C digos (Quest es 25-36) Verifique se est o corretos seu nome e n mero de inscri o impressos na capa deste caderno. Assine com caneta de tinta azul ou preta apenas no local indicado. Esta prova cont m 12 quest es discursivas e uma proposta de reda o. A prova ter a dura o total de 4h30. A prova deve ser feita com caneta de tinta azul ou preta. A resolu o e a resposta de cada quest o devem ser apresentadas no espa o correspondente. N o ser o consideradas quest es resolvidas fora do local indicado. Os rascunhos n o ser o considerados na corre o. O candidato somente poder entregar este caderno e sair do pr dio depois de transcorridas 2h15, contadas a partir do in cio da prova. CAndidAto AssinAturA do Prova de Conhecimentos Espec ficos e Reda o N O ESCREVA NESTE ESPA O Instru o: As quest es de n meros 25 a 28 tomam por base uma passagem da com dia As casadas solteiras, de Martins Pena (18151848), e uma passagem do romance Dona Flor e seus dois maridos, de Jorge Amado (1912-2001). As cAsAdAs solteIrAs Cena IX Henriqueta e depois Jeremias Jeremias (furioso) Ah, tens vontade de rir? Melhor; a morte ser alegre. (tomando-a pelo bra o) Tu s uma peste, e a peste se cura; s um dem nio, e os dem nios se exorcizam; s uma v bora, e as v boras se matam! Henriqueta (s ) Vens muito alegre... Mal sabes tu o que te espera. Canta, canta, que logo chiar s! (apaga a vela) Ah, meu tratante! Jeremias (entrando) Que diabo! noite fechada e ainda n o acenderam velas! (chamando) Tom s, Tom s, traze luz! N o h nada como estar o homem solteiro, ou, se casado, viver bem longe da mulher. (enquanto fala, Henriqueta vem-se aproximando dele pouco a pouco) Vivo como um lindo amor! Ora, j n o posso aturar a minha cara-metade... O que me vale estar ela h mais de duzentas l guas de mim. (Henriqueta, que a este tempo est junto dele, agarra-lhe pela gola da casaca. Jeremias, assustando-se) Quem ? (Henriqueta d -lhe uma bofetada e o deixa. Jeremias, gritando) Ai, tragam luzes! S o ladr es! (aqui entra o criado com luzes) Henriqueta E aos desavergonhados se ensinam! (levanta a m o para darlhe uma bofetada, e ele, deixando-a, recua) Ah, foges? Jeremias Fujo sim, porque da peste, dos dem nios, e das v boras se foge... N o quero mais te ver! (fecha os olhos) Henriqueta H s de ver-me e ouvir-me! Henriqueta outra gir ndola, patife! Jeremias N o quero mais te ouvir! (tapa os ouvidos com a m o) Jeremias Henriqueta (tomando-o pelo bra o) Pois h s de me sentir! Minha mulher! Henriqueta Pensavas que te n o havia de encontrar? Jeremias (saltando) Jeremias Arreda! Mulher do diabo! Henriqueta Agora n o me arredarei mais do p de ti, at o dia do Ju zo... Henriqueta Agora n o te perderei de vista um s instante. Jeremias Pois agora tamb m fa o eu protesto solene a todas as na es, declara o formal ssima face do universo inteiro, que hei de fugir de ti como o diabo foge da cruz; que hei de evitar-te como o devedor ao credor; que hei de odiar-te como as oposi es odeiam as maiorias. Jeremias (para o criado) Vai-te embora. (o criado sai) Henriqueta Ah, n o queres testemunhas? Henriqueta E eu declaro que te hei de seguir como a sombra segue o corpo... Jeremias N o, porque quero te matar! Jeremias (com exclama o) Meu Deus, quem me livrar deste diabo encarnado? Henriqueta Ah, ah, ah! Disso me rio eu. 3 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Criado (entrando) Uma carta da Corte para o Sr. Jeremias. donA Flor e seus doIs mArIdos Sempre fora considerada e se considerara dona Flor boa dona de casa, ordeira e pontual, cuidadosa. Boa dona de casa e boa diretora de sua Escola de Culin ria, onde acumulava todos os cargos, contando apenas com a ajuda da empregada broca e esmorecida e a assist ncia amiga da pequena Marilda, curiosa de pratos e temperos. Nunca lhe ocorrera reclama o de aluna, incidente a toldar o sossego das aulas. A n o ser, claro, os acontecidos quando do primeiro esposo pois o finado, como se est farto de saber, n o era de ter considera o por hor rio, por trabalho alheio ou por melindres de alfenim; seus deboches com alunas por mais de uma vez criaram dificuldades e problemas para dona Flor, dores de cabe a, quando n o enfeites de duro corno. Jeremias D c . (o criado entrega a carta e sai. Jeremias, para Henriqueta) N o ter eu a fortuna, peste, que esta carta fosse a de convite para teu enterro... Henriqueta N o ter esse gostinho. Pode ler, n o fa a cerim nia. Jeremias N o preciso da sua permiss o. (abre a carta e a l em sil ncio) Estou perdido! (deixa cair a carta no ch o) Desgra ado de mim! (vai cair sentado na cadeira) Ah! Em verdade, ela, dona Flor, n o possu a no o de regra e m todo, andava longe de ter ordem em casa e na Escola e, em sua exist ncia, medida e pauta, como devera! Foi-lhe necess rio viver com doutor Teodoro para dar-se conta de como sua ordem era anarquia, seus cuidados tacanhos e insuficientes, de como ia tudo mais ou menos ao deus-dar , a la vont , sem lei e sem controle. Henriqueta O que ? Jeremias Que infelicidade, ai! Henriqueta N o decretou doutor Teodoro lei e controle de imediato e com severidade; nem sequer falou em tal. Sendo homem tranquilo e suspicaz, de educa o cutuba, nada sabia impor e n o impunha; no entanto tudo obtinha sem estardalha o, sem que os demais se sentissem violentados; um fode-mansinho o nosso caro farmac utico. Jeremias! Jeremias Arruinado! Perdido! Henriqueta (corre e apanha a carta e a l ) Sr. Jeremias, muito sinto dar-lhe t o desagrad vel not cia. O negociante a quem o senhor emprestou o resto de sua fortuna acaba de falir. Os credores n o puderam haver nem 2 por cento do rateio. Tenha resigna o... Que desgra a! Pobre Jeremias! (chegando-se para ele) Tende coragem. Era preciso ver-se a casa um m s e meio depois da lua-de-mel, que diferen a! Tamb m dona Flor fazia diferen a, buscando adaptar-se a seu marido, seu senhor, caber justa e certa em sua medida exata. Se nela a mudan a era por dentro, mais sutil, menos vis vel, na casa fizera-se evidente, bastava olhar. (Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos. S o Paulo: Livraria Martins Editora, 1966.) Jeremias (chorando) Ter coragem! bem f cil de dizer-se... Pobre, miser vel... Ah! (levantando-se) Henriqueta, tu que sempre me amaste, n o me abandones agora... Mas n o, tu me abandonar s; eu estou pobre... Henriqueta Injusto que tu s. Acaso amava eu o teu dinheiro, ou a ti? Jeremias Minha boa Henriqueta, minha querida mulher, agora que tudo perdi, s tu s o meu tesouro; s tu ser s a consola o do pobre Jeremias. Henriqueta Aben oada seja a desgra a que me faz recobrar o teu amor! Trabalharemos para viver, e a vida junto de ti ser para mim um para so... Jeremias Oh, nunca mais te deixarei! (Martins Pena, Com dias (1844-1845). As casadas solteiras: com dia em 3 atos. S o Paulo: WMF Martins Fontes, 2007.) UNESP/CE-LingC digos-Reda o 4 Quest o 25 Nos dois fragmentos de texto citados, em que se colocam aspectos da rela o entre marido e mulher no casamento, percebe-se que as esposas amam seus respectivos maridos, mas o modo de relacionamento diferente. Tomando por base este coment rio, releia os dois fragmentos apresentados e demonstre que a atitude de Henriqueta diante de Jeremias bastante diferente da que se percebe entre dona Flor e o doutor Teodoro. RESOlu O CORRE O REVIS O 5 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 26 No terceiro par grafo do texto de Jorge Amado, a express o coloquial fode-mansinho, que poderia assumir um sentido de ordem sensual, na verdade utilizada como met fora que caracteriza outro aspecto da personalidade do doutor Teodoro. Releia o par grafo e explique o que quer dizer o narrador ao afirmar que o doutor era um fode-mansinho. RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 6 Quest o 27 No fragmento da pe a de Martins Pena h palavras, express es e frases que aparecem escritas em it lico e quase sempre entre par nteses. Trata-se de um recurso formal utilizado pelos autores em textos destinados a teatro, cinema e televis o. Partindo deste coment rio, releia o texto e, a seguir, explique a fun o que apresenta esse recurso formal no fragmento apresentado. RESOlu O CORRE O REVIS O 7 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 28 Na pe a de Martins Pena, Jeremias e Henriqueta usam em quase todo o di logo o tratamento de segunda pessoa do singular (tu, te, ti, contigo e verbos com flex o correspondente). Em certo momento, por m, h uma r pida troca de palavras em que os dois alteram a forma de tratamento, para em seguida voltarem ao de segunda pessoa. Localize a passagem que cont m essa r pida troca de palavras e identifique a forma de tratamento que nela assumem marido e esposa. RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 8 Instru o: As quest es de n meros 29 a 32 tomam por base um soneto do poeta neocl ssico portugu s Bocage (Manuel Maria Barbosa du Bocage, 1765-1805) e uma tira da escritora e quadrinista brasileira Ci a (Cecilia Whitaker Vicente de Azevedo Alves Pinto). lXIV contrAste entre A VIdA cAmpestre e A dAs cIdAdes Nos campos o vil o sem sustos passa, Inquieto na corte o nobre mora; O que ser infeliz aquele ignora, Este encontra nas pompas a desgra a: Aquele canta e ri; n o se embara a Com essas coisas v s que o mundo adora: Este (oh cega ambi o!) mil vezes chora, Porque n o acha bem que o satisfa a: Aquele dorme em paz no ch o deitado, Este no eb rneo leito precioso Nutre, exaspera velador cuidado: Triste, sai do pal cio majestoso; Se h s-de ser cortes o, mas desgra ado, Antes ser campon s, e venturoso. (Bocage, Obras de Bocage. Porto: Lello & Irm o-Editores, 1968.) (Ci a. Tira. In: Pagando o pato. Porto Alegre, LP & M, 2006.) 9 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 29 O tema do soneto apresentado, do neocl ssico portugu s Bocage, se enquadra numa das linhas tem ticas caracter sticas do per odo liter rio denominado Neoclassicismo ou Arcadismo. Aponte essa linha tem tica, comprovando com elementos do pr prio poema. RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 10 Quest o 30 A palavra vil o pode apresentar diferentes significados na L ngua Portuguesa, alguns bastante distintos entre si. No soneto de Bocage, a pr pria sequ ncia da leitura permite descobrir, em fun o do contexto, o significado que assume tal palavra, empregada no primeiro verso. Releia o poema e aponte esse significado. RESOlu O CORRE O REVIS O 11 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 31 O soneto de Bocage se apresenta de acordo com o modelo tradicional, com versos de dez s labas m tricas (decass labos) distribu dos em duas quadras e dois tercetos. De posse desta informa o, apresente como resposta a divis o em s labas m tricas do segundo verso do poema, levando em conta que as s labas t nicas s o a terceira, a sexta, a oitava e a d cima. RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 12 Quest o 32 Na tira de Ci a, a troca de ser por ter ironiza uma das tend ncias do comportamento humano na sociedade moderna, altamente consumista. Isso considerado, releia a tira e o poema de Bocage e aponte em que consiste essa ironia e em que medida o soneto de Bocage representa, com mais de dois s culos de anteced ncia, uma das poss veis respostas a essa troca de ser por ter. RESOlu O CORRE O REVIS O 13 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Instru o: Leia o artigo Film about de Menezes premieres in home town, publicado pelo jornal brit nico The Independent. Responda s quest es de n meros 33 a 36, em portugu s. FIlm About de menezes premIeres In home town By Jan Onoszko in Rio de Janeiro Friday, 19 June 2009 The life story of the Brazilian man shot dead by police on a London Underground train because they believed he was a suicide bomber is celebrated in a film which premieres in his home town this evening. The population of Gonzaga is expected to double in size as 10,000 people pack the town s football ground for the first screening of the film, entitled Jean Charles. Jean Charles de Menezes was 27 years old when Metropolitan Police officers fired seven bullets into his head at Stockwell Tube station on 22 July 2005. The force was found guilty of endangering public safety in a subsequent inquiry into the incident but no individual officers have been held accountable for his death. The Gonzaga mayor, Esegenia-Maria Magalh es, said: We wish the town could have become known for other reasons, if it had to be known at all. What happened still has a profound effect on all of us. There s a lot of indignation, pain, sadness, and Jean Charles is greatly missed. He was an ordinary boy who left us in search of a better life. The BBC commissioned the film and approached Henrique Goldman to direct and write it, but it later pulled out of the project because they didn t agree on what perspective the film should take. I don t know why they pulled the plug, said Goldman. He managed to keep the project going when the UK Film Council provided half the funding. The Government which lets the police get away with murder also allows us to make the film, said Goldman. This schizophrenic behaviour is very British. (www.independent.co.uk/arts-entertainment/films) UNESP/CE-LingC digos-Reda o 14 Quest o 33 A que se referem as seguintes palavras e express es utilizadas no texto? I. Gonzaga (par grafos 2 e 4). II. Stockwell Tube station (par grafo 3). III. us (par grafo 4). IV. This schizophrenic behaviour (par grafo 5). RESOlu O CORRE O REVIS O 15 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 34 Explique o significado da ora o I don t know why they pulled the plug no contexto do artigo. RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 16 Quest o 35 Quem s o as seguintes pessoas, mencionadas no artigo? I. Esegenia-Maria Magalh es. II. Henrique Goldman. III. Jean Charles de Menezes. RESOlu O CORRE O REVIS O 17 UNESP/CE-LingC digos-Reda o Quest o 36 De que fonte foram efetivamente obtidos recursos para financiar a produ o do filme? Essa fonte de car ter p blico ou privado? Qual a porcentagem desse apoio financeiro em rela o ao total de gastos? RESOlu O CORRE O REVIS O UNESP/CE-LingC digos-Reda o 18 REdA O Instru o: Releia os textos apresentados como base para as quest es de n meros 29 a 32. proposI o Embora seja um tema t o antigo quanto a pr pria civiliza o, a busca da felicidade ainda constitui o problema maior de todos os seres humanos no s culo XXI. Para alguns, ser feliz s poss vel com o ac mulo de bens e de riqueza, vivendo nas grandes cidades e usufruindo de todos os prazeres poss veis, inclusive daqueles que a moderna tecnologia oferece. Para outros, a felicidade s se encontra no despojamento das ambi es e na busca das coisas simples, j que a posse de fortuna n o garante por si mesma a satisfa o integral do homem. Afinal, o que importante para ser feliz? Riquezas, prazeres, tecnologia, sucesso profissional e pessoal? Ou simplicidade, tranquilidade, ren ncia s grandes ambi es, busca do bem estar individual na autenticidade do ser, na natureza e na pr pria natureza humana? O importante, enfim, ter? ou ser? Seria poss vel um meio termo para essa busca? Com base nesta orienta o e levando em considera o, se achar necess rio, os textos apresentados como base para as quest es de n meros 29 a 32, escreva uma reda o de g nero dissertativo sobre o tema: A FEliCidAdE, ENTRE O TER E O SER. 19 UNESP/CE-LingC digos-Reda o RASCUNHO Os rascunhos n o ser o considerados na corre o. N O ASSINE ESTA FOLHA UNESP/CE-LingC digos-Reda o 20

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