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Unesp Vestibular de 2009 - PROVAS 2° semestre - Humanas

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Vestibular Meio 4. Prova de de ano 2009 ConheCimentos esPeC fiCos rea de Caderno humanidades de Quest es INSTRU ES 1. Conferir seu noMe, n Mero de insCri o e n Mero da Carteira iMpressos na Capa deste Caderno. 2. assinar CoM Caneta de tinta azul ou preta a Capa do seu Caderno de respostas, no loCal indiCado. 3. esta 4. o proVa Cont M 25 Quest es e ter dura o de 4 horas. Candidato soMente poder entregar o Caderno de respostas e sair do pr dio depois de transCorridas Contadas a partir do in Cio da proVa. 5. ao sair, o Candidato leVar este Caderno e o Caderno de Quest es da proVa de ConheCiMentos gerais. 06.07.2009 2 horas, UNESP/Humanidades 2 05. Quais s o as perspectivas de uma aprecia o realista da revolu o de Castro, em Cuba, se a considerarmos, unicamente, como manifesta o do comunismo internacional e n o a relacionarmos com os movimentos paralelos em outras regi es do mundo subdesenvolvido, ou com a longa e intrincada hist ria das rela es entre os EUA e Cuba desde 1901? Hist ria 01. Num antigo documento eg pcio, um pai d o seguinte conselho ao filho: Decide-te pela escrita, e estar s protegido do trabalho rduo de qualquer tipo; poder s ser um magistrado de elevada reputa o. O escriba est livre dos trabalhos manuais [...] ele quem d ordens [...]. N o tens na m o a palheta do escriba? ela que estabelece a diferen a entre o que s e o homem que segura o remo. (G. Barraclough, Introdu o hist ria contempor nea) Considerando o texto, qual a preocupa o fundamental de G. Barraclough em rela o ao estudo da Revolu o Cubana? (apud Luiz Koshiba, Hist ria origens, estrutura e processos.) 06. Quando da cria o do Estado de Israel pela ONU, estava prevista a cria o de dois estados, um judeu e outro rabe, no territ rio do antigo mandato brit nico. Apenas o primeiro viabilizou-se. A partir do texto, discuta o significado da escrita nas sociedades antigas. Explique o contexto em que se deu a cria o do Estado de Israel. 02. O sistema feudal, em ltima an lise, repousava sobre uma organiza o que, em troca da prote o, frequentemente ilus ria, deixava as camadas de trabalhadores merc das camadas parasit rias, e concedia a terra n o a quem a cultivava, mas aos capazes de dela se apoderarem. 07. A produ o a ucareira [do Brasil] colonial exigiu, al m da constitui o de formas espec ficas de trabalho, configura o peculiar da propriedade da terra. (P. Boissonade, Vida e trabalho na Europa medieval. apud Leo Huberman, Hist ria da Riqueza do Homem) Explique a estrutura da sociedade feudal, destacando as rela es econ micas e as rela es de poder entre as diferentes camadas que dela faziam parte. (Vera L cia Amaral Ferlini, Terra, trabalho e poder) Identifique e analise essa configura o peculiar da propriedade da terra . 03. (...) A abertura de novas rotas, a fim de superar os entraves derivados do monop lio das importa es orientais pelos venezianos e mu ulmanos, e a escassez do metal nobre implicavam dificuldades t cnicas (navega es do Mar Oceano) e econ micas (alto custo dos investimentos) (...), o que exigia larga mobiliza o de recursos (...) em escala nacional (...) A expans o mar tima, comercial e colonial, postulando um certo grau de centraliza o do poder para tornar-se realiz vel, constituiu-se (...) em fator essencial do poder do Estado metropolitano. 08. Os trechos a seguir reproduzem queixas feitas por imigrantes italianos ao vice-consulado italiano em S o Paulo no fim do s culo XIX: Ontem, em torno das 13 horas, apresentou-se nesse escrit rio o Sr. Vincenzo Pietrocola, colono da fazenda X e me comunicou que no dia precedente, entre 15 e 16 horas, foi agredido, junto com alguns companheiros de trabalho, por indiv duos ligados ao setor administrativo da fazenda, comandados pelo capataz da fazenda (...) (Fernando Novais, O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. In: Carlos Guilherme Motta (org.) Brasil em perspectiva) No dia (...) a filha de L. C., de 4 anos, brincava perto da casa paterna enquanto seus pais estavam trabalhando. Aproximou-se o neto do patr o, Jo o de Souza, de 17 anos, e com agrados e promessas de doces conduziu a pequena at os fundos de sua casa (...) jogando-a no ch o e obedecendo aos seus monstruosos instintos, deflorou-a (...) o pai percorre 14 quil metros que o separava da cidade para dar queixa ao delegado de pol cia (...) at perceber que n o tinha a menor chance de ver seu protesto levado avante, porque o delegado era parente e amigo do estuprador (...). A partir do texto, responda: Por que a centraliza o pol tica foi condi o para a expans o mar tima e comercial nos s culos XV e XVI? 04. Com a alian a entre jacobinos e sans-culottes, a revolu o dava um passo frente, esquerda, ganhando uma nova forma pol tica e um novo conte do social. (apud Zuleika M. F. Alvim, Brava gente!, S o Paulo) (Modesto Florenzano, As revolu es burguesas) Identifique e explique os elementos de perman ncia da ordem escravista, nas condi es de vida dos imigrantes italianos. No contexto da Revolu o Francesa, explique duas medidas que revelam o car ter inovador do governo jacobino (1792-1794). 3 UNESP/Humanidades 12. No ano de 2008, foi retomada a discuss o sobre o Protocolo de Kyoto, entre os pa ses que haviam celebrado sua assinatura. Os debates principais destacaram as negocia es sobre como enfrentar o aquecimento global e as formas de reduzir as emiss es de gases nos pr ximos anos. No que tange a este ltimo problema, alguns pa ses em desenvolvimento e um desenvolvido est o sendo pressionados a contribuir com as metas de redu o da polui o. 09. O n mero dos bandos de cangaceiros assume s vezes propor es assombrosas, mui especialmente quando se destinam tomada duma vila ou cidade. Centenas de criminosos apoderaram-se do Crato, no Cear , e de Alagoa do Monteiro, na Para ba. Duzentos homens atacaram Tamboril, no sert o cearense. Quinhentos bandidos saquearam a cidade paraibana de Patos. Trezentos incendiaram a cidade cearense de Aurora. Quatrocentos derrotaram a pol cia da Para ba em Carrapateira, Amparo e Monteiro, amea ando tocar fogo na vila do Teixeira, violar as mulheres e sangrar os homens. (...) Nomeie os dois pa ses em desenvolvimento que est o sendo alvos dessa press o. Indique o pa s desenvolvido e comente quais impasses/conflitos ele vem criando com rela o ao protocolo. (Gustavo Barroso, 1917 apud Gregg Narber, Entre a Cruz e a Espada: viol ncia e misticismo no Brasil rural) Analise as condi es hist ricas que intensificaram o fen meno do Canga o, nas primeiras d cadas do s culo XX. 13. Em 2005, o governo brasileiro concedeu a autoriza o de demarca o dos limites da reserva ind gena destacada na figura, embora, desde o come o dos anos de 1990, j tivesse iniciado as desapropria es. No entanto, para impedir a desocupa o da rea, alguns produtores recorreram justi a, o que gerou um novo conflito com os ndios da reserva. 10. Eu acredito firmemente que o autoritarismo uma p gina virada na Hist ria do Brasil. Resta, contudo, um peda o do nosso passado pol tico que ainda atravanca o presente e retarda o avan o da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas (...) ReseRva Ind gena (Fernando Henrique Cardoso, Discurso de despedida do Senado Federal, 14.12.2004) No que se refere participa o do Estado na economia, compare a Era Vargas (1930-1945 e 1951-54) e os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) GEOGraFia 11. A charge retrata um naturalista ingl s que auxiliou no entendimento sobre o que somos e de onde viemos atrav s de uma teoria muito importante para a ci ncia geogr fica, notadamente nas teorias biogeogr ficas. (www.brasildefato.com.br. Adaptado) Qual o nome dessa reserva e em qual estado brasileiro est localizada? (www.cienciahoje.uol.com.br acesso 12.05.2009) Qual o nome desse cientista, dessa teoria e do principal movimento oposicionista a suas ideias? UNESP/Humanidades 4 14. As reas destacadas na figura representam os pa ses que possuem as maiores jazidas mundiais de l tio. Al m da Ind stria de Inform tica, o l tio vem sendo apontado como mat ria-prima de outro importante ramo industrial. 16. O presidente Hugo Chaves ordenou, no m s de mar o de 2009, que os militares tomassem o controle dos tr s principais portos da Venezuela, que se encontravam sob controle dos opositores pol ticos. Segundo os cientistas pol ticos, essa medida pode afetar a economia regional. PRIncIPaIs jazIdas de L tIo PRIncIPaIs PoRtos da venezueLa (Veja, 11.03.2009. Adaptado) Nomeie os pa ses que possuem as maiores jazidas mundiais desse recurso natural, indique qual o ramo industrial que vem demandando esse metal e aponte esse novo uso. (www.a-venezuela.com/mapas. Adaptado) Observe a figura e, com base no texto, explique quais s o os tr s principais efeitos econ mico-regionais diante dessa decis o do presidente venezuelano. 15. Alguns idiomas disseminaram-se pelo mundo com a expans o imperial. Entre eles, h um idioma que teve uma maior difus o geogr fica. Observe a figura, responda qual o idioma e nomeie os continentes nos quais ele se encontra oficialmente presente. Comente o papel desse idioma no que tange sua hegemonia econ mica e pol tica em n vel mundial. 17. A velocidade de transmiss o da informa o foi acelerada e transformou as no es de pr ximo e distante. Isso se deve Revolu o Tecnol gica ocorrida em todo o mundo nas ltimas d cadas. Essas mudan as influenciaram diretamente nas estrat gias de localiza o das ind strias. dIfus o de um IdIoma ImPeRIaL no mundo Indique e comente dois fatores que atuam na localiza o dos estabelecimentos industriais na nova cojuntura econ mica. 18. nas reas rurais que o trabalho infantil mais acentuado. Segundo o IBGE (2004), de 1,8 milh o de pessoas de 10 a 17 anos ocupadas nas reas rurais, 37,6% come aram a trabalhar com menos de 10 anos de idade. Geralmente, essas crian as trabalham em atividades rduas ou insalubres e, pela longa jornada de trabalho, est o impedidas de realizarem tarefas mais indicadas a essa faixa et ria. Cite dois principais problemas que podem advir do trabalho infantil e explique o que eles representam para o futuro dessas crian as. (Magnoli e Ara jo: Geografia: a constru o do mundo, Moderna, 2005. Adaptado) 19. Durante o processo de regionaliza o do Brasil, o Nordeste sempre foi apontado como regi o das perdas (Corr a, 1989). Sua situa o econ mica e ambiental deve-se a enormes desigualdades sociais e grandes e graves preju zos advindos das secas. Atualmente, v rias medidas foram tomadas com o apoio do Estado nacional, enfatizando um planejamento econ mico e ambiental para essa regi o. Cite duas medidas tomadas no meio rural da Regi o Nordeste, que est o contribuindo para minimizar os efeitos adversos da seca e aumentar a produtividade. 5 UNESP/Humanidades L NGUa POrtUGUEsa INSTRU O: Leia o texto seguinte e responda s quest es de n meros 22 e 23. INSTRU O: Leia o texto seguinte e responda s quest es de n meros 20 e 21. H 2400 anos morria S crates. Filho de um escultor e de uma parteira, ele foi muito mais do que um fil sofo, na poca em que a Gr cia era o centro do universo. Nas ruas de Atenas, dedicava-se a ensinar a virtude e a sabedoria. Revolucion rio, rejeitava o modelo vigente, segundo o qual o conhecimento devia ser transmitido de cima para baixo . Seu m todo era dialogar com pequenos grupos em pra as e mercados. Usava a consci ncia da pr pria ignor ncia ( S sei que nada sei ) para mostrar que todos n s constru mos conceitos. Acreditava que preciso levar em conta o que a crian a j sabe para ajud -la a crescer intelectualmente. Na poca, essas pr ticas representavam uma amea a, porque tiravam o mestre do pedestal para aproxim -lo dos disc pulos exatamente o contr rio do que faziam os sofistas, estudiosos e viajantes profissionais que cobravam caro por uma educa o obviamente elitizada. Por isso, S crates foi levado a julgamento e punido com a condena o morte bebendo cicuta, veneno extra do dessa planta. V rios s culos se passaram at que suas ideias fossem colocadas em seu devido lugar, o de primeiro professor da civiliza o ocidental. Professor, palavra de origem latina, aquele que professa ou ensina uma ci ncia, uma arte, uma t cnica, uma disciplina. o mestre. Como tal, deve dar o exemplo, ser respeitado e imitado. Infelizmente, essa imagem nem sempre correspondeu realidade. E, mais triste ainda, n o acompanha o professorado nacional tanto na sociedade quanto entre os pr prios colegas. (...) No mundo todo, vem crescendo a consci ncia de que a educa o o nico jeito de garantir o crescimento econ mico das na es e propiciar a constru o de uma sociedade mais justa. Em discursos, entrevistas e artigos, o tom sempre o mesmo: n o h outra sa da. Por que, ent o, o docente n o valorizado como deveria? A escola ficava no fim da rua, num casebre de palha com biqueiras de telha, caiado por fora. Dentro unicamente um grande sal o, com casas de marimbondos no teto, o ch o batido, sem tijolo. De mobili rio, apenas os bancos e as mesas estreitas dos alunos, a grande mesa do professor e o quadro-negro arrimado ao cavalete. A minha decep o come ou logo que entrei. Eu tinha visto aquela sala num dia de festa, ressoando pelas vibra es de cantos, com bandeirinhas tremulantes, ramos e flores sobre a mesa. Agora ela se me apresentava tal qual era: as paredes nuas, cor de barro, sem coisa alguma que me alegrasse a vista. Durante minutos fiquei zonzo, como a duvidar de que aquela fosse a casa que eu tanto desejara. E os meus olhinhos inquietos percorriam os cantos da sala, procura de qualquer coisa que me consolasse. Nada. As paredes sem caia o, a mob lia polida de preto tudo grave, sombrio e feio, como se a inten o ali fosse entristecer a gente. (...) Tentei encarar o professor e um frio esquisito me correu da cabe a aos p s. O que eu via era uma criatura incr vel, de cara amarrada, intrat vel e feroz. Os nossos olhos cruzaram-se. Senti uma vontade louca de fugir dali. Pareceu-me estar diante de um carrasco. (Viriato Correa, Cazuza) 20. A vis o da escola, pelo enunciador, oscila de um plano fantasioso motivado pelas peculiaridades de um dia de festa para um plano realista, de que decorre uma decep o flagrante. Identifique uma palavra, no fragmento, que utilizada em sua forma normal e no diminutivo, representando a situa o de desejo e a situa o crua da chegada sala de aula, explicitando os efeitos de sentido que o uso do diminutivo cumpre, no contexto. (Paola Gentile, Nova Escola, edi o n 146, outubro de 2001) 22. Certas express es servem para retomar o que j foi mencionado, em um texto. Assim, na frase Por isso, S crates foi levado a julgamento e punido... , nomeie a classe gramatical da palavra em destaque e resuma as informa es do texto a que ela se refere. 23. comum encontrar, em um texto, marcas lingu sticas que evidenciam a opini o de seu enunciador, mesmo que se trate de um texto, como o de Nova Escola, pretensamente mais neutro . Retire do fragmento duas express es que sirvam para demonstrar que o enunciador inclui seu ponto de vista na abordagem dos fatos. 21. Em sua descri o da sala de aula, o enunciador mobiliza predominantemente o sentido da vis o (por exemplo, casebre de palha , caiado por fora , mob lia polida de preto etc.), embora outro sentido tamb m seja utilizado. Transcreva uma passagem do fragmento que comprove essa afirma o, identificando esse outro sentido implicado. UNESP/Humanidades 6 INSTRU O: Leia o texto seguinte e responda s quest es de n meros 24 e 25. A primeira aula era com a professora de Estudos Sociais, uma professora muito bonita e muito simp tica. Cada um vai para sua carteira, Jandira entra na classe, atravessa-a, ouvem-se assobios, fiu-fiu, barulhos com a boca de quem saboreia coisa gostosa, nhame-nhame. (...) A professora Jandira estava luminosa, vestia uma saia-cal a azul claro, de tecido ana-ruga, uma blusinha esporte do mesmo tecido, chap u e bolsa de palha, tr s correntinhas de ouro de diferentes tamanhos no pesco o e um enorme rubi vermelho no dedo anular da m o esquerda. (Jo o Carlos Marinho, Sangue fresco) 24. Compare os verbos que aparecem nos dois primeiros par grafos do texto e explique qual o efeito de sentido causado pela mudan a dos tempos verbais, ocorrente na passagem do primeiro para o segundo par grafo. 25. Transcreva do fragmento de Sangue fresco dois exemplos do uso da linguagem com fun o imitativa, nomeando esse processo e comentando o sentido que ele confere ao contexto. 7 UNESP/Humanidades

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