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Unesp Vestibular de 2006 - PROVAS 1º SEMESTRE - 2º DIA - Português

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VESTIBULAR 2006 N mero da carteira Nome do candidato PROVA DE L NGUA PORTUGUESA CADERNO DE QUEST ES INSTRU ES 1. Dobrar este caderno ao meio e cort -lo na parte superior. 2. Preencher com seu nome e n mero da carteira os espa os indicados nesta p gina. 3. Assinar com caneta de tinta azul ou preta a capa do seu Caderno de Respostas, no local indicado. 4. Esta prova cont m 10 quest es e um tema de reda o e ter dura o de 4 horas. 5. O candidato somente poder entregar o Caderno de Respostas e sair do pr dio depois de transcorridas 2 horas, contadas a partir do in cio da prova. 6. Ao sair, o candidato levar este caderno. Cad_LPortuguesa.pmd 1 29/11/2005, 18:19 UNESP/L nguaPortuguesa Cad_LPortuguesa.pmd 2 2 29/11/2005, 18:19 O ltimo Paj L NGUA PORTUGUESA Cheio de ang stia e de rancor, calado, Solene e s , a fronte carrancuda, Morre o velho Paj , crucificado Na sua dor, tragicamente muda. INSTRU O: As quest es de n meros 01 a 03 tomam por base um trecho de uma carta do Padre Antonio Vieira (1608-1697) e um soneto do poeta simbolista brasileiro P thion de Villar (Egas Moniz Barreto de Arag o, 1870-1924). V -se-lhe aos p s, disperso e profanado, O trof u dos av s: a flecha aguda, O terr vel tacape ensang entado, Que outrora erguia aquela m o sanhuda. Carta XIII Ao Rei D. Jo o IV 4 de abril de 1654 (...) Vencida a sua ra a t o valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! Tornando aos ndios do Par , dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consci ncia a manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasi o deste servi o se cometem. Tup mentiu! e erguendo as m os sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira. Primeiramente nenhum destes ndios vai sen o violentado e por for a, e o trabalho excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser venenos ssimo o vapor do tabaco: o rigor com que s o tratados mais que de escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, fei ssimos; o comer quase nenhum; a paga t o limitada que n o satisfaz a menor parte do tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e novas, e muito distante das aldeias, est o os ndios ausentes de suas mulheres, e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente, porque n o t m os pais tempo para fazer suas ro as, com que as aldeias est o sempre em grand ssima fome e mis ria. (P thion de Villar. A morte do paj . 1978.) 01. Embora separados por mais de dois s culos, os textos apresentados focalizam uma mesma quest o social surgida no Brasil-Col nia, que tem repercuss es at os dias atuais. Releia os dois textos com aten o e, a seguir, a) identifique a quest o social abordada por ambos os textos; b) explique em que medida o poema de P thion de Villar, escrito em 1900, simboliza, com certa dramaticidade, um dos desfechos poss veis dos problemas apontados em 1654 por Vieira ao rei de Portugal. Tamb m assim ausentes e divididos n o podem os ndios ser doutrinados, e vivem sem conhecimento da f , nem ouvem missa nem a t m para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se v o ao Inferno, sem haver quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente causa estas crueldades de que muitos ndios j crist os se ausentam de suas povoa es, e se v o para a gentilidade, e de que os gentios do sert o n o queiram vir para n s, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de nenhum modo s o costumados, e assim se v m a perder as convers es e os j convertidos; e os que governam s o os primeiros que se perdem, e os segundos ser o os que os consentem; e isto o que c se faz hoje e o que se fez at agora. 02. Podemos estranhar, por vezes, o emprego de certas palavras nos textos, seja por n o serem muito comumente usadas, seja por manobras estil stico-expressivas do escritor. O contexto em que tais palavras se encontram, todavia, permite percebermos o sentido sem que precisemos socorrer-nos do dicion rio. Com base neste coment rio, a) aponte o que pretende significar Vieira, no terceiro par grafo, sob o ponto de vista religioso, com a express o gentios do sert o ; b) estabele a, com base na leitura de todo o poema, o sentido que a palavra crucificado apresenta no terceiro verso do soneto de P thion. (Padre Antonio Vieira. Carta XIII. 1949.) UNESP/L nguaPortuguesa 3 Cad_LPortuguesa.pmd 3 29/11/2005, 18:19 03. Ao focalizar como tema a mesma quest o hist rico-social, Vieira e P thion o fazem sob pontos de vista distintos. Lembrando que Vieira escreve uma carta ao rei e que P thion escreve um poema, responda. a) Reflex es sobre a Vaidade dos Homens Vivemos com vaidade, e com vaidade morremos; arrancando os ltimos suspiros, estamos dispondo a nossa pompa f nebre, como se em hora t o fatal o morrer n o bastasse para ocupa o: nessa hora em que estamos para deixar o mundo, ou em que o mundo est para nos deixar, e entramos a compor e a ordenar o nosso acompanhamento e assist ncia funeral; e com vangl ria antecipada nos pomos a antever aquela cerim nia, a que chamam as na es ltimas honras, devendo antes cham -la vaidades ltimas. Queremos que em cada um de n s se entregue terra, com solenidade e fausto, outra infeliz por o de terra: tributo inexor vel! A vaidade no meio da agonia nos faz saborear a ostenta o de um luxo que nos posterior, e nos faz sens veis as aten es que h o de dirigir-se nossa insensibilidade. (...) De todas as paix es, a que mais se esconde a vaidade: e se esconde de tal forma, que a si mesma se oculta e ignora: ainda as a es mais pias nascem muitas vezes de uma vaidade m stica, que quem a tem n o a conhece nem distingue: a satisfa o pr pria, que a alma recebe, como um espelho em que nos vemos superiores aos mais homens pelo bem que obramos, e nisso consiste a vaidade de obrar o bem. N o h maior inj ria que o desprezo; e porque o desprezo todo se dirige e ofende a vaidade; por isso a perda da honra aflige mais que a da fortuna; n o porque esta deixe de ter um objeto mais certo e mais vis vel, mas porque aquela toda se comp e da vaidade, que em n s a parte mais sens vel. Poucas vezes se exp e a honra por amor da vida, e quase sempre se sacrifica a vida por amor da honra. Com a honra que adquire, se consola o que perde a vida; por m o que perde a honra, n o lhe serve de al vio a vida que conserva: como se os homens mais nascessem para terem honra, que para terem vida, ou fossem formados menos para existirem no ser, que para durarem na vaidade. Justo fora que amassem com excesso a honra, se esta n o fosse quase sempre um desvario que se sustenta na estima o dos homens, e s vive da opini o deles. O que quer enfatizar Vieira com a frase final ... e isto o que c se faz hoje e o que se fez at agora ? b) Por que, mesmo situando seu conte do num plano imagin rio, idealizado, simb lico, o poema de P thion n o desfigura a realidade em que se baseia? INSTRU O: As quest es de n meros 04 a 07 fazem refer ncia a uma passagem da B blia Sagrada (Livro do Eclesiastes) e um fragmento do livro Reflex es sobre a Vaidade dos Homens, de Matias Aires (Matias Aires Ramos da Silva de E a, 1705-1763). Livro do Eclesiastes Introdu o Palavras do Eclesiastes filho de David, rei de Jerusal m. 2 Vaidade de vaidades, disse o Eclesiastes; vaidade de vaidades, tudo vaidade. 3 Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? 4 Uma gera o passa, e outra gera o lhe sucede; mas a terra permanece sempre est vel. 5 O sol nasce e p e-se, e torna ao lugar donde partiu, e, renascendo a , 6 dirige o seu giro para o meio-dia, e depois declina para o norte; o vento corre, visitando tudo em roda, e volta a come ar os seus circuitos. 7 Todos os rios entram no mar, e o mar nem por isso trasborda; os rios voltam ao mesmo lugar donde sa ram, para tornarem a correr. 8 Todas as coisas s o dif ceis; o homem n o as pode explicar com palavras. O olho n o se farta de ver, nem o ouvido se cansa de ouvir. 9 O que que foi? o mesmo que h de ser. Que o que se fez? O mesmo que se h de fazer. 10 N o h nada novo debaixo do sol, e ningu m pode dizer: eis aqui est uma coisa nova, porque ela j existiu nos s culos que passaram antes de n s. 11 N o h mem ria das coisas antigas, mas tamb m n o haver mem ria das coisas que h o de suceder depois de n s entre aqueles que viver o mais tarde. 12 Eu, o Eclesiastes, fui rei de Israel em Jerusal m, 13 e propus no meu cora o inquirir e investigar sabiamente todas as coisas que se fazem debaixo do sol. Deus deu esta penosa ocupa o aos filhos dos homens, para que se ocupassem nela. 14 Vi tudo o que se faz debaixo do sol, e achei que tudo era vaidade e afli o de esp rito. 15 Os perversos dificultosamente se corrigem, e o n mero dos insensatos infinito. 1 (Matias Aires Ramos da Silva de E a. Reflex es sobre a vaidade dos homens. 1953.) 04. Entre as acep es que fornece o dicion rio Aur lio para vaidade encontramos: 1. Qualidade do que v o, ilus rio, inst vel ou pouco duradouro. 2. Desejo imoderado de atrair admira o ou homenagens. Levando em considera o que o livro de Matias Aires apresenta em ep grafe o vers culo 2 do Eclesiastes, releia os dois fragmentos apresentados e, em seguida, a) b) considerando as duas acep es dadas pelo Aur lio, defina o que quer significar, ironicamente, Matias Aires com a express o vangl ria antecipada . (B blia Sagrada Antigo Testamento. Livro do Eclesiastes, I, 1-15. 1952.) UNESP/L nguaPortuguesa Cad_LPortuguesa.pmd demonstre qual das duas acep es fornecidas pelo Aur lio predomina no vers culo 11 do Eclesiastes; 4 4 29/11/2005, 18:19 05. A abordagem de Matias Aires sobre a vaidade, no fragmento apresentado, fecha o foco sobre o comportamento social do indiv duo. Levando em considera o este coment rio, a) INSTRU O: As quest es de n meros 08 a 10 se baseiam na letra do samba-can o Vingan a, de Lupic nio Rodrigues (19141974), na letra de Olhos nos Olhos, de Chico Buarque de Hollanda (1944-) e numa tira do Casal Neuras, de Glauco (Glauco VillasBoas, 1957-). comprove com elementos textuais que, para Matias Aires, o sentimento da vaidade pressup e um p blico; b) explique, com base na argumenta o de Matias Aires, por que este considera existir vaidade at mesmo no homem piedoso. Vingan a Eu gostei tanto, Tanto quando me contaram Que lhe encontraram Bebendo, chorando Na mesa de um bar. E que quando os amigos do peito Por mim perguntaram Um solu o cortou sua voz, N o lhe deixou falar. Eu gostei tanto, Tanto quando me contaram Que tive mesmo de fazer esfor o P ra ningu m notar. 06. No Eclesiastes se verifica a ado o de per odos breves, de um vocabul rio simples e eficaz e tamb m de interroga es habilmente colocadas nos vers culos 3 e 9, que esclarecem o argumento dominante. Tomando por base este coment rio, a) reescreva o vers culo 9, substituindo as formas verbais foi , ser , fez e fazer por outras formas de outros verbos, buscando preservar, por m, o sentido das frases em que se encontram; b) tamb m procurando preservar ao m ximo o sentido, reescreva o vers culo 9, transformando cada seq ncia de pergunta-resposta em um per odo declarativo, de modo a produzir apenas uma seq ncia de dois per odos declarativos. O remorso talvez seja a causa Do seu desespero Ela deve estar bem consciente Do que praticou, Me fazer passar tanta vergonha Com um companheiro E a vergonha a heran a maior que meu pai me deixou; Mas, enquanto houver voz no meu peito Eu n o quero mais nada De p ra todos os santos vingan a, Vingan a clamar, Ela h de rolar qual as pedras Que rolam na estrada Sem ter nunca um cantinho de seu P ra poder descansar. 07. Alguns pronomes apresentam-se como anaf ricos, isto , referem-se a um sintagma nominal que os antecede no enunciado, como o caso, por exemplo, do pronome pessoal do caso obl quo a (empregado antes de publiquei ), que se refere a a reportagem no per odo Voc me enviou com atraso a reportagem, e por isso eu n o a publiquei logo. De posse desta informa o, a) indique o n cleo do sintagma nominal a que se refere o pronome as empregado antes da forma verbal pode no vers culo 8 do fragmento do Eclesiastes; b) responda, com base na verifica o da presen a ou aus ncia de um sintagma antecedente, se o demonstrativo aquela se apresenta ou n o como anaf rico no per odo que vai de N o h maior inj ria at a parte mais sens vel , que inicia o ltimo par grafo do fragmento de Matias Aires. (Lupic nio Rodrigues. Vingan a. 1951.) UNESP/L nguaPortuguesa 5 Cad_LPortuguesa.pmd 5 29/11/2005, 18:19 Olhos nos Olhos 09. Em ambas as letras o eu-l rico se refere ex-companheira (letra de Lupic nio) e ao ex-companheiro (letra de Chico), sendo diferente, por m, a forma gramatical de fazerem essa refer ncia. Examine atentamente o emprego dos pronomes pessoais e de tratamento nas duas letras e, a seguir, Quando voc me deixou, meu bem Me disse pra ser feliz e passar bem Quis morrer de ci me, quase enlouqueci Mas depois, como era de costume, obedeci a) Quando voc me quiser rever J vai me encontrar refeita, pode crer Olhos nos olhos, quero ver o que voc faz Ao sentir que sem voc eu passo bem demais determine a forma de tratamento pela qual a personagem feminina faz refer ncia ao ex-companheiro na letra de Chico Buarque; b) considerando que em vers es mais recentes da letra de Vingan a alguns editores, provavelmente influenciados pelo emprego de lhe na primeira estrofe, substituem na segunda estrofe ela por voc , justifique a raz o dessa troca. E que venho at remo ando me pego cantando Sem mais nem porqu E tantas guas rolaram Quantos homens me amaram Bem mais e melhor que voc Quando talvez precisar de mim C sabe que a casa sempre sua, venha sim olhos nos olhos, quero ver o que voc diz quero ver como suporta me ver t o feliz. 10. Embora explore o mesmo tema das duas letras, a tira de Glauco diferencia-se pelo tipo de abordagem, que n o apresenta a emotividade intensa da letra de Lupic nio, nem o sentimento sutil da letra de Chico. Com base nesta observa o e tendo em mente a natureza das tiras de jornais ou revistas, (Chico Buarque. Letra e m sica. 1989.) a) aponte essa diferen a de tipo de abordagem do tema na tira de Glauco; b) explique a rela o aparentemente absurda entre a imagem e a frase no ltimo quadrinho. (Glauco. Casal Neuras. Folha de S.Paulo, 05.06.2005.) 08. As duas letras e a tira apresentadas t m como identidade o fato de focalizarem e expressarem o ci me e outros sentimentos a este associados, que podem surgir durante a rela o ou com a separa o de um casal. Tendo em mente esta orienta o, a) mencione um desses sentimentos associados ao ci me que a personagem masculina da letra de Lupic nio Rodrigues nutre e expressa com rela o ex-companheira; b) demonstre que, no texto de Chico Buarque, a personagem feminina expressa seus sentimentos de modo mais sutil e refinado do que a personagem masculina no texto de Lupic nio. UNESP/L nguaPortuguesa Cad_LPortuguesa.pmd 6 6 29/11/2005, 18:19 ral sentir ci me. como sentir dor ou fome , diz o especialista Ailton Am lio da Silva, da USP. Tamb m verdade que, no Carnaval, o monstro ataca com vol pia. Em s consci ncia, nessa poca de barriguinhas lindas mostra, quem deixaria o parceiro passar o feriado sozinho? No entanto, para desespero dos mais preocupados, al m do Carnaval e das situa es comuns que podem ser estopins de uma crise, como uma simples ida a um restaurante, surgem outras capazes de despertar o monstro. As imensas possibilidades de contato com outras pessoas abertas pelas rela es virtuais est o entre elas. N o exagero dizer que as novas ferramentas de comunica o da internet est o para o ci me como a gasolina est para apagar inc ndio. O Orkut, por exemplo, uma janela para o mundo que permite fazer contatos ou reencontrar antigos amores. Mas, para quem tem tend ncia ao ci me, mais uma trincheira de briga. Em geral, por causa de recados deixados nas p ginas de visita. O correio eletr nico outro cen rio que atrai desconfiados decididos a escarafunchar as mensagens eletr nicas atr s de pistas de trai o. O sentimento tamb m se infiltra nas baladas. Por tr s do clima aparentemente descomprometido das festas, est o jovens que muitas vezes n o se d o o direito de admitir o desconforto quando o parceiro acha nova companhia. O que a mo ada tenta fazer administrar a situa o. Na verdade, na gera o adepta do ficar (trocar car cias sem compromisso), o ci me perdeu espa o. O ficar transformou a rela o com o ci me, que se mant m mais escondido , avalia o psic logo Ailton. REDA O INSTRU O: Leia atentamente os seguintes textos. O dem nio dos ci mes Quaisquer que sejam os pontos de vista em que se achem colocados os psic logos para estudar os v rios aspectos do ci me, comum nas suas conclus es o car ter profundamente disf rico, molesto e torturante de sua viv ncia. O pr prio Santo Agostinho, em suas Confiss es, afirma que era flagelado pela f rrea e abrasadora tortura dos ci mes ; antes e depois dele, a Literatura e a Hist ria coincidiram em conceder-lhes a categoria de m ximo tormento e, mais recentemente, a Psicologia o confirma, ao analisar o ressentimento, que seu ingrediente b sico. Efetivamente, se de algum modo se pode caracterizar o estado do Ser ciumento definindo-o como uma perseverante e complexa frustra o: sente amor e julga-se n o correspondido (ou, o que ainda pior, falsamente correspondido); sente raiva, mas compreende a inefic cia de demonstr -la; sente temor e n o pode fugir; sente, pois, intensamente, uma necessidade de a o, e, simultaneamente, percebe sua impot ncia, desde que a solu o do caso n o depende dele e sim dos outros ... e n o consiste precisamente em atos mas em sentimentos ... que n o podem imporse nem suprimir-se, que n o obedecem a raz es nem coa es... Assim, o Ser que devorado ou consumido pelos ci mes vive em perp tua tens o, sem poder assumir uma atitude mental definitiva, bamboleando-se continuamente entre a f e o desespero. Os ci mes s o vividos de modo diferente pela mulher e pelo homem, e tamb m o s o, em cada sexo, de acordo com o tipo de Amor. (ISTO . Nas garras do ci me. 09.02.2005.) Proposi o (Emilio Mira y L pez. Quatro gigantes da alma. 1966.) Os textos apresentados como base para esta reda o colocam a quest o do sentimento do ci me. Este sentimento, que pode tornar-se muito intenso e perturbar o comportamento do indiv duo, surge em todas as formas do relacionamento humano, mas particularmente not vel na rela o amorosa, o que explica a freq ncia com que abordado na literatura e na arte. Os textos que serviram de base s quest es de n meros 08 a 10 abordam igualmente a quest o do ci me e de outros sentimentos a ele associados, que podem assumir bastante intensidade durante a rela o ou at mesmo ap s a separa o do casal. Com base neste coment rio e, se julgar necess rio, nos textos mencionados, fa a uma reda o em prosa, de g nero dissertativo, sobre o tema Nas Garras do Ci me Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu enciumado, ainda que tenha mantido o fato em segredo. Sutil ou avassalador, esse um dos sentimentos mais contundentes do ser humano. Talvez por isso seja fonte de inspira o para escritores e compositores. O ci me est no centro do inferno emocional de Bentinho, personagem esculpido por Machado de Assis no romance Dom Casmurro que passa os dias dominado por incertezas e fantasias sobre a poss vel trai o da idolatrada Capitu. Em Otelo, de William Shakespeare, ele o monstro de olhos verdes que leva ao assassinato de Desd mona. Na m sica, tamb m n o faltam exemplos. O ci me foi cantado por Orlando Silva, Roberto Carlos e Caetano Veloso, entre tantos outros , lembra Luiz Tatit, compositor e professor da Universidade de S o Paulo (USP). E, claro, n o h novela que n o leve um toque dessa pimenta nas rela es. Na vida real, o ci me um dos temas que aparecem com freq ncia nas conversas com amigos, nas sess es de terapia. compreens vel. Afinal, no dia-a-dia, dif cil ignor -lo. natu- O SENTIMENTO DO CI ME 7 NOSSAS RELA ES. UNESP/L nguaPortuguesa 7 Cad_LPortuguesa.pmd EM 29/11/2005, 18:19 UNESP/L nguaPortuguesa Cad_LPortuguesa.pmd 8 8 29/11/2005, 18:19

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