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ITA Vestibular de 2003 - Português

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Quest o 21. Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta: Sonolento leitor, o jogo do Brasil j aconteceu. Como estou escrevendo ontem, n o fa o id ia do que ocorreu. Por m, tentei adivinhar a atua o dos jogadores. Cabe ao leitor avaliar minha avalia o e dar-me a nota final. (TORERO, Jos Roberto. Folha de S. Paulo, 13/06/2002, A-1) Com o uso do adv rbio em Como estou escrevendo ontem... , o autor A( ) B( ) C( ) D( ) E( ) marcou que a leitura do texto acontece simultaneamente ao processo de produ o do texto. adequou esse elemento forma verbal composta de auxiliar + ger ndio, para guiar a interpreta o do leitor. n o observou a regra gramatical que impede o uso do verbo no presente com aspecto durativo juntamente com um marcador de passado. sinalizou explicitamente que a produ o e a leitura do texto acontecem em momentos distintos. lan ou m o de um recurso que, embora gramaticalmente incorreto, coloca o leitor e o produtor do texto em dois momentos distintos: passado e presente, respectivamente. As quest es 22 e 23 referem-se ao texto abaixo. A universidade de Taubat (UNITAU) conta, no total, com 720 universit rios [no curso de Comunica o Social], sendo 130 formandos. Com tantos universit rios saindo para o mercado de trabalho, o coordenador do curso de Comunica o Social da UNITAU (...) mencionou que o Vale do Para ba inexplorado e tem potencial de absorver os formandos. (Jornal ComunicA o, n.1, mar o 2002, p.3) Quest o 22. Um leitor pode relacionar o conte do da constru o com tantos universit rios saindo para o mercado de trabalho... com o que mencionado pelo coordenador do curso de Comunica o Social da UNITAU. No entanto, essa leitura torna-se problem tica, pois o leitor poderia esperar, a partir daquela constru o, uma A ( ) conseq ncia. B ( ) causa. C ( ) finalidade. D ( ) condi o. E ( ) propor o. Quest o 23. Considerando ainda o per odo abordado na quest o anterior, assinale a alternativa que, completando a ora o abaixo, apresenta a rela o mais coerente entre as id ias. O coordenador do curso de Comunica o Social mencionou que, A( ) medida que muitos universit rios saem para o mercado de trabalho, o Vale do Para ba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda um mercado inexplorado. B ( ) como muitos universit rios saem para o mercado de trabalho, o Vale do Para ba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda um mercado inexplorado. C ( ) h muitos universit rios saindo para o mercado de trabalho, de modo que o Vale do Para ba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda um mercado inexplorado. D ( ) muitos universit rios saem para o mercado de trabalho; portanto, o Vale do Para ba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda um mercado inexplorado. E ( ) embora muitos universit rios estejam saindo para o mercado de trabalho, o Vale do Para ba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda um mercado inexplorado. As quest es de 24 a 26 referem-se ao texto abaixo. 1 5 10 (...) As ang stias dos brasileiros em rela o ao portugu s s o de duas ordens. Para uma parte da popula o, a que n o teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posi es, o problema sobretudo com a gram tica. esse o p blico que consome avidamente os fasc culos e livros do professor Pasquale, em que as regras b sicas do idioma s o apresentadas de forma clara e bem-humorada. Para o segmento que teve oportunidade de estudar em bons col gios, a principal dificuldade com clareza. para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de profissional surgiu: o professor de portugu s especializado em adestrar funcion rios de empresas. Antigamente, os cursos dados no escrit rio eram de gram tica b sica e se destinavam principalmente a secret rias. De uns tempos para c , eles passaram a atender primordialmente gente de n vel superior. Em geral, os professores que atuam em firmas s o acad micos que fazem esse tipo de trabalho esporadicamente para ganhar um dinheiro extra. fascinante, porque deixamos de viver a teoria para enfrentar a l ngua do mundo real , diz Ant nio Su rez Abreu, livre-docente pela Universidade de S o Paulo (...) (JO O GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a quest o. Veja, 7/11/2001, n. 1725) Quest o 24. Aponte a alternativa que cont m uma infer ncia que N O pode ser feita com base nas id ias explicitadas no texto. A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) Freq entemente, uma boa escola uma esp cie de passaporte para a ascens o. O conjunto que abrange gente de n vel superior n o cont m o subconjunto secret rias . No mbito da Universidade, os estudos da l ngua est o prioritariamente voltados para a pr tica ling stica. A escola de qualidade inferior n o favorece o aprendizado da gram tica. O conhecimento gramatical n o garante que as pessoas se expressem com clareza. Quest o 25. Considerando que o autor do texto apresenta os fatos a partir da perspectiva daqueles que procuram um curso de l ngua portuguesa, aponte o sentido que a palavra demanda assume no texto. A ( ) busca B ( ) necessidade C ( ) exig ncia D ( ) pedido E ( ) disputa Quest o 26. O adjetivo principal (linha 5) permite inferir que a clareza apenas um elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais significativo. Semelhante infer ncia pode ser realizada pelos adv rbios: A ( ) avidamente, principalmente, primordialmente. C ( ) avidamente, antigamente, principalmente. E ( ) principalmente, primordialmente, esporadicamente. B( ) D( ) sobretudo, avidamente, principalmente. sobretudo, principalmente, primordialmente. Quest o 27. Durante a Copa do Mundo deste ano, foi veiculada, em programa esportivo de uma emissora de TV, a not cia de que um apostador ingl s acertou o resultado de uma partida, porque seguiu os progn sticos de seu burro de estima o. Um dos comentaristas fez, ent o, a seguinte observa o: J vi muito comentarista burro, mas burro comentarista a primeira vez. Percebe-se que a classe gramatical das palavras se altera em fun o da ordem que elas assumem na express o. Assinale a alternativa em que isso N O ocorre: A ( ) obra grandiosa D ( ) velho chin s B ( ) jovem estudante E ( ) fan tico religioso C ( ) brasileiro trabalhador Quest o 28. H algum tempo, apareceu na imprensa a not cia de uma controv rsia sobre a Lei de Aposentadoria, envolvendo duas teses que podem ser expressas nas senten as abaixo: I. II. Poder o aposentar-se os trabalhadores com 65 anos e 30 anos de contribui o para o INSS. Poder o aposentar-se os trabalhadores com 65 anos ou 30 anos de contribui o para o INSS. Aponte a alternativa que apresenta a interpreta o que N O pode ser feita a partir dessas senten as: A( ) B( ) C( ) D( ) E( ) de acordo com (I), para aposentar-se, uma pessoa deve ter simultaneamente, pelo menos, 65 anos de idade e, pelo menos, 30 anos de contribui o para o INSS. de acordo com (II), para aposentar-se, uma pessoa deve ter simultaneamente, pelo menos, 65 anos de idade e, pelo menos, 30 anos de contribui o para o INSS. de acordo com (II), uma pessoa que tenha 65 anos de idade e 5 anos de contribui o para o INSS poder se aposentar. de acordo com (II), para aposentar-se, basta que uma pessoa tenha 65 anos de idade, pelo menos. de acordo com (II), para aposentar-se, basta que uma pessoa tenha contribu do para o INSS por, pelo menos, 30 anos. As quest es de 29 a 31 referem-se ao poema Can o , de Cec lia Meireles. Quest o 29. Neste poema, h algumas figuras de linguagem. Abaixo, voc tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe: I. Minhas m os ainda est o molhadas / do azul das ondas entreabertas ............................................................................ II. e a cor que escorre dos meus dedos .................................... III. o vento vem vindo de longe ................................................ IV. a noite se curva de frio ........................................................ V. e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapare a ............................................................................. sinestesia meton mia alitera o personifica o poliss ndeto Considerando-se a rela o verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) apenas I, II e III est o corretas. apenas I, III e IV est o corretas. apenas II est incorreta. apenas I, IV e V est o corretas. todas est o corretas. Can o Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; depois, abri o mar com as m os para o meu sonho naufragar Minhas m os ainda est o molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da gua vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cres a, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapare a. Depois, tudo estar perfeito; praia lisa, guas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas m os quebradas Quest o 30. Pode-se apontar como tema do poema A( ) D( ) a transitoriedade das coisas. a fugacidade do tempo. B( ) E( ) a ren ncia. a d vida existencial. C( ) a desilus o. Quest o 31. Cec lia Meireles, poeta da segunda fase do Modernismo Brasileiro, faz parte da chamada Poesia de 30 . Sobre esta autora e seu estilo, CORRETO afirmar que ela A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) seguiu rigidamente o Modernismo Brasileiro, produzindo uma poesia de consci ncia hist rica. n o seguiu rigidamente o Modernismo Brasileiro, produzindo uma obra de tra os parnasianos. seguiu rigidamente o Modernismo Brasileiro, produzindo uma poesia panflet ria e musical. n o seguiu rigidamente nenhuma corrente do Modernismo Brasileiro, produzindo uma poesia l rica, m stica e musical. n o seguiu rigidamente nenhuma corrente do Modernismo Brasileiro, produzindo uma poesia hist rica, engajada e musical. Quest o 32. Quanto ao tempo verbal, CORRETO afirmar que, no texto ao lado, A( ) B( ) C( ) D( ) E( ) a rela o cronol gica, no primeiro verso, entre o momento da fala e ser her i de anterioridade. o pret rito imperfeito indica um processo conclu do num per odo definido no passado. o pret rito imperfeito usado para instaurar um mundo imagin rio, pr prio do universo infantil. o conflito entre a marca do presente no adv rbio agora e a do passado nos verbos leva intemporalidade. o pret rito imperfeito usado para exprimir cortesia. Jo o e Maria Agora eu era her i E o meu cavalo s falava ingl s A noiva do cawboy Era voc al m das outras tr s Eu enfrentava os batalh es Os alem es e os seus canh es Guardava o meu bodoque Ensaiava o rock Para as matin s (...) (CHICO BUARQUE DE HOLANDA) Quest o 33. Com rela o ao texto abaixo: Primeira mulher: Segunda mulher: Primeira mulher: Trabalhar o tempo inteiro e tomar conta da casa est me levando loucura! Depois do trabalho, cheguei em casa e lavei a roupa e a lou a. Amanh tenho de lavar o ch o da cozinha e as janelas da frente. Ent o? E teu marido? Ah! Isso eu n o fa o de maneira alguma! Ele pode muito bem se lavar sozinho! (ILARI, Rodolfo. Introdu o Sem ntica. S o Paulo: Contexto, 2001) podemos afirmar que, do ponto de vista das fun es gramaticais, a piada fundamenta-se num mal-entendido, nascido do fato de A( ) B( ) C( ) D( ) E( ) a primeira mulher ter usado o pronome isso para retomar um predicado que ficou impl cito na fala da segunda mulher. a segunda mulher n o ter enunciado uma frase completa com a pergunta E teu marido? a primeira mulher ter usado, na sua justificativa para a recusa, o verbo poder , indicando que o marido tinha condi es de se lavar sozinho. a primeira mulher ter atribu do a teu marido o papel de alvo e n o de agente. a primeira mulher confundir as fun es sint ticas pertinentes, evidenciadas na fala da segunda mulher. Quest o 34. Para uma pessoa mais exigente no que se refere reda o, especificamente a constru es em que est em jogo a omiss o do sujeito, s seria aceit vel a alternativa A( ) B( ) C( ) D( ) E( ) As mulheres devem evitar o uso de produtos de higiene feminina perfumados, pois podem causar irrita es (...) (Infec o urin ria. In A Cidade. Lorena, mar o/2002, ano IV, n. 42) recomend vel tamb m n o usar roupas justas, pois assim permite uma boa ventila o (...), o que reduz as chances de infec o. (Infec o urin ria. In A Cidade. Lorena, mar o/2002, ano IV, n. 42) Alguns medicamentos devem ser ingeridos ao levantar-se (manh ), e outros antes de dormir (noite), aproveitando assim seu efeito quando ele mais necess rio. (Boletim informativo sobre o uso de medicamentos, produzido por M & R Comunica es) J a rouquid o persistente sinal de abuso excessivo da voz, o que pode levar forma o de n dulos (calos) ou p lipos, e merecem aten o especial. (Rouquid o: o que e como ela afeta sua sa de vocal. Panfleto de divulga o do curso de Fonoaudiologia. Lorena, abril de 2001) As seq elas [causadas pelo herpes] variam de paciente para paciente e podem ou n o ser permanentes. (Folha Equil brio. Folha de S. Paulo, 27/06/2002, p. 3) As quest es 35 e 36 referem-se ao texto L ngua , de Caetano Veloso, exposto abaixo. Gosto de sentir a minha l ngua ro ar A l ngua de Lu s de Cam es Gosto de ser e de estar E quero me dedicar A criar confus es de pros dia E uma profus o de par dias Que encurtem dores E furtem cores como camale es Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia est para a prosa Assim como o amor est para a amizade E quem h de negar que esta lhe superior? E deixa os portugais morrerem m ngua Minha p tria minha l ngua Fala, Mangueira! Flor do L cio, Samb dromo Lusam rica, latim em p . O que quer O que pode Esta l ngua? (...) Quest o 35. A id ia central que A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) a l ngua portuguesa est repleta de dificuldades, principalmente pros dias e par dias, para os falantes brasileiros. autores de l ngua portuguesa, como Fernando Pessoa, Guimar es Rosa e Cam es, t m estilos diferentes. a p tria dos falantes a l ngua, superando as fronteiras geopol ticas. na l ngua portuguesa, fundamental a associa o de palavras para criar efeitos sonoros. a escola de samba Mangueira uma leg tima representante dos falantes da l ngua portuguesa. Quest o 36. Caetano Veloso, em determinado ponto do texto, refere-se L ngua Portuguesa de modo geral, sem considerar as peculiaridades relativas ao uso do idioma no Brasil e em Portugal. Para fazer tal refer ncia, utiliza-se da seguinte express o: A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) L ngua de Lu s de Cam es. Lusam rica. Minha l ngua. Flor do L cio. Latim em p . Quest o 37. A express o Flor do L cio tamb m faz parte de um famoso poema da Literatura Brasileira, intitulado L ngua Portuguesa , produzido na segunda metade do s culo XIX. Assinale a alternativa que apresenta caracter sticas pertencentes ao estilo da poca em que foi produzido esse poema. A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) Subjetivismo, culto da forma, arte pela arte. Culto da forma, misticismo, retorno aos motivos cl ssicos. Arte pela arte, culto da forma, retorno aos motivos cl ssicos. Culto da forma, subjetivismo, misticismo. Subjetivismo, misticismo, arte pela arte. Quest o 38. No texto, Caetano Veloso fala de par dias . Em qual das alternativas abaixo o segundo texto N O parodia o primeiro? A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) Penso, logo existo. / Penso, logo desisto. Quem v cara n o v cora o. / Quem v cara n o v Aids. Nunca deixe para amanh o que pode fazer hoje. / Nunca deixe para amanh o que pode fazer depois de amanh . Em terra de cego, quem tem um olho rei. / Em terra de cego, quem tem um olho n o abre cinema. Antes s do que mal acompanhado. / Antes mal acompanhado do que s . As quest es 39 e 40 referem-se s propagandas abaixo. Aproveite o Dia Mundial da Aids e fa a um cheque ao portador. Bradesco, Ag. 093-0, C/C 076095-1. (Ag ncia Norton) Bi Bi General Motors: duas vezes bicampe do carro do ano. (Ag ncia Colucci e Associados) I. II. Quest o 39. Os an ncios apresentam semelhan as porque seus criadores A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) exploram, na constru o do texto, o potencial de significa o das palavras, com criatividade. exploram express es consagradas, negando, no entanto, o sentido popular de cada uma delas. utilizam processos de abrevia o vocabular, representados, respectivamente, por uma sigla e uma onomatop ia. apostam nas sugest es sonoras produzidas pelos textos e no conhecimento vocabular dos leitores. elaboram textos que, apesar de criativos, apresentam a redund ncia como um problema de reda o. Quest o 40. Nos an ncios, os publicit rios utilizaram recursos gramaticais diferentes para possibilitar, ao menos, duas leituras. Aponte o tipo de recurso utilizado em cada um desses an ncios, respectivamente, A( B( C( D( E( ) ) ) ) ) sint tico, pela fun o de adjunto adnominal de ao portador , e fon tico, pela explora o da repeti o de som. sem ntico, pela polissemia do termo cheque , e sint tico, pela elipse do verbo de liga o ser . morfol gico, pela utiliza o de sigla, e fon tico, pela explora o da repeti o de som. sem ntico, pela polissemia de portador , e morfol gico, pela forma o de palavra por prefixa o. sint tico, pela elipse de um termo, e morfol gico, pela explora o de um prefixo latino. As quest es de n mero 41 a 45 devem ser respondidas no caderno de solu es. Quest o 41. Leia com aten o os textos abaixo. IRACEMA CAP TULO II Al m, muito al m daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos l bios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da gra na, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati n o era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como o seu h lito perfumado. Mais r pida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sert o e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande na o tabajara. O p gr cil e nu, mal ro ando, alisava apenas a verde pel cia que vestia a terra com as primeiras guas. (JOS DE ALENCAR) MACUNA MA CAP TULO I No fundo do mato-virgem nasceu Macuna ma, her i de nossa gente. Era preto e retinto e filho do medo da noite. Houve momento em que o sil ncio foi t o grande escutando o murmurejo do Uiracoera, que a ndia tapanhumas pariu uma crian a feia. Essa crian a que chamaram de Macuna ma. J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos n o falando. Se o incitavam a falar exclamava: - Ai! Que pregui a... (M RIO DE ANDRADE) A) Romantismo e Modernismo s o dois movimentos liter rios de fundo nacionalista. Com base nessa afirma o, indique pontos de contato entre as obras Iracema e Macuna ma que podem ser comprovados pelos excertos acima. B) Encontre nos textos, ao menos, uma diferen a entre o estilo de M rio de Andrade e o de Jos de Alencar. Quest o 42. Leia o texto seguinte. Graciliano Ramos: Falo somente com o que falo: Com as mesmas vinte palavras girando ao redor do sol que as limpa do que n o faca: de toda uma crosta viscosa, resto de janta abaianada, que fica na l mina e cega seu gosto da cicatriz clara. (...) (JO O CABRAL DE MELO NETO) A) B) No poema, Jo o Cabral faz refer ncia ao estilo de Graciliano Ramos. Destaque um trecho do excerto acima e comente a caracteriza o feita pelo autor do poema. Justifique a coloca o dos dois pontos ap s o nome Graciliano Ramos no t tulo do poema. Quest o 43. O texto abaixo, de divulga o cient fica, apresenta termos coloquiais que, apesar de muito expressivos, n o s o comuns em textos cient ficos. Reescreva o primeiro per odo, utilizando a linguagem no n vel formal. A ci ncia vive atr s de truques para dar uma rasteira gen tica no c ncer, mas desta vez parece que pesquisadores americanos deram de cara com um ovo de Colombo. Desligando um s gene, eles pararam o crescimento do tumor. Melhor ainda: quando a subst ncia que suprimia o gene parava de agir, ele se ativava, outra vez mas a favor do organismo, ordenando a morte do c ncer. (JOS REINALDO LOPES. Gene vira-casaca derruba tumor. Folha de S.Paulo, 5/07/2002, A-16) Quest o 44. Leia o texto abaixo. Boleiros sob medida Ci ncia e futebol uma tabelinha raramente esbo ada no Brasil. A academia n o costuma eleger os gramados como objeto de estudo e o mundo dos boleiros tampouco tem o h bito de, digamos, dar bola para o que os pesquisadores dizem sobre o esporte mais popular do planeta. Numa situa o privilegiada nos dois campos, tanto na ci ncia quanto no futebol, Tur bio Leite de Barros, diretor do centro de Medicina da Atividade F sica e do Esporte da Universidade Federal de S o Paulo (Cemafe/Unifesp) e fisiologista da equipe do S o Paulo Futebol Clube h 15 anos, produziu um estudo que tra a o perfil do futebol praticado hoje no Brasil do ponto de vista das exig ncias f sicas a que os jogadores de cada posi o do time s o submetidos numa partida. (MARCOS PIVETTA. Pesquisa. FAPESP, maio de 2002, p. 42) A) B) O texto cont m termos do universo do futebol, como, por exemplo, tabelinha , uma jogada r pida e entrosada normalmente entre dois jogadores. Retire do texto outras duas express es que, embora caracterizem esse universo, tamb m assumem outro sentido. Explique esse sentido. O t tulo pode ser considerado amb guo devido express o sob medida . Aponte dois sentidos poss veis para a express o, relacionando-os ao conte do do texto. Quest o 45. Leia o texto seguinte. No dia 13 de agosto de 1979, dia cinzento e triste, que me causou arrepios, fui para o meu laborat rio, onde, por sinal, pendurei uma tela de Bruegel, um dos meus favoritos. L , trabalhando com tripanossomas, e vencendo uma terr vel dor de dentes... N o. De sa da tal artigo seria rejeitado, ainda que os resultados fossem soberbos. O estilo... O cientista n o deve falar. o objeto que deve falar por meio dele. Da o estilo impessoal, vazio de emo es e valores: Observa-se Constata-se Obt m-se Conclui-se. Quem? N o faz diferen a... (RUBEM ALVES. Filosofia da ci ncia. S o Paulo: Brasiliense, 1991, p. 149) A) B) Do primeiro par grafo, que simula um artigo cient fico, extraia os aspectos da forma e do conte do que v o contra a id ia de que o cientista n o deve falar . O autor exemplifica com uma seq ncia de verbos a id ia de que o estilo deve ser impessoal. Que estrat gia de constru o usada para transmitir o ideal de impessoaliza o? REDA O Leia os seguintes textos e, com base no que abordam, escreva uma disserta o em prosa, de aproximadamente 25 (vinte e cinco) linhas, sobre A import ncia da tica nas atividades e rela es humanas. 1. O que se deve fazer quando um concorrente est se afogando? Pegar uma mangueira e jogar gua em sua boca . (Ray Kroc, fundador do McDonald s, em Tudo, n. 11, 15/04/2001, p. 23) 1. 2. Temos de dar os parab ns ao Rivaldo. A jogada dele foi a mais inteligente da partida contra os turcos. S o lances como esses que te colocam na Copa do Mundo. Tem de ser malandro. S quem joga futebol sabe disso. (Roberto Carlos, jogador da sele o brasileira de futebol, comentando a atitude de Rivaldo, que fingiu ter sido atingido no rosto pela bola chutada por um advers rio. Folha de S. Paulo, 06/06/2002) 3. tica. s.f. Estudo dos ju zos de aprecia o que se referem conduta humana suscet vel de qualifica o do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. (Dicion rio Aur lio Eletr nico. Vers o 2.0 [199_] Rio de Janeiro: Lexikon Inform tica, Nova Fronteira, CD-ROM) 4. Como toda descoberta cient fica exige que o pesquisador suspenda seus preconceitos, ela comporta riscos ticos. Mas a ci ncia n o produz automaticamente efeitos nocivos no plano tico. A aplica o da ci ncia ao mundo pr tico nunca mec nica ou autom tica. Ela depende das escolhas humanas. (Renato Janine Ribeiro. In Pesquisa: clonagem. FAPESP, n. 73, mar o 2002. Suplemento Especial)

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