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UFSC Vestibular de 2007 - PROVAS - 1º DIA - Prova rosa - italiano

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COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 1 L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA TEXTO 1 - Fala, Kleid. Bem que tu poderias. Tu que a tudo assististe. Tu que tudo guardaste. V s . Estou sozinho. T o velho por fora e por dentro, que mal posso conter a avalanche de todas as lembran as. Um mundo de vis es que passaram por n s. Tu te lembras? Quando voltei do enterro da Grossmutter te perguntei como era a minha m e. Eu n o me 5 lembro dela. Morreu mo a, eu e as mi nhas irm s muito pequenas. Como seria a minha m e alem , tocadora de violino, segundo contava a v Sacramento? Ela n o existiu para mim. Meu pai era um sujeito danado de alegre. Bebedor de bier e sempre fazendo travessuras. Era uma crian a grande que foi morrer na Segunda Guerra, s por amor Alemanha. Pensava que Hitler era o Deus. 1 LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alem o. 4. ed. Florian polis: Ed. da UFSC, 2006, p. 129-130. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 2 Quest o 01 Considerando o TEXTO 1 e o romance O guarda-roupa alem o, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. A narrativa constitui-se das mem rias de Homig, o ltimo Ziegel, que dialoga com Kleiderschrank, o guarda-roupa. 02. O guarda-roupa personificado: ele assistiu hist ria, testemunha dos fatos que aconteceram na casa dos alem es e deposit rio de um grande segredo da matriarca da fam lia. 04. As palavras em idioma alem o: Kleiderschrank, Grossmutter e bier s o vest gios de que o romance se passa em uma pequena cidade da Alemanha. 08. Dentro do romance, as refer ncias a Hitler, Segunda Guerra e Alemanha apontam o quanto os problemas da Alemanha se refletiram duramente nos colonos da Regi o do Vale do Itaja , em Santa Catarina. 16. A v Sacramento, t pica a oriana, personifica a mistura de ra as que aconteceu com a vinda dos imigrantes para Santa Catarina. Seu conv vio com a fam lia Ziegel exemplo da harmonia entre a orianos e alem es na regi o. 32. A fam lia Ziegel n o conseguiu manter as tradi es vindas da Alemanha, j que assimilou com tranq ilidade os costumes da regi o que a acolheu. Quest o 02 Ainda em rela o ao TEXTO 1, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em V s (linha 2), o verbo se encontra no modo imperativo; por m, houve um deslize quanto norma padr o da l ngua; a forma adequada seria Veja s , j que o narrador utiliza a 2a pessoa do singular para referir-se a Kleid. 02. O trecho mostra a inten o do narrador de dialogar com o guarda -roupa, o que percept vel atrav s do vocativo utilizado em Fala, Kleid . 04. O narrador sabe que a m e tinha aptid o para tocar um instrumento musical gra as aos relatos de v Sacramento. 08. Os verbos poderias, assististe, seria e foi est o todos no pret rito perfeito, o que significa dizer que representam a es acabadas, c omo ocorre na senten a: Naquela poca, as brincadeiras faziam a plat ia muito feliz. 16. O narrador achava que, se preciso, deveria dar a vida pela Alemanha e que Hitler deveria ser t o respeitado quanto Deus. 32. Segundo o narrador, a avalanche (linha 2 ) de suas lembran as era fruto da avan ada idade de Kleid, que estava velho por fora e por dentro . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 3 TEXTO 2 H mais de meio s culo , continuou. Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo, iam dos bar cos para o alto da pra a, o dia todo assim. Eu vendia tudo, de porta em porta. Entrei em centenas de casas de Manaus, e quando n o vendia nada, me ofereciam guaran , banana frita, tapioquinha com caf . Em 5 vinte e poucos, por a , conheci o restaurante do Ga lib e vi a Zana... Depois, a morte do Galib, o nascimento dos g meos... 1 HATOUM, Milton. Dois irm os. S o Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 133. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 4 Quest o 03 Com rela o ao TEXTO 2 e ao romance Dois irm os, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. No Texto 2, o narrador principal da hist ria (Nael, filho de Omar) cede espa o para um narrador secund rio (Halim, pai de Omar) resumir sua saga de imigrante liban s. 02. A narrativa apresenta um drama familiar e a conflituosa re la o entre os dois irm os g meos, Yacub e Omar. 04. Nael, personagem/narrador perturbado pela d vida quanto sua filia o, reconstr i a mem ria da fam lia libanesa, que , tamb m, a sua pr pria mem ria/identidade. 08. O excerto apresenta os principais el ementos da narrativa de Hatoum: romance ambientado em Manaus; o narrador, Galib, mascate, conhece Zana, filha do dono de um restaurante, e pai dos g meos Yacub e Omar (foco da disc rdia familiar). 16. S o recorrentes, em obras de fic o ou que represen tam diferentes culturas, as disputas entre irm os g meos, a exemplo de Caim e Abel, Esa e Jac , mas que, diferentemente de Yacub e Omar, encontram uma sa da harmoniosa para o conflito. 32. Embora os dois irm os sejam g meos, Omar chamado de o ca ula , o que denuncia o tratamento desigual dado, pela m e, aos dois personagens principais e criticado pela irm dos g meos, R nia. 64. Nael, o narrador, filho da ndia Domingas e de Omar, filho de imigrante liban s. Nael simboliza a mistura das ra as resulta nte dos processos de imigra o, que se deu de forma tranq ila e equilibrada. Quest o 04 Ainda considerando o TEXTO 2, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo (linhas 1 -2) houve, na segunda ora o, elipse de um verbo, cuja compreens o poss vel a partir da leitura da ora o anterior. 02. Em vinte e poucos, por a , [...] (linhas 4 -5) corresponde semanticamente a Quando eu tinha vinte e poucos anos... 04. Na frase Entrei em centenas de casas de Manaus (linha 3), pode -se substituir a forma verbal por entrava , sem preju zo do sentido. 08. Na ltima senten a do excerto, o paralelismo sint tico obtido atrav s da omiss o dos verbos em nada prejudicou a compreens o do texto. 16. No trecho apresentado, a express o por a (linha 5) faz refer ncia ao local onde o casal Galib e Zana se conheceu. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 5 TEXTO 3 1 Quando a noite est escura, e cai o vento noroeste, v -se dois vultos brancos como a neve atravessarem o mar, vindos da Ilha do Mel Ponta Grossa, e irem costeando at a Ponta da Pedreira. Dali se transformam em duas pombas brancas, e voam pelo mesmo caminho que vieram; por m ent o s o perseguidas por tr s corvos que procuram agarr 5 las com seus bicos hediondos, grasnando horrivelmente: chegando bem no meio do mar, os corvos se transformam em Meninos queimados, e lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os, iluminando todo o mar com o clar o de suas caudas inflamadas. CASTRO, Ana Lu sa de Azevedo. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florian polis: Ed. Mulheres, 2000, p. 126. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 6 Quest o 05 Com base no TEXTO 3 e no romance D. Narcisa de Villar, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. O livro, nos moldes da est tica rom ntica de Jos de Alencar, conta a hist ria de D. Narcisa e de Leonardo, que vivem um amor imposs vel e morrem por esse amor. 02. A narradora, muito presente em todo o romance, relata uma lenda do imagin rio popular trazida de Portugal e mantida por sua fam lia. 04. A oposi o entre pombas brancas e corvos representa a luta entre o bem e o mal, proposta na narrativa. 08. Os tr s corvos s o os tr s irm os de D. Narcisa que, metamorfoseados, ainda carregam as caracter sticas dos colonizadores, retratados no romance como ricos, mas humildes e caridosos. 16. O recurso da compara o do ser humano com elementos da natureza, a exemplo de vul tos brancos como a neve (linhas 1 -2), destoa do tom geral da est tica rom ntica, qual se pode filiar a obra. 32. Pode-se concluir, de acordo com o excerto, que, ap s a morte, os bons ser o recompensa dos e os maus, perdoados. 64. D. Narcisa o prot tipo da hero na rom ntica (pura, boa, defensora do bem), tra o que carrega consigo ap s a morte, transformando-se em s mbolo da paz. Quest o 06 Considerando ainda o TEXTO 3, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. De acordo com a norma culta, na frase v -se dois vultos brancos como a neve atraves sarem o mar [...] (linhas 1-2) h problema de concord ncia verbal, uma vez que o verbo v deveria estar no plural, por ter como sujeito dois vultos brancos como a neve . 02. Em ... tr s corvos que procuram agarr -las... (linhas 4-5), o pronome obl quo faz refer n cia palavra crian as (linha 7). 04. Em Dali se transformam em duas pombas brancas (linha 3), houve elipse do sujeito que pode ser resgatado no per odo anterior. 08. De acordo com as informa es do Texto 3, poss vel avistar os vultos brancos como a neve atravessarem o mar (linhas 1-2) sob duas condi es: que a noite esteja escura e sem vento noroeste. 16. Em ... lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os (linhas 6-7) temos, na segunda ora o, uma rela o de conseq ncia. 32. Os voc bulos est , v -(se), por m, tr s, agarr -(las), sublinhados no Texto 3, recebem acento gr fico pela mesma regra, ou seja, por serem todos ox tonos, condi o suficiente para que os voc bulos sejam acentuados. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 7 TEXTO 4 Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei -lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alis -los com o pente, desde a testa at as ltimas pontas, que lhe desciam cintura. Em p n o dava jeito: n o esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi -lhe 5 que se sentasse . [...] Agora, por que que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu cora o? [...] 10 E bem, qualquer que seja a solu o, uma coisa fica, e a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, t o extremosos ambos e t o queridos tamb m, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! 1 ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. S o Paulo: FTD, 1991, p. 65, 208 e 209. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 8 Quest o 07 A respeito do TEXTO 4 e da obra Dom Casmurro, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em Peguei-lhe dos cabelos... (linhas 1-2), ...que lhe desciam (linha 3) e Pedi-lhe que se sentasse (linhas 4-5), a palavra destacada, embora sendo um pronome pessoal obl quo, tem valor possessivo. 02. Os pronomes destacados em Capitu deu -me as costas (linha 1), voltando-se para o espelhinho (linha 1) e ... que se sentasse (linhas 4-5) s o todos reflexivos, pois o mesmo indiv duo ao mesmo tempo que exerce a a o expressa pelo verbo, recebe os efeit os dessa a o. 04. Em Em p n o dava jeito (linha 3), a elipse do sujeito nos remete a Capitu, que n o conseguia pentear seus cabelos sem o aux lio do narrador. 08. Dom Casmurro um romance com fortes tend ncias realistas, em que Machado exercita com maestria os longos textos descritivos e explicativos, prolongando a hist ria e protelando o desfecho. 16. A narrativa gira em torno do tri ngulo Bentinho, Capitu e Escobar. Bentinho o narrador que est vivo e relatando o triste desfecho da hist ria de sua vida, cujos pilares foram Capitu e Escobar, que j est o mortos. 32. Bentinho tem certeza de que foi tra do, e o romance oferece pistas para sua comprova o, como, por exemplo, a semelhan a de Ezequiel com Escobar e uma carta reveladora deixada por Capitu. 64. Com a frase A terra lhes seja leve! (linha 13), Bentinho revela acreditar que os dois poss veis amantes n o merecem puni o. Quest o 08 Considerando as palavras sublinhadas nas frases abaixo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). I. Imaginemos que (1) o mundo inteiro esteja em paz. II. Durante a tarde, os manifestantes que (2) reivindicavam melhorias salariais foram s ruas protestar contra o governo, que (3) parecia n o lhes dar ouvidos. III. As desilus es que (4) ele sofreu justificam as decis es que (5) toma hoje em dia. 01. Em I, a palavra destacada conjun o coordenativa, pois estabelece rela o entre duas ora es independentes entre si. 02. O antecedente de que (2) manifestantes e a palavra que (2) representa o agente do verbo reivindicar . 04. Em III, que (4) pronome relativo e pode ser substitu do, sem altera o de sentido, por as quais . 08. O verbo toma , em III, tem como sujeito que (5) cujo antecedente decis es . 16. Em II, que (3) inicia uma ora o que tem como fun o restringir o significado de governo , especificando de que governo se trata. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 9 Quest o 09 Com rela o s obras Relatos escolhidos, de Silveira de Souza, A legi o estrangeira, de Clarice Lispector e Com dias para se ler na escola, de Luis Fernando Verissimo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Os tr s livros de contos apresentam narrativas curtas, cenas do cotidiano, com certa dose de bom humor e cr tica social. 02. As narrativas de Silveira de Souza refletem o mundo que cerca o homem com seus desencontros; os transtornos que podem ser interpretados pelo ins lito; o absurdo ou o mist rio que cercam os personagens, a exemplo do desprop sito representado pelo crescimento desmedido do bra o esquerdo de No mia. 04. As narrativas de Clarice Lispector apresen tam enredo linear, previs vel, a exemplo de cenas que mostram a fragilidade dos animais diante do ser humano, o que pode ser observado na morte do pintinho no conto A legi o estrangeira . 08. O humor mat ria-prima de Verissimo. Por m, suas cr nicas n o levam somente ao riso, mas tamb m reflex o sobre os temas do nosso cotidiano, como equ vocos, viol ncia e mudan a de sentido das coisas da vida. 16. No conto Os pequenos desencontros , de Silveira de Souza, um casal percebe -se sem sa da no meio de uma cidade tumultuada, de gentilezas formais e de sorrisos impessoais, o que demonstra a ang stia do homem diante de uma realidade desumana. 32. Clarice Lispector, em seus escritos realistas, tenta explicar quest es pol micas, como ocorre no texto intitulado O ovo e a galinha , em que responde tradicional pergunta: Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 10 TEXTO 5 POEMA DESENTRANHADO DA HIST RIA DOS PARTIC PIOS [ ] 1 A partir do s culo XVI Os verbos ter e haver esvaziaram-se de sentido Para se tornarem exclusivamente auxiliares E os partic pios passados 5 Adquirindo em conseq ncia um sentido ativo Imobilizaram-se para sempre em sua forma indeclin vel. MORAES, Vinicius de. Nova antologia po tica. S o Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 220. Quest o 10 Com base no TEXTO 5, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. O poema faz men o ao uso de ter e haver como verbos auxiliares na L ngua Portuguesa, conforme os que aparecem em destaque nas senten as : Eles tinham tido muitos amigos na inf ncia e O inspetor n o havia falado sobre o caso. 02. No poema, o voc bulo adquirindo (verso 5) um exemplo de verbo no partic pio, uma vez que n o se flexiona em rela o ao sujeito da frase, os partic pios passad os (verso 4). 04. Os versos 5 e 6 do poema citam duas caracter sticas do partic pio usado como auxiliar: o fato de terem sentido ativo e de n o sofrerem flex o. 08. Quando, no segundo verso, o poeta diz que os verbos ter e haver esvaziaram -se de sentido , ele faz refer ncia a senten as do tipo Tem algu m a ? e Houve um grande show ontem noite. 16. Pode-se inferir a partir do texto que, do s culo XVI em diante, os verbos ter e haver s o utilizados exclusivamente para formar a voz passiva, j que o sentid o ativo mantido pelo verbo principal. 32. Segundo o poema, os partic pios passaram a ser respons veis pelo sentido, uma vez que os verbos ter e haver tornaram-se exclusivamente auxiliares (verso 3). COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 11 IT AL IANO Testo 1 Una volta il semaforo che sta a Milano in piazza del Duomo fece una stranezza. Tutte le sue luci, ad un tratto, si tinsero di blu, e la gente non sapeva pi come regolarsi. Attraversiamo o non attraversiamo? Stiamo o non stiamo? Da tutti i suoi occhi, in tutte le direzioni, il semaforo diffondeva l insolito segnale blu, di un blu che cos blu il cielo di Milano non era stato mai. In attesa di capirci qualcosa gli automobilisti strepitavano e strombettavano, i motociclisti facevano ruggire lo scappamento e i pedoni pi grassi gridavano: Lei non sa chi sono io! Gli spiritosi lanciavano frizzi: Il verde se lo sar mangiato il commendatore, per farci una villetta in campagna. Il rosso lo hanno adoperato per tingere i pesci ai Giardini. Col giallo sapete che ci fanno? Allungano l olio d oliva. Finalmente arriv un vigile e si mise lui in mezzo all incrocio a districare il traffico. Un altro vigile cerc la cassetta dei comandi per riparare il guasto, e tolse la corrente. Prima di spegnersi il semaforo blu fece in tempo a pensare: Poveretti! Io avevo dato il segnale di via libera per il cielo. Se mi avessero capito, ora tutti saprebbero volare. Ma forse gli mancato il coraggio . RODARI, G. Favole al telefono. Torino: Einaudi, 1971. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 12 Quest o 11 Segna la(e) proposizione(i) CORRETTA(E). Secondo il testo, il semaforo... 01. sempre pazzo. 02. si trova a Milano. 04. ha fatto una cosa strana. 08. molto antico. 16. ha le luci spente. 32. lontano dal Duomo. Quest o 12 Secondo il testo, CORRETTO affermare che: 01. a Milano non c era mai il cielo. 02. uno dei pedoni ha spento il semaforo. 04. i pedoni e i motociclisti erano molto grassi. 08. la gente non sapeva se attraversare o no la via. 16. tutte le luci del semaforo sono diventate blu. 32. il semaforo non ha pensato niente. Quest o 13 Secondo il testo, CORRETTO affermare che: 01. i vigili non cercano la cassetta dei comandi. 02. il blu segnalava la via libera verso il cielo. 04. il commendatore ha cancellato il colore verde. 08. nessuno sapeva chi erano gli uomini. 16. i pesci ai Giardini sono gialli. 32. le luci del semaforo sono i suoi occhi . 64. con il pesce bene diluire l olio d oliva. Quest o 14 Segna la(e) proposizi one(i) CORRETTA(E). Dalla lettura del testo, si pu affermare che si parla di: 01. luci blu in un semaforo milanese. 02. indecisione della gente di fronte a un fatto insolito. 04. traffico nella citt di Milano nei mesi invernali. 08. iniziativa dei motociclisti nel controllare il traffico. 16. mancanza di coraggio dei vigili per attraversare. 32. fatti strani accaduti al commendatore nella sua villetta. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 13 Testo 2 LO SCIOPERO DELLE DONNE [...] Suona la sveglia e il nostro padre-marito-tipo si alza. [...] Lui si alza senza problemi e si infila in bagno. Le cose si complicano un poco al momento di vestirsi: dov la camicia lavata e stirata di solito pronta sul cassettone? Dove sono i calzini, lo slip, la canottiera? Ma lui non di quegli uomini che dei propri capi di vestiario ignorano ogni 5 vicenda precedente il momento di indossarli: lui apre i cassetti (pi o meno) giusti, trova gli indumenti (pi o meno) desiderati. Li trova in quanto fino a ieri s era tutti i servizi familiari e domestici hanno regolarmente funzionato, e tutto stato perci ordinatamente collocato al suo posto, ma la cosa non gli impedisce un moto di compiacimento per questa prova di autonomia, mentre allaccia l ultimo bottone. L u nico guaio che questi imprevisti hanno 10 sottratto alcuni preziosi minuti al tempo da lui esattamente calcolato per un puntuale arrivo in ufficio. Bisogner recuperare. Recuperare per non facile. Entrare in cucina e non trovare traccia di caff , latte caldo, pane tostato, eccetera, un brutto colpo. [...] Pazienza, un cappuccino e un cornetto al bar all angolo sostituiranno la mancata colazione casalinga. Ma i ragazzi? Di solito lui, bravo pap , ad accompagnarli a scuola 15 recandosi in ufficio. E di solito quando lui pronto sono pronti anche loro, lavati, vestiti, nutriti, cartella a tracolla. Si affaccia alla loro stanza: dormono ancora saporitamente. Be , svegliarli adesso non serve, non arriverebbero in tempo comunque, e lui gi in forte ritardo. 1 RAVAIOLI, C. Tempo da vendere, tempo da buttare. In: MESSINA, R. Il poeta scalzo. Napoli: Loffredo, 1998, p. 423. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 14 Quest o 15 Secondo il testo, CORRETTO affermare che: 01. il marito si alzato prima della sveglia. 02. oggi il marito ha trovato la camicia lavata e stirata sul cassettone. 04. il marito cerca nei cassetti i suoi indumenti. 08. la donna ha preparato tutto, come sempre. 16. la camicia non sul cassettone come al solito. 32. la donna sveglia il marito solo oggi. Quest o 16 Segna la(e) frase(i) CORRETTA(E) secondo il testo. Oggi il padre-marito-tipo... 01. far la colazione in ufficio. 02. trova i bambini pronti, lavati e vestiti. 04. perde minuti preziosi con gli imprevisti. 08. non trova pronta la colazione. 16. si prepara un bel cappuccino casalingo. 32. prende in cucina il caff e il latte caldo. Quest o 17 Dalla lettura del testo, CORRETTO affermare che: 01. si tratta di una riflessione sull importanza del lavoro domestico delle donne. 02. i lavori domestici devono essere fatti soltanto dall e donne. 04. l autrice utilizza un tono ironico per parlare dell uomo in famiglia. 08. il testo tratta dell importanza dello sciopero dei domestici. 16. l argomento principale del testo l abbigliamento femminile. 32. il testo tratta del padre-marito-tipo in una famiglia contemporanea. Quest o 18 Facendo particolare attenzione alle parole sottolineate, tratte dal testo n. 2, segna la(e) proposizione(i) CORRETTA(E). 01. [...] di solito pronta sul cassettone [...] (riga 3). In questa frase di solito significa diverso, che non si ripete. 02. [...] Li trova in quanto fino a ieri sera [...] (riga 6). In questa frase Li si riferisce a i servizi familiari. 04. [...] dormono ancora saporitamente. (riga 16). In questa frase saporitamente significa da soli, solitariamente. 08. [...] Be , svegliarli adesso non serve [...] (righe 16-17). In questa frase svegliarli ha lo stesso significato di svegliare i ragazzi. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 15 Testo 3 ROMA Sandro Veronesi il vincitore del sessantesimo Premio Strega . Era in gara con il suo ultimo romanzo, Caos calmo (Bompiani), ha ricevuto 177 voti su 400. Al secondo posto si classificata Rossana Rossanda con il romanzo La ragazza del secolo scorso (edito da Einaudi); seguono Massimiliano Palmese con L amante proibita (edizione Neri Pozza) con 18 voti; Pietro Grossi autore di Pugni (edizioni Sellerio) con 15 voti. La cerimonia, a Villa Giulia a Roma stata complicata da un tremendo acquazzone che si abbattuto sui tavoli di giuria e invitati. Fuggi fuggi generale, con l eccezione di Lucia Annunziata che ha aperto un grosso ombrello. Poi, la cerimonia ripresa. Tra gli altri, c erano Rutelli, Mastella e Veltroni. Ultimo classificato Sergio De Santis, autor e del romanzo Cronache dalla citt dei crolli , 7 voti. Dispon vel em: <http://www.repubblica.it> Acesso em: 7 jul. 2006. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 16 Quest o 19 Secondo il testo, CORRETTO affermare che: 01. il pi votato stato Sergio De Santis. 02. era presente anche Mastella. 04. l ultimo romanzo di Veronesi Pugni . 08. i voti di Rossana sono stati 177. 16. il vincitore ha ottenuto meno della met dei voti. 32. al secondo posto si classificata una scrittrice. Quest o 20 Dalla lettura del testo, CORRETTO affermare che: 01. il Premio Strega stato vinto da Sandro Veronesi. 02. Veronesi concorreva con il suo ultimo romanzo. 04. la cerimonia stata interrotta da una forte pioggia. 08. l ombrello di Lucia Annunziata era piccolo e fuori moda. 16. tutti sono fuggiti sotto un grosso ombrellone. 32. Veronesi aveva sessant anni quando ha vinto il premio. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 17 REDA O INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicad os na folha oficial de reda o, a qual N O dever ser assinada. 2. Leia e observe atentamente as Propostas 1, 2 e 3. 3. Escolha a Proposta que apresenta o tema sobre o qual voc se sente mais bem preparado(a) para discorrer. 4. Evite copiar trechos dos textos apresentados. 5. N o escreva em versos, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 6. N o se esque a de dar um t tulo sua reda o. 7. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial de reda o. 8. Redija um texto que tenha no m nimo 20 (vinte) e no m ximo 30 (trinta) linhas. 9. Escreva com letra leg vel e ocupe todo o espa o das linhas, respeitando os par gr afos. 10. N o ser o corrigidas reda es escritas a l pis, nem reda es na folha de rascunho. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 18 PROPOSTA 1 Em tr s dentre os romances listados para este vestibular, h personagens de origem ind gena marcando presen a e, sobretudo, indicando que a mistura d e ra as viria a ser a base da na o brasileira. A esse respeito, vale lembrar que tais romances tamb m envolvem personagens de outras origens: alem es, rabes e portugueses. Escreva uma reda o que enfoque o tema da miscigena o cultural no Brasil, fazendo refer ncia a pelo menos um dos romances indicados. PROPOSTA 2 Nos anos 80, o filme Blade Runner O Ca ador de Andr ides, de Ridley Scott, mostrava um fant stico laborat rio de engenharia gen tica, onde um cientista criava seres rob ticos com a finalidade de servirem em col nias interplanet rias. Entre o final do s culo XX e in cio do XXI, uma s rie de filmes intitulados Matrix, de Larry e Andy Wachowski, trazia personagens cujo c rebro era monitorado com a instala o de poderosos chips. Hoje, com os avan os cient ficos no campo da neuroci ncia, a fic o cede lugar realidade com as chamadas neurotecnologias. Trata-se de t cnicas de mapeamento cerebral que possibilitar o a preven o e a cura de doen as neurol gicas, de desenvolvimento de drogas o u implanta o de chips que alteram o comportamento humano. Tomando as indica es feitas acima, escreva uma reda o considerando os poss veis impactos desses avan os cient ficos. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 19 PROPOSTA 3 TEXTO 1: Mais. Eu quero mais que esse mund inho glamouroso das telenovelas enfeitadas de cart es postais, como se o pa s fosse nada mais que um saboroso p o -de-a car ; quero mais que bandeiras hasteadas apenas em tempos de copa do mundo; quero mais que baladas noturnas coreografadas pela repetitiva estrid ncia de m sicas eletr nicas e minadas pelo poderoso mercado do narcotr fico. (Texto produzido especialmente para este concurso) TEXTO 2: [...] Mas durmo o sono dos justos por saber que minha vida f til n o atrapalha a marcha do grande tempo. Pelo contr rio: parece que exigido de mim que eu seja extremamente f til, exigido de mim inclusive que eu durma como um justo. Eles me querem ocupada e distra da, e n o lhes importa como. Pois, com minha aten o errada e minha tolice grave, eu pode ria atrapalhar o que se est fazendo atrav s de mim. [...] (Clarice Lispector. O Ovo e a Galinha , in A legi o estrangeira, p g. 53) Motivado(a) pelos textos acima, escreva sua reda o considerando o poder de penetra o social da m dia. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 20 FOLHA DE RASCUNHO REDA O TRANSCREVA A REDA O PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. T TULO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 21 QUEST O DISCURSIVA INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial da quest o discursiva, a qual n o dever ser assinada. 2. Leia atentamente a quest o. 3. Escreva com letra leg vel, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 4. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial da quest o discursiva. 5. Redija sua resposta utilizando entre 5 (cinco) e 15 (quinze) linhas. 6. N o ser o corrigidas respostas escritas a l pis, nem respostas na folha de rascunho. - Esquece. - N o. Como esquece ? Voc prefere falar errado? E o certo esquece ou esque a ? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. N o o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas n o sabes-o. (VERISSIMO, Luis Fernando. Papos. Com dias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 66.) No excerto apresentado, as personagens discutem o uso dos pronomes obl quos tonos. Com base nisso, redija um coment rio abordando os dois t picos a seguir: - a l ngua ensinada na escola versus a l ngua usada no dia-a-dia e em textos liter rios; - a dificuldade em aprender as regras da gram tica versus a facilidade de comunica o. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 22 FOLHA DE RASCUNHO QUEST O DISCURSIVA TRANSCREVA A RESPOSTA DA QUEST O DISCURSIVA PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 23 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 COPERVE 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: ROSA 24 Gabarito - PROVA 1 - ROSA ! "# Page 1 of 1 $% #& ' # " & ' ( ) *+ * ( http://www.vestibular2007.ufsc.br/gabaritos/vestgab01_p1_ROSA.html 12/13/2006

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