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UFSC Vestibular de 2007 - PROVAS - 1º DIA - Prova violeta - espanh

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COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 1 L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA TEXTO 1 - Fala, Kleid. Bem que tu poderias. Tu que a tudo assististe. Tu que tudo guardaste. V s . Estou sozinho. T o velho por fora e por dentro, que mal posso conter a avalanche de todas as lembran as. Um mundo de vis es que passaram por n s. Tu te lembras? Quando voltei do enterro da Grossmutter te perguntei como era a minha m e. Eu n o me 5 lembro dela. Morreu mo a, eu e as minhas irm s muito pequenas. Como seria a minha m e alem , tocadora de violino, segundo contava a v Sacramento? Ela n o existiu para mim. Meu pai era um sujeito danado de alegre. Bebedor de bier e sempre fazendo travessuras. Era uma crian a grande que foi morrer na Segunda Guerra, s por amor Alemanha. Pensava que Hitler era o Deus. 1 LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alem o. 4. ed. Florian polis: Ed. da UFSC, 2006, p. 129-130. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 2 Quest o 01 Considerando o TEXTO 1 e o romance O guarda-roupa alem o, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. A fam lia Ziegel n o conseguiu manter as tradi es vindas da Alemanha, j que assimilou com tranq ilidade os costumes da regi o que a acolheu. 02. O guarda-roupa personificado: ele assistiu hist r ia, testemunha dos fatos que aconteceram na casa dos alem es e deposit rio de um grande segredo da matriarca da fam lia. 04. As palavras em idioma alem o: Kleiderschrank, Grossmutter e bier s o vest gios de que o romance se passa em uma pequena cidade da Alemanha. 08. Dentro do romance, as refer ncias a Hitler, Segunda Guerra e Alemanha apontam o quanto os problemas da Alemanha se refletiram duramente nos colonos da Regi o do Vale do Itaja , em Santa Catarina. 16. A v Sacramento, t pica a oriana, p ersonifica a mistura de ra as que aconteceu com a vinda dos imigrantes para Santa Catarina. Seu conv vio com a fam lia Ziegel exemplo da harmonia entre a orianos e alem es na regi o. 32. A narrativa constitui-se das mem rias de Homig, o ltimo Ziegel, que dialoga com Kleiderschrank, o guarda-roupa. Quest o 02 Ainda em rela o ao TEXTO 1, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em V s (linha 2), o verbo se encontra no modo imperativo; por m, houve um deslize quanto norma padr o da l ngua ; a forma adequada seria Veja s , j que o narrador utiliza a 2a pessoa do singular para referir-se a Kleid. 02. O narrador achava que, se preciso, deveria dar a vida pela Alemanha e que Hitler deveria ser t o respeitado quanto Deus. 04. O narrador sabe que a m e tinha aptid o para tocar um instrumento musical gra as aos relatos de v Sacramento. 08. Os verbos poderias, assististe, seria e foi est o todos no pret rito perfeito, o que significa dizer que representam a es acabadas, como ocorre na senten a: Naquela poca, as brincadeiras faziam a plat ia muito feliz. 16. O trecho mostra a inten o do narrador de dialogar com o guarda -roupa, o que percept vel atrav s do vocativo utilizado em Fala, Kleid . 32. Segundo o narrador, a avalanche (linha 2) de suas lembran as era fruto da avan ada idade de Kleid, que estava velho por fora e por dentro . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 3 TEXTO 2 H mais de meio s culo , continuou. Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo, iam dos ba rcos para o alto da pra a, o dia todo assim. Eu vendia tudo, de porta em porta. Entrei em centenas de casas de Manaus, e quando n o vendia nada, me ofereciam guaran , banana frita, tapioquinha com caf . Em 5 vinte e poucos, por a , conheci o restaurante do G alib e vi a Zana... Depois, a morte do Galib, o nascimento dos g meos... 1 HATOUM, Milton. Dois irm os. S o Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 133. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 4 Quest o 03 Com rela o ao TEXTO 2 e ao romance Dois irm os, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Nael, o narrador, filho da ndia Domingas e de Omar, filho de imigrante liban s. Nael simboliza a mistura das ra as resultante dos processos de imigra o, que se deu de forma tranq ila e equilibrada. 02. A narrativa apresenta um drama familiar e a conflituosa rela o entre os dois irm os g meos, Yacub e Omar. 04. Nael, personagem/narrador perturbado pela d vida quanto sua filia o, reconstr i a mem ria da fam lia libanesa, que , tamb m, a sua pr pria mem ria/identidade. 08. O excerto apresenta os principais elementos da narrativa de Hatoum: romance ambientado em Manaus; o narrador, Galib, mascate, conhece Zana, filha do dono de um restaurante, e pai dos g meos Yacub e Omar (foco da disc rdia familiar). 16. S o recorrentes, em obras de fic o ou que representam diferentes culturas, as disputas entre irm os g meos, a exemplo de Caim e Abel, Esa e Jac , mas que, diferentemente de Yacub e Omar, encontram uma sa da harmoniosa para o conflito. 32. Embora os dois irm os sejam g meos, Omar chamado de o ca ula , o que denuncia o tratamento desigual dado, pela m e, aos dois personagens principais e criticado pela irm dos g meos, R nia. 64. No TEXTO 2, o narrador principal da hist ria (Nael, filho de Omar) cede espa o para um narrador secund rio (Halim, pai de Omar) resumir sua saga de imigrante liban s. Quest o 04 Ainda considerando o TEXTO 2, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Na frase Entrei em centenas de casas de Manaus (linha 3), pode -se substituir a forma verbal por entrava , sem preju zo do sentido. 02. Em vinte e poucos, por a , [...] (linhas 4 -5) corresponde semanticamente a Quando eu tinha vinte e poucos anos... 04. Em Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo (linhas 1 -2) houve, na segunda ora o, elipse de um verbo, cuja compreens o poss vel a partir da leitura da ora o anterior. 08. Na ltima senten a do excerto, o paralelismo sint tico obtido atrav s da omiss o dos verbos em nada prejudicou a compreens o do texto. 16. No trecho apresentado, a express o por a (linha 5) faz refer ncia ao local onde o casal Galib e Zana se conheceu. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 5 TEXTO 3 1 Quando a noite est escura, e cai o vento noroeste, v -se dois vultos brancos como a neve atravessarem o mar, vindos da Ilha do Mel Ponta Grossa, e irem costeando at a Ponta da Pedreira. Dali se transformam em duas pombas brancas, e voam pelo mesmo caminho que vieram; por m ent o s o perseguidas por tr s corvos que procuram agarr 5 las com seus bicos hediondos, grasnando horrivelmente: chegando bem no meio do mar, os corvos se transformam em Meninos queimados, e lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os, iluminando todo o mar com o clar o de suas caudas inflamadas. CASTRO, Ana Lu sa de Azevedo. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florian polis: Ed. Mulheres, 2000, p. 126. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 6 Quest o 05 Com base no TEXTO 3 e no romance D. Narcisa de Villar, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Pode-se concluir, de acordo com o excerto, que, ap s a morte, os bons ser o recompensa dos e os maus, perdoados. 02. A oposi o entre pombas brancas e corvos representa a luta entre o bem e o mal, proposta na narrativa. 04. A narradora, muito presente em todo o romance, re lata uma lenda do imagin rio popular trazida de Portugal e mantida por sua fam lia. 08. Os tr s corvos s o os tr s irm os de D. Narcisa que, metamorfoseados, ainda carregam as caracter sticas dos colonizadores, retratados no romance como ricos, mas humil des e caridosos. 16. O recurso da compara o do ser humano com elementos da natureza, a exemplo de vul tos brancos como a neve (linhas 1 -2), destoa do tom geral da est tica rom ntica, qual se pode filiar a obra. 32. O livro, nos moldes da est tica rom ntica de Jos de Alencar, conta a hist ria de D. Narcisa e de Leonardo, que vivem um amor imposs vel e morrem por esse amor. 64. D. Narcisa o prot tipo da hero na rom ntica (pura, boa, defensora do bem), tra o que carrega consigo ap s a morte, transformando-se em s mbolo da paz. Quest o 06 Considerando ainda o TEXTO 3, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Os voc bulos est , v -(se), por m, tr s, agarr -(las), sublinhados no Texto 3, recebem acento gr fico pela mesma regra, ou s eja, por serem todos ox tonos, condi o suficiente para que os voc bulos sejam acentuados. 02. Em ... tr s corvos que procuram agarr -las... (linhas 4-5), o pronome obl quo faz refer n cia palavra crian as (linha 7). 04. Em Dali se transformam em duas pombas brancas (linha 3), houve elipse do sujeito que pode ser resgatado no per odo anterior. 08. De acordo com as informa es do Texto 3, poss vel avistar os vultos brancos como a neve atravessarem o mar (linhas 1 -2) sob duas condi es: que a noit e esteja escura e sem vento noroeste. 16. Em ... lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os (linhas 6-7) temos, na segunda ora o, uma rela o de conseq ncia. 32. De acordo com a norma culta, na frase v -se dois vultos brancos como a neve atravessarem o mar [...] (linhas 1-2) h problema de concord ncia verbal, uma vez que o verbo v deveria estar no plural, por ter como sujeito dois vultos brancos como a neve . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 7 TEXTO 4 Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei -lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alis -los com o pente, desde a testa at as ltimas pontas, que lhe desciam cintura. Em p n o dava jeito: n o esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi -lhe 5 que se sentasse . [...] Agora, por que que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu cora o? [...] 10 E bem, qualquer que seja a solu o, uma coisa fica, e a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, t o extremosos ambos e t o queridos tamb m, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! 1 ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. S o Paulo: FTD, 1991, p. 65, 208 e 209. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 8 Quest o 07 A respeito do TEXTO 4 e da obra Dom Casmurro, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. A narrativa gira em torno do tri ngulo Bentinho, Capitu e Escobar. Bentinho o narrador que est vivo e relatando o triste desfecho da hist ria de sua vida, cujos pilares foram Capitu e Escobar, que j est o mortos. 02. Os pronomes destacados em Capitu deu -me as costas (linha 1), voltando-se para o espelhinho (linha 1) e ... que se sentasse (linhas 4-5) s o todos reflexivos, pois o mesmo indiv duo ao mesmo tempo que exerce a a o expressa pelo verbo, recebe os efeitos dessa a o. 04. Em Em p n o dava jeito (linha 3), a elipse do sujeito nos remete a Capitu, que n o conseguia pentear seus cabelos sem o aux lio do narrador. 08. Dom Casmurro um romance com fortes tend ncias realistas, em que Machado exercita com maestria os longos textos descritivos e explicativos, prolongando a hist ria e protelando o desfecho. 16. Em Peguei-lhe dos cabelos... (linhas 1-2), ...que lhe desciam (linha 3) e Pedi-lhe que se sentasse (linhas 4-5), a palavra destacada, embora sendo um pronome pessoal obl quo, tem valor possessivo. 32. Bentinho tem certeza de que foi tra do, e o romance oferece pistas para sua comprova o, como, por exemplo, a semelhan a de Ezequiel com Escobar e uma carta reveladora deixada por Capitu. 64. Com a frase A terra lhes seja leve! (linha 13), Bentinho revela acreditar que os dois poss veis amantes n o merecem puni o. Quest o 08 Considerando as palavras sublinhadas nas frases abaixo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). I. Imaginemos que (1) o mundo inteiro esteja em paz. II. Durante a tarde, os manifestantes que (2) reivindicavam melhorias salariais foram s ruas protestar contra o governo, que (3) parecia n o lhes dar ouvidos. III. As desilus es que (4) ele sofreu justificam as decis es que (5) toma hoje em dia. 01. Em I, a palavra destacada conjun o coordenativa, pois estabelece rela o entre duas ora es independentes entre si. 02. O antecedente de que (2) manifestantes e a palavra que (2) representa o agente do verbo reivindicar . 04. Em II, que (3) inicia uma ora o que tem como fun o restringir o significado de governo , especificando de que governo se trata. 08. O verbo toma , em III, tem como sujeito que (5) cujo antecedente decis es . 16. Em III, que (4) pronome relativo e pode ser substitu do, sem altera o de sentido, por as quais . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 9 Quest o 09 Com rela o s obras Relatos escolhidos, de Silveira de Souza, A legi o estrangeira, de Clarice Lispector e Com dias para se ler na escola, de Luis Fernando Verissimo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. As narrativas de Silveira de Souza refletem o mundo que cerca o homem com seus desencontros; os transtornos que podem ser interpretados pelo ins lito; o absurdo ou o mist rio que cercam os personagens, a exemplo do desprop sito representado pelo crescimento desmedido do bra o esquerdo de No mia. 02. Os tr s livros de contos apresentam narrativas curtas, cenas do cotidiano, com certa dose de bom humor e cr tica social. 04. As narrativas de Clarice Lispe ctor apresentam enredo linear, previs vel, a exemplo de cenas que mostram a fragilidade dos animais diante do ser humano, o que pode ser observado na morte do pintinho no conto A legi o estrangeira . 08. O humor mat ria-prima de Verissimo. Por m, suas cr nicas n o levam somente ao riso, mas tamb m reflex o sobre os temas do nosso cotidiano, como equ vocos, viol ncia e mudan a de sentido das coisas da vida. 16. No conto Os pequenos desencontros , de Silveira de Souza, um casal percebe -se sem sa da no meio de uma cidade tumultuada, de gentilezas formais e de sorrisos impessoais, o que demonstra a ang stia do homem diante de uma realidade desumana. 32. Clarice Lispector, em seus escritos realistas, tenta explicar quest es pol micas, como ocorre no texto i ntitulado O ovo e a galinha , em que responde tradicional pergunta: Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 10 TEXTO 5 POEMA DESENTRANHADO DA HIST RIA DOS PARTIC PIOS [ ] 1 A partir do s culo XVI Os verbos ter e haver esvaziaram-se de sentido Para se tornarem exclusivamente auxiliares E os partic pios passados 5 Adquirindo em conseq ncia um sentido ativo Imobilizaram-se para sempre em sua forma indeclin vel. MORAES, Vinicius de. Nova antologia po tica. S o Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 220. Quest o 10 Com base no TEXTO 5, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Quando, no segundo verso, o poeta diz que os verbos ter e haver esvaziaram -se de sentido , ele faz refer ncia a senten as do t ipo Tem algu m a ? e Houve um grande show ontem noite. 02. No poema, o voc bulo adquirindo (verso 5) um exemplo de verbo no partic pio, uma vez que n o se flexiona em rela o ao sujeito da frase, os partic pios passados (verso 4). 04. Os versos 5 e 6 do poema citam duas caracter sticas do partic pio usado como auxiliar: o fato de terem sentido ativo e de n o sofrerem flex o. 08. O poema faz men o ao uso de ter e haver como verbos auxiliares na L ngua Portuguesa, conforme os que aparecem em destaque nas senten as: Eles tinham tido muitos amigos na inf ncia e O inspetor n o havia falado sobre o caso. 16. Pode-se inferir a partir do texto que, do s culo XVI em diante, os verbos ter e haver s o utilizados exclusivamente para formar a voz passiva, j que o sentido ativo mantido pelo verbo principal. 32. Segundo o poema, os partic pios passaram a ser respons veis pelo sentido, uma vez que os verbos ter e haver tornaram-se exclusivamente auxiliares (verso 3). COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 11 ESPANHOL DE QU VA LA TICA 1 5 10 15 20 25 30 35 Entre todos los saberes posibles existe al menos uno imprescindible: el de que ciertas cosas nos convienen y otras no. No nos convienen ciertos alimentos ni nos convienen ciertos comportamientos ni ciertas actitudes. Me refiero, claro est , a que no nos convienen si queremos seguir viviendo. Si lo que uno quiere es reventar cuanto antes, beber veneno puede ser muy adecuado o t ambi n procurar rodearse del mayor n mero de enemigos posibles. Pero de momento vamos a suponer que lo que preferimos es vivir: los respetables gustos del suicida los dejaremos por ahora de lado. De modo que ciertas cosas nos convienen y a lo que nos conviene solemos llarmarlo bueno porque nos sienta bien; otras, en cambio, nos sientan muy mal y a todo eso lo llamamos malo . Saber lo que nos conviene, es decir: distinguir entre lo bueno y lo malo, es un conocimiento que todos intentamos adquirir todos sin excepci n por lo provechoso que nos resulta. Como he se alado antes, hay cosas buenas y malas para la salud: es necesario saber lo que debemos comer, o que el fuego a veces calienta y otras quema, as como el agua puede quitar la sed pero tambi n aho garnos. Sin embargo, a veces las cosas no son tan sencillas: ciertas drogas, por ejemplo, aumentan nuestro br o o producen sensaciones agradables, pero su abuso continuado puede ser nocivo. En unos aspectos son buenas, pero en otros malas: nos convienen y a la vez no nos convienen. En el terreno de las relaciones humanas, estas ambig edades se dan con mayor frecuencia. La mentira es algo en general malo, porque destruye la confianza en la palabra y todos necesitamos hablar para vivir en sociedad y enemista a las personas; pero a veces parece que puede ser til o beneficioso mentir para obtener alguna ventaja. O incluso para hacerle un favor a alguien. Por ejemplo: es mejor decirle al enfermo de c ncer incurable la verdad sobre su estado o se le debe enga ar para que pase sin angustia sus ltimas horas? La mentira no nos conviene, es mala, pero a veces parece resultar buena. Pelearse con los dem s ya hemos dicho que es por lo com n inconveniente, pero debemos consentir que violen delante de nosotros a una chica sin intervenir, por aquello de no meternos en l os? Por otra parte, al que siempre dice la verdad pase lo que pase suele cogerle man a todo el mundo; y quien interviene como si fuera Indiana Jones para salvar a la chica agredida es m s probable que se vea con la cabeza rota que quien se va silbando a su casa. Lo malo parece a veces resultar m s o menos bueno y lo bueno tiene en ocasiones apariencias de malo. [ ] En resumen: a diferencia de otros seres, vivos o inanimados, los hombres podemos inventar y elegir en parte nuestra forma de vida. Podemos optar por lo que nos parece bueno, es decir, conveniente para nosotros, frente a lo que nos parece malo e inconveniente. Y como podemos inventar y elegir, podemos equivocarnos, que es algo que a los castores, las abejas y las termitas no suele pasarles. De modo que parece prudente fijarnos bien en lo que hacemos y procurar adquirir un cierto saber vivir que nos permita acertar. A ese saber vivir, o arte de vivir si prefieres, es a lo que llaman tica. SAVATER, Fernando. tica para Amador. Barcelona: Ariel, 2001, pp. 20-22; 31.(Adaptado) COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 12 Quest o 11 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). El texto De qu va la tica trata de: 01. imponer valores morales al hombre moderno. 02. relacionar la tica con la sociolog a. 04. explicarle al lector la naturaleza de la tica. 08. exponer el objeto de estudio de la tica. 16. rechazar la hipocres a de la sociedad moderna. Quest o 12 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). El t tulo del texto De qu va la tica remite a: 01. el valor de la tica. 02. el objeto de la tica. 04. el fracaso de la tica. 08. el pasado de la tica. 16. la naturaleza de la tica. Quest o 13 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). En el primer p rrafo, el autor habla de saber lo que nos conviene (l nea 9 -10), lo que se refiere a: 01. una ciencia divina del bien y del mal. 02. una ciencia que trata de las conveniencias sociales de la vida humana. 04. un conocimiento de lo que nos puede hacer bien o hacer da o. 08. un conocimiento que sirve nicamente para sacar provecho propio. 16. saber reconocer lo que es bueno y lo que es malo para cada uno. Quest o 14 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). En el segundo p rrafo, el autor habla de: 01. la necesidad de relativizar las cosas y entenderlas en su contexto. 02. la dificultad para evaluar cu ndo algo es bueno y cu ndo es malo. 04. la justificaci n de matar para salvar la honra de una mujer. 08. la mentira como lo nico que es siempre malo. 16. lo bueno que son las drogas. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 13 Quest o 15 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). El sentido de por aquello de no meternos en l os (l nea 26) corresponde a: 01. por causa daquela hist ria de n o criar encrencas. 02. por causa daquela hist ria de n o falar com descon hecidos. 04. por causa daquela hist ria de n o se meter em confus o. 08. por causa daquela hist ria de n o perder os brios. 16. por causa daquele que n o sabe o que faz. Quest o 16 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). La expresi n pase lo que pase (l nea 27) en el contexto presentado equivale a: 01. para hacer da o. 02. duela a quien duela. 04. ocurra lo que ocurra. 08. entienda quien quiera. 16. la suya. Quest o 17 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). En la frase suele cogerle man a todo el mundo (l neas 27-28), cogerle man a a alguien significa: 01. admirar mucho a alguien. 02. escuchar atentamente a alguien. 04. volver loco a alguien. 08. tenerle aversi n a alguien. 16. tenerle ojeriza a alguien. Quest o 18 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). En la l nea 14, la locuci n conjuntiva sin embargo puede ser sustituida por: 01. todav a. 02. sin obst culo. 04. no obstante. 08. por lo com n. 16. por si acaso. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 14 Quest o 19 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). Acerca del texto y su contenido se puede observar que: 01. el verbo en la segunda persona del singular si prefieres (l nea 39) se ala que el texto se dirige, en primer lugar, a la tercera edad. 02. los p rrafos que componen el texto se pueden resumir como si gue: el primero, saber lo que nos conviene ; el segundo, la relatividad de los valores ; el tercero, saber vivir . 04. lo normal de la naturaleza humana es preferir lo malo a lo bueno. 08. en el reino animal, el hombre es el nico animal tico. 16. lo bueno y lo malo son conceptos relativos. Quest o 20 Se ala la(s) proposici n(es) CORRECTA(S). Al definir la tica, al final del texto, como el arte de vivir (l nea 39), el autor dice que: 01. la tica es la capacidad que tiene el hombre de hace r todo lo que se le antoja. 02. vivir bien es un arte que se puede aprender. 04. la tica es saber decidir lo que es mejor para vivir. 08. vivir es un arte en el que todo est permitido. 16. la tica puede ayudar al hombre a vivir mejor. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 15 REDA O INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial de reda o, a qual N O dever ser assinada. 2. Leia e observe atentamente as Propostas 1, 2 e 3. 3. Escolha a Proposta que apresenta o tema sobre o qual voc se sente mais bem preparado(a) para discorrer. 4. Evite copiar trechos dos textos apresentados. 5. N o escreva em versos, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 6. N o se esque a de dar um t tulo sua reda o. 7. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial de reda o. 8. Redija um texto que tenha no m nimo 20 (vinte) e no m ximo 30 (trinta) linhas. 9. Escreva com letra leg vel e ocupe todo o espa o das linhas, respeitando os par gr afos. 10. N o ser o corrigidas reda es escritas a l pis, nem red a es na folha de rascunho. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 16 PROPOSTA 1 Em tr s dentre os romances listados para este vestibular, h personagens de origem ind gena marcando presen a e, sobretudo, indicando que a mistura de ra as viria a ser a base da na o brasileira. A esse respeito, vale lembrar que tais romances tamb m envolvem personagens de outras origens: alem es, rabes e portugueses. Escreva uma reda o que enfoque o tema da miscigena o cultural no Brasil, fazendo refer ncia a pelo menos um dos romances indicados. PROPOSTA 2 Nos anos 80, o filme Blade Runner O Ca ador de Andr ides, de Ridley Scott, mostrava um fant stico laborat rio de engenharia gen tica, onde um cientista criava seres rob ticos com a finalidade de servirem em col nias interplanet rias. Entre o final do s culo XX e in cio do XXI, uma s rie de filmes intitulados Matrix, de Larry e Andy Wachowski, trazia personagens cujo c rebro era monitorado com a instala o de poderosos chips. Hoje, com os avan os cient ficos no campo da neuroci ncia, a fic o cede lugar realidade com as chamadas neurotecnologias. Trata-se de t cnicas de mapeamento cerebral que possibilitar o a preven o e a cura de doen as neurol gicas, de desenvolvimento de drogas ou implanta o de chips que alteram o comportamento humano. Tomando as indica es feitas acima, escreva uma reda o considerando os poss veis impactos desses avan os cient ficos. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 17 PROPOSTA 3 TEXTO 1: Mais. Eu quero mais que esse mundinho glamouroso das telenovelas enfeitadas de cart es postais, como se o pa s fosse nada mais que um saboroso p o -de-a car ; quero mais que bandeiras hasteadas apenas em tempos de copa do mundo; quero mais que baladas noturnas coreografadas pela repetitiva estrid ncia de m sicas eletr nicas e minadas pelo poderoso mercado do narcotr fico. (Texto produzido especialmente para este concurso) TEXTO 2: [...] Mas durmo o sono dos justos por saber que minha vida f til n o atrapalha a marcha do grande tempo. Pelo contr rio: parece que exigido de mim que eu seja extremamente f til, exigido de mim inclusive que eu durma como um just o. Eles me querem ocupada e distra da, e n o lhes importa como. Pois, com minha aten o errada e minha tolice grave, eu poderia atrapalhar o que se est fazendo atrav s de mim. [...] (Clarice Lispector. O Ovo e a Galinha , in A legi o estrangeira, p g. 53) Motivado(a) pelos textos acima, escreva sua reda o considerando o poder de penetra o social da m dia. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 18 FOLHA DE RASCUNHO REDA O TRANSCREVA A REDA O PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. T TULO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 19 QUEST O DISCURSIVA INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o local, o setor, o gr upo e a ordem indicados na folha oficial da quest o discursiva, a qual n o dever ser assinada. 2. Leia atentamente a quest o. 3. Escreva com letra leg vel, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 4. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial da quest o discursiva. 5. Redija sua resposta utilizando entre 5 (cinco) e 15 (quinze) linhas. 6. N o ser o corrigidas respostas escritas a l pis, nem respostas na folha de rascun ho. - Esquece. - N o. Como esquece ? Voc prefere falar errado? E o certo esquece ou esque a ? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. N o o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas n o sabes-o. (VERISSIMO, Luis Fernando. Papos. Com dias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 66.) No excerto apresentado, as personagens discutem o uso dos pronomes obl quos tonos. Com base nisso, redija um coment rio abordando os dois t picos a seguir: - a l ngua ensinada na escola versus a l ngua usada no dia-a-dia e em textos liter rios; - a dificuldade em aprender as regras da gram tica versus a facilidade de comunica o. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 20 FOLHA DE RASCUNHO QUEST O DISCURSIVA TRANSCREVA A RESPOSTA DA QUEST O DISCURSIVA PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 21 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 22 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 23 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 COPERVE 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1 a PROVA: VIOLETA 24 Gabarito - PROVA 1 - VIOLETA Page 1 of 1 !# " $ % &' () '* + ' & * + , - ./ . , http://www.vestibular2007.ufsc.br/gabaritos/vestgab01_p1_VIOLETA.html 12/13/2006

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