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UFSC Vestibular de 2007 - PROVAS - 1º DIA - Prova marfim - francês

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COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 1 L NGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA TEXTO 1 - Fala, Kleid. Bem que tu poderias. Tu que a tudo assististe. Tu que tudo guardaste. V s . Estou sozinho. T o velho por fora e por dentro, que mal posso conter a avalanche de todas as lembran as. Um mundo de vis es que passaram por n s. Tu te lembras? Quando voltei do enterro da Grossmutter te perguntei como era a minha m e. Eu n o me 5 lembro dela. Morreu mo a, eu e as mi nhas irm s muito pequenas. Como seria a minha m e alem , tocadora de violino, segundo contava a v Sacramento? Ela n o existiu para mim. Meu pai era um sujeito danado de alegre. Bebedor de bier e sempre fazendo travessuras. Era uma crian a grande que foi morrer na Segunda Guerra, s por amor Alemanha. Pensava que Hitler era o Deus. 1 LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alem o. 4. ed. Florian polis: Ed. da UFSC, 2006, p. 129-130. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 2 Quest o 01 Considerando o TEXTO 1 e o romance O guarda-roupa alem o, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. A narrativa constitui-se das mem rias de Homig, o ltimo Ziegel, que dialoga com Kleiderschrank, o guarda-roupa. 02. O guarda-roupa personificado: ele assistiu hist ria, testemunha dos fatos que aconteceram na casa dos alem es e deposit rio de um grande segredo da matriarca da fam lia. 04. As palavras em idioma alem o: Kleiderschrank, Grossmutter e bier s o vest gios de que o romance se passa em uma pequena cidade da Alemanha. 08. Dentro do romance, as refer ncias a Hitler, Segunda Guerra e Alemanha apontam o quanto os problemas da Alemanha se refletiram duramente nos colonos da Regi o do Vale do Itaja , em Santa Catarina. 16. A v Sacramento, t pica a oriana, personifica a mistura de ra as que aconteceu com a vinda dos imigrantes para Santa Catarina. Seu conv vio com a fam lia Ziegel exemplo da harmonia entre a orianos e alem es na regi o. 32. A fam lia Ziegel n o conseguiu manter as tradi es vindas da Alemanha, j que assimilou com tranq ilidade os costumes da regi o que a acolheu. Quest o 02 Ainda em rela o ao TEXTO 1, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em V s (linha 2), o verbo se encontra no modo imperativo; por m, houve um deslize quanto norma padr o da l ngua; a forma adequada seria Veja s , j que o narrador utiliza a 2a pessoa do singular para referir-se a Kleid. 02. O trecho mostra a inten o do narrador de dialogar com o guarda -roupa, o que percept vel atrav s do vocativo utilizado em Fala, Kleid . 04. O narrador sabe que a m e tinha aptid o para tocar um instrumento musical gra as aos relatos de v Sacramento. 08. Os verbos poderias, assististe, seria e foi est o todos no pret rito perfeito, o que significa dizer que representam a es acabadas, c omo ocorre na senten a: Naquela poca, as brincadeiras faziam a plat ia muito feliz. 16. O narrador achava que, se preciso, deveria dar a vida pela Alemanha e que Hitler deveria ser t o respeitado quanto Deus. 32. Segundo o narrador, a avalanche (linha 2 ) de suas lembran as era fruto da avan ada idade de Kleid, que estava velho por fora e por dentro . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 3 TEXTO 2 H mais de meio s culo , continuou. Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo, iam dos bar cos para o alto da pra a, o dia todo assim. Eu vendia tudo, de porta em porta. Entrei em centenas de casas de Manaus, e quando n o vendia nada, me ofereciam guaran , banana frita, tapioquinha com caf . Em 5 vinte e poucos, por a , conheci o restaurante do Ga lib e vi a Zana... Depois, a morte do Galib, o nascimento dos g meos... 1 HATOUM, Milton. Dois irm os. S o Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 133. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 4 Quest o 03 Com rela o ao TEXTO 2 e ao romance Dois irm os, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. No Texto 2, o narrador principal da hist ria (Nael, filho de Omar) cede espa o para um narrador secund rio (Halim, pai de Omar) resumir sua saga de imigrante liban s. 02. A narrativa apresenta um drama familiar e a conflituosa re la o entre os dois irm os g meos, Yacub e Omar. 04. Nael, personagem/narrador perturbado pela d vida quanto sua filia o, reconstr i a mem ria da fam lia libanesa, que , tamb m, a sua pr pria mem ria/identidade. 08. O excerto apresenta os principais el ementos da narrativa de Hatoum: romance ambientado em Manaus; o narrador, Galib, mascate, conhece Zana, filha do dono de um restaurante, e pai dos g meos Yacub e Omar (foco da disc rdia familiar). 16. S o recorrentes, em obras de fic o ou que represen tam diferentes culturas, as disputas entre irm os g meos, a exemplo de Caim e Abel, Esa e Jac , mas que, diferentemente de Yacub e Omar, encontram uma sa da harmoniosa para o conflito. 32. Embora os dois irm os sejam g meos, Omar chamado de o ca ula , o que denuncia o tratamento desigual dado, pela m e, aos dois personagens principais e criticado pela irm dos g meos, R nia. 64. Nael, o narrador, filho da ndia Domingas e de Omar, filho de imigrante liban s. Nael simboliza a mistura das ra as resulta nte dos processos de imigra o, que se deu de forma tranq ila e equilibrada. Quest o 04 Ainda considerando o TEXTO 2, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em Eu era moleque, e eles uns curumins que j carregavam tudo (linhas 1 -2) houve, na segunda ora o, elipse de um verbo, cuja compreens o poss vel a partir da leitura da ora o anterior. 02. Em vinte e poucos, por a , [...] (linhas 4 -5) corresponde semanticamente a Quando eu tinha vinte e poucos anos... 04. Na frase Entrei em centenas de casas de Manaus (linha 3), pode -se substituir a forma verbal por entrava , sem preju zo do sentido. 08. Na ltima senten a do excerto, o paralelismo sint tico obtido atrav s da omiss o dos verbos em nada prejudicou a compreens o do texto. 16. No trecho apresentado, a express o por a (linha 5) faz refer ncia ao local onde o casal Galib e Zana se conheceu. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 5 TEXTO 3 1 Quando a noite est escura, e cai o vento noroeste, v -se dois vultos brancos como a neve atravessarem o mar, vindos da Ilha do Mel Ponta Grossa, e irem costeando at a Ponta da Pedreira. Dali se transformam em duas pombas brancas, e voam pelo mesmo caminho que vieram; por m ent o s o perseguidas por tr s corvos que procuram agarr 5 las com seus bicos hediondos, grasnando horrivelmente: chegando bem no meio do mar, os corvos se transformam em Meninos queimados, e lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os, iluminando todo o mar com o clar o de suas caudas inflamadas. CASTRO, Ana Lu sa de Azevedo. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florian polis: Ed. Mulheres, 2000, p. 126. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 6 Quest o 05 Com base no TEXTO 3 e no romance D. Narcisa de Villar, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. O livro, nos moldes da est tica rom ntica de Jos de Alencar, conta a hist ria de D. Narcisa e de Leonardo, que vivem um amor imposs vel e morrem por esse amor. 02. A narradora, muito presente em todo o romance, relata uma lenda do imagin rio popular trazida de Portugal e mantida por sua fam lia. 04. A oposi o entre pombas brancas e corvos representa a luta entre o bem e o mal, proposta na narrativa. 08. Os tr s corvos s o os tr s irm os de D. Narcisa que, metamorfoseados, ainda carregam as caracter sticas dos colonizadores, retratados no romance como ricos, mas humildes e caridosos. 16. O recurso da compara o do ser humano com elementos da natureza, a exemplo de vul tos brancos como a neve (linhas 1 -2), destoa do tom geral da est tica rom ntica, qual se pode filiar a obra. 32. Pode-se concluir, de acordo com o excerto, que, ap s a morte, os bons ser o recompensa dos e os maus, perdoados. 64. D. Narcisa o prot tipo da hero na rom ntica (pura, boa, defensora do bem), tra o que carrega consigo ap s a morte, transformando-se em s mbolo da paz. Quest o 06 Considerando ainda o TEXTO 3, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. De acordo com a norma culta, na frase v -se dois vultos brancos como a neve atraves sarem o mar [...] (linhas 1-2) h problema de concord ncia verbal, uma vez que o verbo v deveria estar no plural, por ter como sujeito dois vultos brancos como a neve . 02. Em ... tr s corvos que procuram agarr -las... (linhas 4-5), o pronome obl quo faz refer n cia palavra crian as (linha 7). 04. Em Dali se transformam em duas pombas brancas (linha 3), houve elipse do sujeito que pode ser resgatado no per odo anterior. 08. De acordo com as informa es do Texto 3, poss vel avistar os vultos brancos como a neve atravessarem o mar (linhas 1-2) sob duas condi es: que a noite esteja escura e sem vento noroeste. 16. Em ... lan am gritos t o agudos que fazem acordar as crian as em seus ber os (linhas 6-7) temos, na segunda ora o, uma rela o de conseq ncia. 32. Os voc bulos est , v -(se), por m, tr s, agarr -(las), sublinhados no Texto 3, recebem acento gr fico pela mesma regra, ou seja, por serem todos ox tonos, condi o suficiente para que os voc bulos sejam acentuados. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 7 TEXTO 4 Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei -lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alis -los com o pente, desde a testa at as ltimas pontas, que lhe desciam cintura. Em p n o dava jeito: n o esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi -lhe 5 que se sentasse . [...] Agora, por que que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu cora o? [...] 10 E bem, qualquer que seja a solu o, uma coisa fica, e a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, t o extremosos ambos e t o queridos tamb m, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! 1 ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. S o Paulo: FTD, 1991, p. 65, 208 e 209. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 8 Quest o 07 A respeito do TEXTO 4 e da obra Dom Casmurro, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Em Peguei-lhe dos cabelos... (linhas 1-2), ...que lhe desciam (linha 3) e Pedi-lhe que se sentasse (linhas 4-5), a palavra destacada, embora sendo um pronome pessoal obl quo, tem valor possessivo. 02. Os pronomes destacados em Capitu deu -me as costas (linha 1), voltando-se para o espelhinho (linha 1) e ... que se sentasse (linhas 4-5) s o todos reflexivos, pois o mesmo indiv duo ao mesmo tempo que exerce a a o expressa pelo verbo, recebe os efeit os dessa a o. 04. Em Em p n o dava jeito (linha 3), a elipse do sujeito nos remete a Capitu, que n o conseguia pentear seus cabelos sem o aux lio do narrador. 08. Dom Casmurro um romance com fortes tend ncias realistas, em que Machado exercita com maestria os longos textos descritivos e explicativos, prolongando a hist ria e protelando o desfecho. 16. A narrativa gira em torno do tri ngulo Bentinho, Capitu e Escobar. Bentinho o narrador que est vivo e relatando o triste desfecho da hist ria de sua vida, cujos pilares foram Capitu e Escobar, que j est o mortos. 32. Bentinho tem certeza de que foi tra do, e o romance oferece pistas para sua comprova o, como, por exemplo, a semelhan a de Ezequiel com Escobar e uma carta reveladora deixada por Capitu. 64. Com a frase A terra lhes seja leve! (linha 13), Bentinho revela acreditar que os dois poss veis amantes n o merecem puni o. Quest o 08 Considerando as palavras sublinhadas nas frases abaixo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). I. Imaginemos que (1) o mundo inteiro esteja em paz. II. Durante a tarde, os manifestantes que (2) reivindicavam melhorias salariais foram s ruas protestar contra o governo, que (3) parecia n o lhes dar ouvidos. III. As desilus es que (4) ele sofreu justificam as decis es que (5) toma hoje em dia. 01. Em I, a palavra destacada conjun o coordenativa, pois estabelece rela o entre duas ora es independentes entre si. 02. O antecedente de que (2) manifestantes e a palavra que (2) representa o agente do verbo reivindicar . 04. Em III, que (4) pronome relativo e pode ser substitu do, sem altera o de sentido, por as quais . 08. O verbo toma , em III, tem como sujeito que (5) cujo antecedente decis es . 16. Em II, que (3) inicia uma ora o que tem como fun o restringir o significado de governo , especificando de que governo se trata. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 9 Quest o 09 Com rela o s obras Relatos escolhidos, de Silveira de Souza, A legi o estrangeira, de Clarice Lispector e Com dias para se ler na escola, de Luis Fernando Verissimo, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. Os tr s livros de contos apresentam narrativas curtas, cenas do cotidiano, com certa dose de bom humor e cr tica social. 02. As narrativas de Silveira de Souza refletem o mundo que cerca o homem com seus desencontros; os transtornos que podem ser interpretados pelo ins lito; o absurdo ou o mist rio que cercam os personagens, a exemplo do desprop sito representado pelo crescimento desmedido do bra o esquerdo de No mia. 04. As narrativas de Clarice Lispector apresen tam enredo linear, previs vel, a exemplo de cenas que mostram a fragilidade dos animais diante do ser humano, o que pode ser observado na morte do pintinho no conto A legi o estrangeira . 08. O humor mat ria-prima de Verissimo. Por m, suas cr nicas n o levam somente ao riso, mas tamb m reflex o sobre os temas do nosso cotidiano, como equ vocos, viol ncia e mudan a de sentido das coisas da vida. 16. No conto Os pequenos desencontros , de Silveira de Souza, um casal percebe -se sem sa da no meio de uma cidade tumultuada, de gentilezas formais e de sorrisos impessoais, o que demonstra a ang stia do homem diante de uma realidade desumana. 32. Clarice Lispector, em seus escritos realistas, tenta explicar quest es pol micas, como ocorre no texto intitulado O ovo e a galinha , em que responde tradicional pergunta: Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? . COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 10 TEXTO 5 POEMA DESENTRANHADO DA HIST RIA DOS PARTIC PIOS [ ] 1 A partir do s culo XVI Os verbos ter e haver esvaziaram-se de sentido Para se tornarem exclusivamente auxiliares E os partic pios passados 5 Adquirindo em conseq ncia um sentido ativo Imobilizaram-se para sempre em sua forma indeclin vel. MORAES, Vinicius de. Nova antologia po tica. S o Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 220. Quest o 10 Com base no TEXTO 5, assinale a(s) proposi o( es) CORRETA(S). 01. O poema faz men o ao uso de ter e haver como verbos auxiliares na L ngua Portuguesa, conforme os que aparecem em destaque nas senten as : Eles tinham tido muitos amigos na inf ncia e O inspetor n o havia falado sobre o caso. 02. No poema, o voc bulo adquirindo (verso 5) um exemplo de verbo no partic pio, uma vez que n o se flexiona em rela o ao sujeito da frase, os partic pios passad os (verso 4). 04. Os versos 5 e 6 do poema citam duas caracter sticas do partic pio usado como auxiliar: o fato de terem sentido ativo e de n o sofrerem flex o. 08. Quando, no segundo verso, o poeta diz que os verbos ter e haver esvaziaram -se de sentido , ele faz refer ncia a senten as do tipo Tem algu m a ? e Houve um grande show ontem noite. 16. Pode-se inferir a partir do texto que, do s culo XVI em diante, os verbos ter e haver s o utilizados exclusivamente para formar a voz passiva, j que o sentid o ativo mantido pelo verbo principal. 32. Segundo o poema, os partic pios passaram a ser respons veis pelo sentido, uma vez que os verbos ter e haver tornaram-se exclusivamente auxiliares (verso 3). COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 11 FRANC S Joaquim Maria Machado de Assis Sa m re, une blanchisseuse portugaise, meurt lorsqu'il est encore un tout jeune enfant. Son p re, un mul tre peintre en b timent, se remarie alors avec une simple et g n reuse m tisse qui l' l vera tendrement. Enfant solitaire, b gue, sujet de fr quentes crises d' pilepsie, il se r fugie dans la lecture et acquiert seul une vaste culture. Il apprend le fran ais et seize ans publie son premier po me. Il devient typographe puis correcteur et, en 1860, entre au Di rio do Rio de Janeiro comme chroniqueur. En 1863, il se marie avec Carolina de Novais, Portugaise de bonne famille, fine et cultiv e. Il entre alors dans un grand minist re o il fera toute sa carri re, partag e entre son travail de bureaucrate et celui d' crivain. Machado de Assis a pratiqu tous les genres : po sie, th tre, journalisme, critique, traduction. Il est cependant essentiellement un narrateur tout autant par ses contes (168 au total) que par ses romans. La premi re p riode de sa production romanesque est consid r e celle de l a liquidation du romantisme. Elle irait de 1870 environ 1880, avec deux recueils de contes : Contos fluminenses (1870) et Hist rias da meia-noite (1873), et quatre romans : Ressurrei o (1872), A m o e a luva (1874), Helena (1876) et Iai Garcia (1878). Ses contes, courts, ironiques ou tendres sont de loin sup rieurs ses romans, dont les personnages ne sont pas encore tr s riches d'un point de vue psychologique et dont le style n'a pas encore la perfection. Mais l'humour est d j pr sent. Sa maladie, l' pilepsie, fait sans cesse de nouveaux progr s. Machado crit alors une seconde s rie de romans, ceux que l'on a appel s les romans cr pusculaires : M moires posthumes de Braz Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esa et Jacob (1904), et de nouvelles s ries de contes, infiniment plus amers que les premiers. P re fondateur et premier pr sident de l'Acad mie br silienne des lettres, il meurt (dans la solitude) l' ge de 69 ans, en 1908. (Texte adapt ) Dispon vel em : <http://www.librairie-compagnie.fr/portugal/bresil/assis.htm> Acesso em : 29 set. 2006. Vocabulaire : - blanchisseuse : lavadeira - b gue : gago - environ : aproximadamente - recueil : cole o, compila o COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 12 Quest o 11 Signalez la(les) proposition(s) qui compl te(nt) CORRECTEMENT la phrase, d apr s le texte . Sur l crivain Machado de Assis, on peut affirmer que (qu )... 01. il avait 29 ans quand sa m re est morte. 02. son p re avait la m me profession que sa m re. 04. apr s la mort de sa m re, il a t abandonn par son p re. 08. il avait un grave probl me de sant , l pilepsie. 16. parce qu il s tait r fugi dans la lecture, il est devenu une personne tr s cultiv e. Quest o 12 Signalez la(les) proposition(s) dont la (les) date(s) correspond(ent) CORRECTEMENT aux faits, d apr s le texte. 01. 1860 l crivain devient chroniqueur dans un journal. 02. 1863 l ann e de son mariage. 04. 1870 d but de la premi re p riode de sa production romanesque. 08. 1880 fin de la deuxi me p riode de sa production romanesque. 16. 1899 d but de la publication de ses romans cr pusculaires. Quest o 13 Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S), selon le texte. 01. Machado de Assis publie son premier roman l ge de vingt ans. 02. Le roman de Machado de Assis intitul Iai Garcia est publi avant ses deux recueils de contes. 04. Il devient typographe puis correcteur et, ensuite, va travailler au Di rio do Rio de Janeiro. 08. Au Di rio do Rio de Janeiro il travaillait comme chroniqueur. 16. Machado se marie avec Carolina de Novais, une femme br silienne tr s simple et g n reuse. 32. Il travaillait comme bureaucrate dans un grand minist re. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 13 Quest o 14 Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S), selon le texte. 01. Machado de Assis a fond et il a t le dernier pr sident de l Acad mie br silienne des lettres. 02. Il est mort l ge de 69 ans. 04. Machado de Assis s est limit au genre th trale. 08. Machado de Assis a crit diff rents genres de textes. 16. Ses premiers contes, courts, ironiques o u tendres sont sup rieurs ses romans. 32. Les po mes de Machado de Assis sont bien sup rieurs ses romans. Quest o 15 Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S), d apr s la phrase : Les derniers contes crits par Machado de Assis sont plus amers que les premiers. 01. C est une comparaison de sup riorit . 02. Les derniers contes sont plus romantiques que les premiers. 04. Un recueil de contes est toujours compos d une s rie de textes humoristiques. 08. Tous les contes de Machado sont pleins d amertume et de romantisme. 16. La phrase compare les premiers et les derniers contes publi s par l crivain. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 14 Clarice Lispector est l une des crivains majeures du Br sil, mais aussi du XX e si cle. Elle est consid r e comme l une des figures marquantes du Nouveau Roman. D c d e en 1977, elle laisse une uvre riche mais encore peu connue en France. Singuli re, silencieuse, Clarice Lispector crit le dedans du monde. Clarice Lispector est n e en Ukraine le 10 d cembre 1920. Quel que temps apr s, ses parents partent pour le Br sil et s installent d abord Recife, dans le nord -est du pays, puis, en 1934, Rio de Janeiro. D s la publication de son premier livre, Perto do Cora o Selvagem (Pr s du c ur sauvage, Paris, ditions des Femmes, 1982), elle est reconnue par la critique puis, rapidement, par le monde litt raire international. Clarice Lispector publie alors de nombreux r cits, parmi lesquels A Legi o Estrangeira. De 1967 1973, signe des chroniques dans le Jornal do Brasil. Son mari est diplomate, elle voyage beaucoup, a deux fils. Olga Borelli, l une de ses amies intimes, crira : L v nement majeur, le seul, pour elle, v ritablement remarquable, a toujours t le Texte. (Texte adapt ) Dispon vel em : <http://www. mouvement.net> Acesso em : 29 set. 2006. Vocabulaire : - dedans : dentro, interior - r cit : narra o COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 15 Quest o 16 Signalez la(les) proposition(s) qui compl te(nt) CORRECTEMENT la phrase, d apr s le texte. Sur l crivain Clarice Lispector, on peut affirmer que (qu )... 01. la publication de son premier livre a t ignor e par la critique litt raire. 02. c est une figure importante du Nouveau Roman. 04. elle est d origine ukranienne, mais elle a v cu au Br sil. 08. ses parents arrivent au Br sil quelque temps apr s sa naissance. 16. ses parents s installent d abord Rio de Janeiro et ensuite Recife. Quest o 17 Signalez la(les) proposition(s) qui compl te(nt) CORRECTEMENT la phrase, d apr s le texte. propos de l oeuvre de Clarice Lispector, on peut affirmer qu ... 01. elle a t publi e au XXe si cle. 02. elle est moins connue au Br sil qu en France. 04. elle est reconnue par la critique litt raire internationale. 08. elle crit le dedans du monde, c est- -dire, elle d crit l ext rieur des choses. 16. une partie de ses crits a t publi e dans le Jornal do Brasil. Quest o 18 Signalez la(les) proposition(s) dont la (les) date(s) correspond(ent) CORRECTEMENT aux faits, selon le texte. 01. 1920 naissance de Clarice Lispector en Ukraine. 02. 1934 la famille de Clarice d m nage Rio de Janeiro. 04. 1967 fin de la collaboration dans le Jornal do Brasil. 08. 1973 d but de la collaboration dans le Jornal do Brasil. 16. 1977 voyage avec son mari et ses deux fils. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 16 Quest o 19 Signalez la(les) proposition(s) dont l une des affirmations dit le CONTRAIRE de l autre. 01. a. Perto do Cora o Selvagem est le premier livre de Clarice. b. Perto do Cora o Selvagem est le cinqui me livre de Clarice. 02. a. L oeuvre de Clarice a t consacr e dans toute l Europe. b. L oeuvre de Clarice a t ignor e dans toute l Europe. 04. a. Clarice a crit des chroniques dans les journaux. b. Clarice aimait lire des chroniques dans les journaux. 08. a. Clarice a beaucoup voyag car son mari tait diplomate. b. Clarice n a jamais voyag car son mari n tait pas diplomate. 16. a. Olga Borelli tait une grande amie de l crivain. b. Olga Borelli a donn son opinion sur l crivain. Quest o 20 Signalez la(les) proposition(s) qui explique(nt) CORRECTEMENT la phrase : L v nement majeur, le seul, pour elle v ritablement remarquable, a toujours t le Texte. 01. Elle d testait crire. 02. La chose la plus importante pour elle tait le Texte. 04.C tait le Texte qu elle aimait avant tout. 08. Le Texte crit ne signifiait rien pour elle. 16. Un v nement remarquable signifie qu il n est pas tr s important. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 17 REDA O INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o lo cal, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial de reda o, a qual N O dever ser assinada. 2. Leia e observe atentamente as Propostas 1, 2 e 3. 3. Escolha a Proposta que apresenta o tema sobre o qual voc se sente mais bem preparado(a) para discorrer. 4. Evite copiar trechos dos textos apresentados. 5. N o escreva em versos, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 6. N o se esque a de dar um t tulo sua reda o. 7. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial de reda o. 8. Redija um texto que tenha no m nimo 20 (vinte) e no m ximo 30 (trinta) linhas. 9. Escreva com letra leg vel e ocupe todo o espa o das linhas, respeitando os par grafos. 10. N o ser o corrigidas reda es escritas a l pis, nem red a es na folha de rascunho. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 18 PROPOSTA 1 Em tr s dentre os romances listados para este vestibular, h personagens de origem ind gena marcando presen a e, sobretudo, indicando que a mistura de ra as viria a ser a base da na o brasileira. A esse respeito, vale lembrar que tais romances tamb m envolvem personagens de outras origens: alem es, rabes e portugueses. Escreva uma reda o que enfoque o tema da miscigena o cultural no Brasil, fazendo refer ncia a pelo menos um dos romances indicados. PROPOSTA 2 Nos anos 80, o filme Blade Runner O Ca ador de Andr ides, de Ridley Scott, mostrava um fant stico laborat rio de engenharia gen tica, onde um cientista criava seres rob ticos com a finalidade de servirem em col nias interplanet rias. Entre o final do s culo XX e in cio do XXI, uma s rie de filmes intitulados Matrix, de Larry e Andy Wachowski, trazia personagens cujo c rebro era monitorado com a instala o de poderosos chips. Hoje, com os avan os cient ficos no campo da neuroci ncia, a fic o cede lugar realidade com as chamadas neurotecnologias. Trata-se de t cnicas de mapeamento cerebral que possibilitar o a preven o e a cura de doen as neurol gicas, de desenvolvimento de drogas ou implanta o de chips que alteram o comportamento humano. Tomando as indica es feitas acima, escreva uma reda o considerando os poss veis impactos desses avan os cient ficos. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 19 PROPOSTA 3 TEXTO 1: Mais. Eu quero mais que esse mundinho glamouroso das telenovelas enfeitadas de cart es postais, como se o pa s fosse nada mais que um saboroso p o -de-a car ; quero mais que bandeiras hasteadas apenas em tempos de copa do mundo; quero mais que balada s noturnas coreografadas pela repetitiva estrid ncia de m sicas eletr nicas e minadas pelo poderoso mercado do narcotr fico. (Texto produzido especialmente para este concurso) TEXTO 2: [...] Mas durmo o sono dos justos por saber que minha vida f til n o atrapalha a marcha do grande tempo. Pelo contr rio: parece que exigido de mim que eu seja extremamente f til, exigido de mim inclusive que eu durma como um justo. Eles me querem ocupada e distra da, e n o lhes importa como. Pois, com minha aten o errada e minha tolice grave, eu poderia atrapalhar o que se est fazendo atrav s de mim. [...] (Clarice Lispector. O Ovo e a Galinha , in A legi o estrangeira, p g. 53) Motivado(a) pelos textos acima, escreva sua reda o considerando o poder de penetr a o social da m dia. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 20 FOLHA DE RASCUNHO REDA O TRANSCREVA A REDA O PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. T TULO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 21 QUEST O DISCURSIVA INSTRU ES 1. Confira o n mero do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial da quest o discursiva, a qual n o dever ser assinada. 2. Leia atentamente a quest o. 3. Escreva com letra leg vel, use linguagem clara e utilize a norma culta da l ngua portuguesa. 4. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial da quest o di scursiva. 5. Redija sua resposta utilizando entre 5 (cinco) e 15 (quinze) linhas. 6. N o ser o corrigidas respostas escritas a l pis, nem respostas na folha de rascunho. - Esquece. - N o. Como esquece ? Voc prefere falar errado? E o certo esquece ou esque a ? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. N o o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas n o sabes-o. (VERISSIMO, Luis Fernando. Papos. Com dias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 66.) No excerto apresentado, as personagens discutem o uso dos pronomes obl quos tonos. Com base nisso, redija um coment rio abordando os dois t picos a seguir: - a l ngua ensinada na escola versus a l ngua usada no dia-a-dia e em textos liter rios; - a dificuldade em aprender as regras da gram tica versus a facilidade de comunica o. COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 22 FOLHA DE RASCUNHO QUEST O DISCURSIVA TRANSCREVA A RESPOSTA DA QUEST O DISCURSIVA PARA A FOLHA OFICIAL. ESTE RASCUNHO N O SER CORRIGIDO. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 COPERVE CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 23 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 COPERVE 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 CONCURSO VESTIBULAR UFSC/2007 1a PROVA: MARFIM 24 Gabarito - PROVA 1 - MARFIM Page 1 of 1 ! " # $% &' %( ) % $ ( ) * + ,- , * http://www.vestibular2007.ufsc.br/gabaritos/vestgab01_p1_MARFIM.html 12/13/2006

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