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FUVEST Vestibular 2006 Prova - Segunda Fase - Língua Portuguesa

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Q.01 Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem procedimento tradicional na hist ria da humanidade. A obesidade n o foge regra. Na Idade M dia, a sociedade considerava a hansen ase um castigo de Deus para punir os mpios. No s culo 19, quando proliferaram os aglomerados urbanos e a tuberculose adquiriu caracter sticas epid micas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa que levavam. Com a epidemia de Aids, a mesma hist ria: apenas os prom scuos adquiririam o HIV. Coube ci ncia demonstrar que s o bact rias os agentes causadores de tuberculose e da hansen ase, que a Aids transmitida por um v rus e que esses microorganismos s o alheios s virtudes e fraquezas humanas: infectam crian as, mulheres ou homens, n o para puni-los ou v -los sofrer, mas porque pretendem crescer e multiplicar-se como todos os seres vivos. Tanto se lhes d se o organismo que lhes oferece condi es de sobreviv ncia pertence vestal ou ao pecador contumaz. (...) Drauzio Varella, Folha de S. Paulo, 12/11/2005. a) Crie uma frase com a palavra obesidade que possa ser acrescentada ao final do 2 par grafo sem quebra de coer ncia. b) Fazendo as adapta es necess rias e respeitando a equival ncia de sentido que a express o Tanto se lhes d (...) tem no texto, proponha uma frase, substituindo o pronome lhes pelo seu referente. Q.02 Em um piano distante, algu m estuda uma li o lenta, em notas graves. (...) Esses sons soltos, indecisos, teimosos e tristes, de uma li o elementar qualquer, t m uma grave monotonia. Deus sabe por que acordei hoje com tend ncia a filosofia de bairro; mas agora me ocorre que a vida de muita gente parece um pouco essa li o de piano. Nunca chega a formar a linha de uma certa melodia. Come a a esbo ar, com os pontos soltos de alguns sons, a curva de uma frase musical; mas logo se det m, e volta, e se perde numa incoer ncia mon tona. N o tem ritmo nem cad ncia sens veis. Rubem Braga, O homem rouco. a) O autor estabelece uma associa o po tica entre a vida de muita gente e uma li o de piano. Esclare a o sentido que ganha, no contexto dessa associa o, a frase Nunca chega a formar a linha de uma certa melodia . b) Deus sabe por que acordei hoje com tend ncia a filosofia de bairro. Reescreva a frase acima, substituindo a express o sublinhada por outra de sentido equivalente. Q.03 O Brasil j est beira do abismo. Mas ainda vai ser preciso um grande esfor o de todo mundo pra colocarmos ele novamente l em cima. Mill r Fernandes. a) Em seu sentido usual, a express o sublinhada significa s v speras de uma cat strofe . Tal significado se confirma no texto? Justifique sua resposta. b) Sem alterar o seu sentido, reescreva o texto em um nico per odo, iniciando com Embora o Brasil (...) e substituindo a forma pra por para que . Fa a as demais transforma es que s o necess rias para adequar o texto norma escrita padr o. Q.04 Crian as perguntam... Einstein responde! O professor da 5 s rie de uma escola americana notou que seus alunos ficavam chocados ao aprender que os seres humanos s o classificados no reino animal. Ent o sugeriu que escrevessem para grandes cientistas e intelectuais e pedissem a opini o deles sobre isto. Albert Einstein respondeu: Queridas crian as. N s n o devemos perguntar O que um animal? , mas sim, Que coisa chamamos de animal? Bem, chamamos de animal quando essa coisa tem certas caracter sticas: alimenta-se, descende de pais semelhantes a ela, cresce sozinha e morre quando seu tempo se esgotou. por isso que chamamos a minhoca, a galinha, o cachorro e o macaco de animais. E n s, humanos? Pensem nisto da maneira que eu propus anteriormente e ent o decidam por voc s mesmas se uma coisa natural n s nos considerarmos animais . Ci ncia Hoje Crian as. a) Em sua resposta s crian as, Albert Einstein prop e a substitui o da pergunta O que um animal? por Que coisa chamamos de animal? . Explique por que essa substitui o j revela uma atitude cient fica. b) Fazendo as adapta es necess rias e conservando o seu sentido original, reconstrua o ltimo per odo do texto ( ... Pensem nisto da maneira que eu ... animais. ), come ando com (...) Decidam por voc s mesmas ... animais . Q.05 (...) Num tempo P gina infeliz da nossa hist ria Passagem desbotada na mem ria Das nossas novas gera es Dormia A nossa p tria m e t o distra da Sem perceber que era subtra da Em tenebrosas transa es (...). Vai passar , Chico Buarque e Francis Hime. a) correto afirmar que o verbo dormia tem uma conota o positiva, tendo em vista o contexto em que ele ocorre? Justifique sua resposta. b) Identifique, nos tr s ltimos versos, um recurso expressivo sonoro e indique o efeito de sentido que ele produz. (N o considere a rima distra da / subtra da .) Q.06 H certas express es significativas: Contra fato n o h argumento . Elas querem dizer que, diante da evid ncia do real, n o cabem as argumenta es em contr rio, o que em princ pio parece estar certo. Mas, na verdade, significam tamb m coisas como o que vale a for a ou id ia n o resolve . Assim, pregam o reconhecimento do fato consumado, a capitula o diante do que se imp s no terreno pr tico , negando o direito de discutir, de argumentar para mudar a realidade. E ent o se tornam sinistras. Antonio Candido, Recortes. Entre as express es significativas , a que se refere o autor do texto, podem-se incluir certos prov rbios, como, por exemplo, Cada macaco no seu galho. Indique o sentido que esse prov rbio assume, a) se for entendido como uma afirma o aceit vel, que em princ pio parece estar certa. b) se for entendido como uma afirma o autorit ria, que imp e um fato consumado. Q.07 POEMA TIRADO DE UMA NOT CIA DE JORNAL Jo o Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babil nia [num barrac o sem n mero. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dan ou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. Manuel Bandeira, Libertinagem. a) Relacione o t tulo do poema corrente est tica da qual o texto participa. b) O poema adota o procedimento de relatar os acontecimentos sem coment -los ou interpret -los diretamente. Que atitude esse procedimento pede ao leitor? Explique brevemente. Q.08 a) Referindo-se a suas inten es ao escrever o livro Macuna ma, M rio de Andrade afirmou: Um dos meus interesses foi desrespeitar lendariamente a geografia e a fauna e flora geogr ficas . No livro, esse interesse alcan ado? Justifique brevemente. b) Sobre a personagem Macuna ma, M rio de Andrade afirmou: f cil de provar que estabeleci bem dentro de todo o livro que Macuna ma uma contradi o de si mesmo . A afirma o sublinhada se justifica? Explique sucintamente. Q.09 Cap tulo LXVIII / O Vergalho Tais eram as reflex es que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na pra a. O outro n o se atrevia a fugir; gemia somente estas nicas palavras: N o, perd o, meu senhor; meu senhor, perd o! Mas o primeiro n o fazia caso, e, a cada s plica, respondia com uma vergalhada nova. Toma, diabo! dizia ele; toma mais perd o, b bado! Meu senhor! gemia o outro. Cala a boca, besta! replicava o vergalho. Parei, olhei... Justos c us! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque Prud ncio, o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediu-me a b n o; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele. , sim, nhonh . Fez-te alguma cousa? um vadio e um b bado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia l embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber. Est bom, perdoa-lhe, disse eu. Pois n o, nhonh . Nhonh manda, n o pede. Entra para casa, b bado! Machado de Assis, Mem rias p stumas de Br s Cubas. a) Este trecho remete a epis dio anterior, da mesma obra, no qual interagem Br s Cubas e Prud ncio, ent o crian as. Compare sucintamente os pap is que as personagens desempenham nesses epis dios. b) Neste trecho, a variedade ling stica utilizada pelas personagens contribui para caracteriz -las? Explique brevemente. Q.10 Havia cinco anos que D. Felicidade o amava. (...) Ac cio tornara-se a sua mania: admirava a sua figura e a sua gravidade, arregalava grandes olhos para a sua eloq ncia, achava-o numa linda posi o . O Conselheiro era a sua ambi o e o seu v cio! Havia sobretudo nele uma beleza, cuja contempla o demorada a estonteava como um vinho forte; era a calva. Sempre tivera o gosto perverso de certas mulheres pela calva dos homens, e aquele apetite insatisfeito inflamara-se com a idade. Quando se punha a olhar para a calva do Conselheiro, larga, redonda, polida, brilhante s luzes, uma transpira o ansiosa umedecia-lhe as costas, os olhos dardejavam-lhe, tinha uma vontade absurda, vida de lhe deitar as m os, palp -la, sentir-lhe as formas, amass -la, penetrar-se dela! Mas disfar ava, punha-se a falar alto com um sorriso parvo, abanava-se convulsivamente, e o suor gotejava-lhe nas roscas anafadas* do pesco o. Ia para casa rezar esta es, impunha-se penit ncias de muitas coroas Virgem; mas apenas as ora es findavam, come ava o temperamento a latejar. E a boa, a pobre D. Felicidade tinha agora pesadelos lascivos e as melancolias do histerismo velho. E a de Queir s, O primo Bas lio. * anafadas = gordas a) Qual a escola liter ria cujas caracter sticas mais se fazem sentir neste trecho? Justifique brevemente sua resposta. b) Considere a seguinte afirma o: Em E a de Queir s, a s tira e a caricatura tornam-se, com freq ncia, cru is e sombrias, por isso mesmo incompat veis com o riso e o humor . Essa afirma o aplica-se ao trecho acima reproduzido? Justifique sucintamente sua resposta. REDA O Texto 1 Texto 2 O trabalho n o uma ess ncia atemporal do homem. Ele uma inven o hist rica e, como tal, pode ser transformado e mesmo desaparecer. H algumas d cadas, pensava-se que o progresso t cnico e o aumento da capacidade de produ o permitiriam que o trabalho ficasse razoavelmente fora de moda e a humanidade tivesse mais tempo para si mesma. Na verdade, o que se passa hoje que uma parte da humanidade est se matando de tanto trabalhar, enquanto a outra parte est morrendo por falta de emprego. Adaptado de A.Sim es M.A. Marques Texto 3 O trabalho de arte um processo. Resulta de uma vida. Em 1501, Michelangelo retorna de viagem a Floren a e concentra seu trabalho art stico em um grande bloco de m rmore abandonado. Quatro anos mais tarde fica pronta a escultura David . Adaptado de site da Internet INSTRU O: Os tr s textos acima apresentam diferentes vis es de trabalho. O primeiro procura conceituar essa atividade e prever seu futuro. O segundo trata de suas condi es no mundo contempor neo e o ltimo, ilustrado pela famosa escultura de Michelangelo, refere-se ao trabalho de artista. Relacione esses tr s textos e com base nas id ias neles contidas, al m de outras que julgue relevantes, redija uma DISSERTA O EM PROSA, argumentando sobre o que leu acima e tamb m sobre os outros pontos que voc tenha considerado pertinentes.

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