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UERJ Vestibular de 2007 - Exame Discursivo - Língua portuguesa instrumental com redação

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EXAME DISCURSIVO 10/12/2006 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O Caderno de Quest es/Respostas Este caderno, com oito p ginas numeradas seq encialmente, cont m: - cinco quest es de L ngua Portuguesa Instrumental e os espa os destinados resposta de cada uma delas; - a proposta de Reda o e o espa o destinado ao texto que ser produzido. Ao receber autoriza o para abrir este caderno, verifique se a impress o, a pagina o e a numera o das quest es est o corretas. Se houver algum erro, notifique o fiscal. Todas as respostas e a Reda o dever o ser apresentadas nos espa os apropriados, com caneta azul ou preta. N o ser o consideradas as quest es resolvidas fora dos locais apropriados. Leia com aten o as instru es contidas na capa do Caderno de Quest es das provas espec ficas. BOA PROVA! L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O Em meio ao progresso tecnol gico e explora o das for as de produ o, n o podemos nos esquecer de quem somos e de onde vivemos. Motivados por essa id ia, optamos por discutir, nesta prova, o tema Produ o e Destrui o, porque, para al m dos limites geopol ticos e das diferentes culturas, somos movidos pelos mesmos desejos de condi es dignas de vida e trabalho; todos n s habitamos o mesmo planeta e respiramos o mesmo ar em um mundo que, visto dessa forma, afinal, n o tem fronteiras. COM BASE NO TEXTO I, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 01 A 03. No romance A caverna, narra-se a hist ria de um artes o que passa a ter sua produ o rejeitada pelo megacentro econ mico que monopoliza o com rcio da cidade. A anula o do trabalho manual pela tecnologia, bem como a explora o destrutiva do homem e da natureza pelo capitalismo, s o temas que permeiam a narrativa. Neste fragmento, voc vai acompanhar a cena em que o protagonista volta para casa, no campo, depois de viver na cidade, em busca de trabalho. TEXTO I 5 10 15 20 A caverna Enfim, a cidade ficou para tr s, os bairros da periferia j l v o, daqui a pouco aparecer o as barracas, em tr s semanas ter o chegado estrada, n o, ainda lhes faltam uns trinta metros, e logo est a Cintura Industrial, quase tudo parado, s umas poucas f bricas que parecem fazer da labora o cont nua a sua religi o, e agora a triste Cintura Verde, as estufas pardas, cinzentas, l vidas, por isso que os morangos devem ter perdido a cor, n o falta muito para que sejam brancos por fora como j o v o sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisa que n o saiba a nada. Viremos agora esquerda, l ao longe, onde se v em aquelas rvores, sim, aquelas que est o juntas como se fossem um ramalhete, h uma importante esta o arqueol gica ainda por explorar, sei-o de fonte limpa, n o todos os dias que se tem a sorte de receber directamente1 uma informa o destas da boca do pr prio fabricante. Cipriano Algor j perguntou a si mesmo como foi poss vel que se tivesse deixado encerrar durante tr s semanas sem ver o sol e as estrelas, a n o ser, torcendo o pesco o, de um trig simo quarto andar com janelas que n o se podiam abrir, quando tinha aqui este rio, certo que malcheiroso e minguado, esta ponte, certo que velha e mal amanhada2, e estas ru nas que foram casas de gente, e a aldeia onde tinha nascido, crescido e trabalhado, com a sua estrada ao meio e a pra a desbanda3 (...) A pra a ficou para tr s, de repente, sem avisar, apertou-se-lhe o cora o a Cipriano Algor, ele sabe da vida, ambos o sabem, que nenhuma do ura de hoje ser capaz de minorar o amargor de amanh , que a gua desta fonte n o poder matar-te a sede naquele deserto, N o tenho trabalho, n o tenho trabalho, murmurou, e essa era a resposta que deveria ter dado, sem mais adornos nem subterf gios, quando Marta lhe perguntou de que iria viver, N o tenho trabalho. Nesta mesma estrada, neste mesmo lugar, como no dia em que vinha do Centro com a not cia de que n o lhe comprariam mais lou a (...). O motor da furgoneta4 cantou a can o do regresso ao lar, o condutor j via as frondes5 mais altas da amoreira, e de repente, como um rel mpago negro, o Achado veio l de cima, a ladrar, a correr pela ladeira abaixo como se estivesse enlouquecido (...). Abriu a porta da furgoneta, de um salto o c o subia-lhe aos bra os, sempre era certo que seria ele o primeiro, e lambia-lhe a cara e n o o deixava ver o caminho (...). (SARAMAGO, J. A caverna. S o Paulo: Cia. das Letras, 2003.) Vocabul rio: 1 directamente grafia portuguesa para diretamente amanhada arranjada, adornada 3 desbanda ao lado 4 furgoneta ve culo de passageiros e pequena carga 5 frondes copas das rvores 2 2 Vestibular Estadual 2007 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O QUEST O 01 QUEST O 02 No texto, o modo de organiza o discursiva se altera para expressar diferentes inten es comunicativas do narrador: informar, descrever ou narrar; expressar emo es, julgamentos ou opini es pessoais; aconselhar, ordenar ou interrogar, etc. Transcreva duas passagens nas quais se fa a refer ncia degrada o do meio ambiente: uma que apresente a fun o referencial pr pria das descri es e outra que apresente a fun o expressiva por meio da qual se emitem opini es pessoais. (...) de que n o lhe comprariam mais a lou a ( l. 20) No fragmento acima, o pronome sublinhado refere-se ao personagem principal da narrativa. Al m disso, estabelece, em rela o ao substantivo lou a, uma determinada rela o de sentido. Indique essa rela o de sentido e retire do texto outro fragmento em que se utilize esse mesmo tipo de estrutura. QUEST O 03 Al m de possuir conhecimento total da narrativa, das a es, dos sentimentos e dos pensamentos dos personagens, o narrador do texto influencia os leitores, na medida em que os convida a participar dessa onisci ncia, tratando-os como reais interlocutores. Transcreva os dois trechos da narrativa em que se verifica essa interlocu o. Exame Discursivo 3 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O COM BASE NO TEXTO II, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 04 E 05. Em Quarto de Badulaques (XIV), o autor estabelece um paralelo entre a vida dos homens e a do planeta em que vivemos, fazendo uma apologia preserva o do meio ambiente frente ao poder de destrui o do capitalismo. TEXTO II 5 10 15 20 25 30 Quarto de badulaques (XIV) Terminando a minha cr nica do ltimo domingo eu me referi a Ravel que, ao final da vida, dizia, como um lamento: Mas h tantas m sicas esperando ser escritas! E acrescentei um coment rio meu: Com certeza o tempo n o se det m para esperar que a beleza aconte a... (...) A vida como a vela: para iluminar preciso queimar. A vela que ilumina uma vela alegre. A luz alegre. Mas a vela que ilumina uma vela que morre. preciso morrer para iluminar. H uma tristeza na luz da vela. Raz o por que ela, a vela, ao iluminar, chora. Chora l grimas quentes que escorrem da sua chama. H velas felizes cuja chama s se apaga quando toda a cera foi derretida. Mas h velas cuja chama subitamente apagada por um golpe de vento... (...) Mais que a minha pr pria morte e a morte das pessoas que amo, o que me d i a possibilidade da morte prematura da nossa terra. Porque certo que ela vai morrer. Tudo o que nasce, morre. O tr gico ser se ela morrer antes da hora, assassinada por n s mesmos, os seus filhos. (...) Entrei no livro O universo: seu in cio e seu fim (...) e comecei a viajar pelo tempo. O livro me levou para 15 bilh es de anos atr s. A temperatura era da ordem de um bilh o de graus. Foi ent o que aconteceu a grande explos o, o Big Bang, com a qual o universo se iniciou. E pensando sobre esse evento fant stico enquanto caminhava preciso cuidar do cora o meus pensamentos foram interrompidos pelas sibipirunas1 floridas, o amarelo contra o verde das folhas e o azul do c u... E me assombrei de que coisas t o lindas e mansas tivessem nascido de uma explos o h 15 bilh es de anos... Do caos nasceram ordem, vida e beleza, da mesma forma como uma bolha de sab o sai, perfeita, do canudinho que o menino sopra... A fiquei com medo que a bolha estourasse antes da hora. Porque isso, precisamente, que essa coisa a que damos o nome de progresso est fazendo. Todos os candidatos a presidente, todos, indistintamente, de direita e de esquerda, prometem progresso . Mas nenhum deles promete preservar a natureza. Qualquer menino sabe que a bolha de sab o fr gil. N o pode crescer sempre. Se crescer al m do limite ela estoura. E nossa terra precisamente uma bolha fr gil que navega pelos espa os vazios, bolha onde apareceram, miraculosamente, as condi es para que a vida viesse a existir. Mas, se essas condi es desaparecerem, a vida deixar de existir. Muitas cr ticas justas j se fizeram ao capitalismo, de um ponto de vista tico, em virtude de sua tend ncia de produzir pobreza e concentrar riqueza. Mas raramente se fala sobre o capitalismo como um sistema autodestrutivo que, para existir e gozar sa de, tem de estar num processo de crescimento constante: mais empregos, mais trabalho, mais devasta o da natureza, mais mon xido de carbono no ar, mais lixo seis bilh es de quilos por dia! , mais explora o dos recursos naturais, mais florestas cortadas, mais polui o dos mananciais... At quando a fr gil bolha suportar ?... Rubem Alves (www.rubemalves.com.br) Vocabul rio: 1 sibipirunas rvores com flores amarelas e vistosas 4 Vestibular Estadual 2007 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O QUEST O 04 QUEST O 05 Um texto, ao dialogar com outras manifesta es culturais, pode estabelecer com elas diferentes rela es: de par frase, quando lhe mant m o sentido original; de estiliza o, quando complementa esse sentido; ou de par dia, quando lhe inverte o sentido original. Transcreva um fragmento do primeiro par grafo da narrativa em que haja refer ncia a outra manifesta o cultural e indique o modo como o texto de Rubem Alves se relaciona com ela se na forma de par frase, estiliza o ou par dia. A vela que ilumina uma vela alegre. (l. 4) O conectivo que, al m de introduzir uma caracteriza o para o substantivo vela, estabelece rela es l gicas entre as duas ora es presentes no per odo acima. Reescreva esse per odo de duas maneiras diferentes sempre substituindo o conectivo que , de modo a explicitar dois tipos de rela es l gicas entre as ora es. A seguir, identifique o tipo de rela o estabelecida em cada um dos per odos reescritos. Exame Discursivo 5 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O Reda o PARA ELABORAR SUA REDA O, AL M DOS TEXTOS ANTERIORES, CONSIDERE O QUE SE SEGUE, COM UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O TEMA PRODU O E DESTRUI O. TEXTO III Em entrevista ao Terram rica, o escritor portugu s Jos Saramago afirmou: As trag dias ecol gicas s o important ssimas, mas as humanas talvez sejam mais. Uma rvore pode, mais ou menos, ressuscitar, uma floresta, um bosque, se cuidarmos deles. Mas os mortos n o ressuscitam, n o h maneira de devolv -los vida. Se verdade que devemos nos preocupar com a cat strofe ecol gica, n o menos certo que se deve pensar, sobretudo, na cat strofe que ser a morte de uma quantidade de seres humanos, que nem podemos imaginar. (...) O meio ambiente muito importante, mas vamos nos preocupar com algo mais. Tenho um jardim e cuido muito de minhas rvores. Entretanto, estou mais preocupado com as pessoas que vivem dentro de minha casa. (www.tierramerica.net) Todos os textos desta prova problematizam dois focos de explora o do sistema capitalista: o homem e a natureza. Lembre-se, por m, de que o objetivo da apresenta o desses textos oferecer a voc subs dios para o desenvolvimento de suas id ias. Sua reda o, portanto, dever demonstrar elabora o pr pria. Redija uma carta a Jos Saramago ou a Rubem Alves, desenvolvendo com clareza, argumentos que: - no caso de Jos Saramago, procurem convenc -lo de que a vida do planeta mais importante do que a vida humana; - no caso de Rubem Alves, busquem convenc -lo de que nada se compara vida humana, nem mesmo a preserva o do planeta. Para o cumprimento dessa tarefa, seu texto de, no m nimo, 20 e, no m ximo, 30 linhas deve: ter estrutura argumentativa completa; seguir o padr o de carta; ser redigido em l ngua culta padr o; ser assinado por voc como: um (uma) estudante. 6 Vestibular Estadual 2007 Reda o Exame Discursivo L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O 7 Rascunho 8 L NGUA PORTUGUESA INSTRUMENTAL COM REDA O Vestibular Estadual 2007 10/12/2006 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o PADR O DE RESPOSTAS (VALOR DE CADA QUEST O = 2 PONTOS) Quest o Resposta Um dentre os exemplos de fun o referencial: e logo est a Cintura Industrial, quase tudo parado, s umas poucas f bricas e agora a triste Cintura Verde, as estufas pardas, cinzentas, l vidas, 1 Um dentre os exemplos de fun o expressiva: que parecem fazer da labora o cont nua a sua religi o, por isso que os morangos devem ter perdido a cor, n o falta muito para que sejam brancos por fora como j o v o sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisa que n o saiba a nada. O pronome lhe indica que o personagem principal o possuidor da lou a ou indica posse. 2 3 Um dentre os fragmentos: de repente, sem avisar, apertou-se-lhe o cora o a Cipriano Algor, o c o subia-lhe aos bra os, e lambia-lhe a cara Viremos agora esquerda, l ao longe, onde se v em aquelas rvores, sim, aquelas que est o juntas como se fossem um ramalhete, que a gua desta fonte n o poder matar-te a sede naquele deserto, Mas h tantas m sicas esperando ser escritas! 4 Estiliza o. Dois dentre os exemplos de reescritura: A vela, porque ilumina, uma vela alegre. A vela, visto que ilumina, uma vela alegre. A vela, por iluminar, uma vela alegre. 5 causa A vela, enquanto ilumina, uma vela alegre. A vela, ao iluminar, uma vela alegre. A vela, iluminando, uma vela alegre. tempo A vela, se ilumina, uma vela alegre. A vela, caso ilumine, uma vela alegre. A vela, desde que ilumine, uma vela alegre. condi o A vela, medida que ilumina, u ma vela alegre. A vela, propor o que ilumina, uma vela alegre. propor o

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