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UERJ Vestibular de 2008 - 2º Exame de qualificação - Linguagens Códigos e suas Tecnologias

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Linguagens, c digos e suas tecnologias Vivemos em espa os... vivemos os espa os. Refletir sobre a necessidade de preserva o, seja do mundo que nos cerca, seja do interior de cada um de n s, o que desejamos ao propor, nesta prova, o tema O Homem e seus Espa os... porque, afinal, queiramos ou n o, apesar das fronteiras e clausuras, nada mais humano do que a voca o para os espa os abertos e para os cen rios que n o se completam... COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 01 A 05. O adeus No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra n s. Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares de edif cios; que importa que l dentro n o haja 5 ningu m, ou que um homem e uma mulher ali estejam, p lidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho? Entretanto a cidade, que durante uns dois ou tr s dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a 10 atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim tr s, quatro vezes sucessivas. Algu m vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; experimentava a ma aneta da 15 porta; batia com os n s dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia algu m l dentro. Fic vamos quietos, abra ados, at que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que flu a 20 num encantamento constante. Eu sentia dentro de mim, doce, essa esp cie de satura o boa, como um veneno que tonteia, como se meus cabelos j tivessem o cheiro de seus cabelos, se o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha. Nossos 25 corpos tinham chegado a um entendimento que era al m do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo repetido jogo l nguido, e uma vez que, sentado, de frente para a janela por onde se filtrava um eco p lido de luz, eu a contemplava t o pura e nua, ela 30 disse: Meu Deus, seus olhos est o esverdeando . Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro: inconscientemente 35 comp nhamos esse jogo de um ritmo impercept vel, como um lento bailado. Mas naquela manh ela se sentiu tonta, e senti tamb m minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter v veres; vesti-me 40 lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam? Quando cheguei rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, senti 45 vagamente que aquecia meus sapatos. Fiquei um instante parado, encostado parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e ve culos irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensa o dolorosa no est mago. 50 Havia um grande caminh o vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos. O homem fez um grande embrulho de jornal; voltei, carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salva o. E levei dois, tr s minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre acabara; algu m viera e batera porta, e ela abrira pensando que fosse eu, e ent o j havia tamb m o carteiro querendo o 60 recibo de uma carta registrada, e quando o telefone bateu foi preciso atender, e nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento (achei seus olhos muito claros, h 65 muito tempo n o os via assim, em plena luz), um olhar de apelo e de tristeza onde entretanto ainda havia uma in til, resignada esperan a. 55 RUBEM BRAGA www. releituras. com 2 linguagens, c digos e suas tecnologias quest o 01 O t tulo do texto de Rubem Braga o pren ncio de uma id ia de separa o que percorre a narrativa. Essa id ia percebida pelos personagens por meio do seguinte elemento: (A) falta de paix o (B) desgaste da rela o (C) invas o de espa o (D) proximidade em excesso quest o 02 Os tempos pret ritos utilizados no texto desempenham diferentes fun es na constru o do discurso narrativo. A fun o do tempo pret rito sublinhado nos fragmentos abaixo encontra-se corretamente definida em: (A) Algu m vinha e apertava a campainha; ( . 13) expressar indetermina o do agente (B) que horas seriam? ( . 41) mostrar simultaneidade de fatos (C) O homem fez um grande embrulho de jornal; ( . 51-52) indicar a o finalizada (D) algu m viera e batera porta, ( . 57-58) caracterizar aus ncia de d vida quest o 03 Figuras de linguagem por meio dos mais diferentes mecanismos ampliam o significado de palavras e express es, conferindo novos sentidos ao texto em que s o usadas. A alternativa que apresenta uma figura de linguagem constru da a partir da equival ncia entre um todo e uma de suas partes : (A) que um homem e uma mulher ali estejam, p lidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho? ( . 5-7) (B) Entretanto a cidade, que durante uns dois ou tr s dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar. ( . 8-10) (C) batia com os n s dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia algu m l dentro. ( . 15-17) (D) Mas naquela manh ela se sentiu tonta, e senti tamb m minha fraqueza; ( . 37-38) quest o 04 Na estrutura o dos per odos, existem elementos que, ao se referirem a palavras e express es j mencionadas, contribuem para a coes o textual da narrativa. Um desses elementos coesivos encontra-se adequadamente destacado no seguinte fragmento: (A) No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra n s. ( . 1-2) (B) Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era al m do amor, ( . 24-26) (C) e ela abrira pensando que fosse eu, ( . 58-59) (D) senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento ( . 63-64) Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 3 linguagens, c digos e suas tecnologias quest o 05 O espa o exterior ao apartamento tratado como um elemento de oposi o aos amantes. Essa id ia n o percebida na seguinte passagem do texto: (A) Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares de edif cios; ( . 2-4) (B) O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim tr s, quatro vezes sucessivas. ( . 10-12) (C) Fiquei um instante parado, encostado parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e ve culos irreais que se cruzavam; ( . 45-48) (D) E levei dois, tr s minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre acabara; ( . 55-57) COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 06 A 09. Cora o numeroso Foi no Rio. Eu passava na Avenida quase meia-noite. Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas inumer veis. Havia a promessa do mar 5 e bondes tilintavam, abafando o calor que soprava no vento e o vento vinha de Minas. Meus paral ticos sonhos desgosto de viver 10 (a vida para mim vontade de morrer) faziam de mim homem-realejo imperturbavelmente na Galeria Cruzeiro quente quente e como n o conhecia ningu m a n o ser o doce vento mineiro, nenhuma vontade de beber, eu disse: Acabemos com isso. 15 Mas tremia na cidade uma fascina o casas compridas autos abertos correndo caminho do mar voluptuosidade errante do calor mil presentes da vida aos homens indiferentes, que meu cora o bateu forte, meus olhos in teis choraram. 20 O mar batia em meu peito, j n o batia no cais. A rua acabou, quede as rvores? a cidade sou eu a cidade sou eu sou eu a cidade meu amor. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do s culo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 4 linguagens, c digos e suas tecnologias quest o 06 O t tulo Cora o numeroso expressa o v nculo final do eu l rico tanto com o Rio de Janeiro quanto com Minas Gerais. Em rela o a esses lugares, o t tulo revela a seguinte atitude do eu l rico: (A) temer os dois (B) valorizar a ambos (C) preferir um ao outro (D) abandonar um pelo outro quest o 07 O poema de Drummond pode ser dividido em duas partes em que se manifestam sentimentos de exclus o e de identifica o em rela o ao Rio de Janeiro. O verso que demarca a mudan a de sentimento do eu l rico : (A) Mas tremia na cidade uma fascina o casas compridas (v. 15) (B) O mar batia em meu peito, j n o batia no cais. (v. 20) (C) A rua acabou, quede as rvores? a cidade sou eu (v. 21) (D) meu amor. (v. 24) quest o 08 Minas Gerais um espa o privilegiado de lembran a no poema. A rela o de pertencimento que o eu l rico estabelece com tal espa o est sintetizada em: (A) e bondes tilintavam, (v. 5) (B) faziam de mim homem-realejo imperturbavelmente (v. 11) (C) voluptuosidade errante do calor (v. 17) (D) mil presentes da vida aos homens indiferentes, (v. 18) quest o 09 O discurso po tico se caracteriza pelo uso de recursos que abrem ao leitor a possibilidade de m ltiplas interpreta es. A dupla possibilidade de leitura de uma mesma palavra o recurso que provoca essa multiplicidade em: (A) Eu passava na Avenida quase meia-noite. (v. 2) (B) Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas inumer veis. (v. 3) (C) Meus paral ticos sonhos desgosto de viver (v. 9) (D) na Galeria Cruzeiro quente quente (v. 12) Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 5 linguagens, c digos e suas tecnologias COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 10 A 13. As esperan as Uma esperan a entrou em meu quarto. Trouxeramme o pequeno corpo vegetal, quase imobilizado pelo medo, como se fosse um sinal de pr xima vit ria minha. Pedi que devolvessem a esperan a ao seu 5 meio, que a salvassem imediatamente. Depois, fechei os olhos e revi o mundo de esperan as que me veio acompanhando da inf ncia at aqui: os relvados de outrora, e o reino de grilos, das esperan as , dos louva-a-deus. Sobre o meu peito se estendeu uma 10 esp cie de campo verde, longo, cont nuo. Tive a sensa o de que fora sempre uma rvore e que me percorriam pequenos corpos vegetais. (...) Come o a brincar com a palavra esperan a. J n o mais a hora de esperan a , digo-me eu. Esperan a em 15 qu ? Ou o ent o uma voz que me diz: Encontrar s, do outro lado da Terra, uma grande e amena extens o relvada, onde poder s dormir com a tranq ilidade que nunca encontraste aqui. As esperan as velar o pelo teu sono e pelo ritmo de todas as coisas. Quando 20 se acaba o mundo de desesperan as, se inicia o tempo das esperan as. N o demores em dormir o teu sono final. N o insistas em ficar pensando insone. Do outro lado h um sono, como um p lio1 aberto. Dorme-se quando se espera, quando h esperan a; 25 ou quando a vida se tornou id ntica pr pria morte, e as esperan as b iam nas guas estagnadas e s o corpos defuntos conduzidos ao l u, ao capricho dos ventos espessos . 30 Mas a esperan a que entrou no meu quarto falou-me tamb m com insist ncia, em presen a terrestre, em vit ria neste mundo, em recupera o floral, em sol, em leite, em campo, em olhos, em mel, em estradas, em encontros julgados j imposs veis e que inesperadamente se realizam, quando tudo 35 convidava a desesperar. Meu Deus a esperan a me chamou a aten o para o mundo terrestre, mas n o para o reino em que vivi at agora e onde acabei apenas existindo, vergado pelo t dio, pelo j visto , pelo desgosto de 40 mim mesmo e dos outros. A esperan a trouxe-me a imagem de dias verdes e leves, das coisas tocadas pela poesia. O olhar de sono depois das vindimas2; as m os lacres3 e febris; o riso das mal cias inocentes. Oh! Este mundo o mundo em que habito, mas n o 45 mais o meu mundo. Uma p lpebra longa e dolorosa come a a cerrar-se por sobre todas as coisas belas, primaveris. Atrav s das janelas fechadas entra um fio de sol de fim de tarde. Quem bate no peito e reza no coro de vozes 50 longas? o vento, a noite, a montanha habitada pelos esp ritos. A pequena esperan a o contr rio de tudo isso. o esp rito inocente. a pequena vida. o sorriso. tudo ou nada. 55 De quando em quando, antigamente, ach vamos uma esperan a parecida com o peda o de uma folha de rvore. Leve, disfar ada, quieta, dissimulada. Esse bicho um louva-a-deus. E de parreira... Agora veio a sombra. Mas a esperan a est cantando. Deus meu, que voz triste essa que me convida a viver! AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT MEY, Let cia et al. (org.).Saudade de mim mesmo: uma antologia da prosa de Augusto Frederico Schmidt. S o Paulo: Globo, 2006. Vocabul rio: 1 p lio manto 2 vindimas colheitas das uvas 3 lacres entusiasmadas, alegres 6 linguagens, c digos e suas tecnologias quest o 10 Para o enunciador, a falta de esperan a relaciona-se descren a no mundo: J n o mais a hora de esperan a , digo-me eu. ( . 13-14) O fim dessa descren a est associado, no texto, id ia de: (A) fuga (B) rebeldia (C) otimismo (D) contempla o quest o 11 No segundo par grafo do texto, a narrativa traz o ponto de vista de uma outra voz, diferente da do narrador. O objetivo da utiliza o desse recurso : (A) inspirar medo ao leitor (B) estabelecer desequil brio na narrativa (C) oferecer uma alternativa ao narrador (D) contrariar um argumento de autoridade quest o 12 Ao longo da narrativa, cria-se um jogo entre os diferentes significados da palavra esperan a. Com esse jogo, produz-se um efeito de duplo sentido no seguinte fragmento: (A) Uma esperan a entrou em meu quarto. ( . 1) (B) Come o a brincar com a palavra esperan a. ( . 13) (C) Esperan a em qu ? ( . 14-15) (D) De quando em quando, antigamente, ach vamos uma esperan a parecida com o peda o de uma folha de rvore. ( . 54-56) quest o 13 N o insistas em ficar pensando insone. Do outro lado h um sono, como um p lio aberto. ( . 22-23) No fragmento acima, as duas senten as, embora separadas apenas por ponto, mant m entre si um v nculo l gico. Esse v nculo pode ser caracterizado como: (A) final (B) causal (C) concessivo (D) comparativo Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 7 linguagens, c digos e suas tecnologias COM BASE NA IMAGEM E NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 14 E 15. Num remoto con m do Universo, existe um grupo de planetas que vive como uma verdadeira fam lia. Nossa hist ria gira toda em torno do Sr. Terra. (...) Dono de personalidade pol mica, questionadora, e politicamente incorreto, o nico com uma intensa vida interior. Lua, sua eterna companheira, acompanha-o por todo canto, partilhando d vidas e incertezas. SAUL GARBER quest o 14 Adaptado de FAOZA et al. (org.). Central de tiras. S o Paulo: Via Lettera, 2003. Os elementos n o-verbais, nas hist rias em quadrinhos, est o carregados de valor sem ntico. A presen a de linhas que unem os bal es, no segundo e terceiro quadrinhos, apontando para o infinito, indicativa da: (A) rota o da Terra (B) curiosidade da Lua (C) omiss o de Saturno (D) velocidade de V nus quest o 15 No quadrinho final, a fala do Sr. Terra se justifica pela analogia entre o personagem e o nosso planeta. A caracteriza o desse personagem se relaciona com: (A) as d vidas dos personagens frente ao futuro (B) a interfer ncia dos planetas sobre a vida humana (C) a degrada o do meio ambiente inerente ao progresso (D) as especificidades do Sistema Solar expressas nos quadrinhos 8 linguagens, c digos e suas tecnologias / espanhol COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 16 A 19. Calentamiento global: mitos y realidades A os atr s, la revista Times public un reportaje de portada titulado Salvemos al Planeta Tierra . Me pareci un t tulo presuntuoso y que induc a a un error. Lo que est en riesgo no es el planeta Tierra, 5 que en sus cuatro mil 600 millones de a os de vida ha resistido todo tipo de cat strofes y amenazas: meteoritos, glaciaciones, terremotos, calentamientos, diluvios, etc tera. Lo que realmente est en peligro es la supervivencia del ser humano, que todav a no 10 cumple dos millones de a os de existencia, y desde ese punto de vista, es un reci n llegado. De hecho, casi el 99% de las especies que alguna vez han existido ya no est n. La pregunta es si el hombre se va a incorporar a esa inmensa mayor a que no supo o 15 no pudo sobrevivir. Es cierto que a primera vista la evidencia sobre los efectos del calentamiento global parece confusa. Existen visiones optimistas que llaman a no preocuparse y otras que anuncian tiempos de 20 cat strofes sin perjuicio de los intereses creados que subsisten detr s de ellas. Sin embargo, un estudio m s sereno y objetivo permite separar la paja del trigo. El informe del Panel Intergubernamental de Cambio Clim tico (IPCC), preparado por 180 cient ficos y 25 revisado por m s de 2.000, presentado en enero de este a o en Par s, permite arrojar mayores luces y mejor evidencia: desde la Revoluci n Industrial y aceler ndose en los ltimos 30 a os, la temperatura promedio del aire y del mar se ha incrementado y se 30 han agravado las olas de calor. De hecho, 11 de los ltimos 12 a os se ubicaron entre los m s c lidos desde 1850. Han disminuido las capas de nieve e hielo y ha aumentado el nivel del mar. Ha cambiado el r gimen de lluvias, generando mayores inundaciones, sequ as 35 y huracanes. Y, lo m s grave, es que las m s serias proyecciones futuras indican que estos peligrosos fen menos tendr n a agravarse durante este siglo, generando severas y da inas consecuencias para la vida humana. Hecha esta constataci n, dram ticamente confirmada por la segunda parte del informe del IPCC y que demuestra que el 50% de Am rica Latina se ver gravemente afectada por el calentamiento global, cabe hacerse algunas preguntas. Es esto un fen meno 45 natural o es producto de la acci n del hombre? Si el hombre es responsable, cu les son las acciones humanas que provocan o agravan el problema? Qui nes son los principales responsables? Cu les ser n las consecuencias? Qu podemos hacer para 50 evitar o mitigar esta amenaza? 40 El informe del Panel Intergubernamental de Cambio Clim tico antes citado sube de 66 a 90% la probabilidad de que el principal causante sea el hombre, e identific a los gases invernadero (quema 55 de combustibles f siles) y al cambio de uso del suelo (deforestaci n) como los principales villanos. Es indudable que la conducta humana en los ltimos 30 a os ha sido irresponsable y temeraria, y que lleg el tiempo de corregir los errores, enmendar 60 rumbo y recuperar el tiempo perdido. Despu s de todo, la Tierra y la naturaleza son un don de Dios y debi ramos considerarlo no una herencia de nuestros padres, sino un pr stamo de nuestros hijos. Ellos no tienen por qu conocer las cordilleras nevadas, los 65 glaciares, los bosques nativos, los r os cristalinos o los osos polares solamente en los libros de historia. Y esto es una enorme responsabilidad de aqu y ahora. SEBASTI N PI ERA http://editorial.elmercurio.com Nota: IPCC: Intergovernmental Panel on Climate Change Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 9 linguagens, c digos e suas tecnologias / espanhol quest o 16 Calentamiento global: mitos y realidades En este t tulo se percibe una oposici n de sentidos. Esta misma oposici n tambi n se puede constatar en el siguiente fragmento: (A) De hecho, casi el 99% de las especies que alguna vez han existido ya no est n. ( . 11-13) (B) Es cierto que a primera vista la evidencia sobre los efectos del calentamiento global parece confusa. ( . 16-17) (C) Existen visiones optimistas que llaman a no preocuparse y otras que anuncian tiempos de cat strofes ( . 18-20) (D) un estudio m s sereno y objetivo permite separar la paja del trigo. ( . 21-22) quest o 17 El autor hace una cr tica al t tulo de un reportaje de la revista Times. Para fundamentar su cr tica, el autor utiliza el siguiente argumento: (A) permanencia del hombre como relevante para la supervivencia del mundo (B) existencia de los humanos como complemento de la vida del globo terrestre (C) presencia de los seres humanos como despreciable para la perpetuaci n del planeta (D) extinci n de la especie humana como impensable para la preservaci n de la Tierra quest o 18 El autor explicita que el IPCC fue preparado y revisado por inn meros cient ficos. Esta informaci n tiene por finalidad atribuir al documento, principalmente, la siguiente caracter stica: (A) claridad (B) austeridad (C) solemnidad (D) credibilidad quest o 19 Tras leer el ltimo p rrafo, percibimos que herencia y pr stamo se presentan como t rminos antag nicos en el tema del planeta. A partir de lo le do, si se compara el planeta a una vivenda, se puede afirmar que sta se caracteriza como: (A) quitada (B) alquilada (C) financiada (D) hipotecada 10 linguagens, c digos e suas tecnologias / espanhol COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 20 E 21. D nde jugar n los ni os? Cuenta el abuelo que de ni o l jug Entre rboles y risas y alcatraces de color Recuerda un r o transparente sin olor, 5 Donde abundaban peces, no sufr an Ni un dolor Cuenta el abuelo de un cielo Muy azul, En donde vol papalotes que l 10 Mismo construy El tiempo pas y nuestro viejo ya muri Y hoy me pregunt despu s de tanta Destrucci n D nde diablos jugar n los pobres ni os? 15 En d nde jugar n? Se est pudriendo el mundo Ya no hay lugar quest o La tierra est a punto de Partirse en dos El cielo ya se ha roto, ya se ha roto El llanto gris La mar vomita r os de aceite Sin cesar Y hoy me pregunt despu s de Tanta destrucci n D nde diablos jugar n los pobres nenes? En d nde jugar n? Se est partiendo el mundo Ya no hay lugar 20 25 MAN www.letrasmania.com 20 El texto llama la atenci n para problemas existentes en el planeta. De los problemas apuntados, el autor recalca m s fuertemente uno de ellos que es la: (A) desertificaci n (B) poluci n atmosf rica (C) destrucci n de especies (D) contaminaci n de las aguas quest o 21 La degradaci n del planeta se la ve como un proceso gradual. Esto queda claro en el siguiente fragmento: (A) Cuenta el abuelo de un cielo / Muy azul, (v. 7-8) (B) Se est pudriendo el mundo (v. 16) (C) Ya no hay lugar (v. 17) (D) La mar vomita r os de aceite / Sin cesar (v. 22-23) Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 11 linguagens, c digos e suas tecnologias / franc s COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 16 A 19. R fugi s environnementaux: bient t une nouvelle cat gorie d exil s? Selon une tude publi e par les Nations Unies, une d gradation de l environnement pourrait obliger jusqu 50 millions de personnes de plusieurs r gions du monde devenir des r fugi s d ici 2010. Leur reconnaissance 5 juridique deviendra n cessaire. Le Programme des Nations Unies pour l environnement (PNUE) d finit les r fugi s environnementaux comme des personnes forc es de quitter leurs habitations traditionnelles d une fa on temporaire ou permanente, 10 cause (naturelle ou humaine) d une d gradation nette de leur environnement qui bouleverse gravement leur cadre de vie et/ou qui d s quilibre s rieusement leur qualit de vie. 15 Ainsi, 50 millions de personnes pourraient devenir des r fugi s environnementaux au cours des prochaines ann es. C est le constat tabli par une tude de l Institut pour la s curit environnementale et humaine (ISEH) de l Universit des Nations Unies (UNU, Bonn). 20 La mont e du niveau des mers, le ph nom ne de d sertification, les canicules ou les inondations obligeront prochainement des populations enti res quitter leurs lieux de r sidence pour aller s tablir dans des r gions o le climat est plus accueillant. 25 Il y a des craintes bien fond es selon lesquelles les populations fuyant des conditions environnementales invivables pourraient cro tre de fa on exponentielle au cours des prochaines ann es, alors que la plan te subit des 30 effets du changement climatique et d autres ph nom nes comme la d sertification, a comment dans un communiqu Janos Bogardi, le directeur de l Institut Universitaire des Nations Unies pour l Environnement et la S curit Humaine. Selon l ONU, la communaut internationale devra donc faire face des mouvements de population importants au cours des prochaines ann es. Il est n cessaire que cette nouvelle cat gorie de r fugi s environnementaux puissent trouver une place dans le cadre d accords internationaux existant, a estim le 40 directeur de ISEH. En effet, l heure actuelle, les r fugi s environnementaux ne sont pas encore reconnus dans les conventions internationales comme c est le cas pour les r fugi s politiques et de ce fait ils n ont donc pas acc s aux m mes ressources 45 financi res ou aux services de sant auxquels ont droit les r fugi s politiques. 35 Le probl me pos par les r fugi s environnementaux est li leur statut juridique. Selon le 1er article de la Convention de Gen ve, un r fugi est une personne qui 50 craint, avec raison, d tre pers cut e du fait de sa race, de sa religion, de sa nationalit , de son appartenance un certain groupe social ou de ses opinions politiques et qui ne peut ou ne veut pas retourner dans son pays en raison de cette crainte. L avenir des r fugi s environnementaux 55 passe donc par la reconnaissance juridique de leur existence pour permettre aux diff rentes organisations d accomplir leur mission. C. SEGHIER www.actu-environnement.com 12 12 linguagens, c digos e suas tecnologias / franc s quest o 16 Ainsi, 50 millions de personnes pourraient devenir des r fugi s environnementaux au cours des prochaines ann es. ( . 14-16) L auteur n est pas cat gorique dans son affirmation. Pour att nuer son affirmation, il se sert de la strat gie suivante: (A) l usage des adverbes (B) l utilisation du pluriel (C) le choix de la conjonction (D) l emploi du conditionnel quest o 17 L auteur pr sente quelques ph nom nes de la nature qui peuvent obliger les gens quitter leurs habitations. L un des ph nom nes mentionn s dans le texte c est: (A) la violence des vents (B) le d bordement des eaux (C) l vaporation des mers (D) le d cha nement des temp tes quest o 18 Selon le texte, outre le besoin de d m nagement, les r fugi s environnementaux doivent affronter un autre probl me. L alternative qui montre ce probl me-l c est: (A) le d ficit de budget des organisations (B) la p nurie des moyens pour les aider (C) l insuffisance des places pour les abriter (D) le manque de reconnaissance de leur statut quest o 19 Il y a des craintes bien fond es selon lesquelles les populations fuyant des conditions environnementales invivables pourraient cro tre de fa on exponentielle ( . 25-27) L expression soulign e quivaut s mantiquement : (A) on pr voit (B) il est envisageable (C) il est s r et certain (D) on s alarme avec raison Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 13 linguagens, c digos e suas tecnologias / franc s COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 20 E 21. Aux arbres citoyens Le ciment dans les plaines Coule jusqu aux montagnes Poison dans les fontaines, Dans nos campagnes 5 S acheter de l air en barre Remplir la balance Quelques p trodollars Contre l existence 10 C est vrai la terre est ronde Mais qui viendra nous dire Qu elle l est pour tout le monde? Et les autres venir? Puisqu il faut changer les choses Aux arbres citoyens! 15 Il est grand temps qu on propose Un monde pour demain! YANNICK NOAH quest o 20 Aux arbres citoyens Le titre de la chanson a l objectif suivant: (A) faire un appel (B) pr senter un refus (C) accuser un probl me (D) satisfaire une n cessit quest o 21 Le vers qui pr voit une cons quence de la d gradation de l environnement c est: (A) Poison dans les fontaines ( . 3) (B) Dans nos campagnes ( . 4) (C) Contre l existence ( . 8) (D) C est vrai la terre est ronde ( . 9) 14 www.paroles.net linguagens, c digos e suas tecnologias / ingl s COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 16 A 19. U.N. draft cites humans in effects of climate shift The latest United Nations assessment of the role of humans in global warming has found with high confidence that greenhouse gas emissions are at least partly responsible for a host of changes already 5 under way, including longer growing seasons and shrinking glaciers. A summary of the working draft of the report was provided to The New York Times yesterday by several people involved in reviewing it. It is a detailed 10 follow-up to a February report by the United Nations group, the Intergovernmental Panel on Climate Change, which was the fourth assessment since 1990 of the basic science that points to a human hand on the planet s thermostat. The new report describes the 15 specific effects of climate changes on people and ecology, identifies those species and regions at greatest risk and describes options for limiting risks. Some of the changes could be beneficial, but most will prove harmful in the long run, the report says. It finds that global warming caused by humans has most certainly contributed to recent shifts in ecosystems, weather patterns, oceans and icy regions, and that it will have large and lasting effects on human affairs and on the planet s web of life in 25 this century. It predicts a variety of health effects as well, with increased deaths, disease and injury due to heat waves, floods, storms, fires and droughts , but also some benefits to health such as fewer deaths from cold . 20 30 Also in the plus column, higher concentrations of carbon dioxide, the main heat-trapping gas, are contributing to a greener world, according to the draft. Based on satellite observations since the early 1980s, there is high confidence that there has been 35 a trend in many regions towards earlier greening of vegetation in the spring and increased net primary production linked to longer growing seasons and increasing atmospheric CO2 concentrations. But warming in cool regions can bring mixed results, the draft says. 40 For example, while temperate and higher latitudes could be friendlier to farming, they are also proving friendlier to weeds, as well as insect pests and wildfires that are likely to imperil forests. In the long run, most regions are likely to be more 45 harmed than helped by the changes, the draft says. For example, projections for coming decades foresee intensifying drought and downpours, as well as a relentless intrusion of rising seas at an uncertain rate along crowded coasts and around low-lying 50 islands. Water supplies fed by alpine snows or ice sheets are already experiencing changes and could be greatly disrupted, it said. Scientists and government officials sparred over the wording of the draft with disagreements on the level 55 of certainty in projections of health and ecological consequences of warming. But over all, the report is expected to provide significant new detail on a world increasingly influenced by human actions, most notably the buildup of carbon dioxide and other 60 greenhouse gases emitted mainly by burning fossil fuels and forests. ANDREW C. REVKIN http://college3.nytimes.com Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 15 linguagens, c digos e suas tecnologias / ingl s quest o 16 In April, The New York Times obtained a summarized version of the U.N. assessment on global warming. The information contained in this summary originated from: (A) a final report (B) a panel discussion (C) a 1990 assessment (D) an unreviewed document quest o 17 The text deals with cause and effect relations in climate shift. Man s intervention and ecological consequences are considered, respectively, as: (A) variable and accurate (B) conclusive and unpredictable (C) incomplete and irreversible (D) controversial and immediate quest o 18 The text points to positive and negative outcomes of climate changes. The effects regarded as beneficial are directly related to: (A) sea-level shifts and glacier retreat (B) pesticide alternatives and saltwater culture (C) immunological resistance and harvest cycles (D) greenhouse gas emission and ice defrosting quest o 19 In argumentative writing, the presence of transitions is crucial to make the text both cohesive and coherent. An instance of transition by means of contrast is found in: (A) greenhouse gas emissions are at least partly responsible for a host of changes already under way, ( . 3-5) (B) a variety of health effects as well, with increased deaths, disease and injury due to heat waves, floods, storms, fires and droughts , ( . 25-27) (C) higher concentrations of carbon dioxide, the main heat-trapping gas, are contributing to a greener world, according to the draft. ( . 30-33) (D) while temperate and higher latitudes could be friendlier to farming, they are also proving friendlier to weeds, ( . 40-42) 16 linguagens, c digos e suas tecnologias / ingl s COM BASE NO TEXTO ABAIXO, RESPONDA S QUEST ES DE N MEROS 20 E 21. I need to wake up stanza 1 Have I been sleeping? I ve been so afraid of crumbling. Have I been careless? Dismissing all the distant rumblings? Take me where I am supposed to be to comprehend the things that I can t see. stanza 2 And as a child I danced like it was in 1999. My dreams were wild. The promise of this new world would be mine. Now I am throwing off the carelessness of youth to listen to an inconvenient truth. stanza 3 And I need to move; I need to wake up; I need to change; I need to shake up; I need to speak out. Something s got to break up. I ve been asleep and I need to wake up now. MELISSA ETHERIDGE quest o 20 www. lyricstime.com American songwriter and singer Melissa Etheridge wrote I need to wake up for Al Gore s documentary on global warming entitled An inconvenient truth. In the first stanza, the feeling expressed by the writer is best described as that of: (A) self-criticism (B) self-protection (C) self-indulgence (D) self-compassion quest o 21 A new outlook on life is manifested in the song. In stanzas 2 and 3, the words proclaim intentions of: (A) recovery and pressure (B) approval and confidence (C) acceptance and perseverance (D) awareness and commitment Vestibular Estadual 2008 [2 Exame de Qualifica o] 17 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SUB-REITORIA DE GRADUA O - SR-1 DEPARTAMENTO DE SELE O ACAD MICA - DSEA COORDENA O ACAD MICA GABARITO . 2 EXAME DE QUALIFICA O . 16/09/2007 01 C 02 C 03 B 04 B 05 A 06 B 07 A 08 B 09 C 10 A 11 C 12 A 13 B 14 D 15 C Espanhol 16 D 17 C 18 D 19 B 20 D 21 B Franc s 16 D 17 B 18 D 19 D 20 A 21 A Ingl s 16 D 17 B 18 C 19 D 20 A 21 D 22 C 23 A 24 B 25 B 26 A 27 C 28 C 29 C 30 A 31 B 32 B 33 B 34 C 35 A 36 B 37 D 38 D 39 C 40 C 41 D 42 C 43 B 44 D 45 A 46 C 47 B 48 B 49 B 50 D 51 B 52 D 53 A 54 A 55 D 56 A 57 D 58 B 59 C 60 A

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