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UERJ Vestibular de 2008 - Exame Discursivo - Geografia

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02/12/2007 2 Fase Exame Discursivo GEOGRAFIA CADERNO DE PROVA Este caderno, com doze p ginas numeradas seq encialmente, cont m dez quest es de Geografia. N o abra o caderno antes de receber autoriza o. INSTRU ES 1. Verifique se voc recebeu mais dois cadernos de prova. 2. Verifique se seu nome, seu n mero de inscri o e seu n mero do documento de identidade est o corretos nas sobrecapas dos tr s cadernos. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 3. Destaque, das sobrecapas, os comprovantes que t m seu nome e leve-os com voc . 4. Ao receber autoriza o para abrir os cadernos, verifique se a impress o, a pagina o e a numera o das quest es est o corretas. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 5. Todas as respostas dever o ser apresentadas nos espa os apropriados, com caneta azul ou preta. N o ser o consideradas as quest es respondidas fora desses locais. INFORMA ES GERAIS O tempo dispon vel para fazer as provas de cinco horas. Nada mais poder ser registrado ap s o t rmino desse prazo. Ao terminar, entregue os tr s cadernos ao fiscal. Ser eliminado do Vestibular Estadual 2008 o candidato que, durante as provas, utilizar m quinas ou rel gios de calcular, aparelhos de reprodu o de som ou imagem com ou sem fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer esp cie. Ser tamb m eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova. BOA PROVA! quest o 01 MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil. S o Paulo: Harbra, 2005. Como pode ser observado na figura, a Terra possui uma inclina o de 23 27 em rela o ao plano de sua rbita em torno do Sol, o que gera v rios fen menos f sicos. Aponte duas altera es, uma no clima e outra na dura o dos dias e das noites, que a aus ncia dessa inclina o provocaria. 2 geografia quest o 02 Observe na ilustra o abaixo um modelo de organiza o espacial que se disseminou entre muitas metr poles americanas a partir da d cada de 1920: Adaptado de SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. Identifique duas caracter sticas da organiza o espacial do Distrito Central de Neg cios e apresente duas justificativas para a localiza o da rea residencial da popula o de renda m dia e alta. Vestibular Estadual 2008 [Exame Discursivo] 3 quest o 03 ( ) hoje j leg timo se colocar a d vida quanto validade da distin o entre campo e cidade. N o dif cil prever uma situa o em que a maioria da popula o rural , no sentido ecol gico, se dedique a fun es urbanas e que a pr tica da agricultura em nada se distinga das demais atividades urbanas. PAUL SINGER Adaptado de Economia pol tica da urbaniza o. S o Paulo: Brasiliense, 1995. Campo e cidade, apesar de ocuparem diferentes por es do espa o geogr fico, s o complementares, sendo cada vez mais dif cil apontar os limites f sicos e funcionais entre um e outro. Considerando as atividades econ micas, apresente dois exemplos de interc mbio que demonstram a atual rela o de interdepend ncia entre o espa o urbano e o rural. 4 quest o 04 A caixa que encolheu a Terra Convencionou-se dizer que o avi o, as telecomunica es e a Internet viabilizaram a globaliza o ao derrubar fronteiras e encurtar dist ncias. Do ponto de vista do com rcio mundial, no entanto, nenhuma inven o teve mais impacto que o cont iner aquela grande caixa met lica com tamanho padronizado internacionalmente que pode transportar, por trens, navios e caminh es, produtos t o distintos como gr os de caf e iPods. Os cont ineres s o uma esp cie de her i esquecido da globaliza o (...). Veja, 04/04/2007 Aponte uma conseq ncia do uso de cont ineres para o transporte mar timo mundial e explique por que a sua utiliza o levou v rias reas portu rias decad ncia. Vestibular Estadual 2008 [Exame Discursivo] 5 quest o 05 Cidades disputam Copa de extremos O mundial de futebol de 2014 deve ser o mais dif cil em termos clim ticos e de log stica da hist ria do campeonato. Observe o esquema abaixo, com um poss vel itiner rio de uma sele o de futebol participante da Copa do Mundo no Brasil. Adaptado de Folha de S o Paulo, 18/08/2007 Tendo em vista as caracter sticas naturais do territ rio brasileiro, explique as diferen as de temperatura verificadas entre Manaus e Porto Alegre e as diferen as de pluviosidade entre Bras lia e Rio de Janeiro. 6 geografia quest o 06 Atlas Geogr fico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. No mapa acima est o assinaladas as tr s macrorregi es geoecon micas presentes no territ rio brasileiro. Escolha duas delas e apresente uma caracter stica f sica e uma caracter stica socioecon mica que sejam marcantes para a sua individualiza o como macrorregi es. Vestibular Estadual 2008 [Exame Discursivo] 7 quest o 07 O Brasil vai se tornar a Ar bia Saudita verde? O Brasil novamente o pa s do futuro. Depois de rodar pelo pa s e se encantar com o processo de produ o do lcool a partir da cana-de-a car, Thomas Friedman, colunista do New York Times e um dos maiores especialistas em Oriente M dio, voltou para os Estados Unidos convencido de que o Brasil pode se tornar a Ar bia Saudita do lcool. A compara o com o maior exportador mundial de petr leo n o delirante. O Brasil o pa s mais avan ado em produ o de combust veis de origem vegetal, tamb m chamados biocombust veis. poca, 12/02/2007 Ap s vislumbrar a auto-sufici ncia na produ o de petr leo, o Brasil desponta como poss vel destaque na utiliza o da biomassa como fonte de energia. Cite duas caracter sticas do espa o f sico brasileiro que favorecem a produ o de biomassa no pa s. Cite tamb m dois riscos, um socioecon mico e outro ambiental, caso se confirme o progn stico apresentado no texto. 8 geografia quest o 08 A an lise de uma pir mide et ria permite identificar numerosas caracter sticas socioecon micas de uma popula o, o que pode contribuir para o direcionamento adequado das a es governamentais. Observe as pir mides et rias do Brasil: VESENTINI, Jos William. Brasil: sociedade e espa o. S o Paulo: tica, 2006. Identifique duas mudan as do perfil demogr fico do pa s, no per odo considerado, indicando tamb m uma pol tica p blica adequada a cada uma dessas mudan as. Vestibular Estadual 2008 [Exame Discursivo] 9 quest o 09 Observe a tabela. Produto Interno Bruto Estado do Rio de Janeiro 2000 www.cide.rj.gov.br A economia brasileira, ao longo da d cada de 1990, passou por profundas transforma es com sucessivas privatiza es e maior abertura comercial e financeira para o capital internacional. O Estado do Rio de Janeiro, nesse per odo, reestruturou sua economia com o surgimento de novas reas especializadas, sobretudo nas regi es de governo Norte Fluminense e M dio Para ba, apesar da manuten o da forte concentra o do PIB na Regi o Metropolitana. Aponte o setor industrial que mais se desenvolveu no Norte Fluminense e o mais importante do M dio Para ba, na ltima d cada. Identifique, tamb m, dois fatores que explicam a forte concentra o do PIB na Regi o Metropolitana. 10 geografia quest o 10 Quatro favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro cresceram 81% em quatro d cadas Adaptado de O Globo, 03/06/2007 Com base na an lise da imagem acima, apresente dois argumentos que explicam a expans o dessas quatro favelas na rea mais valorizada da cidade. Vestibular Estadual 2008 [Exame Discursivo] 11 2/12/2007 Geografia PADR O DE RESPOSTAS (VALOR DE CADA QUEST O = 2 PONTOS) 1 2 3 4 5 Clima: As esta es do ano n o existiriam; a temperatura se manteria pr xima a uma m dia, vari vel de acordo com a latitude, durante todo o ano. Dura o dos dias e das noites: os dias e as noites teriam a mesma dura o, 12 horas cada um, em todas as latitudes, durante todo o ano. Duas das caracter sticas: concentra o de atividades terci rias de alto n vel abrigo de sedes de grandes empresas e rg os p blicos importantes centraliza o das atividades financeiras alto valor do solo urbano tend ncia a intensa verticaliza o presen a de rede de telecomunica es complexa e de alta qualidade polariza o de fluxos de transportes Duas das justificativas: abund ncia de reas verdes e grandes espa os, associados percep o de boa qualidade de vida facilidade de acesso atrav s de auto-estradas, em fun o da dissemina o do transporte individual possibilidade de morar em im veis com maior rea til busca por maior seguran a nos espa os segregados conv vio com pessoas de perfil semelhante nos condom nios fechados Dois dos exemplos: depend ncia, por parte da atividade industrial urbana, das mat rias-primas produzidas no campo oferta de produtos em estado natural no com rcio varejista oferta de espa os de lazer no campo para moradores da cidade depend ncia, por parte da atividade agropecu ria moderna, de produtos industriais e de recursos tecnol gicos gerados nas cidades, como tratores, implementos agr colas, fertilizantes, ra es e medicamentos veterin rios oferta de bens e servi os urbanos para os moradores do campo Uma das conseq ncias: venda, em pa ses com mercado consumidor de alta renda de produtos oriundos de pa ses com baixos custos de produ o, em fun o da queda do valor frete viabiliza o da produ o fragmentada, com fabrica o de cada componente em local de custos mais competitivos, em fun o do barateamento do transporte maior seguran a para a integralidade dos produtos transportados transporte de carga de car ter intermodal S o necess rios grandes p tios de armazenamento para empilhar os cont ineres antes do embarque, o que aposentou os antigos portos com cais estreitos e lineares. Temperatura: A baixa latitude de Manaus resulta em temperaturas elevadas na cidade em qualquer poca do ano; a alta latitude de Porto Alegre resulta em temperaturas mais baixas em junho, per odo de inverno. Pluviosidade: A desigualdade verificada pode ser explicada pela atua o da Massa Tropical Atl ntica (MTA) sobre as duas cidades na poca do ano em que ocorrem os jogos. Quente e mida, essa massa de ar provoca chuvas na faixa litor nea, onde est localizada a cidade do Rio de Janeiro; em Bras lia, essa massa n o provoca o mesmo efeito, uma vez que ela perde grande parte de sua umidade antes de chegar capital federal. 2/12/2007 Geografia 6 AMAZ NIA Uma das caracter sticas f sicas: floresta pluvial latifoliada clima equatorial, quente e chuvoso o ano todo hidrografia caracterizada por grande n mero de rios com abundante volume d gua bioma marcado pela extrema diversidade de esp cies topografia de predomin ncia suave, marcada principalmente por plan cies e baixos plat s Uma das caracter sticas socioecon micas: densidades demogr ficas reduzidas na maior parte da regi o expressiva participa o das atividades prim rias na composi o do PIB e de absor o da PEA forte participa o dos grupos ind genas na composi o tnica da popula o marcante influ ncia dos grupos ind genas brasileiros sobre a cultura regional NORDESTE Uma das caracter sticas f sicas: vegeta o de caatinga presente no Sert o fortemente associada s paisagens regionais clima semi- rido do Sert o Nordestino hidrografia sertaneja, marcada pelos rios tempor rios em fun o das caracter sticas clim ticas climas megat rmicos, marcados pela pequena amplitude t rmica Uma das caracter sticas socioecon micas: grandes desigualdades socioecon micas concentra o fundi ria perfil de renda com m dias inferiores s do restante do pa s predom nio, nas reas rurais, das atividades agropecu rias tradicionais CENTRO-SUL Uma das caracter sticas f sicas: m dias de temperatura inferiores s encontradas nas outras duas regi es, com amplitude t rmica maior em fun o da maior latitude vegeta o de Cerrado relevo predominantemente de planalto com muitas escarpas, localmente denominadas de serras Uma das caracter sticas socioecon micas: maiores ndices de popula o urbana presen a de reas densamente urbanizadas, formando grandes aglomera es metropolitanas alto n vel de participa o da ind stria no PIB/grandes concentra es industriais rede de transportes densa e diversificada agropecu ria moderna e em expans o 2/12/2007 Geografia 7 8 9 Duas das caracter sticas: grande disponibilidade de terras para o plantio, sem necessariamente diminuir a rea destinada produ o de alimentos temperaturas que permitem mais de uma safra de um grande n mero de produtos fotoper odos longos durante quase todo o ano, favorecendo o crescimento dos vegetais utilizados para produ o de biocombust veis pluviosidade adequada produ o agr cola na maior parte do pa s condi es adequadas ao cultivo da cana-de-a car, cujo lcool mais barato do que o obtido a partir de plantas cultivadas em reas temperadas, como o milho e a beterraba Um dos riscos socioecon micos: redu o da rea plantada destinada a alimentos aprofundamento da concentra o fundi ria Um dos riscos ambientais: amplia o do desmatamento do cerrado e da Amaz nia para realizar o plantio de esp cies pass veis de gerar biocombust veis possibilidade de aumentar a polui o h drica causada por agrot xicos em virtude da intensividade dos cultivos realizados pela agroind stria expans o de monoculturas, comprometendo a biodiversidade de ecossistemas regionais Duas das mudan as e respectiva pol tica p blica: O estreitamento da base da pir mide indica a redu o do n mero de jovens./ Reduzir alguns tipos de investimentos em educa o, como a expans o da rede de escolas para o Ensino Fundamental. O alargamento do corpo da pir mide indica o aumento da popula o em idade ativa e o esperado aumento correspondente da PEA./ Gerar trabalho e renda. O alargamento do topo da pir mide indica o aumento da popula o idosa./ Para essa mudan a, pode ser indicada uma das seguintes pol ticas p blicas: - aumentar os investimentos no sistema p blico de sa de para capacit -lo a absorver a maior demanda por esses servi os - elevar a efici ncia do sistema previdenci rio em fun o do maior n mero de aposentados em rela o ao de trabalhadores ativos - desenvolver a es que aumentem o percentual de trabalhadores formais de modo a aumentar o n mero de contribuintes em rela o ao de benefici rios - implementar programas e planos de assist ncia social voltados para a terceira idade Norte Fluminense: extra o de petr leo. M dio Para ba: p lo metal-mec nico. Dois dos fatores: concentra o de boa parte da infra-estrutura do Estado converg ncia das vias de transporte concentra o das principais ind strias, dos servi os especializados e dos rg os da administra o p blica federal concentra o de grande parte do mercado consumidor do Estado converg ncia de investimentos p blicos e privados na regi o, tendo em vista o fato de ter sido capital do pa s durante muito tempo pouca expressividade das atividades agropecu rias no interior do antigo Estado do Rio de Janeiro, desde a marcha do caf , acentuando o contraste econ mico entre capital e interior 2/12/2007 Geografia 10 Dois dos argumentos: proximidade de bairros com grande oferta de emprego no setor de com rcio e servi os que exigem baixa qualifica o localiza o entre o mar e o Maci o da Tijuca , em rea cuja topografia acidentada dificulta a incorpora o ao mercado imobili rio formal precariedade dos meios de transporte de massa na cidade, desestimulando longos movimentos pendulares condescend ncia das autoridades p blicas com a expans o das favelas em virtude do manancial de votos que esses espa os populares representam acompanhamento do crescimento demogr fico metropolitano

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