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UERJ Vestibular de 2009 - Exame Discursivo - Língua portuguesa instrumental com redação

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2 Fase Exame Discursivo 07 / 12 / 2008 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Caderno de prova Este caderno, com oito p ginas numeradas seq encialmente, cont m cinco quest es de L ngua Portuguesa Instrumental e a proposta de Reda o. N o abra o caderno antes de receber autoriza o. Instru es 1. Verifique se voc recebeu mais dois cadernos de prova. 2. Verifique se seu nome, seu n mero de inscri o e seu n mero do documento de identidade est o corretos nas sobrecapas dos tr s cadernos. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 3. Destaque, das sobrecapas, os comprovantes que t m seu nome e leve-os com voc . 4. Ao receber autoriza o para abrir os cadernos, verifique se a impress o, a pagina o e a numera o das quest es est o corretas. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 5. Todas as respostas e a Reda o dever o ser apresentadas nos espa os apropriados, com caneta azul ou preta. N o ser o consideradas as quest es respondidas fora desses locais. Informa es gerais O tempo dispon vel para fazer as provas de cinco horas. Nada mais poder ser registrado ap s o t rmino desse prazo. Ao terminar, entregue os tr s cadernos ao fiscal. Ser eliminado do Vestibular Estadual 2009 o candidato que, durante as provas, utilizar m quinas de calcular, rel gios digitais, aparelhos de reprodu o de som ou imagem com ou sem fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer esp cie. Ser tamb m eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova. Boa prova! L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Do bom uso do relativismo Hoje, pela multim dia, imagens e gentes do mundo inteiro nos entram pelos telhados, portas e janelas e convivem conosco. o efeito das redes globalizadas de comunica o. A primeira rea o de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse para melhor conhecer, que implica abertura e di logo, ou de distanciamento, que pressup e fechar o esp rito e excluir. De todas as formas, surge uma percep o incontorn vel: nosso modo de ser n o o nico. H gente que, sem deixar de ser gente, diferente. 5 Quer dizer, nosso modo de ser, de habitar o mundo, de pensar, de valorar e de comer n o absoluto. H mil outras formas diferentes de sermos humanos, desde a forma dos esquim s siberianos, passando pelos yanomamis do Brasil, at chegarmos aos sofisticados moradores de Alphavilles1, onde se resguardam as elites opulentas e amedrontadas. O mesmo vale para as diferen as de cultura, de l ngua, de religi o, de 10 tica e de lazer. Deste fato surge, de imediato, o relativismo em dois sentidos: primeiro, importa relativizar todos os modos de ser; nenhum deles absoluto a ponto de invalidar os demais; imp e-se tamb m a atitude de respeito e de acolhida da diferen a porque, pelo simples fato de estar-a , goza de direito de existir e de co-existir; segundo, o relativo quer expressar o fato de que todos est o de alguma forma relacionados. Eles n o podem 15 ser pensados independentemente uns dos outros, porque todos s o portadores da mesma humanidade. Devemos alargar a compreens o do humano para al m de nossa concretiza o. Somos uma geo-sociedade una, m ltipla e diferente. Todas estas manifesta es humanas s o portadoras de valor e de verdade. Mas s o um valor e uma verdade relativos, vale dizer, relacionados uns aos outros, auto-implicados, sendo que nenhum deles, tomado em 20 si, absoluto. Ent o n o h verdade absoluta? Vale o everything goes 2 de alguns p s-modernos? Quer dizer, o vale tudo ? N o o vale tudo. Tudo vale na medida em que mant m rela o com os outros, respeitando-os em sua diferen a. Cada um portador de verdade mas ningu m pode ter o monop lio dela. Todos, de alguma forma, participam da verdade. Mas podem crescer para uma verdade mais plena, na medida em que mais 25 e mais se abrem uns aos outros. Bem dizia o poeta espanhol Ant nio Machado: N o a tua verdade. A verdade. Vem comigo busc -la. A tua, guarde-a . Se a buscarmos juntos, no di logo e na cordialidade, ent o mais e mais desaparece a minha verdade para dar lugar Verdade comungada por todos. A ilus o do Ocidente de imaginar que a nica janela que d acesso verdade, religi o verdadeira, 30 aut ntica cultura e ao saber cr tico o seu modo de ver e de viver. As demais janelas apenas mostram paisagens distorcidas. Ele se condena a um fundamentalismo visceral que o fez, outrora, organizar massacres ao impor a sua religi o e, hoje, guerras para for ar a democracia no Iraque e no Afeganist o. Devemos fazer o bom uso do relativismo, inspirados na culin ria. H uma s culin ria, a que prepara os alimentos humanos. Mas ela se concretiza em muitas formas, as v rias cozinhas: a mineira, a nordestina, 35 a japonesa, a chinesa, a mexicana e outras. Ningu m pode dizer que s uma a verdadeira e gostosa e as outras n o. Todas s o gostosas do seu jeito e todas mostram a extraordin ria versatilidade da arte culin ria. Por que com a verdade deveria ser diferente? LEONARDO BOFF http://alainet.org Vocabul rio: 1 Alphavilles: condom nios de luxo 2 everything goes: literalmente, todas as coisas v o ; equivale express o vale tudo 2 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o 01 Quest o 02 Quest o 03 Quest o O t tulo do texto de Leonardo Boff fala do bom uso do relativismo. Pode-se inferir, ent o, que haveria um relativismo negativo, que o autor condenaria. Transcreva o trecho em que o autor alude ao tipo de relativismo que ele rejeita. Em seguida, justifique por que, para o autor, esse uso do relativismo seria conden vel. Eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros, porque todos s o portadores da mesma humanidade. ( . 14-15) Identifique a rela o de sentido que a ora o sublinhada estabelece com a parte do per odo que a antecede. Reescreva todo o per odo, substituindo o conectivo e mantendo essa mesma rela o de sentido. O pen ltimo par grafo, que faz uma cr tica ao Ocidente, cumpre uma fun o espec fica na argumenta o do autor. Explicite de que maneira esse par grafo contribui para o desenvolvimento dessa argumenta o. Vestibular Estadual 2009 Exame Discursivo 3 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Cr nica da aboli o 5 Eu perten o a uma fam lia de profetas apr s coup 1, post factum 2, depois do gato morto , ou como melhor nome tenha em holand s. Por isso digo, juro se necess rio for, que toda a hist ria desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforri -lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar. Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as not cias dissessem trinta e tr s (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simb lico. 10 15 20 No golpe do meio ( coupe do milieu 3, mas eu prefiro falar a minha l ngua) levantei-me eu com a ta a de champanha e declarei que, acompanhando as id ias pregadas por Cristo h dezoito s culos, restitu a a liberdade ao meu escravo Pancr cio; que entendia que a na o inteira devia acompanhar as mesmas id ias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus que os homens n o podiam roubar sem pecado. Pancr cio, que estava espreita, entrou na sala, como um furac o, e veio abra ar-me os p s. Um dos meus amigos (creio que ainda meu sobrinho) pegou de outra ta a e pediu ilustre assembl ia que correspondesse ao ato que acabava de publicar brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo: fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os len os comovidos apanharam as l grimas de admira o. Ca na cadeira e n o vi mais nada. De noite, recebi muitos cart es. Creio que est o pintando o meu retrato, e suponho que a leo. No dia seguinte, chamei o Pancr cio e disse-lhe com rara franqueza: Tu s livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, j conhecida, e tens mais um ordenado, um ordenado que... Oh! meu senh ! Fico. 25 Um ordenado pequeno, mas que h de crescer. Tudo cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho; hoje est s mais alto que eu. Deixa ver; olha, s mais alto quatro dedos... Artura n o qu diz nada, n o, senh ... Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-r is: mas de gr o em gr o que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha. 30 Eu vaio um galo, sim, senh . Justamente. Pois seis mil-r is. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. 35 Pancr cio aceitou tudo: aceitou at um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me n o escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, n o podia anular o direito civil adquirido por um t tulo que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos. Tudo compreendeu o meu bom Pancr cio: da para c , tenho-lhe despedido alguns pontap s, um ou outro pux o de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe n o chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente e (Deus me perdoe!) creio que at alegre. [...] Vocabul rio: 1 apr s coup : depois do golpe post factum : depois do fato 3 coupe do milieu : o autor utiliza uma express o inexistente em franc s para mostrar a ignor ncia do personagem 2 4 MACHADO DE ASSIS http://portal.mec.gov.br L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o 04 Quest o 05 Quest o Poucos dias ap s a Aboli o da Escravatura, o escritor Machado de Assis publicou nos jornais essa cr nica, na verdade um pequeno conto ir nico. A ironia uma forma de relativizar uma posi o, mostrando-a sob outra perspectiva. Identifique o alvo da ironia de Machado de Assis e demonstre por que a contrata o de Pancr cio como assalariado faz parte dessa ironia. Um ordenado pequeno, mas que h de crescer. Tudo cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho; hoje est s mais alto que eu. ( . 24-25) A fala do senhor de Pancr cio deseja convencer e persuadir seu interlocutor. O argumento apresentado, entretanto, intencionalmente falho, isto , configura uma fal cia. Explique em que consiste esta fal cia. Vestibular Estadual 2009 Exame Discursivo 5 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Reda o M. C. ESCHER www.mcescher.com Proposta de reda o A gravura acima, chamada Relatividade , de autoria do artista holand s M. C. Escher. Ela combina, numa mesma imagem, v rias maneiras de perceber o espa o. Na realidade, n o se podem perceber ao mesmo tempo todas as poss veis vis es de um acontecimento; preciso, junto com o artista, fazer um esfor o para imaginar outras perspectivas, ou as perspectivas dos outros. Recorrendo aos textos desta prova e imagem, demonstre, em uma disserta o de 20 a 30 linhas, a necessidade de que todos compreendam perspectivas diferentes das suas pr prias para se conviver melhor. Utilize o registro padr o da l ngua e estrutura argumentativa completa. Atribua um t tulo ao seu texto. 6 L ngua Portuguesa Instrumental com Reda o Vestibular Estadual 2009 Exame Discursivo 7 Rascunho 8 A B CDEF C C ! C Quest o Resposta 1 Uma das possibilidades: Ent o n o h verdade absoluta? Vale o everything goes de alguns p s-modernos? Quer dizer, o vale tudo ? N o o vale tudo. Segundo o autor, h uma regra b sica que se contrap e ao vale tudo: preciso manter rela es com os outros e respeit -los em sua diferen a. 2 Uma das rela es e uma das respectivas reescrituras: Causa Eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros visto que todos s o portadores da mesma humanidade. Eles n o podem ser pensados independentemente um dos outros j que todos s o portadores da mesma humanidade. Como todos s o portadores da mesma humanidade, eles n o podem ser pensados independentemente uns dos outros. Explica o Eles n o podem ser pensados independentemente um dos outros, pois todos s o portadores da mesma humanidade. 3 O par grafo refor a a id ia central da argumenta o do autor por meio da exemplifica o com elementos hist ricos. A exist ncia de hip critas dentre os que defendiam a aboli o da escravatura. 4 A contrata o de Pancr cio como assalariado na verdade o mant m sob o dom nio e a explora o do seu antigo dono, agora patr o. 5 O personagem faz uma compara o indevida, associando o crescimento do sal rio ao crescimento biol gico de um ser humano.

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