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UERJ Vestibular de 2010 - Exame Discursivo - Língua portuguesa instrumental com redação

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2 fase exame discursivo 13/12/2009 l ngua portuguesa instrumental com reda o caderno de prova Este caderno, com oito p ginas numeradas sequencialmente, cont m cinco quest es de L ngua Portuguesa Instrumental e a proposta de Reda o. N o abra o caderno antes de receber autoriza o. instru es 1. Verifique se voc recebeu mais dois cadernos de prova. 2. Verifique se seu nome, seu n mero de inscri o e seu n mero do documento de identidade est o corretos nas sobrecapas dos tr s cadernos. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 3. Destaque, das sobrecapas, os comprovantes que t m seu nome e leve-os com voc . 4. Ao receber autoriza o para abrir os cadernos, verifique se a impress o, a pagina o e a numera o das quest es est o corretas. Se houver algum erro, notifique o fiscal. 5. Todas as respostas e a Reda o dever o ser apresentadas nos espa os apropriados, com caneta azul ou preta. N o ser o consideradas as quest es respondidas fora desses locais. informa es gerais O tempo dispon vel para fazer as provas de cinco horas. Nada mais poder ser registrado ap s o t rmino desse prazo. Ao terminar, entregue os tr s cadernos ao fiscal. Ser eliminado do Vestibular Estadual 2010 o candidato que, durante as provas, utilizar m quinas de calcular, rel gios digitais, aparelhos de reprodu o de som ou imagem com ou sem fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer esp cie. Ser tamb m eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova. boa prova! l ngua portuguesa instrumental com reda o Os textos desta prova p em em debate aspectos da rela o entre a sociedade brasileira e suas pr prias leis e normas. Texto I O texto a seguir um fragmento da entrevista realizada pela Frente Parlamentar em Defesa do Tr nsito Seguro com o escritor e jornalista Laurentino Gomes. Como a quest o da transgress o das leis est relacionada com a hist ria do Brasil? A transgress o das leis existe em qualquer sociedade, produto da tens o entre as necessidades individuais e os interesses coletivos, mas no Brasil o fen meno se agrava por raz es hist ricas. O Brasil tem uma hist ria de tutelagem e controle, marcada pelo analfabetismo, a pobreza e a falta de cultura, na qual a 5 grande maioria da sociedade n o foi chamada a participar da elabora o das leis e da constru o das institui es nacionais. At 1808, ano da chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, o Brasil era uma col nia atrasada, ignorante e proibida, em que 98% dos habitantes eram analfabetos. N o havia ensino superior e imprensa. A circula o de livros era censurada e o direito de reuni o para discutir ideias, proibido. De cada tr s 10 brasileiros, um era escravo. (...) A heran a de exclus o se perpetua depois da Independ ncia. A nossa primeira constitui o, a de 1824, foi outorgada, ou seja, imposta de cima para baixo. Durante o per odo mon rquico, um pequeno grupo ilustrado tentava conduzir os destinos de todo o resto constitu do por uma enorme massa de analfabetos e destitu dos. Na Rep blica, o fen meno se repete em in meros golpes, quarteladas e ditaduras, em que novamente alguns grupos mais privilegiados tentam tutelar todos os 15 demais. E qual o resultado disso? O resultado uma rela o de estranheza entre a sociedade, o estado e as institui es que ele representa. Constru mos uma cultura transgressora, incapaz de pactuar caminhos e solu es para seu futuro, em que os interesses individuais ou de grupos se sobrep em ao do conjunto da sociedade. A transgress o das leis 20 um reflexo dessa heran a hist rica. Na sua opini o, por que o brasileiro n o respeita as leis de tr nsito quando n o est sendo fiscalizado? Ainda n o conseguimos incorporar por completo em nossa sociedade o conceito de civiliza o, que se caracteriza pelo respeito nas rela es pessoais e pela predomin ncia dos interesses coletivos sobre os 25 individuais. (...) As pessoas s v o respeitar as leis e as institui es quando se reconhecerem nelas. E, para isso, necess rio que participem de sua constru o. Mas h tamb m um problema s rio de impunidade. No fundo, as pessoas sabem que o estado ineficiente e perme vel corrup o. Quem comete um delito tem grandes chances de n o ser punido. H , portanto, um c lculo de custo-benef cio nas infra es. Como resultado da impunidade, a chance de algu m furar um sinal de tr nsito e n o ser punido bastante 30 grande. Portanto, do ponto de vista do infrator, vale a pena arriscar. (...) por que temos leis t o boas (na teoria) e muitas vezes pecamos na pr tica? H uma enorme dose de hipocrisia nas rela es entre a sociedade brasileira e suas institui es. As pessoas criticam a corrup o, a inefici ncia e falta de transpar ncia no governo, por exemplo, mas n o agem de forma muito diferente nas suas vidas particulares. O mesmo cidad o que critica a corrup o e a troca de 35 favores no Congresso Nacional e acha que todos os pol ticos s o corruptos por natureza, s vezes topa oferecer uma caixinha para o policial rodovi rio que o flagrou fazendo uma ultrapassagem proibida. como se houvesse nas rela es individuais uma tica superior s coletivas, expressadas na pol tica e no funcionamento das institui es, o que n o verdade. Na pr tica, as institui es nacionais s o um espelho da m dia da sociedade brasileira. O Congresso 40 Nacional nunca ser mais corrupto ou menos corrupto do que a m dia da sociedade brasileira. Deputados e senadores corruptos n o caem do c u, mas s o eleitos por eleitores que, por ignor ncia ou convic o, aceitam a pr tica da corrup o. (...) http://frentetransitoseguro.com.br 2 VESTIBULAR ESTADUAL 2010 2 fase EXAME DISCURSIVO l ngua portuguesa instrumental com reda o 01 Na primeira fala, ao abordar a forma o hist rica da sociedade brasileira, o entrevistado aponta duas diferentes raz es pol tico-sociais respons veis pela cultura transgressora no Brasil. Destaque-as e, em seguida, explique de que forma o entrevistado relaciona essas duas raz es cultura transgressora. 02 Ainda n o conseguimos incorporar por completo em nossa sociedade o conceito de civiliza o, que se caracteriza pelo respeito nas rela es pessoais e pela predomin ncia dos interesses coletivos sobre os individuais. ( . 23-25) Explique por que, segundo o ponto de vista do entrevistado, os brasileiros ainda n o teriam incorporado o conceito de civiliza o e, em seguida, transcreva da ltima fala ( . 32-42) uma frase completa em que ele mesmo exemplifique essa afirmativa. 3 l ngua portuguesa instrumental com reda o Texto II O fragmento abaixo comp e um livro que recria, pela fic o, a Bahia do s culo XVII e tem como personagem central o poeta Greg rio de Matos. Esta cidade acabou-se , pensou Greg rio de Matos, olhando pela janela do sobrado, no terreiro de Jesus. N o mais a Bahia. Antigamente, havia muito respeito. Hoje, at dentro da pra a, nas barbas da infantaria, nas bochechas dos granachas, na frente da forca, fazem assaltos vista. (...) s seis horas da manh , o governador Antonio de Souza de Menezes saiu do pal cio. Cruzou a pra a 5 central onde ficavam os edif cios da administra o: a sede do governo, a pris o, a C mara, o Tribunal e o Armaz m Real. Dirigiu-se igreja dos jesu tas, para o sacramento da penit ncia. Gostava de faz lo de manh . Tinha seu padre confessor, da ordem dos franciscanos, mas considerava os jesu tas mais preparados para a orienta o religiosa. Muitas vezes, ao ajoelhar-se aos p s do sacerdote para fazer suas revela es, gostava de imaginar que 10 quem estava inquirindo seus pecados era o padre Antonio Vieira. Eram suas supremas confiss es. Falava sobre todas as iniquidades, transgress es, viola es que cometera. (...) As pessoas que caminhavam pela pra a naquele momento eram, na maioria, negros escravos ou mesti os trabalhadores. Muitos iam para as igrejas. Os sinos chamavam, repicando. (...) Os homens, mesmo dentro da igreja, andavam armados de espadas e cot s limpos. Tudo naquela cidade 15 dependia da for a pessoal. J n o se enforcavam mais t o comumente os ladr es e os assassinos, tampouco os fals rios e os maldizentes. N o havia grandes assaltantes na Bahia, diziam, mas quase todos furtavam um pouquinho. Alguns salteadores de estradas, raros ladr es violentos ou cortadores de bolsas andavam por ali, por m uma desonestidade impl cita e constante fazia parte do procedimento das pessoas. Negros fugidos tornavam as estradas e certas ruas mais perigosas. A cobi a do dinheiro ou a inveja dos 20 of cios, al m disso, era um sentimento comum. (...) Todos levavam seus golpes, todos sofriam com as intrigas cru is e nefandas. Greg rio de Matos suspirou. Era muito mais dif cil viver ali. Por que voltara? Mascates no terreiro, em volta da igreja, vendiam miudezas. O movimento das ruas aumentava. Passantes dirigiam-se aos jogos, ao campo, para divertir-se ou murmurar contra o governo, criando suas pr prias leis e arb trios. E, mesmo sendo ainda de manh , alguns vinham tr pegos. ANA MIRANDA Boca do inferno. S o Paulo: Companhia das Letras, 1990. 03 A entrevista e o fragmento do romance textos I e II brasileira diante dos limites impostos pelas leis. permitem refletir sobre o comportamento da sociedade Transcreva do pen ltimo par grafo do texto II uma frase completa que possa ser associada ao que diz o entrevistado no texto I e, em seguida, explique a associa o. 4 VESTIBULAR ESTADUAL 2010 2 fase EXAME DISCURSIVO l ngua portuguesa instrumental com reda o 04 E, mesmo sendo ainda de manh , alguns vinham tr pegos. ( . 24) I dentifique a rela o estabelecida no contexto pela ora o sublinhada. Reescreva, tamb m, toda a frase, substituindo o voc bulo mesmo p or um conectivo, de modo a manter o sentido essencial, fazendo apenas as altera es necess rias. 05 No texto II, o narrador utiliza dois recursos diferentes para expor pensamentos ou emo es que podem ser atribu dos ao personagem Greg rio de Matos. Aponte esses dois recursos e apresente uma frase completa que exemplifique cada um deles. 5 l ngua portuguesa instrumental com reda o O texto e a charge a seguir trazem elementos que se articulam com as discuss es levantadas nos textos anteriores acerca da rela o entre a sociedade e as suas pr prias leis. O imp rio da Lei Como conseguir que todo um povo tenha respeito s leis escritas pelo Estado? O Estado Democr tico de Direito um modelo de Estado inventado por cidad os dos tempos modernos. Nesse novo tipo de Estado pressup e-se que os poderes pol ticos sejam exercidos sempre em perfeita harmonia com as regras escritas nas leis e nos princ pios do direito. Todavia, o que temos visto no Brasil e em outras partes do mundo que muitos cidad os comuns do povo, bem como tamb m aqueles cidad os eleitos e/ou aprovados em concurso p blico para exercerem os poderes do Estado, s obedecem s leis se estas lhes forem convenientes. O que fazer, ent o? Para in cio de conversa, teremos todos que saber distinguir perfeitamente o que pertence ao espa o p blico e o que pertence ao espa o privado. E se voc considerar uma lei injusta tome uma posi o pol tica contra isso. Lute, pac fica e publicamente, pelo reconhecimento de seu direito e pela mudan a da lei. Adaptado de IN S DO AMARAL B SCHEL, Promotora de Justi a de S o Paulo www.correiodacidadania.com.br PROPOSTA DE REDA O A partir da leitura dos textos desta prova e de suas reflex es individuais, redija uma disserta o, de 20 a 30 linhas, em que exponha sua opini o a respeito da cultura de transgress o das leis, t o comentada no Brasil de hoje. Utilize o registro padr o da l ngua e estrutura argumentativa completa. Atribua um t tulo ao seu texto. 6 VESTIBULAR ESTADUAL 2010 2 fase EXAME DISCURSIVO l ngua portuguesa instrumental com reda o 7 rascunho 8 13/ 12/ 2009 LPI - Reda o PADR O DE RESPOSTAS (VALOR DE CADA QUEST O = 2 PONTOS) Quest o Resposta Autoritarismo 1 Exclus o social Se a sociedade n o participa da constru o das leis e das institui es, produz-se uma estranheza entre sociedade, estado e institui es, o que gera a transgress o. Segundo o entrevistado, no Brasil ainda prevalecem os interesses individuais, ou de grupo, sobre os coletivos, mais gerais. 2 3 O mesmo cidad o que critica a corrup o e a troca de favores no Congresso Nacional e acha que todos os pol ticos s o corruptos por natureza, s vezes topa oferecer uma caixinha para o policial rodovi rio que o flagrou fazendo uma ultrapassagem proibida. Uma das possibilidades: Tudo naquela cidade dependia da for a pessoal. N o havia grandes assaltantes na Bahia, diziam, mas quase todos furtavam um pouquinho. Alguns salteadores de estradas, raros ladr es violentos ou cortadores de bolsas andavam por ali, por m uma desonestidade impl cita e constante fazia parte do procedimento das pessoas. A associa o entre o fragmento escolhido e o texto I funda-se na dissemina o do comportamento transgressor entre toda a popula o e/ou no apontamento do individualismo como postura predominante, acima dos interesses coletivos. 4 Uma das possibilidades: contraste concess o oposi o Uma das possibilidades: E, embora fosse ainda de manh , alguns vinham tr pegos. E, apesar de ser ainda de manh , alguns vinham tr pegos. Emprego das aspas Discurso indireto livre 5 Um dos exemplos: Esta cidade acabou-se N o mais a Bahia. Antigamente, havia muito respeito. Hoje, at dentro da pra a, nas barbas da infantaria, nas bochechas dos granachas, na frente da forca, fazem assaltos vista. Um dos exemplos: Era muito mais dif cil viver ali. Por que voltara?

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