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UFG Vestibular de 2009 - Segunda fase - 2° dia : Grupo 3

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Processo Seletivo 2009-1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOI S PR -REITORIA DE GRADUA O CENTRO DE SELE O GRUPOS 3 e 4 UFG CADERNO DE QUEST ES 15/12/2008 Geografia Hist ria Reda o S ABRA QUANDO AUTORIZADO LEIA ATENTAMENTE AS INSTRU ES 1. Ap s autoriza o, verifique se este caderno est completo ou se cont m imperfei es gr ficas. Caso contenha defeito, solicite ao aplicador a sua troca. 2. Este caderno cont m as provas de Geografia, com 6 quest es, de Hist ria, com 6 quest es e a prova de Reda o. Utilize os espa os em branco para rascunho. 3. O desenvolvimento das quest es dever ser feito com caneta esferogr fica de tinta preta ou azul, nos respectivos Cadernos de Respostas. Resolu es a l pis n o ser o corrigidas e ter o pontua o zero. 4. A dura o das provas ser de 5 horas, j inclu das nesse tempo a leitura dos avisos e a coleta de impress o digital. 5. Voc s poder se retirar definitivamente da sala e do pr dio a partir das 17h30min. 6. AO TERMINAR, DEVOLVA OS CADERNOS DE RESPOSTAS E A FOLHA DE REDA O AO APLICADOR DE PROVA. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 GRUPOS 3 e 4 GEOGRAFIA QUEST O 1 A inser o do territ rio goiano na economia mundializada reestruturou a base espacial dos seus munic pios. Em 2007, o IBGE divulgou que 96 munic pios goianos tiveram a sua popula o reduzida. De acordo com esse dado, apresente duas caracter sticas socioespaciais dos munic pios que tiveram perda de popula o. (5,0 pontos) QUEST O 2 A agricultura brasileira marcada, atualmente, por uma diferencia o espacial relativa produ o e ao destino dos produtos oriundos dessa atividade. O agroneg cio o processo que envolve uma extensa cadeia desde a produ o at a comercializa o de produtos agropecu rios. Conforme esta informa o, identifique duas caracter sticas espaciais do agroneg cio. (5,0 pontos) QUEST O 3 A atual crise financeira mundial, que pode transformar-se em uma grande depress o econ mica nos EUA, dramatiza o fracasso da teologia do livre mercado global descontrolado e obriga, inclusive o governo norte-americano, a escolher a es p blicas esquecidas desde os anos trinta. HOBSBAWM, Eric. Entrevista divulgada em 10 fev. 2008. Dispon vel em: <www.cartamaior.com.br>. Acesso em: 18 out. 2008. Com base na cita o acima, considerando a crise financeira atual e comparando-a com a de 1929, quando ocorreu uma grande depress o econ mica mundial, a) apresente uma medida adotada pelos EUA para superar a crise dos anos 30 do s culo XX; (2,0 pontos) b) analise a express o metaf rica fracasso da teologia do livre mercado global , considerando a ordem global na atualidade. (3,0 pontos) RASCUNHO UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 4 Leia a tira a seguir. Dispon vel em: <www.lospirata.com.br/imagens/bobcuspenaofunciona.jpg.>. Acesso em: 09 out. 2008. Em meados da d cada de 1970 v rias formas de protesto baseadas na cultura (vestu rio, m sica, fanzine etc.) foram introduzidas no Brasil, criando um novo perfil do universo juvenil urbano. S o grupos que formam redes de identidades espacializadas que se diferenciam por produzirem distintas alternativas de manifesta o, nem sempre baseadas em formas convencionais de protesto, como passeatas, greves, ocupa es de pr dios p blicos etc. Na tira apresentada, o personagem Bob Cuspe, do cartunista Angeli, foi inspirado nos punks. Considerando o exposto, indique outro grupo juvenil do ambiente urbano metropolitano, apresentando uma a o desenvolvida por este mesmo grupo que evidencie sua posi o quanto ordem social (5,0 pontos) vigente. QUEST O 5 A regi o Sul do Brasil, em decorr ncia de seu processo de coloniza o e de seu tipo de clima, apresenta caracter sticas culturais peculiares. Tendo por refer ncia essa regi o: a) apresente um h bito cultural de sua popula o relacionado ao clima; (1,0 ponto) b) apresente um fator clim tico e relacione-o s m dias t rmicas anuais de aproximadamente 18 oC. (4,0 pontos) RASCUNHO UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 6 Observe as figuras a seguir. FIGURA 1 LEPSCH, Igo F. Forma o e conserva o dos solos. S o Paulo: Oficina de Textos, 2002. p.65. FIGURA 2 LEPSCH, Igo F. Forma o e conserva o dos solos. S o Paulo: Oficina de Textos, 2002. p.150. Os solos configuram-se como um importante componente da superf cie terrestre. Com base na leitura e interpreta o das figuras, a) apresente um agente respons vel pela transforma o da paisagem representada em cada uma (2,0 pontos) das figuras acima; b) explique o processo respons vel pela transforma o da paisagem na figura 1. (3,0 pontos) RASCUNHO UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 GRUPOS 3 e 4 HIST RIA QUEST O 7 A expans o do mundo mu ulmano, a partir do s culo VII, colocou em contato o Oriente e o Ocidente medieval. Acerca deste movimento, identifique: a) dois elementos que contribu ram para tal expans o. (2,5 pontos) b) dois desdobramentos dessa expans o para o Ocidente europeu. (2,5 pontos) QUEST O 8 Elizabeth I (1558-1603) e a Declara o dos Direitos (Bill of Rigths, de 1689) s o emblemas da hist ria pol tica da Inglaterra. Considerando essa informa o, a) identifique a que se associa cada um desses emblemas. (2,5 pontos) b) no que se refere s institui es pol ticas e organiza o do poder, explique as diferen as entre essas associa es. (2,5 pontos) QUEST O 9 Leia a cita o. Os astecas afirmavam que, alguns anos antes da chegada dos homens de Castela, houve uma s rie de prod gios e press gios anunciando o que haveria de acontecer. No pensamento do senhor Montezuma e dos astecas em geral os fatos pareciam avisar que era chegado o momento, anunciado nos c dices, do regresso de Quetzalc atl e dos deuses. Tal foi o quadro m gico no qual a conquista haveria de desenvolver-se e que condicionou a vis o inicial do conquistador europeu pelos astecas. LE N-PORTILLA, Miguel. A conquista da Am rica Latina vista pelos ndios. Petr polis: Vozes, 1984, p. 16. (Adaptado). Explique a mudan a por que passou essa imagem inicial do conquistador europeu constru da pelos astecas, ap s os primeiros momentos do encontro de ambos. (5,0 pontos) QUEST O 10 Como para o bem de todos e a felicidade geral da na o, estou pronto: diga ao povo que fico. D. PEDRO I, 1822. Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembl ia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 03 de junho do ano pr ximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembl ia perjurado ao t o solene juramento que prestou Na o de defender a integridade do imp rio, sua independ ncia e a minha dinastia: Hei por bem, dissolver a mesma Assembl ia [...]. D. PEDRO I . Apud LINHARES, M. Yedda. (Org.). Hist ria geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 137. As duas cita es s o de autoria de D. Pedro I, produzidas, respectivamente, em 1822 e 1823. Os grupos chamados de brasileiros ou liberais e de portugueses ou conservadores tiveram expectativas diferenciadas em rela o s a es pol ticas do monarca. Sobre essas duas a es, responda: a) quais eram as expectativas de brasileiros ou liberais ? (2,5 pontos) b) quais eram as expectativas de portugueses ou conservadores ? (2,5 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 11 Observe a pintura a seguir. Pedro Am rico. Tiradentes esquartejado , 1983. Museu Mariano Proc pio, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. A tela de Pedro Am rico tematiza a morte de Tiradentes. Considerando a import ncia dessa pintura para o imagin rio republicano, (2,5 pontos) a) apresente um argumento que explique a apropria o da figura de Tiradentes pelos republicanos. b) explique como o quadro expressa essa apropria o. (2,5 pontos) QUEST O 12 Leia as cita es a seguir. O impasse a que chegou a Arte nos ltimos vinte anos deve cessar [....] Estados, sistemas pol ticos e econ micos, as id ias desmoronam sob a tens o das eras... mas a vida forte e cresce, e o tempo passa, em sua continuidade real. [...] Com o prumo em nossa m o, olhos t o precisos quanto uma r gua, um esp rito t o certo quanto um compasso... constru mos nossa obra como o universo constr i a dele, como o engenheiro constr i suas pontes, como o matem tico as suas f rmulas das rbitas. Sabemos que tudo tem a sua pr pria imagem essencial: cadeira, mesa, l mpada, telefone, livro, casa, homem. MANIFESTO REALISTA, 1920. In: BORTULUCCE, Vanessa Beatriz. A arte nos regimes totalit rios do s culo XX: R ssia e Alemanha. S o Paulo: Anablume/Fapesp, 2008. p. 80-81. Uma arte construtiva que n o decora, mas organiza a vida. El LISSITZKY, 1922. A primeira cita o um trecho do Manifesto Realista, publicado pela vanguarda art stica russa em 1920, e a segunda uma frase de um artista ligado a essa vanguarda. A partir da leitura dos fragmentos, a) analise uma caracter stica da concep o de arte para essa vanguarda art stica, nos anos 1920. (2,5 pontos) b) relacione essa concep o de arte s mudan as promovidas nas duas primeiras d cadas do s culo XX, nesse pa s. (2,5 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O REDA O Instru es A prova de reda o apresenta tr s propostas de constru o textual. Para produzir o seu texto, voc deve escolher um dos g neros indicados abaixo: A Editorial B Carta aberta C Conto de fic o cient fica O tema nico para os tr s g neros e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. A fuga do tema anula a reda o. A leitura da colet nea obrigat ria. Ao utiliz -la, voc n o deve copiar trechos ou frases sem que essa transcri o esteja a servi o do seu texto. Independentemente do g nero escolhido, o seu texto N O deve ser assinado. Tema As formas de vigil ncia e o controle do corpo Colet nea 1. Quando o belo ganha a m scara da pl stica Pouco tempo atr s, a escritora americana Stacy Schiff desfrutava uma linda tarde ao lado de um amigo franc s que visitava Nova York pela primeira vez. No fim do dia, por m, ele mostrou-se intrigado. Queria saber o que havia acontecido com as pessoas mais velhas na cidade. Seus rostos eram esticados demais, lustrosos demais. Em Paris, disse ele, os velhos pareciam velhos e n o havia nada de errado nisso. A idade do amigo franc s de Stacy: 8 anos. Sim, at mesmo uma crian a mais observadora pode perceber que algo estranho vem ocorrendo. E n o s em Nova York, claro. Basta ir a shoppings e restaurantes de qualquer grande cidade brasileira, como S o Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para deparar com pessoas de pele alaranjada (sess es de bronzeamento artificial podem dar esse efeito), ma s do rosto salientes, testa estirada, l bios inflados e dentes branqu ssimos, de uma alvura inexistente na natureza. um contingente que, pelo jeito, tende a aumentar, gra as aos avan os t cnicos e ao barateamento dos procedimentos est ticos. Ficou mais f cil, enfim, fazer uma interven o atr s da outra e isso d vaz o obsess o doentia pela manuten o da beleza e juventude. O resultado dessa obsess o s o bizarrices produzidas por falta de bom senso n o s dos pacientes, como dos pr prios m dicos , diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl stica Regional S o Paulo, Jo o de Moraes Prado Neto. N o h nada de errado em querer consertar uma falta de acabamento cong nita, melhorar a silhueta castigada pelo excesso de comida e pelo sedentarismo ou atenuar as marcas do tempo. uma forma perfeitamente compreens vel e leg tima de conservar (ou restaurar) a auto-estima. Um nariz menos adunco, uma ruguinha cancelada, uns quilinhos aspirados e eis que a beleza deixa de ser apenas a promessa de felicidade, para citar a frase do escritor franc s Stendhal. A quest o quando se exagera na dose. Tem-se a uma patologia. [...] O argumento por tr s do tratamento preventivo mexer um pouco j para evitar grandes interven es l na frente. O resultado? Mulheres de 30 anos que se parecem com mulheres de 40 tentando aparentar 30. Esquisito? Sim, esquisit ssimo, mas o que vem ocorrendo. Quanto mais interven es s o feitas, mais r gida fica a pele. A paciente adquire as fei es de uma est tua, deixa de ter uma express o natural , disse Veja o m dico franc s Yves-G rard Illouz, o inventor da lipoaspira o. Ficam todos porque h in meros homens que se enquadram nesse caso assustadoramente iguais uns aos outros. Como se tivessem sa do (com defeito de fabrica o) da mesma linha de produ o. a m scara da pl stica. BUCHALLA, A. P. Veja. S o Paulo, 2 jul. 2008. Especial, p. 110-114. (Adaptado). UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O 2. Se a magreza apresenta-se como a forma mais representativa de sucesso social, a gordura encarada como desleixo e falta de controle pessoal sendo considerada, conforme pesquisas de Novaes (2006), como o verdadeiro sin nimo de fei ra. [...] A vigil ncia do corpo desdobra-se na pr pria auto-vigil ncia. Desse modo, n o se trata de uma vigil ncia exercida somente a partir do exterior, mas que tamb m exercida pelo pr prio indiv duo que precocemente aprende a se controlar. [...] Para Foucault o que caracteriza a modernidade o advento de uma era normativa. Podemos ent o constatar que todos os indiv duos est o submetidos s regras e recomenda es da magreza. Mas, ao constatar que todos os sujeitos se encontram de acordo com essa refer ncia, como podemos compreender que somente alguns s o levados a serem reconhecidos como anor xicos e bul micos? O anormal neste caso entendido n o como uma aus ncia de normas, mas sim como uma inflexibilidade e restri o da pr pria norma. Ent o, poder amos dizer que lutar pela beleza do corpo, seja com dietas, gin sticas, drenagens linf ticas para a conquista de um corpo magro, que, por sua vez, condiz com a conquista do sucesso social, por si s n o configuram um aprisionamento. Sem d vida, trata-se de estrat gias encontradas por alguns para incluir, adaptar e adequar o corpo na suposta normatividade s ciocultural. IDA, S. W. Anorexia e bulimia: uma perspectiva social. Dispon vel em: <www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle>. Acesso em: 03 nov. 2008. 3. As m quinas falantes Qual a rela o entre o corpo e o Eu: o corpo propriedade do Eu costumamos dizer: meu corpo ou se confunde com ele? [...] afirmo que nosso corpo nos pertence muito menos do que costumamos imaginar. Ele pertence ao universo simb lico que habitamos, pertence ao Outro; o corpo formatado pela linguagem e depende do lugar social que lhe atribu do para se constituir. [...] Se os corpos n o existem fora da linguagem, as pr ticas da linguagem determinam a apar ncia, a expressividade e at mesmo a sa de dos corpos. [...] Observamos que os corpos se modificam por efeito do que se diz sobre eles. Nossos corpos n o s o independentes da rede discursiva em que estamos inseridos, como n o s o independentes da rede de trocas trocas de olhares, de toques, de palavras e de subst ncias que estabelecemos. [...] O sujeito moderno, cercado e amparado por t cnicas e saberes cient ficos que visam lhe proporcionar sa de, bem-estar corporal e um adiamento indefinido da morte, est ao mesmo tempo cada vez mais distante de saber escutar as demandas e manifesta es de seu corpo pulsional. Acostumado a adiar o prazer e a satisfa o de necessidades, j n o capaz de desfrutar da sexualidade, do repouso, do cio e das pequenas sensa es provocadas pelo contato com a natureza. KEHL, M. R. As m quinas falantes. In: NOVAES, A. O homem-m quina: a ci ncia manipula o corpo. S o Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 243-256. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O 4. O corpo dos candidatos Arnold Schwarzenegger, o fisioculturista e ator que hoje governador da Calif rnia, participou de um com cio de John McCain, em Ohio. Schwarzenegger, republicano, ap ia McCain. Sem se afastar muito do seu estilo habitual de governo, que feito de respeito e di logo com a oposi o, ele tentou ser engra ado e disse: Quero convidar o senador Obama para a academia. Temos que fazer alguma coisa para suas pernas magras. Ele tem que fazer agachamentos... . Tudo isso para chegar conclus o que dif cil mesmo vai ser desenvolver os m sculos do pensamento do senador. Ao relatar essa hist ria, o New York Post (jornal popular, a favor de McCain) publicou, no s bado, lado a lado, uma foto de Obama em cal o de banho e uma de Schwarzenegger quando ele ganhou o t tulo de Mr. Olympia, em 1975. A piada capenga, visto que 1) Schwarzenegger, hoje, est longe da forma f sica de seus 20 anos (circulam, na net, fotos dele em 1996 que n o s o lisonjeiras); 2) Obama n o puxa muito ferro, mas, num jogo de basquete, ele provavelmente daria uma lavada at no Schwarzenegger de 1975; 3) mais importante, o pr prio Schwarzenegger, quando entrou na pol tica, sofreu bastante por ser considerado uma massa de carne (eventualmente bem definida) com pouco c rebro... [...] McCain tem 72 anos, n o puxa ferro nem joga basquete e, como todos sabemos, carrega as seq elas dos anos passados nas pris es do Vietn sem que seus ferimentos fossem curados de maneira adequada. Mesmo de terno, a postura de McCain estranha, caminha como um pato de asas cortadas. Mas isso n o tem relev ncia, sequer sat rica, pois o corpo de McCain n o um corpo real, um corpo simb lico: ele s tem valor por carregar os estigmas de seu servi o na o. A bem dizer, Obama poderia lembrar que, na idade em que Schwarzenegger puxava ferro cinco horas por dia, ele estava sentando na biblioteca da faculdade de direito ou, ent o, batia pernas pelas ruas de Chicago organizando comunidades de cidad os; isso tamb m servir na o. Ele poderia acrescentar que a escolha de seu esporte preferido um jeito de manter o contato com os jovens dos guetos, que, pelos EUA afora, re nem-se nas in meras quadras p blicas de basquete. Mas n o faria muita diferen a. H uma outra raz o pela qual o corpo de McCain respeitado como corpo simb lico (um registro hist rico de seus feitos e m ritos) e o de Obama pode ser apresentado e apreciado como corpo real (eventualmente er tico). Obama n o um descendente de escravos africanos levados para as col nias que se tornariam os EUA; Obama filho de um africano livre, que chegou aos EUA como estudante. Mas pouco importa: ser negro nos EUA significa carregar o peso da escravid o como uma heran a inevit vel. E a escravid o o momento em que milh es de indiv duos foram privados de qualquer estatuto simb lico (perderam nomes, tradi es, hist ria, l nguas, direitos) e reduzidos simples e totalmente a seus corpos. Na escravid o, importava que os homens fossem fortes, bons reprodutores, com todos os dentes. S isso. coisa do passado? Nem tanto. A id ia do negro sexual e atleticamente superdotado vinga at hoje e tem esta origem: o escravo s pode mostrar seu valor pelo corpo, que tudo o que lhe resta. CALLIGARIS, C. O corpo dos candidatos. Dispon vel em:<www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0311200809.htm>. Acesso em: 04 nov. 2008. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O 5. Vaidade Nosso corpo n o pode ser modelado e remodelado apenas para satisfazer nossa vaidade. Isso pode nos levar loucura, ao fanatismo. As pessoas s o diferentes entre si e aceitar essas diferen as um grande passo para que n o fa amos do corpo um estere tipo de beleza. SILVA, F. M. da. Isto . S o Paulo, 23 jan. 2008, Cartas, p. 14. 6. Velhice? Fica para mais tarde ROGAR, S.; BRASIL, S. Veja. S o Paulo, 9 jul. 2008. p. 98-100. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O 7. Desvendando os segredos dos genes da longevidade [...] Embora tenham procurado retardar o envelhecimento por dezenas de milhares de anos sem sucesso, algumas pessoas achar o dif cil aceitar que o processo possa ser controlado pela manipula o de um grupo de genes. No entanto, sabemos que poss vel evitar o envelhecimento em mam feros mediante uma simples mudan a diet tica: a restri o cal rica funciona. E mostramos que os genes da sirtu na controlam muitos dos mesmos caminhos moleculares de restri o alimentar. Sem realmente conhecermos as causas precisas, e potencialmente m ltiplas, do envelhecimento, j demonstramos, em uma variedade de formas de vida, que ele pode ser retardado pela manipula o de alguns reguladores e deixando que eles cuidem da sa de dos organismos. [...] Nossos laborat rios est o realizando experimentos controlados com camundongos que em breve dever o informar se o gene SIRT1 controla a sa de e o tempo de vida nos mam feros. Levaremos d cadas at saber como os genes da sirtu na afetam a longevidade humana. Quem espera tomar uma p lula e viver 130 anos talvez tenha nascido um s culo cedo demais. Mesmo assim, quem est vivo hoje poder ver o emprego de rem dios moduladores da atividade das enzimas sirtu nas no tratamento de Alzheimer, c ncer, diabetes e doen as card acas. Testes cl nicos de v rias dessas drogas para o tratamento de diabetes, herpes e doen as neurodegenerativas est o em andamento. A longo prazo, esperamos que o desvendamento dos segredos dos genes da longevidade permitir n o s tratar as doen as da velhice, mas impedir que apare am. Pode ser dif cil imaginar a vida quando as pessoas puderem se sentir jovens e viver relativamente livres das doen as atuais at quase cem anos. Alguns poder o indagar se vale a pena manipular o tempo de vida humano. Mas no in cio do s culo XX, a expectativa de vida era de uns 40 anos. Ela quase dobrou, para cerca de 75 anos, gra as ao advento dos antibi ticos e da sa de p blica. A sociedade adaptouse a essa mudan a dr stica da longevidade m dia, e poucos gostariam de retornar vida sem esses avan os. Sem d vida, as gera es futuras, acostumadas a viver al m dos 100 anos, ver o nossos m todos atuais de melhorar a sa de como rel quias primitivas de uma era passada. SINCLAIR, D. A.; GUARENTE, L. Scientific American Brasil. S o Paulo, n. 47, abr. 2006, p. 47. 8. Garotos se penduram em barra, onde ficam por cinco minutos como parte do treino na Universidade de Esportes de Xangai. FOLHA DE S. PAULO. S o Paulo, 6 jul. 2008. Pequim 2008 especial, p. 5. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O Propostas de reda o A Editorial O editorial um g nero do discurso argumentativo que tem a finalidade de manifestar a opini o de um jornal, de uma revista, ou de qualquer outro rg o de imprensa, a respeito de acontecimentos importantes no cen rio nacional ou internacional. N o assinado porque n o deve ser associado a um ponto de vista individual. Deve ser enf tico, equilibrado e informativo. Al m de apresentar opini es assumidas pelo ve culo de imprensa, costuma tamb m resumir opini es contr rias, para refut -las. Imagine que voc seja o editor-chefe de um jornal de grande circula o nacional e, diante das mat rias divulgadas por uma revista, motivado a escrever o editorial do pr ximo n mero do jornal. A motiva o para a produ o do editorial centra-se, principalmente, na fala do presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl stica (excerto 1) e na pesquisa a respeito da velhice (excerto 6). O editorial deve defender a posi o do jornal quanto s pr ticas de controle do corpo desencadeadas pelas formas de vigil ncia constantes que determinam os padr es de sa de, beleza, longevidade, como garantias para o bem-estar f sico e mental. Mobilize argumentos que sustentem o ponto de vista do jornal, refutando argumentos contr rios ao seu posicionamento. B Carta aberta De natureza persuasivo-argumentativa, o g nero carta aberta manifesta publicamente, por meio de rg os de imprensa, a opini o de uma pessoa ou de um grupo de pessoas a respeito de um problema. Tem a finalidade de persuadir um interlocutor espec fico a tomar consci ncia do problema e se mobilizar para solucion -lo. O texto denuncia os fatos, analisando-os, sugere e reivindica a es resolutivas, mobilizando a opini o p blica para a ades o ao ponto de vista do locutor. Para isso, o locutor deve construir a imagem do interlocutor e as estrat gias adequadas para convenc -lo. Observe a imagem da mat ria sobre o treinamento dos atletas chineses (excerto 8) e considere a seguinte situa o: um dos garotos da imagem, depois de adulto e j tendo participado de tr s olimp adas, resolve escrever uma carta aberta ao Comit Ol mpico Internacional (COI), denunciando o excesso de disciplina imposto aos atletas pelos treinadores e reivindicando solu o para o problema. Com base nessa situa o, voc vai escrever uma carta aberta em que o atleta chin s ser o locutor, o COI ser o interlocutor espec fico e a sociedade, o p blico leitor da den ncia. Al m de denunciar os problemas desencadeados pelas pr ticas disciplinares e de controle do corpo, a carta deve analisar os fatos ocorridos nas pr ticas de treinamento e na vida cotidiana dos atletas. O locutor deve utilizar estrat gias argumentativas e persuasivas para convencer o COI a adotar a es que solucionem o problema e para mobilizar a opini o p blica a acatar o seu ponto de vista em rela o s formas de vigil ncia e de controle do corpo nas competi es esportivas. Para escrever sua carta, considere as caracter sticas interlocutivas pr prias desse g nero. C Conto de fic o cient fica O g nero conto de fic o cient fica mant m certas caracter sticas do conto. Trata-se de uma narrativa curta que apresenta narrador, personagens, enredo, tempo e espa o. O conto constr i uma hist ria focada em um conflito nico e apresenta o desenvolvimento e a resolu o desse conflito. A fic o cient fica lida principalmente com o impacto da ci ncia, tanto verdadeira como imaginada, sobre a sociedade ou sobre os indiv duos. Por isso, inclui o fator ci ncia como componente essencial. Como g nero liter rio, o conto de fic o cient fica apresenta hist rias fict cias e fant sticas, mas cuja fantasia prop e-se a ser plaus vel, quer em uma poca e local distantes ou pr ximos, quer mesmo no aqui e agora. H uma tentativa de convencer o p blico leitor de que as id ias que apre- UFG PROCESSO SELETIVO/2009-1 REDA O senta podem n o ser poss veis no contexto atual, mas poderiam ser no futuro, valendo-se de uma explica o cient fica ou pelo menos racional. Escreva um conto de fic o cient fica no qual voc seja o narrador-personagem. Imagine que, numa tentativa de prolongar sua vida e de se manter eternamente jovem no futuro, voc se submeta a uma t cnica de congelamento at o ano de 2100. Ap s esse per odo, seu corpo ser descongelado e integrado sociedade. Construa um conflito que envolva id ias e valores sobre o seu corpo e o das outras personagens com as quais voc se relaciona no futuro. Apresente justificativas para a a o de manipular o tempo na tentativa de atingir a imortalidade. Por meio das a es e dos di logos entre as personagens, discuta as diferentes formas de vigil ncia e de controle do corpo nos dois tempos vividos por voc (antes do congelamento e ap s o descongelamento). A trama deve basear-se em explica es cient ficas ou racionais que assegurem plausibilidade fantasia constru da no conto. RASCUNHO Para uso do Centro de Sele o UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOI S PR -REITORIA DE GRADUA O CENTRO DE SELE O PROCESSO SELETIVO/2009-1 FOLHA DE REDA O RASCUNHO Assinale sua op o: A EDITORIAL B CARTA ABERTA C CONTO DE FIC O CIENT FICA Assine somente no espa o indicado, no rodap desta folha, mesmo se voc optar pela carta. T TULO: SE NECESS RIO, USE O VERSO ASSINATURA DO CANDIDATO N O UTILIZE ESTE ESPA O

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