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UFG Vestibular de 2009 (Segundo semestre) - Segunda fase - 2° dia : Grupo 3

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Processo Seletivo 2009-2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOI S PR -REITORIA DE GRADUA O CENTRO DE SELE O GRUPOS 3 e 4 UFG CADERNO DE QUEST ES 15/06/2009 Geografia Hist ria Reda o S ABRA QUANDO AUTORIZADO LEIA ATENTAMENTE AS INSTRU ES 1. Ap s autoriza o, verifique se este caderno est completo ou se cont m imperfei es gr ficas. Caso contenha defeito, solicite ao aplicador a sua troca. 2. Este caderno cont m as provas de Geografia, com 6 quest es, de Hist ria, com 6 quest es e a prova de Reda o. Utilize os espa os em branco para rascunho. 3. O desenvolvimento das quest es dever ser feito com caneta esferogr fica de tinta preta ou azul, nos respectivos Cadernos de Respostas. Resolu es a l pis n o ser o corrigidas e ter o pontua o zero. 4. A dura o das provas ser de 5 horas, j inclu das nesse tempo a leitura dos avisos e a coleta de impress o digital. 5. Voc s poder se retirar definitivamente da sala e do pr dio a partir das 17h30min. 6. AO TERMINAR, DEVOLVA OS CADERNOS DE RESPOSTAS E A FOLHA DE REDA O AO APLICADOR DE PROVA. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 GEOGRAFIA QUEST O 1 Os dom nios morfoclim ticos brasileiros se diferenciam pela fisionomia de sua vegeta o, pelo clima e pelas caracter sticas do solo. Considerando o dom nio do Cerrado, explique a rela o entre temperatura e precipita o durante o ver o. (5,0 pontos) QUEST O 2 Um ge grafo, com objetivo de analisar a distribui o da popula o brasileira, examinou os dados censit rios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica (IBGE), de 2007, e constatou que na regi o Norte do pa s h 14.623.316 habitantes, na Nordeste 51.534.406, na Sudeste 77.873.120, na Sul 26.733.595 e na Centro-Oeste 13.222.854. Com base nesses dados, elaborou um mapa com o intuito de representar essas informa es. Apresente um t tulo para esse mapa e construa a sua legenda. (5,0 pontos) QUEST O 3 Leia o texto a seguir. A exist ncia ou n o de gua pot vel e de saneamento b sico pode promover ou, pelo contr rio, impedir o desenvolvimento humano. [...]. O acesso gua n o constitui somente um direito humano fundamental e um importante indicador do progresso dos povos. Tamb m constitui a base a outros direitos humanos e condi o necess ria para que se atinjam metas de desenvolvimento humano mais exigentes. Relat rio do Desenvolvimento Humano. ONU, 2006, p. 27. O problema da escassez de gua para consumo humano tem motivado avalia es quase sempre pessimistas. A escassez da gua pode provocar muitos conflitos que podem ocorrer ao longo do s culo XXI. Tendo em vista o exposto, a) identifique o continente que tem maiores problemas de escassez h drica no mundo; (2,0 pontos) b) apresente uma consequ ncia decorrente da escassez de gua pot vel em v rias cidades dos pa ses em desenvolvimento. (3,0 pontos) QUEST O 4 A Am rica Latina tem sido palco nos ltimos anos de sucessivas crises que atingiram v rios pa ses, decorrentes de mudan as pol tico-econ micas, quebrando a hegemonia dos grupos conservadores. A Bol via, com enormes desigualdades sociais, tem enfrentado uma forte crise advinda da mudan a no comando pol tico do pa s, refletidos nos conflitos de classes que poder o afetar a integridade de seu territ rio. Essa crise pode ser compreendida pela an lise hist rica do processo pol tico que levou presid ncia Evo Morales. Com base nesses referenciais apresente a) uma raz o de car ter tnico-cultural que contribui para acirrar essa crise; (2,0 pontos) b) uma raz o pol tico-econ mica que possibilita compreender o acirramento dos conflitos de classe na Bol via. (3,0 pontos) QUEST O 5 As regi es metropolitanas s o estruturas urbanas complexas marcadas por intensas rela es entre os munic pios que a comp em. Em 1999, foi criada a Regi o Metropolitana de Goi nia. a) Apresente um motivo para a sua cria o. (2,0 pontos) b) Apresente duas causas da migra o pendular nessa regi o. (3,0 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 6 Observe as figuras. Fig. 1. Morro do Castelo, RJ. Tela de Henry Fig. 2. Desmonte do Morro do Castelo, RJ. Foto Fig. 3. rea em que ficava o Morro do Castelo, Chamberlain, 1822. de Augusto Malta, 1922. RJ. Foto de aproximadamente 1925. Dispon vel em: <www.museudantu.org.br/TArte1.htm>. Acesso em: 1 jun. 2009. Dispon vel em: Dispon vel em: <www.almacarioca.com.br/imagem/fotos/rioantigo>. <www.almacarioca.com.br/imagem/fotos/rioantigo> Acesso em: 1 jun. 2009. Acesso em: 1 jun. 2009. As figuras 1, 2 e 3 mostram tr s momentos do processo de ocupa o e transforma o do Morro do Castelo, localizado na cidade do Rio de Janeiro. A ocupa o desse morro foi iniciada dois anos ap s a funda o da cidade. Nele foram constru dos fortins, casa de c mara e cadeia, casa do governador, igrejas, assim tamb m como o marco da funda o da cidade. Tendo em vista a leitura das imagens, a) apresente um elemento que justifique a constru o dessas edifica es no sop dos morros, (2,0 pontos) conforme observado na figura 1; b) apresente e explique um impacto ambiental negativo decorrente da transforma o da paisagem (3,0 pontos) na figura 3. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 HIST RIA QUEST O 7 Analise a imagem a seguir. HAYEZ, Francesco. Destrui o do Templo de Jerusal m . Dispon vel em: <www.paroquia-smbelem,pt/imagens/destruicao_templo_jerusalem.jpg>. Acesso em: 4 mai. 2009. Produzido em 1867, o quadro remete a um acontecimento importante para a religi o judaica. Com base na an lise hist rica dessa religi o, a) cite duas de suas caracter sticas, no contexto da Antiguidade Oriental. b) relacione o acontecimento apresentado no quadro ao car ter sagrado de Jerusal m para os ju(5,0 pontos) deus. QUEST O 8 Leia a cita o abaixo. Entre os habitantes de Meia Ponte h muitos brancos, mas a maioria de nativos ou crioulos de ra a mesti a e mulatos pobres. A popula o da cidade e seu distrito, segundo a lista oficial do ano de 1812, era de 6.209 almas. Os habitantes que viviam outrora de suas rendosas lavras de ouro, agora t m a fama de experimentados cultivadores de milho, mandioca, fumo, cana-dea car, caf e algod o (de que aqui tamb m fazem chap us). Plantam tamb m trigo, que produz bem. POHL, J. E. Viagem ao interior do Brasil (1819) apud BERTRAN, Paulo. Hist ria da terra e do homem no Planalto Central: ecohist ria do Distrito Federal, do ind gena ao colonizador. Bras lia: Verano, 2000. p. 300. Considerando o documento acima e as condi es socioecon micas de Goi s, em 1812 e no in cio do s culo XVIII, explique a: a) rela o entre a composi o tnica da popula o goiana em 1812 e a estrutura socioecon mica implementada na regi o desde o s culo XVIII. b) mudan a na estrutura econ mica da regi o no in cio do s culo XIX. (5,0 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 9 Leia a cita o abaixo. N s somos algo mais do que n s mesmos. N s somos uma id ia, uma esperan a, um exemplo. CASTRO, Fidel. Discurso pronunciado em 28 de setembro de 1960. Dispon vel em: <http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1960/esp/f280960e.html>. Acesso em: 4 mai. 2009. (Traduzido e adaptado). Esse discurso de Fidel Castro foi pronunciado nos momentos iniciais do processo revolucion rio cubano e em um contexto hist rico e pol tico de grande tens o no que se refere geopol tica mundial. Relacione a cita o a um acontecimento do in cio da d cada de 1960, envolvendo Cuba e Estados Unidos, que explique a proje o internacional da Revolu o Cubana. (5,0 pontos) QUEST O 10 Leia as cita es abaixo 1. Era uma guerra, depois da qual foi poss vel devolver a paz ao Brasil. Eu acabei com o terrorismo neste pa s. Se n o aceit ssemos a guerra, se n o ag ssemos drasticamente, at hoje ter amos o terrorismo. Entrevista do ex-presidente Em lio Garrastaz Medici ao jornalista Antonio Carlos Scartezini. Apud GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. S o Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 17. 2. Era essencial reprimir. N o posso discutir o m todo de repress o, se foi adequado, se foi o melhor que se podia adotar. O fato que a subvers o acabou. D'ARA JO, Maria Celina de; CASTRO, Celso. (Orgs.). Ernesto Geisel. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1997, p. 223-224. Apud GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. S o Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 18. 3. Se houve a tortura no regime militar, ela foi feita pelo pessoal de baixo, porque n o acredito que um general fosse capaz de uma coisa t o suja, n o aceito isso. Entrevista de Jo o Baptista Figueiredo a Cl udio Renato. O Estado de S. Paulo, 23 dez. 1996. Apud GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. S o Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 23. Essas cita es s o de tr s presidentes da rep blica que governaram o Brasil durante a ditadura militar (1964-1985). Com base nelas, explique a rela o entre a) as express es guerra e m todo de repress o ; b) a terceira cita o e o processo de abertura pol tica, iniciado na d cada de 1970. (5,0 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 11 Analise as imagens abaixo. Dispon vel em: <http://www.moderna.com.br/didaticos/ei/aventuradeaprender/datas/images/indio>. Acesso em: 4 mai. 2009. Dispon vel em: <http://bpl.blogger.com/_XBvt0sSamjU/RgL0WaxAPsl/AAAAAAAAAFg/VFGegiq4Xz>. Acesso em: 4 mai. 2009. As telas de V ctor Meirelles (1861) e de C ndido Portinari (1948) retratam o acontecimento conhecido como a Primeira Missa no Brasil. Ambas convertem esse acontecimento num marco fundador da na o brasileira, destacando temas como o cristianismo e o encontro de culturas. Com base na leitura dos quadros, analise como cada um dos autores articulou esses temas a diferentes ideias de na o. (5,0 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 GRUPOS 3 e 4 QUEST O 12 Leia as cita es a seguir. Caminhamos para a unidade, marchamos para o Centro, n o pela for a de preconceitos doutrin rios, mas pelo fatalismo de nossa defini o racial. VARGAS, Get lio, 1939. In: LENHARO, A. A sacraliza o da pol tica. S o Paulo: Papirus, 1986, p. 56. Somos geograficamente um dos maiores pa ses deste planeta, onde vive um povo em condi es de aperto. Em torno de n s, a vastid o, os descampados, o pa s por conquistar, s tios admir veis e no entanto nos agrupamos a beira do mar, espiando as fases das mar s. Constitui um refr o mon tono dizermos que necessitamos ocupar o nosso pa s, possuir a terra, marchar para o Oeste, voltar as costas ao mar e n o permanecer eternamente com o olhar fixo nas guas como se pens ssemos em partir, em voltar. Do Brasil nenhum de n s partir jamais, porque esta a nossa na o e p tria. KUBITSCHECK, Juscelino, 1956. Cole o Bras lia, tomo 4. Bras lia: Servi o de documenta o da Presid ncia da Rep blica, 1960, p. 49-50. A necessidade da unidade nacional tema recorrente nos discursos pol ticos dos governos de Get lio Vargas (1937-1942) e Juscelino Kubitscheck (1956-1960). Considerando o exposto e tendo como base as cita es, a) quais interesses pol ticos sustentavam cada um desses discursos? b) cite uma realiza o de cada um desses governos, decorrente de tais interesses. (5,0 pontos) UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 REDA O REDA O Instru es A prova de reda o apresenta tr s propostas de constru o textual. Para produzir o seu texto, voc deve escolher um dos g neros indicados abaixo: A Discurso de formatura B Biografia C Carta de solicita o O tema nico para os tr s g neros e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. A fuga do tema anula a reda o. A leitura da colet nea obrigat ria. Ao utiliz -la, voc n o deve copiar trechos ou frases sem que essa transcri o esteja a servi o do seu texto. Independentemente do g nero escolhido, o seu texto N O deve ser assinado. Tema O papel da arte na vida cotidiana: utilit rio e/ou est tico? Colet nea 1. Est tica. S. f. 1. Estudo das condi es e dos efeitos da cria o art stica. 2. Tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto possibilidade da sua conceitua o, quer quanto diversidade de emo es e sentimentos que ele suscita no homem. 3. Car ter est tico; beleza. Utilit rio. Adj. 1. Relativo utilidade. 2. Que tenha utilidade ou interesse, particular ou geral, como fim principal de seus atos. FERREIRA, A. B. H. Novo Aur lio S culo XXI: o dicion rio da l ngua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 834 e 2038. 2. O universo da arte caracteriza um tipo particular de conhecimento que o ser humano produz a partir de perguntas fundamentais que desde sempre se fez com rela o ao seu lugar no mundo. [...] Ci ncia e arte s o, assim, produtos que expressam as representa es imagin rias das distintas culturas, que se renovam atrav s dos tempos, construindo o percurso da hist ria humana. [...] Apenas o ensino criador, que favore a a integra o entre a aprendizagem racional e est tica dos alunos, poder contribuir para o exerc cio conjunto complementar da raz o e do sonho, no qual conhecer tamb m maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hip teses ousadas, trabalhar duro, esfor ar-se e alegrar-se com descobertas. [...] A obra de arte situa-se no ponto de encontro entre o particular e o universal da experi ncia humana. At mesmo asa branca / Bateu asas do sert o / Ent o eu disse adeus Rosinha / Guarda contigo meu cora o (Lu s Gonzaga e Humberto Teixeira). No exemplo da can o Asa Branca , o voo do p ssaro (experi ncia humana universal) retrata a figura do retirante (experi ncia particular de algumas regi es). Cada obra de arte , ao mesmo tempo, um produto cultural de uma determinada poca e uma cria o singular da imagina o humana cujo valor universal. [...] Quando Guimar es Rosa escreveu: Nuvens, fiapos de sorvete de coco , criou uma forma art stica na qual a met fora, uma maneira especial de utiliza o da linguagem, reuniu elementos que, na realidade, estavam separados, mas se juntaram numa frase po tica pela a o criadora do artista. Nessa aprecia o est tica importa n o apenas o exerc cio da habilidade intelectiva mas, principalmente, que o leitor seja capaz de se deixar tocar sensivelmente para poder perceber, por exemplo, as qualidades de peso, luz, textura, densidade e cor contidas nas imagens de nuvens e fiapos de sorvete de coco [...]. A significa o n o est , portanto, na obra, mas na intera o complexa de natureza primordialmente imaginativa entre a obra e o expectador. PAR METROS Curriculares Nacionais: arte. Secretaria de Educa o Fundamental. Bras lia: MEC-SEF, 1997. p. 32-40. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 REDA O 3. [...] a instala o de um objeto em museus transforma-o em arte. A colher de pau de minha av , o porta garrafas, a roda de bicicleta, o mict rio de Duchamps, colocados em pedestal ou vitrina, permitem a eclos o de sentimentos de intui es evocadoras. [...] note-se que esses objetos perderam sua fun o utilit ria: art stica , a colher de pau deixou de fazer sab o. Sua transforma o em arte acarretou o gratuito: ela n o faz mais parte de um sistema racional de utilidade. E, livre, o sup rfluo emerge como essencial. Mas, fruto de gesto gratuito, a arte possui uma exist ncia fr gil, pois n o necess ria. Podemos constatar em nossa cultura dois registros diferentes que a alimentam. Num deles, o objeto art stico encontra-se instalado no interior de fun es econ micas ou sociais: embora enquanto arte o objeto continue sendo n o utilit rio, enquanto elemento de um vasto mecanismo empregado para outros fins. Esse emprego garante-lhe a sobreviv ncia. No outro registro, o objeto art stico reduz-se gratuidade; esvaziado de toda fun o, ele depende de uma assist ncia ao mesmo tempo intencional e artificial, provocada unicamente pelo seu prest gio de ser arte. COLI, J. O que arte. S o Paulo: Brasiliense, 1997. p. 88-90. (Cole o primeiros passos, n. 46). 4. Confesso que, espontaneamente, nunca me coloquei esta quest o: para que serve a arte? Desde menino, quando vi as primeiras estampas coloridas no col gio (que estavam muito longe de serem obras de arte) deixei-me encantar por elas a ponto de querer copi -las ou fazer alguma coisa parecida. N o foi diferente minha rea o quando li o primeiro conto, o primeiro poema e vi a primeira pe a teatral. N o se tratava de nenhum Shakespeare, de nenhum S focles, mas fiquei encantado com aquilo. Posso deduzir da que a arte me pareceu tacitamente necess ria. Por que iria eu indagar para que serviria ela, se desde o primeiro momento me tocou, me deu prazer? [...] Na verdade, a arte em si n o serve para nada. Claro, a arte dos vitrais servia para acentuar a atmosfera m stica das igrejas e os afrescos as decoravam como tamb m aos pal cios. Mas n o residia nesta fun o a raz o fundamental dessas obras e, sim, na sua capacidade de deslumbrar e comover as pessoas. Portanto, se me perguntam para que serve a arte, respondo: para tornar o mundo mais belo, mais comovente e mais humano. GULLAR, F. A beleza do humano, nada mais. Dispon vel em: <http://ondajovem.terra.com.br/arquivodowload/%7B42535240-caba>, p. 28. Acesso em: 7 mai. 2009. 5. Bem, e qual o significado da arte? Para come ar, podemos dizer que ela provoca, instiga, estimula nossos sentidos, de forma a descondicion -los, isto , a retir -los de uma ordem preestabelecida, sugerindo ampliadas possibilidades de viver e de se organizar no mundo. Como escreve o poeta Manoel de Barros: Para apalpar as intimidades do mundo preciso saber: / a) que o esplendor da manh n o se abre com faca / b) o modo como as violetas preparam o dia para morrer / c) por que que as borboletas de tarjas vermelhas t m devo o por t mulos / d) se o homem que toca de tarde sua exist ncia num fagote tem salva o (...) Desaprender oito horas por dia ensina os princ pios. [...] A arte ensina justamente a desaprender os princ pios do bvio que atribu do aos objetos, s coisas. Ela parece esmiu ar o funcionamento das coisas da vida, desafiando-as, criando para elas novas possibilidades . [...] A cena contempor nea Com o passar do tempo, no entanto, a arte moderna sofreu um desgaste. Por um lado, ela tornou-se t o experimental que acabou por afastar-se do p blico, que passou a achar suas manifesta es cada vez mais estranhas e de dif cil compreens o. [...] Com a mudan a global que se delineia a partir dos anos 80, torna-se mais gritante ainda a necessidade de uma modifica o no conceito de arte. Mais do que isso: torna-se necess rio que a arte se modifique para sobreviver. E a que sai de cena a arte moderna e sobe ao palco a contempor nea. [...] A import ncia dada moda, s apar ncias e atitude , aliada a uma tecnologia sofisticada de cirurgias, implantes, aparelhos de gin stica e subst ncias qu micas, al m das possibilidades gen ticas que se abrem com os sequenciamentos cromoss micos, fazem do corpo um campo de experimenta es futur sticas. A busca pela originalidade, que caracterizava a vanguarda modernista do s culo 20, substitu da pela atitude de busca de reconhecimento, de celebridade. Transfere-se o alvo das preocupa es da produ o para o produtor, da obra para o autor. [...] Se fosse convidada a reformular o ensino da arte no momento contempor neo, eu substituiria o estudo dos movimentos que caracterizam a era moderna por esses grandes temas que acompanham a produ o e o pensamento dos artistas contempor neos, permitindo que a arte continue a fazer sentido e a ecoar nossa ess ncia. [...] Em meio a m ltiplas possibilidades de uso de materiais, espa os e tempos, a arte contempor nea n o separa a rua e o museu. [...] Felizmente, a arte contempor nea tem a liberdade de apontar suas heran as e sua hist ria sem precisar ir ao grau zero da originalidade e est cada vez mais infiltrada nas peles da vida. Assim ela permanece pulsando. CANTON, K. A pulsa o do nosso tempo. Dispon vel em: <http://ondajovem.terra.com.br/arquivodowload/%7B42535240-caba>. Acesso em: 7 mai. 2009. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 REDA O 6. Alunos-luz Estudar sempre foi para V. D. (Drago) uma fonte intermin vel de aborrecimentos e humilha es. Expulso na 5 s rie, sofreu um baque em sua autoestima e, desde ent o, ganhou o r tulo de aluno-problema . Chegaram a aconselhar sua m e a matricul -lo em col gios que recebessem portadores de defici ncia mental, entre outros problemas ele sofreria de falta de orienta o espacial. Sabia que alguns professores diziam que eu era retardado . Por isso, hoje um dos melhores dias na vida de Drago. Nesta quarta-feira, Drago, 17 anos, vai inaugurar sua primeira exposi o fotogr fica. Por v rias semanas, ele fotografou diariamente estudantes de uma escola p blica e fugiu do bvio em seu enquadramento. Procurou cenas em que os alunos mostrassem os olhos brilhando e n o as previs veis imagens sombrias da educa o p blica. Sua proposta era garimpar cenas do prazer em aprender. [...] A evidente habilidade com a fotografia n o era suficiente para que ele superasse a baixa autoestima desenvolvida em seu hist rico escolar. Mas a descoberta ajudou-o a construir um projeto: entrar numa faculdade para estudar fotografia. [...] medida que as fotos eram reveladas e aparecia o brilho nos olhos dos alunos, decidiu-se que todo aquele material deveria virar uma exposi o que transformasse as paredes do Col gio Max numa galeria. Drago tirou o nome para sua exposi o da raiz latina da palavra aluno que significa sem luz . Foram os dias de mais luz da minha vida . DIMENSTEIN, G. Alunos-luz. Folha de S. Paulo, S o Paulo, 24 set. 2008, Cotidiano, p. C2. 7. Shakespeare notava que, se acabarmos com os objetos de luxo, n o teremos nada al m de animalidade. O que o luxo diz que o homem n o se contenta apenas com a satisfa o de suas necessidades naturais. H , acima de tudo, uma busca de excesso, de ultrapassamento da simples naturalidade. Al m disso, o luxo n o simplesmente uma demonstra o de riqueza. Pode o ser, mas esse n o parece o seu sentido. H uma busca de beleza no luxo; uma busca de sensualidade. H um gosto por tudo que refinado. [...] Haveria, ainda, uma quest o muito delicada: a arte faz parte do luxo ou n o? Penso que sim. Costumamos deixar isso de lado, porque a arte tem uma dimens o espiritual, com refer ncias ao sagrado, Beleza, mas se consideramos o pre o de uma obra de arte, vemos que estamos muito pr ximos de um objeto de luxo. Essa a raz o pela qual as pessoas mais ricas, hoje, est o se tornando colecionadoras de arte contempor nea. [...] para dar uma palavrinha sobre a Beleza, eu diria que, atualmente, ela se democratizou : a maior parte das pessoas v mais coisas belas hoje em dia (na televis o, nas revistas, na publicidade etc.); n s consumimos beleza non stop. LIPOVETSKY, G. Cult, S o Paulo, n. 120, ano 10, p. 11 e 17, dez. 2007. 8. A utiliza o do produto culto visa a um consumo que nada tem a ver com a presun o de uma experi ncia est tica; quando muito, o consumidor do produto, ao consumi-lo, entra em contato com modos estil sticos que conservaram algo da nobreza original, e cuja origem ele ignora. [...] Temos aqui produtos de massa que tendem para a provoca o de efeitos, mas que n o se apresentam como substitutos da arte. ECO, U. Apocal pticos e integrados. S o Paulo: Perspectiva, 2004. p. 81. Propostas de reda o A DISCURSO DE FORMATURA O discurso de formatura um g nero discursivo produzido para ser proferido oralmente a um audit rio em um evento solene. Expressa formalmente a maneira de pensar e de agir do(s) locutor(es) e sua vis o acerca dos interlocutores presentes na solenidade. Por se tratar de um texto constru do com o objetivo de defender um ponto de vista sobre determinado assunto, buscando o convencimento do audit rio e, logo, sua ades o s ideias defendidas, um g nero com caracter sticas predominantemente expositivo-argumentativas. Devido a essa forma de intera o, o ponto de vista defendido deve ser fundamentado com explica es, raz es, ilustra es, cita es etc. Imagine que voc esteja concluindo um curso da rea de Artes e tenha sido eleito para ser o orador da turma na solenidade de formatura. Por isso, voc dever escrever o discurso em nome da turma e, considerando os interlocutores presentes, dever dirigir-se a um audit rio composto por autoridades, professores, familiares e amigos. Sua argumenta o deve contemplar uma reflex o acerca do papel da arte na vida cotidiana. Defenda o ponto de vista da turma em rela o a esse tema e explicite o posicionamento assumido diante das fun es est tica e utilitarista da arte. UFG PROCESSO SELETIVO/2009-2 REDA O B BIOGRAFIA O g nero discursivo biografia composto por uma narra o que busca reconstituir os fatos mais relevantes da vida de uma pessoa ou personagem, que, geralmente, alcan ou a celebridade por meio de suas a es. A biografia tem como p blico, na maioria das vezes, pessoas curiosas que se interessam pelo lado mais humano da hist ria e que, por meio da leitura, podem sentir-se mais pr ximas das personagens que admiram. Por se tratar de um texto de natureza narrativa, seu autor possui uma certa liberdade para se expressar, visto que as cenas criadas por ele s o recria es de uma dada realidade, o que admite um componente ficcional, permitindo a explora o de recursos de linguagem para valorizar o texto. O texto biogr fico objetiva proporcionar ao leitor a reconstitui o, o mais real poss vel, de uma imagem da personalidade cuja vida est sendo contada. Por isso, as cita es funcionam como um interessante recurso, porque permitem incorporar ao texto a voz daquela pessoa, associando-a a momentos importantes da sua vida. Considerando as explica es acima, escreva a biografia de um artista (fict cio ou real), cujas a es relativas ao reconhecimento e difus o da arte no Brasil o tenham colocado no lugar de celebridade. Para justificar o registro da hist ria do biografado, produza o texto destacando os principais acontecimentos e realiza es do artista em uma rea das artes. Conte a hist ria da celebridade escolhida, demonstrando como sua obra prop e e refor a as fun es est tica e/ou utilit ria da arte no cotidiano. Por meio de fatos ocorridos, de falas da personagem e de sua intera o com outras personagens, explicite o ponto de vista do artista sobre o papel da arte na vida das pessoas. C CARTA DE SOLICITA O O g nero carta de solicita o possui car ter predominantemente argumentativo-persuasivo. Tem por fun o apresentar a um interlocutor competente a solicita o de alguma medida que possa solucionar o problema apresentado pelo locutor. Ap s a apresenta o do problema, os argumentos que fundamentam a solicita o devem ser selecionados e organizados de forma a comprovar as raz es do remetente. A estrat gia argumentativo-persuasiva busca convencer o destinat rio por meio de explica es, rela es de causa e efeito, compara es, exemplos etc. Suponha que voc seja um artista e resolva concorrer a uma bolsa de estudos oferecida pelo Minist rio da Cultura a artistas que ainda n o tenham cursado o ensino superior. O edital de divulga o da bolsa prev recursos financeiros, passagens e moradia em pa ses da Europa aos selecionados no concurso. Para atender a uma das etapas da sele o, voc deve escrever uma carta solicitando a bolsa de estudos na sua rea de atua o art stica, justificando os motivos pelos quais voc merece ser selecionado. Os argumentos para comprovar suas raz es e persuadir a comiss o julgadora a atender seu pedido devem demonstrar e sustentar o seu ponto de vista quanto ao papel da arte no cotidiano e suas fun es est tica e/ou utilit ria. Para escrever sua carta, considere as caracter sticas interlocutivas pr prias desse g nero. O t tulo, por exemplo, n o necess rio. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOI S PR -REITORIA DE GRADUA O CENTRO DE SELE O Para uso do Centro de Sele o PROCESSO SELETIVO/2009-2 FOLHA DE REDA O RASCUNHO Assinale sua op o: A DISCURSO DE FORMATURA B BIOGRAFIA C CARTA DE SOLICITA O Assine somente no espa o indicado, no rodap desta folha, mesmo se voc optar pela carta. T TULO: SE NECESS RIO, USE O VERSO ASSINATURA DO CANDIDATO N O UTILIZE ESTE ESPA O

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