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UEL Vestibular de 2008 - PROVAS DA 2º FASE : História e Sociologia

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HIST RIA 1) Leia o texto a seguir. [...] Com a boa sorte do Povo de Atenas. Que os legisladores resolvam: se algu m se rebelar contra o Povo visando implantar a Tirania, ou junta-se a conspiradores, ou se algu m atenta contra o povo de Atenas ou contra a Democracia, em Atenas, se algu m cometeu algum destes crimes, quem o matar estar livre de processo. [...] Se algu m, quando o Povo ou a Democracia, em Atenas, tiver sido deposto, dirigir-se- ao Are pago, reunindo-se em conselho, deliberando sobre qualquer assunto, perder sua cidadania, pessoalmente e seus descendentes, seus bens con scados, cabendo Deusa o d zimo [...]. (Lei Ateniense contra a Tirania, 337-6 a.C. Estela de m rmore, com um relevo representando a Democracia ao coroar o Povo de Atenas.(In HARDING 1985, p. 127) Apud FUNARI, P. P. A. Antig idade Cl ssica. A hist ria e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. 2 ed. p. 90.) A lei Ateniense contra a tirania de 337-6 a.C. insere-se na passagem da cidade independente para o estado imperial helen stico. Neste contexto, analise as a rma es a seguir: I. As p leis gregas encontraram-se, no decorrer do s culo IV a.C., crescentemente marcadas pelas disputas internas e externas. II. Esse documento retrata os con itos em Atenas, uma vez que sua leitura evidencia a necessidade de instrumentos legais para a defesa interna da democracia. III. As p leis gregas encontravam-se em um momento de paz, no decorrer do s culo IV a.C., sem que houvesse o risco de atentados contra a democracia. IV. Em um momento em que as cidades gregas perdiam sua autonomia, procurava-se preservar as rela es de poder no interior da polis. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 2) Os animais da It lia possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu ref gio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela It lia est o merc do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crian as. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de fam lia, nem sepultura de ancestral. para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que n o possuem sequer um torr o de terra. (Plutarco, Tib rio Graco, IX, 4. In: PINSKY, J. 100 Textos de Hist ria Antiga. S o Paulo: Contexto, 1991. p. 20.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se a rmar que a Lei da Reforma Agr ria na Roma Antiga a) proposta pelos irm os Graco, Tib rio e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova elei o de Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos. b) proposta por Tib rio Graco, tinha como verdadeiro objetivo bene ciar os patr cios, ocupantes das terras p blicas que haviam sido conquistadas com a expans o do Imp rio. c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a nica forma de colocar os plebeus numa situa o de igualdade com os patr cios, grandes latifundi rios. d) era vista pelos generais do ex rcito romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras conquistadas e, por isto, tinham um acordo rmado com Tib rio. e) foi proposta pelos irm os Graco, que viam na distribui o de terras uma forma de superar a crise provocada pelas conquistas do per odo republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida. 3 3) Aqui em baixo uns rezam, outros combatem e outros ainda trabalham. (DE LAON, Adalber o. Carmen ad Rodbertum Regem. In: DUBY, G. As tres ordens:o imagin rio do feudalismo. Lisboa: Editora Estampa, 1982. p. 25.) Esse preceito, apresentado inicialmente pelo bispo Adalber o, no s culo XI, em parte re ete as fun es/atividades mais caracter sticas do per odo medieval, em parte tem fun o ideol gica, pois esse ordenamento pretendia fortalecer a divis o e a hierarquia. Ainda sobre a sociedade medieval, correto a rmar: a) A divis o acima mencionada re ete uma sociedade na qual a religiosidade se imp e nas v rias esferas da vida, em que o bra o armado tende a impor seu poder sobre os desarmados, em que a economia se fundamenta no trabalho agr cola. b) De nida a sociedade entre religiosos, guerreiros e camponeses a partir do Tratado de Verdum, as atividades n o permitidas pela Igreja foram perseguidas pelos tribunais inquisitoriais. c) Diante da limita o das fun es s tr s ordens e persegui o aos comerciantes promovida pelas monarquias nascentes, a atividade comercial declinou, situa o essa que se reverteu no s culo XVI no contexto do Renascimento Comercial. d) O poder eclesi stico se impunha a partir do momento do batismo, quando era de nido o destino de cada crian a, de acordo com as necessidades fundadas na sociedade de ordens. e) A divis o apresentada, caracter stica do per odo entre os s culos XI e XIII, revela a estagna o econ mica da sociedade, o que explica a crise agr cola e o recuo demogr co. 4) Sobre a religiosidade medieval, correto a rmar: a) Com o m do Imp rio Romano, o Cristianismo, at ent o perseguido, difundiu-se pela Europa, sendo seus adeptos liberados dos impostos pagos pelos id latras. b) A pr tica da bruxaria, ent o disseminada nos meios clericais, provocou a rea o dos crentes e a Revolu o Protestante, levando renova o da experi ncia crist . c) O ate smo foi combatido duramente pela inquisi o, tendo como conseq ncia o desaparecimento dos descrentes at o s culo XVIII. d) A experi ncia da reclus o foi bastante caracter stica na vida religiosa do per odo medieval, sobressaindo-se a ordem beneditina, fundada sobre o princ pio da vida dedicada ora o e ao trabalho. e) A ativa participa o dos leigos na institui o eclesi stica, assim como uma tend ncia ao enfraquecimento da hierarquia dessa, podem ser apontadas como caracter sticas do per odo. 5) Observe a imagem a seguir: (Detalhe da Tape aria de Bayeux (c. 1066-1077). Disponivel em: www.ricardocosta.com/textos/bayeux1.htm. Acesso em: 24 out. 2007.) Com base na imagem, considere as a rmativas a seguir: I. A cultura medieval caracterizou-se pela aus ncia de uma express o art stica pr pria, o que redundou na retomada dos elementos da cultura cl ssica no Renascimento. II. A exemplo da Tape aria de Bayeux, manta encomendada para cobrir o corpo de Carlos Magno, a express o cultural dos homens do per odo medieval era fundada na confec o de objetos menores, f ceis de transportar. III. O bordado conservado um exemplar de express o cultural n o voltado para a liturgia ou culto crist o, o que n o era comum, pois grande parte da arte que se conservou est relacionada religiosidade. IV. A tape aria apresenta um relato da invas o normanda na Inglaterra e traz caracter sticas da arte do per odo como a simplicidade das formas e economia de elementos. 4 A partir da imagem dada e dos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e IV. b) III e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. 6) [...] Diderot aprendera que n o bastava o conhecimento da ci ncia para mudar o mundo, mas que era necess rio aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da hist ria. Tinha consci ncia, por outro lado, que estava trabalhando para o futuro e que as id ias que lan ava acabariam fruti cando. (FONTANA, J. Introdu o ao estudo da Hist ria Geral. Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.) Com base no texto, correto a rmar: a) As contribui es das ci ncias naturais s o su cientes para melhorar o conv vio humano e social. b) Id ias n o passam de projetos que, enquanto n o s o concretizadas, em nada contribuem para o progresso humano. c) Diderot considerava importante o conhecimento das ci ncias humanas para o aprimoramento da sociedade. d) Para o autor, os historiadores recorrem ao passado, enquanto os l sofos questionam a pr pria exist ncia da sociedade. e) A ci ncia e o progresso material s o su cientes para conduzir felicidade humana. 7) A imprensa torna-se o mecanismo de divulga o das id ias e, por meio da publica o de livros, constr i um clima de liberdade para o debate. As publica es envolvem tanto as obras novas como as antigas e abrem espa o para o aumento das tradu es que v o requerer um conhecimento n o s do latim, mas tamb m do grego e do hebraico. As publica es nas l nguas locais se ampliam facilitando o acesso informa o. A ci ncia se seculariza. (RODRIGUES, A.E.; FALCON, F. A forma o do mundo moderno. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.) Com base no texto, correto a rmar: a) Uma vez registrada e p blica, a cultura escrita dominou toda a Europa medieval. b) O latim era a linguagem da cultura crist , o grego da cl ssica e o hebraico da b blica. c) A imprensa foi fundamental para o dom nio crist o empreendido al m-mar. d) A informa o excessiva cindiu a cultura moderna em v rios sistemas de pensamento. e) A divulga o dos saberes foi incrementada e acelerada mediante a publica o de livros. 8) Ali s, o governo, embora seja heredit rio numa fam lia, e colocado nas m os de um s , n o um bem particular, mas um bem p blico que, consequentemente, nunca pode ser tirado das m os do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] N o o Estado que pertence ao Pr ncipe, o Pr ncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus neg cios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedec -lo de acordo com as leis. (DIDEROT, D. (1717-1784). Verbetes pol ticos da Enciclop dia. S o Paulo: Discurso, 2006.) Com base no texto, correto a rmar: a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano respons vel pelos seus s ditos. b) Ao Pr ncipe s o concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino. c) O governante ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier. d) O povo governa mediante representante eleito por sufr gio universal. e) Pr ncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum. 5 9) A Revolu o Francesa representou uma ruptura da ordem pol tica (o Antigo Regime) e sua proposta social desencadeou a) a concentra o do poder nas m os da burguesia, que passou a zelar pelo bem-estar das novas ordens sociais. b) a forma o de uma sociedade fundada nas concep es de direitos dos homens, segundo as quais todos nascem iguais e sem distin o perante a lei. c) a forma o de uma sociedade igualit ria regida pelas comunas, organizadas a partir do campo e das periferias urbanas. d) convuls es sociais, que culminaram com as guerras napole nicas e com a conquista das Am ricas. e) o surgimento da soberania popular, com elei o de representantes de todos segmentos sociais. 10) Analise o mapa a seguir: (BOXER, C. R. O Imp rio mar timo portugu s. S o Paulo: Companhia das Letras. 2002, p. 70-71.) Este mapa indica a fase da expans o europ ia referente a) coloniza o do Brasil e ao com rcio triangular. b) aos dom nios coloniais ib ricos e suas possess es al m-mar. c) expans o lusa denominada Carreira das ndias . d) ao com rcio triangular do Atl ntico Norte. e) ao auge do com rcio desencadeado pelo tr co negreiro. 11) As interpreta es predominantes a rmam que a escravid o nos Estados Unidos da Am rica foi abolida devido ao fato de que: I. O sistema escravista era incompat vel com o funcionamento da Rep blica que, pela Constitui o de 1776, previa igualdade plena de direitos popula o. II. Existia uma rivalidade entre o Norte industrializado e o Sul agr cola, que desencadeou uma guerra na qual o resultado nal foi favor vel ao Norte. III. A escravid o limitava o crescimento do mercado interno ao diminuir a renda dos trabalhadores. IV. Por ser o ltimo pa s a permiti-la, os EUA estavam submetidos a fortes press es, inclusive dos l deres religiosos, que amea aram excomungar os propriet rios de escravos. 6 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 12) Leia o texto a seguir: [...] Aqueles que deixaram a Espanha para converter os ndios viram-se incumbidos de uma miss o de especial import ncia no esquema divino da hist ria, pois a convers o do Novo Mundo era um prel dio necess rio para seu t rmino e para a segunda vinda de Cristo. Acreditavam tamb m que, entre esses povos inocentes da Am rica ainda n o contaminados pelos v cios da Europa, poderiam construir uma Igreja que se aproximasse da de Cristo e os primeiros ap stolos. Os primeiros est gios da miss o americana, com o batismo em massa de centenas de milhares de ndios, pareciam garantir o triunfo desse movimento em prol de um retorno ao cristianismo primitivo que havia t o repetidamente sido frustrado na Europa. [...] No entanto, embora o ndice de convers o fosse espetacular, sua qualidade deixava muito a desejar. Havia sinais alarmantes de que os ndios que haviam adotado a f com aparente entusiasmo ainda veneravam seus velhos dolos em segredo. Os mission rios tamb m se chocaram contra muralhas de resist ncia nos pontos em que suas tentativas de incutir os ensinamentos morais do cristianismo con itavam com padr es de comportamento estabelecidos havia muito tempo. N o era f cil, por exemplo, inculcar as virtudes da monogamia a uma sociedade que via as mulheres como servas e o ac mulo de mulheres como fonte de riqueza. (ELLIOT, J. H. A conquista espanhola e a coloniza o da Am rica. In: BETHELL, L. (org.). Hist ria da Am rica Latina: Am rica Latina Colonial I. S o Paulo: Editora da Universidade de S o Paulo, 1998, v. 1 p. 185-186.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a coloniza o das Am ricas portuguesa e espanhola, correto a rmar: a) As ordens religiosas que no novo mundo se instalaram utilizaram-se do ouro existente em abund ncia e do trabalho ind gena para conquist -los para a f crist , prometendo-lhes defender suas terras, espa o de sobreviv ncia terrena, e o reino dos c us, lugar do descanso ap s a morte. b) A primeira gera o de mission rios percebeu que os ndios n o conseguiam compreender a diferen a entre adora o a uma imagem e o conte do religioso que ela representava. Para solucionar esse problema, algumas imagens de deuses ind genas foram inseridas nas igrejas cat licas constru das nas col nias. c) Quando os mission rios das diversas ordens religiosas perceberam que os ind genas eram desobedientes e necessitavam de cuidado especial, propuseram Coroa espanhola que estimulasse o casamento misto como forma de for ar a ado o por parte dos nativos da F Crist . d) As comunidades ind genas existentes nas Am ricas portuguesa e espanhola, juntamente com os mission rios, investiram no cultivo da terra e exporta o de produtos manufaturados para a Europa. e) A Espanha, baluarte do catolicismo, investiu na conquista religiosa dos nativos acreditando, a princ pio, que os ind genas, por n o conhecerem nem terem tido contato com os defeitos morais e maus h bitos existentes no velho mundo, fossem mais propensos convers o para a F Cat lica. 13) A emancipa o das col nias hispano-americanas, liderada pelos grandes senhores de terras e pela burguesia criolla, encontrou apoio nos setores m dios e populares, os quais, em alguns momentos, chegaram a amea ar a estrutura de domina o de classe imposta pelo regime colonial. Entretanto, com exce o dos Estados Unidos, que implantaram um regime liberal burgu s, no restante da Am rica a independ ncia revelou-se um fato pol tico. Realizada a autonomia, rompidos os v nculos com as metr poles, as classes dominantes das antigas col nias tomaram o poder e constitu ram Estados Nacionais que mantiveram afastada das decis es pol ticas a massa da popula o trabalhadora (majoritariamente ind gena, camponesa ou n o). A estrutura colonial n o sofreu qualquer altera o de peso. A Inglaterra abriu mais ainda a sua porta no continente, assegurando-se de mercados consumidores e de mat rias-primas; a propriedade territorial continuou nas mesmas m os, a despeito de algumas tentativas de l deres liberais das Guerras de Independ ncia; a popula o camponesa permaneceu sob a explora o e o dom nio dos seus antigos senhores. (AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. G. P. C. Hist ria das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 165-166.) 7 De acordo com o texto, correto a rmar: a) A Am rica hisp nica estava vivenciando, j h algum tempo, um maior grau de liberdade comercial em fun o da crise econ mica metropolitana, bem como a crise pol tica desencadeada pelo dom nio franc s, entre os anos de 1808 a 1813. b) O fen meno da emancipa o pol tica na Nova Espanha foi peculiar na Am rica. A Revolu o Mexicana foi o movimento mais representativo do descontentamento da parcela camponesa da popula o contra o autoritarismo e domina o da Espanha, culminando na emancipa o do territ rio do M xico. c) Em toda a Am rica hisp nica e tamb m na portuguesa, o processo de lutas pela emancipa o dos diversos espa os geogr cos que futuramente se constituiram em espa os nacionais, foi conduzido pela Igreja, que lucraria com as emancipa es, agregando mais terras ao seu j rico patrim nio. d) A participa o dos Estados Unidos nos processos de independ ncia das Am ricas foi de crucial import ncia para a ado o do Regime Republicano pelos espa os rec m-independentes. e) Ap s sua independ ncia, a Am rica portuguesa rompeu os la os com a metr pole Portugal e aliou-se s for as de Napole o Bonaparte, adotando para esse espa o rec m-independente os princ pios da Revolu o Francesa. 14) [...] o modernismo induz intelectuais latino-americanos a redescobrir o povo, o que pode lev -los a descobrir camponeses e oper rios, ou ndios e negros. O v nculo com a cultura universal n o imp e necessariamente um car ter dependente ou alienado totalidade de nossa cultura. (IANNI, O. apud. PINSKY, J. et al. Hist ria da Am rica atrav s de textos. S o Paulo: Contexto, 1994. textos e documentos, v. 4, p. 88.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema correto a rmar: a) A produ o cultural referente poca do modernismo caracterizou-se pela valoriza o da mesti agem entre europeus e ind genas como elemento fundamental para o estabelecimento de uma identidade cultural homog nea aos pa ses latino-americanos. b) No modernismo hispano-americano e brasileiro sobressaiu-se a tend ncia de linhas retas e pouco uniformes, heran a ainda dos artistas pertencentes Escola Francesa, trazida por D. Jo o ao Brasil. c) A produ o cultural relativa poca moderna foi in uenciada pelo positivismo, permitindo que a Am rica descobrisse a Am rica atrav s de novas formas de retratar os povos americanos. d) Vinculado a uma cultura universal, o modernismo n o conseguiu tocar os imagin rios sociais sobre a quest o das caracter sticas pr prias de cada pa s, sendo que o olhar do europeu sobre a Am rica que se sobressaiu e foi valorizado nas obras deste per odo. e) O modernismo proporcionou aos artistas e intelectuais americanos a forma o de uma consci ncia social, de car ter nacional-popular, produzindo uma contraposi o subordina o vivenciadas nesses territ rios e valorizando a cultura nacional. 15) Sobre o populismo, correto a rmar: a) A devolu o das terras da Igreja Cat lica e a indeniza o das fam lias dos presos pol ticos se constituem em algumas das medidas usuais no s culo XX na Am rica Latina que foram idealizadas no governo populista de Juan Domingo Per n. b) Ao analisarmos o per odo denominado populista, no Brasil, dois aspectos s o relevantes: o primeiro diz respeito s demiss es de professores universit rios contr rios ao regime; e o segundo; aus ncia do Estado para arbitrar o con ito entre a classe oper ria e os patr es. c) O regime populista, no Brasil, con gurou-se em uma resposta ao militarismo, uma vez que a sociedade havia perdido o direito s liberdades pol ticas, de imprensa e de express o art stica. d) O populismo, expresso atrav s do fortalecimento do poder legislativo, caracterizou-se como um movimento da burguesia para controlar a remessa de lucros do capital nacional ao exterior, que era feito atrav s da compra de a es de empresas estrangeiras. e) O populismo constitui-se em um movimento pol tico que se con gurou em uma forma de administra o estatal. Esteve presente em v rios pa ses latino-americanos, como no M xico com L zaro C rdenas, na Argentina com Juan Domingo Per n e no Brasil com Get lio Vargas. 8 16) A conquista espanhola, em todas as regi es onde se viu coroada de xito, conduziu a um processo de crise geral das culturas submetidas. Em certas situa es, como no caso Arawak das Antilhas, levou ao completo desaparecimento f sico da popula o conquistada. Noutros casos, como no M xico ou no Peru, ainda que n o tenha eliminado totalmente a popula o ind gena, provocou altera es e deforma es profundas na cultura e no modo de vida dos povos conquistados. (VAINFAS, R. Economia e sociedade na Am rica espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 40.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema correto a rmar: a) A historiogra a hispano-americana explica que a baixa populacional ind gena est diretamente vinculada pr tica do homic dio entre os nativos, quando estes perceberam que seriam obrigados a adotar o cristianismo como religi o nica. A baixa demogr ca, desse modo, est relacionada a uma falta do conhecimento dos preceitos da F Crist , que condena o atentado contra a pr pria vida. b) V rus e bact rias at ent o desconhecidos pelos nativos foram respons veis pela baixa populacional ind gena. Sem imunidade para v rias doen as como sarampo, gripe, asma, tuberculose e s lis, a popula o nativa adoecia e morria rapidamente. A Coroa espanhola procurou enviar m dicos para as col nias mas, como as viagens por mar eram muito demoradas, a popula o n o conseguiu resistir. c) A crise das culturas ind genas americanas deu-se em fun o das diversas altera es empreendidas pelos europeus nas col nias: instala o de uma economia mercantil que rede niu o ritmo e a intensidade do trabalho; modi ca o dos cultivos que fez com que mudasse a dieta dos nativos; deslocamento de aldeias causando dist rbios ecol gicos e culturais; atitudes de autodestrui o ao verem ruir seus costumes; epidemias e falta de imunidade, entre outros. d) As mulheres ind genas adotaram, em massa, pr ticas abortivas, impedindo a perpetua o das diversas culturas nativas e for ando os europeus a importarem da frica a m o-de-obra escrava necess ria. A baixa demogr ca, desse modo, pode ser explicada pela vinda de africanos para a Am rica e a intensa miscigena o iniciada nesse momento. e) A superioridade armamentista dos espanh is foi respons vel pela dizima o da maior parte da popula o ind gena, pois, ao depararem-se com armas superiores, os nativos n o tinham como se defender. Embora existisse o com rcio informal de armas contrabando os ind genas n o conseguiam compr -las e assim continuavam em desvantagem utilizando arcos e echas com pontas envenenadas. 17) Leia o texto seguinte sobre a Revolu o Industrial e algumas de suas conseq ncias: Essa revolu o industrial, que nasceu na Inglaterra do s culo XVIII e se propaga, no s culo XIX, pelo continente, na Fran a, na B lgica, a Oeste da Alemanha, no Norte da It lia e em alguns pontos da pen nsula ib rica, repousa no uso de uma nova fonte de energia, o carv o, e nos desenvolvimentos das m quinas, depois das inven es que modi cam as t cnicas de fabrica o. A conjun o desses dois fatores, a aplica o dessa energia nova maquinaria, constitui a origem da revolu o industrial, cujo s mbolo a m quina a vapor. (R MOND, R. O s culo XIX: 1815-1914. Introdu o hist ria de nosso tempo - 2. S o Paulo: Editora Cultrix, 1976. p. 103.) Considere as a rmativas a seguir: I. Com a Revolu o Industrial e o crescimento da nova ind stria, surgiu uma classe inteiramente nova de trabalhadores que s o os oper rios assalariados. II. O crescimento das unidades industriais a partir da Revolu o Industrial propiciou tamb m o surgimento da categoria de empres rios possuidores de capitais. III. A Revolu o Industrial atingiu mais a popula o campesina que a urbana, pois esta se constitu a em parcela da sociedade exclu da das transforma es empreendidas nas cidades. IV. A Revolu o Industrial n o solucionou os problemas dos trabalhadores. O n mero de empregos era menor que o de m o-de-obra dispon vel e, assim, surgiu o chamado ex rcito de reserva de m o-de-obra . Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 9 18) Sobre a Revolu o Industrial, correto a rmar: a) As Am ricas anglo-sax nica, hisp nica e portuguesa n o vivenciaram, como a Europa, o crescimento da m o-deobra e a conseq ente baixa nos sal rios em fun o de uma melhor distribui o dos trabalhadores entre o campo e a cidade. b) Os pa ses que n o vivenciaram o fen meno da grande ind stria conservaram-se agr colas e n o foram afetados pela supervaloriza o dada ao capital ap s a citada revolu o. c) O com rcio internacional p s revolu o provocou uma especializa o da produ o dividindo o mundo entre reas produtoras de mat rias-primas e reas industriais e propiciando o ac mulo de capital nos pa ses industrializados. d) Os movimentos sociais surgidos nesse per odo foram respons veis pela dissemina o das id ias de liberdade e igualdade para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as mulheres que trabalhavam nas f bricas. e) Mesmo tendo aumentado o n mero de produtos manufaturados no mercado, a Revolu o Industrial n o signi cou, no primeiro s culo, avan os e progresso tecnol gico. 19) Observe a imagem a seguir: (PAZZINATO, A. L., SENISE, M. H. V. Hist ria Moderna e Contempor nea. S o Paulo: tica, 1994. p. 177.) Com base na imagem, considere as a rmativas a seguir. I. No s culo XIX, com a descoberta de novas t cnicas e a conseq ente mecaniza o da produ o, os industriais intensi caram a explora o da m o-de-obra para recuperar os investimentos com as maquinarias e aumentar os lucros com a produ o. Para conseguir tal intento, os assalariados tinham que cumprir em m dia 15 horas de trabalho por dia, sendo que mulheres e crian as consideradas inferiores foram comumente utilizadas como m o-de-obra por se constitu rem em for a de trabalho mais barata. II. A crise econ mica que arrasou a Inglaterra na segunda metade do s culo XIX abriu espa o para que os Estados Unidos colocassem no mercado seus produtos industrializados. A partir de ent o, o capitalismo foi se consolidando numa perspectiva mais nanceira e abriu espa o para o surgimento das grandes pot ncias banc rias. III. A luta de classes tornou-se uma realidade a partir do momento em que a sociedade cou dividida em duas classes antag nicas: burguesia e proletariado. As diferen as entre aqueles que eram donos dos meios de produ o e do capital e aqueles que possu am a for a de trabalho m o-de-obra levou estes ltimos a organizarem-se em sindicatos, partidos, associa es para lutar contra a explora o a que eram submetidos. IV. O anarquismo como doutrina pol tica foi primordial para a constitui o da classe burguesa, no s culo XIX, porque defendia a import ncia do capital na consolida o desta nova ordem social. Defendia, tamb m que todos os indiv duos tinham o direito de lutar para garantir melhores sal rios e qualidade de vida. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 10 20) O movimento de 31 de mar o de 1964 tinha sido lan ado aparentemente para livrar o pa s da corrup o e do comunismo e para restaurar a democracia, mas o novo regime come ou a mudar as institui es do pa s atrav s de decretos, chamados de Atos Institucionais (AI). Eles eram justi cados como decorr ncia do exerc cio do Poder Constituinte, inerente a todas as revolu es . (FAUSTO, B. Hist ria do Brasil. S o Paulo: Editora da Universidade de S o Paulo, 1996. p. 465.) Com base no texto, assinale a alternativa correta. a) O AI-5 foi o instrumento que mais contribuiu para que o regime militar seguisse o curso de uma ditadura. A partir da sua institui o, v rios atos de repress o passaram a fazer parte dos m todos utilizados pelo governo. b) O Ato Institucional n 1, institu do pelos comandantes do Ex rcito, atingiu principalmente o patrim nio da Igreja Cat lica e promoveu o in cio da seculariza o da sociedade brasileira. c) Logo ap s o golpe militar de 1964, as elei es para Presidente da Rep blica foram estabelecidas de forma democr tica atrav s de elei es diretas. d) A principal orienta o dos governos militares foi a aproxima o com os Estados Unidos, afastando-se da tend ncia nacionalista que vinha sendo empreendida antes do golpe de 1964. e) Os grupos de luta armada, de orienta o socialista, nas conversas e encontros que tinham com os representantes do governo federal reivindicavam o direito forma o de partidos pol ticos de esquerda. 11 SOCIOLOGIA 21) Leia os depoimentos a seguir: Sou um ser livre, penso apenas com minhas id ias, da minha cabe a, fa o s o que desejo, sou nico, independente, aut nomo. N o sigo o que me obrigam e pronto! Acredito que com a for a dos meus pensamentos poderei realizar todos os meus sonhos, e o meu esfor o ajuda a sociedade a progredir. (Jovem estudante e trabalhadora em uma loja de shopping ). Sou um ser social, o que penso veio da minha fam lia, dos meus amigos e parentes, gostaria de fazer o que desejo, mas dif cil! s vezes fa o o que quero, mas na maioria das vezes sigo meu grupo, meus amigos, minha religi o, minha fam lia, a escola, sei l ... Sinto que dependo disso tudo e gostaria muito de ser livre, mas n o sou! (Jovem estudante em uma escola p blica que trabalha em empregos tempor rios). Sinto que s vezes consigo fazer as coisas que desejo, como ir a raves, mesmo que minha m e n o permita ou concorde. Em outros momentos fa o o que me mandam e acho que deve ser assim mesmo. legal a gente viver segundo as regras e ao mesmo tempo poder mud -las. Nas raves existem regras, muita gente n o percebe, mas h toda uma estrutura, seguran as, taxas, etc. Ent o, sinto que sou livre, posso escolher coisas, mas com alguns limites. (Jovem estudante e Of ce boy). Assinale a alternativa que expressa, respectivamente, as explica es sociol gicas sobre a rela o entre indiv duo e sociedade presentes nas falas. a) Solidariedade mec nica, fundada no funcionalismo de E. Durkheim; individualismo metodol gico, fundado na teoria pol tica liberal; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. b) Teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria organicista de Spencer. c) Individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; funcionalismo, fundado no conceito de consci ncia coletiva de E. Durkheim; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber. d) Sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; funcionalismo, fundado no conceito dos tr s estados de Augusto Comte. e) Corporativismo positivista, fundado em Augusto Comte; individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. 22) De acordo com Florestan Fernandes: A concep o fundamental de ci ncia, de Emile Durkheim (1858-1917), realista, no sentido de defender o princ pio segundo o qual nenhuma ci ncia poss vel sem de ni o de um objeto pr prio e independente. (FERNANDES, F. Fundamentos emp ricos da explica o sociol gica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73). Assinale a alternativa que descreve o objeto pr prio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917). a) O con ito de classe, base da divis o social e transforma o do modo de produ o. b) O fato social, exterior e coercitivo em rela o vontade dos indiv duos. c) A a o social que de ne as inter-rela es compartilhadas de sentido entre os indiv duos. d) A sociedade, produto da vontade e da a o de indiv duos que agem independentes uns dos outros. e) A cultura, resultado das rela es de produ o e da divis o social do trabalho. 23) De acordo com Max Weber, a Sociologia signi ca: uma ci ncia que pretende compreender interpretativamente a a o social e assim explic -la casualmente em seu curso e em seus efeitos. Por a o social entende-se as a es que: quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso. (WEBER, M. Economia e sociedade. traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Bras lia: Editora UnB, 2000. p. 3) 12 Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. Mesmo entre gente humilde, por m, funcionava o sistema de obriga es rec procas. O nonagent rio Nh Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatu , lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre at arranjar a vida . Hoje, diz Nh Roque, a gente paga o batismo e, quando o a lhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a ben o). (CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. S o Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.) II. O sertanejo , antes de tudo, um forte. N o tem o raquitismo exaustivo dos mesti os neurast nicos do litoral. A sua apar ncia, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contr rio. Falta-lhe a pl stica impec vel, o desempeno, a estrutura corret ssima das organiza es atl ticas. (CUNHA, E. Os Sert es. S o Paulo : C rculo do Livro, 1989. p. 95.) III. N o h assim por que considerar que as formas anacr nicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas rela es de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a rela es semifeudais que implicariam uma situa o de latif ndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restri es da servid o da gleba . Isso tudo n o tem sentido na estrutura social brasileira. (PRADO Jr., C. A Revolu o Brasileira. S o Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.) IV. O coronel, antes de ser um l der pol tico, um l der econ mico, n o necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O v nculo n o obedece a linhas t o simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem p blica [...] Ocorre que o coronel n o manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto n o escrito. (FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.) Correspondem ao conceito de a o social citado anteriormente somente as a rmativas a) I e IV. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 24) Segundo Braverman: O mais antigo princ pio inovador do modo capitalista de produ o foi a divis o manufatureira do trabalho [...] A divis o do trabalho na ind stria capitalista n o de modo algum id ntica ao fen meno da distribui o de tarefas, of cios ou especialidades da produ o [...]. (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradu o Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.) O que difere a divis o do trabalho na ind stria capitalista das formas de distribui o anteriores do trabalho? a) A forma o de associa es de of cio que criaram o trabalho assalariado e a padroniza o de processos industriais. b) A realiza o de atividades produtivas sob a forma de unidades de fam lias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independ ncia individual de cada trabalhador. c) O exerc cio de atividades produtivas por meio da divis o do trabalho por idade e g nero, o que leva exclus o das mulheres do mercado de trabalho. d) O controle do ritmo e da distribui o da produ o pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade. e) A subdivis o do trabalho de cada especialidade produtiva em opera es limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e aliena o do trabalhador. 25) Leia o texto a seguir: [...] Em toda parte renasce e se revigora o mau-olhado, a pol tica do julgamento adverso primeira vista, por meio da qual os pa ses ricos se defendem contra aqueles que procedem de pa ses que entraram no ndex pol tico da sele o natural: virtude humana o dinheiro, uma virtude detergente que branqueia quem vem do mundo subdesenvolvido. Na verdade, o migrante entra no pa s de destino pela porta de sa da, modo de permitir-lhe permanecer como se estivesse todo o tempo da perman ncia a caminho da sa da, algo 13 que concretamente ocorre com os muitos que na Alemanha ou nos Estados Unidos aguardam na pris o a deporta o. [...] Estamos em face de uma multiplica o de recursos ideol gicos para barrar a entrada de migrantes nos pa ses de destino. At 11 de setembro [de 2001] funcionava o estere tipo de tra cante (uma cara de ndio latino-americano era perfeita para barrar passageiros no desembarque) e o estere tipo de desempregado (a condi o de jovem tem sido perfeita para discriminar) ou o estere tipo de prostituta (jovem e mulher vinda do Terceiro Mundo), e terrorista (cara de rabe ou barbudo ou mesmo bigode moda do Oriente-m dio). Agora, estamos vivendo o momento mais interessante de reelabora o dos estere tipos, com o predom nio do temor ao terrorista sobre os estere tipos usados at aqui. Registros e den ncias dos ltimos meses indicam que o novo estere tipo abrange tamb m pessoas com apar ncia de ricas [...]. [...] De fato, os aeroportos internacionais dos pa ses ricos tornaram-se o teatro do medo e da intimida o. [...] O crit rio da discrimina o visual do migrante nem mesmo pode detectar sua principal motiva o para migrar que hoje o trabalho. [...] Os agentes do mau olhado portu rio e aeroportu rio n o podem ver esse conte do substancialmente espec co da migra o por um motivo simples: os migrantes s o pessoas que em boa parte j foram socializadas no mesmo registro sociol gico daqueles que devem e esperam barr -los. S o express es da sociedade moderna que se difundem atrav s da globaliza o. As medidas de seguran a nacional voltadas para a interdi o do acesso de migrantes aos pa ses ricos s o o corol rio da globaliza o em seus efeitos n o s econ micos, mas tamb m culturais e sociais. (MARTINS, J. de S. Seguran a nacional e inseguran a trabalhista: os migrantes na encruzilhada. In: Caderno de Direito - FESO, Teres polis, ano V, n. 7, 2 semestre 2004, p. 113-127.) De acordo com o texto, correto a rmar que depois do 11 de setembro de 2001 a) a globaliza o continuou ampliando as fronteiras entre os povos ricos e pobres, diversi cando os processos de migra es. b) os processos de migra es puderam ser harmonizados em fun o da desburocratiza o nos aeroportos dos pa ses ricos. c) os mecanismos de seguran a, nas fronteiras dos pa ses ricos, foram amenizados como t tica para detectar os terroristas e impedir suas a es. d) a entrada de pessoas ricas nos pa ses ricos, oriundas dos pa ses pobres, tem sido facilitada como estrat gia de atra o de divisas de capital. e) os estere tipos e as formas de discrimina o foram ampliados no processo de migra o de pessoas dos pa ses pobres para os pa ses ricos. 26) Sobre a explora o do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), correto a rmar: a) A lei da hora-extra explica como os propriet rios dos meios de produ o se apropriam das horas n o pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produ o das mercadorias. b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas ap s o hor rio contratado, que n o s o pagas ao trabalhador pelos propriet rios dos meios de produ o. c) A lei da mais-valia explica como o propriet rio dos meios de produ o extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas trabalhadas. d) A lei da mais valia a garantia de que o trabalhador receber o valor real do que produziu durante a jornada de trabalho. e) As horas extras trabalhadas ap s o expediente constituem-se na ess ncia do processo de produ o de excedentes e da apropria o das mercadorias pelo propriet rio dos meios de produ o. 27) Leia o texto a seguir: Unamo-nos para defender os fracos da opress o, conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence, instituamos regulamentos de justi a e de paz, aos quais todos sejam obrigados a conformar-se, que n o abram exce o para ningu m e que, submetendo igualmente a deveres m tuos o poderoso e o fraco, reparem de certo modo os caprichos da fortuna. (ROUSSEAU, J-J. Discours sur l origine de l inegalit . apud NASCIMENTO, M. M. Rousseau: da servid o liberdade. In WEFORT, F. (Org). Os cl ssicos da pol tica, v. 1. S o Paulo: tica, 1989. p. 195.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que reproduz a rela o que Rousseau estabelece entre as id ias de Contrato Social e Desigualdade. a) O Contrato Social, uma imposi o do soberano sobre seus s ditos, elimina a liberdade natural e faz aumentar a fortuna dos fortes e opress o sobre os fracos. 14 b) O Contrato Social, obriga es impostas pelos fortes para serem cumpridas pelos mais fracos, amplia a desigualdade e a disc rdia social. c) O Contrato Social, regulamento aplicado a todos, divide igualmente a riqueza e as posses dos fortes entre os mais fracos para poder promover a igualdade social. d) O Contrato Social, um pacto leg timo, permite aos homens, em troca de sua liberdade natural, a vida em conc rdia, ao estabelecer obriga es comuns a todos e equiparar as diferen as que a sorte fez favorecer a uns e n o a outros. e) O Contrato social, um pacto de defesa dos mais fracos, elimina a desigualdade, ao submeter os ricos ao poder dos fracos e assim permite que as posses sejam igualmente distribu das. 28) Max Weber, soci logo alem o, conceituou tr s tipos ideais de domina o: domina o legal, domina o tradicional e domina o carism tica. S o tipos ideais porque s o constru es conceituais que o investigador utiliza para fazer aproxima es entre a teoria e o mundo emp rico. Leia a seguir o trecho da Carta Testamento de Get lio Vargas: Sigo o destino que imposto. Depois de dec nios de dom nio e espolia o dos grupos econ micos e nanceiros internacionais, z-me chefe de uma revolu o e venci. Iniciei o trabalho de liberta o e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra os do povo. (VARGAS, G. Carta Testamento. Disponivel em: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbd/verbetes_htm/5458_53.asp. Acesso em: 17 nov. 2007.) Com base nos conhecimentos sobre os tipos ideais de domina o e levando em considera o o texto citado e as caracter sticas hist ricas e pol ticas do per odo, assinale a nica alternativa que apresenta a con gura o correta do tipo de domina o exercida por Get lio Vargas. a) Domina o carism tica e tradicional. b) Domina o tradicional que se op e domina o carism tica. c) Domina o tradicional e legal. d) Domina o legal e carism tica. e) Domina o legal que refor a a domina o tradicional. 29) Leia o texto a seguir: As sociedades primitivas s o sociedades sem Estado: esse julgamento, de fato, em si mesmo correto, na verdade dissimula uma opini o, um ju zo de valor, que prejudica imediatamente a possibilidade de constituir uma Antropologia pol tica como ci ncia rigorosa. O que de fato se enuncia que as sociedades primitivas est o privadas de alguma coisa o Estado que lhes , tal como a qualquer outra sociedade a nossa, por exemplo necess ria. Essas sociedades s o portanto, incompletas. N o s o exatamente verdadeiras sociedades n o s o policiadas , e subsistem na experi ncia talvez dolorosa de uma falta falta do Estado que nelas tentariam, sempre em v o, suprir.[...]. J se percebeu que, quase sempre, as sociedades arcaicas s o determinadas de maneira negativa, sob o crit rio da falta: sociedades sem Estado, sociedades sem escrita, sociedades sem hist ria. (Mas, por outro lado, deve ser levado em considera o que nestas sociedades) a rela o do poder com a troca, por ser negativa, n o deixa de mostrar-nos que ao n vel mais profundo da estrutura social, lugar da constitui o inconsciente das suas dimens es, de onde adv m e onde se encerra a problem tica desse poder. Em outros termos, a pr pria cultura, como diferen a maior da natureza, que se investe totalmente na recusa desse poder.[...]. Elas pressentiram muito cedo que a transcend ncia do poder encerra para o grupo um risco mortal, que o princ pio de uma autoridade exterior e criadora de sua pr pria legalidade uma contesta o da pr pria cultura [...]; descobrindo o grande parentesco do poder e da natureza, como dupla limita o do universo da cultura, as sociedades ind genas souberam inventar um meio de neutralizar a viol ncia da autoridade pol tica. (CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978, p. 133, 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. A exist ncia de sociedades sem Estado, se deve ao fato de que nestas sociedades h uma identi ca o, ainda que inconsciente, entre a concentra o de poder e a nega o da cultura. II. Nas sociedades sem Estado, a recusa centraliza o do poder se deve exist ncia de mitos espec cos que identi cam a autoridade pol tica a seres demi rgicos. III. Existe uma tend ncia segundo a qual as sociedades denominadas como primitivas s o consideradas negativamente, atrav s de uma tica que se pauta na aus ncia de determinadas caracter sticas presentes nas sociedades ocidentais, e que n o leva em considera o suas peculiaridades culturais. 15 IV. As sociedades primitivas n o possuem Estado em decorr ncia do seu atraso quanto ao desenvolvimento das institui es pol ticas, s formas de parentesco e s racionalidades comunicativas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 30) Leia o texto a seguir: Os partidos socialistas, com o apoio das classes trabalhadoras em expans o de seus pa ses, e inspirados pela cren a na inevitabilidade hist rica de sua vit ria, representavam essa alternativa na maioria dos Estados da Europa. Aparentemente, s era preciso um sinal para os povos se levantarem, substitu rem o capitalismo pelo socialismo, e com isso transformarem os sofrimentos sem sentido da guerra mundial em alguma coisa mais positiva: as sangrentas dores e convuls es do parto de um novo mundo. A Revolu o Russa, ou mais precisamente, a Revolu o Bolchevique de outubro de 1917, pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se portanto t o fundamental para hist ria [do s culo XX] quanto a Revolu o Francesa de 1789 para o s culo XIX. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve s culo XX, 1914-1991. S o Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a Revolu o Russa de 1917 fundamental para a hist ria do s culo XX porque a) alterou radicalmente a organiza o da sociedade, da economia e do Estado, atrav s da mobiliza o de milhares de pessoas, camponeses e oper rios, que ocuparam o governo e iniciaram novas experi ncias de organiza o e participa o pol tica, tornando-se refer ncia para outros pa ses que realizaram suas revolu es. b) produziu uma invers o no sentido das mudan as sociais, imprimindo um ritmo mais lento ao processo de organiza o dos oper rios, camponeses e oprimidos, que ocuparam os espa os culturais, regionais e civis, tornando-se modelo para as contra-revolu es pac cas e comunistas. c) mudou a mentalidade do operariado, que passou a lutar mais pelas mudan as de direitos individuais e menos pelos direitos universais e corporativos, levando os movimentos radicais a disputarem os cargos dos governos em uma clara concord ncia com o jogo democr tico burgu s . d) ajudou a criar estruturas de personalidades tolerantes com o curso do capitalismo que levaria todos igualdade social na propor o em que as agita es comunistas in uenciassem os oper rios e camponeses. e) proporcionou a cren a no direito positivo, na propriedade privada e nos processos de convuls o social do mercado estrati cado que, semelhan a da Revolu o Francesa, estimularia a mobilidade e ascens o social das burguesias pactuadas com os oper rios e camponeses. 31) As rela es amorosas, ap s os anos de 1960/1980, tenderam a facilitar os contatos feitos e desfeitos imediatamente, gerando uma gama de possibilidades de parceiros e experimentos de prazer. Essa forma de contato amoroso tem sido denominada pelos jovens como car . Assim, em uma festa pode-se car com v rios parceiros ou durante um tempo ir cando em diferentes situa es, sem que isso se con gure em compromisso, namoro ou outra modalidade institucional de rela o. Os processos sociais que provocaram as mudan as nas rela es amorosas, bem como suas conseq ncias para o indiv duo e para a sociedade, t m sido problematizados por v rios cientistas sociais. Assinale a alternativa em que o texto explica os sentidos das rela es amorosas descritas acima. a) Hoje as artes de express o n o s o as nicas que se prop em s mulheres; muitas delas tentam atividades criadoras. A situa o da mulher predisp e-na a procurar uma salva o na literatura e na arte. Vivendo margem do mundo masculino, n o o apreende em sua gura universal e sim atrav s de uma vis o singular; ele para ela, n o um conjunto de utens lios e conceitos e sim uma fonte de sensa es e emo es; ela interessa-se pelas qualidades das coisas no que t m de gratuito e secreto [...] . (BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. S o Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.) 16 b) Hoje, no entanto, existe uma renova o, o que signi ca dizer que os cientistas, quando chegam atrav s do seu conhecimento a esses problemas fundamentais, tentam por si pr prios compreend -los e fazem um apelo sua pr pria re ex o. Nos pr ximos anos, por exemplo, ap s as experi ncias do Aspecto, a discuss o sobre o espa o e sobre o tempo problemas los cos vai ser retomada . (MORIN, E. A intelig ncia da complexidade. 2. ed. S o Paulo: Peir polis, 2000. p. 37.) c) Nova era demogr ca de decl nio populacional n o catastr co pode estar alvorecendo. Fome, epidemias, enchentes, vulc es e guerras cobraram seu pre o no passado, mas que grandes popula es n o se reproduzam por escolha individual uma mudan a hist rica not vel. Na Europa Ocidental, esse padr o est se estabelecendo em tempos de paz, sob condi es de grande prosperidade, embora, sejam ainda vis veis oscila es conjunturais, signi cativas na depress o escandinava do in cio dos anos de 1990. (THERBORN, G. Sexo e poder. S o Paulo: Contexto, 2006. p. 446). d) assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto para o uso imediato, o prazer passageiro, a satisfa o instant nea, resultados que n o exijam esfor os prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolu o do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a experi ncia amorosa semelhan a de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas caracter sticas e prometem desejo sem ansiedade, esfor o sem suor e resultados sem esfor o. (BAUMAN, Z. Amor l quido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22). e) Viver na grande metr pole signi ca enfrentar a viol ncia que ela produz, expande e exalta, no mesmo pacote em que gera e acalenta as cria es mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido, talvez a primeira viol ncia de que somos v tima, j no in cio do dia, o jornalismo, sempre muito sequioso de retratar e reportar, nos m nimos detalhes, o que de mais contundente e chocante a humanidade produziu no dia anterior [...] . (NAFFAH NETO, A. Viol ncia e ressentimento. In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. S o Paulo: Hucitec, 1997. p. 99.) 32) Leia o texto a seguir: Uma not vel virada na hist ria do casamento teve in cio na d cada nal do s culo XX, com a institucionaliza o o cial do casamento homossexual, ou parceria . [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma leg tima de sexualidade foi parte da revolu o sexual do ocidente. Ela est agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associa o Psiqui trica Americana. Em 1975, a Comiss o de Servi os Civis dos EUA retirou sua interdi o contrata o de homossexuais. Logo, a discrimina o dos homossexuais que passou a ser considerada um delito. A igualdade em rela o orienta o sexual esteve nas normas para a nomea o de prefeitos na Holanda na d cada de 1980, por exemplo. Grande avan o internacional foi sua inclus o na Constitui o Sul-Africana p s-apatheid [em 1996]. [...] Entretanto, o que interessante nesse nosso contexto particular s o as reivindica es de gays e l sbicas pelo direito ao casamento e a aceita o parcial de sua exig ncias. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandin via como tantas outras coisas da moderna mudan a da fam lia. Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabita o dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legisla o nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros pa ses escandinavos. Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas est em efeito desde 1998, na Fran a desde 1999, abrangendo tamb m rela es pessoais solid rias que n o apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, ent o na oposi o, foi apresentado antes das elei es de 2002, mas n o foi ainda votado. O casamento n o est desaparecendo. Est mudando. (THERBORN, G. Sexo e poder: a fam lia no mundo, 1900-2000. S o Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.) Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos a) cl ssicos movimentos oper rios organizados em v rios pa ses desde o s culo XIX, voltados para os problemas de classes sociais, direitos trabalhistas, participa o pol tica e sindical, fortemente impulsionados pelos l deres sindicais. b) tradicionais movimentos religiosos da Am rica Latina e outros pa ses no s culo XX, voltados pela humaniza o das rela es sociais, direitos humanos, inclus o social e pol tica, fortemente impulsionados pelos l deres eclesi sticos. c) recentes movimentos sociais surgidos em v rios continentes na d cada de 2000, voltados para a manuten o dos direitos civis, fortalecimento do casamento como institui o familiar s lida e e caz na preserva o da estrutura social patriarcal. d) modernos movimentos sociais surgidos em todo o mundo na d cada de 1930, voltados para a consolida o dos la os de solidariedade, uni o e civilidade, fortemente impulsionados pelos l deres do sindicalismo corporativo. e) novos movimentos sociais surgidos em v rios pa ses a partir dos anos de 1960, voltados para os problemas identit rios de grupos, g nero, etnias e pol ticas do corpo, fortemente impulsionados pelas ativistas feministas. 17 33) Observe o gr co a seguir: (PNUD, Atlas Racial Brasileiro - 2004) De acordo com os dados e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) A pobreza um fen meno que afeta basicamente a popula o de cor branca, uma vez que, em todo per odo mostrado no gr co, a porcentagem de indigentes brancos aumentou em rela o porcentagem de brancos pobres. b) Ap s 1990, aumentou a propor o de brancos abaixo da linha de indig ncia, que passou de pouco mais de 10% para aproximadamente 25% do total da popula o. c) Ap s 1994, a propor o de negros pobres no total da popula o negra no Brasil permanece em torno de 50%, enquanto varia aproximadamente em torno de 20 a 25% a propor o de brancos pobres no mesmo per odo. d) A pobreza um fen meno que afetado pela ra a ou cor, enquanto que a indig ncia n o demonstra ter rela o com a quest o racial, uma vez que a varia o entre negros indigentes e brancos pobres bastante aproximada em todo o per odo. e) A pobreza um fen meno que vem aumentando continuamente em toda popula o brasileira ao longo do per odo que vai de 1982 a 2003, demonstrando os equ vocos dos estudos sobre desigualdade baseados nas vari veis de ra a ou de cor. 34) Observe o gr co a seguir: (Desigualdade, Estabilidade e Bem-Estar Social, Marcelo Neri, 2006.) 18 Com base no gr co e nos conhecimentos sobre o per odo, assinale a alternativa correta. a) Do pen ltimo ano do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso em diante, observa-se uma diminui o na concentra o de renda, com uma redu o cont nua na diferen a de renda entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. b) Entre o ano subseq ente ao lan amento do Plano Real e o ano da primeira elei o do presidente Lula, houve uma redu o na renda dos 50% mais pobres e um aumento na renda dos 10% mais ricos. c) Durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, aumentou em aproximadamente 3% a diferen a entre a renda dos 10% mais ricos e os 50% mais pobres. d) Houve uma maior distribui o de renda no Brasil no per odo que compreende o ano anterior ao lan amento do Plano Real e o ano subseq ente, com redu o na dist ncia entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. e) Durante o primeiro mandato do presidente Lula, houve uma eleva o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 10% mais ricos da popula o e uma redu o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 50% mais pobres. 35) Leia o texto a seguir: Como argumentaram com muita propriedade diversos cr ticos da tradi o sociol gica [...] As na es e os estados nacionais n o interagem simplesmente entre si; sob as condi es modernas, eles formam ou tendem a formar um mundo, isto , um contexto global com os seus pr prios processos e mecanismos de integra o. A forma nacional de integra o, dessa forma, desenvolve-se e funciona em conex o ntima e num con ito mais ou menos acentuado com a forma global. [...] Para apreender a sua relev ncia em rela o an lise do nacionalismo, necess rio ter em mente que a globaliza o de modo algum sin nimo de homogeneiza o [...]. Pelo contr rio, ela deve ser entendida como uma nova estrutura de diferencia o. (ARNASON, J. P. Nacionalismo, globaliza o e modernidade, In: FEATHERSTONE, M. (Org.) Cultura global: nacionaliza o, globaliza o e modernidade. Petr polis: Vozes, 1994. p. 238.) De acordo com o texto, correto a rmar: a) Os Estados Nacionais possuem total autonomia quanto globaliza o, por isso n o sofrem re exos deste processo, garantindo a homogeneidade, a simetria e unidade contra as distin es. b) A globaliza o um processo que atinge e subverte todos os Estados Nacionais, que tendem ao desaparecimento com constru o pol tica moderna de regula o das rela es sociais locais. c) Apesar da resist ncia dos Estados Nacionais, a globaliza o resulta em homogeneiza o severa em todos os pa ses que atinge. d) Em virtude da presen a dos Estados Nacionais, a tend ncia de homogeneiza o pr pria globaliza o deve ser relativizada, pois muitas vezes, ao inv s de uma homogeneiza o, ela acaba por promover novas formas de diferencia o. e) Inexiste rela o direta entre globaliza o e Estados Nacionais, pois, estes ltimos se preservam por meio de mecanismos de defesa aut ctones e totalit rios. 36) Leia o texto a seguir. [...] Como observam os pesquisadores do Instituto de Estudos Avan ados da Cultura da Universidade de Virg nia, os executivos globais que entrevistaram vivem e trabalham num mundo feito de viagens entre os principais centros metropolitanos globais T quio, Nova York, Londres e Los Angeles. Passam n o menos do que um ter o de seu tempo no exterior. Quando no exterior, a maioria dos entrevistados tende a interagir e socializar com outros globalizados... Onde quer que v o, hot is, restaurantes, academias de gin stica, escrit rios e aeroportos s o virtualmente id nticos. Num certo sentido habitam uma bolha sociocultural isolada das diferen as mais speras entre diferentes culturas nacionais... S o certamente cosmopolitas, mas de maneira limitada e isolada. [...] A mesmice a caracter stica mais not vel, e a identidade cosmopolita feita precisamente da uniformidade mundial dos passatempos e da semelhan a global dos alojamentos cosmopolitas, e isso constr i e sustenta sua secess o coletiva em rela o diversidade dos nativos. Dentro de muitas ilhas do arquip lago cosmopolita, o p blico homog neo, as regras de admiss o s o estrita e meticulosamente (ainda que de modo informal) impostas, os padr es de conduta precisos e exigentes, demandando conformidade incondicional. Como todas as comunidades cercadas , a probabilidade de encontrar um estrangeiro genu no e de enfrentar um genu no desa o cultural reduzida ao m nimo inevit vel; os estranhos que n o podem ser sicamente removidos por causa do teor indispens vel dos servi os que prestam ao isolamento e autoconten o ilus ria das ilhas cosmopolitas s o culturalmente eliminados jogados para o fundo invis vel e tido como certo . (BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por seguran a no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p. 53-55.) 19 De acordo com o texto, correto a rmar que a globaliza o estimulou a) a dissemina o do cosmopolitismo, que rompe as fronteiras tnicas, quando todos s o viajantes. b) um novo tipo de cosmopolitismo, que refor a o etnocentrismo de classe e de origem tnica. c) a intera o entre as culturas nativas, as classes e as etnias, alargando o cosmopolitismo dos viajantes de neg cio. d) o desenvolvimento da alteridade atrav s de uma cultura cosmopolita dos viajantes de neg cios. e) a emerg ncia de um novo tipo de viajantes de neg cios, envolvidos com as comunidades e culturas nativas dos pa ses, onde se hospedam. 37) A forma o cultural do Brasil tem como eixo central a miscigena o. Autores, como por exemplo Gilberto Freire, destacaram que a mistura de ra as/etnias europ ias, africanas e ind genas con guraram nossos h bitos, valores, hierarquias, estilos de vida, manifesta es art sticas, en m, a maioria das dimens es da nossa vida social, pol tica, econ mica e cultural. Entretanto, outros pensadores consideravam-na um aspecto negativo em nossa forma o e tentaram ressaltar as origens europ ias de algumas regi es, como o intelectual paranaense Wilson Martins a rmou: Assim o Paran . Territ rio que, do ponto de vista sociol gico, acrescentou ao Brasil uma nova dimens o, a de uma civiliza o original constru da com peda os de todas as outras. Sem escravid o, sem negro, sem portugu s e sem ndio, dir-se-ia que a sua de ni o n o brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expans es temperamentais, despojado de adornos, sua hist ria a de uma constru o modesta e s lida e t o profundamente brasileira que p de, sem alardes, impor o predom nio de uma id ia nacional a tantas culturas antag nicas. E que p de, sobretudo, numa experi ncia magn ca, harmoniz -las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que n o ascendeu a pr pria Europa, de onde elas provieram. Assim o Paran . (MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fen menos de acultura o no Paran . 2. ed. S o Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.) O preconceito em rela o s origens africanas e ind genas criou uma ambig idade no processo de auto a rma o dos indiv duos em rela o s suas origens. Assinale a alternativa em que a rvore geneal gica relatada por um indiv duo evidencia esse sentimento de ambig idade em rela o forma o social brasileira. a) Meu av paterno, lho de italianos, casou-se com uma lha de ndios do interior de Minas Gerais; meu av materno, lho de portugu s casado com uma negra, casou-se com uma lha de portugueses. Apesar de saber que sou fruto de uma mistura, dependendo do lugar em que estou, destaco uma dessas descend ncias: na maioria das vezes, digo que descendo de portugueses e/ou de italianos; raramente digo que descendo de negros e ndios, quando o fa o porque terei alguma vantagem. b) Meu av paterno, lho de negros, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de portugu s casado com uma espanhola, casou-se com uma lha de italianos. Sempre destaco que sou brasileiro acima de tudo, pois descendo de negros, ndios e europeus. Essa a rma o ajuda-me a obter vantagens em diferentes lugares, pois a identidade brasileira tem sido assumida com clareza pelo estado e pelo povo ao longo da hist ria. c) Meus av s maternos s o lhos de italianos e os av s paternos s o lhos de imigrantes alem es. Eu casei com uma negra, mas meus lhos ser o, predominantemente, brancos. Tenho orgulho dessa descend ncia que predominante nas diferentes regi es do Brasil. Costumo destacar que o Brasil diferente, branco e negro e eu descendo de fam lias italianas e alem s, assim como meu lho. Esse tra o cultural revela a grandeza do pa s e a rmeza de nossa identidade cultural. d) Meu av paterno, lho de ndios do Paran , casou-se com uma lha de ndios do Rio Grande Sul; meu av materno, lho de negros, casou-se com uma lha de negros. Gosto de a rmar que sou brasileiro, pois ndios, portugueses e negros formam nossa identidade nacional. e) Meu av paterno, lho de poloneses, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de ucranianos, casou-se com uma lha de poloneses. Como sou paranaense, costumo destacar que o Paran tem miscigena o semelhante as das outras regi es do Brasil: aqui temos ndios, europeus e negros. 38) No capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, isto , todas as mercadorias; ap s hav -las produzido, entregam-nas aos propriet rios dos meios de produ o, mediante um sal rio; os propriet rios dos meios de produ o vendem as mercadorias aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando v o ao mercado de consumo, n o conseguem compr -las. [...] Embora os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes mercadorias, n o percebem que, como classe social, produziram todas elas, isto , que os produtores de tecidos, roupas, alimentos [...] s o membros da mesma classe social. Os trabalhadores se v em como indiv duos isolados [...], n o se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. (CHAU , M. Convite Filoso a. 13 ed. S o Paulo: tica, 2004. p. 387.) 20 Com base no texto e nos conhecimentos sobre aliena o e ideologia, considere as a rmativas a seguir: a) A consci ncia de classe para os trabalhadores resulta da vontade de cada trabalhador em superar a situa o de explora o em que se encontra sob o capitalismo. b) no mercado que a explora o do trabalhador torna-se expl cita, favorecendo a forma o da ideologia de classe. c) A ideologia da produ o capitalista constitui-se de imagens e id ias que levam os indiv duos a compreenderem a ess ncia das rela es sociais de produ o. d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as rela es de classe e o v nculo entre o trabalhador e o produto realizado. e) O processo de n o identi ca o do trabalhador com o produto de seu trabalho o que se chama aliena o. A ideologia liga-se a este processo, ocultando as rela es sociais que estruturam a sociedade. 39) Observe os gr cos a seguir. Com base nos gr cos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Os dados sobre a divis o das concess es de R dio e TV no Brasil indicam concentra o de poder, de produ o e de circula o de produtos culturais. II. Embora a Rede Globo tenha o maior n mero de grupos a liados, de audi ncia e de arrecada o com o mercado publicit rio, a divis o equ nime entre as outras redes garante a fei o democr tica da maior ind stria cultural do Brasil. III. O mercado dos diferentes ve culos de m dia revela que mais de 60% dos jornais e 70% da audi ncia de TV pertencem a dois grupos, que apresentam o maior faturamento na ind stria cultural nacional. IV. Os n meros de grupos a liados s grandes redes revelam diversi ca o, exibiliza o e maior regionaliza o na produ o dos bens culturais, e, portanto, uma tend ncia de fortalecimento da democratiza o social. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 21 40) Observe os quadrinhos: (QUINO. Mafalda. S o Paulo, n. 9, p. 2, 2002.) Com base nos quadrinhos e nos conhecimentos sobre os meios de comunica o de massa (MCM), assinale a alternativa que explicita algumas posi es do debate te rico sobre esse tema. a) As re ex es da personagem Mafalda sobre as propagandas levam-na a concluir que sua m e precisa adquirir os produtos, que as crian as podem assistir TV e brincar, dosando suas tarefas di rias, o que revela a pertin ncia das teorias que v em os MCM como mecanismos de integra o social. b) A personagem Mafalda obedece s ordens de sua m e, assiste TV e encanta-se com as promessas das propagandas, corroborando com as teorias pessimistas sobre o papel dos MCM e a passividade dos telespectadores. c) A atitude da personagem Mafalda demonstra a cr tica aos artif cios da propaganda que ressalta a magia da mercadoria, prometendo mais do que ela realmente pode oferecer, e que os sujeitos nem sempre s o passivos diante dos MCM. d) Ao sair para brincar ap s assistir TV, a personagem Mafalda sente-se mais livre e feliz, pois descobriu o quanto alguns produtos anunciados pelas propagandas melhoram a vida dom stica de sua m e, reproduzindo aspectos da cultura erudita e do modo de vida so sticado, como acreditam as teorias otimistas sobre os MCM. e) A m e da personagem Mafalda admira-se da intelig ncia da lha, que compreendeu muito bem os poderes dos objetos anunciados nas propagandas de TV, refor ando as teorias sobre o papel educativo e de emancipa o dos MCM. 22 VESTIBULAR 2008 2a FASE 10/12/2007 Gabarito oficial provis rio HIST RIA e SOCIOLOGIA 1 d 21 c 2 e 22 b 3 a 23 a 4 d 24 e 5 b 25 e 6 c 26 c 7 e 27 d 8 a 28 d 9 b 29 b 10 c 30 a 11 b 31 d 12 e 32 e 13 a 33 c 14 e 34 a 15 e 35 d 16 c 36 b 17 d 37 a 18 c 38 e 19 b 39 b 20 a 40 c Londrina, 10 de dezembro de 2007 Prof. Dr. N bio Delanne Ferraz Mafra Diretor Pedag gico em exerc cio COPS

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 10/12/2007
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