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UEL Vestibular de 2010 - PROVAS DA 1º FASE : Conhecimentos Gerais

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Universidade Estadual de Londrina C oordenadoria de P rocessos Sel et ivos PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR 2010 15/11/2009 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Aten o: Assine no local indicado. 2. Esta prova composta por 60 quest es objetivas. 3. Aguarde autoriza o para abrir o Caderno de Prova. A seguir, antes de iniciar a prova, confira a pagina o. 4. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 5. Verifique se os dados impressos no Cart o-Resposta correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. A Prova Objetiva composta por quest es de m ltipla escolha, em que h somente uma alternativa correta. Transcreva para o Cart o-Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente com caneta esferogr fica de tinta preta. 7. No Cart o-Resposta anulam a quest o: a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o. N o haver substitui o do Cart o-Resposta por erro de preenchimento. 8. N o ser o permitidos empr stimos de materiais, consultas e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros e apontamentos. Rel gio, aparelhos eletr nicos e, em especial, aparelhos celulares dever o ser desligados e colocados no saco pl stico fornecido pelo Fiscal. O n ocumprimento destas exig ncias ocasionar a exclus o do candidato deste Processo Seletivo. 9. Ao concluir a prova, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o Caderno de Prova e o Cart o- Resposta, devidamente assinados. 10. O tempo para o preenchimento do Cart o-Resposta est contido na dura o desta prova. DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS CONHECIMENTOS GERAIS PROVA 1 O tema geral desta prova INVEN ES E DESCOBERTAS: UM MUNDO EM MOVIMENTO As quest es de 1 a 7 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas darwinismo, ecossistemas e DNA. Leia o texto I e responda s quest es de 1 a 3. Texto I Darwin, empolgado com as maravilhas da natureza tropical, em Salvador e no Rio, registrou: A viagem do Beagle foi sem d vida o acontecimento mais importante de minha vida e determinou toda a minha carreira. As maravilhas das vegeta es dos tr picos erguem-se hoje em minha lembran a de maneira mais v vida do que qualquer outra coisa. (Adaptado de: MOREIRA, I. C. Darwin, Wallace e o Brasil. In Jornal da Ci ncia, Ano XXII, n. 625, p. 6, 11 jul. 2008.) 1 Darwin, em sua teoria de sele o natural, forneceu uma explica o para as origens da adapta o. A adapta o aumenta a capacidade de um organismo de utilizar recursos ambientais para sobreviver e se reproduzir. Com base na s rie de observa es e conclus es de Darwin e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas: I. O tamanho das popula es naturais mant m-se constante ao longo do tempo, sendo limitado por fatores ambientais, como a disponibilidade de alimento, locais de procria o e presen a de inimigos naturais. II. Uma luta cont nua pela exist ncia ocorre entre indiv duos de uma popula o e a cada gera o muitos morrem sem deixar descendentes; os que sobrevivem apresentam determinadas caracter sticas relacionadas adapta o. III. Os indiv duos de uma popula o possuem as mesmas caracter sticas, o que in uencia sua capacidade de explorar com sucesso os recursos naturais e de deixar descendentes. IV. Os indiv duos mais adaptados se reproduzem e transmitem aos descendentes as caracter sticas relacionadas a essa adapta o, favorecendo a perman ncia e o aprimoramento dessas caracter sticas ao longo de gera es sucessivas. Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e) Somente as a rmativas I e II s o corretas. Somente as a rmativas I e III s o corretas. Somente as a rmativas III e IV s o corretas. Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: Gen tica e evolu o Teoria da origem da vida: Darwinismo. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o diversidade da vida, segundo Darwin. Justi cativa A a rmativa III incorreta, pois os indiv duos de uma popula o diferem quanto a diversas caracter sticas, inclusive aquelas que in uenciam na capacidade de explorar com sucesso os recursos naturais e de deixar descendentes. 2 Com base no texto I e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. A ideia de evolu o n o era nova, contudo, foi Darwin que estabeleceu cienti camente o princ pio da sele o natural como fator respons vel pela evolu o dos organismos. II. As conclus es expostas no livro A origem das esp cies levaram ao aprimoramento dos estudos de Lamark que embasavam a teoria da gera o espont nea dos organismos. III. Em sua viagem, Darwin observou a ocorr ncia de processos biol gicos semelhantes em reas geogr cas e com seres vivos diferentes, o que colaborou para a elabora o da Teoria da Evolu o pela sele o natural. IV. A Teoria da Evolu o pela sele o natural, conhecida por darwinismo, tamb m foi desenvolvida por Alfred Wallace que, na mesma poca, estudava o fen meno evolutivo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 1 / 54 Alternativa correta: e Conte do program tico: Mundo na modernidade O Darwinismo e a Teoria da Sele o Natural. Compet ncias e habilidades: Criticar, analisar e interpretar fontes documentais distintas, identi cando as diferentes abordagens disciplinares sobre o desenvolvimento do conhecimento cient co. Justi cativa A quest o insere-se na discuss o sobre as transforma es no conhecimento cient co ocorridas durante o s culo XIX, abordando o estabelecimento, por Darwin, do princ pio da sele o natural das esp cies. Assim, a resposta correta a alternativa E (as a rmativas I, III, e IV est o corretas). A a rmativa II est incorreta, pois as id ias expostas no livro A origem das esp cies n o signi caram uma supera o dos fundamentos teol gicos, de acordo com os quais cada esp cie animal ou vegetal teria sido criada independentemente por ato divino, da mesma forma que n o levaram supera o da teoria da gera o espont nea dos organismos. 3 De acordo com o texto I, Darwin mostrou-se empolgado com a natureza tropical, em Salvador e no Rio de Janeiro. Assinale a alternativa que identi ca corretamente o ecossistema comum s duas localidades e suas caracter sticas. a) A Caatinga caracteriza-se pela presen a de rvores com troncos retorcidos, de casca espessa e folhas cori ceas, em reas com ndices pluviom tricos entre 1.100 e 2.000 mm por ano, e sua vegeta o determinada pelas caracter sticas do solo. b) A Floresta Pluvial Costeira caracteriza-se pela presen a de rvores com folhas largas e perenes, alta diversidade de ep tas, com a altura m dia do andar superior entre 30 e 35 m, com a maior densidade da vegeta o no andar arbustivo. c) Os Manguezais s o muito afetados pelo clima, est o ligados exist ncia de um ciclo de mar s, t m solo rico em oxig nio e apresentam alta diversidade de esp cies vegetais. d) O Cerrado caracteriza-se pela presen a de rvores que perdem suas folhas periodicamente e de plantas suculentas com folhas transformadas em espinhos, em reas com ndices pluviom tricos baixos, entre 500 e 700 mm anuais. e) A Floresta de Cocais ou Baba ual tem baixo ndice de precipita o e temperatura m dia anual acima dos 30 C, com len ol fre tico profundo; seu solo permanece seco a maior parte do ano. Alternativa correta: b Conte do program tico: Ecologia componentes dos ecossistemas. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o ao ecossistema comun e suas principais caracter sticas em Salvador e no Rio de Janeiro. Justi cativa a) Incorreta. A Caatinga caracteriza-se pela presen a de rvores que perdem suas folhas periodicamente e de plantas suculentas com folhas transformadas em espinhos, em reas com ndices pluviom tricos baixos, entre 500 mm a 700 mm anuais. b) Correta. A Floresta Pluvial Costeira caracteriza-se pela presen a de rvores com folhas largas e perenes, alta diversidade de ep tas, com a altura m dia do andar superior entre 30 m e 35 m, mas com a maior densidade da vegeta o no andar arbustivo. c) Incorreta. Os Manguezais s o pouco afetados pelo clima, n o est o ligados exist ncia de um ciclo de mar s, t m solo pobre em oxig nio e apresentam pouca diversidade de esp cies vegetais. d) Incorreta. O Cerrado caracteriza-se pela presen a de rvores com troncos retorcidos, de casca espessa e folhas cori ceas, em reas com ndices pluviom tricos entre 1.100 mm e 2.000 mm por ano, e sua vegeta o determinada pelas caracter sticas do solo. e) Incorreta. A Floresta de Cocais ou Baba ual tem ndice elevado de precipita o e temperatura m dia anual de 26 graus, com len ol fre tico pouco profundo, e o solo permanece mido o ano todo. 2 / 54 4 No pensamento tico-pol tico de Plat o, a organiza o no Estado Ideal re ete a justi a concebida como a disposi o das faculdades da alma que faz com que cada uma delas cumpra a fun o que lhe pr pria. No Livro V de A Rep blica, Plat o apresentou o Estado Ideal como governo dos melhores selecionados. Para garantir que a ra a dos guardi es se mantivesse pura, o l sofo escreveu: preciso que os homens superiores se encontrem com as mulheres superiores o maior n mero de vezes poss vel, e inversamente, os inferiores com as inferiores, e que se crie a descend ncia daqueles, e a destes n o, se queremos que o rebanho se eleve s alturas. (Adaptado de: PLAT O. A Rep blica. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993, p.227-228.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento tico-pol tico de Plat o correto a rmar: a) No Estado Ideal, a escolha dos mais aptos para governar a sociedade expressa uma exig ncia que est de acordo com a natureza. b) O Estado Ideal prospera melhor com uma massa humana difusamente misturada, em que os homens e mulheres livremente se escolhem. c) O reconhecimento da honra como fundamento da organiza o do Estado Ideal torna leg tima a supremacia dos melhores sobre as classes inferiores. d) A condi o necess ria para que se realize o Estado Ideal que as ocupa es pr prias de homens e mulheres sejam atribu das por suas qualidades distintas. e) O Estado Ideal apresenta-se como a tentativa de organizar a sociedade dos melhores fundada na riqueza como valor supremo. Alternativa correta: a Conte do program tico: Problemas ticos e pol ticos na Filoso a. Compet ncias e habilidades: Leitura signi cativa de textos los cos, demonstrando as capacidades de an lise, interpreta o, reconstru o racional do texto e problematiza o cr tica. Articula o de conhecimentos los cos com diferentes conte dos discursivos das Ci ncias Naturais. Contextualiza o de conhecimentos los cos tendo como horizonte o complexo desenvolvimento cient co-tecnol gico das sociedades contempor neas. Justi cativa O texto de Plat o extra do de sua obra A Rep blica indica que esta sele o procede segundo a natureza, tanto para homens como para mulheres. Por sua vez, esta sele o dos melhores para governaar corresponde ideia de justi a na cidade. No pensamento tico-pol tico de Plat o, esta justi a re ete a disposi o das tr s faculdades da alma (racional, irasc vel e a apetitiva), cada qual cumprindo a fun o que lhe pr pria. semelhan a destas tr s faculdades, o Estado ideal se organiza em tr s classes, dentre as quais se destaca a que se refere ocupa o dos guardi es. O conceito de os melhores adquire seu sentido pleno ao se explicitar enquanto princ pio de sele o. sobre este aspecto claramente apresentado que reside o foco para se interpretar o enunciado da quest o. Para ingressar no reduzido grupo dos guadi es a escolha se realiza pela aptid o natural tanto de homens como de mulheres para governar. Observe que este princ pio n o distingue homens e mulheres. Com rela o ao of cio de guardi o n o existe de modo algum nada que seja naturalmente pr prio para homem ou para mulher, n o obstante se reconhe a que a mulher seja sicamente mais fraca do que o homem. Essa mesma natureza prop cia ao governo da cidade que h no homem e na mulher, dever ser educada da mesma maneira. Em A rep blica (455d-456b), Plat o a rma: Logo, n o h na administra o da cidade nenhuma ocupa o [...] pr pria da mulher, enquanto mulher, nem do homem, enquanto homem, mas as qualidades naturais est o distribu das de modo semelhante em ambos os seres, e a mulher participa de todas as atividades, de acordo com a natureza, e o homem tamb m, conquanto em todas elas a mulher seja mais d bil do que o homem. [...] A aptid o natural, tanto do homem como da mulher, para quardar a cidade , por conseguinte, a mesma, exceto na medida em que a desta mais d bil, e a daquele mais robusta (PLAT O, A rep blica. p. 220-221). Werner Jaeger, na sua obra Paid ia, claramente a rma: Plat o de ne o Estado idal como governo do melhores. Com isso que expressar uma exig ncia que est de acordo com a natureza e, portanto, absolutamente obrigat ria . Em seguida refere-se a um aspecto fundamental para promover a sele o racial da classe chamada a governar. Segundo Plat o, a decend ncia da classe dominante corresponder , regra geral, excel ncia dos c njuges, sendo aprimorada na educa o. na melhor educa o que se deve basear o governo dos melhores; aquela, por sua vez, exige como terreno de cultura as melhores aptid es naturais (JAEGER, W. Paid ia: a forma o do homem grego. p. 565.) A partir destas considera es acerca do princ pio de sele o dos melhores para o governo da cidade, podemos analisar as alternativas da quest o. a) Correta. Segundo Plat o, cada ser humano n o nasce em tudo semelhante aos outros, mas com diferen as dadas pela natureza que os torna aptos a realizarem trabalhos distintos (cf. A Rep blica 369a - 370e). Assim, para a constitui o do Estado Ideal, o l sofo prop e a sele o (e uma educa o peculiar correspondente) dos melhores homens 3 / 54 e mulheres que possuam as mesmas aptid es para governar em decorr ncia da natureza e, portanto, obrigat ria e necess ria. N o obstante a diferen a natural entre o homem e a mulher, Plat o entende que ambos podem apresentar as mesmas aptid es naturais para o desempenho de uma mesma fun o ou pro ss o (A Rep blica 453e). Esta sele o apresenta-se coerente com o princ pio plat nico de que a justi a de um Estado constru do organicamente consiste em cada um cumprir a fun o que lhe atribu da pela natureza. Conv m ressaltar que a aristocracia plat nica n o constitu da por uma nobreza de sangue de car ter heredit rio cujos indiv duos desde o nascimento possuam o direito de, a seu tempo, governarem o Estado. Mas h que considerar tamb m que o governo dos melhores selecionados, em virtude de suas aptid es naturais, deve se basear na melhor educa o. Portanto, Plat o n o prop e educar na aret uma nobreza de sangue j existente, mas formar esta elite mediante a sele o dos representantes da suprema aret , com base na natureza. Para este prop sito, o governante deve sacri car sua individualidade, sua vida privada e o direito de propriedade ao Estado. (PLAT O. A Rep blica. 6.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990; cf. JAEGER, W. Paid ia: a forma o do homem grego. 2.ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1989. p.559-567; cf. REALE, G. Hist ria da Filoso a Antiga. vol. 2: Plat o e Arist teles. S o Paulo: Loyola, 1994. pp. 243-251.). b) Incorreta. De acordo com Plat o (A Rep blica 458a-460e), no Estado Ideal, compreende-se que o controle seletivo para constituir a elite aristocr tica governantes ou guardi es do Estado deve se realizar pelo con bio dos melhores homens com as melhores mulheres. Deste modo, n o se pode permitir que a popula o se constitua de forma misturada e difusa, sem qualquer limite da procria o ou sem coibir a liberdade na escolha das esposas. Aos melhores homens e mulheres selecionados vedado contrair uni es que a autoridade competente n o aprove. Segundo JAEGER, para Plat o o Estado perfeito prospera melhor em condi es f ceis de avaliar do que com um massa humana difusamente misturada [...] . Entretanto,o Estado plat nico favorece superiormente a uni o dos melhores homens e mulheres selecionados e submetidos a uma vida comum resguardada e, dentro do poss vel, p e obst culos aos menos aptos. Segundo Plat o (A Rep blica 459d-459e), que os homens superiores se encontrem com as mulheres superiores o maior n mero de vezes poss vel e, inversamente, os inferiores com as inferiores, e que se crie a descend ncia daqueles, e a destes n o, se queremos que o rebanho se eleve s alturas [...] (A Rep blica 459d-459e). (PLAT O, A Rep blica. 6.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990; cf. JAEGER, Werner. Paid ia: a forma o do homem grego. 2.ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1989, p.565-567). c) Incorreta. Duas considera es preliminares devem ser levadas em conta: por um lado, de acordo com o texto apresentado na quest o, a organiza o no Estado Ideal, em Plat o, re ete a justi a concebida como a disposi o das faculdades da alma que faz com que cada uma delas cumpra a fun o que lhe pr pria e, de acordo com a sua natureza, determina aquela que domina ou se deixa dominar. Por outro lado, o Estado Ideal apresentado por Plat o , na verdade, uma aristocracia. Segundo Giovanni Reale, um Estado guardado e governado pelos melhores por natureza e por educa o, fundado sobre a virtude como valor supremo e caracterizado pela primazia, nos seus cidad os, da parte racional da alma (REALE, Giovanni. Hist ria da Filoso a Antiga. Vol II. S o Paulo: Loyola, 1994. p.264). Dentre as formas corrompidas do Estado, Plat o elenca a timocracia que rompe o equil brio essencial do Estado perfeito porque substitui a honra pela virtude. A vida p blica impulsionada pela sede de honras e, portanto, a ambi o, enquanto na vida particular j prevalece, habilmente escondida e mascarada, a sede de dinheiro (ibidem, p. 264). Portanto, Plat o jamais constitui a honra como valor tico supremo e, tampouco, como fundamento do Estado Ideal. d) Incorreta. A concep o plat nica de Estado Ideal opera uma invers o conceitual da fun o da mulher grega. Em geral, o grego recolhia a mulher no recinto dom stico con ando-lhe a administra o da casa e a cria o dos lhos. Ela deveria ser mantida longe das atividades da cultura e da gin stica, das atividades b licas e pol ticas. No livro V de A Rep blica (455d-456a), Plat o nega a atribui o de qualquer of cio de administra o do Estado diferenciando homens e mulheres em raz o das diferen as de g nero. Para al m das diferen as de g nero, Plat o entende que tal atribui o deve levar em conta as disposi es da natureza que est o igualmente repartidas entre os dois sexos. N o existem ocupa es pr prias de homens e mulheres em raz o da diferen a de g nero. Neste sentido, a mulher, tanto quanto o homem, chamada pela natureza para o exerc cio de todas as fun es no Estado Ideal. A nica ressalva que ela apenas mais fraca sicamente que o homem. No entanto, dado que n o possuem qualidades distintas para ocupar estas fun es, ambos possuem a mesma natureza pass vel de ser educada da mesma forma. (cf. JAEGER, Werner. Paid ia: a forma o do homem grego. 2 . ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1989. pp. 551-574). e) Incorreta. Para Plat o, a riqueza n o poderia ser concebida como valor supremo e, por este modo, como fundamento te rico ou como condi o para a realiza o do Estado Ideal, dado que este manifesta o justo equil brio das faculdades da alma humana. A riqueza funda, dentre outras, uma forma corrompida de governo: a oligarquia. Esta assinala a decad ncia ulterior dos valores porque o senhorio da riqueza substitui o da virtude. Segundo Giovanni Reale, na oligarquia, os ricos gerem a coisa p blica e os pobres s o desprezados. O con ito entre ricos e pobres se torna permanente, pois n o h qualquer valor superior riqueza e pobreza que possibilite a media o. Rompe-se o equil brio, por m, a justi a. (cf. REALE, Giovanni. Hist ria da Filoso a Antiga. Vol. II. S o Paulo: Loyola, 1994. p.264). N o uma aristocracia fundada na nobreza de sangue ou tampouco uma oligarquia fundada em uma classe 4 / 54 de propriet rios que serve de fundamento exist ncia do Estado plat nico, mas a sua perfei o com base na completa unidade e coes o do Estado e de suas partes: a justi a. Tal justi a espelha o divino, o absoluto: o Bem no qual o Estado alcan a a sua plena de ni o e realiza o. O Bem supremo torna-se, assim, al m do fundamento do ser e do cosmo, e da vida privada dos homens, tamb m o fundamento da vida dos homens na sua dimens o pol tica. (cf. JAEGER, Werner. Paid ia: a forma o do homem grego. 2.ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1989. p.559-567; cf. REALE. Giovanni. Hist ria da Filoso a Antiga. vol. II. S o Paulo: Loyola, 1994, pp.256-274). Observe a gura a seguir e responda s quest es 5 e 6. Figura 1: Cristalogra a 5 A cristalogra a de raios X auxiliou a desvendar a estrutura do DNA, cujo modelo foi constru do por Watson e Crick, em 1953. Com base na gura 1 e nos conhecimentos sobre os principais aspectos da estrutura do DNA, correto a rmar: a) A determina o dos tomos que comp em o DNA foi poss vel porque o comprimento de onda dos raios X da mesma ordem de grandeza que o comprimento m dio da mol cula do DNA. b) As posi es dos tomos em uma subst ncia qu mica cristalizada podem ser inferidas pelo padr o de refra o resultante dos raios X que a atravessam. c) As liga es que ocorrem entre as bases nitrogenadas no interior da h lice do DNA s o poss veis devido diferen a de eletronegatividade entre os tomos de nitrog nio ligados a tomos de hidrog nio nas bases. d) Os fosfatos se ligam s pentoses pelos tomos de f sforo por meio de liga es de hidrog nio. e) Na estrutura do DNA as liga es de oxig nio ocorrem entre pares de bases espec cos: a adenina liga-se citosina e a timina liga-se guanina. Alternativa correta: c Conte do program tico: Gen tica estrutura do DNA, luz e radia o eletromagn tica. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o a estrutura molecular do DNA e sua descoberta via radia o eletromagn tica. Justi cativa a) A determina o da estrutura do DNA foi poss vel porque os raios X s o um tipo de radia o eletromagn tica com comprimento de onda ( ) de mesma ordem de grandeza que as dist ncias que separam as cadeias de nucleot deos. (F sica). b) As posi es dos tomos em uma subst ncia qu mica cristalizada podem ser inferidas pelo padr o de difra o de raios X que a atravessam. (F sica). c) As liga es que ocorrem entre as bases nitrogenadas no interior da h lice do DNA s o poss veis devido diferen a de eletronegatividade entre os tomos de nitrog nio ligados a tomos de hidrog nio nas bases. (Qu mica). 5 / 54 d) Os fosfatos representados apresentam um tomo de oxig nio unido por liga o covalente a um tomo de hidrog nio que possibilita a intera o da mol cula de DNA com ons positivos no interior da c lula. (Qu mica). e) Na estrutura do DNA as liga es de hidrog nio ocorrem entre pares de bases espec cos: a adenina liga-se unicamente com a timina e a citosina liga-se unicamente com a guanina. (Biologia). 6 A fonte de raios X apresentada na gura 1 est detalhada na gura a seguir: No tubo, sob v cuo, el trons s o produzidos no lamento A e acelerados para o eletrodo C, devido diferen a de potencial V . Os el trons acelerados colidem com o eletrodo transferindo-lhe sua energia e produzindo os raios X. Sabendo que a energia cin tica (Ec ) adquirida pelos el trons igual a Ec = e V e que sua massa (me ), sua carga (e) e a diferen a de potencial ( V ) qual est submetida s o me 10 31 kg , e 10 19 C e V 104 V , a velocidade = = = aproximada do el tron ao colidir com o eletrodo : a) 1, 41 108 m/s b) 3, 60 108 m/s c) 5, 10 108 m/s d) 1, 00 1016 m/s e) 4, 00 1016 m/s Alternativa correta: a Conte do program tico: Conserva o de energia, energia cin tica. Compet ncias e habilidades: Avaliar o conhecimento do candidato com rela o transforma o de energia. Justi cativa 1 2 me ve (me =massa do el tron). 2 Ao atingir o eletrodo C , a velocidade do el tron pode ser obtida pela express o Ec = e V , a qual fornece: A energia cin tica Ec , segundo a mec nica, dada por: Ec = Ec = 1 2 me ve 2 = e V 2 ve = ve 2 e V me = ve ve ve 2 e V me 1/2 2 10 19 104 10 31 2 1016 = = 1, 41 108 m/s 6 / 54 1 /2 7 A estrutura do DNA, representada na gura 1, possibilitou desvendar como as caracter sticas dos pais s o repassadas aos lhos. Sabendo que as chances de nascimento de menino e menina s o iguais, a probabilidade de um casal, em tr s gesta es, de uma crian a em cada gesta o, ter pelo menos um menino a) b) c) d) e) 1 8 1 3 5 8 2 3 7 8 Alternativa correta: e Conte do program tico: Probabilidades e Princ pio de Contagem. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o capacidade de utilizar o conhecimentos de probabilidade ou princ pio de contagem. Justi cativa Ter pelo menos um signi ca poder ter um, dois ou tr s meninos em tr s gesta es. Representemos por H o nascimento de um menino e por M o nascimento de uma menina. Por meio do princ pio de contagem, temos as seguintes possibilidades: Observe que, dentre as oito possibilidades, sete ter o pelo menos um menino. 7 / 54 As quest es de 8 a 16 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas vacinas, antibi ticos, soros e metab litos. Leia os textos II e III e responda quest o 8. Texto II preciso compreender que a vacina o um objeto de dif cil apreens o, constituindo-se, na realidade, em um fen meno de grande complexidade onde se associam e se entrechocam cren as e concep es pol ticas, cient cas e culturais as mais variadas. A vacina o tamb m, pelas implica es socioculturais e morais que envolve, a resultante de processos hist ricos nos quais s o tecidas m ltiplas intera es e onde concorrem representa es antag nicas sobre o direito coletivo e o direito individual, sobre as rela es entre Estado, sociedade, indiv duos, empresas e pa ses, sobre o direito informa o, sobre a tica e principalmente sobre a vida e a morte. (Adaptado de: PORTO, A.; PONTE, C. F. Vacinas e campanhas: imagens de uma hist ria a ser contada. Hist ria, Ci ncias, Sa de. Manguinhos, vol. 10 (suplemento 2). p. 725-742. 2003.) Texto III No Brasil a vacina esteve no centro de um grande embate social no in cio do s culo XX, denominado Revolta da Vacina, ilustrado na charge ao lado. (O Malho. Revista 126. Rio de Janeiro, 11 fev. 1905.) 8 Sobre a Revolta da Vacina, correto a rmar que foi a) um movimento cuja base social eram os trabalhadores imigrantes pobres n o reconhecidos pelo Estado brasileiro como portadores de direitos sociais e, portanto, exclu dos da campanha de vacina o em massa proposta por Oswaldo Cruz. b) uma mobiliza o popular que reivindicava ao governo Rodrigues Alves pol ticas de sa de p blica, em particular o combate a doen as como febre amarela, peste bub nica e var ola. c) de agrada em raz o dos altos custos nanceiros dos medicamentos e das vacinas contra a var ola e a febre amarela, ent o acess veis apenas s camadas sociais m dias urbanas e s elites rurais. d) uma rea o das classes populares a um conjunto de medidas sanit rias, entre as quais uma reforma urbana (elimina o de corti os, constru o de ruas e avenidas largas), realizada com trucul ncia por funcion rios do governo federal. e) uma iniciativa dos intelectuais positivistas brasileiros para os quais aquelas medidas de sa de p blica, voltadas s camadas pobres da popula o, deveriam ser obrigat rias. Alternativa correta: d Conte do program tico: Mudan a/Transforma o Social/Movimentos Sociais/Direitos/Cidadania. Compet ncias e habilidades: Contextualiza o s ciocultural. Construir a identidade social e pol tica, de modo a viabilizar o exerc cio da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder p blico e o cidad o e tamb m entre os diferentes grupos. 8 / 54 Justi cativa A alternativa d a correta, pois desde o in cio de 1904 havia proposta do governo federal, no Rio de Janeiro, de tornar a vacina o obrigat ria, como forma de combater as diversas epidemias ent o existentes no Estado, tais como var ola, febre amarela, peste bub nica. Com a aprova o da Lei, em outubro de 1904, proliferaram as manifesta es de car ter popular contra as medidas sanit rias do governo e seu car ter autorit rio, que eram acompanhadas de uma reforma urbana conduzida por Pereira Passos. A alternativa a errada, pois a Revolta da Vacina n o foi um movimento de imigrantes pobres exigindo direitos de cidadania para poderem se vacinar, estando o car ter da Revolta expl cito na alternativa d . A alternativa b igualmente falsa, pois as medidas contrapuseram as camadas populares ao governo Rodrigues Alves em vez de implicarem uma ades o dos setores populares s medidas sanitaristas propostas. Quanto alternativa c , o motivo da Revolta n o foi o alto custo dos rem dios. Com rela o alternativa e , o movimento n o foi uma iniciativa dos positivistas brasileiros, embora os mesmos tivessem restri es reforma sanitarista proposta. Al m disso, os positivistas haviam apoiado o advento da ordem republicana, estando fora de suas inten es o restabelecimento do Imp rio. 9 Leia o texto e analise os dados da tabela a seguir: A rub ola uma doen a causada por v rus, cuja transmiss o se d pelo contato direto, por secre es ou pelo ar e, ao atingir as mulheres gr vidas, pode causar malforma es nos fetos. Em 2003, a vacina tr plice viral contra sarampo, rub ola e caxumba passou a fazer parte do calend rio de vacina o e suas coberturas vacinais mantiveram-se em 100% da meta estabelecida em todas as regi es at 2005. O n mero total de casos no Brasil passou de 749 em 2003 para 365 em 2005. Participa o das macrorregi es geogr cas nos casos de rub ola, 2003 a 2005 (Adaptado de: REDE DE INFORMA ES PARA A SA DE. Dispon vel em: <www.ripsa.org.br/ chasIDB>. acesso em: 8 set. 2009.) Dentre os fatores geogr cos que contribuem para explicar a distribui o dos casos de rub ola pelas grandes regi es do pa s est a a) di culdade de acesso s reas de maior concentra o populacional, o que reduz a cobertura vacinal nas regi es com menor incid ncia da doen a. b) diferen a na densidade demogr ca, na circula o de pessoas e na composi o da rede urbana de cada regi o. c) dispers o da popula o e as grandes dist ncias entre os locais de vacina o e de resid ncia da popula o alvo nas regi es com maior incid ncia da doen a. d) prioridade dada s regi es com maior percentual de popula o rural nas campanhas de vacina o da tr plice viral. e) aus ncia, em determinadas regi es do pa s, de sistemas de transporte e cientes e capazes de viabilizar a ampla distribui o das vacinas. Alternativa correta: b Conte do program tico: Din mica populacional e desigualdades regionais Compet ncias e habilidades: Requer a habilidade de leitura, interpreta o de gr cos e textos e o conhecimento da din mica regional brasileira. 9 / 54 Justi cativa A quest o remete ao conhecimento das diferen as entre as macrorregi es brasileiras, sobretudo no tocante distribui o da popula o e a composi o das redes urbanas regionais. Em paralelo exige a leitura atenta do texto, em especial das indica es sobre as formas de cont gio, e do gr co que revela a distribui o regional do n mero de casos de rub ola no per odo 2003 2005. A maior concentra o de casos ocorre nas Regi es Sudeste e Nordeste e est relacionada ao fato de que s o as duas macrorregi es mais populosas do pa s, com diversos pontos de elevada densidade demogr ca e com intensa circula o de pessoas e mercadorias proporcionada pela composi o e pela complexidade das redes urbanas intrarregionais. Esses fatores facilitam o cont gio que ocorre pelo contato direto, por secre es ou pelo ar. Por sua vez, a Regi o Norte, com a implanta o da ampla cobertura vacinal se manteve relativamente est vel nas ltimas posi es e a Regi o Sul onde fatores geogr cos semelhantes aos presentes no Sudeste e Nordeste tamb m atuam, aumentou sua participa o no n mero de casos da doen a. 10 Analise as a rmativas a seguir: I. As vacinas podem ser produzidas a partir de micro-organismos atenuados ou mortos, toxinas neutralizadas, ou simplesmente utilizando componentes de c psula, membrana ou parede bacterianas. II. A vacina inativada aquela em que o v rus encontra-se vivo, por m, sem capacidade de produzir a doen a, e a vacina atenuada aquela que cont m o v rus morto por agentes qu micos ou f sicos. III. Mal ria, tuberculose e t tano s o doen as virais; caxumba, dengue e sarampo s o doen as bacterianas, todas controladas por vacina o. IV. A imuniza o um processo pelo qual se adquire imunidade ou prote o contra uma determinada doen a infecciosa, seja ap s adquirir a doen a ou mediante a administra o de vacina. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: b Conte do program tico: Diversidade dos seres vivos Caracter sticas dos seres humanos segundo aspectos siol gicos. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o s fun es realizadas pelos sistemas imunol gicos, bem como avaliar se o candidato sabe como s o produzidas as vacinas e identi ca exemplos de doen as virais e bacterianas controladas por vacinas. Justi cativa I. Correta. As vacinas podem ser produzidas a partir de micro-organismos atenuados ou mortos, toxinas neutralizadas, ou simplesmente utilizando componentes de c psula, membrana ou parede bacterianas. II. Incorreta. A vacina inativada aquela que cont m o v rus inativado por agentes qu micos ou f sicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia gen tica, e a vacina atenuada aquela em que o v rus encontra-se vivo, por m, sem capacidade de produzir a doen a. III. Incorreta. Tuberculose e t tano s o exemplos de doen as bacterianas; caxumba e sarampo s o exemplos de doen as vir ticas, todas controladas por vacina o. A dengue causada por v rus, mal ria causada por protozo rio, e ambas n o s o controladas por vacina o. IV. Correta. A imuniza o um processo atrav s do qual se adquire um conjunto de mecanismos de defesa ou prote o contra uma doen a infecciosa determinada, seja ap s adquirir a doen a ou mediante a administra o de vacina. 10 / 54 11 A lio liza o uma t cnica de secagem de materiais sob condi es de baixas temperatura e press o. Nessas condi es, a elimina o da gua preserva a forma do material e suas estruturas termossens veis. Ao longo do processo, a temperatura e a press o s o ajustadas de tal modo que a gua seja retirada por sublima o. Dentre os materiais secados por lio liza o destacam-se alguns tipos de vacinas que, uma vez lio lizadas, t m seu prazo de validade aumentado, podendo ser transportadas para regi es distantes com prec rias condi es t cnicas de armazenagem. O fen meno f sico da sublima o caracteriza-se pela transi o do estado a) s lido para o estado vapor. b) vapor para o estado l quido. c) s lido para o estado l quido. d) l quido para o estado s lido. e) l quido para o estado vapor. Alternativa correta: a Conte do program tico: Termodin mica, transi o de fase, calor latente. Compet ncias e habilidades: Avaliar o conhecimento do candidato com rela o a mudan as de fase. Justi cativa A lio liza o ocorre por sublima o. a) Correta. A sublima o a passagem (transi o) do estado s lido para o estado vapor, sem passar pelo estado l quido. b) Incorreta. A condensa o a passagem do estado vapor para o estado l quido. c) Incorreta. A liquefa o a passagem do estado s lido para o estado l quido. d) Incorreta. A solidi ca o a passagem do estado l quido para o estado s lido. e) Incorreta. A vaporiza o a passagem do estado l quido para o estado vapor. 12 A utiliza o do soro imune o tratamento utilizado contra a pe onha de cobras, aranhas, escorpi es e lacraias. As pe onhas, utilizadas para produ o do soro, s o retiradas de gl ndulas localizadas em diferentes locais do corpo desses animais. Analise as a rmativas a seguir: I. As aranhas possuem essas gl ndulas associadas a ap ndices da regi o anterior do corpo denominados quel ceras, com os quais inoculam a pe onha. II. Os escorpi es possuem essas gl ndulas associadas a uma estrutura localizada na extremidade posterior do corpo denominada aguilh o, com a qual inoculam a pe onha. III. As lacraias possuem essas gl ndulas associadas a ap ndices do ltimo segmento do tronco, modi cados em uma estrutura injetora de pe onha, denominados pedipalpos. IV. As serpentes possuem um par dessas gl ndulas no maxilar superior sendo que, al m de injetar a pe onha pela picada, algumas s o capazes de expeli-la em jatos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: Diversidade dos seres vivos caracterizar os animais segundo aspectos morfol gicos. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato(a) em rela o as estruturas produtoras de pe onha e sua localiza o no corpo dos animais. 11 / 54 Justi cativa I. Correta. As aranhas possuem essas gl ndulas de veneno associadas a ap ndices do prossoma, denominados quel ceras, com os quais inoculam a pe onha. II. Correta. Os escorpi es possuem essas gl ndulas associadas a uma estrutura localizada na extremidade do opistossoma, denominada aguilh o, com a qual inoculam a pe onha. III. Incorreta. As lacraias possuem essas gl ndulas associadas ao primeiro par de pernas, que modi cado em uma estrutura injetora de pe onha denominada maxil pede ou forc pula. IV. Correta. As serpentes possuem um par de gl ndulas de veneno no maxilar superior sendo que, al m de injetar a pe onha pela picada, algumas s o capazes de expeli-la em jatos. 13 O processamento para a obten o de vacinas inclui algumas t cnicas de separa o como decanta o, centrifuga o e ltra o, comuns na etapa de esteriliza o. Com rela o s t cnicas de separa o, assinale a alternativa correta. a) A ltra o comum realizada sob a o da gravidade. b) Em uma mistura contendo ons am nio e ons sulfato, os ons s o separados por decanta o. c) Em uma solu o aquosa de a car, o a car dissolvido na gua separado por centrifuga o. d) A decanta o, a centrifuga o e a ltra o utilizam ltros para a separa o. e) Em uma mistura de gua e lcool et lico, estas subst ncias s o separadas por decanta o. Alternativa correta: a Conte do program tico: M todos de separa o de misturas. Compet ncias e habilidades: Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. Justi cativa a) A ltra o comum realizada sob a o da gravidade. b) A t cnica de decanta o n o capaz de separar ons. c) A centrifuga o n o separa subst ncias dissolvidas. d) Apenas a ltra o que utiliza ltro. e) A gua e o lcool formam mistura homog nea. 14 O tratamento de infec es bacterianas foi poss vel com a descoberta dos antibi ticos, subst ncias estas capazes de matar bact rias. Como exemplos de mecanismos de a o dos antibi ticos, podemos citar: A o I: inibe a enzima respons vel pelo desemparelhamento das tas do DNA. A o II: inibe a liga o da RNA polimerase, DNA-dependente. A o III: ao ligar-se a subunidade ribossomal inibe a liga o do RNA transportador. Quanto interfer ncia direta dessas a es nas c lulas bacterianas, correto a rmar: a) A o I inibe a duplica o do DNA, impedindo a multiplica o da c lula. b) A o II inibe a tradu o, interferindo na s ntese de DNA bacteriano. c) A o III inibe a transcri o do RNA mensageiro. d) A es I e III inibem a s ntese de cidos nucleicos. e) A es II e III inibem a s ntese de prote nas bacterianas. Alternativa correta: a Conte do program tico: Gen tica Estrutura e duplica o do DNA, transcri o e tradu o. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o estrutura molecular do material gen tico e aos mecanismos de continuidade das esp cies. 12 / 54 Justi cativa A alternativa a a correta, pois: A o I: inibe a s ntese de cido desoxirribonucleico (DNA) bacteriano. A o II: bloqueia a transcri o, inibindo a s ntese de cidos nucleicos (RNA). A o III: impede a s ntese proteica bacteriana, portanto as a es I e II inibem diretamente a s ntese de cidos nucleicos e a a o III inibe diretamente a s ntese de prote na. 15 Uma dose inicial de um certo antibi tico ingerida por um paciente e, para que seja e caz, necess ria uma concentra o m nima. Considere que a concentra o do medicamento, durante as 12 primeiras horas, medida em miligramas por litro de sangue, seja dada pela fun o cujo gr co apresentado a seguir: Considere as a rmativas a seguir: I. Se a concentra o m nima for de 20 mg/l, ent o o antibi tico deve ser ingerido novamente ap s 8 horas. II. A concentra o de antibi tico no sangue cresce mais r pido do que decresce. III. A concentra o m xima de antibi tico ocorre aproximadamente 3 horas ap s a ingest o. IV. O gr co da fun o, durante essas 12 horas, representa uma fun o bijetora. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. Alternativa correta: b Conte do program tico: Gr cos de Fun es. Compet ncias e habilidades: Saber interpretar o gr co de uma fun o, com rela o s caracter sticas seguintes: crescente/decrescente, bijetora, ponto de m ximo entre outras. Justi cativa I. Incorreta. Ap s sete horas, por exemplo, a concentra o do antibi tico j est abaixo de 20 mg/l, de modo que este j deveria ter sido ingerido. II. Correta. A partir do gr co, pode-se veri car que a fun o crescente nas tr s primeiras horas e decrescente nas ltimas nove horas. III. Correta. Observando-se o gr co, veri ca-se que o ponto de m ximo ocorre em 3 horas. IV. Incorreta. O gr co n o representa uma fun o injetora, pois para uma mesma concentra o existem dois tempos distintos. Dessa forma, n o pode ser bijetora. 13 / 54 16 Leia o texto a seguir: Aten o fenilceton ricos: cont m Fenilalanina Por que a embalagem apresenta essa informa o? Resposta: A fenilceton ria uma doen a relacionada a uma altera o gen tica, ocasionada pela de ci ncia da enzima fenilalanina hidroxilase, necess ria para converter fenilalanina em tirosina. Assim, uma outra enzima na c lula converte fenilalanina em cido fenilpir vico. O ac mulo de fenilalanina e cido fenilpir vico no sangue pode levar a graves danos cerebrais. Desta forma, as crian as com fenilceton ria s o alimentadas com uma dieta pobre em fenilalanina. As equa es a seguir mostram as convers es citadas no texto. Com base no texto e nas f rmulas, assinale a alternativa correta. a) O cido fenilpir vico possui atividade ptica, pois apresenta carbono quiral. b) A fun o cetona est presente na fenilalanina, na tirosina e no cido fenilpir vico. c) A massa molar da fenilalanina maior que a massa molar da tirosina. d) O nome o cial da fenilalanina cido 2-amino-3-fenilpropanoico. e) A fenilalanina e o cido fenilpir vico s o is meros de fun o. Alternativa correta: d Conte do program tico: Compostos de Carbono: nomenclatura, isomeria e fun es. Compet ncias e habilidades: Aplicar os conhecimentos de qu mica org nica na resolu o de situa es-problema. Justi cativa a) O cido fenilpir vico n o possui atividade ptica, pois n o apresenta carbono quiral. b) A fun o cetona est presente somente no cido fenilpir vico. c) A massa molar da fenilalanina menor que a massa molar da tirosina, pois a tirosina apresenta um grupo OH . d) O nome o cial da fenilalanina cido 2-amino-3-fenilpropan ico. e) A fenilalanina e o cido fenilpir vico n o s o is meros, pois apresentam f rmula molecular diferente. As quest es de 17 a 22 relacionam-se, de modo geral, ao subtema inven o das locomotivas e das ferrovias. Leia os textos IV e V, observe a gura 2 e responda s quest es de 17 a 22. Texto IV imposs vel n o partilhar a sensa o de excita o, autocon an a e orgulho que empolgava os que viveram a poca quando a estrada de ferro ligou pela primeira vez o Passo de Calais ao Mediterr neo e quando os trilhos percorreram o caminho do Oeste norte-americano, o subcontinente indiano na d cada de 1860 e o interior da Am rica Latina na d cada de 1870. Como podemos negar a admira o por estas tropas de choque da industrializa o que constru ram tudo isso e que deixaram seus ossos ao longo de cada milha de trilhos? (Adaptado de: HOBSBAWM, Eric J. A era do capital. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 74.) 14 / 54 Texto V Essa Maria Fuma a devagar quase parada seu foguista, bota fogo na fogueira Que essa chaleira tem que estar at sexta-feira Na esta o de Pedro Os rio, sim senhor Se esse trem n o chega a tempo vou perder meu casamento Atraca, atraca-lhe carv o nessa lareira Esse fog o que acelera essa banheira... (KLEITON e KLEDIR. Maria Fuma a. Dispon vel em: <http://letras.terra.com.br>. Acesso em: 15 set. 2009.) Figura 2: MONET. Le train dans la neige. 1875. (Dispon vel em: http://www.railart.co.uk/images/monet.jpg. Acesso: 22 maio 2009.) 17 Com base na gura 2 e nos conhecimentos sobre o Impressionismo, considere as a rmativas a seguir: I. Monet foi um artista que, embora utilizando a fotogra a, pouco proveito tirou da representa o naturalista. II. Na pintura impressionista o tema deve ser coerente e completo sob o ponto de vista da unidade compositiva. III. Para Monet, pintar as ferrovias signi cava representar a atmosfera luminosa que as caracterizava. IV. Enquanto a arte acad mica valorizava os grandes temas hist ricos e mitol gicos, os pintores impressionistas adotavam fatos da vida cotidiana. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: c Conte do program tico: O impressionismo e a po tica de Monet. Compet ncias e habilidades: Conhecer o movimento impressionista e relacion -lo po tica de Monet. Justi cativa I. Incorreta. Os artistas impressionistas n o estavam preocupados com a representa o naturalista, portanto a fotogra a n o era necess ria para esse m, uma vez que esta capta apenas uma fra o muito pequena do tempo. II. Incorreta. Na pintura impressionista n o h a insist ncia de que o tema deva ser coerente e completo sob o ponto de vista da unidade compositiva. III. Correta. Os impressionistas procuravam traduzir a atmosfera presente nos lugares e isto dispensava o tema, a imita o e a simbologia. IV. Correta. A paisagem e a natureza-morta ofereciam aos impressionistas temas para suas experi ncias, nas quais eles registravam suas impress es com objetividade. 15 / 54 18 De acordo com o texto IV e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que o trem tornou-se s mbolo da era industrial no s culo XIX, pois a) caracterizou, al m do in cio do desenvolvimento da ind stria de base, a redu o do tempo, provocando uma sensa o de encurtamento das dist ncias devido velocidade das locomotivas. b) foi a inven o que causou maior impacto na sociedade ao propiciar a implanta o de uma nova organiza o do trabalho fundada na produ o em massa de bens de capital. c) produziu uma nova sensa o de liberdade ao propiciar o fomento da ind stria de bens de consumo n o dur veis, sendo assim promotor do desenvolvimento do capitalismo global. d) produziu um sentimento geral de prosperidade devido quantidade de capitais que mobilizava, propiciando o surgimento de grandes ind strias nos locais onde as ferrovias eram implantadas. e) promoveu uma revolu o nas artes aplicadas, especialmente na pintura, com o surgimento do Impressionismo, que se voltou para a representa o da velocidade. Alternativa correta: a Conte do program tico: Mundo na modernidade A revolu o industrial Compet ncias e habilidades: Criticar, analisar e interpretar fontes documentais distintas, identi cando a diversidade presente nas diferentes linguagens e contextos de sua produ o. Justi cativa A quest o insere-se na discuss o da Revolu o Industrial, cultura e trabalho na Europa. Sua solu o busca mobilizar a compreens o das dimens es materiais e simb licas na medida em que o trem simbolizou, no s culo XIX, a Revolu o Industrial quer porque caracterizou o in cio do desenvolvimento da ind stria de base (a o, ferrovias, etc) bem como, do ponto de vista social, provocou uma muta o na concep o e viv ncia do tempo, na medida em que a velocidade das locomotivas produziu a redu o de locomo o de um ponto a outro e, consequentemente, uma sensa o de encurtamento das dist ncias. Assim, a resposta correta a alternativa a . A alternativa b est incorreta, pois a primeira organiza o do trabalho na era industrial est vinculada manufatura e ind stria de bens de consumo n o dur veis. A alternativa c est incorreta, pois n o h rela o direta entre a implanta o das ferrovias e a dissemina o da industrializa o. A mesma re ex o cabe na alternativa d , que tamb m est incorreta. Na alternativa e , o Impressionismo n o se volta para a representa o da velocidade e muito menos pode ser caracterizado como arte aplicada. 19 A difus o e distribui o das ferrovias no Brasil, ao longo do s culo XIX, obedeceram a prop sitos espec cos. Assinale a alternativa que identi ca corretamente um desses prop sitos. a) Consolidar a integra o do mercado interno ao romper o isolamento dos diversos mercados regionais. b) Proporcionar crescente autonomia das atividades produtivas prim rias em rela o ao mercado mundial. c) Dissolver a forma de organiza o do espa o geogr co nacional baseada nos arquip lagos econ micos regionais. d) Internalizar capitais norte-americanos aplicados na constru o e administra o das ferrovias e) Incrementar os uxos econ micos entre reas produtoras de bens prim rios e portos exportadores. Alternativa correta: e Conte do program tico: Redes de circula o e atividades econ micas Compet ncias e habilidades: Contextualiza o sociocultural ligada ao conhecimento da hist ria do territ rio e da economia brasileira Justi cativa Requer o conhecimento do processo de integra o do territ rio brasileiro, ao longo do s culo XIX, e do papel das ferrovias na estrutura o de atividades econ micas, especialmente aquelas ligadas aos complexos agr rio-exportadores, nas diferentes regi es do pa s. As ferrovias foram implantadas no Brasil a partir de meados do s culo XIX vinculadas ao escoamento de produtos prim rios voltados para o mercado externo. Em fun o de suas caracter sticas e dos interesses que fomentaram a constru o das ferrovias, sua distribui o no territ rio n o contribuiu, inicialmente, para o processo de integra o do territ rio e para forma o de um mercado interno nacionalmente uni cado, pelo contr rio, ensejaram a produ o de arranjos espaciais que, do ponto de vista nacional, compuseram os denominados arquip lagos econ micos regionais . 16 / 54 20 As linhas f rreas s o constru das pela jun o de segmentos de trilhos, longos e de pequena rea transversal, postos em sequ ncia, com um pequeno espa o entre eles. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre termologia, considere as a rmativas a seguir: I. Em dias frios, o espa o entre os segmentos de trilhos diminui. II. Quanto maior o tamanho inicial dos segmentos de trilhos, menor sua dilata o linear com a eleva o da temperatura. III. Em dias quentes, a rea da se o transversal do segmento de trilho aumenta. IV. Microscopicamente, a dilata o do segmento de trilho deve-se maior amplitude de vibra o dos seus tomos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: c Conte do program tico: Termologia, teoria cin tica, dilata o t rmica. Compet ncias e habilidades: Avaliar o conhecimento do candidato com rela o ao comportamento dos materiais, em especial dos metais, em fun o da temperatura. Pretende-se avaliar tamb m o conhecimento sobre a origem microsc pica dos fen menos de dilata o de materiais. Justi cativa I. Incorreta. Em dias frios, os trilhos contraem-se, a dist ncia entre eles aumenta. II. Incorreta. Quanto maior um segmento de trilho, mais tomos o comp em, consequentemente, com o aumento da temperatura, h um aumento na dilata o linear. III. Correta. Com a eleva o da temperatura, toda dimens o do segmento de trilho aumenta, seja a largura, a altura ou o comprimento. IV. Correta. A pr pria de ni o microsc pica da temperatura refere-se amplitude de vibra o dos tomos e mol culas, portanto, com a eleva o da temperatura, a amplitude de vibra o aumenta e, consequentemente, sua dilata o. 21 Em rela o letra da m sica (texto V) e aos conhecimentos sobre transforma es f sicas e qu micas, correto a rmar: a) Na vaporiza o s o rompidas liga es intermoleculares, e na atomiza o s o rompidas liga es intramoleculares. b) A fogueira, a lareira e o fog o remetem a uma caldeira para gerar vapor atrav s da troca qu mica entre combust vel e gua. c) A chaleira representa o dispositivo da Maria Fuma a que ir transformar gua l quida em vapor por processo exot rmico. d) O carv o na lareira sofre redu o e libera os gases metano e oxig nio. e) A energia necess ria para vaporizar 1 mol de gua l quida igual energia necess ria para transformar a mesma quantidade de gua em tomos isolados. Alternativa correta: a Conte do program tico: Conceitos gerais da Termoqu mica. Compet ncias e habilidades: Ler, compreender e interpretar texto. Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. 17 / 54 Justi cativa a) Na vaporiza o s o rompidas liga es intermoleculares e na atomiza o s o rompidas liga es intramoleculares. b) O que ocorre entre o combust vel e a gua troca t rmica. c) O processo que ocorre endot rmico. d) O carbono (carv o) sofre oxida o e libera os gases di xido e mon xido de carbono. e) A energia necess ria para transformar 1 mol de gua l quida em tomos isolados muito superior que a energia necess ria para vaporizar 1 mol de gua l quida. 22 No trem Maria Fuma a, as rea es qu micas que ocorrem dentro da caldeira est o descritas a seguir: 1 O2 (g ) 2 1 CO(g ) + O2 (g ) 2 C (s) + O2 (g ) C (s) + CO (g ) H = 111, 0 kJ (1) CO2 (g ) H = 283, 0 kJ (2) CO2 (g ) H = 394, 0 kJ (3) Com base no texto V, nas equa es qu micas e sabendo que a massa molar do carbono 12 g/mol, analise as a rmativas. I. A rea o de decomposi o do mon xido de carbono em seus constituintes mais est veis um processo que absorve energia. II. Nas equa es (1), (2) e (3) as energias dos reagentes s o menores que as energias dos produtos. III. Cinco toneladas de carv o no forno da caldeira da Maria Fuma a fornecem aproximadamente 1, 64 108 kJ de energia ao se transformar em CO2 (g ). IV. Os gases representados nas equa es (1), (2) e (3) apresentam estruturas lineares. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. Alternativa correta: e Conte do program tico: Entalpia de rea o. Compet ncias e habilidades: Dom nio do conhecimento qu mico constru do no ensino m dio. Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. Justi cativa I. Correta. A rea o de decomposi o do mon xido de carbono em seus constituintes mais est veis representada pela equa o inversa da equa o(1), portanto ter H > 0 e o processo absorve energia. II. Incorreta. Os processos 1, 2 e 3 s o exot rmicos, portanto as energias dos reagentes s o maiores que as energias dos produtos. III. Correta. Quantidade de energia = 5 106 g 394 kJ/12 g = 1, 64 108 kJ . IV. Correta. Todas as mol culas representadas apresentam estruturas lineares. 18 / 54 As quest es de 23 a 30 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas imprensa, mapas, fotogra a, lentes e tica. Leia o texto VI e responda s quest es 23 e 24. Texto VI Este mapa de fundamental signi ca o na hist ria da cartogra a. Ele ampliou a imagem contempor nea do mundo, proporcionando uma vis o essencialmente nova deste. conhecido indubitavelmente a partir da sua publica o em 1507. Nele o Novo Mundo recebe o nome de Am rica pela primeira vez. (Adaptado de: WHITFIELD, P. The image of the world : 20 centuries of World Maps. MARTIN WALDSEEM LLER, 1507. San Francisco: Pomegranate Artbooks & British Library, 1994, p. 48-9. Tradu o livre.) 23 O mapa de Waldseem ller produzido no in cio do s culo XVI inovador, pois antecipa informa es corretas sobre a con gura o e o posicionamento relativo de continentes e oceanos. As informa es corretas que o mapa de Waldseem ller antecipa s o: a) b) c) d) e) O contorno da frica e a passagem para o oceano ndico. O contorno do Mediterr neo e a liga o terrestre entre Europa, frica e sia. A exist ncia da Austr lia e sua posi o em rela o Ant rtida. A posi o da pen nsula Indost nica e o contorno da frica. A exist ncia do oceano Pac co e sua localiza o entre Am rica e sia. Alternativa correta: e Conte do program tico: A leitura de diferentes representa es e imagens e a produ o de conhecimentos geogr cos. Compet ncias e habilidades: Ler e interpretar mapas, contextualizando a leitura em diferentes per odos hist ricos. Justi cativa A quest o solicita do candidato que observe o mapa com aten o e o relacione com o per odo das grandes navega es. At o in cio do s culo XVI, quando o mapa foi publicado, nenhum europeu havia navegado pelo oceano Pac co. O primeiro contato de um europeu com o Pac co teria sido feito por Balboa em 1513, isto , seis anos ap s a publica o do mapa de Waldseem ller. As informa es que constam nas alternativas a , b e d eram conhecidas pelos europeus, antes da publica o do mapa de Waldseem ller, desde a antiguidade ou a partir dos conhecimentos trazidos por Vasco da Gama e outros navegadores. As informa es presentes na alternativa c s foram obtidas por volta do s culo XVIII. A posi o e a exist ncia do oceano Pac co est o presentes no mapa de Waldseem ller que, desta forma, antecipa essas informa es em rela o circunavega o de Magalh es em 1523 e a descoberta de Balboa. 24 De acordo com o texto VI, o mapa e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a cartogra a do s culo XVI a) abandonou a perspectiva medieval de representa o, adotando modelos renascentistas devido necessidade da incorpora o da sia, descoberta por Colombo e pelos navegadores que o sucederam. b) constituiu outro tipo de narrativa da expans o mar tima europeia, ao incorporar os relatos dos navegantes nas representa es pictogr cas, expressando uma nova consci ncia sobre o mundo. 19 / 54 c) signi cou um aperfei oamento natural das formas anteriores de representa o de mundo, como as iluminuras, das quais descende, tendo se tornado poss vel gra as inven o da imprensa. d) descreveu os locais onde se estabeleceriam as col nias, bem como os dados antropol gicos, sociais e econ micos, antecipando a revolu o cient ca do s culo XIX. e) representou o pice do desenvolvimento cient co do s culo XVI, na medida em que serviu de modelo para o desenvolvimento tecnol gico e art stico do Renascimento. Alternativa correta: b Conte do program tico: Mundo na modernidade Cultura e Ci ncia A conquista e coloniza o da Am rica e do Brasil. Compet ncias e habilidades: Criticar, analisar e interpretar fontes documentais distintas, identi cando a diversidade presente nas diferentes linguagens e contextos de sua produ o. Reconhecer a articula o entre hist ria e a constru o das identidades sociais. Justi cativa Esta quest o vincula-se discuss o da cultura e da ci ncia do Renascimento, profundamente vinculada ao processo de expans o mar tima. Como homens do Renascimento, inspirados pelo ideal da PAIDEA, os navegantes eram, tamb m, comerciantes, militares, cart grafos, isto , homens de um tempo em que n o havia uma especializa o fragmentada do conhecimento. Assim, a cartogra a, mais do que servir precisamente indica o geogr ca, ainda um pouco fonte de informa es diversas, um pouco obra de arte, como o caso do mapa em quest o, e tamb m de in meros outros do per odo. Neste sentido, ela se caracteriza por ser um outro tipo de texto que narra, do ponto de vista pictogr co, tanto o processo de expans o mar tima como e principalmente o surgimento de uma nova consci ncia sobre a terra (planeta) e sobre o mundo (morada dos homens), a diversidade e a multiplicidade de culturas e todos os con itos da decorrentes. Assim, a resposta correta a alternativa b . A alternativa a est incorreta, pois h , de fato, uma ruptura em rela o aos modelos medievais predominantes, os mapas T-O, e tamb m porque o fato de Colombo imaginar estar na sia decorre, dentre outras raz es, do fato de esse continente h muito estar presente, mesmo que de forma nebulosa, na consci ncia europeia e ser representado imprecisamente na cartogra a medieval e moderna. A alternativa c est incorreta pelas mesmas raz es, isto , a cartogra a moderna n o descendente das iluminuras . A alternativa d est incorreta, pois ela descreve um fen meno da cartogra a a especializa o dos mapas que ocorreu no s culo XIX. A cartogra a do s culo XVI n o antecipa nada neste sentido. Tamb m a alternativa e est incorreta, pois a cartogra a n o serviu de modelo para o desenvolvimento tecnol gico e art stico do Renascimento. 25 A inven o da imprensa por Guttemberg favoreceu a populariza o dos conhecimentos expressos na nova cartogra a, servindo de ve culo de express o das diversas representa es sobre a con gura o do espa o geogr co. Essa inven o representou, tamb m, o passo inicial para o desenvolvimento da m dia, que continua, ainda hoje, a servir de espa o para a difus o da diversidade de interpreta es a respeito dos fen menos sociais. (Adaptado de: www.zerofora.hpg.ig.com.br/images/charg_1.jpg) Com base na charge, no enunciado e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) Vinculados a interesses de classes e grupos, tanto jornais de grande circula o nacional quanto a imprensa alternativa , veiculam ju zos de valor nas quest es sociais centrais. b) A isen o na informa o a marca da grande m dia e, no caso brasileiro, contribui para isto a exist ncia da sociedade civil organizada e vigilante sobre o conte do da informa o. c) A m dia produto do neoliberalismo e pauta-se no pensamento nico, isto , apenas um mesmo referencial ideol gico veiculado no processo de elabora o da informa o. 20 / 54 d) Por depender basicamente da opini o p blica para existir, a informa o midi tica o instrumento capaz de garantir a democracia social no mundo moderno. e) Com a democratiza o do Brasil nas ltimas d cadas, r dios comunit rias tornaram-se dispens veis. Nelas a informa o circula de modo limitado, sendo de interesse apenas ao bairro no qual se encontram. Alternativa correta: a Conte do program tico: Conhecimento em Ci ncias Sociais Introdu o ao Estudo da Sociedade - Teoria e M todo. Compet ncias e habilidades: Investiga o e compreens o: Construir uma vis o mais cr tica da ind stria cultural e dos meios de comunica o de massa, avaliando o papel ideol gico do marketing enquanto estrat gia de persuas o do consumidor e do pr prio eleitor. Justi cativa um princ pio b sico da Sociologia, como indica, por exemplo, Lucien Goldmann em Ci ncias Humanas e Filoso a (S o Paulo: Difel, v rias Edi es) que no terreno do social, diferentemente das ci ncias da natureza, n o existe pensamento neutro. Al m disso, por vivermos em uma sociedade dividida em classes, toda forma de pensamento traz consigo a defesa desta ou daquela vis o de mundo, de interesses, de classe ou grupos. Assim, est dada a impossibilidade da neutralidade na informa o midi tica, n o estando este fato ligado apenas a quest es nanceiras, raz o pela qual a alternativa a est correta. Invalida a possibilidade das demais estarem corretas o fato de que, al m de n o ser su cientemente organizada, sobretudo no que concerne discuss o sobre o car ter e conte do da informa o, a m dia no Brasil n o escapa aos pressupostos de sua inser o na sociedade de classes e defesa de interesses que isto implica, os quais n o s o, necessariamente, os interesses p blicos, limitando-se, inclusive, o leque de perspectivas que ganham voz nas p ginas de opini o, por exemplo. Seguramente a organiza o da sociedade civil pode criar mecanismos de controle para atenuar a imparcialidade, mas insu cientes para elimin -la. Soma-se a isto o fato de que somente a assinatura de jornais, por exemplo, seria insu ciente para manter a circula o de um ve culo de comunica o. O mesmo v lido para a audi ncia em r dios e televis es abertas ou fechadas. Estes ve culos dependem diretamente da propaganda, de editais e, mesmo que houvesse uma sociedade civil organizada, a m dia seria, ainda, insu ciente para garantir a democracia, uma vez que esta passa, igualmente, pela discuss o das quest es p blicas em outros espa os, como o partid rio, por exemplo. Outro elemento a destacar que a m dia mais antiga do que as pol ticas neoliberais. Pode sofrer a in u ncia destas, mas n o s o o produto das referidas pol ticas. Por m, o per odo de redemocratiza o do pa s n o eliminou as r dios comunit rias, e sim favoreceu a sua expans o. 26 No nal do s culo XX, com a dissemina o da Internet, o acesso informa o passa a ser instant neo. Com isso, novas perspectivas se abrem para o debate pol tico, sobretudo para a atua o dos cidad os na esfera p blica. Tendo presente a concep o de esfera p blica nos escritos recentes de Habermas, analise as a rmativas a seguir: I. A esfera p blica constitui um espa o no qual os problemas da sociedade s o recebidos, discutidos e problematizados, e o sistema pol tico recepciona e sistematiza de forma especializada aqueles que considera mais importantes. II. Pelo fato de estar vinculada sociedade civil, a esfera p blica exime-se de efetuar media es envolvendo o sistema pol tico e o mundo da vida. III. Por funcionar como uma estrutura normativa, a esfera p blica efetiva-se como um sistema institucionalizado que estabelece pap is e compet ncias para a participa o na sociedade. IV. A esfera p blica consiste numa rede que permite que certos temas, id ias e posicionamentos sejam debatidos, tendo como refer ncia o agir voltado para o entendimento. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 21 / 54 Alternativa correta: b Conte do program tico: Problemas ticos e pol ticos na Filoso a. Problema pol tico: Estado, sociedade e poder. Compet ncias e habilidades: Leitura signi cativa de textos los cos de modo signi cativo, demonstrando as capacidades de an lise, interpreta o e apropria o cr tico-re exiva, reconstru o racional do texto e problematiza o. Justi cativa I. Correta. Segundo Habermas, Do mesmo modo que o mundo da vida tomado globalmente, a esfera p blica se reproduz atrav s do agir comunicativo , implicando apenas o dom nio de uma linguagem natural; ela est em sintonia com a compreensibilidade geral da pr tica comunicativa cotidiana . [...] quando abrange quest es politicamente relevantes, ela deixa ao cargo do sistema pol tico a elabora o especializada (HABERMAS, J. Direito e Democracia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997, p. 92. V. II.) II. Incorreta. Habermas entende que a esfera p blica faz a media o entre o sistema pol tico, de um lado, e os setores privados do mundo da vida e sistemas de a o especializados em termos de fun es, de outro lado . (HABERMAS, J. Direito e Democracia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997, p. 107. V. II.) III. Incorreta. Como bem ressalta Habermas, a esfera p blica N O pode ser entendida como uma INSTITUI O, nem como uma ORGANIZA O, pois, ela n o constitui uma ESTRUTURA NORMATIVA capaz de diferenciar entre compet ncias e pap is, nem regula o modo de perten a a uma organiza o (HABERMAS, J. Direito e Democracia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p. 92. V. II.) IV. Correta. A esfera p blica pode ser descrita como uma rede adequada para comunica o de conte dos, tomadas de posi o e opini es; nela os uxos camunicacionais s o ltrados e sintetizados [...] . A esfera p blica constitui principalmente uma estrutura comunicacional do agir orientado pelo entendimento, (HABERMAS, J. Direito e Democracia. Entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997, p. 92. V. II). Leia o texto VII e responda s quest es 27 e 28. Texto VII A paisagem n o dada para todo o sempre, objeto de mudan a. o resultado de adi es e subtra es sucessivas. uma esp cie de marca da hist ria do trabalho, das t cnicas. (SANTOS, M. Metamorfoses do espa o habitado. S o Paulo: Hucitec, 1997, p. 68.) 27 Considerando o impacto da descoberta da fotogra a (s culo XIX) nas Artes Pl sticas, correto a rmar que a) a inven o da fotogra a possibilitou maior liberdade pintura, pois esta n o precisava mais ser descritiva. b) a fotogra a passou a ser a principal ferramenta de cria o dos artistas do s culo XIX. c) os efeitos ticos produzidos pela fotogra a foram imitados na pintura impressionista por diversos artistas. d) as fotogra as dessa poca serviam aos impressionistas por traduzirem a quietude da natureza. e) a fotogra a permitiu aos impressionistas representar as emo es humanas de forma minuciosa. Alternativa correta: a Conte do program tico: O surgimento da fotogra a e sua rela o com a pintura. A in u ncia da fotogra a na sociedade e sua rela o com a obra de arte. Compet ncias e habilidades: Re etir sobre a descoberta da fotogra a e as consequ ncias de sua inven o na transforma o da arte a partir do s culo XIX. Justi cativa As descobertas da poca sobre a fotogra a, a f sica, a ptica e sobre o funcionamento da vis o possibilitaram a explora o de novos par metros e concep es pelos artistas vanguardistas do s culo XIX que, ap s a inven o da fotogra a, n o mais necessitavam retratar a realidade de maneira descritiva. a) Correta. Os impressionistas se libertaram da representa o naturalista e dos retratos. Assim, de fato a fotogra a libertou os artistas. 22 / 54 b) Incorreta. Os artistas n o utilizavam a fotogra a como ferramenta de cria o, ao contr rio, viram na sua apari o um dos motivos ou uma justi cativa para se libertarem da imita o da realidade. c) Incorreta. Os efeitos ticos produzidos pela fotogra a n o foram imitados pelos impressionistas, principalmente porque o que os preocupava era a quest o da varia o da luz sobre os objetos. d) Incorreta. A fotogra a n o era recurso de cria o para os artistas da poca, pois seus interesses estavam voltados para o aspecto din mico da luz sobre a natureza e n o para a quietude desta. e) Incorreta. Os impressionistas, ao contr rio do que diz a alternativa, procuravam liberar suas obras de qualquer emotividade humana, explorando mais os efeitos luminosos dos elementos por eles representados. 28 Observe as guras a seguir: Figura 3: STENDERS, C. Lama al : Av. Paran , Londrina, PR, 1938. Museu Hist rico de Londrina. Figura 4: Av. Paran , Londrina, PR, d cada de 1970. Museu Hist rico de Londrina. Com base nas guras 3 e 4, no texto VII e nos conhecimentos sobre paisagem, considere as a rmativas a seguir: I. As fotogra as revelam duas paisagens distintas: uma natural e outra socialmente produzida. II. As fotogra as registram a simultaneidade de diferentes temporalidades e t cnicas resultantes de sucessivas moderniza es. III. O car ter est tico e moment neo das fotogra as real a a xidez que caracteriza as paisagens arti ciais. IV. A inven o da fotogra a contribuiu para a captura e an lise das adi es e subtra es na paisagem, vinculadas din mica do trabalho social. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 23 / 54 Alternativa correta: c Conte do program tico: Leitura de diferentes imagens e produ o de conhecimentos geogr cos. Compet ncias e habilidades: Reconhecer o uso de diferentes linguagens como instrumento de produ o, organiza o e sistematiza o do conhecimento geogr co. Justi cativa A quest o se insere na discuss o da paisagem enquanto categoria geogr ca de an lise das transforma es espaciais. I. Incorreta. As duas fotogra as mostram paisagens socialmente constru das, isto , arti ciais. II. Correta. As fotogra as revelam diferentes temporalidades, uma vez que poss vel observar as transforma es espaciais expressas na materialidade das paisagens (edif cios, redes de infraestrutura, entre outras.). As moderniza es podem ser veri cadas, na fotogra a da gura 4, pela presen a de autom veis , de edif cios de v rios andares e pelo aumento da circula o. III. Incorreta. As paisagens, de um modo geral e, particularmente, as arti ciais, s o dotadas de dinamismo e est o em constante transforma o, inclusive nas formas de uso, fun es e signi cados sociais dos objetos que as comp em. IV. Correta. Como uma linguagem, a fotogra a proporciona o registro e a an lise das transforma es da paisagem produzidas pelo trabalho social em um mesmo ponto do territ rio. 29 A partir da descoberta das lentes, tornou-se poss vel corrigir de ci ncias de vis o decorrentes da incapacidade do olho de focalizar as imagens sobre a retina. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Pessoas com hipermetropia t m globos oculares mais longos que o normal, o que impede a focaliza o correta de objetos mais pr ximos. Neste caso, os raios de luz convergem antes da retina. II. Em casos de presbiopia, as imagens s o formadas depois da retina, fazendo com que a pessoa afaste os objetos para v -los melhor. Este problema corrigido com lentes convergentes. III. Nos ltimos anos, houve signi cativa diminui o da espessura das lentes, para um mesmo grau de dist rbio de vis o, devido descoberta de novos materiais com alta transpar ncia e alto ndice de refra o. IV. O problema de astigmatismo, corrigido com lentes esferocil ndricas, uma de ci ncia causada pela assimetria na curvatura da c rnea, que ocasiona a proje o de imagens sem nitidez na retina. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: e Conte do program tico: Diversidade dos seres vivos Sistema sensorial; Instrumentos ticos. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em rela o a caracteriza o das fun es b sicas realizadas pelo sentido da vis o, mais especi camente aos defeitos de vis o e suas corre es por uso de lentes. Justi cativa I. Incorreta. Pessoas com hipermetropia t m globos oculares mais curtos que o normal, de modo que as imagens de objetos pr ximos formam-se depois da retina. II. Correta. Em casos de presbiopia, as imagens s o formadas depois da retina, fazendo com que a pessoa afaste os objetos para v -los melhor. Este problema corrigido com lentes convergentes. 24 / 54 III. Correta. Nos ltimos anos, houve signi cativa diminui o da espessura das lentes, para um mesmo grau de dist rbio de vis o, devido descoberta de novos materiais com alta transpar ncia e alto ndice de refra o. IV. Correta. O problema de astigmatismo, corrigido com lentes esferocil ndricas, uma de ci ncia causada pela assimetria na curvatura da c rnea, que ocasiona a proje o de imagens sem nitidez na retina. 30 O cloreto de prata e o cloreto de cobre I s o sais presentes na composi o do vidro das lentes fotossens veis. Quando a luz incide sobre essas lentes, ocorre uma rea o qu mica de transfer ncia de el trons entre os ons cloreto e os ons prata formando a prata met lica, que a esp cie qu mica respons vel pelo escurecimento da lente. Os ons cobre I, tamb m por rea o de transfer ncia de el trons, recuperam os ons cloretos consumidos na rea o de escurecimento da lente. Quando a lente retirada da exposi o da luz, ela se torna clara, pois os ons cobre II, formados na recupera o dos ons cloreto, reagem com a prata met lica formada no escurecimento da lente. Com base no enunciado, assinale a alternativa correta. a) A rea o que representa o escurecimento da lente : 2Ag + + 2Cl luz 2Ag 0 + Cl2 b) Na rea o de recupera o do on cloreto, o on cobre I sofre redu o com o ganho de um el tron. c) A recupera o dos ons cloreto representada pela equa o: Cu2+ + Cl2 Cu+ + 2Cl d) Na etapa de clareamento da lente, a prata met lica provoca a oxida o do cobre II. e) O on prata e o on cobre I apresentam o mesmo n mero de el trons. Alternativa correta: a Conte do program tico: Rea es de oxida o e redu o. Compet ncias e habilidades: Ler, compreender e interpretar texto cient co e tecnol gico. Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. Justi cativa a) O escurecimento da lente representado pela equa o de oxida o-redu o: 2Ag + + 2Cl luz 2Ag 0 + Cl2 b) O on cobre I sofre oxida o com a perda de um el tron. c) A recupera o dos ons cloreto representada pela equa o: Cu+ + Cl2 Cu2+ + 2Cl . d) Na etapa de clareamento da lente, a prata met lica provoca a redu o do cobre II. e) O on prata e o on cobre I n o apresentam o mesmo n mero de el trons. 25 / 54 As quest es de 31 a 41 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas ci ncia e m todo. 31 Na d cada de 1950, a pesquisa biol gica come ou a empregar os microsc pios eletr nicos, que possibilitaram o estudo detalhado da estrutura interna das c lulas. Observe, na gura a seguir, a ilustra o de uma c lula vegetal e algumas imagens em microgra a eletr nica. (Adaptado de: SADAVA, D. et all. Vida: A ci ncia da biologia. V. 1. 8 ed. Porto Alegre: Artmed. 2009. p. 77.) Quanto s estruturas anteriormente relacionadas, correto a rmar: a) A imagem 1 de uma organela onde as subst ncias obtidas do ambiente externo s o processadas, fornecendo energia para o metabolismo celular. b) A imagem 2 de uma organela na qual a energia da luz convertida na energia qu mica presente em liga es entre tomos, produzindo a cares. c) A imagem 3 de uma organela que concentra, empacota e seleciona as prote nas antes de envi -las para suas destina es celulares ou extracelulares. d) A imagem 4 de uma organela na qual a energia qu mica potencial de mol culas combust veis convertida em uma forma de energia pass vel de uso pela c lula. e) A imagem 5 de uma organela que produz diversos tipos de enzimas capazes de digerir grande variedade de subst ncias org nicas. Alternativa correta: c Conte do program tico: Biologia celular c lula vegetal. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato em identi car estruturas celulares relacionando-as forma e fun o em c lulas vegetais. Justi cativa Estrutura 1 Corresponde ao envolt rio celular, parede celular que d sustenta o c lula vegetal e que atua como barreira seletivamente perme vel, separando a c lula de seu ambiente. Estrutura 2 Corresponde mitoc ndria que converte energia qu mica potencial de mol culas combust veis, como a glicose, em uma forma de energia pass vel de uso pela c lula. Estrutura 3 Corresponde ao complexo de Golgi que concentra, empacota e seleciona as prote nas antes de envi -las para suas destina es celulares ou extracelulares Estrutura 4 Corresponde aos cloroplastos que s o os locais onde a energia da luz convertida na energia qu mica presente em liga es entre tomos, produzindo a cares. Estrutura 5 Corresponde aos vac olos vegetais que armazenam a cares, cidos org nicos e, em alguns casos, prote nas, como ocorre nas c lulas das sementes. 26 / 54 Leia o texto VIII e responda s quest es 32 e 33. Texto VIII A inven o da perspectiva matem tica, ou perspectiva exata , em que todos os pontos do espa o retratado obedecem a uma norma nica de proje o, a t cnica do olho xo , possibilita observar o espa o como que atrav s de um instrumento tico e de ne as propor es dos objetos e do espa o entre eles em rela o a esse foco visual. (Adaptado de: SEVCENKO, N. O Renascimento. S o Paulo: Atual; Campinas: Unicamp, 1985. p. 30.) 32 Com base no texto VIII e nos conhecimentos sobre a perspectiva matem tica, assinale a alternativa correta. a) A utiliza o da perspectiva linear permite maior liberdade de cria o em rela o din mica da vida representada na obra. b) Na perspectiva renascentista, quanto maior a dist ncia dos objetos da linha do horizonte, menor eles guram no quadro. c) O artista renascentista cria imagens em movimento para descrever a realidade em um nico plano compositivo. d) As racionaliza es do espa o e das guras pintadas demonstram o controle matem tico do artista na cria o da obra renascentista. e) O artista renascentista afasta-se dos ideais cl ssicos da antiguidade por n o consider -los aptos a representar elmente a natureza. Alternativa correta: d Conte do program tico: A arte renascentista e a representa o do espa o (perspectiva linear). Compet ncias e habilidades: Analisar e compreender a perspectiva linear presente nas obras art stica renascentistas. Justi cativa O efeito da utiliza o da perspectiva linear a subordina o do espa o pict rico a uma nica diretriz visual, representada pelo ponto de fuga; quanto maior a dist ncia com que os objetos e elementos s o percebidos, tanto menores s o suas representa es e tamb m a completa racionaliza o do espa o e das guras pintadas d o ao quadro um tom de uniformidade e homogeneidade em que tudo depende do controle matem tico do artista. a) Incorreta. A perspectiva linear n o permite maior liberdade de cria o, pois sua representa o sob um nico ponto de vista. b) Incorreta. Na perspectiva linear, quanto maior a dist ncia entre o objeto e a linha do horizonte maior sua representa o no espa o. c) Incorreta. N o um nico plano compositivo e as guras s o representadas de forma est tica. d) Correta. A completa racionaliza o do espa o e das guras pintadas d o ao quadro um tom de uniformidade e homogeneidade em que tudo depende do controle matem tico do artista. e) Incorreta. Ao contr rio, se inspiravam nos valores cl ssicos da arte e na ideia da arte como imita o. 33 Observe as guras a seguir: Figura 5: Ponto de fuga (Dispon vel em: http://www.amopintar.com/perspectiva-comum-ponto-de-fuga. Acesso em: 20 ago. 2009.) 27 / 54 Considere que voc esteja assistindo a um lme no qual um caminh o percorre uma estrada, como a da foto, em dire o ao ponto de fuga. Sabe-se que a traseira desse caminh o mede 2 m de largura. Fazendo uma an lise quadro a quadro do lme, chega-se s seguintes conclus es: uma boa aproxima o para o ngulo formado pelas linhas que partem dos extremos superiores da traseira do caminh o at o ponto de fuga ( ngulo na gura 5) de 5, 2o . ap s 1 segundo de movimento, o tamanho aparente da traseira do caminh o reduziu-se metade. Sabendo que tg(2, 6o ) 0, 045, a velocidade m dia do caminh o nesse intervalo de tempo de aproximadamente a) 12 km/h b) 25 km/h c) 40 km/h d) 59 km/h e) 80 km/h Alternativa correta: c Conte do program tico: Cinem tica e trigonometria. Compet ncias e habilidades: Com esta quest o espera-se avaliar o conhecimento do candidato em rela o compreens o e aplica o dos conhecimentos sobre trigonometria do tri ngulo ret ngulo e das leis da cinem tica. Aplicar os conhecimentos de F sica e de Matem tica na resolu o de situa es-problema. Justi cativa Por simples identidade geom trica tem-se que a tangente do ngulo /2 deve ser dada pela raz o entre a componente da velocidade aparente na dire o horizontal (Vh ) e a velocidade efetiva na dire o do ponto de fuga (V ). tan V= Vh Vh = V = 2 V tan( ) 1 1 100 = = m/s 2 0, 045 0, 09 9 Como, 1 m/s 3, 6 km/h, teremos = V= 100 3, 6 = 40 km/h 9 34 A ONU declarou 2009 o Ano Internacional da Astronomia pelos 400 anos do uso do telesc pio nas investiga es astron micas por Galileu Galilei. Essas investiga es desencadearam descobertas e, por sua vez, uma nova maneira de compreender os fen menos naturais. Al m de suas descobertas, Galileu tamb m contribuiu para a posteridade ao desenvolver o m todo experimental e a concep o de uma nova ci ncia f sica. Com base nas contribui es metodol gicas de Galileu Galilei, correto a rmar: a) A experi ncia espont nea e imediata da percep o dos sentidos desempenha, a partir de Galileu, um papel metodol gico preponderante na nova ci ncia. b) A observa o, a experimenta o e a explica o dos fen menos f sicos da natureza desenvolvidos por Galileu aprimoram o m todo l gico-dedutivo da loso a aristot lica. c) A observa o controlada dos fen menos na forma de experimenta o, segundo o m todo galileano, consiste em interrogar metodicamente a natureza na linguagem matem tica. d) A veri ca o metodol gica da verdade das leis cient cas pelos experimentos aleat rios defendida por Galileu fundamentase na concep o nalista do Universo. e) O m todo galileano rea rma o princ pio de autoridade das interpreta es teol gico-b blicas na de ni o do m todo para alcan ar a verdade f sica. Alternativa correta: c Conte do program tico: Problemas epistemol gicos na Filoso a. O problema da ci ncia, conhecimento e m todo na Filoso a. 28 / 54 Compet ncias e habilidades: Leitura signi cativa de textos los cos, demonstrando as capacidades de an lise, interpreta o, reconstru o racional do texto e problematiza o cr tica. Articula o de conhecimentos los cos com diferentes conte dos discursivos das Ci ncias Naturais. Contextualiza o de conhecimentos los cos tendo como horizonte o complexo desenvolvimento cient co-tecnol gico das sociedades contempor neas. Justi cativa a) Incorreta. Conv m considerar que a observa o e a experimenta o constituem um dos tra os mais caracter sticos da ci ncia moderna. Entretanto, n o se pode esquecer que a experi ncia espont nea e imediata dos sentidos (do senso comum) jamais foi concebida como preponderante ou determinante no m todo cient co desenvolvido por Galileu. Ao contr rio, na cr tica galileana f sica aristot lica, a percep o sens vel destaca-se como obst culo para a nova ci ncia . Torna-se necess ria a ruptura com o mundo qualitativo da percep o sens vel e da experi ncia cotidiana para apreender a linguagem matem tica (geom tica) da Natureza. Segundo Alexandre Koyr , n o foi a experi ncia do senso comum, mas a experimenta o que desempenhou um papel signi cativo dentre as contribui es de Galileu para a metodologia cient ca. A experimenta o consiste em interrogar metodicamente a natureza. Essa interroga o pressup e e implica uma linguagem na qual se formulam as perguntas [...] para Galileu, era atrav s de curvas, c rculos e tri ngulos, em linguagem matem tica ou, mais precisamente, em linguagem geom trica n o na linguagem do senso comum ou atrav s de puros s mbolos , que nos devemos dirigir natureza e dela receber respostas (KOYR , A. Estudos de Hist ria do Pensamento Cient co. Rio de Janeiro: Forense Universit ria; Bras lia: Universidade de Bras lia, 1982. pp. 152-156.181-195). b) Incorreta. Uma das grandes contribui es de Galileu reside na nova abordagem metodol gica dos fen menos da natureza. Para al m das revela es f sicas e astron micas que se podem encontrar em suas obras, Galileu se destaca por propor uma alternativa metodol gica baseada em tr s princ pios fundamentais concebidos como crit rios para o alcance da verdade cient ca: (1) a observa o dos fen menos, tais como eles ocorrem ou se manifestam, sem qualquer submiss o ou constrangimento em rela o aos preconceitos extracient cos e s interpreta es especulativas de natureza religiosa ou los ca; (2) a experimenta o como procedimento orientado a veri car objetivamente a legitimidade das a rma es sobre os fen menos naturais observados e analisados por meio da produ o do fen meno em circunst ncias que lhe sejam apropriadas; e, por conseguinte, (3) o correto conhecimento dos fen menos naturais exige que estes sejam apreendidos e reconhecidos em sua regularidade matem tica. Como se pode observar, tais princ pios pr ticos, de forma alguma, reiteram, aprimoram ou quali cam qualquer recurso aos argumentos especulativos, de natureza l gico-dedutiva, da loso a quando aplicado explica o dos fen menos f sicos. (PESSANHA, J. A. M. Galileu: vida e obra. In: Galilei, Galileu. O ensaiador. 5a. ed. S o Paulo: Nova Cultural, 1991. pp. VIII-IX). c) Correta. Segundo Alexandre Koyr , a experimenta o interroga o met dica da natureza realiza-se deliberadamente numa linguagem matem tica, ou mais exatamente geom trica. Por sua vez, ela n o pode ser ditada pela experi ncia, no sentido de experi ncia bruta, de observa o do senso comum que, na verdade, n o desempenhou qualquer papel, a n o ser obst culo, no nascimento da f sica cl ssica. (cf. KOYR , A. Estudos Galilaicos, Lisboa: Dom Quixote, 1986. p. 16). Segundo Ronaldo Mour o, qualquer estudioso que tenha um m nimo contato com a obra de Arist teles ou com seus seguidores medievais, sabe que a loso a escol stica rmemente alicer ada na observa o e no dado sens vel imediato. O papel de Galileu nesse aspecto n o foi introduzir o dado emp rico-sensitivo no pensamento cient co, e sim o conte do que a observa o do mundo passou a ter para a ci ncia. Para Galileu, a natureza revela seus segredos quando as perguntas s o formuladas matematicamente; a observa o passa a ser, com ele, a experimenta o. N o basta mais olhar as coisas, trata-se de construir um fen meno , ou seja, estruturar uma pergunta inserida num contexto te rico, que receber como resposta um n mero, um ente matem tico (MOUR O, R. F. A mensagem de Galileu. In: Galilei, Galileu. A mensagem das estrelas. Rio de Janeiro: Museu de Astronomia e Ci ncias A ns; Salamandra, 1987. pp. 9-10) d) Incorreta. A concep o nalista de universo concep o aristot lica e escol stica, segundo a qual tudo aquilo que ocorre na natureza desenvolve-se para cumprir des gnios superiores est relacionada com (a) a cren a na exist ncia de naturezas bem determinadas e (b) a cren a na exist ncia de um cosmos, isto , a cren a na exist ncia de princ pios de ordem em virtude dos quais o conjunto dos seres reais forma um todo (naturalmente) bem ordenado . Na f sica aristot lica, todas as coisas, cada qual segundo sua natureza, est o distribu das de uma maneira determinada: cada coisa possui, no universo, um lugar pr prio, conforme a sua natureza. Um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. s no seu lugar natural que cada coisa se completa e se realiza como ser e por esta raz o que todas as coisas tendem a chegar ao seu lugar natural. justamente esta no o de lugar natural que constitui a exig ncia te rica da f sica aristot lica. Assim, qualquer movimento implica, de um lado, a ruptura do equil brio (desordem c smica) e, de outro, o regresso ordem natural. Este regresso ordem constitui o movimento natural de todas as coisas que se encerra quando naturalmente o seu m atingido: o repouso no seu lugar natural. Portanto, todo movimento 29 / 54 limitado e nito. O movimento natural criticado por Galileu apresenta-se como um dos princ pios fundamentais da concep o nalista que envolve a din mica aristot lica. Segundo Alexandre Koyr , nesta concep o, cada corpo concebido como dotado de uma tend ncia a achar-se no seu lugar natural e a ele voltar se dele afastado pela viol ncia [...] . Cabe tamb m ressaltar que experimentos aleat rios tornam esta proposi o ainda mais err nea ao se considerar que Galileu defende o car ter met dico da experimenta o a partir da qual se busca a explica o dos fen menos por sua regularidade matem tica. (KOYR , Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. p.22-23.77; cf. KOYR , Alexandre. Estudos de Hist ria do Pensamento Cient co. Rio de Janeiro: Forense Universit ria; Bras lia: Universidade de Bras lia, 1982. pp. 155-158). e) Incorreta. Nas Cartas a Benedetto Castelli (1613) e a Cristina de Lorena (1615), podemos observar os principais aspectos da argumenta o galileana sobre a rela o entre a ci ncia da natureza (ou loso a natural, como se dizia na poca) e a interpreta o teol gico-b blica. Galileu admite que ambas sustentam sua validade no contexto a que se referem, sem que haja uma contradi o real. A cr tica de Galileu diz respeito pretens o equivocada de tomar literalmente o texto b blico como verdade cient ca, ou seja, buscando nele ensinamentos cient cos. Prop e uma invers o que subverte o conceito de verdade admitido pelas autoridades eclesi sticas: uma vez comprovada pela experi ncia, observa o ou demonstra o, a verdade cient ca a que deve se tornar crit rio para a interpreta o das Escrituras. O erro atribui-se aos int rpretes que n o compreendem adequadamente o sentido do texto b blico, distorcendo sua nalidade. As interpreta es teol gico-b blicas destinam-se ao ensinamento moral e religioso. A rma Galileu, em carta ao Padre Benedetto Casteli: [...] eu acredito que seria prudente n o permitir a ningu m o emprego das passagens das Escrituras de forma que venham a sustentar como verdadeiras algumas conclus es naturais, quando a experi ncia racional e necess ria evidenciar o contr rio . (GALILEI, Galileu. Ci ncia e F . S o Paulo: Nova Stella; Rio de Janeiro: MAST, 1988. p.20). Leia o texto IX a seguir e responda s quest es 35 e 36. Texto IX Dois s o os lugares do planeta no rmamento, o aparente e o verdadeiro. O aparente determinado pela linha reta tra ada do olho do observador pelo centro do planeta observado e o verdadeiro aquele marcado pela linha reta lan ada do centro da terra pelo centro do planeta observado. A paralaxe n o outra coisa que aquele espa o no c u ( ngulo ) que est compreendido entre as duas linhas, a do lugar aparente e a do lugar verdadeiro. (Adaptado de: Carta de Galileu Galilei a Francisco Ingoli. S o Paulo: Scientiae Studio. v. 3, n. 3, p. 481-482. 2005.) 35 O texto IX refere-se inten o de Galileu de provar que o Sol estava no centro do universo. Por meio desse texto, Galileu explica a Francisco Ingoli o que a paralaxe. Observe a gura a seguir: Com base no texto IX e na gura, analise as a rmativas a seguir: I. II. III. IV. Para um observador em P, a paralaxe da Lua maior que a paralaxe de J piter. Quanto mais pr ximo estiver um observador do lugar verdadeiro, maior a paralaxe do planeta observado. A paralaxe do Sol menor para um observador em Q do que para um observador em P. Para um observador em P, quanto maior o afastamento de um planeta em rela o Terra, menor ser sua paralaxe. 30 / 54 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: Trigonometria. Astronomia: sistema solar. Compet ncias e habilidades: Ler, interpretar e utilizar conceitos de trigonometria para resolver problemas. Justi cativa I. Correta. Porque a Lua est mais pr xima da Terra do que J piter, portanto tem maior paralaxe. II. Incorreta. Menor ser a paralaxe do planeta observado. III. Correta. Porque o ngulo que representa a paralaxe ser menor quando medido de Q. IV. Correta. Quanto mais distante o objeto observado, menor ser o ngulo de paralaxe formado. 36 A distin o entre aparente e verdadeiro no texto de Galileu Galilei (texto IX) retomada, com outra conota o, nas primeiras teorias sociol gicas, como por exemplo, em Karl Marx (1818-1883) quando formula uma de ni o pr pria de ideologia. Para este, tal no o sup e que na sociedade burguesa a realidade dos fatos sociais cont m a forma fenom nica (aparente) e a forma oculta (verdadeira/ess ncia), sendo a ideologia express o da primeira. Analise as a rmativas a seguir, identi cando aquelas que, na perspectiva de Marx, constituem exemplos de representa o ideol gica da realidade. I. Os Estados nacionais continuam a ser o espa o no qual os interesses de classe se manifestam e buscam sua representa o. Mesmo com a globaliza o das economias eles se mant m, em ltima inst ncia, como os Estados da classe dominante. II. No Brasil, o con ito social se constituiu com a chegada ao territ rio nacional dos imigrantes europeus, sobretudo anarquistas, a partir do s culo XIX. At ent o, a popula o brasileira era pac ca e ordeira, mesmo quando sofredora. III. Na produ o capitalista o sal rio n o representa uma troca igual entre capitalista e trabalhador, j que o valor recebido pelo ltimo equivale a um montante inferior quele que ele produz na sua jornada de trabalho. IV. Nem todos s o feitos para re etir, preciso que haja sempre aqueles voltados ao exerc cio e cultura do pensamento e, inversamente, aqueles voltados a o, ao trabalho manual. Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e) Somente as a rmativas I e II s o corretas. Somente as a rmativas I e III s o corretas. Somente as a rmativas II e IV s o corretas. Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: c Conte do program tico: Conhecimento em Ci ncias Sociais Introdu o ao Estudo da Sociedade Teoria e M todo. Compet ncias e habilidades: Representa o e comunica o. Identi car, analisar e comprar os diferentes discursos sobre a realidade: as explica es das Ci ncias Sociais, amparadas nos v rios paradigmas te ricos, e as do senso comum. Justi cativa 31 / 54 I. Incorreta. Formas ideol gicas se apresentam na teoria marxista como uma invers o da realidade, na qual a apar ncia de um fen meno social tomado por sua ess ncia. Na alternativa (I) n o h refer ncia a uma manifesta o ideol gica, seguindo esta formula o em Marx. A rela o entre Estado, poder pol tico e classe dominante, remete a uma rela o intr nseca ao modelo de domina o. Decorre da forma de apropria o dos meios de produ o. A manifesta o ideol gica seria o oposto. II. Correta. De acordo com a formula o de Marx, e seguindo o racioc nio anterior, este seria um exemplo de ideologia, cujo prop sito seria impedir a forma o de uma compreens o sobre a rela o essencial de domina o que ocorre entre poder pol tico e organiza o da produ o. No caso brasileiro, por exemplo, encontramos diversos exemplos, no interior da col nia, de con itos e revoltas (Cabanagem, Balaiada, movimento dos Incon dentes, entre outros), de modo que incorreto imput -los vinda dos imigrantes. O mesmo fato revela o car ter ideol gico das a rma es que tentam situar a natureza do povo brasileiro como pac ca e ordeira, pr pria do pensamento conservador. III. Incorreta. Efetivamente, no interior das rela es sociais burguesas o sal rio n o equivale ao quantum de trabalho fornecido pelo trabalhador, conforme testemunha a a rma o. Seria ideol gica, na perspectiva de Marx, se a rmasse que o trabalhador recebe pelo total do que foi produzido em uma jornada de trabalho ou em um m s e mesmo em um ano. IV. Correta. A frase ideol gica uma vez que constr i um argumento cuja nica nalidade justi car as raz es para a desigualdade de classe entre os seres sociais. De acordo com esta leitura, s o determinadas propriedades naturais e n o hist ricas as respons veis pela exist ncia de dominantes e dominados no interior da sociedade. 37 Observe a charge a seguir: (Adaptado de: Folha de S o Paulo. 10 maio 2009. Folha Ilustrada, p. E7.) A charge remete aus ncia de um procedimento necess rio na concep o de m todo de conhecimento cient co fundamental na corrente empirista, que a) o recurso dedu o l gica. b) a formula o de uma hip tese. c) o uso da intui o. d) a pr tica da generaliza o. e) a veri ca o de evid ncias fatuais. Alternativa correta: e Conte do program tico: Conhecimento em Ci ncias Sociais Introdu o ao Estudo da Sociedade Teoria e M todo. Compet ncias e habilidades: Representa o e comunica o. Identi car, analisar e compor os diferentes discursos sobre a realidade: as explica es das Ci ncias Sociais, amparadas nos v rios paradigmas te ricos, e as do senso comum. Justi cativa O primeiro quadro da charge demonstra o uso do recurso dedu o l gica para a formula o de conclus es sobre o objeto estudado. O segundo quadro remete falta de correspond ncia entre a dedu o e a evid ncia emp rica correspondente. A corrente empirista ressalta a necessidade de haver uma correspond ncia metodol gica entre a demonstra o e a explica o cient ca atrav s de evid ncias factuais, como consta na alternativa e . A alternativa a ressalta o oposto. A alternativa b est incorreta porque n o a exist ncia ou n o de hip teses que caracteriza o procedimento metodol gico empirista. Tamb m n o o sentido da charge apresentada. A alternativa c est incorreta porque a charge n o remete ao uso da intui o e sim ao recurso da dedu o. Al m disso, o uso de intui o contr rio ao fundamento do m todo empirista. A alternativa d est incorreta porque, assim como a alternativa b , trata de um procedimento que n o exclusivo do m todo empirista. O m todo empirista, como outros, busca a generaliza o, por m o que o caracteriza que a generaliza o buscada atrav s da correla o entre argumenta o e evid ncias factuais metodicamente demonstr veis. A charge faz refer ncia a um procedimento dedutivo 32 / 54 38 Isaac Newton acreditava que a luz era composta por part culas, enquanto seu contempor neo Christiaan Huygens acreditava que a luz era uma onda. Essa controv rsia ressurgiu no in cio do s culo XX, quando concluiu-se que a luz n o se tratava exclusivamente de um corp sculo, tampouco de uma onda, mas ambas as caracter sticas poderiam ser a ela atribu das. Com base nos conhecimentos sobre a natureza da luz e seu comportamento, considere as a rmativas: I. II. III. IV. As l mpadas uorescentes emitem f tons de luz branca de mesma frequ ncia. A luz, ao impressionar uma chapa fotogr ca, transfere-lhe energia, revelando seu aspecto corpuscular. As v rias cores do espectro vis vel s o resultantes de f tons de diferentes energias. A luz difrata ao atravessar uma fenda, revelando seu aspecto ondulat rio. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: e Conte do program tico: F sica moderna, tica f sica. Compet ncias e habilidades: Avaliar o conhecimento do candidato quanto natureza da luz e seu comportamento em diferentes fen menos f sicos. Justi cativa I. Incorreta. N o existem f tons de luz branca. A luz branca uma composi o de todas as cores que, por sua vez, possuem diferentes energias. II. Correta. O aspecto corpuscular da luz revela-se por pacotes de energia que s o chamados de f tons e transferem energia para que determinadas rea es qu micas aconte am. III. Correta. Cada cor do espectro vis vel diferenciada pela sua energia E que se relaciona com sua frequ ncia por E =h f IV. Correta. A difra o um fen meno caracter stico de ondas que acontece, por exemplo, com as ondas mec nicas. 39 Leia o texto a seguir: Ao empreender a an lise da estrutura e dos limites do conhecimento, Kant tomou a f sica e a mec nica celeste elaboradas por Newton como sendo a pr pria ci ncia. Entretanto, era preciso salv -la do ceticismo de Hume quanto impossibilidade de fundamentar as infer ncias indutivas e de alcan ar um conhecimento necess rio da natureza. Com base no pensamento de David Hume acerca do entendimento humano, correto a rmar: a) Dentre os objetos da raz o humana, as rela es de ideias se originam das impress es associadas aos conceitos inatos dos quais obt m-se dedutivamente o entendimento dos fatos. b) As conclus es acerca dos fatos obtidas pelo sujeito do conhecimento realizam-se sem aux lio da experi ncia, recorrendo apenas aos racioc nios abstratos a priori. c) O postulado que a rma a inexist ncia de conhecimento para al m daquele que possa vir a resultar do h bito funda-se na ideia metaf sica de rela o causal como conex o necess ria entre os fatos. d) O sujeito do conhecimento opera associa es de suas percep es, sensa es e impress es semelhantes ou sucessivas recebidas pelos rg os dos sentidos e retidas na mem ria. e) Pelo racioc nio o sujeito induzido a inferir as rela es de causa e efeito entre percep es e impress es acerca da regularidade de fen menos semelhantes que se repetem na sucess o do tempo. 33 / 54 Alternativa correta: d Conte do program tico: Problemas epistemol gicos na Filoso a. O problema da ci ncia, conhecimento e m todo na Filoso a. Compet ncias e habilidades: Leitura signi cativa de textos los cos, demonstrando as capacidades de an lise, interpreta o, reconstru o racional do texto e problematiza o cr tica. Articula o de conhecimentos los cos com diferentes conte dos discursivos das Ci ncias Naturais. Contextualiza o de conhecimentos los cos tendo como horizonte o complexo desenvolvimento cient co-tecnol gico das sociedades contempor neas. Justi cativa a) Incorreta. Na primeira parte da Se o IV da Investiga o acerca do Entendimento Humano, Hume a rma que todos os objetos da raz o ou da investiga o humanas podem dividir-se naturalmente em dois g neros, a saber: rela es de id ias e de fatos . Ao primeiro pertencem as ci ncias da geometria, da lgebra e da aritm tica e, numa palavra, toda a rma o que intuitivamente ou demonstrativamente certa. No empirismo de Hume n o h qualquer possibilidade de id ias a priori ou inatas (isto , originadas na pr pria raz o) e tampouco qualquer explica o dos fatos pela via l gico-dedutiva. (HUME, David. Investiga o acerca do entendimento humano. 5a. ed. S o Paulo: Nova Cultural, 1992. Os Pensadores. p. 77-79) b) Incorreta. Segundo Hume, na segunda parte da Se o IV da Investiga o acerca do Entendimento Humano, mesmo depois que temos experi ncia das opera es de causa e de efeito, nossas conclus es desta experi ncia n o est o fundadas sobre racioc nios ou sobre qualquer processo do entendimento . (HUME, D. Investiga o acerca do entendimento humano. S o Paulo: Nova Cultural, 1992. Os Pensadores. p. 81.). Portanto, as conclus es acerca dos fatos obtidas pelo sujeito do conhecimento de forma alguma se realizam sem aux lio da experi ncia e tampouco recorrendo a quaisquer racioc nios abstratos a priori. c) Incorreta. H aqui uma contradi o inconceb vel: o postulado humeano (a inexist ncia de conhecimento para al m daquele que possa vir a resultar do h bito) apresenta-se como uma cr tica contundente ao princ pio da causalidade, um dos elementos fundamentais das metaf sicas racionalistas. Para Hume, a rela o entre causa e efeito, enquanto impress es sens veis, compreende-se t o somente pela habitual associa o entre o posterior e o anterior de uma sucess o temporal que o sujeito experimenta, sem que haja qualquer processo de infer ncia l gica. A id ia objetiva de causalidade, na verdade, n o passa de uma cren a forjada na a o do h bito sobre a imagina o. d) Correta. Na se o IV da Investiga o acerca do Entendimento Humano, David Hume encaminha claramente o ataque raz o e metaf sica. Uma das quest es cruciais da exist ncia envolve o suceder dos acontecimentos. Hume a rma que a infer ncia e as analogias que fazemos em rela o aos efeitos de causas semelhantes nas quest es de fato n o podem ser baseadas em nenhuma esp cie de racioc nio formal. Em sua cr tica aos pressupostos metaf sicos da id ia de causalidade, ele defende que o sujeito do conhecimento opera infer ncias associando sensa es, percep es e impress es recebidas pelos rg os dos sentidos e retidas na mem ria. Deste modo, as id ias se reduzem a h bitos mentais de associa o de impress es semelhantes ou sucessivas. A id ia de causalidade, portanto, apresenta-se como o mero h bito que nossa mente adquire ao estabelecer rela es de causa e efeito entre percep es que se sucedem no tempo, chamando as anteriores de causas e as posteriores de efeitos. (cf. CHAUI, M. Convite Filoso a. S o Paulo: tica, 1994. p. 231.). e) Incorreta. Toda a segunda parte da se o IV da Investiga o acerca do Entendimento Humano orientada para provar o contr rio. Hume a rma que todos os argumentos referentes exist ncia se fundam na rela o de causa e efeito e que nosso conhecimento daquela rela o prov m inteiramente da experi ncia e ainda que todas as nossas conclus es experimentais decorrem da suposi o que o futuro estar em conformidade com o passado . Ao nal da se o IV, Hume refor a que n o o racioc nio que nos induz a supor que o passado se assemelha ao futuro e a esperar efeitos semelhantes de causas que s o, aparentemente, semelhantes . (HUME, David. Investiga o acerca do entendimento humano. 5a. ed. S o Paulo: Nova Cultural, 1992. Os Pensadores. p. 82-84). A id ia de causalidade prov m do mero h bito que o sujeito adquire ao estabelecer rela es de causa e efeito entre percep es e impress es que se sucedem no tempo. A repeti o constante e regular de imagens ou impress es sucessivas e semelhantes desencadeia a forma o da cren a de que h uma causalidade real, externa, pr pria das coisas e independente de n s (cf. CHAUI. Marilena. Convite Filoso a. S o Paulo: Editora tica, 1994.p.231). 34 / 54 Observe a gura 6 a seguir e responda s quest es 40 e 41. Figura 6: (Adaptado de: Lauand, J. Espa o virtual. Pontal, SP. Brasil, 1992. T mpera s/ tela, (45, 0 45, 0) cm. Aquisi o MAC USP.) 40 A partir dos conhecimentos sobre o Concretismo e observando a obra Espa o virtual , de Judith Lauand, considere as a rmativas: I. Para o Concretismo, era importante a ideia de intera o do p blico com a obra de arte, tendo H lio Oiticica como seu principal artista. II. Na arte concreta, percebe-se a utiliza o de forma aut noma das cores, do espa o, da luz e da matem tica na sua cria o. III. A partir da 1 Bienal de S o Paulo, ampliou-se no Brasil o desenvolvimento da ideia de uma arte concretista baseada nas formas geom tricas simples. IV. A obra concretista em ess ncia o naturalismo reelaborado, uma nova forma de representa o do real. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. Alternativa correta: b Conte do program tico: Caracter sticas do Concretismo. Compet ncias e habilidades: Compreender as caracter sticas construtivas do Concretismo no Brasil. Justi cativa A arte concreta repudiava as refer ncias gurativas e baseava-se no uso de formas geom tricas simples. Segundo Max Bill, a pintura concreta serve-se exclusivamente dos elementos fundamentais da pintura, a cor e a forma da superf cie (AMARAL, A. A. Projeto construtivo brasileiro na arte. Rio de Janeiro: Funarte, 1977. I. Incorreta. O concretismo n o preconizava a intera o do p blico com a obra de arte, uma vez que esta era racional, matem tica e desprovida de sentimentalismos. II. Correta. Na obra Espa o Virtual a forma, a cor e o espa o obedecem l gica matem tica na sua cria o. III. Correta. A obra concreta serve-se exclusivamente dos elementos fundamentais da constru o: a cor, a forma e a superf cie submetidas s formas geom tricas simples. IV. Incorreta. A arte concreta repudiava as refer ncias gurativas e baseava-se no uso de formas geom tricas simples. 35 / 54 41 No quadro de Judith Lauand ( gura 6), seja A a rea do hex gono e A a soma das reas dos quadril teros. A gura a seguir ilustra a rela o de cada um desses quadril teros (de cor cinza) com parte do hex gono, sendo o lado de cada um dos tri ngulos que comp em o hex gono. Assinale a alternativa correta. 1 A 4 2 A = A 4 3 A = A 4 1 A = A 4 3 A = A 4 a) A = b) c) d) e) Alternativa correta: c Conte do program tico: Geometria Plana. Compet ncias e habilidades: Selecionar e elaborar estrat gias para resolu o de problemas de geometria plana que envolvem c lculos de reas de pol gonos, semelhan a de tri ngulos e congru ncia de guras planas. Justi cativa Consideremos o tri ngulo ABC que corresponde a 1 do hex gono, representado a seguir: 6 l2 3 O tri ngulo ABC equil tero. Se o lado tem comprimento l, sua rea AABC , ser AABC = . 4 l l3 O tri ngulo CDE is sceles, de lados e base igual altura do tri ngulo ABC. ou seja CD = . 2 2 Calculando a rea deste tri ngulo, e denotando-a por ACDE , teremos: ACDE = l2 3 1 = AABC 16 4 O tri ngulo CEF um tri ngulo equil tero de lado l . Portanto, sua rea ser : 2 36 / 54 l2 3 1 ACEF = = AABC 16 4 Analogamente, a rea do tri ngulo CFG ser tamb m: l2 3 1 ACF G = = AABC 16 4 3 Logo, a rea do quadril tero CDFG ser da rea do tri ngulo ABC. 4 Portanto, 3 A = A 4 As quest es de 42 a 52 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas energia nuclear e mundo moderno. Leia os textos X e XI, observe a charge e responda s quest es de 42 a 46: Texto X Em 1938, O. Hahn e F. Strassmann, ao detectarem b rio numa amostra de ur nio 238 bombardeada com n utrons, descobriram a ss o nuclear induzida por n utrons. A colis o de um n utron com um n cleo de um is topo, como o 235 U , com sua consequente absor o, inicia uma violenta vibra o, e o n cleo impelido a se dividir, ssionar. Com a ss o cada n cleo de 235 U produz dois ou mais n utrons, propiciando uma rea o em cadeia. (Adaptado de: OHANIAN, H. C. Modern physic. New York: Prentice Hall inc. 1995, 2 ed. p. 386.) Texto XI A rea o em cadeia explosiva do 235 U deu um banho de radia o mort fera no centro da cidade: Cerca de dez quil metros quadrados de Hiroshima caram torrados. Noventa por cento dos pr dios da cidade foram destru dos. Os m dicos que ainda estavam vivos n o tinham ideia do tipo de arma que havia sido empregada. Mesmo quando se anunciou que uma bomba at mica fora lan ada, eles n o tinham no o do mal que ela pode fazer ao corpo humano nem dos seus sintomas posteriores. Era uma revolu o na ci ncia e na guerra. (Adaptado de: SMITH, P. D. Os homens do m do mundo. S o Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 359-360.) GUERRA NUCLEAR NO VIETN Washington (FP) O Comando A reo Estrat gico dos EUA amea ou arrasar o Vietn do Norte usando inclusive artefatos at micos, caso Han i recuse a paz. Figura 7: (HENFIL. Hiroshima meu humor. 4 ed. S o Paulo: Gera o, 2002, p. 19.) 37 / 54 42 Com base na charge e nos conhecimentos sobre a geopol tica no contexto da ordem mundial bipolar, assinale a alternativa correta. a) A geopol tica mundial, inerente Guerra Fria, caracterizou-se pela desmilitariza o das rela es internacionais, em face da amea a de exterm nio nuclear. b) A amea a norte-americana de empregar artefatos nucleares na Guerra do Vietn restringiu o avan o do bloco socialista ao Leste Europeu. c) A ado o de um modelo pol tico pluripartid rio pelo Vietn do Norte resultou da in u ncia chinesa e do apoio militar baseado em seu arsenal nuclear. d) A troca do dom nio colonial japon s sobre o Vietn pela hegemonia chinesa amenizou a disputa nuclear entre o bloco socialista e os EUA no Sudeste Asi tico. e) A eclos o de diversas guerras regionais no per odo da Guerra Fria, a exemplo da Guerra do Vietn , substituiu o confronto b lico direto entre as superpot ncias. Alternativa correta: e Conte do program tico: Blocos de poder e transforma es territoriais do per odo p s-guerra. Compet ncias e habilidades: Uso de diferentes linguagens como instrumento de comunica o de conhecimentos geogr cos. Contextualiza o sociocultural ligada ao conhecimento da hist ria contempor nea e da geopol tica mundial ligada Guerra Fria Justi cativa Solicita do aluno conhecimentos sobre a geopol tica no contexto da ordem mundial bipolar. A eclos o de diversas guerras regionais no per odo da Guerra Fria, a exemplo da Guerra do Vietn , substituiu o confronto b lico direto entre as superpot ncias. O per odo da Guerra Fria constituiu-se na escalada do poder de destrui o nas m os dos EUA e da URSS baseado em armas at micas. A possibilidade da destrui o m tua e do m da vida na Terra levou a estrat gias de confronto indireto entre essas duas superpot ncias, que representavam sistemas pol ticos e econ micos antag nicos. A divis o de grande parte do planeta entre dois blocos de pa ses, um alinhado com os EUA e o outro com a URSS gerou uma geopol tica baseada na tentativa de ampliar a rea de in u ncia de cada superpot ncia. Dessa maneira, guerras regionais, especialmente no Sudeste Asi tico, foram caracterizadas pelo enfrentamento entre ex rcitos locais apoiados militarmente, inclusive com tropas, tanto pelos norte-americanos como pelos sovi ticos. 43 Sobre a rea o em cadeia citada no texto X, considere que a cada processo de ss o de um n cleo de 235 U sejam liberados tr s n utrons. Na gura a seguir est esquematizado o processo de ss o, no qual um n utron N0 ssiona um n cleo de 235 U , no est gio zero, liberando tr s n utrons N1 . Estes, por sua vez, ssionar o outros tr s n cleos de 235 U no est gio um, e assim por diante. Continuando essa rea o em cadeia, o n mero de n cleos de 235 U que ser o ssionados no est gio 20 320 1 2 b) 320 a) c) 3 320 1 2 38 / 54 320 + 1 2 e) 10(320 + 1) d) Alternativa correta: b Conte do program tico: Fun o exponencial e Progress es geom tricas. Compet ncias e habilidades: Aplicar conhecimentos de progress es geom tricas e fun o exponencial em situa es reais. Justi cativa Consideremos as vari veis Est gio, E, e N mero de N cleos de Ur nio 235 U , N, representadas na tabela a seguir: E N 0 1 = 30 1 3 = 31 2 9 = 32 20 320 n 3n A partir da generaliza o feita na tabela, pode-se veri car que no est gio 20 teremos 320 n cleos de nados. 235 U sendo ssio- 44 Considere as a rmativas a seguir: I. Um dos principais fatores que provocou a transforma o na arquitetura do poder no mundo, p s 1945, foi a inven o e utiliza o da bomba at mica. II. A descoberta da fus o do is topo guerras posteriores a 1945. 235 U tornou obsoleto e in til o emprego das For as Armadas convencionais nas III. A energia liberada a partir da fus o nuclear foi empregada como fonte de abastecimento das novas ind strias surgidas no p s II Guerra. IV. A ss o do is topo de 235 U , a partir de uma rea o em cadeia liberando uma energia sem precedentes na hist ria, uma narrativa, em termos da F sica, do evento ocorrido em Hiroshima em agosto de 1945. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: b Conte do program tico: O mundo na modernidade Os impasses sociais do s culo XX, guerras, revolu es, totalitarismos. Cultura e Ci ncia. Compet ncias e habilidades: Situar temas e problemas da atualidade luz do conhecimento historiogr co. Criticar, analisar e interpretar fontes documentais distintas, identi cando a diversidade presente nas diferentes linguagens e contextos de sua produ o. 39 / 54 Justi cativa Esta quest o vincula-se discuss o da cultura e da ci ncia, bem como dos impasses e guerras do s culo XX. A sua resolu o implica no entendimento do impacto da inven o e emprego das armas nucleares no mundo contempor neo e ao mesmo tempo na compreens o das diferentes narrativas sobre este evento, isto , da Hist ria e da F sica. Estes signi cados aparecem em escalas distintas, ou seja, os pr prios cientistas n o tinham uma exata ideia dos efeitos da radia o sobre o corpo humano bem como os estadistas n o tinham uma no o clara dos desdobramentos pol ticos e sociais o surgimento da guerra fria e um deslocamento global dos n cleos de poder da Europa para os EUA e a URSS, por exemplo do emprego da bomba. As a rmativas corretas s o apenas a I e IV, enquanto que a II e III s o incorretas, pois a inven o das armas nucleares n o implicou no abandono do emprego das For as Armadas convencionais. A energia liberada a partir da fus o incontrol vel, n o sendo poss vel empreg -la como fonte de abastecimento. 45 Assinale a alternativa que apresenta uma das principais raz es alegadas por Harry Truman, presidente dos EUA, para justi car o uso da bomba at mica contra as cidades de Hiroshima e Nagazaki em agosto de 1945. a) Apesar das vit rias dos EUA no Pac co, os japoneses apresentaram not vel resist ncia devido ao emprego de kamikazes, gerando a perspectiva de prolongamento da guerra. b) A base industrial do Jap o n o fora destru da pelos bombardeios convencionais, permitindo ao pa s a continuidade da produ o de armamentos em p de igualdade com os aliados. c) A despeito das vit rias sobre os alem es na Europa, os ex rcitos dos EUA e da URSS n o tinham condi es de promover uma invas o no Jap o devido ao seu car ter insular. d) A resposta negativa do Jap o aos EUA e Inglaterra, que buscavam negociar o m da guerra e evitar o crescimento da ofensiva nip nica. e) Para garantir a supremacia dos interesses liberais e capitalistas no p s-guerra, era necess rio impedir a conquista do Jap o pela URSS, evitando que o Pac co casse sob a in u ncia sovi tica. Alternativa correta: a Conte do program tico: O mundo na modernidade Os impasses sociais do s culo XX, guerras, revolu es, totalitarismos. Cultura e Ci ncia. Compet ncias e habilidades: Situar temas e problemas da atualidade luz do conhecimento historiogr co. Justi cativa Esta quest o vincula-se discuss o da cultura e da ci ncia, bem como dos impasses e guerras do s culo XX. A sua resolu o implica no entendimento do impacto da inven o e emprego das armas nucleares no mundo contempor neo. Trata-se de articular a produ o da mem ria, do discurso e da pol tica visando compreens o das origens da novidade nuclear e da nova distribui o global do poder ap s o emprego da bomba at mica. A resposta correta a alternativa a , pois o governo dos EUA interpretava que, apesar da grande destrui o da infraestrutura industrial do Jap o bem como do corte das linhas de abastecimento do pa s, n o se conquistaria o territ rio japon s sem um banho de sangue. Assim, o emprego da bomba se justi cou a partir da ideia de que era necess rio p r um ponto nal imediato resist ncia japonesa. A alternativa b est incorreta, pois n o somente a base industrial japonesa estava seriamente comprometida, como mesmo no pice do avan o japon s, no in cio da II Guerra, a produ o de armamentos era inferior ao dos EUA. O ataque a Pearl Harbor, por exemplo, provocou enorme impacto n o devido superioridade da Marinha e da For a A rea japonesa em rela o s dos EUA, mas sim devido surpresa com que foi realizado. A alternativa c est incorreta, n o apenas porque a URSS jamais se envolveu em uma investida contra o Jap o, mas tamb m porque, como j dito, a conquista seria demorada e se faria com um banho de sangue, mas n o era imposs vel. A alternativa d incorreta, pois os EUA desejavam nada menos do que uma rendi o incondicional e n o buscaram uma sa da negociada da guerra. Era uma quest o de vit ria total. A alternativa e tamb m incorreta, pois ela descreve uma situa o real na Europa e n o no Jap o. Neste momento era inconteste a domina o dos EUA no Pac co, dom nio este n o questionado pela URSS, desgastada pela invas o da Alemanha. 46 Segundo as unidades convencionais usadas na F sica Nuclear, a energia liberada na bomba lan ada sobre a cidade de Hiroshima foi de 15 kton. Sabendo que 1 kton corresponde a 1012 calorias e considerando que toda a energia liberada pela bomba seja usada para aquecer a gua do Lago Igap I de Londrina, cujo volume , aproximadamente, 5 108 litros, e que a temperatura inicial de 25 o C , a temperatura nal da gua do lago ser de Dado: Calor espec co da gua: 1 cal/g o C 40 / 54 a) b) c) d) e) 30 o C 45 o C 55 o C 65 o C 95 o C Alternativa correta: c Conte do program tico: F sica t rmica. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar a capacidade do candidato de compreender e aplicar os conhecimentos de terminologia em situa es-problemas. Justi cativa Para elevar a temperatura do lago em 1 o C seriam necess rias: 5 108 litros 1000 cal/litro = 5 108 103 calorias = 5 1011 calorias. Portanto a quantidade de graus de aumento de temperatura seria: 15 1012 Calorias / 5 1011 calorias = 30 o C . A temperatura nal do lago seria 55 o C . 47 Leia o texto a seguir: A ideia de progresso manifesta-se inicialmente, poca do Renascimento, como consci ncia de ruptura. [...] No s culo XVIII tal ideia associa-se consci ncia do car ter progressivo da civiliza o, e assim que a encontramos em Voltaire. Tal como para Bacon, no in cio do s culo XVII, o progresso tamb m uma esp cie de objeto de f para os iluministas. [...] A certeza do progresso permite encarar o futuro com otimismo. (Adaptado de: FALCON, F. J. C. Iluminismo. 2. ed. S o Paulo: tica, 1989, p. 61-2.) Na primeira metade do s culo XX, a ideia de progresso tamb m se transformou em objeto de an lise do grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social vinculado Universidade de Frankfurt. Tendo como refer ncia a obra de Adorno e Horkheimer, correto a rmar: a) Por serem herdeiros do pensamento hegeliano, os autores entendem que a supera o do modelo de racionalidade inerente aos con itos do s culo XX depende do justo equil brio entre uso p blico e uso privado da raz o. b) A despeito da Segunda Guerra, a nalidade do iluminismo de libertar os homens do medo, da magia e do mito e torn -los senhores aut nomos e livres mediante o uso da ci ncia e da t cnica, foi atingido. c) Os autores prop em como alternativa s cat strofes da primeira metade do s culo XX um novo entendimento da no o de progresso tendo como refer ncia o conceito de racionalidade comunicativa. d) Como demonstra a an lise feita pelos autores no texto O autor como produtor , o ideal de progresso consolidado ao longo da modernidade foi rompido com as guerras do s culo XX. e) Em obras como a Dial tica do Esclarecimento, os autores questionam a compreens o da no o de progresso consolidada ao longo da trajet ria da raz o por estar vinculada a um modelo de racionalidade de cunho instrumental. Alternativa correta: e Conte do program tico: Problemas epistemol gicos na Filoso a. O problema da rela o entre ci ncia e t cnica: a raqcionalidade instrumental. Compet ncias e habilidades: Leitura signi cativa de textos los cos de modo signi cativo, demonstrando as capacidades de an lise, interpreta o e apropria o cr tico-re exiva, reconstru o racional do texto e problematiza o. Justi cativa a) Incorreta. Os autores n o apresentam como alternativa ao modelo de racionalidade criticado nas an lises o resgate de um suposto equil brio entre uso p blico e uso privado da raz o. Os termos uso p blico e uso privado da raz o s o conceitos utilizados por Kant no artigo Resposta quest o: O que o Esclarecimento. A leitura frankfurtiana segue por outro caminho, como explicita a passagem a seguir: Os frankfurtianos se perguntam por que as promessas iluministas n o foram cumpridas, por que o mundo da boa vontade e da paz perp tua n o se concretizou. [...] O progresso se paga com coisas negativas e aterradoras, entre elas o desaparecimento do sujeito aut nomo em um totalitarismo uniformizante . (MATOS, O. C. A Escola de Frankfurt. Luzes e sombras do Iluminismo. S o Paulo: Moderna, 1993, p. 32.) 41 / 54 b) Incorreta. O texto a seguir torna expl cito o equ voco contido na alternativa. Segundo Adorno e Horkheimer, o impulso para a domina o nasce do medo da perda do pr prio Eu, medo que se revela em toda situa o de amea a do sujeito em face do desconhecido. Nesse sentido, o mito e a ci ncia t m origem comum: controlar as for as desconhecidas da natureza, a multiplicidade incontrolada do sens vel. [...] Que fez a ci ncia moderna? Transformou a natureza em um gigantesco ju zo anal tico , obrigou-a a falar a linguagem do n mero, matematizando-a, formalizando-a. Em outras palavras: se o Iluminismo pretendeu desmisti car a natureza, desenfeiti -la, desencant -la pelo recurso raz o explicadora e dominadora dos fen menos naturais , o resultado foi, segundo Adorno e Horkheimer, uma triunfante desventura (MATOS, O. C. A Escola de Frankfurt. Luzes e sombras do Iliminismo. S o Paulo: Moderna, 1993, p. 45-6.) Nas palavras dos autores, uma calamidade triunfal . c) Incorreta. Os autores n o apresentam o conceito de racionalidade comunicativa como modelo alternativo s cat strofes da primeira metade do s culo XX. Este conceito, elaborado por Habermas, pretende ser um caminho te rico para fugir s aporias da loso a da consci ncia, aporias nas quais os pr prios frankfurtianos acabam enredados. Em sua obra Discurso Filos co da Modernidade, Habermas evidencia os problemas que ele considera cruciais na teoria dos dois mestres frankfurtianos. d) Incorreta. Primeiramente, o texto O autor como produtor foi escrito por Walter Benjamin e n o por Adorno e Horkheimer. Segundo, os autores defendem a tese que o mito j esclarecimento e o esclarecimento acaba por reverter mitologia , ou seja, a an lise feita pelos autores engloba o processo de constitui o da pr pria racionalidade humana. Como bem ressalta Guido Ant nio de Almeida, na nota tradu o brasileira, o esclarecimento o processo pelo qual, ao longo da hist ria, os homens se libertam das pot ncias m ticas da natureza, ou seja, o processo de racionaliza o que prossegue na loso a e na ci ncia . Com isso, e sem entrar em outras quest es inerentes an lise dos autores, n o h uma ruptura provocada pela Segunda Guerra com um ideal de progresso e civiliza o consolidado ao longo da modernidade pelo simples fato de que existe uma dial tica entre mito e esclarecimento que acompanha a pr pria trajet ria da humanidade. e) Correta. Adorno e Horkheimer iniciam a Dial tica do Esclarecimento com a seguinte frase: No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posi o de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal (ADORNO ; HORKHEIMER. Dial tica do Esclarecimento. 3.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991, p. 19). 48 O desenvolvimento industrial posterior II Guerra Mundial, a amea a nuclear no per odo da Guerra Fria e o crescimento dos problemas ambientais explicam, em parte, o destaque alcan ado pelo movimento ecologista, o qual se insere em mobiliza es identi cadas pelo pensamento sociol gico sob a terminologia geral de novos movimentos sociais . Sobre os novos movimentos sociais, correto a rmar: I. Constituem suas demandas em oposi o l gica dos aparelhos de domina o, priorizando, em particular, as lutas centrais coletivas. II. Lutam, basicamente, pela conquista de direitos, isto , avan os institucionais capazes de aportar mudan as relevantes na sociedade. III. Substitu ram o movimento oper rio, que perdeu sua import ncia hist rica diante da redu o num rica mundial da classe trabalhadora. IV. T m como elemento t pico a sua subordina o aos partidos pol ticos e sindicatos, visando controlar o aparelho de Estado. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. Alternativa correta: a Conte do program tico: Conhecimento em Ci ncias Sociais Introdu o ao Estudo da Sociedade Teoria e M todo. 42 / 54 Compet ncias e habilidades: Investiga o e Compreens o. Construir instrumentos para uma melhor compreens o da vida cotidiana, ampliando a vis o de mundo e o horizonte de expectativas nas rela es interpessoais com os v rios grupos sociais. Justi cativa Os novos movimentos sociais constituem suas demandas em oposi o l gica dos aparelhos de domina o. E o fazem priorizando em particular o elemento de luta coletiva, n o identi cado necessariamente pelos seus membros como sendo luta de classes e sim lutas culturais. No mais, o eixo destas lutas n o diretamente o con ito capital e trabalho, e sim demandas de ordem particular. Nessas lutas, manifesta-se o car ter de resist ncia institu do pelos aparelhos de domina o, como o caso das manifesta es antiglobaliza o, cujo objetivo a conquista de espa os democr ticos ampliados de decis o, al m da amplia o dos direitos de cidadania. Embora entrem em cena como novos protagonistas, ocupando espa os deixados pelo antigo movimento oper rio, estes movimentos n o objetivam substitu -lo, nem o substituem. O movimento oper rio continua a existir, ainda que sem a pot ncia que desfrutou no s culo XIX e boa parte do s culo XX. Acresce a isto que, embora o operariado fabril pare a estar em re uxo num rico, a classe trabalhadora mundialmente vem se expandindo em um amplo leque que vai dos trabalhadores formais queles que se encontram nas formas mais extremas de precariza o do trabalho. Por m, tra o caracter stico destes movimentos seu distanciamento de qualquer tentativa de serem controlados por um partido ou sindicato. Em grande parte, estes movimentos se constituem em raz o mesmo do reconhecimento da debilidade presente nas organiza es partid rias e sindicais para encaminharem as quest es de real interesse p blico. 49 Leia o texto a seguir: Os burgueses consideravam o dada sta um monstro dissoluto, um canalha revolucion rio, um b rbaro asi tico, conspirando contra suas campanhas, suas contas banc rias, seu c digo de honra. (HANS, A. A garrafa umbilical. In: ADES, D. O Dada e o Surrealismo. S o Paulo: Labor do Brasil, s/d. p. 3.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Dada smo, correto a rmar que os dada stas a) apoiavam a sociedade capitalista e sua moral burguesa, e n o as responsabilizavam pelos horrores da guerra. b) voltavam-se para a produ o de uma arte absurda, pois, na forma de provoca es, manifestavam seu apoio e contentamento com a guerra. c) consideravam que construir uma arte educativa e espiritualista era uma forma de se contrapor ao materialismo e ao cienti cismo do mundo moderno. d) criticavam a arte il gica, absurda, valorizando a racionalidade na cria o art stica. e) pregavam o m da arte tradicional, pois entendiam que esta expressava os valores est ticos e ideol gicos de quem detinha o poder. Alternativa correta: e Conte do program tico: O movimento dada sta e seu contexto hist rico. Compet ncias e habilidades: Analisar e compreender o universo dada sta tanto sob seu aspecto construtivo, quanto suas rela es com o momento hist rico no qual est inserido. Justi cativa O dada smo foi um movimento art stico de intensa revolta contra o conformismo, surgido de um esp rito de desilus o engendrado pela primeira guerra mundial, qual os artistas reagiram com um misto de cinismo, ironia e niilismo an rquico n o s contra a sociedade capitalista, como tamb m contra a cultura, exempli cada na id ia de arte. a) Incorreta. Ao contr rio, os dada stas condenavam a guerra como manifesta o dos interesses capitalistas em detrimento da preserva o da vida humana. b) Incorreta. Os dada stas pervertiam a l gica da arte com o objetivo de mostrar as incongru ncias da ideologia capitalista da guerra. c) Incorreta. Ao contr rio, os dada stas criticavam a arte porque ela era na sociedade burguesa um dos instrumentos ideol gicos deste mundo cient co e materialista. d) Incorreta. Ao contr rio, valorizavam o il gico, o absurdo e o acaso na cria o art stica. e) Correta. O dada smo pregava o m da arte tradicional justamente porque ela expressava os valores do poder. 43 / 54 Leia os textos XII e XIII e responda s quest es 50 e 51. Texto XII Os cinco anos do governo Juscelino s o lembrados como um per odo de otimismo associado a grandes realiza es, cujo maior exemplo a constru o de Bras lia. [...] A ideia n o era nova, pois a primeira Constitui o Republicana, de 1891, atribu a ao Congresso a compet ncia de mudar a capital da Uni o . Coube por m a Juscelino levar o projeto pr tica, com enorme entusiasmo, mobilizando recursos e m o de obra constitu da principalmente por migrantes nordestinos os chamados candangos . (Adaptado de: FAUSTO, B. Hist ria do Brasil. 8 ed. S o Paulo: EDUSP/FDE, 2000, p. 425-430.) Texto XIII [...] Eu inauguro o monumento No Planalto Central do Pa s [...] O monumento de papel crepom e prata Os olhos verdes da mulata A cabeleira esconde atr s da verde mata O luar do sert o [...] O monumento n o tem porta A entrada uma rua antiga, Estreita e torta E no joelho uma crian a sorridente, Feia e morta, Estende a m o [...] (VELOSO, C. Tropic lia. lbum Tropic lia. Ed. Polygram, 1967.) 50 Considerando os textos XII e XIII e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a constru o de Bras lia representou: a) A s ntese de um per odo de desenvolvimento econ mico sem precedentes na hist ria nacional, pela prosperidade ocasionada pelo deslocamento maci o de popula es empobrecidas do Nordeste para a nova rea de ocupa o. b) A constru o da primeira cidade planejada do Brasil, poca em que se inaugura a moderniza o do pa s propiciando tamb m a remodela o de portos, constru o de ferrovias, aeroportos e ind strias de base. c) Uma poca na qual o pa s buscou superar de forma r pida o atraso econ mico da sociedade agroexportadora e adentrar no mundo urbano industrial, vivendo, no entanto, uma s rie de contradi es sociais geradas pela concentra o de renda. d) O coroamento do esfor o governamental, iniciado na Primeira Rep blica, que procurava estimular a ocupa o territorial, promovendo a reforma agr ria, o desenvolvimento industrial descentralizado e a moderniza o do pa s. e) A reformula o do movimento conhecido como Marcha para o Oeste , que procurou transformar reas despovoadas do Brasil em polos de desenvolvimento industrial, pol tica consolidada na Era Vargas. Alternativa correta: c Conte do program tico: Brasil contempor neo A constru o de Bras lia. Compet ncias e habilidades: Analisar e interpretar textos e identi car a diversidade de interpreta es acerca das transforma es ocorridas no pa s durante o per odo JK. Justi cativa A quest o insere-se na discuss o sobre o desenvolvimentismo brasileiro na d cada de 1950. Sua solu o busca mobilizar a compreens o das diferentes vis es acerca da moderniza o brasileira, bem como a an lise das contradi es e tens es sociais geradas ou ampliadas no per odo. Assim, a resposta correta a alternativa c . A alternativa a est incorreta, pois o deslocamento maci o de popula es empobrecidas n o gera desenvolvimento econ mico. A alternativa b est incorreta, pois Bras lia n o foi a primeira cidade planejada do Brasil, e a s rie de transforma es descritas na sequ ncia n o ocorreu de forma vinculada constru o da cidade. A alternativa d est incorreta, pois n o houve uma iniciativa governamental, na Primeira Rep blica, que procurasse estimular a ocupa o territorial, o desenvolvimento industrial e a moderniza o do pa s. A alternativa e est incorreta, pois n o houve a reformula o do movimento conhecido como Marcha para o Oeste , da mesma forma que essa pol tica foi iniciada e n o consolidada na Era Vargas. 44 / 54 51 Considerando o texto XII e os conhecimentos sobre migra es internas e urbaniza o, analise as a rmativas a seguir: I. Na d cada de 1960, a migra o de milhares de nordestinos para o planalto central foi estimulada pela constru o de Bras lia e viabilizada pela tecni ca o do territ rio mediante a amplia o das redes rodovi rias. II. Em Bras lia, desde a sua funda o, a distribui o da popula o foi marcada pela segrega o espacial expressa nas desigualdades sociais e nas diferen as de acesso a equipamentos urbanos entre ocupantes do plano piloto e das cidades sat lites. III. Produtos do planejamento urbano modernista, as cidades sat lites de Bras lia caracterizam-se pela harmoniza o f sico-territorial entre zoneamento funcional, tra ado vi rio e topogra a. IV. A constru o de Bras lia, marco do planejamento territorial no Brasil, representou uma efetiva amplia o das reas modernizadas do territ rio com a interioriza o do processo de urbaniza o e a redistribui o dos uxos econ micos e demogr cos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: Urbaniza o e din mica populacional (migra es) Compet ncias e habilidades: Contextualiza o s ciocultural ligada ao conhecimento das migra es internas e da transforma o do territ rio brasileiro a partir da mudan a da capital nos anos 1960 Justi cativa A quest o refere-se constru o de Bras lia, import ncia do planejamento territorial no Brasil e s liga es desses processos com as migra es internas e a interioriza o da urbaniza o. I. Correta. A constru o de Bras lia, que abriu oportunidades de trabalho para milhares de pessoas, juntamente com a abertura de novas rodovias e o aumento da frota de ve culos a motor, que s o parte do processo de tecni ca o do territ rio, incitaram as migra es internas, especialmente de nordestinos que se dirigiram para a nova capital. II. Correta. Grande parte dos migrantes n o conseguiu se xar no plano piloto indo construir suas moradias no que se convencionou denominar cidades sat lites. A precariedade das condi es urbanas nesses novos n cleos deixava claro que os migrantes pobres foram afastados das reas nobres de Bras lia, con gurando-se, assim, um processo de segrega o socioespacial. III. Incorreta. As cidades sat lites s o produto de um processo de ocupa o desordenado e, em grande parte, irregular, contrastando com o rigor do planejamento modernista aplicado na constru o de Bras lia. IV. Correta. De fato, Bras lia constitui um marco do planejamento territorial no pa s, pois sua localiza o foi previamente escolhida com a nalidade de interiorizar o desenvolvimento e reorganizar o pa s em termos geopol ticos. A partir de sua constru o, a urbaniza o na Regi o Centro-Oeste intensi ca-se. H , simultaneamente a essa urbaniza o mais intensa, uma redistribui o dos uxos pol ticos e econ micos ligados administra o federal. 52 Com base nos conhecimentos sobre a pol tica de desenvolvimento do regime militar, considere as a rmativas a seguir: I. No per odo conhecido como milagre brasileiro , o pa s passou por um acelerado desenvolvimento econ mico caracterizado pela eleva o cont nua do PIB, expans o do setor industrial e aumento da concentra o populacional nas cidades. II. Nesse per odo, o governo buscou ampliar seu controle sobre a economia, investindo em setores considerados estrat gicos, a exemplo da energia el trica, pelo acordo assinado com o Paraguai, em 1973, para a constru o da Usina de Itaipu. 45 / 54 III. Entre os pontos problem ticos relacionados ao acelerado desenvolvimento econ mico do per odo est o: a depend ncia do sistema nanceiro e do com rcio internacionais, o aumento na importa o de petr leo e da concentra o de renda. IV. Para combater o surto in acion rio e aumentar as reservas cambiais, o governo adotou, a partir de 1980, uma pol tica de privatiza es de empresas estatais de grande porte, entre elas as companhias Sider rgica Nacional e Vale do Rio Doce. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: Brasil contempor neo/desenvolvimentismo Per odo militar brasileiro Compet ncias e habilidades: Analisar e identi car as diversas interpreta es sobre a pol tica desenvolvimentista durante o per odo militar brasileiro, observando tanto as contradi es internas quanto os fatores externos que in uenciaram seu funcionamento. Justi cativa A quest o insere-se na discuss o sobre o regime militar brasileiro, especialmente sobre sua pol tica desenvolvimentista. Sua solu o busca mobilizar os conhecimentos sobre as diferentes interpreta es relativas a esse per odo, bem como sobre seus desdobramentos futuros na sociedade e na economia brasileiras. Assim, a alternativa correta a d (est o corretas as alternativas I, II, e III). A a rmativa IV est incorreta, porque o governo, nesse per odo, n o adotou uma pol tica de privatiza es de empresas estatais. As quest es de 53 a 60 relacionam-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas telefone celular e lixo eletr nico. 53 Leia o texto a seguir: [...] Baby, bye bye Abra os na m e e no pai Eu acho que vou desligar As chas j v o terminar [...] MENESCAL R.; HOLANDA, F. B. Bye, Bye, Brasil, 1980. Dispon vel em <http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45118/> No trecho da letra da m sica Bye, Bye, Brasil, percebe-se a utiliza o de telefone p blico e n o de celular. Nessa poca, as baterias celulares n o eram alvo de ambientalistas, pois os primeiros celulares chegaram ao Brasil nos anos 1990. De l para c , v rias baterias de celulares foram desenvolvidas, incluindo as de on l tio, cuja vantagem o baixo peso. Dados: Li (Z = 3) Com rela o a este elemento qu mico, correto a rmar: a) O metal l tio encontrado na natureza na forma elementar. b) O metal l tio reage com a gua formando ons H + (aq ). c) O metal l tio apresenta uma alta reatividade em gua. d) O tomo de l tio apresenta um pr ton a mais que o on l tio. e) O tomo de l tio apresenta um n vel energ tico preenchido a menos que o on l tio. Alternativa correta: c Conte do program tico: Estrutura de tomos. Compet ncias e habilidades: Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. Justi cativa a) O l tio encontrado na natureza na forma combinada. 46 / 54 b) O l tio reage com gua formando o g s hidrog nio. c) Os metais alcalinos s o muito reativos em gua. d) O n mero de pr tons igual no tomo e no seu on correspondente. e) Como o tomo de l tio apresenta um el tron a mais que o on l tio, o mesmo apresenta um n vel energ tico preenchido a mais. 54 Observe a gura a seguir: CORDEIRO, W. A-Bras o, 1964. Objeto/assemblage, painel de madeira, tampa de radi ador, cestos de ovos de arame, escumadeira, 84 84 44 cm. In PECCININI, D. Figura es: Brasil anos 60. S o Paulo: Edusp, 1999, p. 52. A partir da reprodu o da obra A-Bras o , de Waldemar Cordeiro, e dos conhecimentos sobre a Nova Figura o brasileira, considere as a rmativas a seguir: I. Os fragmentos de objetos presentes nessa obra, constru da com aproveitamento de refugos industriais, denota aspectos de uma sociedade arruinada, corro da e decadente. II. A Nova Figura o trazia a den ncia da aliena o do indiv duo na sociedade de consumo pelos meios de comunica o de massa. III. Fazendo uso de montagem a partir de fragmentos de objetos industriais, a obra de arte transformava-se em mensagem construtiva. IV. A semantiza o da arte era sinal de uma ades o ao valor est tico da obra em detrimento de seu valor informativo, caracterizando um entendimento determinado pelo artista. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: d Conte do program tico: A arte brasileira na d cada de 1960, a Pop Art e, em especial, a Nova Figura o brasileira. Compet ncias e habilidades: Analisar e compreender o universo da Pop Art, da Nova Figura o brasileira e o contexto da arte brasileira na d cada de 1960. Justi cativa A Nova Figura o caracteriza-se pela retomada da gura o acentuada na obra de v rios artistas a partir da d cada de sessenta, em exposi es na Europa, Estados Unidos e Am rica Latina. Esse movimento caracteriza-se pela cr tica da condi o social do capitalismo moderno com suas diversas tem ticas: viol ncia, militarismo, aliena o, comunica o de massa, etc. I. Correta. A Nova Figura o brasileira caracterizou-se por introduzir refugos industriais nas obras como meio de denunciar o esp rito predat rio do capitalismo. 47 / 54 II. Correta. A Nova Figura o apresenta a retomada da gura o acentuada na obra de v rios artistas, a partir da d cada de sessenta, em exposi es na Europa, Estados Unidos e Am rica Latina. Esse movimento caracteriza-se pela cr tica da condi o social do capitalismo moderno com suas diversas tem ticas: viol ncia, militarismo, aliena o, comunica o de massa, etc. III. Correta. Um aspecto presente na Nova Figura o a utiliza o do objeto art stico como mensagem construtiva. IV. Incorreta. Esse movimento caracterizou-se exatamente pelo valor informativo do objeto art stico. 55 Analise o mapa a seguir: (Adaptado. Dispon vel em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ informatica/utl124u500301.shtml>. Acesso em: 24 abr. 2009.) Com base no mapa e nos conhecimentos sobre regionaliza o mundial, analise as a rmativas a seguir: I. A distribui o das rotas conhecidas de lixo eletr nico indica que Am rica do Sul e frica s o os destinos preferenciais do lixo eletr nico gerado pela Tr ade. II. A velocidade do consumo e do descarte de aparelhos eletr nicos tornam o ac mulo desse tipo de res duo duplamente grave nos pa ses do Terceiro Mundo. III. A distribui o das fontes e destinos do lixo eletr nico refor a o car ter desigual das rela es pol ticas e econ micas entre a Tr ade e os pa ses do Sul. IV. A localiza o dos destinos conhecidos do lixo eletr nico indica o risco de que grande parte da humanidade sofra os efeitos nocivos desses res duos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Alternativa correta: e Conte do program tico: Entendimento da regionaliza o mundial a partir de diversos tipos de uxos. Transforma es tecnol gicas. Compet ncias e habilidades: Uso de diferentes linguagens como instrumento de comunica o de conhecimentos geogr cos. Leitura e interpreta o de mapas associadas ao conhecimento sobre os impactos ambientais decorrentes do consumo e das novas tecnologias. 48 / 54 Justi cativa A quest o solicita do candidato conhecimento sobre a regionaliza o mundial e sua rela o com a distribui o dos poss veis impactos ambientais causados pelo lixo eletr nico que se acumula com a intensi ca o do consumo e a obsolesc ncia programada dos aparelhos que v m se tornando cada vez mais veloz. I. Incorreta. O destino preferencial da Tr ade a sia. O mapa indica que a sia o nico continente que, simultaneamente, recebe esse material dos tr s polos que comp em a Tr ade. II. Correta. Aparelhos celulares e computadores, por exemplo, s o trocados em curtos per odos de tempo gerando o chamado lixo eletr nico. As quantidades de lixo eletr nico crescem anualmente, sobretudo nos pa ses da tr ade (Uni o Europeia, EUA e Jap o). O problema ambiental decorrente do lixo eletr nico se torna duplamente grave nos pa ses do Terceiro Mundo porque, al m de seu pr prio lixo eletr nico, alguns desses pa ses s o destino do lixo eletr nico gerado nos pa ses ricos. III. Correta. Os pa ses indicados no mapa como fonte de lixo eletr nico s o principalmente os pa ses mais ricos e desenvolvidos do planeta, os quais enviam para pa ses do Terceiro Mundo uma parcela do lixo eletr nico gerado em seus respectivos territ rios. Ser destino de material potencialmente t xico, isto , capaz de causar contamina o de diferentes tipos e at doen as, refor a a situa o de subordina o e pobreza de alguns pa ses no contexto da regionaliza o mundial. IV. Correta. Pa ses como China, ndia, Nig ria e Brasil, que est o entre os mais populosos do planeta, s o destinos conhecidos do lixo eletr nico exportado por pa ses da Tr ade. 56 Um indiv duo em Londrina telefona para um amigo em S o Paulo utilizando um celular. Considere que entre Londrina e S o Paulo h antenas retransmissoras nas posi es indicadas por pequenos c rculos na gura a seguir: Dois sinais que percorrem os diferentes caminhos (cinza claro e cinza escuro) indicados pelas setas chegar o ao celular receptor (S o Paulo) defasados no tempo. Sabendo-se que a velocidade de propaga o do sinal da ordem da velocidade da luz, ou seja, v 3 105 km/s, a defasagem dos sinais a) b) c) d) e) 8 5 s 30 10 2 5 s 3 10 8 3 s 30 10 2 3 s 3 10 32 3 s 30 10 49 / 54 Alternativa correta: d Conte do program tico: Geometria Anal tica. Descri o de movimentos. Compet ncias e habilidades: Selecionar e elaborar estrat gias para resolu o de problemas de geometria anal tica que envolvam c lculos de dist ncias. Justi cativa Consideremos o caminho 1, aquele demarcado pela cor cinza escuro. Veri ca-se que a dist ncia percorrida neste caminho de 700 km. O tempo que este sinal demorar para chegar a S o Paulo dado por d1 = v t1 , o que implica que 700 7 s = 10 3 s 300.000 3 O caminho 2, demarcado pela cor cinza claro, mede 500 km, de modo que o tempo que este sinal demorar para chegar a S o Paulo ser : t1 = t2 = Portanto, a defasagem ser de t1 t2 = 5 500 s = 10 3 s 300.000 3 2 10 3 s 3 57 A gura a seguir representa uma rea coberta pela radia o eletromagn tica emitida por duas antenas. Considerando que a radia o eletromagn tica uma onda e que, nesta quest o, essa onda est representada pelos semic rculos, cujas cristas s o os tra os cheios e os vales os tra os pontilhados, assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e) No ponto 1 a amplitude resultante m nima. No ponto 2 a amplitude resultante m xima. No ponto 3 a amplitude resultante metade do que a do ponto 1. No ponto 4 a amplitude resultante nula. No ponto 2 a amplitude resultante o dobro do que a do ponto 3. Alternativa correta: b Conte do program tico: Ondulat ria. Compet ncias e habilidades: Espera-se com esta quest o avaliar o conhecimento do candidato sobre as caracter sticas f sicas e a sobreposi o de ondas. Justi cativa Nos pontos 1 e 2, a interfer ncia das ondas construtiva, ou seja, a amplitude resultante m xima. No ponto 3, uma crista de uma onda se sobrep e a um vale de outra, resultando numa amplitude nula. No ponto 4, os sinais est o defasados de 90 e uma crista de uma onda se sobrep e ao ponto m dio da outra, n o alterando a amplitude da primeira. 50 / 54 58 Leia o texto a seguir: A teledensidade um ndice que corresponde ao n mero de celulares a cada 100 habitantes. A teledensidade do Brasil registrou um crescimento de 22,82% de fevereiro de 2008 para fevereiro deste ano. (IDG Now. Brasil tem mais de 152 milh es de celulares em fevereiro de 2009. 20 mar. 2009. Dispon vel em <http://idgnow.uol.com.br/telecom /2009/03/20/brasil-tem-mais-de-152-milhoes-de-celulares-em-fevereiro-de-2009/> Acesso em: 5 abr. 2009.) Sabendo-se que a teledensidade, em fevereiro de 2008, era de 65,09, correto a rmar que, em fevereiro de 2009, o n mero de telefones celulares entre cada dez brasileiros era de aproximadamente a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9 Alternativa correta: d Conte do program tico: Ler, interpretar e utilizar representa es matem ticas (porcentagem). Compet ncias e habilidades: Elaborar estrat gias para resolu o de problemas do cotidiano que envolvam conhecimentos de porcentagem. Justi cativa Em fevereiro de 2008, a teledensidade era de 65,09. Como houve um crescimento de 22,82% at fevereiro de 2009, ent o a teledensidade em fevereiro de 2009 22, 82 65, 09 79, 94 100 Portanto, havia, aproximadamente, 8 entre cada 10 brasileiros com telefones celulares. 65, 09 + 59 A pilha alcalina uma modi ca o da pilha comum. Utilizam-se os mesmos eletrodos, por m a pasta eletrol tica que cont m cloreto de am nio (N H4 Cl) substitu da por uma solu o aquosa de hidr xido de pot ssio concentrado (30% em massa). A grande maioria dos fabricantes de pilhas adiciona pequenas quantidades de sais de merc rio sol veis ao eletr lito da pilha. Dado: solubilidade de KOH = 119 g/100 g de gua a 20 C Com base no enunciado, assinale a alternativa que cont m as palavras que completam corretamente os espa os sublinhados. A solu o eletrol tica da pilha alcalina est a 20o C , portanto . Uma solu o aquosa de cloreto de . O sal de merc rio que representado pela f rmula HgCl2 apresenta . am nio possui a) insaturada; bif sica; pH > 7; tr s tomos b) insaturada; monof sica; pH < 7; dois elementos qu micos c) saturada; monof sica; pH < 7; dois tomos d) saturada; bif sica; pH > 7; dois elementos qu micos e) insaturada; monof sica; pH < 7; tr s elementos qu micos. Alternativa correta: b Conte do program tico: S mbolos e f rmulas. Solubilidade e pH de solu es Compet ncias e habilidades: Ler, compreender e interpretar texto cient co e tecnol gico. Aplicar os conhecimentos qu micos na resolu o de situa es-problema. Justi cativa A solu o eletrol tica da pilha alcalina insaturada, pois a massa de KOH (30 g) dissolvida menor que 119 g a 20 C, portanto monof sica. A solu o aquosa de cloreto de am nio possui pH < 7, pois um sal formado de uma base fraca e um cido forte. A f rmula do HgCl2 apresenta 3 tomos de dois elementos qu micos. 51 / 54 60 Leia o texto a seguir: Celulares e carros s o, hoje em dia, objetos de grande desejo de consumo. Ter um carro pode representar muita coisa, sucesso com as garotas, inveja dos vizinhos, glamour, requinte. O fato que poucos podem comprar um carro, estando este objeto longe da realidade da maioria. Celular, por sua vez, uma mercadoria mais barata que come ou com um apelo funcional: a m e conseguir falar com os lhos, ligar para algu m de qualquer lugar, uma liga o de emerg ncia. Rapidamente ganhou fun es in teis , marcas, modelos e pre os diferentes, transformando-se num objeto de forte apelo, capaz de mostrar aos demais quem voc , diferenciar ricos de pobres, pessoas de bom gosto e pessoas fora de moda . (Adaptado de http://panoptico.wordpress.com/2007/04/20/celular. Acesso em: 22 abr. 2009.) se exclusivamente a: Os fen menos sociais contidos no texto referem- I. Mobilidade social ascendente, que expressa a melhora da posi o do indiv duo no sistema de estrati ca o social, decorrente da posse de mercadorias tecnol gicas. II. Grupos de status referentes hierarquiza o de pessoas e grupos com base em estilos de vida especiais identi cados pela posse de certos atributos e bens peculiares que conferem prest gio, honra e distin o social a seus membros. III. Rei ca o, que se refere iniciativa do homem em atribuir a coisas e objetos inertes caracter sticas de seres animados ou humanizados , portadores de propriedades m gicas . IV. Classes sociais, entendidas como aqueles agrupamentos de pessoas estrati cadas de acordo com suas posi es nas rela es de produ o (propriedade, controle e apropria o dos meios de produ o). Assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. Somente as a rmativas II e III s o corretas. Somente as a rmativas III e IV s o corretas. Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. Alternativa correta: b Conte do program tico: Estrutura e Estrati ca o Social/As Desigualdades Sociais. Compet ncias e habilidades: Construir uma vis o mais cr tica da ind stria cultural e dos meios de comunica o de massa, avaliando o papel ideol gico do marketing enquanto estrat gia de persuas o do consumidor e do pr prio eleitor. Justi cativa O texto se refere ao status produzido ou que se busca adquirir com a aquisi o de mercadorias modernas e de consumo popular. Com o seu consumo, n o se transita de uma classe outra, mas busca-se de nir posi es de status no interior de um determinado agrupamento ou grupo no qual se est inserido. Ao mesmo tempo, a expans o do reino das mercadorias produz, socialmente, a impress o de que os objetos t m vontade pr pria, podendo at mesmo decidir, aparentemente, no lugar de seu portador. A este fen meno a sociologia atribui o nome de rei ca o, ou seja, a coisi ca o do mundo, onde as mercadorias existem como se n o dependessem do trabalho humano que nelas foi depositado. Em contrapartida, o consumo de celulares ou outras mercadorias, identi cadas como bem de consumo dur veis, n o garante a transi o, no sistema de estrati ca o social, de uma classe para outra ou de um estrato para outro, seja em sentido ascendente ou descendente. Isto signi ca que a estrati ca o social n o tem por base a posse ou n o de mercadorias tecnol gicas. Por m, o texto n o se refere s classes sociais e os princ pios de estrati ca o ali identi cados n o se referem a classe e sim a grupos de status, em que o prest gio adquirido um elemento importante. 52 / 54 VESTIBULAR 2010 PRIMEIRA FASE GABARITO Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Alternativa correta D E B A C A E D B B A D A A B D C A E C A E E B A B A C E A C D C C D C E E D B 53 / 54 Assinalada 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 C E B B A C E A E C D D C D E D B D B B 54 / 54

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