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UEL Vestibular de 2010 - PROVAS DA 2º FASE : Filosofia e História

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O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 horas do dia 7 de dezembro de 2009. FILOSOFIA 1 Leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Plat o e de Arist teles: [...] a admira o a verdadeira caracter stica do l sofo. N o tem outra origem a loso a. (PLAT O, Teeteto. Tradu o de Carlos Alberto Nunes. Bel m: Universidade Federal do Par , 1973. p. 37.) Com efeito, foi pela admira o que os homens come aram a losofar tanto no princ pio como agora; perplexos, de in cio, ante as di culdades mais bvias, avan aram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fen menos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a g nese do universo. E o homem que tomado de perplexidade e admira o julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos , em certo sentido, um l sofo, pois tamb m o mito tecido de maravilhas); portanto, como losofavam para fugir ignor ncia, evidente que buscavam a ci ncia a m de saber, e n o com uma nalidade utilit ria. (ARIST TELES. Metaf sica. Livro I. Tradu o Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.) Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a origem da loso a, correto a rmar: a) A loso a surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordin rio e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugiram da ignor ncia. b) A admira o a caracter stica primordial do l sofo porque ele se espanta diante do mundo das id ias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisi o de novas t cnicas. c) Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, al m de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela raz o. d) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que deu in cio loso a. e) A admira o e a perplexidade diante da realidade zeram com que a re ex o racional se restringisse s explica es fornecidas pelos mitos, sendo a loso a uma forma de pensar intr nseca s elabora es mitol gicas. 2 Observe a tira e leia o texto a seguir: (Macanudo. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 7, segunda-feira, 27 jul. 2009.) Mas h um enganador, n o sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por ind stria, sempre me engana. N o h d vida, portanto, de que eu, eu sou, tamb m, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poder fazer, por m, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamente todas as coisas preciso estabelecer, nalmente, que este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo necessariamente verdadeiro, todas as vezes que por mim proferido ou concebido na mente. (DESCARTES, R. Medita es sobre Filoso a Primeira. Tradu o, nota pr via e revis o de Fausto Castilho. Campinas: Unicamp, 2008, p. 25.) Com base na tira e no texto, sobre o cogito cartesiano, correto a rmar: a) A exist ncia decorre do ato de aparecer e se apresenta independente da ess ncia constitutiva do ser. b) A exist ncia manifesta pelo ato de pensar que, ao trazer mente a imagem da coisa pensada, assegura a sua realidade. c) A exist ncia concebida pelo ato origin rio e imaginativo do pensamento, o qual impede que a realidade seja mera c o. d) a exist ncia a plenitude do ato de exterioriza o dos objetos, cuja integridade dada pela manifesta o da sua apar ncia. e) A exist ncia a evid ncia revelada ao ser humano pelo ato pr prio de pensar. 1 / 21 3 Leia o texto a seguir: O principal argumento humeano contra a explica o da infer ncia causal pela raz o era que este tipo de infer ncia dependia da repeti o, e que a faculdade chamada raz o padecia daquilo que se pode chamar uma certa insensibilidade repeti o , ou seja, uma certa indiferen a perante a experi ncia repetida. Em completo contraste com isso, o princ pio defendido por nosso l sofo, um princ pio para designar o qual prop s os nomes de costume ou h bito , foi concebido como uma disposi o humana caracterizada pela sensibilidade repeti o, podendo assim ser considerado um princ pio adequado explica o dos racioc nios derivados de experi ncias repetidas. (MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. S o Paulo: Discurso Editorial, 2003, p. 41) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo, correto a rmar que Hume a) atribui import ncia experi ncia como fundamento do conhecimento dedutivo obtido a partir da infer ncia das rela es causais na natureza. b) corrobora a a rma o de que a experi ncia insu ciente sem o uso e a interven o da raz o na demonstra o do nexo causal existente entre os fen menos naturais. c) confere exclusividade matem tica como condi o de fundamenta o do conhecimento acerca dos fen menos naturais, pois, empiricamente, constata que a natureza est escrita em caracteres matem ticos. d) demonstra que as rela es causais obtidas pela experi ncia representam um conhecimento guiado por h bitos e costumes e, sobretudo, pela cren a de que tais rela es ser o igualmente mantidas no futuro. e) evidencia a import ncia do racionalismo, sobretudo as id ias inatas que atestam o nexo causal dos fen menos naturais descobertos pela experi ncia. 4 Observe a tira e leia o texto a seguir: (ITURRUSGARAI, A. Mundo Monstro. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 9, quinta-feira, 3 set. 2009.) O ponto de vista moral, a partir do qual podemos avaliar imparcialmente as quest es pr ticas, seguramente interpretado de diferentes maneiras. Mas ele n o est livre e arbitrariamente nossa disposi o, j que releva a forma comunicativa do discurso racional. Imp e-se intuitivamente a todos os que estejam abertos a esta forma re exiva da a o orientada para a comunica o. (HABERMAS, J. Coment rios tica do Discurso. Tradu o de Gilda Lopes Encarna o. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. p. 101-102.) Com base na tira e no texto, correto a rmar que a tica do discurso de Habermas a) baseia-se em argumentos de autoridade prescritos universalmente e assegurados, sobretudo, pelo lastro tradicional dos valores partilhados no mundo da vida. b) pauta-se em argumentos de utilidade, os quais imp e o dever de proporcionar, enquanto benef cio, o maior bem ou a maior felicidade aos envolvidos. c) funda-se em argumentos racionais sob condi es sim tricas de intera o, amparados em pretens es de validade, tais como verdade, sinceridade e corre o. d) constr i-se no uso de argumentos que visam o aconselhamento e a prud ncia, salientando a necessidade de a es retas do ponto de vista do car ter a da virtude. e) realiza-se por meio de argumentos intuicionistas, fazendo respeitar o que cada pessoa carrega em sua biogra a quanto compreens o do que certo ou errado. 2 / 21 5 Observe a tira e leia o texto a seguir: (N quel N usea. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 9, quinta-feira, 27 de agosto de 2009.) Assentemos, portanto, que, a principiar em Homero, todos os poetas s o imitadores da imagem da virtude e dos restantes assuntos sobre os quais comp em, mas n o atingem a verdade [. . . ] parece-me, que o poeta, por meio de palavras e frases, sabe colorir devidamente cada uma das artes, sem entender delas mais do que saber imit -las. (PLAT O, A Rep blica. Livro X. Tradu o, introdu o e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. 8. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996. p. 463) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a m mesis (imita o) em Plat o, correto a rmar: a) Disp e o poeta da perfei o para colorir t o bem quanto o pintor, por isso descreve verdadeiramente os of cios humanos. b) A m mesis apresenta uma imagem da realidade e assim representa a verdade ltima das atividades humanas. c) Por sua capacidade de imitar, o poeta sabe acerca dos of cios de todos os homens e, por esse motivo, pode descrev los verdadeiramente. d) Por saber sobre todas as artes, atividades e atos humanos, o poeta consegue executar o seu of cio descrevendo-os bem. e) Por meio da imita o, descreve-se com beleza os atos e of cios humanos, sem, no entanto, conhec -los verdadeiramente. 6 No livro II da tica a Nic maco, Arist teles diz que h duas esp cies de virtudes diano tica e tica. A virtude diano tica requer o ensino, o que exige experi ncia e tempo. J a virtude tica adquirida pelo h bito e n o algo que surge por natureza. Isso n o quer dizer que as virtudes s o geradas em n s contrariando a natureza. Para Arist teles, somos naturalmente aptos a receber as virtudes e nos aperfei oamos pelo h bito. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a tica aristot lica, considere as a rmativas a seguir: I. A virtude diano tica e a virtude tica s o adquiridas, respectivamente, pela experi ncia, tempo e h bito. II. A virtude diano tica e a virtude tica, por serem inatas, s o facilmente aprendidas desde a inf ncia. III. Os seres humanos s o naturalmente aptos a receber as virtudes ticas, embora n o sejam virtuosos por natureza. IV. O h bito, de forma necess ria, nos torna melhores eticamente, contudo as virtudes independem da a o para o desenvolvimento moral do indiv duo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 3 / 21 7 Leia o texto de Adorno a seguir. Se as duas esferas da m sica se movem na unidade da sua contradi o rec proca, a linha de demarca o que as separa vari vel. A produ o musical avan ada se independentizou do consumo. O resto da m sica s ria submetido lei do consumo, pelo pre o de seu conte do. Ouve-se tal m sica s ria como se consome uma mercadoria adquirida no mercado. Carecem totalmente de signi cado real as distin es entre a audi o da m sica cl ssica o cial e da m sica ligeira. (ADORNO, T. W. O fetichismo na m sica e a regress o da audi o. In: BENJAMIN, W. et all. Textos escolhidos. 2. ed. S o Paulo: Abril Cultural, 1987. p. 84.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Adorno, correto a rmar: a) A m sica s ria e a m sica ligeira s o essencialmente cr ticas sociedade de consumo e ind stria cultural. b) Ao se tornarem aut nomas e independentes do consumo, a m sica s ria e a m sica ligeira passam a real ar o seu valor de uso em detrimento do valor de troca. c) A ind stria cultural acabou preparando a sua pr pria autore exividade ao transformar a m sica ligeira e a s ria em mercadorias. d) Tanto a m sica s ria quanto a ligeira foram transformadas em mercadoria com o avan o da produ o industrial. e) As esferas da m sica s ria e da ligeira s o separadas e nada possuem em comum. 8 Leia o texto de Plat o a seguir: Logo, desde o nascimento, tanto os homens como os animais t m o poder de captar as impress es que atingem a alma por interm dio do corpo. Por m relacion -las com a ess ncia e considerar a sua utilidade, o que s com tempo, trabalho e estudo conseguem os raros a quem dada semelhante faculdade. Naquelas impress es, por conseguinte, n o que reside o conhecimento, mas no racioc nio a seu respeito; o nico caminho, ao que parece, para atingir a ess ncia e a verdade; de outra forma imposs vel. (PLAT O. Teeteto. Tradu o de Carlos Alberto Nunes. Bel m: Universidade Federal do Par , 1973. p. 80.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Plat o, considere as a rmativas a seguir: I. Homens e animais podem con ar nas impress es que recebem do mundo sens vel, e assim atingem a verdade. II. As impress es s o comuns a homens e animais, mas apenas os homens t m a capacidade de formar, a partir delas, o conhecimento. III. As impress es n o constituem o conhecimento sens vel, mas s o consideradas como n cleo do conhecimento intelig vel. IV. O racioc nio a respeito das impress es constitui a base para se chegar ao conhecimento verdadeiro. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 9 Leia o texto a seguir: Como determinamos as regras do que certo ou errado? Immanuel Kant (1724-1804) responde a essa pergunta da seguinte forma: moralmente correta a a o que est de acordo com determinadas regras do que certo, independente da felicidade resultante a um ou a todos. Kant n o prop e uma lista de regras com conte do previamente determinado - como o caso dos mandamentos religiosos, por exemplo -, mas formula uma regra para averiguar a corre o da m xima que orienta nossa a o. Essa regra de averigua o chamada imperativo categ rico [...] (BORGES, M. de L.; DALL AGNOL, D.; DUTRA, D. V. O que voc precisa saber sobre... tica. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p.15.) 4 / 21 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Imperativo Categ rico kantiano, correto a rmar: I. Constitui um princ pio formal dado pela raz o que visa discrimina o das m ximas de a o, com a pretens o de veri car quais podem, efetivamente, enquadrar-se numa legisla o universal. II. Representa a capacidade de a raz o pr tica, do ponto de vista a priori, fornecer vontade humana um dever incondicional com pretens o de universalidade e de necessidade. III. Compreende um princ pio teleol gico constru do a partir da concep o valorativa do bem viver e que se imp e, como condi o absoluta, na realiza o de a es e comportamentos das pessoas em geral. IV. Abrange a sabedoria pr tica, como condi o inata de o ser humano deliberar e proceder, sempre de forma semelhante em rela o s demais pessoas, no quesito das a es que envolvem virtude e prud ncia. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 10 Leia o texto de Arist teles a seguir: Uma vez que o poeta um imitador, como um pintor ou qualquer outro criador de imagens, imita sempre necessariamente uma das tr s coisas poss veis: ou as coisas como eram ou s o realmente, ou como dizem e parecem, ou como deviam ser. E isto exprime-se atrav s da elocu o em que h palavras raras, met foras e muitas modi ca es da linguagem: na verdade, essa uma concess o que fazemos aos poetas. (ARIST TELES, Po tica. Tradu o e Notas de Ana Maria Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 97.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a est tica de Arist teles, considere as a rmativas a seguir: I. O poeta pode imitar a realidade como os pintores e, para isso, deve usar o m nimo de met foras e priorizar o acesso s id ias intelig veis. II. O poeta pode imitar tendo as coisas presentes e passadas por refer ncia, mas n o precisa se ater a esses fatos apenas. III. O poeta pode imitar as coisas considerando a opini o da maioria e pode tamb m elaborar fatos usando v rias formas de linguagem. IV. O poeta pode imitar as coisas ponderando o que as pessoas dizem sobre os fatos, mesmo que n o haja certeza sobre eles. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 5 / 21 11 Observe a tira e leia o texto a seguir: (QUINO. Toda Mafalda: da primeira ltima tira. Tradu o de Andr a Stahel M. da Silva. S o Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 8) Quando se concebeu a id ia de raz o, o que se pretendia alcan ar era mais que a simples regula o da rela o entre meios e ns: pensava-se nela como o instrumento para compreender os ns, para determin los. Segundo a loso a do intelectual m dio moderno, s existe uma autoridade, a saber, a ci ncia, concebida como classi ca o de fatos e c lculo de probabilidades. (HORKHEIMER, M. Eclipse da Raz o. S o Paulo: Labor, 1973, pp.18 e 31-32.) Com base na tira, no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Horkheimer a respeito da rela o entre ci ncia e raz o na modernidade, correto a rmar: I. Se a raz o n o re ete sobre os ns, torna-se imposs vel a rmar se um sistema pol tico ou econ mico, mesmo n o sendo democr tico, mais ou menos racional do que outro. II. O processo que resulta na transforma o de todos os produtos da a o humana em mercadorias se origina nos prim rdios da sociedade organizada medida que os instrumentos passam a ser utilizados tecnicamente. III. A raz o subjetivada e formalizada transforma as obras de arte em mercadorias, das quais resultam emo es eventuais, desvinculadas das reais expectativas dos indiv duos. IV. As atividades em geral, independentes da utilidade, constituem formas de constru o da exist ncia humana desvinculadas de quest es como produtividade e rentabilidade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 6 / 21 12 A obra de Galileu Galilei est indissoluvelmente ligada revolu o cient ca do s culo XVII, a qual implicou uma muta o intelectual radical, cujo produto e express o mais genu na foi o desenvolvimento da ci ncia moderna no pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se dois tra os entrela ados que caracterizam esta revolu o inauguradora da modernidade cient ca: a dissolu o da id ia greco-medieval do Cosmos e a geometriza o do espa o e do movimento. (KOYR , A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYR , A. Estudos de Hist ria do Pensamento Cient co. Bras lia, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.). Com base no texto e nos conhecimentos sobre as caracter sticas que marcam revolu o cient ca no pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa correta. a) A dissolu o do Cosmos representa a ruptura com a id ia do Universo como sistema imut vel, heterog neo, hierarquicamente ordenado, da f sica aristot lica. b) A cren a na exist ncia do Cosmos, na f sica aristot lica, se situa na concep o de um Universo aberto, inde nido e at in nito, uni cado e governado pelas mesmas leis universais. c) Contr ria concep o tradicional de ci ncia de orienta o aristot lica, a f sica galilaica distingue e op e os dois mundos do C u e da Terra e suas respectivas leis. d) A geometriza o do espa o e do movimento, na f sica galilaica, aprimora a concep o matem tica do Universo c smico qualitativamente diferenciado e concreto da f sica aristot lica. e) A f sica galilaica identi ca o movimento a partir da concep o de uma totalidade c smica, em cuja ordem cada coisa possui um lugar pr prio conforme sua natureza. 13 Leia o seguinte texto de Habermas: A democracia se adapta a essa forma o moderna do Estado territorial, nacional e social, equipado com uma administra o efetiva. Isto porque um ente coletivo tem necessidade de se integrar, pol tica e culturalmente, al m de ser su cientemente aut nomo do ponto de vista espacial, social econ mico e militar.[...] Em decorr ncia da imigra o e da segmenta o cultural, as tend ncias subsumidas no termo globaliza o amea am a composi o, mais ou menos homog nea, da popula o em seu mago, ou seja, o fundamento pr -pol tico da integra o dos cidad os. No entanto, conv m salientar outro fato mais marcante ainda: o Estado, cada vez mais emaranhado nas interdepend ncias da economia e da sociedade mundial, perde, n o somente em termos de autonomia e de compet ncia para a a o, mas tamb m em termos de substancia democr tica. (HABERMAS, J. Era das Transi es. Tradu o e Introdu o de Flavio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p. 106.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre democracia em Habermas, considere as a rmativas a seguir: I. A amplia o da economia al m das fronteiras dos Estados nacionais revela a integra o democr tica dos pa ses e, consequentemente, o fortalecimento da cidadania mundial. II. A democracia se amplia medida que a economia e a imigra o se deslocam al m das fronteiras dos Estados nacionais, produzindo um interc mbio social e cultural do ponto de vista global. III. A democracia circunscrita ao mbito nacional goza de autonomia em segmentos signi cativos como a economia, a pol tica e a cultura, por m, quando o Estado entra na fase da constela o p s-nacional, sofre uma redu o no exerc cio democr tico. IV. Do ponto de vista democr tico, os Estados nacionais sofrem restri o em seu fundamento de integra o social em decorr ncia do aumento da imigra o, da segmenta o cultural e, sobretudo, da amplia o da economia no plano global. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 7 / 21 14 Leia o seguinte texto de Adorno e Horkheimer: O esclarecimento, por m, reconheceu as antigas pot ncias no legado plat nico e aristot lico da metaf sica e instaurou um processo contra a pretens o de verdade dos universais, acusando-a de supersti o. Na autoridade dos conceitos universais ele cr enxergar ainda o medo pelos dem nios, cujas imagens eram o meio, de que se serviam os homens, no ritual m gico, para tentar in uenciar a natureza. Doravante, a mat ria deve ser dominada sem o recurso ilus rio a for as soberanas ou imanentes, sem a ilus o de qualidades ocultas. O que n o se submete ao crit rio da calculabilidade e da utilidade torna-se suspeito para o esclarecimento. (ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dial tica do Esclarecimento. Fragmentos los cos. Tradu o de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 21.) Com base no texto e no conceito de esclarecimento de Adorno e Horkheimer, correto a rmar: a) O esclarecimento representa, em oposi o ao modelo matem tico, a base do conhecimento t cnico-cient co que sustenta o modo de produ o capitalista na viabiliza o da emancipa o social. b) O esclarecimento demonstra o dom nio substancial da raz o sobre a natureza interna e externa e a realiza o da emancipa o social levada adiante pelo capitalismo. c) O esclarecimento compreende a realiza o rom ntica da racionalidade que acentuou, de forma intensa, a intera o harm nica entre homem e natureza. d) O esclarecimento abrange a racionaliza o das diversas formas e condi es da vida humana com o objetivo de tornar o ser humano mais feliz, quando da realiza o de pr ticas rituais e religiosas. e) O esclarecimento concebe o abandono gradual dos pressupostos metaf sicos e a operacionaliza o do conhecimento por meio da calculabilidade e da utilidade, redundando num modelo pr prio de raz o instrumental. 15 Observe a fotogra a e leia o texto a seguir: (Dispon vel em: http://tiny.cc/diasdeverao236. Acesso em: 22 jun. 2009.) A n voa que recobre os prim rdios da fotogra a menos espessa que a que obscurece as origens da imprensa; j se pressentia, no caso da fotogra a, que a hora da sua inven o chegara, e v rios pesquisadores, trabalhando independentemente, visavam o mesmo objetivo: xar as imagens da c mera obscura, que eram conhecidas pelo menos desde Leonardo (Da Vinci). (BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. Magia e T cnica, Arte e Pol tica. S o Paulo: Brasiliense, 1996, p. 91.) Com base na obra de Walter Benjamin, no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. O dom nio do processo t cnico de xa o das imagens teve sua trajet ria retardada devido s rea es de natureza religiosa que zeram com que a fotogra a surgisse apenas na segunda metade do s culo XIX. II. Em virtude da expectativa gerada pela descoberta da fotogra a no s culo XIX, o seu car ter art stico, desde o in cio, torna-se evidente entre os pintores. 8 / 21 III. A presen a do rosto humano nas fotos antigas representa um ltimo tra o da aura, isto , aquilo que signi ca a exist ncia nica da obra de arte. IV. O valor de exposi o triunfa sobre o valor de culto medida que a gura humana se torna ausente nas fotogra as. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia o seguinte texto de Rousseau e responda quest o 16. [...] s a vontade geral pode dirigir as for as do Estado de acordo com a nalidade de sua institui o, que o bem comum, porque, se a oposi o dos interesses particulares tornou necess rio o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmos interesses que o possibilitou. O que existe de comum nesses v rios interesses forma o liame social e, se n o houvesse um ponto em que todos os interesses concordassem, nenhuma sociedade poderia existir. Ora, somente com base nesse interesse comum que a sociedade deve ser governada. (ROUSSEAU, J.-J. Do contrato social. 5. edi o. S o Paulo: Nova Cultural, 1991, p.43). 16 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a rela o entre contrato social e vontade geral no pensamento de Rousseau, correto a rmar: a) A vontade geral, fundamento da ordem social e pol tica, consiste na soma e, por sua vez, na concord ncia de todas as vontades individuais, as quais por natureza tendem para a igualdade. b) Pelo contrato social, a multid o promete obedecer a um senhor, a quem transmite a vontade coletiva e, por este ato de doa o, torna-se povo e institui-se o corpo pol tico. c) Pelo direito natural, a vontade geral se realiza na concord ncia manifesta pela maioria das vontades particulares, reunidas em assembl ia, que reivindicam para si o poder soberano da comunidade. d) Por for a do contrato social, a lei se torna ato da vontade geral e, como tal, express o da soberania do povo e vontade do corpo pol tico, que deve partir de todos para aplicar-se a todos. e) O contrato social, pelo qual o povo adquire sua soberania, decorre da predisposi o natural de cada associado, permitindo-lhe manter o seu poder, de seus bens e da pr pria liberdade. Leia os textos de Hobbes a seguir e responda quest o 17. [...] Os homens n o podem esperar uma conserva o duradoura se continuarem no estado de natureza, ou seja, de guerra, e isso devido igualdade de poder que entre eles h , e a outras faculdades com que est o dotados. A lei da natureza primeira, e fundamental, que devemos procurar a paz, quando possa ser encontrada [...]. Uma das leis naturais inferidas desta primeira e fundamental a seguinte: que os homens n o devem conservar o direito que t m, todos, a todas as coisas. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, 1992, pp. 40 - 41; 45 - 46). [...] aquele que submete sua vontade vontade outrem transfere a este ltimo o direito sobre sua for a e suas faculdades - de tal modo que, quando todos os outros tiverem feito o mesmo, aquele a quem se submeteram ter tanto poder que, pelo terror que este suscita, poder conformar as vontades particulares unidade e conc rdia. [...] A uni o assim feita diz-se uma cidade, ou uma sociedade civil. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, p. 1992, p. 109). 9 / 21 17 Para os jusnaturalistas o problema da legitimidade do poder pol tico comporta uma quest o de fato e uma quest o de direito, isto , o problema da institui o da sociedade civil e o problema do fundamento da autoridade pol tica. Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento jusnaturalista de Hobbes, considere as a rmativas a seguir: I. A institui o da sociedade civil fundamenta-se na sociabilidade natural do ser humano, pela qual os indiv duos hipoteticamente livres e iguais decidem submeter-se autoridade comum de um s homem ou de uma assembl ia. II. Al m do pacto de associa o para uni o de todos em um s corpo, preciso que ao mesmo tempo se estabele a o pacto de submiss o de todos a um poder comum para a preserva o da seguran a e da paz civil. III. A soberania do povo encontra sua origem e seus princ pios fundamentais no ato do contrato social constitu do pelas vontades particulares dos indiv duos a m de edi car uma vontade geral indivis vel e inalien vel. IV. O estado de guerra decorre em ltima inst ncia da necessidade fundamental dos homens, naturalmente iguais entre si, por sua preserva o que faz com que cada um tenha direito a tudo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 18 Leia o texto de Maquiavel a seguir: [Todo pr ncipe prudente deve] n o s remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a per cia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e n o deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o rem dio n o chega a tempo, tendo-se tornado incur vel a mol stia. [...] Assim se d com o Estado: conhecendo-se os males com anteced ncia o que n o dado sen o aos homens prudentes, rapidamente s o curados [...] (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe: Escritos pol ticos. S o Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.) Nas a es de todos os homens, m xime dos pr ncipes, onde n o h tribunal para recorrer, o que importa o xito bom ou mau. Procure, pois, um pr ncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar ser o sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo levado pelas apar ncias e pelos resultados dos fatos consumados. (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe: Escritos pol ticos. S o Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virt e fortuna na a o pol tica e suas implica es na moralidade p blica, considere as a rmativas a seguir: I. A virt refere-se capacidade do pr ncipe de agir com ast cia e for a em meio fortuna, isto , conting ncia e ao acaso nas quais a pol tica est imersa, com a nalidade de alcan ar xito em seus objetivos. II. A fortuna manifesta o destino inexor vel dos homens e o car ter imut vel de todas as coisas, de modo que a virt do pr ncipe consiste em agir consoante a nalidade do Estado ideal: a felicidade dos s ditos. III. A virt implica a ades o sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade crist e a humildade, para que tenha xito na sua a o pol tica diante da fortuna. IV. O exerc cio da virt diante da fortuna constitui a l gica da a o pol tica orientada para a conquista e a manuten o do poder e manifesta a autonomia dos ns pol ticos em rela o moral preestabelecida. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. 10 / 21 d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 19 Nos Princ pios Matem ticos de Filoso a Natural, Newton a rmara que as leis do movimento, assim como a pr pria lei da gravita o universal, tomadas por ele como proposi es particulares, haviam sido inferidas dos fen menos, e depois tornadas gerais pela indu o . Kant atribui a estas proposi es particulares, enquanto ju zos sint ticos, o car ter de leis a priori da natureza. Entretanto, ele recusa esta dedu o exclusiva das leis da natureza e consequente generaliza o a partir dos fen menos. Destarte, para enfrentar o problema sobre a impossibilidade de derivar da experi ncia ju zos necess rios e universais, um dos esfor os mais signi cativos de Kant dirige-se ao esclarecimento das condi es de possibilidade dos ju zos sint ticos a priori. Com base no enunciado e nos conhecimentos acerca da teoria do conhecimento de Kant, correto a rmar: a) A validade objetiva dos ju zos sint ticos a priori depende da estrutura universal e necess ria da raz o e n o da variabilidade individual das experi ncias. b) Os ju zos sint ticos a priori enunciam as conex es universais e necess rias entre causas e efeitos dos fen menos por meio de h bitos ps quicos associativos. c) O sujeito do conhecimento capaz de enunciar objetivamente a realidade em si das coisas por meio dos ju zos sint ticos a priori. d) Nos ju zos sint ticos a priori, de natureza emp rica, o predicado nada mais do que a explicita o do que j esteja pensado realmente no conceito do sujeito. e) A possibilidade dos ju zos sint ticos a priori nas proposi es emp ricas fundamenta-se na determina o da percep o imediata e espont nea do objeto sobre a raz o. 20 Leia o seguinte texto de Locke: Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das ma s que retirou das rvores na oresta, certamente se apropriou deles para si. Ningu m pode negar que a alimenta o sua. Pergunto ent o: Quando come aram a lhe pertencer? Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou? Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? (LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petr polis: Vozes, 2001, p. 98) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, correto a rmar que a propriedade: I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez que ao acrescentar algo que seu aos objetos da natureza o homem os transforma em sua propriedade. II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos da terra, a exemplo das ma s, confere a ele um direito sobre eles que gera a possibilidade de ac mulo ilimitado. III. Animais e frutos, quando dispon veis na natureza e sem a interven o humana, pertencem a um direito comum de todos. IV. Nasce da sociedade como consequ ncia da a o coletiva e solid ria das comunidades organizadas com o prop sito de formar e dar sustenta o ao Estado. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 11 / 21 HIST RIA 21 Observe os quadrinhos sobre mercado de escravos a seguir: (UDERZO, A.; GOSCINNY, R. Asterix Os louros de C sar. Rio de Janeiro: Companhia Editorial Brasileira, s.d.) Na imagem, os criadores de Asterix se referem a um aspecto importante da sociedade romana no nal do per odo republicano. Trata-se: a) da utiliza o em larga escala do trabalho escravo nas prov ncias romanas, como a G lia, devido imposi o pelos conquistadores aos povos conquistados de seu modo de produ o escravista. b) do car ter mercadol gico dos escravos no mundo antigo, o que impedia aos ex-escravos alforriados e a seus descendentes a ascens o cidadania e a sua plena integra o sociedade romana. c) da escraviza o por d vidas dos plebeus de Roma e de suas prov ncias, que, tendo sido empobrecidos pelas guerras civis e destitu dos de suas terras, tinham se tornado dependentes dos patr cios romanos. d) do desenvolvimento da escravid o mercadoria, em Roma e na Pen nsula It lica, associado ao sucesso das conquistas e ao aumento do n mero de escravos advindos das capturas de prisioneiros de guerra. e) da escravid o volunt ria e tempor ria de estrangeiros, como os personagens Asterix e Obelix, que buscavam nos mercados de escravos da Roma antiga uma forma de ascender cidadania romana ap s sua manumiss o. 22 Leia o texto a seguir: Algumas medidas de Licurgo diferiram daquelas da maior parte dos povos. Em outras cidades, cada qual governa seus lhos, dom sticos e bens. Licurgo, desejoso que os cidad os pudessem ajudar uns aos outros, permitiu que cada um pudesse mandar, igualmente, em seus e em lhos de outros. [...] H , ainda, outros costumes contr rios aos da maioria dos gregos, estabelecidos, em Esparta, por Licurgo. Em outras cidades, sabe-se, todos tentam ganhar o m ximo de dinheiro poss vel. Uns s o agricultores, outros armadores, comerciantes ou artes os. Em Esparta, contudo, Licurgo proibiu que os homens livres exer am qualquer atividade lucrativa e estabeleceu que as nicas atividades aceit veis fossem aquelas que se ligam liberdade da cidade. Ademais, como buscar a riqueza neste pa s que, gra as a Licurgo, ter estabelecido para todos a mesma contribui o alimentar e o mesmo tipo de vida, impediu-se que se ambicione a fortuna, devido aos prazeres que ela proporciona? (Xenofonte, A constitui o Lacedem nica, 6-7. In: FUNARI, P. P. A. Antiguidade Cl ssica. A hist ria e a cultura a partir dos documentos. 2 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, p. 102.) Xenofonte contrap e, nesse excerto, os costumes dos esparciatas aos de outros povos da Gr cia Antiga. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as seguintes a rma es: I. A busca do lucro n o era uma caracter stica comum maioria das cidades gregas, j que se tratavam de sociedades agr rias voltadas para a auto-su ci ncia. II. Gra as igualdade estabelecida entre os homens livres por sua constitui o, Esparta se tornou, para o mundo grego, um exemplo de democracia. 12 / 21 III. Em Esparta, a explora o do trabalho de uma comunidade dependente fez com que os homens livres n o precisassem, necessariamente, se dedicar s atividades lucrativas. IV. A disciplina imposta aos esparciatas e a austeridade de seu modo de vida favoreceram o poderio militar de Esparta, mas tamb m a conserva o de suas institui es olig rquicas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 23 Entre os s culos VIII e VI a.C. os gregos e a civiliza o grega conheceram uma not vel expans o, com a cria o de cidades ou col nias em torno do Mediterr neo e do Mar Negro. Sobre esse processo, correto a rmar: a) As col nias gregas eram entrepostos comerciais dependentes e administrados por membros das fam lias residentes na metr pole, que asseguravam a transfer ncia de mat rias-primas e de riquezas da periferia para o centro. b) As col nias gregas, a exemplo das col nias romanas, eram povoa es constitu das a partir da transfer ncia de indiv duos num objetivo de controlar administrativamente uma cidade ou regi o recentemente conquistada pela metr pole. c) A funda o de col nias pelos gregos, como aconteceria depois com os romanos, visava, antes de tudo, conquista de novas terras para assegurar o assentamento dos veteranos dos ex rcitos metropolitanos. d) A coloniza o grega insere-se no contexto da expans o imperialista de cidades-Estado como Atenas, pois assegurava a exa o de tributos e o controle pol tico da metr pole sobre suas antigas cidades aliadas. e) As col nias gregas, embora conservassem la os culturais e comerciais com suas metr poles, eram povoa es completamente independentes, constitu das pelos exclu dos por diversos motivos que deixavam suas cidades procura de novas terras para se instalar. 24 Leia o documento transcrito a seguir: Voltando-se, a partir da , para a reorganiza o do Estado, C sar reformou o calend rio [. . . ]. Completou o Senado, criou patr cios, ampliou o n mero dos pretores, edis, questores e tamb m dos magistrados inferiores; reabilitou os cidad os cassados por decis o dos censores, ou condenados por crime eleitoral em senten a judicial. Passou a partilhar com o povo as elei es: exce o feita aos que concorriam ao consulado, uma metade dos candidatos s outras magistraturas era eleita por vontade popular, a outra metade ele que escolhia. [. . . ] Promoveu o recenseamento do povo, n o de acordo com o costume e o lugar tradicional, mas por bairros, atrav s dos propriet rios das habita es coletivas. Dos trezentos e vinte mil que recebiam trigo do Estado ele os reduziu a cento e cinquenta mil; para que algum dia, em raz o do recenseamento, n o viessem a ocorrer novos dist rbios, determinou que anualmente, para a vaga dos mortos, fosse feito pelo pretor o sorteio dos que n o tinham sido inclu dos entre os inscritos. [. . . ] Dissolveu todas as associa es, salvo as constitu das desde tempos remotos. Aumentou as penas dos crimes; e como os ricos tinham mais facilidade para delinquir, porque podiam se exilar mantendo seus patrim nios, ele, de acordo com o que escreve C cero, puniu os assassinos com a perda total dos bens e os demais, com a metade. (Adaptado de: Suet nio, O divino J lio, 40-42. In: SUET NIO e PLUTARCO, Vidas de C sar, tradu o e notas de Antonio da S. Mendon a e sis B. da Fonseca. S o Paulo: Esta o Liberdade, 2007, p. 67-73.) Suet nio descreve, nessa passagem, uma atividade reformadora de uma nova etapa da hist ria romana. Nesse contexto e com base no documento transcrito, analise as a rmativas abaixo quanto signi ca o dessas reformas: I. A amplia o do n mero de senadores e de magistrados, a cria o de novos patr cios e a reforma do sistema eleitoral revelam o apre o de C sar pelas tradi es republicanas e sua tentativa de restaur -las. II. O esvaziamento das elei es e a dissolu o das associa es populares inserem-se no contexto da substitui o da pol tica de massa pela pol tica dos favores, centrada em um governo forte e pessoal maneira helen stica. 13 / 21 III. O recadastramento do n mero dos assistidos pelo Estado com direito alimenta o gratuita tinha por objetivo garantir o sustento exclusivo dos mais pobres, para evitar tumultos que poderiam ser causados pelos desocupados. IV. A diminui o do n mero de assistidos pelo Estado n o contestava o direito dos cidad os a esse privil gio, mas representava um afastamento do programa de distribui o indiscriminada de subs dios, defendida pelos l deres populares e reivindicada pela plebe urbana de Roma, como forma de participa o nos benef cios das conquistas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 25 Leia o texto a seguir: [Senhor] segui os seguintes procedimentos em rela o aos que se me apresentaram como crist os. Pergunteilhes, pessoalmente, se eram crist os. Aos que confessavam, perguntei-lhes duas, tr s vezes. Os que n o voltavam atr s foram executados. Qualquer que fosse o sentido de sua f , sabia que sua pertin cia e obstina o tinham de ser punidas. Outros, possuidores da cidadania romana, mantiveram-se na loucura e foram enviados para julgamento em Roma. [. . . ] A xou-se, ent o, um cartaz, sem assinatura, com um grande n mero de nomes. Os que negavam serem, ou terem sido, crist os, se evocassem os deuses, segundo a f rmula que lhes ditava, e se [...] blasfemassem Cristo [...] considerei apropriado liberar. . . A quest o pareceu-me digna de sua aten o, em particular devido ao grande n mero de envolvidos. H muita gente, de toda idade, condi o social, de ambos os sexos, que est o ou estar o em perigo. N o apenas nas cidades, como nos vilarejos e nos campos, expande-se o cont gio dessa supersti o. (Carta de Pl nio, o mo o, ao imperador Trajano, de 112 d.C. (Cartas 10,96), Processos contra os crist os . In: FUNARI, P. P. A. Antig idade Cl ssica. A hist ria e a cultura a partir dos documentos. 2 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, p. 91-92.) Essa carta de Pl nio, ent o governador da Bit nia, ao imperador Trajano um documento importante sobre a natureza e as raz es das primeiras persegui es aos crist os. Com base no documento e nos conhecimentos sobre o tema, considere as seguintes a rmativas: I. Os crist os eram acusados de perturbar a tranq ilidade social e religiosa, por se mostrarem, aos olhos da maioria pag , loucos, mpios e desdenhosos dos deuses e das autoridades. II. O cristianismo, nos tempos de Trajano, era considerado uma amea a seguran a do Estado romano por se tratar do cont gio de um culto estrangeiro, promovido por pobres e escravos. III. Sob o governo do imperador Trajano, o cristianismo j era visto como um grave problema pelo poder central, que se responsabilizava pela promo o da persegui o como uma quest o de pol tica deliberada. IV. As primeiras persegui es tinham um car ter essencialmente local, sendo, muitas vezes, promovidas por governadores como Pl nio, pressionados pela popula o local e pelos l deres c vicos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 14 / 21 26 Leia o texto a seguir: Em fun o da causa emancipat ria [na Am rica] acionou-se a ideologia liberal importada da Europa. No Velho Mundo, tal ideologia tivera o objetivo de promover a ascens o pol tica da burguesia e extirpar os obst culos mercantilistas expans o do projeto capitalista. No Novo Mundo, ela foi tamb m usada para extirpar obst culos mercantilistas mas n o para levar uma nova classe ao poder, e sim para consolidar, pelo contr rio, a que j era tradicionalmente dominante e garantir-lhes os cargos de mando em lugar dos administradores metropolitanos que representavam o velho regime, j em franca decad ncia. [...] Uma vez completadas as guerras de independ ncia, as elites locais assumiram o poder pol tico como herdeiras da autoridade colonial e n o como instrumentos de transforma o. (LOPEZ, L. R. Hist ria da Am rica Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1989., p.71.) Sobre a crise do sistema colonial e a forma o dos Estados Nacionais nas Am ricas anglo-hisp nica e portuguesa, correto a rmar: I. A crise do sistema colonial portugu s teve in cio no s culo XVII quando propostas de cunho liberal defendiam o republicanismo como sistema pol tico, e o m da escravid o negra como base da economia. II. O pacto colonial pol tica mercantilista que de nia que as col nias s poderiam comercializar com a metr pole constituiu-se em um dos motivos que levaram a elite americana a empreender as emancipa es na Am rica espanhola. III. Na Am rica hisp nica, as revoltas pol ticas pela emancipa o das col nias foram promovidas por camponeses e ind genas, alcan ando a redistribui o das terras, liberdade e tamb m igualdade. IV. A independ ncia da col nia portuguesa o Brasil deu-se de forma menos conturbada, sem lutas, diferente do ocorrido nas col nias espanholas. Tal caracter stica percept vel pela manuten o do sistema mon rquico. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 27 Sobre a a revolu o industrial, cultura e trabalho na Europa, nas col nias anglo-hisp nicas e no Brasil, correto a rmar: I. A Revolu o Industrial, fen meno que marcou a passagem do sistema de produ o agr rio e artesanal para o industrial, transformou as formas de sobreviv ncia da sociedade inglesa. Grande parte dos trabalhadores foi destitu da dos meios de produ o, obrigada a vender sua for a de trabalho e a receber sal rios que comumente eram insu cientes para a sobreviv ncia das fam lias. II. A era moderna teve in cio com a Revolu o industrial na Inglaterra. Re exo de tal modernidade est no fato de que no s culo XVIII, as mulheres, at ent o vinculadas ao lar e respons veis pela cria o dos lhos e cuidados com o marido, com a grande oferta de empregos, puderam sair daquele espa o que era privado para lan arem-se no espa o p blico, especializando-se e concorrendo com homens no setor t xtil e metal rgico. III. No s culo XIX, trezentos anos ap s o in cio da industrializa o, viveu-se a chamada Segunda Era da Revolu o Industrial, de car ter digital. Este per odo cou marcado pela inclus o e tratamento igualit rio entre homens e mulheres nas frentes de trabalho e o m da utiliza o da m o de obra infantil nas ind strias. IV. O empobrecimento e pen ria causados pela din mica do capitalismo p s Revolu o Industrial, levou mulheres e crian as para o trabalho nas f bricas. Esta categoria de trabalhadores cumpria as mesmas tarefas e quantidade de horas que os homens, mas, por sua condi o marginal, recebiam sal rios inferiores a eles. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 15 / 21 28 Leia os textos a seguir: A agress o da conquista espanhola e as transforma es econ micas e sociais impostas pelo sistema colonial, desestruturaram o aparato cultural e simb lico das popula es aut ctones da Am rica, advindo entre elas um sentimento de desreferencializa o do mundo. (FERREIRA, J. L. Conquista e coloniza o da Am rica Espanhola. S o Paulo: tica, 1992. p. 67.) Quando os espanh is perguntavam aos ndios (e isto acontecia n o uma vez, mas frequentemente), se eram crist os, o ndio respondia: Sim, senhor, j sou um pouco crist o, pois j sei mentir um pouco; um dia saberei mentir muito e serei muito crist o . (TODOROV, T. A conquista da Am rica: a quest o do outro. S o Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 87.) Com base nos aspectos mencionados nesses textos, sobre caracter sticas da conquista da Am rica, correto a rmar que I. o encontro entre europeus e nativos e as evidentes diferen as culturais, religiosas e sociais levou os primeiros a colocar em pr tica o processo de conquista com cautela, observando as particularidades dos h bitos e costumes de cada civiliza o, encontradas na Am rica de coloniza o portuguesa e espanhola. II. os padres jesu tas, no Brasil, percorriam as comunidades nativas crist s, punindo com a inquisi o e excomunh o os ind genas evangelizados que recusassem a aceitar a pr tica crist de serem mission rios nas bandeiras do territ rio portugu s. III. a propaga o da religi o cat lica com a pr tica da puni o queles que se recusassem a aceit -la explica a ado o massiva do cristianismo na Am rica de coloniza o portuguesa e o processo da evangeliza o neste territ rio. IV. aos povos nativos americanos foi imposto o catolicismo como um aspecto da domina o colonial, embora n o tenha surtido tanto efeito em fun o da indiferen a das popula es dominadas e da di culdade de entender a esfera e o valor religioso crist o, que era diferente da do ind gena. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 29 Leia o texto a seguir: A partir do s culo XIII, foram-se de nindo por uma s rie de batalhas algumas fronteiras da Europa que, no caso da Fran a, da Inglaterra e da Espanha, permanecem aproximadamente as mesmas at hoje. Dentro das fronteiras foi nascendo o Estado como uma organiza o pol tica centralizada, cuja gura dominante o pr ncipe e a burocracia em que se apoiava tomaram contornos pr prios que n o se confundiam com os grupos sociais mesmo os mais privilegiados, como a nobreza. Esse processo durou s culos e alcan ou seu ponto decisivo entre 1450 e 1550. Tamb m ocorreu uma expans o geogr ca da Europa crist , antecessora em outras condi es da expans o mar tima iniciada no s culo XV, pela reconquista de territ rios ou a ocupa o de novos espa os. A Pen nsula Ib rica foi sendo retomada dos mouros; o Mediterr neo deixou de ser um lago rabe , onde os europeus n o conseguiam sequer colocar um barquinho; os cruzados ocuparam Chipre, a Palestina, a S ria, Creta e as ilhas do Mar Egeu; no noroeste da Europa, houve expans o inglesa na dire o do Pa s de Gales, da Esc cia e da Irlanda; no leste europeu, alem es e escandinavos conquistaram as terras do B ltico e as habitadas pelos eslavos. (FAUSTO, B. Hist ria do Brasil. S o Paulo: USP: Funda o para o Desenvolvimento da Educa o, 1996. p. 20.) Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. A pen nsula ib rica, que vivenciou a ocupa o de parte de seus territ rios pelos mu ulmanos denominados mouros deu in cio ao processo de forma o de seu Estado com a luta dos crist os para a retomada dos espa os ocupados por estes habitantes de origem rabe, e que cou conhecida como Reconquista. II. Um dos aspectos da coloniza o do continente rec m-descoberto denominado Am rica deveu-se preocupa o das na es espanhola e portuguesa em rela o pr tica religiosa dos habitantes nativos. Estas na es, cat licas, empreenderam um processo de evangeliza o crist para as diferentes culturas ind genas que habitavam o Novo Mundo. 16 / 21 III. Espanh is e portugueses, que iniciaram conjuntamente o processo de expans o mar tima, acordaram que as terras do Novo Mundo deveriam ser repartidas de maneira igualit ria. A Espanha, com sua superioridade cient ca e militar, tentou romper o acordo, levando tais na es arbitragem do Vaticano que com a bula papal Joao XXIII deu origem formula o do Tratado de Tordesilhas. IV. A Espanha nalizou seu processo de centraliza o do poder mon rquico por volta do ano de 1492, quando foram expulsos os ltimos habitantes rabes de seu territ rio ainda presentes na regi o de Granada. A partir de ent o, entrou para o ciclo das grandes navega es mar timas pelo Atl ntico, que j vinha sendo desenvolvido por Portugal. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 30 Sobre a escravid o e demais formas de trabalho compuls rio no Brasil e na Am rica, correto a rmar: a) O sucesso da coloniza o do territ rio brasileiro deu-se em fun o das Capitanias Heredit rias e o consequente com rcio de terras empreendido pelos seus propriet rios, conhecidos como donat rios. b) Como estrat gia de conquista e domina o dos espa os e povos pertencentes ao Novo Mundo, os espanh is destru ram civiliza es nativas e reduziram os sobreviventes servid o. c) A m o de obra escrava africana, utilizada nas col nias espanholas, constituiu-se numa grande fonte de renda por oferecer aos propriet rios de terras uma forma mais e caz e gil de explora o das terras coloniais. d) Na Am rica espanhola, a minera o contou com a m o de obra nativa e, os que n o colaboravam recusando-se ao trabalho eram enviados Espanha, transformados em escravos da Coroa. e) Nas col nias do oeste dos EUA, devido aus ncia de m o de obra escrava de origem africana, recrutou-se para trabalho compuls rio nas minas e em outros servi os as civiliza es nativas. 31 Sobre a sociedade do s culo XX correto a rmar: a) A crise econ mica de 1929 foi causada pelo excesso de interven o do Estado norte-americano na economia; a Depress o Mundial foi combatida e superada atrav s do est mulo liberdade do mercado nanceiro. b) Com o surgimento dos meios de comunica o de massa, as vanguardas culturais se voltaram para o ideal de pureza da arte, enfatizando a perfei o t cnica das obras, fazendo-as reproduzir ao m ximo a natureza. c) A coletiviza o das terras na Uni o Sovi tica, durante o regime de Josef Stalin, consistiu em transformar todos os agricultores em pequenos propriet rios de terra, que podiam assim vender o excedente da produ o no mercado. d) Epis dios de antissemitismo ocorreram na Europa desde o per odo medieval, mas foram agravados, no s culo XX, com a ascens o do movimento nacional-socialista na Alemanha, onde a persegui o aos judeus tornou-se pol tica de Estado. e) Ap s a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos vivenciaram uma crise econ mica sem precedentes, devido ao excesso de gastos da na o com a guerra e a falta de mercado consumidor interno para os produtos industrializados. 32 Sobre os Estados Unidos no s culo XIX, considere as a rmativas: I. A Marcha para o Oeste efetuou-se com con itos com os povos nativos das regi es ocupadas, empurrandoos mais para oeste ou mesmo exterminando-os. II. Ap s a independ ncia, a maior fonte de controv rsia pol tica foi a de ni o do alcance do poder do Estado Nacional (Uni o), em rela o aos poderes dos estados da federa o. III. A expans o territorial dos Estados Unidos efetuou-se atrav s da aquisi o de terras de outros pa ses (Louisiana, Fl rida), pela guerra (Texas, Calif rnia, Novo M xico) e acordo diplom tico (Oregon). IV. Os governos dos Estados Unidos combateram a imigra o estrangeira, exigindo vistos de entrada e punindo severamente os que entravam ilegalmente no pa s. 17 / 21 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 33 Sobre a sociedade europ ia da Era Moderna correto a rmar: a) O uxo de ouro e prata das Am ricas, na Europa dos s culos XVI e XVII, acabou por produzir um desequil brio monet rio que bene ciou as economias dos pa ses ib ricos e prejudicou, com alta in a o, as economias da Inglaterra, Fran a e Holanda. b) Com a Contrarreforma, a Igreja Cat lica absorveu as cr ticas dos reformadores protestantes, promoveu uma rigorosa transforma o interna e ofereceu acordo para a paci ca o entre as v rias correntes do cristianismo. c) A introdu o de ex rcitos regulares, a cria o de burocracias permanentes e de sistemas tribut rios nacionais, a codi ca o do direito e a organiza o regulamentada de mercados nacionais uni cados constituem a base da centraliza o efetuada pelas monarquias absolutas. d) No per odo conhecido como Renascimento Cultural e Cient co houve um esfor o generalizado por recuperar a cultura medieval, que at ent o estava sufocada pela hegemonia da cultura da Antiguidade greco-romana. e) A expans o do capitalismo na Europa Moderna produziu o Antigo Regime, caracterizado por grande mobilidade social entre as ordens sociais da Aristocracia, Burguesia e Proletariado. 34 Sobre a quest o da m o de obra no Brasil do s culo XIX, considere as a rmativas: I. As primeiras experi ncias com m o de obra imigrante foram problem ticas, pois o acesso propriedade de terra, mesmo pequena, era muito restrito. Os imigrantes j chegavam ao Brasil endividados pelos custos da viagem, paga pelos propriet rios rurais, e estes tratavam os trabalhadores estrangeiros livres como se fossem escravos. II. O m da escravid o no Brasil foi um longo processo de acomoda o das tens es entre o Governo imperial e os propriet rios de escravos. Leis de libera o gradativa que foram aprovadas, somente eram cumpridas aquelas que n o oneravam os senhores de escravos, como a lei dos sexagen rios. III. O planejamento elaborado pelo Governo Imperial para a substitui o do trabalho escravo pelo trabalho livre, com o livre acesso propriedade da terra e educa o para os ex-escravos e seus descendentes, foi o respons vel, nas d cadas seguintes, pela melhoria nos n veis de vida da popula o de origem africana no pa s. IV. Diferentemente da imigra o europ ia em S o Paulo, direcionada prioritariamente para suprir de bra os a lavoura cafeeira, a imigra o de alem es e italianos no sul do Brasil deu-se atrav s da coloniza o, em regime de pequena propriedade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 35 Sobre o Brasil no s culo XX, correto a rmar: a) Nos anos 1960, o movimento musical intitulado Jovem Guarda aglutinou os movimentos de resist ncia cultural ao regime militar, colocando nas paradas de sucesso v rias can es de protesto ditadura estabelecida. b) Institu do por Get lio Vargas em 1937, o Estado Novo estabeleceu um regime de democracia popular, com apoio dos socialistas e comunistas, o que causou oposi o permanente nos partidos mais conservadores, que, ap s intensa campanha, conseguiram venc -lo nas elei es de 1945. 18 / 21 c) Como a economia brasileira era baseada essencialmente na exporta o de caf , as consequ ncias da crise de 1929 e da grande Depress o Mundial que se seguiu n o afetaram o pa s, uma vez que tal crise somente atingiu os pa ses que tinham mercados de capitais avan ados. d) Contra pol ticos e empres rios que a rmavam que o pa s n o possu a capitais su cientes para a pesquisa e prospec o, a campanha O Petr leo Nosso , culminou com a cria o da Petrobr s, em 1953, estabelecendo o monop lio estatal da explora o do petr leo. e) Durante o Regime Militar (1964-1985), o Milagre Econ mico consistiu na pol tica de privilegiar a ascens o dos pobres para a classe m dia, atrav s da concess o de est mulos diretos em dinheiro s fam lias mais carentes. 36 Sobre a Am rica Latina Colonial, considere as a rmativas: I. A organiza o do trabalho colonial na Am rica Espanhola baseou-se na explora o da m o de obra ind gena, em formas variadas de servid o (como a encomienda e a mita), e no uso, em algumas regi es, do trabalho escravo africano. II. Na organiza o social das col nias espanholas na Am rica, os brancos nascidos na Am rica constitu ram os criollos, grupo que concentrou a propriedade de terra e que tinha acesso restrito s mais altas fun es dirigentes nos sistemas administrativo, judici rio e militar, privativos dos brancos nascidos na Espanha. III. No processo de independ ncia das col nias espanholas na Am rica, prevaleceu a proposta de Simon Bol var (Bolivarismo), na qual os interesses particulares das novas na es eram mais importantes que uma uni ca o arti cial baseada no passado comum da coloniza o ib rica. IV. Na col nia francesa do Haiti, a alian a entre os escravos e a elite branca local, a favor da independ ncia, foi vitoriosa contra o Estado franc s, o que permitiu a domina o da minoria branca na ilha, depois da emancipa o pol tica. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 37 Observe a gura abaixo e responda quest o. (WARHOL, A. Marilyn. 1967. Silk-screen sobre papel (91,5 cm x 91,5 cm). Museu de Arte Moderna de Nova York.) 19 / 21 Com base na gura e nos conhecimentos sobre a Pop Art correto a rmar: a) O rosto de Marilyn Monroe apresentado como uma m scara luminosa ressaltando na Pop Art sua fun o social enquanto uma personalidade de Hollywood. b) O autor do retrato de Marilyn considerado como um dos principais expoentes da Pop Art, reconhecida como um produto da cultura de massa. c) Marilyn, enquanto atriz famosa da d cada de 1960, ser o tema mais utilizado em pinturas populares norte americanas. d) O processo de gravura por silk-screen utilizada na Pop Art tem por fun o disseminar a t cnica aliada pintura cl ssica. e) A refer ncia da arte erudita nessa imagem est no uso do tema central, ou seja, a atriz Marilyn enquanto protagonista de lmes norte-americanos. 38 O lme Rio, Zona Norte dirigido por Nelson Pereira dos Santos nos anos 1950 mostra a vida de um favelado, compositor de sambas, lutando pelo sucesso e constantemente sendo ludibriado por intermedi rios oportunistas e, este favelado termina morrendo num acidente de trem. Este lme, juntamente com Agulha no palheiro (Alex Viany), Rio, 40 graus (Nelson Pereira dos Santos) e O grande momento (Roberto Santos) representam um novo paradigma de cria o e produ o para o cinema brasileiro. Considerando as transforma es culturais brasileiras nos anos 1950, correto a rmar: a) Pautado na est tica italiana, a cinematogra a paulista procurava se aproximar das chanchadas e com dias carnavalescas produzidas pela companhia carioca Atl ntida. b) Os conte dos culturais do r dio e do cinema eram essencialmente da classe burguesa, consolidando uma enorme audi ncia de p blico. c) Os personagens e as situa es dram ticas propostas pelos lmes da companhia Vera Cruz eram inspirados no cotidiano do povo brasileiro, suas di culdades, valores e esperan as. d) Os melodramas musicais, nos quais o carnaval era uma tem tica constante, apontam o gosto burgu s do teatro de revista brasileiro. e) A reinven o da cultura erudita rompe com a agita o de id ias e obras de cineastas, dramaturgos e atores ligados pol tica. 39 Leia o texto a seguir: Os mercados podem escolher seus pobres em circuitos ampliados; o cat logo se enriquece, porque ali, agora, existem pobres pobres e pobres ricos. E existem tamb m sempre se descobre pobres ainda mais pobres, menos dif ceis, menos exigentes . Nada exigentes. Saldos fant sticos. Promo es por todo o lado. O trabalho pode n o custar nada quando se sabe viajar. Outra vantagem: a escolha desses pobres, desses pobres pobres, empobrecer os pobres ricos que, cando mais pobres, pr ximos dos pobres pobres, ser o por sua vez menos exigentes. Que bela poca! (FORRESTER, V. O Horror econ mico, Trad. lvaro Lorencini, S o Paulo: UNESP, 1997, pp.101.) Baseado no texto e nos conhecimentos sobre o tema neoliberalismo e globaliza o, considere as a rmativas: I. O processo de globaliza o empresarial pode escolher al m das fronteiras nacionais, locais em que o trabalho possa ser apropriado com custos n mos. II. Os pobres ricos s o menos exigentes no mercado de trabalho, por conta das promo es que atingem o seu potencial de consumo. III. Os fant sticos saldos para a contrata o de trabalho nesta bela poca s o realizados pelo cat logo ampliado da possibilidade de contrata o dos pobres no mercado. IV. A disputa de emprego no mundo do trabalho mundial pode tornar os pobres ricos mais pobres, se o mercado souber viajar em busca das promo es. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 20 / 21 40 Leia o texto a seguir: A Associa o Internacional dos Trabalhadores fundada em 1864, e n o por monges conspirativos. O documento inaugural lido no ato p blico de Saint Martin s Hall em Londres escrito por Marx , termina com uma exorta o aos oper rios para que dominem eles mesmos os mist rios da pol tica internacional, pois a pol tica das na es sempre condiciona as lutas oper rias, concebidas por cima das fronteiras nacionais. (GONZ LES, H. A comuna de Paris: os assaltantes do c u. S o Paulo: Brasiliense, 1981, pp.18-19.) Baseado no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas: I. Bakunin e Marx s o considerados conspiradores esquerdistas, envolvidos diretamente nas lutas revolucion rias do per odo, no entanto, eles possuem distin o entre si sobre o processo de encaminhamento das lutas. II. A igreja in ltra monges conspirativos na reuni o realizada em Saint Martin s Hall e de suas exorta es disfar adas em normas de pol tica internacional, sugerem a elimina o das fronteiras nacionais, atitude realizada pela institui o religiosa qual pertencem. III. A primeira Associa o Internacional dos Trabalhadores, apesar da presen a de Marx, foi dominada pela ideologia religiosa proveniente da bula do papa Pio XI, que declara a import ncia do oper rio como servo da igreja. IV. A exorta o do texto, da segunda metade do s culo XIX, indica a necessidade dos trabalhadores de compreenderem e, assim, desvendarem os mist rios das lutas pol ticas estabelecidas pelas fronteiras dos estados-na es. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 21 / 21 08. FILOSOFIA E HIST RIA GABARITO Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Alternativa correta D E D C E B D B A E B A C E C D C A A B D C E B A B A C E B D D C E D A B C E A Assinalada

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 08/12/2009
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