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UEL Vestibular de 2006 - PROVAS DA 2º FASE : Artes e História

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CONCURSO VESTIBULAR 2006 2 FASE 19/12/2005 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Assine no local indicado. 2. Aguarde autoriza o para abrir o caderno de provas. 3. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 4. As provas s o compostas por quest es em que h somente uma alternativa correta. 5. Ao receber o Cart o Resposta, examine-o e verifique se os dados nele impressos correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. Transcreva para o Cart o Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente, caneta com tinta preta. 7. No Cart o Resposta, a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o anulam a quest o. 8. N o haver substitui o do Cart o Resposta por erro de preenchimento. 9. N o ser o permitidas consultas, empr stimos e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletr nicos ou n o, inclusive rel gio. O n o-cumprimento dessas exig ncias implicar a exclus o do candidato deste Concurso. 10. Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o caderno de provas e o Cart o Resposta devidamente assinados. 11. O tempo para preenchimento do Cart o Resposta est inclu do no tempo de dura o desta prova. ARTES DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS HIST RIA 2 ARTES 01- Jos de Anchieta, o Ap stolo do Brasil , trouxe em sua bagagem, vindo das Can rias onde nasceu, mais do que seu pendor po tico. Vinha ele com mais meia d zia de bravos com a espantosa miss o de converter e educar os ndios, que a seus olhos e dos outros, a princ pio, n o reconheciam qualquer cultura. (DELACY, M. Introdu o ao Teatro. Petr polis: Vozes, 2003.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a pr tica de catequiza o de Jos de Anchieta, considere as afirmativas a seguir. I. Para catequizar, Anchieta valeu-se de sua criatividade, usando cocares coloridos, pintura corporal e outros adere os que os ind genas lhe mostravam. II. Com a miss o de levar Jesus queles bugres e incultos , Anchieta se afastou de suas pr prias cren as convertendo-se religi o daquele povo. III. Com a finalidade de catequizar, Anchieta come ou a escrever autos, baseados nos autos medievais, nas obras de Gil Vicente e em encena es espanholas. IV. Para implantar a f como lhe foi ordenado, Anchieta representava os autos na l ngua p tria de Portugal. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e III. I e IV. II e IV. I, II e III. II, III e IV. A roupa como suporte da arte tem sido usada por muitos artistas no decorrer da hist ria da arte, entretanto, assumindo sentidos diversos. Com base nos conhecimentos sobre arte brasileira, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o sentido assumido pela obra. a) Nostalgia; misticismo; objeto transferencial. b) Ready-made; irrever ncia; sensualidade. c) Magia; desintegra o espacial; objeto artesanal. d) Irrever ncia; estrutura-cor no espa o; ritualiza o. e) Transvestimenta; decad ncia; objeto sensorial. 03- O car ter essencial do Barroco est no apelo s emo es, na busca do movimento, na dramatiza o das express es, nas colunas torcidas e nos panejamentos em S (sinuosos) das roupas dos santos. Com base nos conhecimentos sobre o Barroco, analise as imagens a seguir. 02- Analise as imagens e leia o texto a seguir. Correspondem imagens: a) b) c) d) e) arte barroca apenas as 1 e 2. 1 e 3. 2 e 4. 1, 3 e 4. 2, 3 e 4. 3 04- O artista brasileiro Iber Camargo aproximava-se do ide rio expressionista quando costumava dizer que a sua pintura era a do desespero. Sobre o expressionismo, considere as afirmativas a seguir. I. Busca suprimir a espontaneidade, em nome da ordem, da l gica e da unidade. II. Utiliza a m quina como met fora da condi o humana e desenvolve a interpreta o mecanicista do espa o pict rico. III. Manifesta o estado de esp rito do artista, concretizado na a o e na mat ria pict rica. IV. Aproxima arte e vida, utilizando grafismos, gestos e massa pict rica no embate com o real. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 05- Eu ataco a tela com toques irregulares do pincel, que deixo como saem. Empastes, pontos da tela que ficam descobertos, aqui e ali peda os absolutamente inacabados, repeti es, brutalidades; em suma, estou inclinado a pensar que o resultado demasiado intranq ilizante e irritante para que isso n o fa a a felicidade dessas pessoas que t m id ias preconcebidas fixas sobre a t cnica. (VAN GOGH, Vincent. In: CHIPP, H. B. Teorias da Arte Moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 2.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a obra de Van Gogh, correto afirmar: a) b) c) d) e) Desenvolveu sua t cnica pict rica orientando-se por um ide rio construtivo. Utilizou a t cnica pict rica como via de transbordamento das paix es e comprometimento com o indiv duo. Estudou a estrutura plana da tela simplificando as formas nos seus elementos geom tricos b sicos. Organizou sua pintura em ateli , a partir da realiza o de estudos pr vios de luz, sombra, composi o e perspectiva. Utilizou a t cnica para expressar a velocidade, revelando interesse pelas id ias desenvolvidas pelos futuristas. 06- Analise as imagens e leia o texto a seguir. [...] O artista expressionista transfigura assim todo o espa o. Ele n o olha: v ; n o narra: vive; n o reproduz: recria; n o encontra: busca. A concatena o dos fatos f bricas, casas, doen as, prostitutas, gritos e fome substitu da por sua transfigura o [...]. (MICHELI, M rio. As vanguardas art sticas. S o Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 75.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre arte brasileira, correto afirmar que as imagens que se aproximam do expressionismo s o: a) b) c) d) e) 1 e 2. 1 e 4. 3 e 4. 1, 2 e 3. 2, 3 e 4. 07- Alfredo Volpi n o gostava de ser identificado como o pintor das bandeirinhas . No desenvolvimento de sua po tica, pouco difundida a influ ncia dos afrescos de Giotto (pintor italiano proto-renascentista). Algumas caracter sticas que podemos encontrar nos afrescos do artista italiano lan am luz sobre as qualidades pict ricas encontradas nos trabalhos de Volpi. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a po tica de Volpi, correto afirmar: a) b) c) d) e) Suas pinturas parecem gastas, devido transpar ncia singular que se obt m com a t cnica da t mpera a ovo. Em suas composi es, a elabora o das cores orientada por efeitos de luz e sombra, refor ando a dramaticidade da cena. Buscava orienta o nas pinturas de paisagens do s culo XVII, refor ando em sua obra o sentido da luz ambiente. Suas pinturas baseiam-se na observa o de reflexos coloridos na gua, em telas de grandes dimens es. Seu procedimento pict rico intensifica a irritabilidade das faculdades do esp rito, excluindo a possibilidade de qualquer dedu o mental consciente. 4 08- Analise a imagem a seguir. Com base na imagem de Fl vio de Carvalho e nos conhecimentos sobre o artista, correto afirmar: a) b) c) d) e) Foi influenciado pelo realismo social, mostrando preocupa o com den ncias sociais, temas do nosso folclore e tradi es regionais. Mostra, em suas obras, caracter sticas da Arte primitiva, ao fazer composi es on ricas, ing nuas e populares. Manifestou interesse pela busca de uma identidade nacional, programa emblem tico do modernismo brasileiro. Foi influenciado pela Art Deco, mostrando grande esmero, proporcionando uma concep o extremamente sofisticada ao desenho. Encontrou, no gesto de alta dramaticidade e emo o do expressionismo, a via predileta para suas manifesta es art sticas. 09- No in cio da d cada de 1960, a tend ncia em voga no campo art stico internacional a Arte Pop. A arte brasileira do per odo se apropriar dessa linguagem, assumindo, por m, um trabalho mais cr tico, considerando o momento pol tico no Brasil. Assinale a alternativa cuja imagem apresenta a tend ncia dominante na arte brasileira quando da instala o do estado de exce o implantado com o golpe militar de 1964. 10- Por Suprematismo entendo a supremacia da pura sensibilidade na arte. Do ponto de vista dos suprematistas, as apar ncias exteriores da natureza n o apresentam nenhum interesse: essencial a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio em que teve origem. (MALEVICH, Kasimir. Manifesto Suprematista. In: AMARAL, Aracy (Org.) Projeto construtivo Brasileiro na Arte. S o Paulo: Pinacoteca do Estado de S o Paulo. p. 32.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere, a seguir, as afirmativas sobre a po tica suprematista. I. Nega a exist ncia de pontos de contato entre a sensibilidade pl stica pura e os problemas da vida pr tica, pois suas esferas de desenvolvimento s o distintas. II. Tem em sua base de fundamenta o o realismo social, pois considera importante a inser o da arte no cotidiano. III. Ao questionar a id ia de abstra o na arte, busca uma arte engajada socialmente com um programa concreto de a o pol tica. IV. Deriva do cubismo por extrema simplifica o, configurando-se em formas elementares da geometria. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 5 11- A inten o do cubismo, pelo menos no come o, foi expressar volume. Desse modo o espa o tridimensional espa o natural permaneceu. O cubismo, portanto, continuou sendo basicamente uma express o naturalista e foi apenas uma abstra o n o a verdadeira arte abstrata . ( MONDRIAN, Piet. In: CHIPP, H. B. Teorias da Arte Moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 368.) Assinale a alternativa em que a obra expressa, por meio da elimina o do naturalismo, o que Mondrian denomina de verdadeira arte abstrata . Com base nos conhecimentos sobre arte moderna, assinale a alternativa cuja obra representada se identifica com as id ias expressas no texto. 13- Analise as imagens e leia o texto a seguir. 12- Automatismo ps quico puro pelo qual se pretende exprimir, quer verbalmente, quer por escrito, quer por qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na aus ncia de qualquer controle exercido pela raz o, fora de qualquer preocupa o est tica ou moral. (BRETON, Andr . In: CHIPP, H. B. Teorias da arte moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 417.) 6 A arte moderna formou-se tanto a partir como contra o naturalismo. Embora surja da arte naturalista, se coloca em oposi o a ela. A destrui o do espa o perspectivo pelo modernismo foi habitual nas reflex es sobre arte moderna. (Adaptado de: TASSINARI, A. Espa o Moderno. S o Paulo: Cosac Naify, 2000.) Com base no texto, correto afirmar que as obras que apresentam uma espacialidade moderna s o apenas: a) 1 e 2. b) 1 e 4. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 3. e) 2, 3 e 4. 14- Em 1924, os surrealistas lan aram um manifesto no qual anunciaram a for a do inconsciente na cria o de novas percep es. Valorizavam a aus ncia de l gica das experi ncias ps quicas e on ricas, propondo novas experi ncias est ticas. Sobre o Surrealismo, correto afirmar: a) b) c) d) e) Acredita que a libera o do psiquismo humano se d por meio da sacraliza o da natureza. Baseia-se na raz o, negando as oscila es do temperamento humano. Destaca que o fundamental, na arte, o objeto vis vel em detrimento do emocionalismo subjetivo do artista. Concede mais valor ao livre jogo da imagina o individual do que codifica o dos ideais da sociedade ou da hist ria. Busca limitar o psiquismo humano e suas manifesta es, transfigurando-os em geometria a favor de uma nova ordem. 15- Analise as imagens e leia o texto a seguir. O que h de pioneiro em nossa vanguarda essa nova funda o do objeto , advinda da descren a nos valores esteticistas do quadro de cavalete e da estrutura, para a procura de uma arte ambiental (que para mim se identifica, por fim, com o conceito de anti arte ). Essa magia do objeto, essa vontade incontida pela constru o de novos objetos perceptivos (t teis, visuais, proposicionais etc.), onde nada exclu do, desde a cr tica social at a patentea o de situa es-limite, s o caracter sticas fundamentais da nossa vanguarda. (OITICICA, H lio. Situa o da vanguarda brasileira. In: PECCININI, Daisy V. M. O objeto na Arte Brasil anos 60. S o Paulo: Faap, 1978. p. 70.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre arte brasileira, correto afirmar que as obras que correspondem ao conceito de vanguarda art stica s o apenas: a) 1 e 2. b) 2 e 3. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 4. e) 1, 3 e 4. 16- As pe as de Oswald de Andrade (1890-1954) correspondem ao esp rito do movimento modernista brasileiro e o ultrapassam, pelo radicalismo agressivo. Em O Rei da Vela, O Homem e o Cavalo e A Morta, Oswald de Andrade assimilou e reformulou, de modo criativo, os experimentos do teatro moderno, desde o Futurismo at o Surrealismo. Entretanto, esse acontecimento, em si puramente liter rio, revestiu-se de import ncia ainda maior gra as encena o de uma das pe as mencionadas. Sobre a pe a O Rei da Vela, considere as afirmativas a seguir. I. Escrita na d cada de 1930, a obra apresenta o recurso do distanciamento proposto por Bertold Brecht. II. A encena o da obra pelo Teatro de Arena se baseia no emprego da ilus o c nica, impregnada pela imita o da realidade. III. A partir da encena o deste espet culo, o Tropicalismo ficaria esquecido pelas correntes est ticas no Brasil. IV. A dire o audaz de Jos Celso Martinez Corr a rompe com a tradi o ret rica do teatro brasileiro, envolvendo a plat ia. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 17- Entre os acontecimentos mais marcantes da vida teatral brasileira, na d cada de sessenta est o duas pe as de um mesmo autor. Dois Perdidos numa Noite Suja e Navalha na Carne, al m de uma luta encarni ada com a censura, transformaram seu autor da noite para o dia em assunto obrigat rio. Navalha na Carne um golpe de navalha na nossa carne; um ato de purifica o, justamente por causa da sua viol ncia agressiva. (ROSENFELD, A. Prismas do Teatro. S o Paulo: Perspectiva, 1993. p. 256.) 7 Com base nos conhecimentos sobre cultura brasileira na d cada de 1960, assinale a alternativa que apresenta corretamente o autor das pe as teatrais a que se refere o texto. a) Nelson Rodrigues. b) Oswald de Andrade. c) M rio Bortoloto. d) Pl nio Marcos. e) Dalton Trevisan. 18- Analise as imagens e leia o texto a seguir. Arte um fruto que cresce no homem, como o fruto da planta ou a crian a no ventre da m e. Mas enquanto o fruto da planta, o fruto dos animais, o fruto da m e tomam formas naturais, utiliza a arte o fruto espiritual do homem, em geral formas tais que se parecem de maneira vis vel com outras formas. (ARP, Jean. In: Revista Discutindo Arte. Ano 1, n. 1, p. 39, 2005.) Assinale a alternativa que apresenta a aproxima o correta entre o texto de Jean Arp e as obras de Constantin Brancusi e Lygia Clark. a) Desenvolvimento dos volumes, aproximando-se do cubismo e amea ando a seguran a do olhar que busca uma narrativa visual. b) Sublima o da experi ncia est tica, determinada pela perda total do referencial da vida cotidiana. c) Incorpora o do conceito de g nese, ou seja, o entendimento de uma forma simples que gera outras formas. d) Despreocupa o com a gra a, anulando a rela o din mica que as formas t m com o referencial que lhe deu origem. e) Apar ncia agitada das obras, permitindo que identifiquemos estes artistas como herdeiros dos expressionistas alem es. 19- A id ia de Warhol n o era apenas fazer do banal e do vulgar a subst ncia da arte, mas de tornar a pr pria arte banal e vulgar. N o se contenta em transpor para a arte dados midi ticos ou industriais, a arte em si torna-se um produto midi tico e industrial. (OSTERWOLD, Tilman. Pop Art. Col nia: Taschen, 1994. p.167.) Com base na imagem e no texto, correto afirmar que a Pop Art: a) b) Enfatiza a arte como constru o num rica. Expressa os sentimentos do artista por meio da natureza. c) Discute a autoria e sua neutralidade frente realidade. d) Sinaliza a amplia o dos gestos para o espa o real. e) Expressa a subjetividade do artista aplicada vida cotidiana. 20- Uma est tica da fome , tese-manifesto de Glauber Rocha, foi apresentada e publicada em 1965, tendo como proposta definir os principais compromissos e objetivos do Cinema-Novo, situando-o no panorama pol tico, econ mico e cultural da poca, do qual partem suas reflex es. Glauber Rocha prop e um cinema revolucion rio tanto na forma como no conte do como, por exemplo, em Deus e o Diabo na Terra do Sol . Com base nos conhecimentos sobre a obra de Glauber Rocha e sobre o contexto cultural do Brasil nos anos 1960, assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das diretrizes do Cinema-Novo. a) b) c) d) e) Distanciamento de quest es sociopol ticas de sua poca. Distanciamento tanto das preocupa es mercantilistas quanto das puramente formais. Comprometimento ao expressar uma imagem positiva da cultura nacional. Distanciamento da realidade objetiva, comprometendo-se com o mercado. Comprometimento com pol ticas de desenvolvimento tecnol gico e industrial. Analise a imagem e leia o texto a seguir. 8 HIST RIA 21- Uma das caracter sticas da cultura pol tica grega a no o de cidadania. Tal no o define a vincula o da pessoa a uma determinada p lis, por la os essencialmente familiares, e estabelece, concomitantemente, a permanente obriga o de defesa da cidade, a contribui o para seu bem geral, e o direito de opinar sobre seus destinos. Foi em virtude desta ltima implica o do conceito de cidadania que, em sentido lato, quase todas as cidades gregas tenderam democracia. As diferen as se fazem sentir quanto forma de participa o do cidad o. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a cidadania grega, correto afirmar: a) As reformas de P ricles buscaram, entre outras coisas, incorporar todos os cidad os ao processo decis rio da Ecl sia e dos tribunais, tornando poss vel a participa o dos menos abastados, por meio de modesta remunera o. b) Nas p lis que se mantinham institucionalmente olig rquicas, ou sujeitas a modalidades de tirania, era vedado aos cidad os comuns externar suas opini es sobre as decis es p blicas. c) As mulheres, numa cultura patriarcal que reservava a vida p blica exclusivamente aos homens, eram cidad s part cipes da discuss o pol tica, tendo voz ativa e voto na assembl ia. d) Nas cidades gregas, o estrangeiro era um h spede destitu do da cidadania, tendo os seus direitos privados devidamente assegurados, sem restri es quanto propriedade fundi ria e aos direitos c vicos. e) O escravo, que antes de tudo estava exclu do da cidadania, era considerado como parte da comunidade e, portanto, capacitado a opinar sobre os neg cios p blicos. 22- Varr o, escritor romano do per odo republicano (116-27 a.C.), em seu Rerum Rusticarum (Da Coisa R stica), descrevia aos seus contempor neos como deveriam tratar os escravos: Voc n o deve deixar seus escravos muito deprimidos ou animados. N o deixe os capatazes usarem os chicotes, se conseguirem o mesmo resultado com encorajamento. N o compre muitos escravos do mesmo pa s, pois eles conversam entre si. Se voc os tratar bem, lhes der alimentos e roupas extras e permiss o para seus animais pastarem no seu terreno eles trabalhar o melhor . (RODRIGUES, Joelza Ester. Hist ria em Documento: imagem e texto. 2. ed. S o Paulo: FTD, 2002. p. 235.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravid o romana, considere as afirmativas a seguir. I. Varr o prop e abrir m o da viol ncia no tratamento dos escravos visando a obter um rendimento maior de seu trabalho. II. Varr o procura demonstrar a inviabilidade da compra de escravos de um mesmo pa s, posto que propiciaria a realiza o de processos comunicativos e poss veis revoltas. III. Os capatazes romanos, na vis o de Varr o, deveriam usar estrat gias sutis de repress o para obter um trabalho consentido. IV. Varr o compartilha das id ias de Columela, autor da poca que apregoa a redu o dos custos do trabalho escravo para obten o de maior produtividade. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 23- Os homens da Idade M dia procuravam na B blia um modelo que lhes guiasse o comportamento em rela o usura. [...] As transforma es da sociedade ocidental crist nos s culos XII e XIII tornavam a realidade da pr tica usur ria poss vel e muitas vezes socialmente til. [...] s v speras do nascimento dos grandes movimentos econ micos que preparam o advento do capitalismo moderno, a teologia medieval salvar o usur rio do inferno ao inventar o purgat rio. O usur rio ter assim atingido seu duplo objetivo: salvaguardar sua bolsa na terra sem perder a vida eterna. (FRANCO Jr. Hil rio. A Bolsa e a vida: a usura na Idade M dia. 2. ed. S o Paulo: Brasiliense, 1989. s.p.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Esse momento hist rico caracteriza-se pelo in cio do processo de acumula o de riquezas monet rias. II. Na Idade M dia, as pr ticas da vida material estavam separadas das pr ticas da vida religiosa. III. Nesse per odo da hist ria, a sociedade medieval tornava a pr tica da usura socialmente aceit vel. IV. O fen meno da usura era tanto econ mico, quanto moral, clerical ou religioso. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 24- A capela proporciona uma clara percep o do espa o contido dentro de suas paredes [...]. O tra ado geom trico do conjunto enfatiza a clareza e a funcionalidade que se deve esperar das decis es de um capitulo. A famosa fachada da capela Pazzi, que repousa, esbelta e gil, sobre seis colunas cor ntias, um modelo de eleg ncia, de comedimento decorativo e de sutil manipula o de espa os. Tamb m exemplifica o apre o, t o comum nos primeiros tempos do Renascimento, pela clareza e pela simplicidade, pela ordem e pela medida, na mente e no corpo. O artista dividiu a fachada numa s rie de quadrados relacionados entre si por suas propor es geom tricas. [...] Os quadrados inferiores dessa rea tamb m s o subdivididos em quatro pain is. A lateral desses pain is o chamado n mero de ouro do edif cio, ou seja, a unidade de medida em que se divide exatamente qualquer outra parte dele [...]. (LETTS, Rosa Maria. O Renascimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. p. 48-49.) 9 Com base na descri o da Capela Pazzi, obra arquitet nica de Filippo Brunelleschi, e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Os elementos utilizados na descri o da capela Pazzi (equil brio, harmonia e clareza) comp em as representa es culturais t picas da Europa Renascentista. II. A Capela Pazzi, em Floren a, um exemplo t pico da arquitetura g tica, cuja forma era envolvida por uma dimens o mais m tica do que racional. III. Na arquitetura renascentista, o edif cio ocupa o espa o baseando-se em rela es matem ticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto que se coloque. IV. A harmonia renascentista na arquitetura, representada pela complexidade e rebuscamento das formas, objetivava suscitar emo es que fortalecessem a religiosidade medieval. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 25- Dada a diversidade dos povos, a relativa escassez de fontes e a natureza das circunst ncias em que foram produzidas, seria temer rio afirmar que os registros que chegaram at n s d o-nos a perspectiva ind gena da conquista. Mas fornecem, na verdade, uma s rie de evoca es pungentes, filtradas pelas lentes da derrota, do impacto que provocou em certas regi es a s bita erup o de invasores estrangeiros, cuja apar ncia e comportamento estavam t o distantes da expectativa normal. (ELLIOTT, J. H. A conquista espanhola e a coloniza o da Am rica. In: BETHELL, L. (Org.) Hist ria da Am rica Latina. S o Paulo: USP, 1998. p. 160.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema , correto afirmar: a) Os marinheiros espanh is, logo que chegaram ao Novo Mundo , constitu ram fam lias com as ndias com o objetivo de introduzi-las, bem como a seus filhos, nas cortes europ ias. b) A viol ncia e a destrui o causadas pela conquista espanhola impediram a sobreviv ncia f sica dos nativos americanos, obstaculizando, tamb m, a manuten o de rela es coletivas de trabalho. c) A unidade tnica e pol tica dos pa ses americanos resultou do movimento ind gena de resist ncia domina o dos pa ses colonizadores. d) A perspectiva ind gena da conquista da Am rica pelos europeus um conjunto homog neo de registros, porque as a es dos colonizadores, guiadas pelo respeito diversidade, preservaram os escritos das popula es nativas. e) Um dos efeitos danosos da conquista da Am rica Latina diz respeito forma como o sistema colonial estruturou-se, com a introdu o do gado e do cultivo agr cola de produtos europeus, desorganizando as atividades e os modos de vida anteriores. 26- A an lise das economias americana e africana durante os s culos XVI, XVII e maior parte do XVIII s pode ser feita levando-se em considera o a exist ncia de um sistema maior, o comercial europeu. Esse sistema d sentido e completa um ciclo econ mico, mediante a realiza o de suas tr s etapas constitutivas a produ o, a distribui o e o consumo. (Adaptado de: REZENDE FILHO, Cyro Barros. Hist ria Econ mica Geral. S o Paulo: Contexto, 2001. p. 89.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expans o comercial europ ia, correto afirmar: a) b) c) d) e) As rela es econ micas desenvolvidas na Am rica e na frica devem ser compreendidas parte do sistema comercial europeu. A economia americana difere da africana, porque esta ltima, em fun o de seu processo produtivo ainda comunit rio, ficou exclu da de uma das tr s etapas constitutivas do sistema comercial europeu: a produ o. As etapas do ciclo econ mico de produ o, distribui o e consumo do sistema comercial europeu tiveram autonomia em rela o expans o comercial para a Am rica e a frica. Uma das pe as-chave da economia europ ia do per odo foi o chamado sistema colonial , que tinha entre seus eixos fundamentais a explora o de col nias por meio do estabelecimento de monop lios. A influ ncia do sistema comercial europeu nas economias americana e africana limitou-se ao per odo colonial em ambos os continentes. 27- Na ltima parte do s culo XVIII, as necessidades de coes o e efici ncia estatais, bem como o evidente sucesso internacional do poderio capitalista, levaram a maioria dos monarcas a tentar programas de moderniza o intelectual, administrativa, social e econ mica. (Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revolu es. S o Paulo: Paz e Terra, 1997. p. 39.) Assinale a alternativa que apresenta corretamente como ficou conhecida a moderniza o referida pelo autor. a) b) c) d) e) Anarquismo, porque os reis perderam a autoridade nos setores administrativo, social e econ mico. Socialismo ut pico, porque os reis desejavam transforma es imposs veis de serem realizadas. Despotismo esclarecido, visto que os monarcas se apropriaram de alguns preceitos iluministas. Socialismo crist o, pois os monarcas desejavam reformas administrativas e econ micas com base nos preceitos religiosos. Totalitarismo, uma vez que os reis almejavam o poder absoluto nas inst ncias intelectual, administrativa, social e econ mica. 10 28- Igualdade social, liberdade de pensamento, a o e soberania popular s o manifesta es do Iluminismo que basicamente se caracterizou como: a) Um movimento de retorno aos valores m sticos e transcendentes, anteriores ao Renascimento. b) Uma substitui o da religi o, da tradi o e da ordem absolutista, pelo pensamento racional em prol dos liberalismos pol tico e econ mico. c) Uma utopia social fundada na ideologia crist , base das correntes humanistas do Ocidente. d) Uma rea o contr ria sistematiza o do saber e soberania popular. e) Um movimento art stico com nfase na express o livre da vontade criadora dos artistas. b) c) d) e) 29- Revolu o sempre um tema fascinante. Comumente vem impregnado dos ideais de liberdade e igualdade que, atrav s dos tempos, acalentam gera es e permanecem presentes no ide rio das sociedades, tendo a possibilidade de se cristalizarem em algum momento da hist ria. No processo de constru o de uma revolu o sobressaem personagens que passam a povoar o imagin rio social e tendem a serem tomados como modelos, porquanto o seu agir parece converter a utopia em realidade. S o portadores do sonho: representam a universalidade daqueles ideais, tentando forj -los no cotidiano, nem sempre harmonioso, dos confrontos revolucion rios. (SAINT-JUST, Louis Antoine Leon. O Esp rito da Revolu o e da Constitui o na Fran a. S o Paulo: UNESP, 1989. p. 9.) Sobre a Revolu o Francesa de 1789, correto afirmar que defendia: a) A soberania da aristocracia da Fran a com base no sistema eleitoral censit rio. b) As institui es democr ticas para a renova o da monarquia. c) A es revolucion rias para a consecu o de um ide rio da nobreza. d) Os ideais anarquistas que, posteriormente, foram amplamente disseminados pelo mundo. e) Valores universais visando a construir uma sociedade mais justa e igualit ria. 30- Joseph Strayer defende que a forma o dos Estados Nacionais americanos teve como modelo o Estado Moderno Europeu. Para ele, existem premissas b sicas para o surgimento dos Estados Nacionais: o aparecimento de unidades pol ticas persistentes no tempo e geograficamente est veis, o desenvolvimento de institui es permanentes e impessoais e o consenso com rela o necessidade de uma autoridade suprema (Estado). (STRAYER Joseph R. As origens medievais do Estado Moderno. Lisboa: Gradina, 1969. p. 11-15.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A forma o dos Estados Nacionais nas col nias portuguesas e espanholas s o exemplos de modelos que romperam com a moderna concep o de Estado Europeu. A forma o dos Estados Nacionais nas Am ricas portuguesa e espanhola se deu por meio de movimentos contra o colonizador e acompanhou o processo de desenvolvimento do capitalismo nesses espa os. No s culo XVIII os espa os nacionais americanos j estavam definidos e delimitados, com governos pr prios e burguesias constitu das, facilitando a ruptura dos v nculos entre essas col nias e suas respectivas metr poles. Os Estados constitu dos nas Am ricas portuguesa e espanhola s o considerados amplamente democr ticos por terem como fundamento id ias liberais. Os movimentos sociais latino-americanos se colocaram frente das lutas pela independ ncia e pela forma o dos Estados Nacionais, apesar de negarem a necessidade de uma autoridade suprema de institui es permanentes e impessoais. 31- Os estrangeiros que chegavam ao Rio de Janeiro ou outras cidades costeiras ficavam espantados com os milhares de negros que viam carregando gua, mercadorias e produtos, transportando seus senhores e senhoras em liteiras ou redes pelas ruas da cidade, ou vendendo uma grande variedade de produtos. Os propriet rios de escravos exigiam seu trabalho, servi o e obedi ncia totalmente amparados por uma complexa estrutura legal, pelo costume oficializado e pela doutrina da Igreja cat lica . (CONRAD, Robert Edgar. Os Tumbeiros. S o Paulo: Brasiliense, 1985. p. 7- 8.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravid o no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. O fluxo crescente do tr fico de escravos da frica para o Brasil, at a primeira metade do s culo XIX, indica que a elite fundi ria se negava a optar pelo sistema de trabalho livre. II. As mortes freq entes de escravos, por fugas, doen as, maus-tratos, entre outros, reduziram a m o-de-obra dispon vel e inviabilizaram o lucro proveniente do tr fico. III. O discurso liberal de franceses e angloamericanos demonstrava forte oposi o id ia de posse de seres humanos por outros da mesma esp cie. IV. Os propriet rios de escravos brasileiros, durante a primeira metade do s culo XIX, concebiam a escravid o como um direito concedido pelo imperador e por Deus, defendendo-o como um privil gio natural. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IIII. II e IV. I, III e IV. II, III e IV. 11 32- Analise a imagem a seguir. Os versos transcritos foram cantados pelos aliancistas , nos primeiros anos da Era Vargas (1930-1945). Com base nos versos e nos conhecimentos sobre a Era Vargas, considere as afirmativas a seguir. I. Jo o Batista Debret. In: Retrato do Brasil, n. 22, 1984, p. 254. O pintor franc s Jo o Batista Debret, que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, registrou, como cronista e ilustrador, a vida do Rio de Janeiro colonial. Na imagem em destaque, que retrata o passeio de uma fam lia abastada, est o registrados alguns elementos da diferencia o social no pa s. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre escravismo no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. A freq ente integra o dos escravos negros s fam lias de brancos abastados garantiu, ap s a aboli o da escravid o, um melhor posicionamento dos libertos na economia urbana, como m o-de-obra qualificada. II. Ap s a Independ ncia, o escravismo continuou sendo a base do sistema produtivo, embora a estrutura o do Estado Nacional tenha fortalecido a burocracia estatal e a camada de profissionais liberais urbanos. III. Com a imin ncia do fim do escravismo, a implanta o de pequenas e m dias propriedades converteu-se na preocupa o fundamental tanto dos homens p blicos quanto dos fazendeiros. IV. A interdi o das terras somada inser o de um n mero crescente de imigrantes estrangeiros na economia brasileira foram fundamentais no processo de marginaliza o dos escravos libertos. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. II e IV. I, II e III. I, III, e IV. 33- Leia o poema a seguir. Governo mais avacalhado O Geg sempre sorrindo Por causa da nossa Alian a Acabar caindo, acabar caindo. O Geg t de cal as na m o Por causa da nossa revolu o O povo todo j est cansado De ser explorado Por este ladr o! O Geg entrou num botequim Bebeu cacha a e saiu assim... Levando um tamanho chute Foi tomar vermute Com amendoim. (VIANNA, Marly de Almeida Gomes. Revolucion rios de 35: sonho e realidade. S o Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 561.) Teve como um de seus aspectos marcantes a tend ncia democratiza o do Estado. II. A Alian a Nacional Libertadora (ANL) foi um movimento que congregou diversos atores sociais: partidos pol ticos, sindicatos, associa es e entidades diversas, sendo suas principais for as pol ticas os Tenentes e os comunistas. III. O suposto Plano Cohen, imputado aos comunistas pelos oficiais do ex rcito, auxiliou no recrudescimento da repress o anticomunista no pa s e foi uma das justificativas para a implanta o do Estado Novo. IV. Com a aquiesc ncia dos comunistas, o governo Vargas preparou os instrumentos de apoio ANL, primeira tentativa de organiza o da sociedade civil no Brasil, aprovando a Lei de Seguran a Nacional, visando ao combate dos crimes contra a ordem pol tica e social. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. III e IV. I, II e III. I, II e IV. 34- A guerra europ ia que se iniciou no 1 de setembro de 1939 foi a guerra de Hitler. Historiadores continuar o a discutir as for as sociais, econ micas e pol ticas que o levaram a assumir uma s rie de riscos calculados que culminaram em uma guerra em grande escala. (KITCHEN, Martin. Um mundo em chamas. Rio de janeiro: Zahar, 1993. p. 11.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Hitler, apesar do poder absoluto que detinha no Estado Maior Alem o, foi for ado a agir em um contexto s cioecon mico, no qual era dependente do apoio ativo de seus subordinados. II. Hitler se encontrava em pleno comando da pol tica externa alem , e suas a es levaram em conta as circunst ncias sociais hist ricas e culturais de sua poca. III. A guerra implementada por Hitler resultou de sua insanidade e de seus interesses pessoais, o que isenta, assim, a sociedade alem de qualquer responsabilidade sobre os resultados da empreitada. IV. As decis es de Hitler bem como a pol tica interna e externa por ele encetada foram respaldadas pelas elites diplom ticas e militares e pelas classes hegem nicas alem s. 12 Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 35- Em um de seus discursos, o presidente Juscelino Kubitschek afirmou: O puro, o nobre e inteligente nacionalismo n o se confunde com xenofobia. Da mesma maneira que a independ ncia pol tica de uma na o n o significa animosidade contra os estrangeiros, nem a recusa aos interc mbios econ micos ou rela es financeiras com os pa ses mais ricos ou mais favorecidos em valores econ micos. (In: CARDOSO, Miriam Limoeiro. Ideologia do Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 158.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o per odo JK, correto afirmar: a) O discurso nacionalista sob a tica desenvolvimentista de JK possu a conte do semelhante quele estabelecido na Era Vargas: ambos minimizaram a import ncia do capital externo. b) A ideologia do desenvolvimentismo no per odo JK assumiu a entrada de capitais estrangeiros no pa s como um recurso leg timo que expressava o verdadeiro patriotismo. c) O desenvolvimentismo do per odo JK objetivou a consolida o da voca o agr cola da economia brasileira, promovendo a Marcha para Oeste , pol tica que alavancou a agricultura de exporta o. d) Para a ind stria brasileira, que passava por uma fase de retra o, o desenvolvimentismo de JK foi pernicioso, pois propunha um nacionalismo xen fobo. e) O Plano de Metas , programa de governo do ent o candidato JK, colocado em pratica logo ap s sua elei o, visava primordialmente ao desenvolvimento da agricultura de exporta o, instituindo, para esse fim, o confisco cambial . 36- A penetra o intensa da televis o no Brasil est inscrita na paisagem urbana e rural, nas p ginas de revista, na profus o de aparelhos nos interiores das casas, nas mans es de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades grandes, nas casas modestas e nas pra as p blicas de cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se explicam pela presen a de diversos aparelhos por domic lio, cuidadosamente dispostos em v rios c modos das resid ncias, s vezes em meio a altares dom sticos. (HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televis o e as novelas no cotidiano. In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) Hist ria da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contempor nea. S o Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a rela o da televis o com a sociedade moderna, considere as afirmativas a seguir. I. A penetra o intensa da televis o no Brasil rompeu as fronteiras das diferen as sociais e gerou uma sociedade livre da exclus o social. II. O ato alienado de assistir televis o promove uma falsa id ia de inclus o social e de equidade entre as etnias. III. A difus o do sistema de TV por assinatura express o do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a informa es sobre outras culturas. IV. Nas sociedades capitalistas, a televis o incita ao consumismo devido a sua forma de atra o e seu poder de penetra o junto s diversas classes sociais. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 37- Analise a imagem a seguir. Chico Caruso. In: Retrato do Brasil, n. 12, p. 144, s.d. Com base na charge e nos conhecimentos sobre a Ditadura Militar no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. O regime instaurado em 1964 submeteu a pol tica cultural aos preceitos da doutrina de Seguran a Nacional contando, para isso, com a atua o da Escola Superior de Guerra. II. A partir das disposi es legais de 1967, a censura ficou circunscrita ao mbito municipal, da a ado o de m todos, diversificados em todo o pa s, que foram ratificados posteriormente pelo Ato Institucional n 5. III. A Censura Pr via no regime militar brasileiro estava focada na m sica e no teatro, produtos culturais mais consumidos no Brasil, da serem poupados a m dia impressa e os livros. IV. A partir de 1978, os protestos de amplos segmentos da sociedade sindicatos oper rios, professores, entre outros contra as a es da censura, resultaram em pol ticas de distens o e de abertura no governo Geisel, apesar de a legisla o pertinente permanecer quase intocada. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e III. I e IV. II e III. I, II e IV. II, III e IV. 13 38- O sentimento que experimento ao avistar de longe a favela da Rocinha esparramada no morro id ntico ao de ter visto pela primeira vez, na frica do Sul, o bantust o de Soweto, o gueto formado a pulso pelo regime racista do apartheid a partir dos anos de 1950. L est a sudoeste de Joanesburgo, o aglomerado de barracos tamb m de madeira, zinco e papel o, l est o gigantesco Soweto, o maior n cleo urbano da frica do Sul, t o s lido quanto a Rocinha parece definitiva. No Rio de Janeiro, meu medo n o da viol ncia nem do crime : medo da estratifica o social e da pobreza irredut vel. (FELINTO, Marilene. Movimento Viva Rio ou a calamidade p blica no Rio de Janeiro. In: Caros Amigos, ano VIII, n. 7, p. 6, abr. 2005.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A exclus o na cidade do Rio de Janeiro difere daquela que ocorre no sistema do apartheid da frica do Sul, pois, nessa cidade brasileira, seu fundamento est circunscrito quest o racial. b) Soweto e Rocinha constituem-se em exemplos de bairros de maioria negra, cujos altos ndices de pobreza foram equacionados pela forte atua o de pol ticas p blicas. c) A autora adverte sobre a exist ncia de situa es sociais similares entre o Brasil e a frica do Sul, apesar de a Legisla o brasileira ser politicamente oposta sul-africana no que se refere aos dispositivos legais relativos discrimina o. d) A frica do Sul e o Brasil foram os ltimos pa ses a extinguir a escravid o, processo resultante de pol ticas p blicas internacionais que elevou a situa o econ mica da popula o negra. e) A autora defende a necessidade de elimina o do regime de apartheid brasileiro como solu o para os problemas de exclus o social no pa s. 39- Analise a imagem a seguir. b) c) d) e) 40- Sobre a cera dos corpos femininos, o s culo XXI vai imprimindo suas primeiras marcas. Produto social, produto cultural e hist rico, nossa sociedade os fragmentou e recomp s, regulando seus usos, normas e fun es. Nos ltimos anos, a mulher brasileira viveu diversas transforma es f sicas. Viu ser introduzida a higiene corporal que, alimentada pela revolu o microbiol gica, transformou-se numa radicaliza o compulsiva e ansiosa. [...]. O corpo feminino passou tamb m por uma revolu o silenciosa nas ltimas tr s d cadas. A p lula anticoncepcional permitiu-lhe fazer do sexo n o mais uma quest o moral, mas de bem-estar e prazer. A mulher tornou-se, assim, mais exigente em rela o ao seu parceiro, vivendo uma sexualidade mais ativa e prolongada. Entre ambos, surgiram normas e pr ticas mais igualit rias. A corrente da igualdade n o varreu, contudo, a dissimetria profunda entre homens e mulheres na atividade sexual. Quando da realiza o do ato f sico, desejo e excita o f sica continuam percebidos como dom nio e espa o de responsabilidade masculina. (DEL PRIORE, Mary. Corpo a Corpo com a mulher. S o Paulo: SENAC, 2000. p. 9 -11.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o corpo feminino e as rela es entre g neros, correto afirmar: a) b) c) Dispon vel em: <http//www.tc.umn.edul/~kama0044/my20photo album.html>. Acesso em: 10 out. 2005. Com base na charge e nos conhecimentos sobre o processo de globaliza o, correto afirmar: a) A heterogeneidade cultural foi fator determinante no processo de amplia o da desigualdade social planet ria, visto que alimenta pr ticas repulsivas incorpora o dos benef cios da globaliza o. A globaliza o resultou no aumento do n mero de empregos, na amplia o do mercado formal de trabalho, na melhoria dos contratos de trabalho e na amplia o das conquistas sindicais. A charge demonstra que, com os processos de globaliza o, os exclu dos no planeta foram brindados com um irrevers vel processo de incorpora o ao mercado consumidor. Com o processo de globaliza o, apesar da abertura de novos mercados, uma parcela significativa da popula o mundial encontra-se margem do consumo de produtos b sicos. A charge retrata a pr tica conhecida do dumping (rebaixamento) comercial, estrat gia inerente globaliza o econ mica que equalizou o acesso s mercadorias no planeta. d) e) A sexualidade ativa e prolongada vivenciada pelas mulheres brasileiras est isenta de discrimina es e de preconceitos por parte da sociedade. No s culo XXI, o discurso sobre o corpo feminino distanciou-se de suas transforma es f sicas que foram fomentadas pela revolu o microbiol gica. No que se refere atividade sexual entre os g neros, as pr ticas tornaram-se igualit rias, rompendo com as dissimetrias entre homens e mulheres. Com o uso dos contraceptivos, a gravidez passou a ser uma quest o de op o, possibilitando mulher experienciar a sexualidade como fonte de bem-estar e prazer. A revolu o silenciosa do corpo feminino decorrente do uso dos contraceptivos levou a mulher a conceber o sexo a partir de uma perspectiva moralista. 14 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA VESTIBULAR UEL 2006 Gabarito das Quest es Objetivas da Prova do dia 19/12/2005 ARTES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A D C C B A A E E B D E C D E B D C C B HIST RIA 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 A D E A E D C B E B D C B D B E B C D D

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE DIA - 19/12/2005
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