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UEL Vestibular de 2008 - PROVAS DA 2º FASE : Matemática e Sociologia

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FORMUL RIO DE MATEM TICA An lise Combinat ria Pn = n! = 1.2 n An,r = n! (n r)! Cn,r = n! (n r)!r! Probabilidade P (A) = n mero de resultados favor veis a A n mero de resultados poss veis P (A/B ) = P (A B ) P (B ) P (A B ) = P (A)+ P (B ) P (A B ) Progress es aritm ticas an = a1 + (n 1)r Sn = (a1 + an )n 2 Progress es geom tricas an = a1 q (n 1) Sn = a1 (q n 1) , q=1 q 1 S= a1 , 0 < |q | < 1 1 q Logar tmo na base b logb (x y ) = logb (x) + logb (y ) logb x y logb (xa ) = a logb (x) = logb (x) logb (y ) Rela es trigonom tricas 1 + cotan2 ( ) = cosec2 ( ) 1 + tan2 ( ) = sec2 ( ) sen2 ( ) + cos2 ( ) = 1 ngulo sen( ) cos 30o 1 2 3 2 45o 2 2 2 2 60o 3 2 1 2 Equa o da circunfer ncia rea do c culo Volume do cilindro (x x0 )2 + (y y0 )2 = r2 A = r2 V = Ab h Volume do prisma Volume da esfera V = Ab h V= Equa o da el pse (y y0 )2 (x x0 )2 + =1 2 a b2 43 r 3 rea do tri ngulo por tr s pontos a1 1 det a2 A= 2 a3 b1 b2 b3 1 1 1 O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 h do dia 10/12/2007. MATEM TICA 1) Seja a fun o f de nida por: f (x) = x x2 4 + 1 9 x2 O dom nio da fun o f : a) {x R : 3 < x < 2} {x R : 2 < x < 3} b) {x R : x > 2} c) {x R : x < 3} d) {x R : 3 < x < 2} {x R : 2 < x < 3} e) {x R : x < 3} {x R : x > 2} 2) Considere os pontos distintos A, B , C e D do plano cartesiano. Sabendo que A = (2, 3), B = (5, 7) e os pontos C e D pertencem ao eixo y de modo que as reas dos tri ngulos ABC e ABD sejam iguais a 47 2 u2 , onde u a unidade de medida usada no sistema. A dist ncia d entre os pontos C e D : 2 u. 3 d = 30 u. 94 u. d= 3 d = 10 u. 47 d= u. 5 a) d = b) c) d) e) 3) S o lan ados dois dados, duas vezes: na primeira vez as faces superiores marcam 5 e 5 e na segunda marcam 2 e 5. Para registro dessas informa es considera-se a ordem n o decrescente, isto , para o primeiro lan amento feito o registro 5;5 e para o segundo 2;5. Assim sendo: I. S o poss veis vinte e um registros distintos. II. Em tr s registros a soma das faces dos dados onze . III. Supondo que o resultado do lan amento de um dos dados seja o n mero tr s, existem seis registros com esse resultado. IV. O n mero de registros que cont m o n mero dois maior que o n mero de registros que cont m o n mero seis. Assinale a aternativa que cont m todas as a rmativas corretas a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 4) Um instituto de pesquisas entrevistou 1.000 indiv duos, perguntando sobre sua rejei o aos partidos A e B . Veri cou-se que 600 pessoas rejeitavam o partido A; que 500 pessoas rejeitavam o partido B e que 200 pessoas n o tem rejei o alguma. O n mero de indiv duos que rejeitam os dois partidos : a) 120 pessoas. b) 200 pessoas. c) 250 pessoas. d) 300 pessoas. e) 800 pessoas. 3 5) No quadrado abaixo a soma dos elementos de qualquer linha, coluna ou diagonal sempre constante e igual a k. Um quadrado desse tipo chamado de QUADRADO M GICO. m n t u 14 27 26 v 13 Nessas condi es a soma m + n + t + u + v : a) 42 b) 43 c) 44 d) 45 e) 46 6) comum representar um conjunto pelos pontos interiores a uma linha fechada e n o entrela ada. Esta repre/ senta o chamada de diagrama de Venn. Considere quatro conjuntos n o vazios A, B, C e D . Se A C , C A, B (A C ) e D (A C ) ent o o diagrama de Venn que representa tal situa o : / a) b) c) d) 7) A identidade 1 x(x2 1) e) = A x + B x 1 + C x+1 v lida para todo x real exceto para x = 0, x = 1 e x = 1. Nessas condi es, os valores de A, B e C , nessa ordem s o: 1 1 , 2 2 0, 0 , 1 1 1 1, , 2 2 1 1 1, , 2 2 1 1 0, , 2 2 a) 1, b) c) d) e) 4 8) O n mero complexo z que veri ca a equa o iz 2 + (1 + i) = 0 : z a) z = 1 + i 1 i 3 1 i c) z = 3 i d) z = 1 + 3 e) z = 1 i b) z = 9) Considere a fun o real de nida por f (x) = ax2 + bx + c, cujo gr co o seguinte: Com base na situa o exposta e nos conhecimentos sobre o tema, considere as seguintes a rmativas: I. = b2 4ac > 0 II. a(b + c) > 0 III. f b + 2 a 2a IV. a > 0 =f b 2a 2a Assinale a alternativa que cont m todas as a rma es corretas. a) I e III. b) III e IV. c) I, II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 10) Para medir a altura de um edif cio, um engenheiro utilizou o seguinte procedimento: mediu a sombra do pr dio obtendo 10,0 metros. Em seguida, mediu sua pr pria sombra que resultou em 0,5 metros. Sabendo que sua altura de 1,8 metros, ele p de calcular a altura do pr dio, obtendo: a) 4,5 metros. b) 10,0 metros. c) 18,0 metros. d) 36,0 metros. e) 45,0 metros. 5 11) Seja a equa o exponencial: 9x+3 = 1 27 x Assinale a alternativa que cont m a solu o da equa o exponencial dada. a) x = 6 b) x = 6 5 5 6 5 d) x = 2 e) x = 6 c) x = 12) Um arquiteto fez um projeto para construir colunas de concreto que v o sustentar um viaduto. C lculos mostram que 10 colunas com a forma de um prisma triangular regular de aresta de 1 metro por 10 metros de altura s o su cientes para sustentar o viaduto. Se 1 metro c bico de concreto custa R$ 200,00, qual ser o custo total das colunas? a) R$ 1.000,00 b) Aproximadamente R$ 4.320, 00 c) R$ 5.000, 00 d) Aproximadamente R$ 8.650, 00 e) Aproximadamente R$ 17.300, 00 13) Considere a express o: 1 W= 4 (0, 2) 2 5 ( 1) 3 1 5 10 ( 2)2 + 1 1 O valor de W : a) W = 6 i b) W = 6 c) W = 6 + i d) W = 1 2 e) W = 3 14) Considere a fun o polinomial f (x) = x3 + 2x + 3. Se h um n mero real, assinale a alternativa que expressa corretamente o valor da fun o g de nida por: g (h) = f (3 + h) f (3) h a) g (h) = 29 + 9h + h2 b) g (h) = 2 + h2 18 h 2 d) g (h) = h + 2h 18 c) g (h) = h2 + 2 e) g (h) = h3 + 2h + 3 6 15) Considere o intervalo fechado [0, 1]. Retire dele, numa primeira etapa, o ter o m dio aberto ent o 0, 1 3 2 3 12 , , sobrando 33 ,1 Numa segunda etapa retire o ter o m dio aberto de cada um dos intervalos restantes, sobrando 0, 1 9 21 27 8 , , ,1 93 39 9 A soma dos comprimentos dos intervalos que sobram inferior a 1 1000 a partir da: Dados: log(2) 0, 30 e log(3) 0, 48. = = a) 10a etapa. b) 16a etapa. c) 17a etapa. d) 20a etapa. e) 22a etapa. 16) Seja g (x) = f (x + 1). Um esbo o do gr co da fun o f est ilustrado a seguir. Considere as seguintes a rmativas: I. A fun o g se anula em x = 4, x = 2 e x = 0 II. Se 4 x 0 ent o g (x) 0 III. Se 3 x 2 ent o f (x) g (x) 0 IV. Existe x (0, 1) tal que g (f (x)) < 0 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 7 17) Se cos(2x) = a) b) c) d) e) 1 2 , ent o o valor de tan2 (x) + sec2 (x) : 1 3 2 3 1 4 3 5 3 18) Seja A uma matriz quadrada 2 2 de n meros reais dada por: 12 34 A= O polin mio caracter stico de A de nido por c(t) = det(A t.I ), onde I a matriz identidade 2 2. Nessas condi es, o polin mio caracter stico da matriz A : a) t2 4 b) 2t 1 c) t2 + t + 1 d) t3 + 2t2 + 3t + 4 e) t2 5t 2 19) Considere a equa o 1 1 1 1 log2 (x) + log2 (x 3 ) + log2 (x 9 ) + log2 (x 27 ) + log2 (x 81 ) = 363 81 A solu o dessa equa o : a) 8 b) 16 c) 81 d) 72 e) 236 20) De um total de 500 estudantes da rea de exatas, 200 estudam C lculo Diferencial e 180 estudam lgebra Linear. Esses dados incluem 130 estudantes que estudam ambas as disciplinas. Qual a probabilidade de que um estudante escolhido aleatoriamente esteja estudando C lculo Diferencial ou lgebra Linear? a) 0,26 b) 0,50 c) 0,62 d) 0,76 e) 0,80 8 SOCIOLOGIA 21) Leia os depoimentos a seguir: Sou um ser livre, penso apenas com minhas id ias, da minha cabe a, fa o s o que desejo, sou nico, independente, aut nomo. N o sigo o que me obrigam e pronto! Acredito que com a for a dos meus pensamentos poderei realizar todos os meus sonhos, e o meu esfor o ajuda a sociedade a progredir. (Jovem estudante e trabalhadora em uma loja de shopping ). Sou um ser social, o que penso veio da minha fam lia, dos meus amigos e parentes, gostaria de fazer o que desejo, mas dif cil! s vezes fa o o que quero, mas na maioria das vezes sigo meu grupo, meus amigos, minha religi o, minha fam lia, a escola, sei l ... Sinto que dependo disso tudo e gostaria muito de ser livre, mas n o sou! (Jovem estudante em uma escola p blica que trabalha em empregos tempor rios). Sinto que s vezes consigo fazer as coisas que desejo, como ir a raves, mesmo que minha m e n o permita ou concorde. Em outros momentos fa o o que me mandam e acho que deve ser assim mesmo. legal a gente viver segundo as regras e ao mesmo tempo poder mud -las. Nas raves existem regras, muita gente n o percebe, mas h toda uma estrutura, seguran as, taxas, etc. Ent o, sinto que sou livre, posso escolher coisas, mas com alguns limites. (Jovem estudante e Of ce boy). Assinale a alternativa que expressa, respectivamente, as explica es sociol gicas sobre a rela o entre indiv duo e sociedade presentes nas falas. a) Solidariedade mec nica, fundada no funcionalismo de E. Durkheim; individualismo metodol gico, fundado na teoria pol tica liberal; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. b) Teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria organicista de Spencer. c) Individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; funcionalismo, fundado no conceito de consci ncia coletiva de E. Durkheim; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber. d) Sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; funcionalismo, fundado no conceito dos tr s estados de Augusto Comte. e) Corporativismo positivista, fundado em Augusto Comte; individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. 22) De acordo com Florestan Fernandes: A concep o fundamental de ci ncia, de Emile Durkheim (1858-1917), realista, no sentido de defender o princ pio segundo o qual nenhuma ci ncia poss vel sem de ni o de um objeto pr prio e independente. (FERNANDES, F. Fundamentos emp ricos da explica o sociol gica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73). Assinale a alternativa que descreve o objeto pr prio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917). a) O con ito de classe, base da divis o social e transforma o do modo de produ o. b) O fato social, exterior e coercitivo em rela o vontade dos indiv duos. c) A a o social que de ne as inter-rela es compartilhadas de sentido entre os indiv duos. d) A sociedade, produto da vontade e da a o de indiv duos que agem independentes uns dos outros. e) A cultura, resultado das rela es de produ o e da divis o social do trabalho. 23) De acordo com Max Weber, a Sociologia signi ca: uma ci ncia que pretende compreender interpretativamente a a o social e assim explic -la casualmente em seu curso e em seus efeitos. Por a o social entende-se as a es que: quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso. (WEBER, M. Economia e sociedade. traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Bras lia: Editora UnB, 2000. p. 3) 9 Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. Mesmo entre gente humilde, por m, funcionava o sistema de obriga es rec procas. O nonagent rio Nh Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatu , lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre at arranjar a vida . Hoje, diz Nh Roque, a gente paga o batismo e, quando o a lhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a ben o). (CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. S o Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.) II. O sertanejo , antes de tudo, um forte. N o tem o raquitismo exaustivo dos mesti os neurast nicos do litoral. A sua apar ncia, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contr rio. Falta-lhe a pl stica impec vel, o desempeno, a estrutura corret ssima das organiza es atl ticas. (CUNHA, E. Os Sert es. S o Paulo : C rculo do Livro, 1989. p. 95.) III. N o h assim por que considerar que as formas anacr nicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas rela es de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a rela es semifeudais que implicariam uma situa o de latif ndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restri es da servid o da gleba . Isso tudo n o tem sentido na estrutura social brasileira. (PRADO Jr., C. A Revolu o Brasileira. S o Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.) IV. O coronel, antes de ser um l der pol tico, um l der econ mico, n o necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O v nculo n o obedece a linhas t o simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem p blica [...] Ocorre que o coronel n o manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto n o escrito. (FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.) Correspondem ao conceito de a o social citado anteriormente somente as a rmativas a) I e IV. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 24) Segundo Braverman: O mais antigo princ pio inovador do modo capitalista de produ o foi a divis o manufatureira do trabalho [...] A divis o do trabalho na ind stria capitalista n o de modo algum id ntica ao fen meno da distribui o de tarefas, of cios ou especialidades da produ o [...]. (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradu o Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.) O que difere a divis o do trabalho na ind stria capitalista das formas de distribui o anteriores do trabalho? a) A forma o de associa es de of cio que criaram o trabalho assalariado e a padroniza o de processos industriais. b) A realiza o de atividades produtivas sob a forma de unidades de fam lias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independ ncia individual de cada trabalhador. c) O exerc cio de atividades produtivas por meio da divis o do trabalho por idade e g nero, o que leva exclus o das mulheres do mercado de trabalho. d) O controle do ritmo e da distribui o da produ o pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade. e) A subdivis o do trabalho de cada especialidade produtiva em opera es limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e aliena o do trabalhador. 25) Leia o texto a seguir: [...] Em toda parte renasce e se revigora o mau-olhado, a pol tica do julgamento adverso primeira vista, por meio da qual os pa ses ricos se defendem contra aqueles que procedem de pa ses que entraram no ndex pol tico da sele o natural: virtude humana o dinheiro, uma virtude detergente que branqueia quem vem do mundo subdesenvolvido. Na verdade, o migrante entra no pa s de destino pela porta de sa da, modo de permitir-lhe permanecer como se estivesse todo o tempo da perman ncia a caminho da sa da, algo 10 que concretamente ocorre com os muitos que na Alemanha ou nos Estados Unidos aguardam na pris o a deporta o. [...] Estamos em face de uma multiplica o de recursos ideol gicos para barrar a entrada de migrantes nos pa ses de destino. At 11 de setembro [de 2001] funcionava o estere tipo de tra cante (uma cara de ndio latino-americano era perfeita para barrar passageiros no desembarque) e o estere tipo de desempregado (a condi o de jovem tem sido perfeita para discriminar) ou o estere tipo de prostituta (jovem e mulher vinda do Terceiro Mundo), e terrorista (cara de rabe ou barbudo ou mesmo bigode moda do Oriente-m dio). Agora, estamos vivendo o momento mais interessante de reelabora o dos estere tipos, com o predom nio do temor ao terrorista sobre os estere tipos usados at aqui. Registros e den ncias dos ltimos meses indicam que o novo estere tipo abrange tamb m pessoas com apar ncia de ricas [...]. [...] De fato, os aeroportos internacionais dos pa ses ricos tornaram-se o teatro do medo e da intimida o. [...] O crit rio da discrimina o visual do migrante nem mesmo pode detectar sua principal motiva o para migrar que hoje o trabalho. [...] Os agentes do mau olhado portu rio e aeroportu rio n o podem ver esse conte do substancialmente espec co da migra o por um motivo simples: os migrantes s o pessoas que em boa parte j foram socializadas no mesmo registro sociol gico daqueles que devem e esperam barr -los. S o express es da sociedade moderna que se difundem atrav s da globaliza o. As medidas de seguran a nacional voltadas para a interdi o do acesso de migrantes aos pa ses ricos s o o corol rio da globaliza o em seus efeitos n o s econ micos, mas tamb m culturais e sociais. (MARTINS, J. de S. Seguran a nacional e inseguran a trabalhista: os migrantes na encruzilhada. In: Caderno de Direito - FESO, Teres polis, ano V, n. 7, 2 semestre 2004, p. 113-127.) De acordo com o texto, correto a rmar que depois do 11 de setembro de 2001 a) a globaliza o continuou ampliando as fronteiras entre os povos ricos e pobres, diversi cando os processos de migra es. b) os processos de migra es puderam ser harmonizados em fun o da desburocratiza o nos aeroportos dos pa ses ricos. c) os mecanismos de seguran a, nas fronteiras dos pa ses ricos, foram amenizados como t tica para detectar os terroristas e impedir suas a es. d) a entrada de pessoas ricas nos pa ses ricos, oriundas dos pa ses pobres, tem sido facilitada como estrat gia de atra o de divisas de capital. e) os estere tipos e as formas de discrimina o foram ampliados no processo de migra o de pessoas dos pa ses pobres para os pa ses ricos. 26) Sobre a explora o do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), correto a rmar: a) A lei da hora-extra explica como os propriet rios dos meios de produ o se apropriam das horas n o pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produ o das mercadorias. b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas ap s o hor rio contratado, que n o s o pagas ao trabalhador pelos propriet rios dos meios de produ o. c) A lei da mais-valia explica como o propriet rio dos meios de produ o extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas trabalhadas. d) A lei da mais valia a garantia de que o trabalhador receber o valor real do que produziu durante a jornada de trabalho. e) As horas extras trabalhadas ap s o expediente constituem-se na ess ncia do processo de produ o de excedentes e da apropria o das mercadorias pelo propriet rio dos meios de produ o. 27) Leia o texto a seguir: Unamo-nos para defender os fracos da opress o, conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence, instituamos regulamentos de justi a e de paz, aos quais todos sejam obrigados a conformar-se, que n o abram exce o para ningu m e que, submetendo igualmente a deveres m tuos o poderoso e o fraco, reparem de certo modo os caprichos da fortuna. (ROUSSEAU, J-J. Discours sur l origine de l inegalit . apud NASCIMENTO, M. M. Rousseau: da servid o liberdade. In WEFORT, F. (Org). Os cl ssicos da pol tica, v. 1. S o Paulo: tica, 1989. p. 195.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que reproduz a rela o que Rousseau estabelece entre as id ias de Contrato Social e Desigualdade. a) O Contrato Social, uma imposi o do soberano sobre seus s ditos, elimina a liberdade natural e faz aumentar a fortuna dos fortes e opress o sobre os fracos. 11 b) O Contrato Social, obriga es impostas pelos fortes para serem cumpridas pelos mais fracos, amplia a desigualdade e a disc rdia social. c) O Contrato Social, regulamento aplicado a todos, divide igualmente a riqueza e as posses dos fortes entre os mais fracos para poder promover a igualdade social. d) O Contrato Social, um pacto leg timo, permite aos homens, em troca de sua liberdade natural, a vida em conc rdia, ao estabelecer obriga es comuns a todos e equiparar as diferen as que a sorte fez favorecer a uns e n o a outros. e) O Contrato social, um pacto de defesa dos mais fracos, elimina a desigualdade, ao submeter os ricos ao poder dos fracos e assim permite que as posses sejam igualmente distribu das. 28) Max Weber, soci logo alem o, conceituou tr s tipos ideais de domina o: domina o legal, domina o tradicional e domina o carism tica. S o tipos ideais porque s o constru es conceituais que o investigador utiliza para fazer aproxima es entre a teoria e o mundo emp rico. Leia a seguir o trecho da Carta Testamento de Get lio Vargas: Sigo o destino que imposto. Depois de dec nios de dom nio e espolia o dos grupos econ micos e nanceiros internacionais, z-me chefe de uma revolu o e venci. Iniciei o trabalho de liberta o e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra os do povo. (VARGAS, G. Carta Testamento. Disponivel em: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbd/verbetes_htm/5458_53.asp. Acesso em: 17 nov. 2007.) Com base nos conhecimentos sobre os tipos ideais de domina o e levando em considera o o texto citado e as caracter sticas hist ricas e pol ticas do per odo, assinale a nica alternativa que apresenta a con gura o correta do tipo de domina o exercida por Get lio Vargas. a) Domina o carism tica e tradicional. b) Domina o tradicional que se op e domina o carism tica. c) Domina o tradicional e legal. d) Domina o legal e carism tica. e) Domina o legal que refor a a domina o tradicional. 29) Leia o texto a seguir: As sociedades primitivas s o sociedades sem Estado: esse julgamento, de fato, em si mesmo correto, na verdade dissimula uma opini o, um ju zo de valor, que prejudica imediatamente a possibilidade de constituir uma Antropologia pol tica como ci ncia rigorosa. O que de fato se enuncia que as sociedades primitivas est o privadas de alguma coisa o Estado que lhes , tal como a qualquer outra sociedade a nossa, por exemplo necess ria. Essas sociedades s o portanto, incompletas. N o s o exatamente verdadeiras sociedades n o s o policiadas , e subsistem na experi ncia talvez dolorosa de uma falta falta do Estado que nelas tentariam, sempre em v o, suprir.[...]. J se percebeu que, quase sempre, as sociedades arcaicas s o determinadas de maneira negativa, sob o crit rio da falta: sociedades sem Estado, sociedades sem escrita, sociedades sem hist ria. (Mas, por outro lado, deve ser levado em considera o que nestas sociedades) a rela o do poder com a troca, por ser negativa, n o deixa de mostrar-nos que ao n vel mais profundo da estrutura social, lugar da constitui o inconsciente das suas dimens es, de onde adv m e onde se encerra a problem tica desse poder. Em outros termos, a pr pria cultura, como diferen a maior da natureza, que se investe totalmente na recusa desse poder.[...]. Elas pressentiram muito cedo que a transcend ncia do poder encerra para o grupo um risco mortal, que o princ pio de uma autoridade exterior e criadora de sua pr pria legalidade uma contesta o da pr pria cultura [...]; descobrindo o grande parentesco do poder e da natureza, como dupla limita o do universo da cultura, as sociedades ind genas souberam inventar um meio de neutralizar a viol ncia da autoridade pol tica. (CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978, p. 133, 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. A exist ncia de sociedades sem Estado, se deve ao fato de que nestas sociedades h uma identi ca o, ainda que inconsciente, entre a concentra o de poder e a nega o da cultura. II. Nas sociedades sem Estado, a recusa centraliza o do poder se deve exist ncia de mitos espec cos que identi cam a autoridade pol tica a seres demi rgicos. III. Existe uma tend ncia segundo a qual as sociedades denominadas como primitivas s o consideradas negativamente, atrav s de uma tica que se pauta na aus ncia de determinadas caracter sticas presentes nas sociedades ocidentais, e que n o leva em considera o suas peculiaridades culturais. 12 IV. As sociedades primitivas n o possuem Estado em decorr ncia do seu atraso quanto ao desenvolvimento das institui es pol ticas, s formas de parentesco e s racionalidades comunicativas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 30) Leia o texto a seguir: Os partidos socialistas, com o apoio das classes trabalhadoras em expans o de seus pa ses, e inspirados pela cren a na inevitabilidade hist rica de sua vit ria, representavam essa alternativa na maioria dos Estados da Europa. Aparentemente, s era preciso um sinal para os povos se levantarem, substitu rem o capitalismo pelo socialismo, e com isso transformarem os sofrimentos sem sentido da guerra mundial em alguma coisa mais positiva: as sangrentas dores e convuls es do parto de um novo mundo. A Revolu o Russa, ou mais precisamente, a Revolu o Bolchevique de outubro de 1917, pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se portanto t o fundamental para hist ria [do s culo XX] quanto a Revolu o Francesa de 1789 para o s culo XIX. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve s culo XX, 1914-1991. S o Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a Revolu o Russa de 1917 fundamental para a hist ria do s culo XX porque a) alterou radicalmente a organiza o da sociedade, da economia e do Estado, atrav s da mobiliza o de milhares de pessoas, camponeses e oper rios, que ocuparam o governo e iniciaram novas experi ncias de organiza o e participa o pol tica, tornando-se refer ncia para outros pa ses que realizaram suas revolu es. b) produziu uma invers o no sentido das mudan as sociais, imprimindo um ritmo mais lento ao processo de organiza o dos oper rios, camponeses e oprimidos, que ocuparam os espa os culturais, regionais e civis, tornando-se modelo para as contra-revolu es pac cas e comunistas. c) mudou a mentalidade do operariado, que passou a lutar mais pelas mudan as de direitos individuais e menos pelos direitos universais e corporativos, levando os movimentos radicais a disputarem os cargos dos governos em uma clara concord ncia com o jogo democr tico burgu s . d) ajudou a criar estruturas de personalidades tolerantes com o curso do capitalismo que levaria todos igualdade social na propor o em que as agita es comunistas in uenciassem os oper rios e camponeses. e) proporcionou a cren a no direito positivo, na propriedade privada e nos processos de convuls o social do mercado estrati cado que, semelhan a da Revolu o Francesa, estimularia a mobilidade e ascens o social das burguesias pactuadas com os oper rios e camponeses. 31) As rela es amorosas, ap s os anos de 1960/1980, tenderam a facilitar os contatos feitos e desfeitos imediatamente, gerando uma gama de possibilidades de parceiros e experimentos de prazer. Essa forma de contato amoroso tem sido denominada pelos jovens como car . Assim, em uma festa pode-se car com v rios parceiros ou durante um tempo ir cando em diferentes situa es, sem que isso se con gure em compromisso, namoro ou outra modalidade institucional de rela o. Os processos sociais que provocaram as mudan as nas rela es amorosas, bem como suas conseq ncias para o indiv duo e para a sociedade, t m sido problematizados por v rios cientistas sociais. Assinale a alternativa em que o texto explica os sentidos das rela es amorosas descritas acima. a) Hoje as artes de express o n o s o as nicas que se prop em s mulheres; muitas delas tentam atividades criadoras. A situa o da mulher predisp e-na a procurar uma salva o na literatura e na arte. Vivendo margem do mundo masculino, n o o apreende em sua gura universal e sim atrav s de uma vis o singular; ele para ela, n o um conjunto de utens lios e conceitos e sim uma fonte de sensa es e emo es; ela interessa-se pelas qualidades das coisas no que t m de gratuito e secreto [...] . (BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. S o Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.) 13 b) Hoje, no entanto, existe uma renova o, o que signi ca dizer que os cientistas, quando chegam atrav s do seu conhecimento a esses problemas fundamentais, tentam por si pr prios compreend -los e fazem um apelo sua pr pria re ex o. Nos pr ximos anos, por exemplo, ap s as experi ncias do Aspecto, a discuss o sobre o espa o e sobre o tempo problemas los cos vai ser retomada . (MORIN, E. A intelig ncia da complexidade. 2. ed. S o Paulo: Peir polis, 2000. p. 37.) c) Nova era demogr ca de decl nio populacional n o catastr co pode estar alvorecendo. Fome, epidemias, enchentes, vulc es e guerras cobraram seu pre o no passado, mas que grandes popula es n o se reproduzam por escolha individual uma mudan a hist rica not vel. Na Europa Ocidental, esse padr o est se estabelecendo em tempos de paz, sob condi es de grande prosperidade, embora, sejam ainda vis veis oscila es conjunturais, signi cativas na depress o escandinava do in cio dos anos de 1990. (THERBORN, G. Sexo e poder. S o Paulo: Contexto, 2006. p. 446). d) assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto para o uso imediato, o prazer passageiro, a satisfa o instant nea, resultados que n o exijam esfor os prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolu o do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a experi ncia amorosa semelhan a de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas caracter sticas e prometem desejo sem ansiedade, esfor o sem suor e resultados sem esfor o. (BAUMAN, Z. Amor l quido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22). e) Viver na grande metr pole signi ca enfrentar a viol ncia que ela produz, expande e exalta, no mesmo pacote em que gera e acalenta as cria es mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido, talvez a primeira viol ncia de que somos v tima, j no in cio do dia, o jornalismo, sempre muito sequioso de retratar e reportar, nos m nimos detalhes, o que de mais contundente e chocante a humanidade produziu no dia anterior [...] . (NAFFAH NETO, A. Viol ncia e ressentimento. In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. S o Paulo: Hucitec, 1997. p. 99.) 32) Leia o texto a seguir: Uma not vel virada na hist ria do casamento teve in cio na d cada nal do s culo XX, com a institucionaliza o o cial do casamento homossexual, ou parceria . [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma leg tima de sexualidade foi parte da revolu o sexual do ocidente. Ela est agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associa o Psiqui trica Americana. Em 1975, a Comiss o de Servi os Civis dos EUA retirou sua interdi o contrata o de homossexuais. Logo, a discrimina o dos homossexuais que passou a ser considerada um delito. A igualdade em rela o orienta o sexual esteve nas normas para a nomea o de prefeitos na Holanda na d cada de 1980, por exemplo. Grande avan o internacional foi sua inclus o na Constitui o Sul-Africana p s-apatheid [em 1996]. [...] Entretanto, o que interessante nesse nosso contexto particular s o as reivindica es de gays e l sbicas pelo direito ao casamento e a aceita o parcial de sua exig ncias. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandin via como tantas outras coisas da moderna mudan a da fam lia. Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabita o dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legisla o nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros pa ses escandinavos. Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas est em efeito desde 1998, na Fran a desde 1999, abrangendo tamb m rela es pessoais solid rias que n o apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, ent o na oposi o, foi apresentado antes das elei es de 2002, mas n o foi ainda votado. O casamento n o est desaparecendo. Est mudando. (THERBORN, G. Sexo e poder: a fam lia no mundo, 1900-2000. S o Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.) Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos a) cl ssicos movimentos oper rios organizados em v rios pa ses desde o s culo XIX, voltados para os problemas de classes sociais, direitos trabalhistas, participa o pol tica e sindical, fortemente impulsionados pelos l deres sindicais. b) tradicionais movimentos religiosos da Am rica Latina e outros pa ses no s culo XX, voltados pela humaniza o das rela es sociais, direitos humanos, inclus o social e pol tica, fortemente impulsionados pelos l deres eclesi sticos. c) recentes movimentos sociais surgidos em v rios continentes na d cada de 2000, voltados para a manuten o dos direitos civis, fortalecimento do casamento como institui o familiar s lida e e caz na preserva o da estrutura social patriarcal. d) modernos movimentos sociais surgidos em todo o mundo na d cada de 1930, voltados para a consolida o dos la os de solidariedade, uni o e civilidade, fortemente impulsionados pelos l deres do sindicalismo corporativo. e) novos movimentos sociais surgidos em v rios pa ses a partir dos anos de 1960, voltados para os problemas identit rios de grupos, g nero, etnias e pol ticas do corpo, fortemente impulsionados pelas ativistas feministas. 14 33) Observe o gr co a seguir: (PNUD, Atlas Racial Brasileiro - 2004) De acordo com os dados e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) A pobreza um fen meno que afeta basicamente a popula o de cor branca, uma vez que, em todo per odo mostrado no gr co, a porcentagem de indigentes brancos aumentou em rela o porcentagem de brancos pobres. b) Ap s 1990, aumentou a propor o de brancos abaixo da linha de indig ncia, que passou de pouco mais de 10% para aproximadamente 25% do total da popula o. c) Ap s 1994, a propor o de negros pobres no total da popula o negra no Brasil permanece em torno de 50%, enquanto varia aproximadamente em torno de 20 a 25% a propor o de brancos pobres no mesmo per odo. d) A pobreza um fen meno que afetado pela ra a ou cor, enquanto que a indig ncia n o demonstra ter rela o com a quest o racial, uma vez que a varia o entre negros indigentes e brancos pobres bastante aproximada em todo o per odo. e) A pobreza um fen meno que vem aumentando continuamente em toda popula o brasileira ao longo do per odo que vai de 1982 a 2003, demonstrando os equ vocos dos estudos sobre desigualdade baseados nas vari veis de ra a ou de cor. 34) Observe o gr co a seguir: (Desigualdade, Estabilidade e Bem-Estar Social, Marcelo Neri, 2006.) 15 Com base no gr co e nos conhecimentos sobre o per odo, assinale a alternativa correta. a) Do pen ltimo ano do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso em diante, observa-se uma diminui o na concentra o de renda, com uma redu o cont nua na diferen a de renda entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. b) Entre o ano subseq ente ao lan amento do Plano Real e o ano da primeira elei o do presidente Lula, houve uma redu o na renda dos 50% mais pobres e um aumento na renda dos 10% mais ricos. c) Durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, aumentou em aproximadamente 3% a diferen a entre a renda dos 10% mais ricos e os 50% mais pobres. d) Houve uma maior distribui o de renda no Brasil no per odo que compreende o ano anterior ao lan amento do Plano Real e o ano subseq ente, com redu o na dist ncia entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. e) Durante o primeiro mandato do presidente Lula, houve uma eleva o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 10% mais ricos da popula o e uma redu o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 50% mais pobres. 35) Leia o texto a seguir: Como argumentaram com muita propriedade diversos cr ticos da tradi o sociol gica [...] As na es e os estados nacionais n o interagem simplesmente entre si; sob as condi es modernas, eles formam ou tendem a formar um mundo, isto , um contexto global com os seus pr prios processos e mecanismos de integra o. A forma nacional de integra o, dessa forma, desenvolve-se e funciona em conex o ntima e num con ito mais ou menos acentuado com a forma global. [...] Para apreender a sua relev ncia em rela o an lise do nacionalismo, necess rio ter em mente que a globaliza o de modo algum sin nimo de homogeneiza o [...]. Pelo contr rio, ela deve ser entendida como uma nova estrutura de diferencia o. (ARNASON, J. P. Nacionalismo, globaliza o e modernidade, In: FEATHERSTONE, M. (Org.) Cultura global: nacionaliza o, globaliza o e modernidade. Petr polis: Vozes, 1994. p. 238.) De acordo com o texto, correto a rmar: a) Os Estados Nacionais possuem total autonomia quanto globaliza o, por isso n o sofrem re exos deste processo, garantindo a homogeneidade, a simetria e unidade contra as distin es. b) A globaliza o um processo que atinge e subverte todos os Estados Nacionais, que tendem ao desaparecimento com constru o pol tica moderna de regula o das rela es sociais locais. c) Apesar da resist ncia dos Estados Nacionais, a globaliza o resulta em homogeneiza o severa em todos os pa ses que atinge. d) Em virtude da presen a dos Estados Nacionais, a tend ncia de homogeneiza o pr pria globaliza o deve ser relativizada, pois muitas vezes, ao inv s de uma homogeneiza o, ela acaba por promover novas formas de diferencia o. e) Inexiste rela o direta entre globaliza o e Estados Nacionais, pois, estes ltimos se preservam por meio de mecanismos de defesa aut ctones e totalit rios. 36) Leia o texto a seguir. [...] Como observam os pesquisadores do Instituto de Estudos Avan ados da Cultura da Universidade de Virg nia, os executivos globais que entrevistaram vivem e trabalham num mundo feito de viagens entre os principais centros metropolitanos globais T quio, Nova York, Londres e Los Angeles. Passam n o menos do que um ter o de seu tempo no exterior. Quando no exterior, a maioria dos entrevistados tende a interagir e socializar com outros globalizados... Onde quer que v o, hot is, restaurantes, academias de gin stica, escrit rios e aeroportos s o virtualmente id nticos. Num certo sentido habitam uma bolha sociocultural isolada das diferen as mais speras entre diferentes culturas nacionais... S o certamente cosmopolitas, mas de maneira limitada e isolada. [...] A mesmice a caracter stica mais not vel, e a identidade cosmopolita feita precisamente da uniformidade mundial dos passatempos e da semelhan a global dos alojamentos cosmopolitas, e isso constr i e sustenta sua secess o coletiva em rela o diversidade dos nativos. Dentro de muitas ilhas do arquip lago cosmopolita, o p blico homog neo, as regras de admiss o s o estrita e meticulosamente (ainda que de modo informal) impostas, os padr es de conduta precisos e exigentes, demandando conformidade incondicional. Como todas as comunidades cercadas , a probabilidade de encontrar um estrangeiro genu no e de enfrentar um genu no desa o cultural reduzida ao m nimo inevit vel; os estranhos que n o podem ser sicamente removidos por causa do teor indispens vel dos servi os que prestam ao isolamento e autoconten o ilus ria das ilhas cosmopolitas s o culturalmente eliminados jogados para o fundo invis vel e tido como certo . (BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por seguran a no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p. 53-55.) 16 De acordo com o texto, correto a rmar que a globaliza o estimulou a) a dissemina o do cosmopolitismo, que rompe as fronteiras tnicas, quando todos s o viajantes. b) um novo tipo de cosmopolitismo, que refor a o etnocentrismo de classe e de origem tnica. c) a intera o entre as culturas nativas, as classes e as etnias, alargando o cosmopolitismo dos viajantes de neg cio. d) o desenvolvimento da alteridade atrav s de uma cultura cosmopolita dos viajantes de neg cios. e) a emerg ncia de um novo tipo de viajantes de neg cios, envolvidos com as comunidades e culturas nativas dos pa ses, onde se hospedam. 37) A forma o cultural do Brasil tem como eixo central a miscigena o. Autores, como por exemplo Gilberto Freire, destacaram que a mistura de ra as/etnias europ ias, africanas e ind genas con guraram nossos h bitos, valores, hierarquias, estilos de vida, manifesta es art sticas, en m, a maioria das dimens es da nossa vida social, pol tica, econ mica e cultural. Entretanto, outros pensadores consideravam-na um aspecto negativo em nossa forma o e tentaram ressaltar as origens europ ias de algumas regi es, como o intelectual paranaense Wilson Martins a rmou: Assim o Paran . Territ rio que, do ponto de vista sociol gico, acrescentou ao Brasil uma nova dimens o, a de uma civiliza o original constru da com peda os de todas as outras. Sem escravid o, sem negro, sem portugu s e sem ndio, dir-se-ia que a sua de ni o n o brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expans es temperamentais, despojado de adornos, sua hist ria a de uma constru o modesta e s lida e t o profundamente brasileira que p de, sem alardes, impor o predom nio de uma id ia nacional a tantas culturas antag nicas. E que p de, sobretudo, numa experi ncia magn ca, harmoniz -las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que n o ascendeu a pr pria Europa, de onde elas provieram. Assim o Paran . (MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fen menos de acultura o no Paran . 2. ed. S o Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.) O preconceito em rela o s origens africanas e ind genas criou uma ambig idade no processo de auto a rma o dos indiv duos em rela o s suas origens. Assinale a alternativa em que a rvore geneal gica relatada por um indiv duo evidencia esse sentimento de ambig idade em rela o forma o social brasileira. a) Meu av paterno, lho de italianos, casou-se com uma lha de ndios do interior de Minas Gerais; meu av materno, lho de portugu s casado com uma negra, casou-se com uma lha de portugueses. Apesar de saber que sou fruto de uma mistura, dependendo do lugar em que estou, destaco uma dessas descend ncias: na maioria das vezes, digo que descendo de portugueses e/ou de italianos; raramente digo que descendo de negros e ndios, quando o fa o porque terei alguma vantagem. b) Meu av paterno, lho de negros, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de portugu s casado com uma espanhola, casou-se com uma lha de italianos. Sempre destaco que sou brasileiro acima de tudo, pois descendo de negros, ndios e europeus. Essa a rma o ajuda-me a obter vantagens em diferentes lugares, pois a identidade brasileira tem sido assumida com clareza pelo estado e pelo povo ao longo da hist ria. c) Meus av s maternos s o lhos de italianos e os av s paternos s o lhos de imigrantes alem es. Eu casei com uma negra, mas meus lhos ser o, predominantemente, brancos. Tenho orgulho dessa descend ncia que predominante nas diferentes regi es do Brasil. Costumo destacar que o Brasil diferente, branco e negro e eu descendo de fam lias italianas e alem s, assim como meu lho. Esse tra o cultural revela a grandeza do pa s e a rmeza de nossa identidade cultural. d) Meu av paterno, lho de ndios do Paran , casou-se com uma lha de ndios do Rio Grande Sul; meu av materno, lho de negros, casou-se com uma lha de negros. Gosto de a rmar que sou brasileiro, pois ndios, portugueses e negros formam nossa identidade nacional. e) Meu av paterno, lho de poloneses, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de ucranianos, casou-se com uma lha de poloneses. Como sou paranaense, costumo destacar que o Paran tem miscigena o semelhante as das outras regi es do Brasil: aqui temos ndios, europeus e negros. 38) No capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, isto , todas as mercadorias; ap s hav -las produzido, entregam-nas aos propriet rios dos meios de produ o, mediante um sal rio; os propriet rios dos meios de produ o vendem as mercadorias aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando v o ao mercado de consumo, n o conseguem compr -las. [...] Embora os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes mercadorias, n o percebem que, como classe social, produziram todas elas, isto , que os produtores de tecidos, roupas, alimentos [...] s o membros da mesma classe social. Os trabalhadores se v em como indiv duos isolados [...], n o se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. (CHAU , M. Convite Filoso a. 13 ed. S o Paulo: tica, 2004. p. 387.) 17 Com base no texto e nos conhecimentos sobre aliena o e ideologia, considere as a rmativas a seguir: a) A consci ncia de classe para os trabalhadores resulta da vontade de cada trabalhador em superar a situa o de explora o em que se encontra sob o capitalismo. b) no mercado que a explora o do trabalhador torna-se expl cita, favorecendo a forma o da ideologia de classe. c) A ideologia da produ o capitalista constitui-se de imagens e id ias que levam os indiv duos a compreenderem a ess ncia das rela es sociais de produ o. d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as rela es de classe e o v nculo entre o trabalhador e o produto realizado. e) O processo de n o identi ca o do trabalhador com o produto de seu trabalho o que se chama aliena o. A ideologia liga-se a este processo, ocultando as rela es sociais que estruturam a sociedade. 39) Observe os gr cos a seguir. Com base nos gr cos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Os dados sobre a divis o das concess es de R dio e TV no Brasil indicam concentra o de poder, de produ o e de circula o de produtos culturais. II. Embora a Rede Globo tenha o maior n mero de grupos a liados, de audi ncia e de arrecada o com o mercado publicit rio, a divis o equ nime entre as outras redes garante a fei o democr tica da maior ind stria cultural do Brasil. III. O mercado dos diferentes ve culos de m dia revela que mais de 60% dos jornais e 70% da audi ncia de TV pertencem a dois grupos, que apresentam o maior faturamento na ind stria cultural nacional. IV. Os n meros de grupos a liados s grandes redes revelam diversi ca o, exibiliza o e maior regionaliza o na produ o dos bens culturais, e, portanto, uma tend ncia de fortalecimento da democratiza o social. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 18 40) Observe os quadrinhos: (QUINO. Mafalda. S o Paulo, n. 9, p. 2, 2002.) Com base nos quadrinhos e nos conhecimentos sobre os meios de comunica o de massa (MCM), assinale a alternativa que explicita algumas posi es do debate te rico sobre esse tema. a) As re ex es da personagem Mafalda sobre as propagandas levam-na a concluir que sua m e precisa adquirir os produtos, que as crian as podem assistir TV e brincar, dosando suas tarefas di rias, o que revela a pertin ncia das teorias que v em os MCM como mecanismos de integra o social. b) A personagem Mafalda obedece s ordens de sua m e, assiste TV e encanta-se com as promessas das propagandas, corroborando com as teorias pessimistas sobre o papel dos MCM e a passividade dos telespectadores. c) A atitude da personagem Mafalda demonstra a cr tica aos artif cios da propaganda que ressalta a magia da mercadoria, prometendo mais do que ela realmente pode oferecer, e que os sujeitos nem sempre s o passivos diante dos MCM. d) Ao sair para brincar ap s assistir TV, a personagem Mafalda sente-se mais livre e feliz, pois descobriu o quanto alguns produtos anunciados pelas propagandas melhoram a vida dom stica de sua m e, reproduzindo aspectos da cultura erudita e do modo de vida so sticado, como acreditam as teorias otimistas sobre os MCM. e) A m e da personagem Mafalda admira-se da intelig ncia da lha, que compreendeu muito bem os poderes dos objetos anunciados nas propagandas de TV, refor ando as teorias sobre o papel educativo e de emancipa o dos MCM. 19 VESTIBULAR 2008 2a FASE 10/12/2007 Gabarito oficial provis rio MATEM TICA e SOCIOLOGIA 1 a 21 c 2 c 22 b 3 b 23 a 4 d 24 e 5 e 25 e 6 c 26 c 7 a 27 d 8 e 28 d 9 c 29 b 10 d 30 a 11 b 31 d 12 d 32 e 13 b 33 c 14 a 34 a 15 c 35 d 16 d 36 b 17 e 37 a 18 e 38 e 19 a 39 b 20 b 40 c Londrina, 10 de dezembro de 2007 Prof. Dr. N bio Delanne Ferraz Mafra Diretor Pedag gico em exerc cio COPS

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