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UEL Vestibular de 2008 - PROVAS DA 2º FASE : História e Lingua Port/Literaturas

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HIST RIA 1) Leia o texto a seguir. [...] Com a boa sorte do Povo de Atenas. Que os legisladores resolvam: se algu m se rebelar contra o Povo visando implantar a Tirania, ou junta-se a conspiradores, ou se algu m atenta contra o povo de Atenas ou contra a Democracia, em Atenas, se algu m cometeu algum destes crimes, quem o matar estar livre de processo. [...] Se algu m, quando o Povo ou a Democracia, em Atenas, tiver sido deposto, dirigir-se- ao Are pago, reunindo-se em conselho, deliberando sobre qualquer assunto, perder sua cidadania, pessoalmente e seus descendentes, seus bens con scados, cabendo Deusa o d zimo [...]. (Lei Ateniense contra a Tirania, 337-6 a.C. Estela de m rmore, com um relevo representando a Democracia ao coroar o Povo de Atenas.(In HARDING 1985, p. 127) Apud FUNARI, P. P. A. Antig idade Cl ssica. A hist ria e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. 2 ed. p. 90.) A lei Ateniense contra a tirania de 337-6 a.C. insere-se na passagem da cidade independente para o estado imperial helen stico. Neste contexto, analise as a rma es a seguir: I. As p leis gregas encontraram-se, no decorrer do s culo IV a.C., crescentemente marcadas pelas disputas internas e externas. II. Esse documento retrata os con itos em Atenas, uma vez que sua leitura evidencia a necessidade de instrumentos legais para a defesa interna da democracia. III. As p leis gregas encontravam-se em um momento de paz, no decorrer do s culo IV a.C., sem que houvesse o risco de atentados contra a democracia. IV. Em um momento em que as cidades gregas perdiam sua autonomia, procurava-se preservar as rela es de poder no interior da polis. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 2) Os animais da It lia possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu ref gio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela It lia est o merc do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crian as. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de fam lia, nem sepultura de ancestral. para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que n o possuem sequer um torr o de terra. (Plutarco, Tib rio Graco, IX, 4. In: PINSKY, J. 100 Textos de Hist ria Antiga. S o Paulo: Contexto, 1991. p. 20.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se a rmar que a Lei da Reforma Agr ria na Roma Antiga a) proposta pelos irm os Graco, Tib rio e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova elei o de Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos. b) proposta por Tib rio Graco, tinha como verdadeiro objetivo bene ciar os patr cios, ocupantes das terras p blicas que haviam sido conquistadas com a expans o do Imp rio. c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a nica forma de colocar os plebeus numa situa o de igualdade com os patr cios, grandes latifundi rios. d) era vista pelos generais do ex rcito romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras conquistadas e, por isto, tinham um acordo rmado com Tib rio. e) foi proposta pelos irm os Graco, que viam na distribui o de terras uma forma de superar a crise provocada pelas conquistas do per odo republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida. 3 3) Aqui em baixo uns rezam, outros combatem e outros ainda trabalham. (DE LAON, Adalber o. Carmen ad Rodbertum Regem. In: DUBY, G. As tres ordens:o imagin rio do feudalismo. Lisboa: Editora Estampa, 1982. p. 25.) Esse preceito, apresentado inicialmente pelo bispo Adalber o, no s culo XI, em parte re ete as fun es/atividades mais caracter sticas do per odo medieval, em parte tem fun o ideol gica, pois esse ordenamento pretendia fortalecer a divis o e a hierarquia. Ainda sobre a sociedade medieval, correto a rmar: a) A divis o acima mencionada re ete uma sociedade na qual a religiosidade se imp e nas v rias esferas da vida, em que o bra o armado tende a impor seu poder sobre os desarmados, em que a economia se fundamenta no trabalho agr cola. b) De nida a sociedade entre religiosos, guerreiros e camponeses a partir do Tratado de Verdum, as atividades n o permitidas pela Igreja foram perseguidas pelos tribunais inquisitoriais. c) Diante da limita o das fun es s tr s ordens e persegui o aos comerciantes promovida pelas monarquias nascentes, a atividade comercial declinou, situa o essa que se reverteu no s culo XVI no contexto do Renascimento Comercial. d) O poder eclesi stico se impunha a partir do momento do batismo, quando era de nido o destino de cada crian a, de acordo com as necessidades fundadas na sociedade de ordens. e) A divis o apresentada, caracter stica do per odo entre os s culos XI e XIII, revela a estagna o econ mica da sociedade, o que explica a crise agr cola e o recuo demogr co. 4) Sobre a religiosidade medieval, correto a rmar: a) Com o m do Imp rio Romano, o Cristianismo, at ent o perseguido, difundiu-se pela Europa, sendo seus adeptos liberados dos impostos pagos pelos id latras. b) A pr tica da bruxaria, ent o disseminada nos meios clericais, provocou a rea o dos crentes e a Revolu o Protestante, levando renova o da experi ncia crist . c) O ate smo foi combatido duramente pela inquisi o, tendo como conseq ncia o desaparecimento dos descrentes at o s culo XVIII. d) A experi ncia da reclus o foi bastante caracter stica na vida religiosa do per odo medieval, sobressaindo-se a ordem beneditina, fundada sobre o princ pio da vida dedicada ora o e ao trabalho. e) A ativa participa o dos leigos na institui o eclesi stica, assim como uma tend ncia ao enfraquecimento da hierarquia dessa, podem ser apontadas como caracter sticas do per odo. 5) Observe a imagem a seguir: (Detalhe da Tape aria de Bayeux (c. 1066-1077). Disponivel em: www.ricardocosta.com/textos/bayeux1.htm. Acesso em: 24 out. 2007.) Com base na imagem, considere as a rmativas a seguir: I. A cultura medieval caracterizou-se pela aus ncia de uma express o art stica pr pria, o que redundou na retomada dos elementos da cultura cl ssica no Renascimento. II. A exemplo da Tape aria de Bayeux, manta encomendada para cobrir o corpo de Carlos Magno, a express o cultural dos homens do per odo medieval era fundada na confec o de objetos menores, f ceis de transportar. III. O bordado conservado um exemplar de express o cultural n o voltado para a liturgia ou culto crist o, o que n o era comum, pois grande parte da arte que se conservou est relacionada religiosidade. IV. A tape aria apresenta um relato da invas o normanda na Inglaterra e traz caracter sticas da arte do per odo como a simplicidade das formas e economia de elementos. 4 A partir da imagem dada e dos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e IV. b) III e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. 6) [...] Diderot aprendera que n o bastava o conhecimento da ci ncia para mudar o mundo, mas que era necess rio aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da hist ria. Tinha consci ncia, por outro lado, que estava trabalhando para o futuro e que as id ias que lan ava acabariam fruti cando. (FONTANA, J. Introdu o ao estudo da Hist ria Geral. Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.) Com base no texto, correto a rmar: a) As contribui es das ci ncias naturais s o su cientes para melhorar o conv vio humano e social. b) Id ias n o passam de projetos que, enquanto n o s o concretizadas, em nada contribuem para o progresso humano. c) Diderot considerava importante o conhecimento das ci ncias humanas para o aprimoramento da sociedade. d) Para o autor, os historiadores recorrem ao passado, enquanto os l sofos questionam a pr pria exist ncia da sociedade. e) A ci ncia e o progresso material s o su cientes para conduzir felicidade humana. 7) A imprensa torna-se o mecanismo de divulga o das id ias e, por meio da publica o de livros, constr i um clima de liberdade para o debate. As publica es envolvem tanto as obras novas como as antigas e abrem espa o para o aumento das tradu es que v o requerer um conhecimento n o s do latim, mas tamb m do grego e do hebraico. As publica es nas l nguas locais se ampliam facilitando o acesso informa o. A ci ncia se seculariza. (RODRIGUES, A.E.; FALCON, F. A forma o do mundo moderno. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.) Com base no texto, correto a rmar: a) Uma vez registrada e p blica, a cultura escrita dominou toda a Europa medieval. b) O latim era a linguagem da cultura crist , o grego da cl ssica e o hebraico da b blica. c) A imprensa foi fundamental para o dom nio crist o empreendido al m-mar. d) A informa o excessiva cindiu a cultura moderna em v rios sistemas de pensamento. e) A divulga o dos saberes foi incrementada e acelerada mediante a publica o de livros. 8) Ali s, o governo, embora seja heredit rio numa fam lia, e colocado nas m os de um s , n o um bem particular, mas um bem p blico que, consequentemente, nunca pode ser tirado das m os do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] N o o Estado que pertence ao Pr ncipe, o Pr ncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus neg cios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedec -lo de acordo com as leis. (DIDEROT, D. (1717-1784). Verbetes pol ticos da Enciclop dia. S o Paulo: Discurso, 2006.) Com base no texto, correto a rmar: a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano respons vel pelos seus s ditos. b) Ao Pr ncipe s o concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino. c) O governante ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier. d) O povo governa mediante representante eleito por sufr gio universal. e) Pr ncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum. 5 9) A Revolu o Francesa representou uma ruptura da ordem pol tica (o Antigo Regime) e sua proposta social desencadeou a) a concentra o do poder nas m os da burguesia, que passou a zelar pelo bem-estar das novas ordens sociais. b) a forma o de uma sociedade fundada nas concep es de direitos dos homens, segundo as quais todos nascem iguais e sem distin o perante a lei. c) a forma o de uma sociedade igualit ria regida pelas comunas, organizadas a partir do campo e das periferias urbanas. d) convuls es sociais, que culminaram com as guerras napole nicas e com a conquista das Am ricas. e) o surgimento da soberania popular, com elei o de representantes de todos segmentos sociais. 10) Analise o mapa a seguir: (BOXER, C. R. O Imp rio mar timo portugu s. S o Paulo: Companhia das Letras. 2002, p. 70-71.) Este mapa indica a fase da expans o europ ia referente a) coloniza o do Brasil e ao com rcio triangular. b) aos dom nios coloniais ib ricos e suas possess es al m-mar. c) expans o lusa denominada Carreira das ndias . d) ao com rcio triangular do Atl ntico Norte. e) ao auge do com rcio desencadeado pelo tr co negreiro. 11) As interpreta es predominantes a rmam que a escravid o nos Estados Unidos da Am rica foi abolida devido ao fato de que: I. O sistema escravista era incompat vel com o funcionamento da Rep blica que, pela Constitui o de 1776, previa igualdade plena de direitos popula o. II. Existia uma rivalidade entre o Norte industrializado e o Sul agr cola, que desencadeou uma guerra na qual o resultado nal foi favor vel ao Norte. III. A escravid o limitava o crescimento do mercado interno ao diminuir a renda dos trabalhadores. IV. Por ser o ltimo pa s a permiti-la, os EUA estavam submetidos a fortes press es, inclusive dos l deres religiosos, que amea aram excomungar os propriet rios de escravos. 6 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 12) Leia o texto a seguir: [...] Aqueles que deixaram a Espanha para converter os ndios viram-se incumbidos de uma miss o de especial import ncia no esquema divino da hist ria, pois a convers o do Novo Mundo era um prel dio necess rio para seu t rmino e para a segunda vinda de Cristo. Acreditavam tamb m que, entre esses povos inocentes da Am rica ainda n o contaminados pelos v cios da Europa, poderiam construir uma Igreja que se aproximasse da de Cristo e os primeiros ap stolos. Os primeiros est gios da miss o americana, com o batismo em massa de centenas de milhares de ndios, pareciam garantir o triunfo desse movimento em prol de um retorno ao cristianismo primitivo que havia t o repetidamente sido frustrado na Europa. [...] No entanto, embora o ndice de convers o fosse espetacular, sua qualidade deixava muito a desejar. Havia sinais alarmantes de que os ndios que haviam adotado a f com aparente entusiasmo ainda veneravam seus velhos dolos em segredo. Os mission rios tamb m se chocaram contra muralhas de resist ncia nos pontos em que suas tentativas de incutir os ensinamentos morais do cristianismo con itavam com padr es de comportamento estabelecidos havia muito tempo. N o era f cil, por exemplo, inculcar as virtudes da monogamia a uma sociedade que via as mulheres como servas e o ac mulo de mulheres como fonte de riqueza. (ELLIOT, J. H. A conquista espanhola e a coloniza o da Am rica. In: BETHELL, L. (org.). Hist ria da Am rica Latina: Am rica Latina Colonial I. S o Paulo: Editora da Universidade de S o Paulo, 1998, v. 1 p. 185-186.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a coloniza o das Am ricas portuguesa e espanhola, correto a rmar: a) As ordens religiosas que no novo mundo se instalaram utilizaram-se do ouro existente em abund ncia e do trabalho ind gena para conquist -los para a f crist , prometendo-lhes defender suas terras, espa o de sobreviv ncia terrena, e o reino dos c us, lugar do descanso ap s a morte. b) A primeira gera o de mission rios percebeu que os ndios n o conseguiam compreender a diferen a entre adora o a uma imagem e o conte do religioso que ela representava. Para solucionar esse problema, algumas imagens de deuses ind genas foram inseridas nas igrejas cat licas constru das nas col nias. c) Quando os mission rios das diversas ordens religiosas perceberam que os ind genas eram desobedientes e necessitavam de cuidado especial, propuseram Coroa espanhola que estimulasse o casamento misto como forma de for ar a ado o por parte dos nativos da F Crist . d) As comunidades ind genas existentes nas Am ricas portuguesa e espanhola, juntamente com os mission rios, investiram no cultivo da terra e exporta o de produtos manufaturados para a Europa. e) A Espanha, baluarte do catolicismo, investiu na conquista religiosa dos nativos acreditando, a princ pio, que os ind genas, por n o conhecerem nem terem tido contato com os defeitos morais e maus h bitos existentes no velho mundo, fossem mais propensos convers o para a F Cat lica. 13) A emancipa o das col nias hispano-americanas, liderada pelos grandes senhores de terras e pela burguesia criolla, encontrou apoio nos setores m dios e populares, os quais, em alguns momentos, chegaram a amea ar a estrutura de domina o de classe imposta pelo regime colonial. Entretanto, com exce o dos Estados Unidos, que implantaram um regime liberal burgu s, no restante da Am rica a independ ncia revelou-se um fato pol tico. Realizada a autonomia, rompidos os v nculos com as metr poles, as classes dominantes das antigas col nias tomaram o poder e constitu ram Estados Nacionais que mantiveram afastada das decis es pol ticas a massa da popula o trabalhadora (majoritariamente ind gena, camponesa ou n o). A estrutura colonial n o sofreu qualquer altera o de peso. A Inglaterra abriu mais ainda a sua porta no continente, assegurando-se de mercados consumidores e de mat rias-primas; a propriedade territorial continuou nas mesmas m os, a despeito de algumas tentativas de l deres liberais das Guerras de Independ ncia; a popula o camponesa permaneceu sob a explora o e o dom nio dos seus antigos senhores. (AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. G. P. C. Hist ria das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 165-166.) 7 De acordo com o texto, correto a rmar: a) A Am rica hisp nica estava vivenciando, j h algum tempo, um maior grau de liberdade comercial em fun o da crise econ mica metropolitana, bem como a crise pol tica desencadeada pelo dom nio franc s, entre os anos de 1808 a 1813. b) O fen meno da emancipa o pol tica na Nova Espanha foi peculiar na Am rica. A Revolu o Mexicana foi o movimento mais representativo do descontentamento da parcela camponesa da popula o contra o autoritarismo e domina o da Espanha, culminando na emancipa o do territ rio do M xico. c) Em toda a Am rica hisp nica e tamb m na portuguesa, o processo de lutas pela emancipa o dos diversos espa os geogr cos que futuramente se constituiram em espa os nacionais, foi conduzido pela Igreja, que lucraria com as emancipa es, agregando mais terras ao seu j rico patrim nio. d) A participa o dos Estados Unidos nos processos de independ ncia das Am ricas foi de crucial import ncia para a ado o do Regime Republicano pelos espa os rec m-independentes. e) Ap s sua independ ncia, a Am rica portuguesa rompeu os la os com a metr pole Portugal e aliou-se s for as de Napole o Bonaparte, adotando para esse espa o rec m-independente os princ pios da Revolu o Francesa. 14) [...] o modernismo induz intelectuais latino-americanos a redescobrir o povo, o que pode lev -los a descobrir camponeses e oper rios, ou ndios e negros. O v nculo com a cultura universal n o imp e necessariamente um car ter dependente ou alienado totalidade de nossa cultura. (IANNI, O. apud. PINSKY, J. et al. Hist ria da Am rica atrav s de textos. S o Paulo: Contexto, 1994. textos e documentos, v. 4, p. 88.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema correto a rmar: a) A produ o cultural referente poca do modernismo caracterizou-se pela valoriza o da mesti agem entre europeus e ind genas como elemento fundamental para o estabelecimento de uma identidade cultural homog nea aos pa ses latino-americanos. b) No modernismo hispano-americano e brasileiro sobressaiu-se a tend ncia de linhas retas e pouco uniformes, heran a ainda dos artistas pertencentes Escola Francesa, trazida por D. Jo o ao Brasil. c) A produ o cultural relativa poca moderna foi in uenciada pelo positivismo, permitindo que a Am rica descobrisse a Am rica atrav s de novas formas de retratar os povos americanos. d) Vinculado a uma cultura universal, o modernismo n o conseguiu tocar os imagin rios sociais sobre a quest o das caracter sticas pr prias de cada pa s, sendo que o olhar do europeu sobre a Am rica que se sobressaiu e foi valorizado nas obras deste per odo. e) O modernismo proporcionou aos artistas e intelectuais americanos a forma o de uma consci ncia social, de car ter nacional-popular, produzindo uma contraposi o subordina o vivenciadas nesses territ rios e valorizando a cultura nacional. 15) Sobre o populismo, correto a rmar: a) A devolu o das terras da Igreja Cat lica e a indeniza o das fam lias dos presos pol ticos se constituem em algumas das medidas usuais no s culo XX na Am rica Latina que foram idealizadas no governo populista de Juan Domingo Per n. b) Ao analisarmos o per odo denominado populista, no Brasil, dois aspectos s o relevantes: o primeiro diz respeito s demiss es de professores universit rios contr rios ao regime; e o segundo; aus ncia do Estado para arbitrar o con ito entre a classe oper ria e os patr es. c) O regime populista, no Brasil, con gurou-se em uma resposta ao militarismo, uma vez que a sociedade havia perdido o direito s liberdades pol ticas, de imprensa e de express o art stica. d) O populismo, expresso atrav s do fortalecimento do poder legislativo, caracterizou-se como um movimento da burguesia para controlar a remessa de lucros do capital nacional ao exterior, que era feito atrav s da compra de a es de empresas estrangeiras. e) O populismo constitui-se em um movimento pol tico que se con gurou em uma forma de administra o estatal. Esteve presente em v rios pa ses latino-americanos, como no M xico com L zaro C rdenas, na Argentina com Juan Domingo Per n e no Brasil com Get lio Vargas. 8 16) A conquista espanhola, em todas as regi es onde se viu coroada de xito, conduziu a um processo de crise geral das culturas submetidas. Em certas situa es, como no caso Arawak das Antilhas, levou ao completo desaparecimento f sico da popula o conquistada. Noutros casos, como no M xico ou no Peru, ainda que n o tenha eliminado totalmente a popula o ind gena, provocou altera es e deforma es profundas na cultura e no modo de vida dos povos conquistados. (VAINFAS, R. Economia e sociedade na Am rica espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 40.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema correto a rmar: a) A historiogra a hispano-americana explica que a baixa populacional ind gena est diretamente vinculada pr tica do homic dio entre os nativos, quando estes perceberam que seriam obrigados a adotar o cristianismo como religi o nica. A baixa demogr ca, desse modo, est relacionada a uma falta do conhecimento dos preceitos da F Crist , que condena o atentado contra a pr pria vida. b) V rus e bact rias at ent o desconhecidos pelos nativos foram respons veis pela baixa populacional ind gena. Sem imunidade para v rias doen as como sarampo, gripe, asma, tuberculose e s lis, a popula o nativa adoecia e morria rapidamente. A Coroa espanhola procurou enviar m dicos para as col nias mas, como as viagens por mar eram muito demoradas, a popula o n o conseguiu resistir. c) A crise das culturas ind genas americanas deu-se em fun o das diversas altera es empreendidas pelos europeus nas col nias: instala o de uma economia mercantil que rede niu o ritmo e a intensidade do trabalho; modi ca o dos cultivos que fez com que mudasse a dieta dos nativos; deslocamento de aldeias causando dist rbios ecol gicos e culturais; atitudes de autodestrui o ao verem ruir seus costumes; epidemias e falta de imunidade, entre outros. d) As mulheres ind genas adotaram, em massa, pr ticas abortivas, impedindo a perpetua o das diversas culturas nativas e for ando os europeus a importarem da frica a m o-de-obra escrava necess ria. A baixa demogr ca, desse modo, pode ser explicada pela vinda de africanos para a Am rica e a intensa miscigena o iniciada nesse momento. e) A superioridade armamentista dos espanh is foi respons vel pela dizima o da maior parte da popula o ind gena, pois, ao depararem-se com armas superiores, os nativos n o tinham como se defender. Embora existisse o com rcio informal de armas contrabando os ind genas n o conseguiam compr -las e assim continuavam em desvantagem utilizando arcos e echas com pontas envenenadas. 17) Leia o texto seguinte sobre a Revolu o Industrial e algumas de suas conseq ncias: Essa revolu o industrial, que nasceu na Inglaterra do s culo XVIII e se propaga, no s culo XIX, pelo continente, na Fran a, na B lgica, a Oeste da Alemanha, no Norte da It lia e em alguns pontos da pen nsula ib rica, repousa no uso de uma nova fonte de energia, o carv o, e nos desenvolvimentos das m quinas, depois das inven es que modi cam as t cnicas de fabrica o. A conjun o desses dois fatores, a aplica o dessa energia nova maquinaria, constitui a origem da revolu o industrial, cujo s mbolo a m quina a vapor. (R MOND, R. O s culo XIX: 1815-1914. Introdu o hist ria de nosso tempo - 2. S o Paulo: Editora Cultrix, 1976. p. 103.) Considere as a rmativas a seguir: I. Com a Revolu o Industrial e o crescimento da nova ind stria, surgiu uma classe inteiramente nova de trabalhadores que s o os oper rios assalariados. II. O crescimento das unidades industriais a partir da Revolu o Industrial propiciou tamb m o surgimento da categoria de empres rios possuidores de capitais. III. A Revolu o Industrial atingiu mais a popula o campesina que a urbana, pois esta se constitu a em parcela da sociedade exclu da das transforma es empreendidas nas cidades. IV. A Revolu o Industrial n o solucionou os problemas dos trabalhadores. O n mero de empregos era menor que o de m o-de-obra dispon vel e, assim, surgiu o chamado ex rcito de reserva de m o-de-obra . Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 9 18) Sobre a Revolu o Industrial, correto a rmar: a) As Am ricas anglo-sax nica, hisp nica e portuguesa n o vivenciaram, como a Europa, o crescimento da m o-deobra e a conseq ente baixa nos sal rios em fun o de uma melhor distribui o dos trabalhadores entre o campo e a cidade. b) Os pa ses que n o vivenciaram o fen meno da grande ind stria conservaram-se agr colas e n o foram afetados pela supervaloriza o dada ao capital ap s a citada revolu o. c) O com rcio internacional p s revolu o provocou uma especializa o da produ o dividindo o mundo entre reas produtoras de mat rias-primas e reas industriais e propiciando o ac mulo de capital nos pa ses industrializados. d) Os movimentos sociais surgidos nesse per odo foram respons veis pela dissemina o das id ias de liberdade e igualdade para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as mulheres que trabalhavam nas f bricas. e) Mesmo tendo aumentado o n mero de produtos manufaturados no mercado, a Revolu o Industrial n o signi cou, no primeiro s culo, avan os e progresso tecnol gico. 19) Observe a imagem a seguir: (PAZZINATO, A. L., SENISE, M. H. V. Hist ria Moderna e Contempor nea. S o Paulo: tica, 1994. p. 177.) Com base na imagem, considere as a rmativas a seguir. I. No s culo XIX, com a descoberta de novas t cnicas e a conseq ente mecaniza o da produ o, os industriais intensi caram a explora o da m o-de-obra para recuperar os investimentos com as maquinarias e aumentar os lucros com a produ o. Para conseguir tal intento, os assalariados tinham que cumprir em m dia 15 horas de trabalho por dia, sendo que mulheres e crian as consideradas inferiores foram comumente utilizadas como m o-de-obra por se constitu rem em for a de trabalho mais barata. II. A crise econ mica que arrasou a Inglaterra na segunda metade do s culo XIX abriu espa o para que os Estados Unidos colocassem no mercado seus produtos industrializados. A partir de ent o, o capitalismo foi se consolidando numa perspectiva mais nanceira e abriu espa o para o surgimento das grandes pot ncias banc rias. III. A luta de classes tornou-se uma realidade a partir do momento em que a sociedade cou dividida em duas classes antag nicas: burguesia e proletariado. As diferen as entre aqueles que eram donos dos meios de produ o e do capital e aqueles que possu am a for a de trabalho m o-de-obra levou estes ltimos a organizarem-se em sindicatos, partidos, associa es para lutar contra a explora o a que eram submetidos. IV. O anarquismo como doutrina pol tica foi primordial para a constitui o da classe burguesa, no s culo XIX, porque defendia a import ncia do capital na consolida o desta nova ordem social. Defendia, tamb m que todos os indiv duos tinham o direito de lutar para garantir melhores sal rios e qualidade de vida. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 10 20) O movimento de 31 de mar o de 1964 tinha sido lan ado aparentemente para livrar o pa s da corrup o e do comunismo e para restaurar a democracia, mas o novo regime come ou a mudar as institui es do pa s atrav s de decretos, chamados de Atos Institucionais (AI). Eles eram justi cados como decorr ncia do exerc cio do Poder Constituinte, inerente a todas as revolu es . (FAUSTO, B. Hist ria do Brasil. S o Paulo: Editora da Universidade de S o Paulo, 1996. p. 465.) Com base no texto, assinale a alternativa correta. a) O AI-5 foi o instrumento que mais contribuiu para que o regime militar seguisse o curso de uma ditadura. A partir da sua institui o, v rios atos de repress o passaram a fazer parte dos m todos utilizados pelo governo. b) O Ato Institucional n 1, institu do pelos comandantes do Ex rcito, atingiu principalmente o patrim nio da Igreja Cat lica e promoveu o in cio da seculariza o da sociedade brasileira. c) Logo ap s o golpe militar de 1964, as elei es para Presidente da Rep blica foram estabelecidas de forma democr tica atrav s de elei es diretas. d) A principal orienta o dos governos militares foi a aproxima o com os Estados Unidos, afastando-se da tend ncia nacionalista que vinha sendo empreendida antes do golpe de 1964. e) Os grupos de luta armada, de orienta o socialista, nas conversas e encontros que tinham com os representantes do governo federal reivindicavam o direito forma o de partidos pol ticos de esquerda. 11 L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA Leia o texto que segue e responda s quest es 21 a 23. Se fosse escrita hoje, a hist ria dos tr s porquinhos terminaria com o Lobo Mau empunhando uma pistola. F lego n o seria necess rio. Bastaria uma boa estrat gia (e muni o) para entrar pela porta da frente da casa de tijolos. A f bula do s culo 19 se mant m atual ao dar a medida de como o crime supera recursos desenvolvidos exatamente para combat -lo. Primeiro, a palha; depois, a madeira; depois, a alvenaria. A tecnologia de nitivamente n o faz sucesso, sen o imediato; os sopros da viol ncia estar o sempre em dia com a ltima novidade. [...] consenso entre urbanistas e arquitetos do mundo inteiro: muros que cercam casas e pr dios, munidos ou n o de cercas el tricas, e especialmente aqueles que s o voltados para a cal ada guardam contradi es diversas dos tempos modernos. Tudo o que representam e tentam preservar seguran a, privacidade, delimita o de espa o cai por terra quando sua fun o invertida. Em vez de proteger quem est do lado de dentro, acreditam os especialistas, acabam isolando os moradores e, conseq entemente, tamb m eventuais invasores. Al m de transformar a rua em territ rio de ningu m.[...] . (FIORATTI, G. Contra a parede. Dispon vel em: www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0710200722.htm. Acesso em: 07 out. 2007.) 21) Em rela o ao uso do tempo nos verbos sublinhados do primeiro per odo do texto: Se fosse escrita hoje, a hist ria dos tr s porquinhos terminaria com o Lobo Mau empunhando uma pistola. F lego n o seria necess rio. Bastaria uma boa estrat gia (e muni o) para entrar pela porta da frente da casa de tijolos , correto a rmar que a a o verbal descrita a) no futuro do pret rito porque este tempo pode ocorrer em enunciados hipot ticos ou contrafactuais. b) no pret rito imperfeito porque o enunciado designa um fato passado, mas n o conclu do. c) no pret rito mais-que-perfeito, pois denota um fato situado vagamente no passado relativamente ao momento da enuncia o. d) no pret rito perfeito: indica uma a o que ocorreu antes de outra a o j passada ou fato passado relativamente ao momento da enuncia o. e) no futuro do indicativo j que indica a posterioridade do intervalo de tempo entre as duas a es descritas. 22) Considerando a frase [...] os sopros da viol ncia estar o sempre em dia com a ltima novidade , correto a rmar que a express o sublinhada a) indica uma forma moderna de viver as desventuras dos tr s personagens porcos da f bula, representando a falta de fragilidade de suas casas. b) assinala uma vers o incongruente entre aquilo que se vive na vida moderna e o que se vivia na poca da f bula descrita pelo autor. c) con gura uma express o da forma como atualmente o personagem lobo pode assoprar todas as casas e faz -las cair por terra. d) representa um uso gurado da linguagem, fazendo refer ncia, ao mesmo tempo, ao gesto do vil o da f bula e s agress es que as pessoas podem sofrer na vida contempor nea. e) expressa uma forma literal de empregar as palavras adequadas entre todos os personagens da f bula e os da vida real. 23) A frase Tudo o que representam e tentam preservar seguran a, privacidade, delimita o de espa o cai por terra quando sua fun o invertida , remete a a) cercas el tricas . b) muros . c) casas . d) pr dios . e) cal ada . 12 Leia o texto a seguir e responda s quest es 24 a 27. Muito barulho por quase nada. Essa uma boa descri o da nova reforma ortogr ca que o Brasil cogita implementar j a partir do ano que vem. Sob a justi cativa de uni car a gra a de todos os pa ses lus fonos, foi celebrado, em 1990, o Acordo Ortogr co da L ngua Portuguesa. Na pr tica, o que o tratado faz eliminar um pequeno n mero de consoantes mudas ainda escritas em Portugal ( ptimo , adop o ), sepultar o trema e promover algumas poucas mudan as nas regras de acentua o e do uso de h fen. Parece pouco. E, em termos qualitativos, de fato o . S que, para proceder s modi ca es, ser preciso empenhar uma energia desproporcional. Entre as provid ncias necess rias destacam-se a atualiza o de todos os professores e alfabetizadores do pa s e a revis o de todo o material did tico, para car nos itens mais custosos. Tal esfor o parece bem maior do que os ganhos potenciais do acordo. Nunca foi o p de ptimo nem as demais minud ncias da reforma que di cultaram a intercomunica o entre leitores e escritores dos dois lados do Atl ntico. Se h barreiras ling sticas, dizem respeito escolha das palavras e a express es idiom ticas, fatores culturais que est o ao abrigo das iniciativas dos reformadores. (...) Antes de embrenhar-se na terceira reforma ortogr ca em menos de um s culo (j houve outras em 1943 e 1971), preciso ao menos ter certeza de que Portugal ir segui-la, ou o ganho potencial, que j pequeno, praticamente desaparecer . (Adaptado de: Sem pressa (editorial). Dispon vel em: www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2708200702.htm. Acesso em: 31 out. 2007.) 24) Considere as formas verbais cogita , promover , empenhar e embrenhar-se , retiradas do texto. Assinale a alternativa em que os termos e express es apresentam, respectivamente, a mesma signi ca o dessas palavras. a) Tenciona, efetuar, empregar, meter-se. b) Procura, proceder, empregar, abster-se. c) Elabora, efetuar, dirigir, meter-se. d) Tenciona, proceder, dirigir, abster-se. e) Procura, efetuar, empregar, abster-se. 25) Analise o per odo: Antes de embrenhar-se na terceira reforma ortogr ca em menos de um s culo (j houve outras em 1943 e 1971), preciso ao menos ter certeza de que Portugal ir segui-la, (...). Assinale a alternativa que substitui corretamente a forma verbal sublinhada. a) Existiu. b) Houveram. c) Existiram. d) Haveriam. e) Existiria. 26) Analise as frases: Essa uma boa descri o da nova reforma ortogr ca que o Brasil cogita implementar j a partir do ano que vem ; E, em termos qualitativos, de fato o . Assinale a alternativa que explica o valor da palavra o nas duas frases em que aparece. a) Na primeira frase, em seu uso, a palavra o acompanha a palavra que a segue, atualizando-a; na segunda, refere-se a um termo da ora o anterior, substituindo-o. b) Na primeira frase, a palavra o representa um emprego especial de generaliza o do nome que acompanha e, na segunda, um modo espec co do verbo. c) Na primeira frase a palavra o representa v rios modos de caracterizar o Brasil e, na segunda, ela d nfase forma verbal . d) Na primeira frase a palavra o tem a fun o de indicar algo que foi declarado anteriormente e, na segunda, aplica-se a uma quantidade indeterminada. e) Na primeira frase a palavra o exprime uma rela o de posse e, na segunda, exprime uma quantidade indeterminada. 13 27) Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. A primeira frase do texto resume o argumento que o autor desenvolve ao longo de sua exposi o. Isso est refor ado pela a rma o "Parece pouco", que introduz o segundo par grafo. II. O Acordo Ortogr co revela certas minud ncias no que se refere ao dinamismo da l ngua portuguesa e uma tentativa acertada de uni car as diferentes formas de falar portugu s. III. As mudan as que ser o operadas na l ngua portuguesa pelo tratado t m um car ter espec co, isto , ser mais dif cil realizar as adequa es em termos quantitativos do que qualitativos. IV. Os fatores de ordem cultural e n o os de ordem ling stica seriam os criadores das di culdades de intercomunica o entre os falantes do portugu s e isso a reforma ortogr ca n o poderia mudar. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. Leia o texto a seguir e responda s quest es de 28 a 30. Vim de apartamento, onde o horizonte era uma leira de outros pr dios. Olga veio duma casa t o pequena que muitos m veis dos Filipov, de que ela se considera guardi , tinham de car empilhados num quarto. Eu s via o amanhecer quando viajava, da janela de avi o ou de quarto alto de hotel. Olga j levantava com o sol todo dia, e na ch cara tamb m passei a acordar cedinho, como se, abrindo os horizontes, quisesse tamb m ter dias maiores. Abri tamb m os olhos para as ores, mesmo as miudinhas, das ervas chamadas daninhas: fotografadas bem de perto, em grandes closes com a lente macro, s o lindas e estranhas ores; e de algumas fotos Olga fez cartazes, que fazem quase toda visita perguntar se temos mudas... J fui revolucion rio, marxista-leninista de barba e coturno, daqueles que choraram na morte do Che e acreditavam piamente na luta armada para a revolu o que mudaria o mundo. Hoje acredito que j faz muito quem consegue melhorar um pouco a pr pria vida e a si mesmo, como quando voltei para Olga e mudamos para a ch cara. Foi uma revolu o. Al m de mudar de h bitos, deitando cedo e acordando cedo, tamb m por causa da meia-idade chegando, aprendi a ver a noite . (PELLEGRINI, D. O caso da ch cara ch o. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 73-74.) 28) Sobre o texto e os conhecimentos a respeito da obra, correto a rmar que o excerto acima: a) aparece no romance antes da narra o da primeira invas o. b) trata de um tempo anterior primeira invas o. c) situado em dia distante da primeira invas o. d) antecipa ocorr ncias e estados de esp rito referentes segunda invas o. e) retrata um estado de esp rito de desilus o, decorrente da primeira invas o. 29) Quanto s refer ncias ao horizonte, correto a rmar: a) Percebe-se o desejo de integra o das personagens com a vida urbana, ainda que esta ofere a desvantagens minimizadas pelo casal. b) Demonstra-se a incompatibilidade das personagens com a vida urbana, atrav s da op o radical de deixar de freq entar o centro da cidade. c) Est clara a sintonia volunt ria do casal com a vida alternativa, atrav s da ado o de h bitos como o uso de drogas, o naturismo e a agricultura de subsist ncia. d) Revela-se a expectativa de mudan a rumo a uma integra o maior com a natureza, embora problemas da vida urbana permane am afetando o dia-a-dia no novo ambiente. e) Retrata-se uma disposi o em descompasso com as pr ticas violentas do casal protagonista, envolvido em crimes contra vizinhos sossegados e pac cos. 14 30) Sobre o texto e sua rela o com o restante do romance, correto a rmar: a) O passado revolucion rio do narrador-personagem , de certo modo, recuperado no presente atrav s de uma luta perseverante pelos direitos do cidad o. b) Ter sido revolucion rio no passado auxilia o narrador-personagem em seu prop sito de impor, com xito, reestrutura es radicais no ambiente da ch cara e na vida de seus vizinhos. c) O fato de o narrador-personagem atribuir a condi o revolucion ria a seu passado est em sintonia com seu conformismo diante do desrespeito aos direitos de que ele v tima. d) O fato de a condi o revolucion ria pertencer ao passado justi ca o paci smo e o conservadorismo pol tico do narrador-personagem em sua vida particular no presente. e) O car ter revolucion rio de seu passado contribui para as pr ticas autorit rias desenvolvidas pelo narrador-personagem em sua vida particular no presente. Leia o texto a seguir e responda s quest es de 31 a 33. Respondeu, respondeu! gritou C sar dando um murro no aparelho que apagou e reacendeu em seguida, ent o ele acertou? Recuou de punhos cerrados, golpeando o ar, acertou sim, olha s a gritaria, beleza de nego, beleza, est o levando ele no ombro! Que carnaval, porra, estamos contigo, Ary! Estamos contigo! Essa da que come ou a chorar a mulher dele, coitada. Uma choradeira murmurou Clorinda enxugando os olhos na saia. Eu sabia disse C sar deixando-se cair no rolo de colch es. Tremia inteiro, o olhar mido. Eu n o disse? Eu sabia, repetiu, rindo baixinho, um riso dif cil, quase como um solu o: um milh o, porra. Um milh o. Todo mundo chorando, que festa! A Circe tem esse disco. A que est ... ta-ra-ra-ra! O X do problema! Ningu m segura!... Olha s , carregado no ombro, beleza de vit ria, ! Ary, vai que voc merece! E esse besta falando, que que ele t falando agora, vai l depressa segurar o nego, cala essa boca! Tem um rato aqui embaixo, estou vendo o olhinho dele. Um milh o. Se a Ponte Preta ganha amanh , j pensou? Tudo foi na enxurrada, at o coitadinho do Nando mas esses desgramados cam. E ainda me olha, a peste gritou ela batendo com um peda o de pau no guarda-lou a. Ficou quieta, ouvindo: Que isso? A chuva? Diz que vai ter agora um cara falando de Pel , mas quem quer Pel ? Pel est velho, eu queria o Zico. Zico, Zico! Vou forrar o peito, que mere o, porra. a chuva, C sar? a chuva? Ele abriu a porta. En ou as m os nos bolsos, o queixo n tido de vencedor. Um chuvisco de nada, n o esquenta n o, tudo bem, amanh vai fazer um puta de um sol. (TELLES, L. F. Semin rio dos ratos. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987. p. 117-118.) 31) Sobre o t tulo do conto, O X do problema , assinale a alternativa correta: a) Evidencia um problema psicol gico particular enfrentado por uma das personagens do conto e ignorado pelas demais. b) Alude a um problema pol tico que oprime tanto os apresentadores e organizadores do programa televisivo quanto os seus espectadores. c) Aponta para um problema de ordem social que persiste enquanto os espectadores do programa televisivo se entusiasmam com um xito particular e eventual. d) Ressalta um problema de ordem existencial experimentado, com grande introspec o, por personagens deste conto e de outros contos do mesmo livro. e) Remete a um problema de ordem educacional que progressivamente absorvido, de forma cr tica, pelos espectadores do programa televisivo. 32) Sobre a rela o entre o conto O X do problema e outros contos do livro, considere as a rmativas a seguir: I. Como a protagonista de Senhor diretor , as personagens de O X do problema ostentam, na maior parte do tempo, consci ncia cr tica diante das imagens eletr nicas. II. Como a protagonista de Pomba enamorada ou uma hist ria de amor , as personagens de O X do problema s o simpl rias e movidas por paix es. III. Como o casal de Lua crescente em Amsterd , as personagens de O X do problema passam por um momento decisivo para a reorienta o de suas vidas. IV. Como os animais de Semin rio dos ratos , os roedores de O X do problema constituem uma amea a aos seres humanos e representam uma situa o de crise. 15 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 33) Sobre as refer ncias a Pel e a Zico, correto a rmar: a) O fato de Pel ser preterido comprova a capacidade de conscientiza o pol tica dos espectadores, aptos a questionar os dolos estabelecidos. b) A prefer ncia por Zico em detrimento de Pel corresponde a uma discrimina o tnica expressa tamb m em outras passagens do conto marcadas pela intoler ncia aos negros. c) O fato de Zico ser o preferido decorre da rme convic o dos espectadores que se disp em a enfrentar os problemas de seu pr prio tempo, sem escapismos passadistas. d) A rejei o a Pel uma manifesta o da ironia dos espectadores, endossada pela perspectiva do narrador. e) A exalta o de Zico refor a o apego ao presente como uma pr tica tipicamente contempor nea identi cada tamb m pelo culto da velocidade e do ef mero. Os trechos seguintes do Canto IV de Os Lus adas anotam os fatos da guerra de D. Jo o I contra Castela. Leia-os e responda s quest es 34 a 36. Oitava 22 Das gentes populares, uns aprovam A guerra com que a p tria se sustinha; Uns as armas alimpam e renovam, Que a ferrugem da paz gastadas tinha; Capacetes estofam, peitos provam, Arma-se cada um como convinha; Outros fazem vestidos de mil cores, Com letras e ten es de seus amores. Oitava 44 Alguns v o maldizendo e blasfemando Do primeiro que guerra fez no mundo; Outros a sede dura v o culpando Do peito cobi oso e sitibundo*, Que, por tomar o alheio, o miserando Povo aventura s penas do profundo, Deixando tantas m es, tantas esposas Sem lhos, sem maridos, desditosas. (CAM ES, L. de. Os Lus adas. Obras. Porto: Lello & Irm o, 1970. p. 1218-1224.) * sequioso, sedento 34) Com base na leitura das oitavas e nos conhecimentos sobre Os Lus adas, correto dizer: a) A guerra contra Castela foi momento de larga uni o nacional. b) A guerra contra Castela foi instante de grave desuni o nacional. c) O pa s mostrou-se dividido entre o Rei bastardo e a submiss o Castela. d) Os her is populares queriam sair da paz do reinado ndo de D. Fernando. e) As cores foram usadas para sinalizar a alegria do povo na guerra. 16 35) O trecho do poema anota as emo es do povo portugu s em rela o guerra contra Castela. Assinale a alternativa que mostra em qual momento da hist ria brasileira essa sensa o d spar entre o desejo da luta e a pr tica da guerra pode tamb m ser encontrada. a) Na liberta o dos escravos em 1888. b) Na luta pelo petr leo nacional na era Vargas. c) Nos movimentos oper rios e estudantis em 1968. d) Na elei o de Juscelino Kubitschek de Oliveira. e) Na campanha pelas Diretas J em 1984. 36) Com base nos conhecimentos sobre Os Lus adas, a falta de perspectiva cr tica no relato de Vasco da Gama ao rei de Melinde pode ser explicada pelo fato de que a) quem fala no poema precisa dos favores de El-Rei D. Jo o VI. b) Vasco da Gama precisa convencer o rei de Melinde a ir a Portugal. c) Vasco da Gama critica a expans o ultramarina como o Velho do Restelo. d) o eu-l rico constr i uma vis o her ica dos feitos portugueses. e) o eu-l rico mostra-se favor vel ao com rcio com as Am ricas. Leia as informa es e observe a gura a seguir e responda s quest es 37 e 38. Na obra Os Lus adas, o canto IX conhecido como aquele que cont m o epis dio da Ilha dos Amores. Observe a pintura abaixo de Waterhouse que mostra um lugar id lico, onde as ninfas acolhem sedutoramente Hylas, um jovem grego muito belo, pertencente aos Argonautas, que nunca mais foi visto. O texto camoniano tamb m retrata um ambiente reconhecido como locus amoenus, local ameno e protegido onde h guas l mpidas, relvas e rvores frondosas. (WATERHOUSE,John William. Hylas and the Nymps. Dispon vel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:John_William_Waterhouse_-_Hylas_and_the_Nymphs_%281896%29.jpg. Acesso em: 3 nov. 2007.) 37) Com base na gura e nas informa es acima, assinale a alternativa correta que indica a situa o moderna que oferece o mesmo grau de prazer. a) As auto-estradas. b) A vida nas montanhas. c) Os shopping centers. d) As favelas. e) O centro das cidades. 17 38) A Ilha dos Amores o momento de recompensa aos navegadores, ofertada por V nus, que tem a incumb ncia de proteger a Armada portuguesa. Considerando a quantidade de refer ncias antig idade cl ssica na obra Os Lus adas, observado o quadro acima, e com base nos conhecimento da literatura do per odo, correto a rmar: a) Lu s de Cam es poeta neocl ssico, pois usa do locus amoenus e de guras mitol gicas. b) A obra de Cam es traz em si o con ito entre o conhecimento cl ssico e a in u ncia da igreja. c) A obra pica serviu para que seu autor obtivesse em vida o reconhecimento internacional. d) Cam es usa da tradi o pica, contrapondo-se o poeta aos mandamentos da igreja crist . e) A presen a da mitologia grega a auxiliar Vasco da Gama licen a po tica usada por Cam es. As quest es 39 e 40 referem-se ao poema O quinto imp rio , da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, e ao coment rio a seguir: Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Fa a at mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! Triste de quem feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a li o da raiz Ter por vida a sepultura. Eras sobre eras se somem No tempo que em eras vem. Ser descontente ser homem. Que as for as cegas se domem Pela vis o que a alma tem! E assim, passados os quatro Tempos do ser que sonhou, A terra ser theatro Do dia claro, que no atro* Da erma noite come ou. Grecia, Roma, Cristandade, Europa - os quatro se v o Para onde vae toda edade. Quem vem viver a verdade Que morreu Dom Sebasti o? (PESSOA, F. Obra Po tica. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1976. p. 84-85.) *Atro = funesto Muitos v em, na obra de Fernando Pessoa, um conjunto de informa es a reunir uma percep o liberal, fundada na paz resultante da cren a no futuro de nido por um Deus, conjugando ide rios rosacruz e templ rio. H , portanto, na obra pessoana uma linguagem cifrada, como se predissesse o caminho para Portugal. 39) O verso passados os quatro tempos do ser que sonhou refere-se ao rei ass rio Nabucodonosor que, segundo a B blia, sonhou com uma est tua de quatro metais que o profeta Daniel interpretou como uma premoni o de quatro grandes imp rios sucessivos, dos quais o seu era cronologicamente o primeiro. Essa atitude de dizer, veladamente, se repete nos outros poemas da parte dos S mbolos : D. Sebasti o , O Quinto Imp rio , O Desejado , As Ilhas Afortunadas e O Encoberto . 18 Com base nestas informa es, correto a rmar: a) A obra Mensagem um libelo nacionalista para libertar Portugal do regime mon rquico. b) A linguagem cifrada inibe a verdade nua, permitindo que haja diferentes leituras. c) Fernando Pessoa quer rede nir a import ncia de Portugal no contexto da Europa. d) A obra cont m dados b blicos verdadeiros acerca dos rumos da na o portuguesa. e) Fernando Pessoa, embora um pensador liberal, n o consegue se libertar da verdade b blica. 40) Com base nos textos, considere as a rmativas a seguir: I. A alma n o suplanta os limites prim rios e fracos da carne. II. A no o de futuro acaba por determinar o presente. III. A esperan a o caminho para a salva o do homem. IV. Todo imp rio tem o seu m ser substitu do. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas, mencionadas anteriormente. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 19 VESTIBULAR 2008 2a FASE 10/12/2007 Gabarito oficial provis rio HIST RIA e L. PORTUGUESA 1 d 21 a 2 e 22 d 3 a 23 b 4 d 24 a 5 b 25 c 6 c 26 a 7 e 27 e 8 a 28 b 9 b 29 d 10 c 30 a 11 b 31 c 12 e 32 b 13 a 33 e 14 e 34 a 15 e 35 c 16 c 36 d 17 d 37 c 18 c 38 e 19 b 39 b 20 a 40 e Londrina, 10 de dezembro de 2007 Prof. Dr. N bio Delanne Ferraz Mafra Diretor Pedag gico em exerc cio COPS

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