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UEL Vestibular de 2006 - PROVAS DA 2º FASE : Português Espanhol

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CONCURSO VESTIBULAR 2006 2 FASE 18/12/2005 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Assine no local indicado. 2. Aguarde autoriza o para abrir o caderno de provas. 3. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 4. Nesta prova, h dois tipos de quest es: Quest o discursiva, na prova de Reda o. Quest es de m ltipla escolha, nas provas de L ngua Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e Espanhol, em que h somente uma alternativa correta. 5. Ao receber o Cart o Resposta, examine-o e verifique se os dados nele impressos correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. Transcreva para o Cart o Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente, caneta com tinta preta. 7. No Cart o Resposta, a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o anulam a quest o. 8. N o haver substitui o do Cart o Resposta por erro de preenchimento. 9. N o ser o permitidas consultas, empr stimos e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletr nicos ou n o, inclusive rel gio. O n o-cumprimento dessas exig ncias implicar a exclus o do candidato deste Concurso. 10. Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o caderno de provas, o Cart o Resposta e a folha definitiva da reda o, devidamente assinados. 11. O tempo para a transcri o da reda o na folha de vers o definitiva, bem como para o preenchimento do Cart o Resposta est o inclu dos no tempo de dura o desta prova. L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA ESPANHOL DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS 2 REDA O Para elaborar sua reda o voc deve escolher UM entre os tr s temas indicados e assinalar a op o correspondente. Observe rigorosamente as instru es a seguir. INSTRU ES 1. N o se esque a de focalizar o tema proposto. 2. A sua reda o deve necessariamente referir-se ao texto de apoio ou dialogar com ele. Aten o, evite mera colagem ou reprodu o. 3. Organize sua reda o de modo que preencha entre 20 (m nimo) e 25 (m ximo) linhas plenas, considerando-se letra de tamanho regular. 4. Observe o espa amento que indica in cio de par grafo. 5. Use a prosa como forma de express o. 6. Crie um t tulo para a sua reda o e coloque-o na linha adequada. 7. Comece a desenvolver o texto na linha 1. 8. Use caneta esferogr fica para transcrever a reda o para a folha de vers o definitiva. Evite rasuras. 9. Verifique se, na folha de vers o definitiva da reda o, o n mero impresso corresponde ao de sua inscri o. Comunique ao Fiscal qualquer irregularidade. 10. O tempo para a transcri o da reda o na folha de vers o definitiva est contido na dura o da prova, que de quatro horas. TEMA 1 O fragmento de texto a seguir aborda aspectos da quest o ind gena no Brasil. Cinco homens e tr s mulheres carregam a sina de serem os ltimos de seu povo. Da cultura e dos h bitos que tornaram os xet s diferentes de qualquer outro grupo ind gena do Sul do pa s, restaram s algumas lembran as. Os xet s podem ser considerados um povo genuinamente paranaense. Habitavam o Noroeste do estado, entre os rios Iva e Paran . Na poca do primeiro contato documentado, ocorrido em 1954, j eram poucos. Estavam debilitados pela redu o de sua rea de dom nio, ocupada pela agricultura cafeeira. As disputas com outros povos, os conflitos internos e a fuga eterna dos brancos fizeram a popula o xet diminuir. O primeiro encontro foi uma iniciativa dos ndios, que sabiam que uma aproxima o era inevit vel, e deram o primeiro passo para evitar confrontos. Era uma estrat gia de sobreviv ncia que, pelo visto, n o deu certo. Desde 2000, tramita na Funai um projeto para reagrupar os xet s e seus descendentes em uma rea de 6000 alqueires, entre Douradina e Umuarama. espera de decis es que n o podem tomar, os xet s levam sua vida. Em comum, eles t m um sentimento: o de que ainda s o um povo. (Adaptado de: BUSNARDO, E.; VOITCH, G. O fim de um povo paranaense. In: Jornal de Londrina, Londrina, 06 mar. 2005. Brasil, p. 8.) Tendo como refer ncia o fragmento de texto anterior, elabore um texto dissertativo discutindo os dilemas e as perspectivas dos povos ind genas ante o avan o da denominada civiliza o . TEMA 2 O trecho a seguir parte de um artigo em que o ex-presidente da Funda o Biblioteca Nacional motiva o seu recente pedido de demiss o da presid ncia da Biblioteca. Ouve-se sempre dizer que a cole o da Biblioteca Nacional das mais not veis do mundo, e que do Brasil a biblioteca tem tudo. N o tem. Longe disso. Muita coisa est em p ssimo estado, e faltam centenas de milhares de pe as indispens veis para o acervo de uma Biblioteca Nacional do Brasil. Nunca as teve, perdeu muita coisa comida por cupins no passado e em roubos sucessivos, restaurou o que p de e rep s muito pouco. Preencher as lacunas da biblioteca uma urg ncia patri tica, mas custar muito dinheiro. Reformar a Biblioteca Nacional tarefa herc lea, necessita de um plano de trabalho cont nuo de pelo menos dez anos e de um enorme or amento. Mas nada que precise chegar perto do esfor o da Fran a, que gastou R$ 5 bilh es com a sua nova Biblioteca Nacional. Com 50 vezes menos, algo como R$ 100 milh es dedicados ao acervo, j seria poss vel realizar prod gios. (LAGO, Pedro Corr a. Mil dias na Biblioteca Nacional. In: Folha de S. Paulo, S o Paulo, 10 out. 2005. Opini o, p. A 3.) A partir da provoca o tem tica sugerida na fala do autor, elabore um texto dissertativo discutindo a associa o entre o financiamento estatal deficit rio na rea da cultura e a relev ncia dos investimentos neste setor para o Brasil em geral. TEMA 3 Leia a seguir um extrato do pensamento de um renomado pensador contempor neo. A fim de ilustrar as virtualidades de uma concep o alargada de explora o que inclua a natureza capitalista, gostaria de chamar a aten o para o aparecimento de novas liga es entre a degrada o da natureza e a degrada o da vida das mulheres, isto , entre a explora o (alargada) e o patriarcado. Os estudos sobre a explora o das mulheres pobres e tribais nas sociedades n o ocidentais e, em geral, os estudos sobre eco-feminismo demonstraram, de forma convincente, que a natureza capitalista, sob a forma de quimicaliza o da agricultura, da desfloresta o, da privatiza o e escassez dos recursos h dricos etc, vitima e exclui a mulher de forma particularmente intensa. Al m disso, a constru o social da mulher como natureza ou como pr xima da natureza (corporalidade, sensualidade) permite um isomorfismo insidioso entre a domina o da natureza e a domina o da mulher. (Adaptado de: SOUSA SANTOS, Boaventura. A cr tica da raz o indolente. 3. ed. S o Paulo: Cortez, 2001. p. 285-286.) Considerando a abordagem do autor, escreva um texto dissertativo discutindo as motiva es que regem a explora o dos recursos naturais na atualidade, situando nesse contexto a subordina o da condi o feminina. 3 L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA IV. O agente da forma verbal p s nuvem , termo omitido neste verso. Est o corretas apenas as afirmativas: As quest es de 01 a 04 referem-se ao Canto V de Os Lus adas (1572), de Lu s Vaz de Cam es (1524/5?-1580). a) b) c) d) e) XXXVII Por m j cinco s is eram passados Que dali nos part ramos, cortando Os mares nunca de outrem navegados, Prosperamente os ventos assoprando, Quando ua noite, estando descuidados Na cortadora proa vigiando, Ua nuvem, que os ares escurece, Sobre nossas cabe as aparece. XXXVIII T o temerosa vinha e carregada, Que p s nos cora es um grande medo. Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em v o nalgum rochedo - Potestade disse sublimada, Que amea o divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta? (CAM ES, Lu s Vaz de. Os Lus adas. 4 . ed. Porto: Editorial Domingos Barreira, s.d. p. 332.) 01- H , na passagem selecionada, o registro de mudan a no cen rio. Trata-se do pren ncio de agouros a serem efetivados: a) b) c) d) e) Pelo velho do Restelo, encolerizado frente excessiva vaidade do povo portugu s. Pelos mouros, inconformados com as sucessivas conquistas dos portugueses. Pelo velho do Restelo, irritado diante de tantas gl rias relatadas por Vasco da Gama. Pelo gigante Adamastor, irritado com o atrevimento do povo portugu s a navegar seus mares. Pelo promont rio Adamastor, maravilhado com a tecnologia n utica dos portugueses. 02- Nos quatro ltimos versos da estrofe de n mero XXXVIII fazem-se presentes as palavras: a) b) c) d) e) Da temerosa e carregada nuvem que surgira repentinamente no c u. Do negro mar que batia num rochedo, irritado com as conquistas portuguesas. De Baco, deus protetor dos mouros, que se viam inconformados com as conquistas portuguesas. De Paulo da Gama, presente entre os tripulantes da nau chefiada por seu irm o. De Vasco da Gama, her i portugu s a liderar embarca es rumo s ndias. 03- Com base no segundo verso da estrofe XXXVIII, considere as afirmativas a seguir. I. O que substitui nuvem , termo presente no pen ltimo verso da estrofe anterior. II. O que um conectivo com valor de conseq ncia das situa es apresentadas no verso anterior. III. A express o um grande medo complemento da forma verbal p s . I e II. I e III. III e IV. I, II e IV. II, III e IV. 04- Sobre a refer ncia a cora es , correto afirmar: a) b) c) d) e) Trata-se de uma amea a s aventuras sentimentais dos marinheiros que, nessa ocasi o, se envolveram com as ninfas. Trata-se do estado emocional dos marinheiros que se desestabilizaram ante um fen meno dif cil de compreender. Trata-se de refer ncia aos familiares que estavam com medo do destino dos marinheiros ap s as pragas do Velho do Restelo. Trata-se de desgaste dos marinheiros que j imaginavam ter superado a batalha contra Adamastor. Trata-se de um reflexo, exposto de modo imediato pelos marinheiros, que perceberam a concretiza o da profecia do Velho do Restelo. As quest es de 05 a 08 referem-se aos par grafos iniciais do IX cap tulo de Macuna ma, o her i sem nenhum car ter (1928), de M rio de Andrade (18931945), intitulado Carta Pr s Icamiabas . s mui queridas s bditas nossas, Senhoras Amazonas. Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, S o Paulo. Senhoras: N o pouco vos surpreender , por certo, o endere o e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudades e muito amor, com desagrad vel nova. bem verdade que na boa cidade de S o Paulo a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes n o sois conhecidas por icamiabas , voz esp ria, sin o que pelo apelativo de Amazonas; e de v s se afirma cavalgardes bel geros ginetes e virdes da H lade cl ssica; e assim sois chamadas. Muito nos pesou a n s, Imperador vosso, tais dislates da erudi o, por m heis de convir conosco que, assim, ficais mais her icas e mais consp cuas, tocadas por essa p tina respeit vel da tradi o e da pureza antiga. Mas n o devemos esperdi armos vosso tempo fero, e muito menos conturbarmos vosso entendimento, com not cias de mau calibre; passemos, pois, imediato, ao relato dos nossos feitos por c . Nem cinco s is eram passados que de v s nos part ramos, quando a mais temerosa desdita pesou sobre n s. Por uma bela noite dos idos de maio do ano translato, perd amos a muiraquit ; que outrem grafara muraquit , e, alguns doutos, ciosos de etimologias esdr xulas, ortografam muyrakitam e at mesmo muraqu -it , n o sorriais! Haveis de saber que este voc bulo, t o familiar a vossas trompas de Eust quio, quasi desconhecido por aqui. Por estas paragens mui civis, os guerreiros chamam-se pol cias, grilos, guardas-c vicas, boxistas, legalistas, mazorqueiros, etc.; sendo que alguns desses termos s o neologismos absurdos baga o nefando com que os desleixados e petimetres conspurcam o bom falar lusitano. Mas n o nos sobra j 4 vagar para discretearmos sub tegmine fagi , sobre a l ngua portuguesa, tamb m chamada lusitana. O que vos interessar , por sem d vida, saberdes que os guerreiros de c n o buscam mav rticas damas para o enlace epital mico; mas antes as preferem d ceis e facilmente troc veis por vol teis folhas de papel a que o vulgo chamar dinheiro o curriculum vitae da civiliza o, a que hoje fazemos ponto de honra em pertencermos. (ANDRADE, M rio de. Macuna ma: o her i sem nenhum car ter. Edi o Cr tica de Tel Porto Ancona Lopez. Rio de Janeiro: Livros T cnicos e Cient ficos; S o Paulo: Secretaria da Cultura, Ci ncia e Tecnologia, 1978, p. 71-72.) 05- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. O emissor da carta Macuna ma e encontrase em S o Paulo. Dirige-se formalmente s icamiabas, fazendo uso, para si, de plural majest tico, n s , e, para elas, de segunda pessoa do plural, v s . A comunica o torna-se, atrav s desse procedimento, marcadamente formal. II. A formalidade da linguagem presente na carta bastante artificial. O l xico e a sintaxe mostramse preciosistas e arcaizantes, revelando op o do emissor por valores estranhos queles que unem emissor e destinat rias, membros do Uraricoera. III. A carta deixa transparecer a falta de conhecimento da l ngua pela qual a personagem Macuna ma optou, pois emprega indevidamente a flex o verbal ( n o devemos esperdi armos ; fazemos ponto de honra pertencermos ). IV. H tentativa de enraizamento da carta na tradi o latina, conforme demonstram o emprego de palavras provenientes diretamente do latim ( icamiabas , muiraquit ) e a par dia do epis dio do velho do Restelo presente em Nem cinco s is eram passados . Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 06- Macuna ma, personagem criada por M rio de Andrade, oscila entre duas ordens de valores: os europeus e aqueles do Uraricoera. Na carta destinada s icamiabas, antecipa sua desastrosa op o final pelos valores europeus dos quais, na verdade, tem pouco conhecimento. Assim sendo, a carta (cap tulo IX) antecipa epis dio final no qual: a) b) c) d) e) A filha de Vei, a Sol, trocada por Dona Sancha, que, na verdade, a Uiara. Macuna ma entrega-se a Ci, M e do Mato, imperatriz do mato-virgem. O her i batizado pela cotia, por m o l quido n o banha sua cabe a. Macuna ma v a aproxima o de um navio, n o chegando, no entanto, a embarcar. Ci retira de seu colar uma pedra verde em forma de sauro e a entrega a Macuna ma. 07- Em Os Lus adas, de Cam es, l -se: Por m j cinco s is eram passados / Que dali nos part ramos, [...], / Quando ua noite, estando descuidados / Na cortadora proa vigiando, / Ua nuvem, que os ares escurece, / Sobre nossas cabe as aparece. Em Macuna ma, de M rio de Andrade, l -se: Nem cinco s is eram passados que de v s nos part ramos, quando a mais temerosa desdita pesou sobre n s. Com base nas duas passagens citadas, considere as afirmativas a seguir. I. Na obra de Cam es, a mudan a da sorte efetiva-se cinco dias ap s a sa da das naus de Lisboa. Em Macuna ma, a mudan a da sorte ocorre antes de completar os cinco dias da partida do Uraricoera. II. Enquanto em Os Lus adas a contagem dos dias faz-se a partir da sa da de determinado lugar, em Macuna ma ela faz-se a partir do momento em que a personagem abandona a companhia das icamiabas, habitantes do Uraricoera. III. A primeira pessoa do plural empregada no texto camoniano aplica-se a todos os membros das embarca es lideradas por Vasco da Gama. A primeira pessoa do plural empregada no texto andradino aplica-se ao her i, seus irm os e Capei. IV. Em Os Lus adas, a mudan a dos eventos marcada pelo surgimento de uma nuvem escura no c u. Em Macuna ma, n o h a media o da natureza a prenunciar a desdita, ou seja, a perda da muiraquit . Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e III. II e IV. I, III e IV. II, III e IV. 08- Em carta a Manuel Bandeira, M rio de Andrade afirma: Macuna ma como todo brasileiro que sabe um poucadinho, vira pedant ssimo (op. cit, p. 252). correto afirmar que o pedantismo de Macuna ma faz-se presente atrav s: a) b) c) d) e) Do emprego de express es menos comuns quando era poss vel utilizar palavra mais conhecida, como o caso, por exemplo, de trompas de Eust quio em lugar de ouvido . Do emprego corret ssimo de auxiliar e infinitivo flexionados em locu es verbais como n o devemos esperdi armos . Da utiliza o de palavras arcaizantes, como o caso do emprego de icamiabas , substituindo mulheres libidinosas de S o Paulo . Da utiliza o de l xico e sintaxe pr prios do falar paulistano: de v s se afirma cavalgardes bel geros ginetes . Da utiliza o da palavra icamiabas em lugar da j conhecida denomina o amazonas , uma vez que objetiva vincular tais mulheres tradi o portuguesa. 5 As quest es de 09 a 12 referem-se passagem de Recorda es do Escriv o Isa as Caminha (1909), de Lima Barreto (1881-1922). [...] Aquele come o de m s foi para mim de grande sossego e de muito ego smo. Embora minha m e tivesse afinal morrido havia alguns meses, eu n o tinha sentido sen o uma leve e ligeira dor. Depois de empregado no jornal, pouco lhe escrevi. Sabia-a muito doente, arrastando a vida com esfor o. N o me preocupava... Os ditos do Floc, as pilh rias de Losque, as senten as do s bio Oliveira, tinham feito chegar a mim uma esp cie de vergonha pelo meu nascimento, e esse vexame me veio diminuir em muito a amizade e a ternura com que sempre envolvi a sua lembran a. Sentia-me separado dela. Conquanto n o concordasse ser ela a esp cie de besta de carga e m quina de prazer que as senten as daqueles idiotas a abrangiam no seu pensamento de lorpas, entretanto eu, seu filho, julgava-me a meus pr prios olhos muito diverso dela, sa do de outra estirpe, de outro sangue e de outra carne. Ainda n o tinha coordenado todos os elementos que mais tarde vieram encher-me de profundo desgosto e a minha intelig ncia e a minha sensibilidade n o tinham ainda organizado bem e disposto convenientemente o grande stock de observa es e de emo es que eu vinha fazendo e sentindo dia a dia. Vinham uma a uma, invadindo-me a personalidade insidiosamente para saturar-me mais tarde at ao aborrecimento e ao desgosto de viver. Vivia, ent o, satisfeito, gozando a temperatura, com almo o e jantar, ignobilmente esquecido do que sonhara e desejara. Houve mesmo um dia em que quis avaliar ainda o que sabia. Tentei repetir a lista dos C sares n o sabia; quis resolver um problema de regra de tr s composta, n o sabia; tentei escrever a f rmula da rea da esfera, n o sabia. E notei essa ru na dos meus primeiros estudos cheio de indiferen a, sem desgosto, lembrando-me daquilo tudo como impress es de uma festa a que fora e a que n o devia voltar mais. Nada me afastava da del cia de almo ar e jantar por sessenta mil-r is mensais. (BARRETO, Lima. Recorda es do escriv o Isa as Caminha. Rio de Janeiro: Garnier, 1989. p. 194-195.) 10- Sobre os conte dos escolares citados no texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) 11- Ainda n o tinha coordenado todos os elementos que mais tarde vieram encher-me de profundo desgosto e a minha intelig ncia e a minha sensibilidade n o tinham ainda organizado bem e disposto convenientemente o grande stock de observa es e de emo es que eu vinha fazendo e sentindo dia a dia . Assinale a alternativa que parafraseia corretamente o trecho destacado. a) b) c) 09- Com base no texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) Isa as Caminha sente-se sossegado, afinal agora um jornalista de renome, tem amigos e est sem problemas com sua m e. O ego smo a que se refere Isa as diz respeito forma como lidava com seus amigos de inf ncia Oliveira, Losque e Floc. Sua rela o com a m e foi boa at que revela es sobre a sua origem bastarda abalaram de vez a confian a do jovem. Losque, Oliveira e Floc sentiam inveja do talento de Caminha, por isso tentavam desmoralizar sua m e, o que agora n o era mais poss vel. Caminha n o gosta das insinua es maldosas que Losque, Oliveira e Floc fazem sobre sua m e, mas ele pr prio se sente desconfort vel em rela o sua origem. Esses conte dos representam os conflitos psicol gicos da personagem e suas d vidas profissionais. Esquecer esses conte dos positivo, pois aponta para o crescimento intelectual e o amadurecimento profissional da personagem. A diversidade dos conte dos esquecidos revela a instabilidade vocacional da personagem, sempre em d vida sobre o que fazer na maturidade. Esquecer tais conte dos simboliza o distanciamento da personagem em rela o a valores cultivados no passado. Tais conte dos representam o sistema escolar de sua pequena cidade, ao qual ele sempre se op s, por ser retr grado e ineficiente. d) e) Mesmo coordenando todos os elementos que vinham me encher de profundo desgosto a minha intelig ncia, a minha sensibilidade n o tinha organizado bem e disposto convenientemente o grande stock de observa es das emo es que eu vinha fazendo e sentindo no dia-a-dia. Mal tinha coordenado todos os elementos os quais mais tarde viriam desgostar-me profundamente, a minha intelig ncia e a minha sensibilidade n o tinham organizado muito e convenientemente bem o grande stock de observa es e emo es com as quais eu vinha sentindo dia ap s dia. Nem bem tinha coordenado todos os elementos, mais tarde veio encher-me de profundo desgosto a intelig ncia e a sensibilidade de organizar bem e convenientemente o grande stock de observa es e de emo es do meu dia-a-dia. O grande stock de observa es e de emo es as quais eu vinha fazendo e sentindo dia ap s dia ainda n o tinha sido organizado bem e disposto com conveni ncia pela minha sensibilidade e pela minha intelig ncia, nem tampouco eu tinha ainda coordenado todos os elementos que mais tarde me encheram de profundo desgosto. A minha intelig ncia ainda n o tinha sido organizada bem e disposta com conveni ncia pelo grande stock de observa es e de emo es que eu vinha fazendo e sentindo no meu dia-adia, nem tinha a minha sensibilidade coordenado ainda todos os elementos que mais tarde me encheriam de profundo desgosto. 6 12- Sobre o per odo Conquanto n o concordasse ser ela a esp cie de besta de carga e m quina de prazer que as senten as daqueles idiotas a abrangiam no seu pensamento de lorpas, entretanto eu, seu filho, julgava-me a meus pr prios olhos muito diverso dela, sa do de outra estirpe, de outro sangue e de outra carne , considere as afirmativas a seguir. I. Conquanto e entretanto podem ser substitu dos respectivamente por como e portanto , sem preju zo do sentido original. II. As duas ocorr ncias do pronome seu remetem a diferentes personagens. III. O uso da primeira pessoa nos pronomes eu , me e meus , t o pr ximos entre si, acentua a autoria do julgamento citado. IV. A segunda v rgula est sendo utilizada obedecendo ao mesmo crit rio da ltima. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. II e III. I, III e IV. II, III e IV. As quest es de 13 a 17 referem-se passagem de S o Bernardo (1934), de Graciliano Ramos (1892-1953). (...) - O senhor mora na capital? - N o, moro no interior. - Em Vi osa? - . - Eu tamb m, h pouco tempo. Mas cidade pequena... Horr vel, n o ? - A cidade pequena? E a grande. Tudo horr vel. Gosto do campo, entende? Do campo. D. Gl ria fechou a cara: - Mato? Santo Deus! Mato s para bicho. E o senhor vive no mato? - Em S. Bernardo. D. Gl ria n o conhecia S. Bernardo, e essa ignor ncia me ofendeu, porque para mim S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. - Uma boa fazenda! N o h l essa gua podre que se bebe por a . Lama. N o senhora, h conforto, h higiene. D. Gl ria retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: - N o me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo da , sou como peixe fora da gua. Tanto que estive cavando transfer ncia para um grupo na capital. Mas preciso muito pistol o. Promessas... - Ah! professora? - N o. Professora minha sobrinha. - Aquela mo a que estava com a senhora em casa do dr. Magalh es? - Sim. - E como a gra a de sua sobrinha, d. Gl ria? - Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... - Espere l . O Nogueira e o Gondim me falaram nela. Mulher prendada, bonita. Perfeitamente. O Gondim falou muito. O Gondim do Cruzeiro, um da venta chata. - Sei. E recolheu, sorrindo, os elogios sobrinha. - Pois uma menina como aquela encafuar-se num buraco, seu... - Paulo Hon rio, d. Gl ria. Faz pena. Isso de ensinar b -a-b tolice. Perdoe a indiscri o, quanto ganha sua sobrinha ensinando b -a-b ? D. Gl ria baixou a voz para confessar que as professoras de primeira entr ncia tinham apenas cento e oitenta mil-r is. - Quanto? - Cento e oitenta mil-r is. - Cento e oitenta mil-r is? Est a . uma desgra a, minha senhora. Como diabo se sustenta um crist o com cento e oitenta mil-r is por m s? Quer que lhe diga? Faz at raiva ver uma pessoa de certa ordem sujeitar-se a semelhante mis ria. Tenho empregados que nunca estudaram e s o mais bem pagos. Porque n o aconselha sua sobrinha a deixar essa profiss o, d. Gl ria? D. Gl ria referiu-se dificuldade de arranjar empregos e ao montepio. - Que montepio! Isso vale nada! E empregos... Vou indicar um meio de sua sobrinha e a senhora ganharem dinheiro a rodo. Criem galinhas. (...) Essa conversa, claro, n o saiu de cabo a rabo como est no papel. Houve suspens es, repeti es, malentendidos, incongru ncias, naturais quando a gente fala sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. [...] o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto baga o. (RAMOS, Graciliano. S o Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78.) 13- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. A capital valorizada por D. Gl ria como um local interessante, enquanto Paulo Hon rio a considera um lugar desagrad vel. II. A cidade pequena desprezada por D. Gl ria como um lugar horr vel, enquanto Paulo Hon rio a considera um lugar mais agrad vel do que a capital. III. Aquilo a que Paulo Hon rio se refere como campo e um local apraz vel interpretado por D. Gl ria como mato e desconfort vel. IV. O melhor local para D. Gl ria a capital, enquanto para Paulo Hon rio S. Bernardo, embora ele admita que se trata de um lugar pouco conhecido. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e III. II e IV. I, III e IV. II, III e IV. 7 14- Sobre as refer ncias a Madalena no di logo entre D. Gl ria e Paulo Hon rio, correto afirmar: a) b) c) d) e) Paulo Hon rio disfar a sua surpresa quanto ao fato de estar diante da tia de Madalena, pois ele pr prio arranjara para estar ao seu lado no trem. Paulo Hon rio finge desconhecer nome e profiss o da sobrinha de D. Gl ria, pois, para dar emprego a Madalena, j havia colhido essas e outras informa es com seus conhecidos. Paulo Hon rio j estava, desde o encontro na casa de Magalh es, interessado em Madalena, mas ignorava certos detalhes sobre D. Gl ria e a sobrinha. Paulo Hon rio recusa-se a concordar que o grande problema de Madalena era estar em uma cidade do interior, pois outros empregos lhe permitiriam ganhos melhores. Madalena e Paulo Hon rio j eram ntimos, mas D. Gl ria desconhecia que o fazendeiro fizera sobrinha propostas de casamento e de mudan a para S o Bernardo. 15- Sobre as diverg ncias entre Paulo Hon rio e D. Gl ria, considere as afirmativas a seguir. I. Tais diverg ncias reduzem-se a detalhes, pois, ap s o casamento de Paulo Hon rio e Madalena, os problemas s o contornados, embora o ci me do fazendeiro pela esposa cause alguns transtornos. II. Tais diverg ncias aumentam ainda antes do casamento em fun o da rudeza de Paulo Hon rio e apesar da intimidade crescente e sem atritos entre o fazendeiro e Madalena. III. Tais diverg ncias estendem-se para o relacionamento entre Paulo Hon rio e Madalena, que t m concep es pol ticas incompat veis. IV. Tais diverg ncias s o experimentadas tamb m por Madalena e por Paulo Hon rio no que se refere ao papel da educa o. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. II e III. III e IV. I, II e IV. I, III e IV. 16- Quanto sugest o dada por Paulo Hon rio ao fim do di logo, correto afirmar: a) b) c) d) e) uma proposta feita apenas para que D. Gl ria risse, tornando o di logo menos spero. uma recomenda o s ria em que o fazendeiro insiste, mesmo ap s o casamento. uma sugest o dada com o intuito de ofender D. Gl ria, comprovando os maus modos do fazendeiro. uma id ia que ilustra a concep o materialista do fazendeiro ao desprezar ideais e supervalorizar o dinheiro. uma ironia do fazendeiro que tamb m se engaja na luta por melhores remunera es aos professores. 17- Leia, a seguir, as afirma es a respeito do trecho final transcrito, ap s o di logo entre Paulo Hon rio e D. Gl ria. I. Esta refer ncia narrativa e a confiss o de supress o de passagens ajudam a esclarecer o procedimento de Paulo Hon rio quanto a omitir circunst ncias da morte de Mendon a. II. O processo adotado por Paulo Hon rio quanto narrativa coincide com a mentalidade da personagem na administra o da fazenda e na busca de obten o de lucros. III. A atitude de expor determinadas caracter sticas do processo narrativo constitui um exemplo de pr ticas liter rias que se identificam com t cnicas realistas e naturalistas convencionais. IV. A confirma o de um car ter seletivo do material a ser narrado aponta para um perfil modernista deste romance que preserva, para o leitor, a integridade moral do narrador e do protagonista. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. As quest es de 18 a 20 referem-se ao texto a seguir. Pequeno folhetim do folclore [...] Ainda que o folclore seja de car ter universal, existe a particularidade na cultura de cada pa s, da advertindo que todos os homens t m cora o, mas o ritmo card aco diferente em cada homem. Por isso, em sua obra, [Lu s da C mara Cascudo] colocou sempre em relevo as permutas culturais entre o Brasil e o mundo: o cuscuz rabe, o frango veio da Europa, o quiabo da frica, o beijo nasceu na sia, a roda europ ia, a mandioca e a rede de dormir s o amerabas, o sarapatel indiano. Observados no cotidiano, a sua pesquisa revela os interc mbios culturais, antigos e modernos, do Brasil com o mundo inteiro: Dar adeus e saudar com a m o agitada ou tocar levemente na fronte n o tem idade. Uma est ria ouvida de um ind gena do Amazonas est na Guin . O andar rebolado das nossas damas um produto de importa o. Trouxe-o o africano banto que o teria da Polin sia, onde chamam onioni, e t cnica de sedu o ministrada regularmente. Esticar a l ngua desaforo para os romanos tr s s culos antes de Cristo. Leite de coco veio da ndia. O brasileiro hoje, que come ou sendo mameluco no s culo 16, veste cal a verde, usa camisa vermelha, mastiga chiclete, come xistudo, mas pensa com a tradi o cat lica vinda de Roma. (VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto. Pequeno folhetim do folclore. In: Revista Caros Amigos. S o Paulo: Casa Amarela. Ano IX, n. 98, p. 45, maio 2005.) 18- Com base no texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) O andar rebolado de nossas damas indica uma pr tica cotidiana provinda de um interc mbio cultural entre o Brasil e a ndia. A tradi o folcl rica brasileira resultado de variadas permutas culturais entre o Brasil e o mundo. A identifica o de origens dos h bitos deve-se necessidade, exposta j na primeira frase, de descartar a tese da autenticidade da cultura brasileira. As reflex es sobre o brasileiro de hoje apontam para a degrada o cultural contempor nea que contrasta com a originalidade do passado. Os interc mbios culturais, observados no cotidiano, mostram como o folclore tem um car ter particularizante e homog neo. 8 19- Com base no per odo: [...] todos os homens t m cora o, mas o ritmo card aco diferente em cada homem , considere as afirmativas a seguir. I. O conectivo mas estabelece rela o de oposi o entre temporalidades diferentes. II. O termo cora o usado em seu sentido conotativo para apontar as boas inten es dos homens em sua contribui o para a cultura. III. A express o todos os homens ind cio de generaliza o a ser associada com a exist ncia do folclore em mbito universal. IV. A express o cada homem uma imagem para representar as peculiaridades culturais de povos diferentes. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e III. III e IV. I, II e IV. II, III e IV. 20- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. A palavra o , que aparece em trouxe-o , retoma a express o o andar rebolado das nossas damas , indicada anteriormente. II. A palavra onde empregada para substituir o nome pr prio Polin sia , indicado no mesmo per odo. III. A palavra que substitui as palavras brasileiro e mameluco empregadas nas duas ora es do per odo em que aparece. IV. A palavra mas retoma, no ltimo per odo, o termo xistudo , indicado na ora o anterior. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. Blair ha pedido apoyo para las fuerzas de seguridad, abocadas a actuar en un clima de amenaza terrorista cierta e inmediata, en el que la eventual presencia de suicidas introduce un factor aleatorio de dif cil control. Pero ese apoyo no puede convalidar cualquier actuaci n policial. Esta muerte no s lo debe ser investigada por los rganos policiales, como ha anunciado Londres, sino por la justicia, la nica que puede dilucidar si se produjo o no una ejecuci n extrajudicial, inadmisible en un Estado democr tico. La orden de disparar a matar contra el sospechoso de ser terrorista suicida puede ser un nuevo factor de alarma ciudadana si se traduce en muertes tan absurdas y dif cilmente explicables como sta. Se desconoce, por ser secreto, el protocolo de actuaci n de dicha orden, pero s lo ser a admisible en circunstancias muy concretas y previamente definidas, en las que el error, siempre posible, pudiera justificarse por una evaluaci n fundada del riesgo que se pretend a evitar. Esas circunstancias no parecen concurrir en este suceso. Si era sospechoso, por qu no se le detuvo al salir del edificio vigilado por los agentes, y, en cambio, se le permiti subir a un autob s y despu s entrar en una estaci n de metro, sabiendo que eran los lugares de mayor riesgo para la seguridad? Ser a inquietante que el principal dato que se tuviera en cuenta fuera la tez morena de De Menezes, porque indicar a que la poblaci n de origen no europeo se encuentra en una situaci n de especial vulnerabilidad. Queda la duda de si la polic a pudo neutralizar ese posible riesgo actuando con mayor diligencia y sin necesidad de causar la muerte de un inocente. Por eso, roza el esc ndalo que la orden de disparar a matar merezca el apoyo en Espa a del presidente del Tribunal Supremo, Francisco Jos Hernando, algo verdaderamente asombroso en quien preside el m ximo rgano jurisdiccional del pa s y que, dada la amenaza global del terrorismo isl mico, podr a verse abocado a juzgar a casos parecidos. (Adaptado. Dispon vel em: <www.elpais.es>. Acesso em: 27 jul. 2005.) ESPANHOL 21- Com base no texto, correto afirmar: Leia o texto a seguir e responda s quest es de 21 a 24. a) M s que disculpas El primer ministro brit nico, Tony Blair, ha pedido disculpas por la muerte del joven brasile o Jean Charles de Menezes, de 27 a os, al que la polic a confundi con un terrorista suicida, dispar ndole siete tiros en la cabeza mientras permanec a inmovilizado en el suelo. Su ministro de Exteriores, Jack Straw, ha prometido una indemnizaci n a la familia de la v ctima. El Gobierno brit nico reconoce que la expeditiva actuaci n policial fue un error. Pero ni las disculpas ni la indemnizaci n prometida pueden cerrar un caso que plantea numerosas inc gnitas sobre el modo de proceder policial, y mucho menos saldar las posibles responsabilidades por una muerte que, seg n las circunstancias en que se produjo, no parece que fuera inevitable. Todo indica que hubo m s que un error racionalmente admisible en circunstancias en que la polic a se enfrenta a una decisi n extrema en la que debe elegir entre matar a alguien que puede ser inocente o arriesgarse a un gran atentado. b) c) d) e) assombroso que l deres estrangeiros, como Francisco Jos Hernando, n o ap iem a ordem de disparar para matar, dada a amea a global do terrorismo isl mico. O t tulo refere-se ao fato de que, muito al m de um simples pedido de desculpas, os rg os oficiais devem rever as a es policiais no combate ao terrorismo. A presen a de terroristas suicidas representa uma situa o de dif cil controle por parte das for as de seguran a e, por conta disto, qualquer atua o policial se justifica. Segundo o Governo brit nico, tudo indica que o assassinato do suspeito estrangeiro foi inevit vel, apesar das circunst ncias nas quais ocorreu. A amea a terrorista justifica o pedido de desculpas do Governo brit nico e o pagamento de indeniza o fam lia da v tima, saldando, assim, as responsabilidades pela morte do suspeito. 9 22- Analise o fragmento a seguir: Si era sospechoso, por qu no se le detuvo al salir del edificio vigilado por los agentes, y, en cambio, se le permiti subir a un autob s y despu s entrar en una estaci n de metro, sabiendo que eran los lugares de mayor riesgo para la seguridad? correto afirmar que os termos em destaque referem-se: a) b) c) d) e) Aos agentes policiais. A uma esta o de metr . Ao edif cio vigiado pelos agentes policiais. Aos lugares de maior risco. Ao suspeito. 23- correto afirmar que no fragmento: Esas circunstancias no parecen concurrir en este suceso. , a express o sublinhada refere-se: a) b) c) d) e) Ao sucesso de Tony Blair por ter pedido desculpas pela morte de um jovem brasileiro confundido com um terrorista suicida. ordem de atirar para matar em caso de amea a terrorista em territ rio brit nico. Ao sucesso da pol cia brit nica ao deparar-se com a situa o dif cil de escolher entre matar algu m que seja inocente ou arriscar-se a permitir um atentado terrorista. Ao epis dio ocorrido numa esta o de metr em Londres onde um jovem brasileiro foi morto por ter sido confundido com um terrorista suicida. atua o firme de Tony Blair ap s o epis dio ocorrido numa esta o de metr em Londres, onde um jovem brasileiro foi morto ap s ter sido confundido com um terrorista suicida. 24- Ser a inquietante que el principal dato que se tuviera en cuenta fuera la tez morena de De Menezes, porque indicar a que la poblaci n de origen no europeo se encuentra en una situaci n de especial vulnerabilidad. correto afirmar que a hip tese explicitada nesse enunciado foi proposta: a) b) c) d) e) Pelo primeiro ministro brit nico Tony Blair. Pelo presidente do Supremo Tribunal da Espanha, Francisco Jos Hernando. Pelo autor do texto. Pela Justi a brit nica. Pelo Ministro de Rela es Exteriores brit nico. Leia o texto a seguir e responda s quest es de 25 a 27. Mi entra able se or Cervantes Dice Borges en el pr logo a los pr logos de su biblioteca personal que un libro es una cosa entre las cosas hasta que encuentre su lector, aquel que comprende sus s mbolos. Ocurre entonces la emoci n singular llamada belleza, ese misterio hermoso que no descifran ni la psicolog a ni la ret rica . As , pasados los treinta a os, reconoc en el Cervantes que no entendi mi juventud, esos s mbolos, en la lectura intensa de Don Quijote con sus malabares de maestro que diciendo algo lo desdice, que al burlarse, eterniza. Cuando, y prosiguiendo con Borges, el alcala no se burla de La Mancha, aquel lugar del que no quiere acordarse, lo hace eterno. La regi n, a partir de Cervantes, se convierte en lugar emotivo; en visita a Espa a todos anhelan caminar por su llano que en realidad no ofrece m s que la monacal tristeza del yermo, sin atisbo de lujuria. Pero ante esa inmensidad adusta caemos en el aun ferviente juego literario del autor, en esa divisi n a la vez que simbiosis de realidad y sue o, donde de la nada pueden surgir gigantes y el hombre com n convierte en caballero. Mucho se ha escrito sobre don Miguel de Cervantes Saavedra y sus bi grafos han detallado, hasta donde alcanza la posibilidad, su vida. No vale la pena repetirlo. La nica forma de hablar con novedad sobre l es con la experiencia personal, en las diversas maneras en que Cervantes puede haber tocado e influido a sus semejantes, no s lo en el aspecto literario, en el de la novel stica como arte, sino en la misma existencia. Aquel Alonso Quijano, hecho don Quijote de la Mancha, parodia inicial de la caballer a andante, termin siendo, en sutil movida del escritor o tal vez a despecho suyo -, un ejemplificador caso de nobleza, el ltimo caballero andante que deshaciendo entuertos e imaginando castillos y princesas recre la fantas a de Tirant lo Blanc y Palmer n de Inglaterra, preserv ndolos para la posteridad. Muchos ser n los condottieri, Ernesto Guevara entre ellos, que bajo su sombra y con adarga al brazo se lanzan contra las aspas de enemigos demasiado poderosos pero m nimos ante el valor y el encanto de quien los enfrenta. Comienzo con Borges y termino con l, en la presencia constante de Cervantes, porque si para el argentino conocerlo fue una de las mayores alegr as de su vida (literaria), lo fue tambi n para m . Lo llama entra able se or Cervantes y entra able es. (Adaptado de: Claudio Ferrufino. Dispon vel em:< www. laprensa.com.bo/fondo_negro/20050522>. Acesso em: 22 maio 2005.) 25- Com base no texto, correto afirmar: a) Para a interpreta o de uma obra, necess rio que o leitor domine a ret rica do texto. b) A descoberta da beleza de um texto liter rio independe da emo o do leitor. c) S um leitor atento e maduro pode desvendar os mist rios de uma obra. d) A interpreta o de uma obra se concretiza quando o leitor compreende sua simbologia. e) Borges afirma que, em sua juventude, n o entendeu a Cervantes. 26- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. A mistura de sonho e de realidade faz parte do jogo liter rio da obra Dom Quixote. II. poss vel acrescentar algo novo sobre Cervantes a partir da leitura e da an lise da obra Dom Quixote. III. A regi o da Mancha o lugar mais visitado da Espanha por sua natureza exuberante. IV. Cervantes, ao zombar da regi o da Mancha, conseguiu eterniz -la. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. III e IV. I, II e III. I, II e IV. 10 27- Com base no texto, correto afirmar: a) Ao comparar Guevara com o personagem Dom Quixote, percebe-se que ambos lutaram pela liberta o do povo espanhol. b) A inten o inicial de Cervantes, ao transformar Alonso Quijano em Dom Quixote, era torn -lo um exemplo de nobreza. c) O t tulo do texto faz refer ncia presen a constante de Cervantes na vida do escritor Borges, j que este, com a leitura de Quixote, descobriu a alegria de viver. d) Personagens her icos como Quixote e Guevara t m mais valor e encanto que os inimigos poderosos que enfrentaram. e) H muito que ser escrito sobre Miguel de Cervantes, em virtude de seus bi grafos ainda n o terem detalhado sua vida suficientemente. Leia o texto a seguir e responda s quest es de 28 a 30. Cine cl sico para novatos - Hitchcock revisitado Por Gonzalo Maza Una mujer en la ducha. Cuchillos en el agua. Hombres que cuelgan para no caer al vac o. Malos con un tic en el ojo. Personas inocentes que son tratadas como culpables, y culpables tratados como inocentes. Mujeres peinadas con mo os y vestidas con trajes de dos piezas. Mujeres que se lanzan a la bah a de San Francisco. Hombres dependientes de sus madres opresivas. Mirones con una pierna enyesada. Una soga. Manos enguantadas alrededor de un cuello. Un cuchillo en la espalda. Un vaso de leche con veneno. Un auto sin frenos. Mujeres que roban a sus jefes y escapan. P jaros, miles de p jaros atacando desde las alturas. Las pel culas de Alfred Hitchcock son el camino m s corto para volverse cin filo. Sus im genes son poderosas por lo que muestran y por lo que implican. Su cine es puro: va m s all de los di logos, de las estrellas y de las historias que cuenta. Hitchcock entendi el cine mejor que cualquiera. Uno ve pel culas para entretenerse, pero tambi n para espiar las vidas de otras personas. Desde la oscuridad. Cuando ten a 14 a os y me cre a cr tico de cine, me acuerdo que vi V rtigo en video y me carg . En ese momento, era una pel cula absurda, mal actuada, cursi y con una trama que no calentaba. Pensaba, ya va a llegar el d a que tenga una revista de cine y d mis razones de por qu V rtigo est sobrevalorada . Por supuesto, pas el tiempo y vi V rtigo varias veces m s. Y no s lo cambi mi opini n, V rtigo hoy me parece la pel cula m s conmovedora y adolorida que haya visto en mi vida. Por supuesto, muchas cosas han pasado desde que la vi por primera vez: estudi , conoc gente y me hice adulto. Es una pel cula obesa, con dolor de guata, enfermiza. De hecho, tratar de entenderla es una p rdida de tiempo, porqu V rtigo es la esencia misma de un enigma. Es el rizo que da vueltas en el ojo de una mujer, el mareo que produce la obsesi n y el miedo intr nsecamente humano de que un d a nos demos cuenta de que todo lo que siempre nos han dicho que es real ya no lo sea. Esa enigm tica sensaci n de mareo existencial est presente en todas sus pel culas, bajo todos los nombres psicol gicos posibles (paranoia, delirio de persecuci n, histeria, frigidez, ansiedad, acrofobia, amnesia, bipolarismo, esquizofrenia) y logr encontrar el mecanismo perfecto para filmarlo: un zoom hacia delante y un travelling hacia atr s. Hoy, ver pel culas de Hitchcock sigue siendo una experiencia irrepetible. Sus im genes multiplican sus significados a cada mirada. As , la escena de la ducha en Psicosis sigue siendo impactante, pero con los a os, uno se hipnotiza con otras secuencias. No son mejores, pero por lo menos bajo una mirada atenta dan una pista m s para resolver el gran misterio hitchcockiano, uno al que todos los d as se suman miles de cin filos en todo el mundo, desde que un d a cualquiera, ven una de sus pel culas. (VIVE! In: TVMAX, n.1, p. 28, jul. 2005.) 28- Hoy, ver pel culas de Hitchcock sigue siendo una experiencia irrepetible. Assinale a alternativa que apresenta o mesmo sentido da express o retirada do texto. a) Quem v filmes de Hitchcock n o deseja repetir a experi ncia. b) Os filmes de Hitchcock configuram-se como uma experi ncia nica. c) Os filmes de Hitchcock continuam sendo inimit veis. d) Ver filmes de Hitchcock continua sendo uma experi ncia irrelevante. e) De fato, ver os filmes de Hitchcock causa arrependimento. 29- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Os filmes de Hitchcock consubstanciam-se como um caminho para tornar-se cin filo. II. O fato de utilizar constantemente personagens com patologias psicol gicas, como paran ia, histeria, frigidez, acrofobia e outras, torna enfadonhos os filmes de Hitchcock. III. Com a chegada da maturidade do autor do texto, seu ponto de vista mudou em rela o ao filme V rtigo. IV. A cena do banho em Psicosis deixou de ser impactante, pois h outras seq ncias melhores que hipnotizam muito mais. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 30- Com base no texto, correto afirmar: a) As personagens femininas de Hitchcock s o m es opressivas, mulheres que roubam seu chefe e mulheres que se suicidam. b) O suspense dos filmes de Hitchcock refor ado n o apenas por objetos como facas e cordas, mas tamb m por uma x cara de leite com veneno. c) As personagens masculinas de Hitchcock s o homens com m es dependentes, observadores com uma perna engessada e homens que ficam pendurados para n o cair no vazio. d) P ssaros e coelhos s o animais utilizados nos filmes de Hitchcock. e) Apesar de ver filmes como entretenimento, Hitchcock tamb m os utilizava para espiar a vida das outras pessoas. 11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CON CURSO VESTI BULAR UEL 2 0 0 6 G a ba r it o da s Qu e st e s Obj e t iva s da Pr ova do dia 1 8 / 1 2 / 2 0 0 5 L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D E E B D A C A E D D C B C C D A B C A ESPANHOL 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 B E D C D E D B A A FRANC S 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 C E D B A C C B A C INGL S 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 B C E B A A E D C D

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE DIA - 18/12/2005
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