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UEL Vestibular de 2009 - PROVAS DA 2º FASE : Filosofia e História

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CONCURSO VESTIBULAR 2009 08/12/2008 INSTRU ES ! Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o e assine no local indicado. ! Verifique se os dados impressos no Cart o-Resposta correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. ! N o ser o permitidos empr stimos de materiais, consultas e comunica o entre candidatos, tampouco o uso de livros e apontamentos. Rel gios, aparelhos eletr nicos e, em especial, aparelhos celulares dever o ser desligados e colocados no saco pl stico fornecido pelo Fiscal. O n o-cumprimento destas exig ncias ocasionar a exclus o do candidato deste Processo Seletivo. ! Aguarde autoriza o para abrir o Caderno de Provas. A seguir, antes de iniciar as provas, confira a pagina o. ! As Provas Objetivas s o compostas por 40 quest es de m ltipla escolha, em que h somente uma alternativa correta. Transcreva para o Cart o-Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente com caneta de tinta preta. ! A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. ! No Cart o-Resposta, anulam a quest o: a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, as rasuras e o preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o. N o haver substitui o do Cart o-Resposta por erro de preenchimento. ! A dura o das provas ser de 4 (quatro) horas, incluindo o tempo para preenchimento do Cart o-Resposta. ! Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. ! Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o Caderno de Provas e o Cart o-Resposta, devidamente assinados. 2 fase 08/12 O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 horas do dia 8 de dezembro de 2008. FILOSOFIA Leia o texto a seguir e responda quest o 1. Texto I Considera pois continuei o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignor ncia, a ver se, regressados sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que algu m soltasse um deles, e o for asse a endireitar-se de repente, a voltar o pesco o, a andar e a olhar para a luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de xar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se algu m lhe a rmasse que at ent o ele s vira coisas v s, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o for assem com perguntas a dizer o que era? N o te parece que ele se veria em di culdade e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam? (PLAT O. A Rep blica. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 318-319.) 1 O texto parte do livro VII da Rep blica, obra na qual Plat o desenvolve o c lebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, correto a rmar. I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo intelig vel, o do conhecimento do verdadeiro ser. II. Explicita como Plat o concebe e estrutura o conhecimento. III. Manifesta a forma como Plat o pensa a pol tica, na medida em que, ao voltar caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contempla o das sombras os antigos companheiros. IV. Apresenta uma concep o de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 2 Para Plat o, no livro IV da Rep blica, a justi a, na cidade ideal, Baseia-se no princ pio em virtude do qual cada membro do organismo social deve cumprir, com a maior perfei o poss vel, a sua fun o pr pria. Tanto os guardi es como os governantes e os industriais t m a sua miss o estritamente delimitada, e se cada um destes tr s grupos se esfor ar por fazer da melhor maneira poss vel o que lhes compete, o Estado resultante da coopera o destes elementos ser o melhor Estado conceb vel. (JAEGER, W. Paid ia: a forma o do homem grego. 2. ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 556.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Plat o, assinale a alternativa correta. a) A cidade, de origem divina, encontra sua perfei o quando reina o amor verdadeiro entre os homens, base da conc rdia total das classes sociais. b) A justi a, na cidade ideal, consiste na submiss o de todas as classes ao governante que, pela tirania, promove a paz e o bem comum. c) A cidade se torna justa quando os indiv duos de classes inferiores, no cumprimento de suas fun es, ascendem socialmente. d) A justi a, na cidade ideal, manifesta-se na igualdade de todos perante a lei e na coopera o de cada um no exerc cio de sua fun o. e) Na cidade ideal, a justi a se constitui na posse do que pertence a cada um e na execu o do que lhe compete. 1 / 21 3 Com base nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico de Arist teles, correto a mar. a) A re ex o aristot lica estabelece uma clara separa o entre pol tica e tica, uma vez que a parte (vida individual) n o pode se confundir com o todo (comunidade pol tica). b) A lei, para Arist teles, como express o pol tica da ordem natural e, portanto, intimamente ligada justi a, o princ pio que rege a a o dos homens na p lis. c) Arist teles sustenta que cada homem, por sua liberdade natural, sempre age tendo em vista algo que lhe parece ser um bem, alcan ando sua perfei o pela satisfa o de suas paix es e necessidades individuais. d) O conceito de felicidade a que, segundo Arist teles, visa individualmente a a o humana, est desvinculado do conceito de justi a como um exerc cio pol tico orientado ao bem comum. e) Na concep o pol tica de Arist teles, torna-se evidente que a id ia de bom governo, de regime justo e de cidade boa depende da triparti o dos poderes. Leia atentamente o texto a seguir e responda quest o 4. Texto II A palavra que empregamos como Estado n o signi ca outra coisa que cidade . Apesar de Arist teles ter vivido at ao m da idade de ouro da vida da cidade grega e ter estado em ntimo contato com Filipe e Alexandre, foi na cidade e n o no imp rio que ele viu, n o apenas a forma mais elevada de vida pol tica conveniente sua poca, mas tamb m a forma mais elevada que era capaz de conceber. Todo agregado mais vasto constitu a para si uma mera tribo ou um emaranhado de pessoas sem homogeneidade. Nenhum imp rio impondo a sua civiliza o aos povos mais atrasados, nem uma na o constitu da em Estado, estavam ao alcance da sua vis o. (ROSS, D. Arist teles. Lisboa: Dom Quixote. 1987. p. 243.) 4 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico de Arist teles, considere as a rmativas a seguir. I. A forma de vida mais adequada para o cidad o aquela na qual todos os habitantes da cidade, indistintamente, participam da vida pol tica, governando e sendo governados. II. O Estado nasce com o objetivo de proporcionar a vida boa, compreendida como estando vinculada s quest es morais e intelectuais. III. Assim como outros autores da tradi o, tamb m Arist teles pensa a origem do Estado como um ato de mera conven o sem v nculos com a natureza humana. IV. Na teoriza o que Arist teles faz sobre o Estado, est presente a fam lia, como, por exemplo, na tese de que o Estado deriva da fam lia . Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia o seguinte texto de Maquiavel e responda quest o 5. Texto III [...] como meu intento escrever coisa til para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou rep blicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferen a entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ru na pr pria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer pro ss o de bondade natural que se arru ne entre tantos que s o maus. Assim, necess rio a um pr ncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade. (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe. cap. XV. Cole o Os pensadores . S o Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 69.) 2 / 21 5 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da rela o entre poder e moral, correto a rmar. a) Maquiavel se preocupa em analisar a a o pol tica considerando t o-somente as qualidades morais do Pr ncipe que determinam a ordem objetiva do Estado. b) O sentido da a o pol tica, segundo Maquiavel, tem por fundamento origin rio e, portanto, anterior, a ordem divina, re etida na harmonia da Cidade. c) Para Maquiavel, a busca da ordem e da harmonia, em face do desequil brio e do caos, s se realiza com a conquista da justi a e do bem comum. d) Na re ex o pol tica de Maquiavel, o m que deve orientar as a es de um Pr ncipe a ordem e a manuten o do poder. e) A an lise de Maquiavel, com base nos valores espirituais superiores aos pol ticos, repudia como ileg timo o emprego da for a coercitiva do Estado. Leia o seguinte texto de Hobbes e responda quest o 6. Texto IV A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a prop sito das rep blicas o sup e, ou nos pede ou requer que acreditemos que o homem uma criatura que nasce apta para a sociedade. Os gregos chamam-no zoon politikon; e sobre este alicerce eles erigem a doutrina da sociedade civil [...] aqueles que perscrutarem com maior precis o as causas pelas quais os homens se re nem, e se deleitam uns na companhia dos outros, facilmente h o de notar que isto n o acontece porque naturalmente n o poderia suceder de outro modo, mas por acidente. [...] Toda associa o [...] ou para o ganho ou para a gl ria isto , n o tanto para o amor de nossos pr ximos, quanto pelo amor de n s mesmos. [...] se fosse removido todo o medo, a natureza humana tenderia com muito mais avidez domina o do que construir uma sociedade. Devemos, portanto, concluir que a origem de todas as grandes e duradouras sociedades n o prov m da boa vontade rec proca que os homens tivessem uns para com os outros, mas do medo rec proco que uns tinham dos outros. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 28-29; 31-32.) 6 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico hobbesiano, correto a rmar. a) Hobbes rea rma o postulado aristot lico de que os homens tendem naturalmente vida em sociedade, mas que, obcecados pelas paix es, deca ram num estado generalizado de guerra de todos contra todos. b) O estado de guerra generalizada entre os homens emerge, segundo Hobbes, da desigualdade promovida pela lei civil e pelo desejo de poder de uns sobre os outros. c) A id ia de que o estado de guerra generalizada ocorre com o desaparecimento do estado de natureza, onde todos os homens vivem em harmonia, constitui o fundamento da teoria pol tica de Hobbes. d) Segundo Hobbes, para restaurar a paz que existia no estado de natureza, os homens sujeitam-se, pelo pacto, a um nico soberano para subtrair-se ao medo da morte e, por sua vez, garantir a autopreserva o. e) Segundo Hobbes, propens o natural dos homens a se ferirem uns aos outros se soma o direito de todos a tudo, resultando, pela igualdade natural, em uma guerra perp tua de todos contra todos. Leia o seguinte texto de Rousseau e responda quest o 7. Texto V O princ pio de toda a o est na vontade de um ser livre, n o poder amos remontar al m disso. [...] n o h verdadeira vontade sem liberdade. O homem, portanto, livre em suas a es [...]. Se o homem ativo e livre, ele age por si mesmo. Tudo o que faz livremente n o entra no sistema ordenado da Provid ncia e n o lhe pode ser imputado. [...] 3 / 21 A consci ncia a voz da alma, as paix es s o a voz do corpo. [...] [A consci ncia] o verdadeiro guia do homem; ela est para a alma assim como o instinto est para o corpo: quem a segue obedece natureza e n o tem medo de se perder. [...] Existe, pois, no fundo das almas um princ pio inato de justi a e de virtude a partir do qual, apesar de nossas pr prias m ximas, julgamos nossas a es e as de outrem como boas ou m s, e a esse princ pio que dou o nome de consci ncia. (ROUSSEAU, J. J. Em lio ou da Educa o. S o Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 396; 405; 409.) 7 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento moral de Jean-Jacques Rousseau, correto a rmar. a) Rousseau rea rma que o fundamento objetivo dos ju zos morais est em Deus, que ilumina a consci ncia humana e nela inspira o princ pio inato de justi a e de virtude . b) Herdeiro do pensamento de Plat o, Rousseau defende que a pr tica do bem coincide com a busca intermin vel do conhecimento da verdade e da justi a. c) Rousseau rea rma que, por meio da consci ncia, o ser humano movido pela busca da felicidade, alcan ada pela re ex o e pelo desprezo dos desejos e das paix es. d) Rousseau rejeita que o fundamento da moral seja a conformidade com a lei divina, a rmando a cren a na objetividade de uma lei natural, anterior a qualquer lei positiva. e) Rousseau recusa aceitar a exist ncia de no es morais anteriores experi ncia humana e defende que o ser humano naturalmente movido pela busca do prazer. Leia o seguinte texto de Francis Bacon e responda quest o 8. Texto VI [...] necess rio, ainda, introduzir-se um m todo completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experi ncia. Pois a experi ncia vaga, deixada a si mesma [...] um mero tateio, e presta-se mais a confundir os homens que a inform -los. Mas quando a experi ncia proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se- esperar algo de melhor da ci ncia. [...] A infeliz situa o em que se encontra a ci ncia humana transparece at nas manifesta es do vulgo. A rma-se corretamente que o verdadeiro saber o saber pelas causas. E, n o indevidamente, estabelecemse quatro coisas: a mat ria, a forma, a causa e ciente, a causa nal. Destas, a causa nal longe est de fazer avan ar as ci ncias, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as a es humanas. (BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indica es acerca da interpreta o da natureza. S o Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 99-100.) 8 Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira indu o experimental como interpreta o da natureza, correto a rmar. a) Na busca do conhecimento, n o se podem encontrar verdades indubit veis, sem submeter as hip teses ao crivo da experimenta o e da observa o. b) A formula o do novo m todo cient co exige submeter a experi ncia e a raz o ao princ pio de autoridade para a conquista do conhecimento. c) O desacordo entre a experi ncia e a raz o, prevalecendo esta sobre aquela, constitui o fundamento para o novo m todo cient co. d) Bacon admite o nalismo no processo natural, por considerar necess rio ao m todo perguntar para que as coisas s o e como s o. e) O estabelecimento de um m todo experimental, baseado na observa o e na medida, aprimora o m todo escol stico. 4 / 21 9 Para Arist teles, S julgamos que temos conhecimento de uma coisa quando conhecemos sua causa. E h quatro tipos de causa: a ess ncia, as condi es determinantes, a causa e ciente desencadeadora do processo e a causa nal. (ARIST TELES. Anal ticos Posteriores. Livro II. Bauru: Edipro. 2005. p. 327.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a metaf sica aristot lica, correto a rmar. a) A exist ncia de um plano superior constitu do das id ias e atingido apenas pelo intelecto permite a Arist teles a compreens o objetiva dos fen menos que ocorrem no mundo f sico. b) A realidade, para Arist teles, sendo constitu da por seres singulares, concretos e mut veis, pode ser conhecida indutivamente pela observa o e pela experimenta o. c) Para a compreens o das transforma es e da mutabilidade dos seres, Arist teles recorre ao princ pio da cria o divina. d) Na metaf sica aristot lica, a compreens o do devir de todas as coisas est vinculada determina o da causa material e da causa formal sobre a causa nal. e) Para Arist teles, todas as coisas tendem naturalmente para um m (telos), sendo esta concep o teleol gica da realidade a que explica a natureza de todos os seres. Leia o seguinte texto de Descartes e responda quest o 10. Texto VII De h muito observara que, quanto aos costumes, necess rio s vezes seguir opini es, que sabemos serem muito incertas, tal como se fossem indubit veis [...]; mas, por desejar ent o ocupar-me somente com a pesquisa da verdade, pensei que era necess rio agir exatamente ao contr rio, e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor d vida, a m de ver se, ap s isso, n o restaria algo em meu cr dito, que fosse inteiramente indubit vel [...] E, tendo notado que nada h no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, preciso existir, julguei poder tomar como regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente s o todas verdadeiras [...]. (DESCARTES, R. Discurso do M todo. Quinta Parte. Os Pensadores. S o Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 46-47.) 10 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, correto a rmar. a) A d vida met dica permitiu a Descartes compreender que todas as id ias verdadeiras procedem, mediata ou imediatamente, das impress es de nossos sentidos e pela experi ncia. b) A clareza e a distin o das id ias verdadeiras representam apenas uma certeza subjetiva, al m da qual, apesar da radicaliza o da d vida met dica, n o se consegue fundamentar a objetividade da certeza cient ca. c) Somente com o cogito, a concep o cartesiana das id ias claras e distintas, inatas ao esp rito humano, garante de nitivamente que o objeto pensado pelo sujeito determinado pela realidade fora do pensamento. d) Do exerc cio da d vida met dica, no itiner rio cartesiano, a certeza subjetiva do cogito constitui a primeira verdade inabal vel e, portanto, modelo das id ias claras e distintas. e) A d vida cartesiana, convertida em m todo, rende-se ao ceticismo e demonstra a impossibilidade de qualquer certeza consistente e de nitiva quanto capacidade do intelecto de atingir a verdade. Leia o texto a seguir e responda quest o 11. Texto VIII Fui nutrido nas letras desde a inf ncia, e por me haver persuadido de que, por meio delas, se podia adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que til vida, sentia extraordin rio desejo de aprend -las. Mas, logo que terminei todo esse curso de estudos, ao cabo do qual se costuma ser recebido na classe dos doutos, mudei inteiramente de opini o. Pois me achava enleado em tantas d vidas e erros, que me parecia n o haver obtido outro proveito, procurando instruir-me, sen o o de ter descoberto cada vez mais a minha ignor ncia. E, no entanto, estivera numa das mais c lebres escolas da Europa, onde pensava que deviam existir homens sapientes, se que existiam em algum lugar da Terra. (DESCARTES, R. Discurso do M todo. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. p. 43.) 5 / 21 11 O texto aponta a insatisfa o que assola Descartes ao t rmino dos seus estudos. Dentre os motivos que conduziram Descartes a essa avalia o, pode-se citar: I. A situa o da loso a, envolta em muitas d vidas. II. A aus ncia de um m todo adequado, inspirado na matem tica, capaz de conduzir com seguran a ao conhecimento do verdadeiro. III. A cr tica educa o, cuja base epistemol gica se mant m constru da sobre pressupostos emp ricos. IV. A separa o, existente desde o s culo XV, entre ci ncias do esp rito e ci ncias da natureza. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. Leia o texto a seguir e responda quest o 12. Texto IX [...] deve-se destacar que todo tipo de tica que se baseie na busca da felicidade heter noma, porque introduz ns materiais, com toda uma s rie de conseq ncias negativas. A busca da felicidade polui a pureza da inten o e da vontade, posto que aponta para determinados ns (para aquilo que se deve fazer e n o para o como se deve faz -lo) e assim a condiciona. (REALE, G.; ANTISERI, D. Hist ria da loso a II. S o Paulo: Paulinas, 1990, p. 917.) 12 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, indique a tica que fundamenta esta cr tica. a) A tica aristot lica, por ser teleol gica. b) A tica kantiana, desenvolvida no s culo XVIII. c) A tica de Mill, autor classi cado como utilitarista. d) A tica de Dem crito, disc pulo de Leucipo. e) A tica de Spencer, modelo de tica evolucionista. Leia o texto a seguir e responda quest o 13. Texto X A proposta tica de Habermas n o comporta conte dos. Ela formal. Ela apresenta um procedimento, fundamentado na racionalidade comunicativa, de resolu o de pretens es normativas de validade. (DUTRA, D. J. V. Raz o e consenso em Habermas. A teoria discursiva da verdade, da moral, do direito e da biotecnologia. Florian polis: Editora da UFSC, 2005, p. 158.) 13 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a obra de Habermas, correto a rmar que, na tica do Discurso, a) o processo de justi ca o das normas morais e o procedimento de delibera o das pretens es de validade de corre o normativa s o fal veis. b) o formalismo da tica habermasiana id ntico ao formalismo presente nas ticas de Kant e Bentham, pois desconsidera o que resulta concretamente das normas morais. c) o modelo monol gico da tica kantiana reformulado na perspectiva de uma comunidade discursiva na qual os participantes analisam as pretens es de validade tendo como crit rio a for a do melhor argumento. d) o puro respeito lei considerado por Habermas como o crit rio fundamental para conferir moralidade a o, restando exclu dos do debate da tica discursiva os desejos e as necessidades manifestados pelos indiv duos. e) o princ pio U possibilita que sejam acatadas normas que n o estejam sintonizadas com uma vontade universal, coadunando, dessa forma, particularismo e universalismo tico. 6 / 21 Leia o texto a seguir e responda s quest es 14 e 15. Texto XI A a o pol tica pressup e a possibilidade de decidir, atrav s da palavra, sobre o bem comum. Esta acep o do termo pol tica , somente v lida enquanto ideal aceito, guarda uma estreita rela o com a concep o de pol tica defendida por Habermas. Em particular, com o modelo normativo de democracia que este desenvolveu no in cio dos anos de 1990 e que inclui um procedimento ideal de delibera o e tomada de decis es: a chamada pol tica deliberativa. (VELASCO ARROYO, J. C. Para leer a Habermas. Madrid: Alianza, 2003, p. 93.) 14 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a democracia no pensamento de Habermas, considere as a rmativas a seguir. I. As normas se tornam leg timas pelo fato de terem sido submetidas ao crivo participativo de todos os concernidos. II. O princ pio da regra da maioria est subordinado possibilidade pr via de que todos os concernidos tenham tido a oportunidade de apresentar seus posicionamentos de forma argumentativa e sem coer o. III. A delibera o visa formalizar posi es cristalizadas pelos membros da sociedade pol tica, limitando-se ao endosso das opini es pr vias de cada um. IV. As pr ticas pol ticas democr ticas restringem-se escolha, mediante sufr gio universal, dos l deres que governam as cidades. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 15 Sobre o pensamento de Habermas, correto a rmar que, no modelo da democracia deliberativa, a no o de cidadania enfatiza a) os direitos e as liberdades metaf sicas. b) as liberdades individuais e a heteronomia. c) os direitos objetivos e o cerceamento da sociedade civil. d) os direitos subjetivos e as liberdades cidad s. e) os direitos naturais origin rios e a submiss o autoridade. Leia o texto a seguir e responda quest o 16. Texto XII A ci ncia uma das poucas atividades humanas talvez a nica em que os erros s o criticados sistematicamente (e com freq encia corrigidos). Por isso podemos dizer que, no campo da ci ncia, aprendemos muitas vezes com os nossos erros; por isso podemos falar com clareza e sensatez sobre o progresso cient co. Na maior parte dos outros campos de atividade do homem ocorrem mudan as, mas raramente h progresso a n o ser dentro de uma perspectiva muito estreita dos nossos objetivos neste mundo. Quase todos os ganhos s o neutralizados por alguma perda e quase nunca sabemos como avaliar as mudan as. (POPPER, K. R. Conjecturas e refuta es. 2 ed. Bras lia: Editora da UNB. 1982. p. 242.) 7 / 21 16 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concep o de progresso da ci ncia em Karl R. Popper, correto a rmar. a) necess rio que todas as conseq ncias de uma teoria cient ca sejam veri cadas a m de se atingir a verdade em si. b) A descoberta da lei do progresso da ci ncia permite impulsionar progressiva e linearmente a ci ncia na dire o da verdade. c) Os cientistas estruturam as informa es dispon veis em um dado momento hist rico, incorporando saberes anteriores, tendo como base o m todo parat tico. d) O progresso da ci ncia ocorre quando s o suprimidas de nitivamente as id ias metaf sicas, pois historicamente nula a sua contribui o para as descobertas cient cas. e) A elimina o dos erros das teorias anteriores e a substitui o destas por outras mais veross meis e, portanto, mais pr ximas da verdade permitem o progresso da ci ncia. Leia o texto seguinte e responda s quest es 17 e 18. Texto XIII O debate nascido nos anos 80 sobre a crise da modernidade tem como pano de fundo a consci ncia do esgotamento da raz o, no que se refere a sua incapacidade de encontrar perspectivas para o prometido progresso humano. O pensamento de Habermas situa-se no contexto dessa cr tica. A racionalidade ocidental, desde Descartes, pretendeu a autonomia da raz o, baseada no sujeito que solitariamente representa o mundo. [...] A racionalidade prevalente na modernidade a instrumental [...]. (HERMANN, N. O pensamento de Habermas. In: Filoso a, Sociedade e Educa o. Ano I, n. I. Mar lia: UNESP, 1997. p. 122-123.) 17 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Teoria Cr tica de Adorno e Horkheimer e sobre o pensamento de J rgen Habermas, correto a rmar que a racionalidade instrumental constitui I. um conhecimento que se processa a partir das condi es espec cas da objetividade emp rica do fato em si. II. o processo de entendimento entre os sujeitos acerca do uso racional dos instrumentos t cnicos para o controle da natureza. III. uma forma de uso amplo da raz o, que torna o homem livre para compreender a si mesmo a partir do dom nio do conhecimento cient co. IV. um saber orientado para a domina o e o controle t cnico sobre a natureza e sobre o pr prio ser humano. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 18 Sobre a cr tica frankfurtiana concep o positivista de ci ncia e t cnica, correto a rmar que a racionalidade t cnica I. dissocia meios e ns e redunda na adora o fetichista de seus pr prios meios. II. constitui um saber instrumental cujo crit rio de verdade o seu valor operativo na domina o do homem e da natureza. III. aprimora a a o do ser humano sobre a natureza e resgata o sentido da destina o humana. IV. incorpora a re ex o sobre o signi cado e sobre os ns da ci ncia no contexto social. 8 / 21 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 19 No So sta, Plat o faz a seguinte observa o sobre a m mesis (imita o): Assim, o homem que se julgasse capaz, por uma nica arte, de tudo produzir, como sabemos, n o fabricaria, a nal, sen o imita es e hom nimos das realidades. H bil, na sua t cnica de pintar, ele poder , exibindo de longe os seus desenhos, aos mais ing nuos meninos, dar-lhes a ilus o de que poder igualmente criar a verdadeira realidade, e tudo o que quiser fazer. (PLAT O. So sta. Cole o Os pensadores . S o Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 159-160.) J Arist teles, na Ret rica, salienta o seguinte aspecto da m mesis: E, como aprender e admirar agrad vel, necess rio tamb m que o sejam as coisas que possuem estas qualidades; por exemplo, as imita es, como as da pintura, da escultura, da poesia, e em geral todas as boas imita es, mesmo que o original n o seja em si mesmo agrad vel; pois n o o objecto retratado que causa prazer, mas o racioc nio de que ambos s o id nticos, de sorte que o resultado que aprendemos alguma coisa. (ARIST TELES. Ret rica. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006. p. 138.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema da m mesis em Plat o e em Arist teles, assinale a alternativa correta. a) A pintura, para Plat o, se afasta do verdadeiro, por apresentar o mundo intelig vel, mas, para Arist teles, o problema que ela causa prazer. b) Plat o considera que o pintor pode esclarecer as pessoas ing nuas, fazendo-as acreditar que sua pintura o real, mas Arist teles considera que o engano est no pintor e n o na pintura. c) Para Plat o, a m mesis representa a c pia da c pia e o artista n o conhece a realidade do imitado em seu grau mais elevado; j para Arist teles, uma das causas do surgimento da m mesis o fato de os homens se comprazerem no imitado. d) Para Plat o, aprendemos com as imita es, uma vez que elas nos distanciam do engano, enquanto que, para Arist teles, por causar prazer, a imita o deve ser banida. e) De acordo com Plat o, ao imitar, o pintor apresenta a realidade ideal, o que causa admira o; para Arist teles, a imita o tamb m desvela o mundo ideal, no entanto, por ser ing nua, n o permite que os homens contemplem a verdade. 20 Com base no pensamento est tico de Adorno e Benjamin, considere as a rmativas a seguir. I. Apesar de terem o mesmo ponto de partida, a saber, a an lise cr tica das t cnicas de reprodu o, Adorno e Benjamin chegam a conclus es distintas. Adorno entende que a reprodutibilidade das obras de arte algo negativo, pois transforma esta ltima em mercadoria; para Benjamin, apesar de a reprodutibilidade ter aspectos negativos, uma forma de arte como o cinema pode ser usada potencialmente em favor da classe oper ria. II. Para Adorno, o discurso revolucion rio na arte torna esta forma de express o humana instrumentalista, e isto signi ca abolir a pr pria arte. Por seu turno, Benjamin considerava que os novos meios de comunica o n o deveriam ser substitu dos, mas sim transformados ou subvertidos segundo os interesses da comunica o burguesa. 9 / 21 III. Para Adorno, a no o de aura na obra de arte preservava a consci ncia de que a realidade poderia ser melhor, mas o processo de massi ca o da arte dissolveu tal no o e, com ela, a dimens o cr tica da arte. Para Benjamin, a perda da aura destruiu a unicidade e a singularidade da obra de arte, que perde o seu valor de culto e se torna acess vel. IV. Adorno v positivamente a reprodutibilidade da arte, j que a obra de arte se transforma em mercadoria padronizada que possibilita a todos o acesso e o desenvolvimento do gosto est tico aut nomo; para Benjamin, a reprodu o tem como dimens o negativa essencial o fato de impossibilitar s massas o acesso s obras. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 10 / 21 HIST RIA Leia o texto a seguir e responda quest o 21. Texto XIV Lucius Aurelius, liberto de Lucius C sar, Nicomedes, chamado tamb m Ceionius e Aelius; foi criado de quarto de Lucius C sar e preceptor do divino Verus imperador; foi distinguido pelo divino Antonino com o cavalo p blico e com o sacerd cio de Caenina, bem como com o ponti cado menor; foi feito por este mesmo imperador procurador da pavimenta o das ruas e prefeito dos ve culos; foi encarregado pelo imperador Antonio Augusto e pelo divino Verus do abastecimento do ex rcito e ganhou uma lan a pura, um estandarte e uma coroa mural; procurador das contas municipais; est enterrado aqui com sua mulher Ceionia Laena. (Inscri o Funer ria. Roma. S culo II d.C. In: CARDOSO, C. F. Trabalho compuls rio na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 138.) 21 correto a rmar que o texto a) representa o quotidiano de um aristocrata rural empobrecido e que se tornou funcion rio p blico para sobreviver, indicando uma mobilidade social descendente, o que comprova a seletividade das castas militares na Roma Antiga. b) descreve as fun es p blicas que um homem livre pobre exerceu ao longo de sua vida, evidenciando que este se tornou rico e poderoso, o que comprova a dissolu o das antigas castas da sociedade imperial. c) trata de um ex-escravo que deixou registrado em seu epit o o processo de ascens o econ mica e pol tica pelo qual passou ao longo de sua vida, o que comprova a exist ncia de um processo de mobilidade social na Roma imperial. d) descreve o quotidiano de um nobre pertencente aristocracia, cujas atividades principais durante a Rep blica eram a guerra e o com rcio o que comprova a impermeabilidade dessa casta aos novos ricos vinculados s atividades agr colas. e) representa o dia-a-dia de um homem pobre que, ao longo de sua vida, trabalhou como funcion rio p blico, o que comprova a e c cia da mobilidade social na Roma republicana. Leia o texto a seguir e responda quest o 22. Texto XV Os ca adores-coletores em geral n o representavam perigo para si mesmos, por v rios motivos: suas economias tendiam a ser saud veis (muitos dispunham de mais tempo livre do que n s): tinham poucas posses por serem n mades, assim, quase n o havia roubo e experimentavam pouca inveja; a gan ncia e a arrog ncia eram consideradas n o s males sociais, mas tamb m quase doen as mentais; as mulheres tinham um poder pol tico real e tendiam a ser uma in u ncia estabilizadora e moderadora, antes que os meninos come assem a se ocupar das echas envenenadas; e, se crimes s rios fossem cometidos vamos dizer, assassinato , o bando, coletivamente, julgava e punia o criminoso. Muitos ca adores-coletores organizaram democracias igualit rias. N o tinham chefes. N o havia hierarquia pol tica ou corporativa que sonhassem galgar. (SAGAN, C. Bilh es e Bilh es. S o Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 37.) 22 Com base no texto e nos conhecimentos sobre as organiza es pol ticas, pode-se a rmar. I. No mundo romano do s culo II d.C, os patr cios, in uenciados por suas col nias gregas e pelos ensinamentos de seus l sofos, constitu ram a organiza o s cio-pol tica democr tica impondo leis igualit rias aos habitantes do imp rio. II. As organiza es pol ticas do mundo medieval europeu estavam fortemente in uenciadas por uma concep o laica de mundo constituindo assim, com o poder secular, o fundamento das monarquias absolutistas. III. A democracia de massa como representa o s cio-pol tica moderna foi adotada pelo fascismo, por interm dio de uma e ciente estrat gia de propaganda, e teve como decorr ncia um refor o das corpora es. IV. O estabelecimento do governo do povo, democracia representativa, na organiza o s cio-pol tica das sociedades contempor neas, n o representou a elimina o das estruturas hier rquicas partid rias e sindicais. 11 / 21 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia os textos a seguir e responda quest o 23. Texto XVI Mais vale estar na charneca com uma velha carro a do que no mar num navio novo. (Prov rbio holand s. In SEBILLOT, P. L gendes, croyances et superstitions de la mer. Paris: 1886, p. 73.) mar salgado, quanto do teu sal S o l grimas de Portugal? Por te cruzarmos, quantas m es choraram, quantos lhos em v o rezaram! Quantas noivas caram por casar para que fosses nosso, mar! (PESSOA, F. Obra po tica. Rio de Janeiro: Aguilar, 1969, p. 82.) 23 Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema da Expans o Mar tima dos s culos XV e XVI, correto a rmar que as navega es a) constitu ram uma realiza o sem precedentes na hist ria da humanidade, uma vez que foram muitos os obst culos a serem superados nesse processo, tais como a amea a que representava o desconhecido e o fracasso de grande parte das expedi es, que desapareceram no mar. b) propiciaram o m do monop lio que espanh is e italianos mantinham sobre o com rcio das especiarias do oriente atrav s do dom nio do mar Mediterr neo, uma vez que foram os franceses e os portugueses, a despeito das tentativas holandesas, que realizaram o p riplo africano e encontraram o caminho para as ndias. c) resultaram na hegemonia franco-brit nica sobre os mares, o que, a longo prazo, permitiu a realiza o da acumula o origin ria de capital e, atrav s desta, o nanciamento do processo de implanta o da ind stria naval, o que prolongou esta hegemonia at o nal da Primeira Guerra Mundial. d) propiciaram o dom nio da Holanda sobre os mares, fazendo com que a coloniza o das novas terras descobertas dependesse da marinha mercante daquele pa s para a manuten o das liga es comerciais entre os demais pa ses europeus e suas col nias no restante do mundo. e) representaram o triunfo da ci ncia e da tecnologia resultantes das concep es cartesianas e, conseq entemente, a destrui o de lendas e mitos sobre o Novo Mundo, uma vez que as expedi es revelaram os limites do mundo e propiciaram rapidamente formas seguras de transposi o oce nica. 24 Com base nos conhecimentos sobre os sistemas coloniais, correto a rmar. a) O mercantilismo consistia na liberaliza o das barreiras nacionais para o com rcio, visando enriquecer as na es atrav s da livre competi o. b) As 13 col nias inglesas desenvolveram a coloniza o de explora o, privilegiando o mercado externo e abrindo-se ao com rcio internacional. c) Na Am rica portuguesa, as entradas e bandeiras visavam, a servi o do estado portugu s, expandir as fronteiras brasileiras e combater a escravid o ind gena, levando a f crist aos nativos. d) Devido ao com rcio colonial, em ns do s culo XIX, Portugal e Espanha garantiam para si a maior fatia da riqueza das suas col nias, deixando os res duos da opul ncia para pa ses como Inglaterra, Holanda e Fran a. e) O tr co de escravos africanos, dada a import ncia que adquiriu, tornou-se rapidamente uma das principais fontes de acumula o de capital nas col nias e nas metr poles. 12 / 21 25 Com base nos conhecimentos sobre a forma o dos estados e a expans o comercial e colonial europ ia, correto a rmar. a) Dos pa ses que se destacaram no per odo da expans o ultramarina Portugal, Holanda, Inglaterra e Fran a a na o inglesa destacava-se por possuir potencial militar, econ mico e cient co para empreender expedi es mais seguras. b) Os conquistadores europeus, ao se depararem com as popula es nativas, encontraram culturas muito semelhantes europ ia em termos de sistema pol tico, administrativo e econ mico. Quanto ao trabalho, o cultivo do campo cava ao encargo das mulheres, ao passo que os homens cuidavam da parte comercial. c) As chamadas Navega es ocorreram num contexto de expans o comercial do Oriente. Progressos t cnicos na rea da navega o, da imprensa e da medicina contribu ram para a viabilidade de tal empreendimento, assim como o desejo de romper o monop lio comercial ingl s no Mediterr neo. d) Como conseq ncia do processo expansionista, novos territ rios foram encontrados, ocupados e colonizados. As Am ricas portuguesa e espanhola procuraram transformar esses espa os em centros produtores para complementar e dar continuidade ao seu uxo comercial. e) A conquista empreendida pela Espanha deveu-se Rainha Isabel de Castela, a cat lica, que nanciou a expedi o de Crist v o Colombo com o dinheiro de suas j ias contra a vontade da Inquisi o espanhola. Leia o texto a seguir e responda quest o 26. Texto XVII [...] O rei fora um aliado forte das cidades na luta contra os senhores. Tudo o que reduzisse a for a dos bar es fortalecia o poder real. Em recompensa pela sua ajuda, os cidad os estavam prontos a auxili -lo com empr stimos em dinheiro. Isso era importante, porque com o dinheiro o rei podia dispensar a ajuda militar de seus vassalos. Podia contratar e pagar um ex rcito pronto, sempre a seu servi o, sem depender da lealdade de um senhor. Seria tamb m um ex rcito melhor, porque tinha uma nica ocupa o: lutar. Os soldados feudais n o tinham preparo, nem organiza o regular que lhes permitisse atuar em conjunto, com harmonia. Por isso, um ex rcito pago para combater, bem treinado e disciplinado, e sempre pronto quando dele se necessitava, constitu a um grande avan o. (HUBERMAN, L. Hist ria da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. p. 80-81.) 26 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar. I. A organiza o de ex rcitos sob o comando do rei contribuiu para o processo de forma o dos Estados Nacionais. II. A decad ncia da burguesia possibilitou o fortalecimento do poder real e a constitui o dos Estados Nacionais europeus. III. A teoria pol tica do per odo sacralizou a gura do monarca, j que a rmava serem os reis escolhidos por Deus para exercer o governo. IV. Com os Estados Nacionais constitu dos, a Igreja continuou a ocupar um espa o importante dentro dos reinados, baseada na autoridade suprema do Papa. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 13 / 21 27 Com base nos conhecimentos sobre a crise do sistema colonial, correto a rmar. a) A forma de organiza o econ mica das col nias das Am ricas portuguesa, hisp nica e anglo-sax nica re etia os interesses dos setores mercantis das respectivas metr poles e, por contrastar com as perspectivas da nova ideologia liberal do s culo XIX, provocou o descontentamento dos trabalhadores, levando-os s revolu es socialistas. b) A invas o francesa na Espanha contou com a simpatia da Inglaterra e da Pr ssia que buscavam acabar com o monop lio espanhol no com rcio com as col nias americanas. c) Nas Am ricas, em fun o de um com rcio intercolonial intenso e vantajoso, cresceu a classe dos produtores de mat rias-primas e de bens de consumo. A burguesia que havia se constitu do nas col nias era a principal consumidora desta produ o, o que contribuiu ainda mais para a crise do sistema colonial. d) O Pacto Colonial, que se baseava no livre com rcio, foi respons vel pelo enriquecimento dos produtores de mercadorias na Am rica, uma vez que estes podiam contar com um mercado consumidor e distribuidor de seus produtos. e) No caso da Am rica espanhola, a manuten o do Pacto Colonial pela metr pole deixava margem do processo a classe dominante colonial, que era produtora e tinha interesse na liberdade de com rcio e na condu o dos seus neg cios, sem a interfer ncia da Espanha. 28 Baseado nos conhecimentos sobre a forma o dos Estados Nacionais americanos, assinale a alternativa correta. a) O motivo para as independ ncias e conseq ente forma o dos Estados Nacionais americanos pode ser encontrado na experi ncia pol tica do Pacto Colonial imposto pela Inglaterra, que visava ao estabelecimento do monop lio comercial com as col nias ib ricas. b) Os movimentos de independ ncia que aconteceram nas diversas regi es da Am rica hisp nica contaram com a participa o de camponeses, ind genas e burgueses. O resultado dessas lutas foram sentidos por todas as classes sociais envolvidas, em especial pelos trabalhadores rurais nativos, que puderam reaver parte da terra que lhes pertencia. c) Assim que terminaram as lutas pelas independ ncias na Am rica hisp nica, nos primeiros vinte anos do s culo XIX, a elite crioula assumiu o poder pol tico das regi es rec m-independentes e n o empreenderam mudan as que proporcionassem a todas as classes usufruir dos resultados da emancipa o. d) A conforma o dos Estados Nacionais veio em aux lio dos nativos, denominados ndios de car ter d cil , escravizados desde o per odo da conquista e expropriados de suas terras ejidos. A Constitui o Americana, elaborada ap s as independ ncias, formalizou e legalizou o direito de todos liberdade, igualdade racial. e) No per odo das lutas pela emancipa o na Am rica portuguesa, sobressaiu-se a gura do caudilho, l der militar e propriet rio de terras, que conduziu as revolu es nas diversas regi es e contribuiu com a quebra da exclusividade comercial entre a metr pole e a ex-col nia. Leia o texto a seguir escrito pelo antrop logo Claude L vi-Strauss com base em observa es que fez viajando pelo Norte do Paran , nas primeiras d cadas do s culo XX, e responda quest o 29. Texto XVIII Quando se percorria a regi o a cavalo ou de caminh o [...] era imposs vel saber se existia vida na regi o: os lotes compridos encostavam, de um lado, na estrada, de outro, no riacho que corria ao fundo de cada vale; mas foi embaixo, perto da gua, que se iniciou a coloniza o; a derrubada foi subindo lentamente a encosta [...] no fundo dos vales, as primeiras colheitas sempre fabulosas [...] germinavam entre os troncos das grandes rvores [...]. As chuvas de inverno se encarregariam de decomp -las em h mus f rtil, o qual, de imediato, seria levado de rold o pelos declives, junto com o outro que alimentava a oresta desaparecida cujas ra zes fariam falta para ret -lo. Quantos anos, dez, vinte ou trinta para que essa terra de Cana adquirisse o aspecto de uma paisagem rida e devastada? (L VI-STRAUSS, C. Tristes tr picos. Trad. Rosa Freire d Aguiar. S o Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 113.) 14 / 21 29 Com base no texto e nos conhecimentos sobre os processos de coloniza o, considere as a rmativas. I. Embora houvesse nos anos de 1930 uma cren a generalizada no progresso e na inesgotabilidade dos recursos naturais, havia tamb m grupos sociais que se indagavam sobre as conseq ncias ambientais do desenvolvimento. II. A previs o feita pelo autor, das conseq ncias de um processo colonizador predat rio, cujo resultado inevit vel seria a deserti ca o de reas onde anteriormente existiam orestas, concretizou-se ao nal do s culo XX. III. A deteriora o do meio ambiente com a derrubada de orestas que provoca a eros o surge originariamente no desenvolvimento agr cola da sociedade capitalista. IV. A derrubada da oresta no alto das colinas e a manuten o de vegeta o rasteira nos fundos de vale faz com que a chuva leve pelos declives o h mus, causando o assoreamento dos mananciais. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 30 Analise o mapa a seguir. (Atlante geogra co metodico De Agostini. Novara, Instituto Geogr co De Agostini, 1997. In: ALMEIDA,L. M.; RIGOLIN, T. B. Geogra a. S o Paulo: tica, 2002. p. 319.) 15 / 21 Com base no mapa e nos conhecimentos sobre a import ncia pol tica e econ mica dos continentes africano e asi tico ao longo dos s culos, considere as a rmativas. I. O mar Mediterr neo, chamado no Imp rio Romano de mare nostrum , designava na antig idade o dom nio s cio-pol tico pretendido e exercido pelos romanos na costa africana banhada pelo mar. II. O Egito representa, entre os pa ses da frica negra, aquele que mais se destaca tecnologicamente, tendo em vista os conhecimentos referentes constru o das Pir mides depositados na biblioteca de Alexandria. III. O estreito de Gibraltar, no mar Vermelho, localizado entre a Eritr ia e o Ir , uma regi o extremamente estrat gica para o dom nio militar devido ao escoamento do petr leo extra do da pen nsula ar bica. IV. Angola e Mo ambique, ex-col nias portuguesas, sofreram intensos con itos militares no s culo XX, envolvendo grande parte de sua popula o nos princ pios doutrin rios de tend ncia socialista. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 31 Sobre a Revolu o Industrial nos s culos XVIII e XIX, correto a rmar. a) Uma condi o indispens vel para a transi o do artesanato para a manufatura e desta para a ind stria moderna foi a concentra o da propriedade dos meios de produ o nas m os do capitalista. b) O crescimento industrial na Inglaterra resultou em um processo conhecido como segunda servid o , na qual os antigos servos rurais foram transferidos para as ind strias urbanas, visando ao aumento de produtividade das mesmas. c) Embora detivessem o poder pol tico, tanto a burguesia rural como a aristocracia urbana n o possu am capitais que possibilitassem o desenvolvimento da Revolu o Industrial, sendo esta, portanto, nanciada pelos pequenos propriet rios rurais. d) A industrializa o na Gr -Bretanha iniciou-se com a instala o de ind strias de bens de capital (a o e maquin rio) e, depois de estruturada essa base, partiu-se para a produ o de bens de consumo semi-dur veis e n o dur veis (tecidos, alimentos, bebidas). e) Por n o haver complementaridade entre a atividade industrial e a pecu ria (gado bovino, ovino), este foi o setor mais duramente atingido pela convers o da Europa rural em industrial. Leia o texto a seguir e responda quest o 32. Texto XIX A Grande Guerra de 1914 foi uma conseq ncia da remobiliza o contempor nea dos anciens regimes da Europa. Embora perdendo terreno para as for as do capitalismo industrial, as for as da antiga ordem ainda estavam su cientemente dispostas e poderosas para resistir e retardar o curso da hist ria, se necess rio recorrendo viol ncia. A Grande Guerra foi antes a express o da decad ncia e queda da antiga ordem, lutando para prolongar sua vida, que do explosivo crescimento do capitalismo industrial, resolvido a impor a sua primazia. Por toda a Europa, a partir de 1917, as press es de uma guerra prolongada a nal abalaram e romperam os alicerces da velha ordem entricheirada, que havia sido sua incubadora. Mesmo assim, exce o da R ssia, onde se desmoronou o antigo regime mais obstinado e tradicional, ap s 1918-1919 as for as da perman ncia se recobraram o su ciente para agravar a crise geral da Europa, promover o fascismo e contribuir para a retomada da guerra total em 1939. (MAYER, A. A for a da tradi o: a persist ncia do Antigo Regime. S o Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 13-14.) 16 / 21 32 De acordo com o texto, correto a rmar que a Primeira Guerra Mundial a) teria sido resultado dos con itos entre as for as da antiga ordem feudal e as da nova ordem socialista, especialmente depois do triunfo da Revolu o Russa. b) resultou do confronto entre as for as da perman ncia e as for as de mudan a, isto , do escravismo decadente e do capitalismo em ascens o. c) foi conseq ncia do triunfo da ind stria sobre a manufatura, o que provocou uma concorr ncia em n vel mundial, levando ao choque das pot ncias capitalistas imperialistas. d) foi produto de um momento hist rico espec co em que as mudan as se processavam mais lentamente do que fazem crer os historiadores que tratam a guerra como resultado do imperialismo. e) engendrou o nazi-fascismo, pois a burguesia europ ia, tendo apoiado os comunistas russos, criaram o terreno prop cio ao surgimento e expans o dos regimes totalit rios do nal do s culo. 33 Compreender o processo revolucion rio socialista ocorrido na R ssia de 1917 implica discernir historicamente os seus autores e as atitudes assumidas por eles. Desta forma, pode-se a rmar. a) O partido comunista russo, criado por Marx e Engels em pleno vigor da lei de exce o imposta pelo Czar Nicolau II, adotou t ticas de guerrilha de elevada e c cia s cio-pol tica, vencendo assim a guerra revolucion ria. b) O processo revolucion rio leninista colocou um ponto nal no per odo feudal sovi tico dos Petrogrados, unindo os comerciantes revolucion rios das principais cidades e os camponeses como anteriormente havia ocorrido na Revolu o francesa de 1789. c) O comandante do ex rcito bolchevique, Stalin, assumiu o poder no processo revolucion rio expulsando o Czar e nomeando como seu l der no congresso socialista, Trotski, organizador das barricadas sindicais na Pra a Vermelha. d) Marx e Bakunin elaboraram os princ pios revolucion rios de uma sociedade socialista, no entanto, devido aos intensos debates entre eles sobre a forma como o processo deveria ocorrer, distanciaram-se, tornando-se advers rios. e) Proudhon, exilado na R ssia, organizou os oper rios em sindicatos comunistas que, na revolu o, se integraram ao ex rcito vermelho che ado por Kerensky, estabelecendo a estrat gia da guerra total contra o ex rcito branco. 34 Com base nos conhecimentos sobre a crise econ mica mundial do per odo de 1929, considere as a rmativas a seguir. I. Ap s a Primeira Guerra Mundial, as na es derrotadas, como a Alemanha e a ustria, foram auxiliadas em sua reconstru o econ mica pelas pot ncias vencedoras, Inglaterra e Fran a, com pesados investimentos nos setores de energia e siderurgia. II. O impacto da Crise de 1929 foi mundial, estendendo-se dos Estados Unidos para todos os pa ses capitalistas, desenvolvidos ou n o. III. O excesso de interven o dos Estados Nacionais na economia foi a principal causa da Grande Depress o, ao desestimular o crescimento econ mico da iniciativa privada. IV. Nos Estados Unidos, a Grande Depress o come ou a ser combatida atrav s do New Deal, pol tica pela qual o Estado Nacional interveio na economia, injetando recursos p blicos em reformas sociais e econ micas, bem como disciplinando as rela es capitalistas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 17 / 21 35 Sobre a economia internacional ap s a Segunda Guerra Mundial, correto a rmar. a) Ap s o nal da Segunda Guerra Mundial, como puni o por terem causado o con ito, a reconstru o f sica e a restaura o pol tica da Alemanha e do Jap o efetuaram-se sem apoio ou investimento de capital internacional. b) A manuten o do Estado de Bem-Estar (Welfare State), com a garantia de sa de, educa o e seguridade social, atrav s de pesada carga tribut ria, caracterizou as pol ticas capitalistas neoliberais, a partir da d cada de 1980. c) A revolu o feminina do p s-guerra implicou a valoriza o pro ssional das mulheres, que passaram a ganhar, em m dia, mais do que os homens, realizando a mesma fun o. d) A partir da d cada de 1990, com a globaliza o e a abertura de fronteiras comerciais, os pa ses mais ricos do mundo abriram suas fronteiras para trabalhadores estrangeiros sem quali ca o. e) O custo menor da m o-de-obra e a conquista de novos mercados consumidores foram dois dos principais motivos para a expans o das grandes corpora es capitalistas nos pa ses pobres e/ou em desenvolvimento. Leia o texto a seguir e responda quest o 36. Texto XX [...] em nenhum dos dois Estados fascistas o fascismo conquistou o poder , embora na It lia e na Alemanha se explorasse muito a ret rica de se tomar as ruas e marchar sobre Roma . Nos dois casos o fascismo chegou ao poder pela coniv ncia com, e na verdade (como na It lia) por iniciativa do velho regime, ou seja, de uma forma constitucional . A novidade do fascismo era que, uma vez no poder, ele se recusava a jogar segundo as regras dos velhos jogos pol ticos, e tomava posse completamente onde podia. A transfer ncia total de poder, ou a elimina o de todos os rivais, demorou mais na It lia que na Alemanha (1933-4), mas, uma vez realizada, n o havia mais limites pol ticos internos para o que se tornava, caracteristicamente, a desenfreada ditadura de um supremo l der populista (Duce; F hrer). (HOBSBAWM, E. A Era dos Extremos: o breve s culo XX (1914-1991). S o Paulo: Companhia das Letras, 1995. pg. 130.) 36 Com base no texto e nos conhecimentos sobre os fascismos na It lia e na Alemanha, correto a rmar. a) Nos fascismos alem o e italiano, o centro da a o pol tica deslocava-se das aristocracias econ micas e/ou pol ticas para o partido nico, mobilizador de massas. b) Os fascismos originaram-se do socialismo e, por este motivo, as experi ncias hist ricas fascistas na Alemanha e na It lia tiveram violenta oposi o das suas burguesias industriais e nanceiras. c) O nazismo, devido ao seu car ter nacionalista, n o reivindicava territ rios de outros pa ses, elegendo a Alemanha como a nica p tria e territ rio dos alem es. d) Os fascismos italiano e alem o estimulavam a luta de classes e os con itos industriais entre o capital (burguesia) e o trabalho (proletariado). e) Depois de chegarem ao governo, os partidos fascistas perderam poder. As organiza es paramilitares do nazismo (tropas de assalto) e do fascismo italiano (squadristi ) nasceram para substituir os partidos fascistas enfraquecidos. 37 Considere as a rmativas. I. O nazismo um regime considerado totalit rio. Caracteriza-se pelo poder forte e autorit rio (sujei o da popula o), pela defesa nacional (exacerbando o racismo e a xenofobia) e por um Estado policial. Tem consigo o g rmen da guerra e fortemente amparado pela propaganda. O totalitarismo, no s culo XX, teve um xito incontest vel. II. A viol ncia de car ter militar e psicol gica con gura-se em base de sustenta o dos regimes totalit rios. No caso da Alemanha, a persegui o dos alem es aos judeus, culminando com o holocausto, mostra n o somente uma pr tica violenta e cruel, como tamb m um motivo para tantas ades es dos indiv duos ao regime nazista de Hitler. 18 / 21 III. Os regimes totalit rios nasceram no nal da II Guerra Mundial com a nalidade de evitar que o poder ca sse nas m os da esquerda. Dessa forma, pode-se considerar que esse projeto pol tico con gura-se em uma obra de poucos homens, com a inten o de restringir a democracia e impedir uma crise do mundo capitalista. IV. O nazismo e o fascismo nasceram como uma ofensiva Revolu o Russa. O temor ao perigo vermelho e a conseq ente dissemina o da proposta socialista apontava para o estabelecimento de uma nova ordem mundial, e a instaura o de regimes totalit rios na Europa fez recrudescer as tentativas de implementar uma outra realidade hist rica. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 38 Sobre as revolu es contempor neas, considere as a rmativas a seguir. I. A Revolu o Chinesa foi desencadeada pelos oper rios das grandes cidades industriais, que lideraram o movimento social em dire o ao socialismo, em alian a com a burguesia industrial, opositora ao imperialismo norte-americano. II. A concep o marxista de revolu o socialista enfatiza a dire o prolet ria do processo revolucion rio, por meio da organiza o da luta de classe contra os propriet rios dos meios de produ o (burguesia e latifundi rios). III. A coletiviza o das terras na Uni o Sovi tica, sob o regime de Joseph Stalin, efetuou-se contra a reforma agr ria anterior, promovida por Lenin durante a revolu o bolchevique, que havia distribu do terras para os camponeses. IV. Contando com o apoio de setores burgueses e liberais de oposi o ditadura de Fulg ncio Batista, a Revolu o Cubana, em seu in cio, n o possu a o car ter socialista. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas I e II s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia o texto a seguir e responda quest o 39. Texto XXI A globaliza o n o apaga nem as desigualdades nem as contradi es que constituem uma parte importante do tecido da vida social nacional e mundial. Ao contr rio, desenvolve umas e outras, recriando-se em outros n veis, com novos ingredientes. As mesmas condi es que alimentam a interdepend ncia e a integra o alimentam as desigualdades e contradi es, em mbito tribal, regional, nacional, continental e global. (IANNI, O. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civiliza o Brasileira, 2003. p. 127.) 19 / 21 39 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema globaliza o, correto a rmar. a) A importa o do cinema norte-americano e da literatura europ ia con gura-se em um dos aspectos da globaliza o que afeta positivamente o Terceiro Mundo. b) A revolu o tecnol gica constitui-se na grande conquista da era da globaliza o, pois ela garante o estabelecimento de regimes democr ticos no mundo. c) Num mundo globalizado, a desigualdade, que parte integrante das sociedades, desaparece em fun o do desenvolvimento igualit rio da rela o de produ o material e cultural. d) A globaliza o constitui-se em um fen meno de abertura das economias rumo a uma integra o mundial e , ao mesmo tempo, seletiva, pois n o envolve todas as regi es, atividades e segmentos sociais. e) A globaliza o caracteriza-se pela valoriza o das culturas locais visando cria o e implanta o de democracias multiculturais nas Am ricas e na sia. 40 Considere as a rmativas a seguir sobre o Brasil contempor neo. I. Em 1974, assumiu a presid ncia o general Ernesto Geisel. Em seu governo deu-se o in cio da abertura pol tica de uma forma lenta e gradual. Foi no nal de seu mandato, no ano de 1979, que o AI-5 foi revogado, permitindo que os cidad os tivessem liberdade relativa para voltar a se manifestar politicamente. II. A partir de 1980, a pol tica econ mica do pa s foi marcada pelas benesses do milagre econ mico. Del m Neto, ent o Ministro do Planejamento, conseguiu baixar a in a o, aumentar o valor dos sal rios e pagar mais da metade do valor da d vida externa do Brasil. III. Com o processo de abertura pol tica, as elei es no Brasil voltaram a ser democr ticas. As diferen as ideol gicas e pessoais caram mais expl citas no pleito de 1982, quando o PT (Partido dos Trabalhadores) colocou o nome de Luis In cio Lula da Silva para concorrer presid ncia. IV. O General Jo o Batista Figueiredo foi o sucessor do presidente Ernesto Geisel e deu continuidade ao processo de abertura pol tica do Brasil. A elei o de Figueiredo mostrou que o pa s come ava a seguir uma outra orienta o pol tica ao derrotar o candidato linha dura das For as Armadas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 20 / 21

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 08/12/2008
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