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UEL Vestibular de 2008 - PROVAS DA 2º FASE : Biologia e Sociologia

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BIOLOGIA Analise a gura abaixo e responda s quest es 1 e 2. (RAVEN, P.H. et. al. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 45.) 1) Com base na gura e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. A parede celular auxilia na manuten o da integridade osm tica externa, j que, nas plantas, o l quido extracelular hipert nico, ao contr rio do que acontece nos animais, onde as c lulas est o mergulhadas em um meio hipot nico. II. As c lulas vegetais se assemelham s c lulas animais em muitos aspectos de sua morfologia, como a estrutura molecular das membranas e de v rias organelas, em v rios mecanismos moleculares b sicos, como a replica o do DNA e sua transcri o em RNA, a s ntese prot ica e a transforma o de energia via mitoc ndrias. III. Preencher grande parte de seu conte do total com um vac olo considerado uma estrat gia econ mica usada pela c lula para aumentar seu tamanho e adquirir grande superf cie de contato entre o citoplasma e o ambiente externo, sem gasto de energia. IV. Juntamente com os vac olos e as paredes celulares, os plast dios s o componentes caracter sticos das c lulas vegetais e est o relacionados com o processo de fotoss ntese e armazenamento. Os principais tipos de plast dios s o os cloroplastos, os cromoplastos e os leucoplastos. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 2) Com base, ainda, na gura e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. Os cromoplastos cont m pigmentos caroten ides e podem ter fun o na atra o de insetos e outros animais essenciais para a poliniza o cruzada e dispers o de frutos e sementes. II. A parede celular determina a estrutura da c lula, a textura dos tecidos vegetais e muitas caracter sticas importantes, que permitem reconhecer as plantas como organismos. Todas as c lulas vegetais t m uma parede prim ria e muitas t m uma parede secund ria. III. As paredes prim rias cont m hemicelulose, mas aparentemente n o possuem pectinas e glicoprote nas. A lignina pode tamb m estar presente nas paredes secund rias, mas especialmente caracter stica de c lulas com parede prim ria e tem por fun o conferir resist ncia e rigidez parede. IV. Devido presen a de pectinas, as paredes secund rias s o muito hidratadas, tornando-se mais pl sticas. As c lulas ativamente em divis o ou em alongamentos geralmente t m somente paredes secund rias. 3 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) II e IV. c) I e II. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 3) Analise a gura a seguir: (JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO. J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000, p. 79.) Com base na gura e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. Gra as a seus receptores espec cos, a membrana tem a capacidade de reconhecer outras c lulas e diversos tipos de mol culas como, por exemplo, horm nios. Este reconhecimento, pela liga o de uma mol cula espec ca com o receptor da membrana, desencadeia uma resposta que varia conforme a c lula e o est mulo recebido. II. Os lip dios das membranas s o mol culas longas com uma extremidade hidrof lica e uma cadeia hidrof bica. As macromol culas apresentam uma regi o hidrof lica e, portanto, sol vel em meio aquoso e uma regi o hidrof bica, insol vel em gua, por m sol vel em lip dios. III. A membrana celular perme vel gua. Colocadas em uma solu o hipert nica, as c lulas aumentam de volume devido penetra o de gua. Se o aumento de volume for acentuado, a membrana plasm tica se rompe e o conte do da c lula extravasa, fen meno conhecido como desplasm lise. IV. Quando colocadas em solu o hipot nica, as c lulas diminuem de volume devido sa da de gua. Havendo entrada ou sa da de gua, a forma da c lula ca inalterada, por ser, em parte, determinada pelo estado de hidrata o dos col ides celulares e pela rigidez oferecida pela parede celular. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 4) O desenvolvimento humano inicia-se na fertiliza o, quando um gameta masculino ou espermatoz ide se une ao gameta feminino ou ov cito para formar uma nica c lula - o zigoto. Esta c lula totipotente e altamente especializada marca o in cio de cada um de n s como indiv duo nico. (MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia cl nica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p. 18.) 4 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. O sinciciotrofoblasto produz o horm nio gonadotro na cori nica humana (HCG) que entra no sangue materno. A HCG mant m a atividade hormonal do corpo l teo no ov rio, durante o per odo de gesta o, formando a base dos testes para gravidez. II. Na primeira divis o mei tica, cada cromossomo se divide e cada metade, ou crom tide, direcionada para um p lo diferente. Assim, o n mero dipl ide de cromossomos mantido em cada c lula- lha formada por meiose. III. Nutrientes e oxig nio passam do sangue materno, atrav s do l quido amni tico, para o sangue fetal, enquanto que as excretas de di xido de carbono passam do sangue fetal para o sangue materno, tamb m atrav s do l quido amni tico. IV. O l quido amni tico tem por fun o, por exemplo: agir como uma barreira contra infec es; ajudar a controlar a temperatura corporal do embri o, mantendo uma temperatura relativamente constante; participar da manuten o da homeostasia dos u dos e eletr litos. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 5) Al m dos vegetais, uma horta pode manter uma diversidade de animais, principalmente de invertebrados. Alguns s o considerados teis, tais como as minhocas (anel deos), e os piolhos-de-cobra (dipl podes), porque produzem h mus ou arejam o solo. Entretanto, tatuzinhos-de-jardim (crust ceos) e lesmas (moluscos) comem as plantas e geralmente n o s o desejados. Considerando as caracter sticas morfol gicas desses animais, assinale a alternativa que contenha aquelas que sejam comuns a todos esses animais. a) Simetria radial, sistema circulat rio fechado e reprodu o sexuada. b) G nglios nervosos, sistema circulat rio fechado e hermafroditismo. c) Sistema circulat rio aberto, hermafroditismo e sistema nervoso difuso. d) Simetria bilateral, g nglios nervosos e sistema digest rio completo. e) Nefr dios, reprodu o sexuada e sistema circulat rio fechado. 6) Voc recebe nove cart es. Sua tarefa formar dois grupos de tr s cart es, de modo que, no grupo I, sejam inclu dos apenas os cart es que tenham caracter sticas exclusivas do reino Monera e, no grupo II, apenas cart es que tenham caracter sticas exclusivas do reino Protista. Assinale a alternativa que apresenta possibilidades de formar corretamente os grupos I e II, respectivamente: a) Grupo I : cart es 1, 5 e 6; Grupo II: cart es 4, 7 e 9. b) Grupo I : cart es 2, 3 e 5; Grupo II: cart es 1, 6 e 8. c) Grupo I : cart es 3, 6 e 8; Grupo II: cart es 1, 5 e 7. d) Grupo I : cart es 2, 3 e 6; Grupo II: cart es 1, 4 e 8. e) Grupo I : cart es 2, 3 e 5; Grupo II: cart es 4, 7 e 9. 5 7) Para entender a evolu o animal, o estudo da presen a do celoma fundamental, porque indica a separa o de linhagens importantes. Considerando a classi ca o tradicional dos animais segundo esse crit rio, assinale a alternativa que indica aqueles que s o, respectivamente, acelomados, pseudocelomados e celomados. a) Plan rias, lombrigas e minhocas. b) T nias, gafanhotos e medusas. c) Fil rias, protozo rios e ancil stomos. d) Poliquetos, lesmas e esquistossomos. e) Camar es, sanguessugas e estrelas-do-mar. Nos vegetais superiores, a regula o do metabolismo, o crescimento e a morfog nese muitas vezes dependem de sinais qu micos de uma parte da planta para outra, conhecidos como horm nios, os quais interagem com prote nas espec cas, denominadas receptoras. 8) (TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre horm nios vegetais, relacione as colunas. 1) Auxina a) afeta o crescimento e a diferencia o das ra zes; estimula a divis o e o crescimento celular; estimula a germina o e a ora o; retarda o envelhecimento. 2) Giberelina b) promove o amadurecimento dos frutos; antagoniza ou reduz os efeitos da auxina; promove ou inibe, dependendo da esp cie, o crescimento e o desenvolvimento de ra zes, folhas e ores. 3) Citocinina c) estimula o alongamento de caule e raiz; atua no fototropismo, no geotropismo, na domin ncia apical e no desenvolvimento dos frutos. 4) Etileno d) promove a germina o de sementes e brotos; estimula a elonga o do caule, o crescimento das folhas, a ora o e o desenvolvimento de frutos. Assinale a alternativa que cont m todas as rela es corretas. a) 1-a, 2-b, 3-c, 4-d. b) 1-b, 2-a, 3-d, 4-c. c) 1-c, 2-d, 3-a, 4-b. d) 1-d, 2-c, 3-b, 4-a. e) 1-c, 2-a, 3-d, 4-b. 9) Ana possui olhos amendoados e c lios compridos e um charmoso furinho no queixo, que deixam o seu rosto bastante atraente. Estas caracter sticas fenot picas s o as mesmas da sua m e. J o seu pai tem olhos arredondados, c lios curtos e n o tem furinho no queixo. Ana est gr vida e o pai da crian a possui olhos arredondados, c lios curtos e com um furinho no queixo. Estas caracter sticas s o controladas por genes com segrega o independente. Os alelos dominantes: A controla o formato de olhos amendoados, C os c lios compridos e F a aus ncia do furinho . Qual o gen tipo da Ana e a probabilidade de que ela tenha uma lha com olhos arredondados, c lios compridos e furinho no queixo? a) Gen tipo da Ana AA CC ff e a probabilidade do lho desejado 3/4. b) Gen tipo da Ana Aa Cc ff e a probabilidade do lho desejado 1/4. c) Gen tipo da Ana Aa CC ff e a probabilidade do lho desejado 1/4. d) Gen tipo da Ana AA Cc ff e a probabilidade do lho desejado 3/4. e) Gen tipo da Ana Aa Cc ff e a probabilidade do lho desejado 1/16. 6 10) Analise a gura a seguir: (NEVES, D. P. et. al. Parasitologia humana. S o Paulo: Atheneu, 2005. p. 18.) Com base na gura e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. Epidemia se caracteriza por uma eleva o progressiva, inesperada e descontrolada do n mero de casos de doen as durante um per odo numa popula o, ultrapassando os valores end micos ou esperados. II. Epidemias s o endemias que ocorrem ao mesmo tempo em v rios pa ses. A peste bub nica, na Idade M dia, e a gripe espanhola, no in cio do s culo XX, s o exemplos de epidemias que ocorreram ao longo da hist ria da humanidade. III. Endemia de nida como a presen a de uma doen a em uma popula o de determinada rea geogr ca, ou refere-se preval ncia usual de uma doen a em um grupo populacional ou em uma rea geogr ca. IV. A extens o geogr ca de uma epidemia pode ser restrita a um bairro ou atingir uma cidade, um estado ou um pa s, podendo se estender por horas, no caso das infec es alimentares ou semanas, nos casos de gripes ou v rios anos no caso da AIDS. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 11) A doen a de Chagas, segundo a Organiza o Mundial da Sa de, constitui uma das principais causas de morte s bita na fase mais produtiva do cidad o. No Brasil, esta doen a atinge cerca de 6 milh es de habitantes, principalmente popula es pobres que residem em condi es prec rias. Muitas vezes, n o dada uma possibilidade de emprego, ao chag sico, mesmo que adequado sua condi o cl nica, que quase sempre n o devidamente avaliada [...]. (Adaptado de: NEVES, D. P. et. al. Parasitologia Humana. S o Paulo: Atheneu, 2005. p. 86.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. A transmiss o da Doen a de Chagas pode se dar por via oral em v rias situa es como, por exemplo: amamenta o, pois o Tripanosoma cruzi j foi encontrado em leite materno na fase aguda da infec o; pessoas ingerindo alimentos contaminados com fezes ou urina de barbeiros infectados. II. Os indiv duos que sobrevivem fase aguda assintom tica ou sintom tica evoluem para a fase cr nica e podem permanecer assintom ticos ou com infec o latente por v rios anos ou durante toda a sua vida. III. A pro laxia da Doen a de Chagas pode se dar pela melhoria das habita es, com adequada higiene e limpeza da mesma, combate ao barbeiro por meio de inseticidas e outros m todos auxiliares e a identi ca o e sele o dos doadores de sangue. IV. A espolia o sang nea realizada pelas f meas dos barbeiros t o marcante, que ocasiona internamentos de pessoas e afastamento de pro ssionais da agricultura e pecu ria. Neste aspecto, o Estado do Paran , por ser predominantemente agr cola, concentra a maioria dos casos da Doen a de Chagas no Pa s. 7 Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 12) Um microrganismo patog nico de nido como aquele que causa ou capaz de causar doen a. Alguns microrganismos s o inequivocamente patog nicos, enquanto outros (a maioria) s o geralmente inofensivos. Al m disso, alguns pat genos causam doen as apenas sob certas condi es como, por exemplo, quando s o introduzidos em um local do corpo normalmente est ril, ou na infec o de um hospedeiro imunocomprometido. (Adaptado de: STROHL, W. A. Microbiologia ilustrada. Porto Alegre: ARTMED, 2004. p. 25.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. O exemplo mais preocupante de imunode ci ncia adquirida a AIDS, na qual o v rus se liga prote na CD4 das c lulas T auxiliares e as destr i. A redu o do n mero dessas c lulas produz uma imunosupress o profunda que leva a graves infec es por microrganismos normalmente comensais e n o-virulentos. II. As doen as bacterianas podem ser ou n o transmiss veis de uma pessoa para outra. Como exemplo de doen a bacteriana transmiss vel temos o botulismo, cujo cont gio se d por uidos corporais, o que torna os potenciais hospedeiros mais suscet veis e a enfermidade em quest o potencialmente epid mica. III. O pequeno tamanho faz com que os microrganismos tenham taxas metab licas baixas, porque a raz o entre superf cie e volume diminui com a redu o do tamanho da c lula. Conseq entemente, as bact rias possuem taxas metab licas mais baixas do que as c lulas eucari ticas. IV. A prote o de indiv duos por vacina o pode ocorrer por imuniza o passiva, a qual obtida quando para um indiv duo s o administradas imunoglobulinas produzidas e dirigidas contra uma infec o j estabelecida, enquanto a imuniza o ativa envolve a administra o no indiv duo de pat genos puri cados ou modi cados ou de seus produtos. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e IV. b) I e II. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 13) Um agricultor familiar, que contra o uso de transg nicos, conserva a tradi o de seus pais de cultivar e produzir sementes de uma variedade antiga de milho com endosperma branco. O vizinho deste agricultor plantou sementes de um h brido de milho com locos homozig ticos para endosperma amarelo e para transg nico (que confere resist ncia a uma praga). As lavouras de milho destes dois agricultores oresceram juntas e houve uma elevada taxa de cruzamento entre elas. Na poca da colheita, o agricultor familiar cou decepcionado ao veri car a presen a de sementes com endospermas amarelos e brancos nas espigas da variedade antiga, evidenciando a contamina o com o h brido transg nico. O agricultor resolveu plantar as sementes destas espigas contaminadas em dois lotes, sendo as sementes amarelas no Lote I e as brancas no Lote II, su cientemente isoladas entre si e de outros lotes de milho. Quais seriam as freq ncias esperadas de sementes brancas e n o portadoras do gene transg nico produzidas em cada lote, considerando que a cor amarela da semente de milho dominante e condicionada pelo gene Y (yellow )? Assinale a alternativa correta. a) Freq ncia 1 no Lote I e 1/16 no Lote II. b) Freq ncia 9/16 no Lote I e 3/16 no Lote II. c) Freq ncia 1/16 no Lote I e 1 no Lote II. d) Freq ncia 1/16 no Lote I e 9/16 no Lote II. e) Freq ncia 3/16 no Lote I e 9/16 no Lote II. 8 14) No alvorecer da humanidade, e durante muito tempo da nossa hist ria, as refei es foram literalmente um vale tudo. Pelo fato dos seres humanos terem evolu do num mundo onde a disponibilidade de alimentos era apenas intermitente, a sobreviv ncia exigiu que tiv ssemos a capacidade de armazenar energia para pocas de escassez. O tecido adiposo, familiarmente conhecido como gordura, o rg o especializado para essa tarefa. Nossa capacidade de armazenar gordura continua essencial vida e pode permitir que uma pessoa sobreviva fome por meses. Na hist ria humana recente, contudo, a quantidade de energia acumulada como gordura est aumentando em muitas popula es. Obesidade o nome que damos quando o armazenamento de gordura se aproxima de um n vel que compromete a sa de de uma pessoa. (SCIENTIFIC American. Especial: Alimentos, sa de e nutri o. Out. 2007. p. 46.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. Restringir as gorduras insaturadas encontradas, por exemplo, na carne bovina, nos embutidos, na margarina, assim como nas gorduras de latic nios diminuem o risco de doen a card aca coronariana. II. O glicog nio uma forma importante de armazenamento de energia, o que se justi ca por dois motivos b sicos: ele pode fornecer combust vel para o metabolismo de carboidrato muito rapidamente, enquanto a mobiliza o de gordura lenta; e, talvez o mais importante, o glicog nio pode prover energia sob condi es an xicas. III. A totalidade de dep sitos de gordura em adip citos capaz de extensa varia o, conseq entemente, permitindo mudan as de necessidades do crescimento, reprodu o e envelhecimento, assim como utua es nas circunst ncias ambientais e siol gicas, tais como a disponibilidade de alimentos e a necessidade do exerc cio f sico. IV. O tecido adiposo aumenta: pelo aumento do tamanho das c lulas j presentes quando o lip deo adicionado, fen meno este conhecido como hiperplasia; ou pelo aumento do n mero de c lulas, fen meno conhecido como hipertro a. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e III. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 15) O sistema nervoso usa potenciais de a o (impulsos nervosos) para regular as atividades corporais; detecta as altera es nos ambientes externos e internos do corpo, interpreta essas altera es e responde a elas por causar contra es musculares ou secre es glandulares. (TORTORA, G.J.; GRABOWSKI, S.R. Princ pios de anatomia e siologia. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p.5.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. O sistema nervoso perif rico aut nomo tem por fun o controlar a atividade dos sistemas digestivo, cardiovascular, excretor e end crino. II. O cerebelo o principal centro integrador entre os sistemas nervoso e end crino, e o hipot lamo o respons vel pela manuten o da postura corporal. III. Destacam-se como subst ncias que atuam como neurotransmissoras: a acetilcolina, a adrenalina, a noradrenalina. IV. A presen a da bainha de mielina, que recobre a maioria dos ax nios, al m de proteger o ax nio, facilita a propaga o do impulso nervoso. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 9 16) Considere a seq ncia de bases da ta n o molde do DNA de um organismo procarioto: - AAT CCG ACG GGA. Quais seriam as seq ncias de bases da ta complementar do DNA, que serve de molde para transcri o, e da ta simples de RNAm transcrito? a) Fita molde -3 - TTA GGC TGC CCT- 5 e RNA 5 - UUTCCGUCGGGU- 3 . b) Fita molde -3 - UUA GGC UGC CCU-5 e RNA 5 - TTAGGCTGC CCT- 3 . c) Fita molde -3 - AAT CCG ACG GGA-5 e RNA 5 - UUAGGCUGCCCU- 3 . d) Fita molde -3 - TTA GGC TGC CCT- 5 e RNA 5 - AAUCCGACGGGA- 3 . e) Fita molde -3 - AAU CCG ACG GGA-5 e RNA 5 -TTAGGCTGCCCT -3 . 17) Com rela o aos processos de evolu o que atuam numa linha evolutiva de organismos que est o variando atrav s dos tempos, Stebbins (1970) comparou estes processos com um autom vel percorrendo uma estrada. (RAMALHO, M., BOSCO DOS SANTOS, J., PINTO, C. B. Gen tica na Agropecu ria. 2. ed. Lavras: UFLA, 2a ed. 2000. p. 346.) Com base nos conhecimentos sobre evolu o, analise as a rmativas a seguir: I. A muta o corresponde ao motor do autom vel, pois uma das fontes de varia o gen tica, que essencial para a progress o cont nua da melhoria das esp cies, sobre a qual a sele o exerce sua a o. II. A recombina o gen tica corresponde ao combust vel, atuando pela mistura de genes e cromossomos, que ocorre durante o ciclo sexuado, fornecendo a variabilidade sobre a qual o uxo g nico e a deriva gen tica exercem a sua a o. III. A sele o natural que dirige a variabilidade gen tica para a adapta o do ambiente pode ser comparada ao motorista do ve culo. Juntas, sele o e recombina o podem ser comparadas ao c mbio e ao acelerador do autom vel. IV. O isolamento reprodutivo tem efeito canalizador semelhante estrada que, com seus limites e sinaliza es impostos sobre o motorista, permite a movimenta o de v rios ve culos na mesma dire o e ao mesmo tempo. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e IV. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 18) Analise a ilustra o a seguir: (CAVALHEIRO, A. L. et al. A biologia na produ o de sementes e mudas de esp cies nativas: no es b sicas. Londrina: EDUEL, 2006. p.12.) 10 Com base na ilustra o e nos conhecimentos sobre sucess o secund ria (ecol gica), analise as a rmativas a seguir: I. As esp cies consideradas como pioneiras germinam em locais bem iluminados, crescem r pido, vivem pouco e a rvore adulta apresenta tamanho considerado pequeno ou m dio. II. As esp cies consideradas secund rias iniciais podem germinar sombra e a rvore adulta apresenta tamanho considerado grande. III. As esp cies consideradas secund rias tardias germinam e crescem em locais bem iluminados, vivem muito e o tamanho da rvore adulta considerado m dio. IV. As esp cies consideradas cl max germinam sombra e crescem em locais bem iluminados, vivem muito e a rvore adulta apresenta tamanho considerado grande a muito grande. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) I e III. d) II, III e IV. e) I, III e IV. 19) As barreiras geogr cas interrompem o uxo g nico, permitindo que duas popula es separadas tomem caminhos evolutivos diferentes na medida em que os agentes seletivos atuantes s o diferentes em ambientes diferentes. Acidentes naturais como montanhas e rios podem funcionar como barreiras geogr cas, separando popula es de mesma esp cie que antes viviam juntas no mesmo espa o. Se essas popula es se mantiverem isoladas por muito tempo, este tipo de evento pode levar a um processo conhecido como a) pang nese. b) sele o natural. c) panmixia. d) especia o. e) deriva gen tica. 20) Durante o m s de abril de 2007, o grupo encarregado de sistematizar os impactos das mudan as clim ticas, bem como a vulnerabilidade e a adapta o para o painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas (IPCC), divulgou um resumo de suas conclus es. O trabalho durou cinco anos e envolveu 2.500 pesquisadores do mundo todo. Suas previs es s o alarmantes: algumas adapta es ser o necess rias para enfrentar as mudan as inevit veis do clima. O grupo enfatizou algumas poss veis e chamou aten o para a necessidade de uma op o pelo desenvolvimento sustent vel. Segundo os pesquisadores, muitos dos impactos podem ser evitados, reduzidos ou postergados por a es mitigat rias. (Adaptado de: SCIENTIFIC American. Como deter o aquecimento global. Edi o Especial, 2007. p. 18.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as a rmativas a seguir: I. As medidas de redu o de di xido de enxofre (uso de carv o limpo e de diesel com pouco enxofre) contribuem signi cativamente para a redu o das emiss es de carbono, ao passo que as medidas visando redu o das emiss es de di xido de carbono (com a diminui o da e c cia da combust o e a substitui o energ tica carv o/g s) promovem um aumento nas emiss es de di xido de enxofre. II. As m quinas da revolu o industrial contribu ram para um aumento signi cativo da quantidade de di xido de carbono na atmosfera, mas na verdade s aceleraram um processo que come ou com o advento da agricultura. Esta atividade alterou os ciclos naturais de produ o de metano e do di xido de carbono e promoveu a derrubada de orestas na sia e Europa h , aproximadamente, 8 mil anos. III. No campo, a utiliza o excessiva de adubo nitrogenado, al m de aumentar a produtividade agr cola, contribui pouco com a polui o do solo, a in ltra o de nitratos na gua e, paralelamente, com as emiss es de v rios gases de efeito estufa. Conclui-se, portanto, que o uso dos adubos reduz os custos dos produtos, a polui o dos solos e os danos sa de. 11 IV. Segundo previs es de alguns pesquisadores, o aquecimento r pido dos ltimos s culos est , provavelmente, destinado a durar at que os combust veis f sseis economicamente acess veis se tornarem escassos. Quando isso acontecer, o clima da Terra deve come ar a resfriar de forma progressiva, medida que o oceano absorve o di xido de carbono em excesso produzido pelas atividades humanas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 12 SOCIOLOGIA 21) Leia os depoimentos a seguir: Sou um ser livre, penso apenas com minhas id ias, da minha cabe a, fa o s o que desejo, sou nico, independente, aut nomo. N o sigo o que me obrigam e pronto! Acredito que com a for a dos meus pensamentos poderei realizar todos os meus sonhos, e o meu esfor o ajuda a sociedade a progredir. (Jovem estudante e trabalhadora em uma loja de shopping ). Sou um ser social, o que penso veio da minha fam lia, dos meus amigos e parentes, gostaria de fazer o que desejo, mas dif cil! s vezes fa o o que quero, mas na maioria das vezes sigo meu grupo, meus amigos, minha religi o, minha fam lia, a escola, sei l ... Sinto que dependo disso tudo e gostaria muito de ser livre, mas n o sou! (Jovem estudante em uma escola p blica que trabalha em empregos tempor rios). Sinto que s vezes consigo fazer as coisas que desejo, como ir a raves, mesmo que minha m e n o permita ou concorde. Em outros momentos fa o o que me mandam e acho que deve ser assim mesmo. legal a gente viver segundo as regras e ao mesmo tempo poder mud -las. Nas raves existem regras, muita gente n o percebe, mas h toda uma estrutura, seguran as, taxas, etc. Ent o, sinto que sou livre, posso escolher coisas, mas com alguns limites. (Jovem estudante e Of ce boy). Assinale a alternativa que expressa, respectivamente, as explica es sociol gicas sobre a rela o entre indiv duo e sociedade presentes nas falas. a) Solidariedade mec nica, fundada no funcionalismo de E. Durkheim; individualismo metodol gico, fundado na teoria pol tica liberal; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. b) Teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria organicista de Spencer. c) Individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; funcionalismo, fundado no conceito de consci ncia coletiva de E. Durkheim; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber. d) Sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; funcionalismo, fundado no conceito dos tr s estados de Augusto Comte. e) Corporativismo positivista, fundado em Augusto Comte; individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. 22) De acordo com Florestan Fernandes: A concep o fundamental de ci ncia, de Emile Durkheim (1858-1917), realista, no sentido de defender o princ pio segundo o qual nenhuma ci ncia poss vel sem de ni o de um objeto pr prio e independente. (FERNANDES, F. Fundamentos emp ricos da explica o sociol gica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73). Assinale a alternativa que descreve o objeto pr prio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917). a) O con ito de classe, base da divis o social e transforma o do modo de produ o. b) O fato social, exterior e coercitivo em rela o vontade dos indiv duos. c) A a o social que de ne as inter-rela es compartilhadas de sentido entre os indiv duos. d) A sociedade, produto da vontade e da a o de indiv duos que agem independentes uns dos outros. e) A cultura, resultado das rela es de produ o e da divis o social do trabalho. 23) De acordo com Max Weber, a Sociologia signi ca: uma ci ncia que pretende compreender interpretativamente a a o social e assim explic -la casualmente em seu curso e em seus efeitos. Por a o social entende-se as a es que: quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso. (WEBER, M. Economia e sociedade. traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Bras lia: Editora UnB, 2000. p. 3) 13 Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. Mesmo entre gente humilde, por m, funcionava o sistema de obriga es rec procas. O nonagent rio Nh Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatu , lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre at arranjar a vida . Hoje, diz Nh Roque, a gente paga o batismo e, quando o a lhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a ben o). (CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. S o Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.) II. O sertanejo , antes de tudo, um forte. N o tem o raquitismo exaustivo dos mesti os neurast nicos do litoral. A sua apar ncia, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contr rio. Falta-lhe a pl stica impec vel, o desempeno, a estrutura corret ssima das organiza es atl ticas. (CUNHA, E. Os Sert es. S o Paulo : C rculo do Livro, 1989. p. 95.) III. N o h assim por que considerar que as formas anacr nicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas rela es de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a rela es semifeudais que implicariam uma situa o de latif ndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restri es da servid o da gleba . Isso tudo n o tem sentido na estrutura social brasileira. (PRADO Jr., C. A Revolu o Brasileira. S o Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.) IV. O coronel, antes de ser um l der pol tico, um l der econ mico, n o necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O v nculo n o obedece a linhas t o simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem p blica [...] Ocorre que o coronel n o manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto n o escrito. (FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.) Correspondem ao conceito de a o social citado anteriormente somente as a rmativas a) I e IV. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 24) Segundo Braverman: O mais antigo princ pio inovador do modo capitalista de produ o foi a divis o manufatureira do trabalho [...] A divis o do trabalho na ind stria capitalista n o de modo algum id ntica ao fen meno da distribui o de tarefas, of cios ou especialidades da produ o [...]. (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradu o Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.) O que difere a divis o do trabalho na ind stria capitalista das formas de distribui o anteriores do trabalho? a) A forma o de associa es de of cio que criaram o trabalho assalariado e a padroniza o de processos industriais. b) A realiza o de atividades produtivas sob a forma de unidades de fam lias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independ ncia individual de cada trabalhador. c) O exerc cio de atividades produtivas por meio da divis o do trabalho por idade e g nero, o que leva exclus o das mulheres do mercado de trabalho. d) O controle do ritmo e da distribui o da produ o pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade. e) A subdivis o do trabalho de cada especialidade produtiva em opera es limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e aliena o do trabalhador. 25) Leia o texto a seguir: [...] Em toda parte renasce e se revigora o mau-olhado, a pol tica do julgamento adverso primeira vista, por meio da qual os pa ses ricos se defendem contra aqueles que procedem de pa ses que entraram no ndex pol tico da sele o natural: virtude humana o dinheiro, uma virtude detergente que branqueia quem vem do mundo subdesenvolvido. Na verdade, o migrante entra no pa s de destino pela porta de sa da, modo de permitir-lhe permanecer como se estivesse todo o tempo da perman ncia a caminho da sa da, algo 14 que concretamente ocorre com os muitos que na Alemanha ou nos Estados Unidos aguardam na pris o a deporta o. [...] Estamos em face de uma multiplica o de recursos ideol gicos para barrar a entrada de migrantes nos pa ses de destino. At 11 de setembro [de 2001] funcionava o estere tipo de tra cante (uma cara de ndio latino-americano era perfeita para barrar passageiros no desembarque) e o estere tipo de desempregado (a condi o de jovem tem sido perfeita para discriminar) ou o estere tipo de prostituta (jovem e mulher vinda do Terceiro Mundo), e terrorista (cara de rabe ou barbudo ou mesmo bigode moda do Oriente-m dio). Agora, estamos vivendo o momento mais interessante de reelabora o dos estere tipos, com o predom nio do temor ao terrorista sobre os estere tipos usados at aqui. Registros e den ncias dos ltimos meses indicam que o novo estere tipo abrange tamb m pessoas com apar ncia de ricas [...]. [...] De fato, os aeroportos internacionais dos pa ses ricos tornaram-se o teatro do medo e da intimida o. [...] O crit rio da discrimina o visual do migrante nem mesmo pode detectar sua principal motiva o para migrar que hoje o trabalho. [...] Os agentes do mau olhado portu rio e aeroportu rio n o podem ver esse conte do substancialmente espec co da migra o por um motivo simples: os migrantes s o pessoas que em boa parte j foram socializadas no mesmo registro sociol gico daqueles que devem e esperam barr -los. S o express es da sociedade moderna que se difundem atrav s da globaliza o. As medidas de seguran a nacional voltadas para a interdi o do acesso de migrantes aos pa ses ricos s o o corol rio da globaliza o em seus efeitos n o s econ micos, mas tamb m culturais e sociais. (MARTINS, J. de S. Seguran a nacional e inseguran a trabalhista: os migrantes na encruzilhada. In: Caderno de Direito - FESO, Teres polis, ano V, n. 7, 2 semestre 2004, p. 113-127.) De acordo com o texto, correto a rmar que depois do 11 de setembro de 2001 a) a globaliza o continuou ampliando as fronteiras entre os povos ricos e pobres, diversi cando os processos de migra es. b) os processos de migra es puderam ser harmonizados em fun o da desburocratiza o nos aeroportos dos pa ses ricos. c) os mecanismos de seguran a, nas fronteiras dos pa ses ricos, foram amenizados como t tica para detectar os terroristas e impedir suas a es. d) a entrada de pessoas ricas nos pa ses ricos, oriundas dos pa ses pobres, tem sido facilitada como estrat gia de atra o de divisas de capital. e) os estere tipos e as formas de discrimina o foram ampliados no processo de migra o de pessoas dos pa ses pobres para os pa ses ricos. 26) Sobre a explora o do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), correto a rmar: a) A lei da hora-extra explica como os propriet rios dos meios de produ o se apropriam das horas n o pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produ o das mercadorias. b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas ap s o hor rio contratado, que n o s o pagas ao trabalhador pelos propriet rios dos meios de produ o. c) A lei da mais-valia explica como o propriet rio dos meios de produ o extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas trabalhadas. d) A lei da mais valia a garantia de que o trabalhador receber o valor real do que produziu durante a jornada de trabalho. e) As horas extras trabalhadas ap s o expediente constituem-se na ess ncia do processo de produ o de excedentes e da apropria o das mercadorias pelo propriet rio dos meios de produ o. 27) Leia o texto a seguir: Unamo-nos para defender os fracos da opress o, conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence, instituamos regulamentos de justi a e de paz, aos quais todos sejam obrigados a conformar-se, que n o abram exce o para ningu m e que, submetendo igualmente a deveres m tuos o poderoso e o fraco, reparem de certo modo os caprichos da fortuna. (ROUSSEAU, J-J. Discours sur l origine de l inegalit . apud NASCIMENTO, M. M. Rousseau: da servid o liberdade. In WEFORT, F. (Org). Os cl ssicos da pol tica, v. 1. S o Paulo: tica, 1989. p. 195.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que reproduz a rela o que Rousseau estabelece entre as id ias de Contrato Social e Desigualdade. a) O Contrato Social, uma imposi o do soberano sobre seus s ditos, elimina a liberdade natural e faz aumentar a fortuna dos fortes e opress o sobre os fracos. 15 b) O Contrato Social, obriga es impostas pelos fortes para serem cumpridas pelos mais fracos, amplia a desigualdade e a disc rdia social. c) O Contrato Social, regulamento aplicado a todos, divide igualmente a riqueza e as posses dos fortes entre os mais fracos para poder promover a igualdade social. d) O Contrato Social, um pacto leg timo, permite aos homens, em troca de sua liberdade natural, a vida em conc rdia, ao estabelecer obriga es comuns a todos e equiparar as diferen as que a sorte fez favorecer a uns e n o a outros. e) O Contrato social, um pacto de defesa dos mais fracos, elimina a desigualdade, ao submeter os ricos ao poder dos fracos e assim permite que as posses sejam igualmente distribu das. 28) Max Weber, soci logo alem o, conceituou tr s tipos ideais de domina o: domina o legal, domina o tradicional e domina o carism tica. S o tipos ideais porque s o constru es conceituais que o investigador utiliza para fazer aproxima es entre a teoria e o mundo emp rico. Leia a seguir o trecho da Carta Testamento de Get lio Vargas: Sigo o destino que imposto. Depois de dec nios de dom nio e espolia o dos grupos econ micos e nanceiros internacionais, z-me chefe de uma revolu o e venci. Iniciei o trabalho de liberta o e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra os do povo. (VARGAS, G. Carta Testamento. Disponivel em: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbd/verbetes_htm/5458_53.asp. Acesso em: 17 nov. 2007.) Com base nos conhecimentos sobre os tipos ideais de domina o e levando em considera o o texto citado e as caracter sticas hist ricas e pol ticas do per odo, assinale a nica alternativa que apresenta a con gura o correta do tipo de domina o exercida por Get lio Vargas. a) Domina o carism tica e tradicional. b) Domina o tradicional que se op e domina o carism tica. c) Domina o tradicional e legal. d) Domina o legal e carism tica. e) Domina o legal que refor a a domina o tradicional. 29) Leia o texto a seguir: As sociedades primitivas s o sociedades sem Estado: esse julgamento, de fato, em si mesmo correto, na verdade dissimula uma opini o, um ju zo de valor, que prejudica imediatamente a possibilidade de constituir uma Antropologia pol tica como ci ncia rigorosa. O que de fato se enuncia que as sociedades primitivas est o privadas de alguma coisa o Estado que lhes , tal como a qualquer outra sociedade a nossa, por exemplo necess ria. Essas sociedades s o portanto, incompletas. N o s o exatamente verdadeiras sociedades n o s o policiadas , e subsistem na experi ncia talvez dolorosa de uma falta falta do Estado que nelas tentariam, sempre em v o, suprir.[...]. J se percebeu que, quase sempre, as sociedades arcaicas s o determinadas de maneira negativa, sob o crit rio da falta: sociedades sem Estado, sociedades sem escrita, sociedades sem hist ria. (Mas, por outro lado, deve ser levado em considera o que nestas sociedades) a rela o do poder com a troca, por ser negativa, n o deixa de mostrar-nos que ao n vel mais profundo da estrutura social, lugar da constitui o inconsciente das suas dimens es, de onde adv m e onde se encerra a problem tica desse poder. Em outros termos, a pr pria cultura, como diferen a maior da natureza, que se investe totalmente na recusa desse poder.[...]. Elas pressentiram muito cedo que a transcend ncia do poder encerra para o grupo um risco mortal, que o princ pio de uma autoridade exterior e criadora de sua pr pria legalidade uma contesta o da pr pria cultura [...]; descobrindo o grande parentesco do poder e da natureza, como dupla limita o do universo da cultura, as sociedades ind genas souberam inventar um meio de neutralizar a viol ncia da autoridade pol tica. (CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978, p. 133, 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. A exist ncia de sociedades sem Estado, se deve ao fato de que nestas sociedades h uma identi ca o, ainda que inconsciente, entre a concentra o de poder e a nega o da cultura. II. Nas sociedades sem Estado, a recusa centraliza o do poder se deve exist ncia de mitos espec cos que identi cam a autoridade pol tica a seres demi rgicos. III. Existe uma tend ncia segundo a qual as sociedades denominadas como primitivas s o consideradas negativamente, atrav s de uma tica que se pauta na aus ncia de determinadas caracter sticas presentes nas sociedades ocidentais, e que n o leva em considera o suas peculiaridades culturais. 16 IV. As sociedades primitivas n o possuem Estado em decorr ncia do seu atraso quanto ao desenvolvimento das institui es pol ticas, s formas de parentesco e s racionalidades comunicativas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 30) Leia o texto a seguir: Os partidos socialistas, com o apoio das classes trabalhadoras em expans o de seus pa ses, e inspirados pela cren a na inevitabilidade hist rica de sua vit ria, representavam essa alternativa na maioria dos Estados da Europa. Aparentemente, s era preciso um sinal para os povos se levantarem, substitu rem o capitalismo pelo socialismo, e com isso transformarem os sofrimentos sem sentido da guerra mundial em alguma coisa mais positiva: as sangrentas dores e convuls es do parto de um novo mundo. A Revolu o Russa, ou mais precisamente, a Revolu o Bolchevique de outubro de 1917, pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se portanto t o fundamental para hist ria [do s culo XX] quanto a Revolu o Francesa de 1789 para o s culo XIX. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve s culo XX, 1914-1991. S o Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a Revolu o Russa de 1917 fundamental para a hist ria do s culo XX porque a) alterou radicalmente a organiza o da sociedade, da economia e do Estado, atrav s da mobiliza o de milhares de pessoas, camponeses e oper rios, que ocuparam o governo e iniciaram novas experi ncias de organiza o e participa o pol tica, tornando-se refer ncia para outros pa ses que realizaram suas revolu es. b) produziu uma invers o no sentido das mudan as sociais, imprimindo um ritmo mais lento ao processo de organiza o dos oper rios, camponeses e oprimidos, que ocuparam os espa os culturais, regionais e civis, tornando-se modelo para as contra-revolu es pac cas e comunistas. c) mudou a mentalidade do operariado, que passou a lutar mais pelas mudan as de direitos individuais e menos pelos direitos universais e corporativos, levando os movimentos radicais a disputarem os cargos dos governos em uma clara concord ncia com o jogo democr tico burgu s . d) ajudou a criar estruturas de personalidades tolerantes com o curso do capitalismo que levaria todos igualdade social na propor o em que as agita es comunistas in uenciassem os oper rios e camponeses. e) proporcionou a cren a no direito positivo, na propriedade privada e nos processos de convuls o social do mercado estrati cado que, semelhan a da Revolu o Francesa, estimularia a mobilidade e ascens o social das burguesias pactuadas com os oper rios e camponeses. 31) As rela es amorosas, ap s os anos de 1960/1980, tenderam a facilitar os contatos feitos e desfeitos imediatamente, gerando uma gama de possibilidades de parceiros e experimentos de prazer. Essa forma de contato amoroso tem sido denominada pelos jovens como car . Assim, em uma festa pode-se car com v rios parceiros ou durante um tempo ir cando em diferentes situa es, sem que isso se con gure em compromisso, namoro ou outra modalidade institucional de rela o. Os processos sociais que provocaram as mudan as nas rela es amorosas, bem como suas conseq ncias para o indiv duo e para a sociedade, t m sido problematizados por v rios cientistas sociais. Assinale a alternativa em que o texto explica os sentidos das rela es amorosas descritas acima. a) Hoje as artes de express o n o s o as nicas que se prop em s mulheres; muitas delas tentam atividades criadoras. A situa o da mulher predisp e-na a procurar uma salva o na literatura e na arte. Vivendo margem do mundo masculino, n o o apreende em sua gura universal e sim atrav s de uma vis o singular; ele para ela, n o um conjunto de utens lios e conceitos e sim uma fonte de sensa es e emo es; ela interessa-se pelas qualidades das coisas no que t m de gratuito e secreto [...] . (BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. S o Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.) 17 b) Hoje, no entanto, existe uma renova o, o que signi ca dizer que os cientistas, quando chegam atrav s do seu conhecimento a esses problemas fundamentais, tentam por si pr prios compreend -los e fazem um apelo sua pr pria re ex o. Nos pr ximos anos, por exemplo, ap s as experi ncias do Aspecto, a discuss o sobre o espa o e sobre o tempo problemas los cos vai ser retomada . (MORIN, E. A intelig ncia da complexidade. 2. ed. S o Paulo: Peir polis, 2000. p. 37.) c) Nova era demogr ca de decl nio populacional n o catastr co pode estar alvorecendo. Fome, epidemias, enchentes, vulc es e guerras cobraram seu pre o no passado, mas que grandes popula es n o se reproduzam por escolha individual uma mudan a hist rica not vel. Na Europa Ocidental, esse padr o est se estabelecendo em tempos de paz, sob condi es de grande prosperidade, embora, sejam ainda vis veis oscila es conjunturais, signi cativas na depress o escandinava do in cio dos anos de 1990. (THERBORN, G. Sexo e poder. S o Paulo: Contexto, 2006. p. 446). d) assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto para o uso imediato, o prazer passageiro, a satisfa o instant nea, resultados que n o exijam esfor os prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolu o do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a experi ncia amorosa semelhan a de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas caracter sticas e prometem desejo sem ansiedade, esfor o sem suor e resultados sem esfor o. (BAUMAN, Z. Amor l quido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22). e) Viver na grande metr pole signi ca enfrentar a viol ncia que ela produz, expande e exalta, no mesmo pacote em que gera e acalenta as cria es mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido, talvez a primeira viol ncia de que somos v tima, j no in cio do dia, o jornalismo, sempre muito sequioso de retratar e reportar, nos m nimos detalhes, o que de mais contundente e chocante a humanidade produziu no dia anterior [...] . (NAFFAH NETO, A. Viol ncia e ressentimento. In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. S o Paulo: Hucitec, 1997. p. 99.) 32) Leia o texto a seguir: Uma not vel virada na hist ria do casamento teve in cio na d cada nal do s culo XX, com a institucionaliza o o cial do casamento homossexual, ou parceria . [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma leg tima de sexualidade foi parte da revolu o sexual do ocidente. Ela est agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associa o Psiqui trica Americana. Em 1975, a Comiss o de Servi os Civis dos EUA retirou sua interdi o contrata o de homossexuais. Logo, a discrimina o dos homossexuais que passou a ser considerada um delito. A igualdade em rela o orienta o sexual esteve nas normas para a nomea o de prefeitos na Holanda na d cada de 1980, por exemplo. Grande avan o internacional foi sua inclus o na Constitui o Sul-Africana p s-apatheid [em 1996]. [...] Entretanto, o que interessante nesse nosso contexto particular s o as reivindica es de gays e l sbicas pelo direito ao casamento e a aceita o parcial de sua exig ncias. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandin via como tantas outras coisas da moderna mudan a da fam lia. Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabita o dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legisla o nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros pa ses escandinavos. Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas est em efeito desde 1998, na Fran a desde 1999, abrangendo tamb m rela es pessoais solid rias que n o apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, ent o na oposi o, foi apresentado antes das elei es de 2002, mas n o foi ainda votado. O casamento n o est desaparecendo. Est mudando. (THERBORN, G. Sexo e poder: a fam lia no mundo, 1900-2000. S o Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.) Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos a) cl ssicos movimentos oper rios organizados em v rios pa ses desde o s culo XIX, voltados para os problemas de classes sociais, direitos trabalhistas, participa o pol tica e sindical, fortemente impulsionados pelos l deres sindicais. b) tradicionais movimentos religiosos da Am rica Latina e outros pa ses no s culo XX, voltados pela humaniza o das rela es sociais, direitos humanos, inclus o social e pol tica, fortemente impulsionados pelos l deres eclesi sticos. c) recentes movimentos sociais surgidos em v rios continentes na d cada de 2000, voltados para a manuten o dos direitos civis, fortalecimento do casamento como institui o familiar s lida e e caz na preserva o da estrutura social patriarcal. d) modernos movimentos sociais surgidos em todo o mundo na d cada de 1930, voltados para a consolida o dos la os de solidariedade, uni o e civilidade, fortemente impulsionados pelos l deres do sindicalismo corporativo. e) novos movimentos sociais surgidos em v rios pa ses a partir dos anos de 1960, voltados para os problemas identit rios de grupos, g nero, etnias e pol ticas do corpo, fortemente impulsionados pelas ativistas feministas. 18 33) Observe o gr co a seguir: (PNUD, Atlas Racial Brasileiro - 2004) De acordo com os dados e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) A pobreza um fen meno que afeta basicamente a popula o de cor branca, uma vez que, em todo per odo mostrado no gr co, a porcentagem de indigentes brancos aumentou em rela o porcentagem de brancos pobres. b) Ap s 1990, aumentou a propor o de brancos abaixo da linha de indig ncia, que passou de pouco mais de 10% para aproximadamente 25% do total da popula o. c) Ap s 1994, a propor o de negros pobres no total da popula o negra no Brasil permanece em torno de 50%, enquanto varia aproximadamente em torno de 20 a 25% a propor o de brancos pobres no mesmo per odo. d) A pobreza um fen meno que afetado pela ra a ou cor, enquanto que a indig ncia n o demonstra ter rela o com a quest o racial, uma vez que a varia o entre negros indigentes e brancos pobres bastante aproximada em todo o per odo. e) A pobreza um fen meno que vem aumentando continuamente em toda popula o brasileira ao longo do per odo que vai de 1982 a 2003, demonstrando os equ vocos dos estudos sobre desigualdade baseados nas vari veis de ra a ou de cor. 34) Observe o gr co a seguir: (Desigualdade, Estabilidade e Bem-Estar Social, Marcelo Neri, 2006.) 19 Com base no gr co e nos conhecimentos sobre o per odo, assinale a alternativa correta. a) Do pen ltimo ano do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso em diante, observa-se uma diminui o na concentra o de renda, com uma redu o cont nua na diferen a de renda entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. b) Entre o ano subseq ente ao lan amento do Plano Real e o ano da primeira elei o do presidente Lula, houve uma redu o na renda dos 50% mais pobres e um aumento na renda dos 10% mais ricos. c) Durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, aumentou em aproximadamente 3% a diferen a entre a renda dos 10% mais ricos e os 50% mais pobres. d) Houve uma maior distribui o de renda no Brasil no per odo que compreende o ano anterior ao lan amento do Plano Real e o ano subseq ente, com redu o na dist ncia entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. e) Durante o primeiro mandato do presidente Lula, houve uma eleva o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 10% mais ricos da popula o e uma redu o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 50% mais pobres. 35) Leia o texto a seguir: Como argumentaram com muita propriedade diversos cr ticos da tradi o sociol gica [...] As na es e os estados nacionais n o interagem simplesmente entre si; sob as condi es modernas, eles formam ou tendem a formar um mundo, isto , um contexto global com os seus pr prios processos e mecanismos de integra o. A forma nacional de integra o, dessa forma, desenvolve-se e funciona em conex o ntima e num con ito mais ou menos acentuado com a forma global. [...] Para apreender a sua relev ncia em rela o an lise do nacionalismo, necess rio ter em mente que a globaliza o de modo algum sin nimo de homogeneiza o [...]. Pelo contr rio, ela deve ser entendida como uma nova estrutura de diferencia o. (ARNASON, J. P. Nacionalismo, globaliza o e modernidade, In: FEATHERSTONE, M. (Org.) Cultura global: nacionaliza o, globaliza o e modernidade. Petr polis: Vozes, 1994. p. 238.) De acordo com o texto, correto a rmar: a) Os Estados Nacionais possuem total autonomia quanto globaliza o, por isso n o sofrem re exos deste processo, garantindo a homogeneidade, a simetria e unidade contra as distin es. b) A globaliza o um processo que atinge e subverte todos os Estados Nacionais, que tendem ao desaparecimento com constru o pol tica moderna de regula o das rela es sociais locais. c) Apesar da resist ncia dos Estados Nacionais, a globaliza o resulta em homogeneiza o severa em todos os pa ses que atinge. d) Em virtude da presen a dos Estados Nacionais, a tend ncia de homogeneiza o pr pria globaliza o deve ser relativizada, pois muitas vezes, ao inv s de uma homogeneiza o, ela acaba por promover novas formas de diferencia o. e) Inexiste rela o direta entre globaliza o e Estados Nacionais, pois, estes ltimos se preservam por meio de mecanismos de defesa aut ctones e totalit rios. 36) Leia o texto a seguir. [...] Como observam os pesquisadores do Instituto de Estudos Avan ados da Cultura da Universidade de Virg nia, os executivos globais que entrevistaram vivem e trabalham num mundo feito de viagens entre os principais centros metropolitanos globais T quio, Nova York, Londres e Los Angeles. Passam n o menos do que um ter o de seu tempo no exterior. Quando no exterior, a maioria dos entrevistados tende a interagir e socializar com outros globalizados... Onde quer que v o, hot is, restaurantes, academias de gin stica, escrit rios e aeroportos s o virtualmente id nticos. Num certo sentido habitam uma bolha sociocultural isolada das diferen as mais speras entre diferentes culturas nacionais... S o certamente cosmopolitas, mas de maneira limitada e isolada. [...] A mesmice a caracter stica mais not vel, e a identidade cosmopolita feita precisamente da uniformidade mundial dos passatempos e da semelhan a global dos alojamentos cosmopolitas, e isso constr i e sustenta sua secess o coletiva em rela o diversidade dos nativos. Dentro de muitas ilhas do arquip lago cosmopolita, o p blico homog neo, as regras de admiss o s o estrita e meticulosamente (ainda que de modo informal) impostas, os padr es de conduta precisos e exigentes, demandando conformidade incondicional. Como todas as comunidades cercadas , a probabilidade de encontrar um estrangeiro genu no e de enfrentar um genu no desa o cultural reduzida ao m nimo inevit vel; os estranhos que n o podem ser sicamente removidos por causa do teor indispens vel dos servi os que prestam ao isolamento e autoconten o ilus ria das ilhas cosmopolitas s o culturalmente eliminados jogados para o fundo invis vel e tido como certo . (BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por seguran a no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p. 53-55.) 20 De acordo com o texto, correto a rmar que a globaliza o estimulou a) a dissemina o do cosmopolitismo, que rompe as fronteiras tnicas, quando todos s o viajantes. b) um novo tipo de cosmopolitismo, que refor a o etnocentrismo de classe e de origem tnica. c) a intera o entre as culturas nativas, as classes e as etnias, alargando o cosmopolitismo dos viajantes de neg cio. d) o desenvolvimento da alteridade atrav s de uma cultura cosmopolita dos viajantes de neg cios. e) a emerg ncia de um novo tipo de viajantes de neg cios, envolvidos com as comunidades e culturas nativas dos pa ses, onde se hospedam. 37) A forma o cultural do Brasil tem como eixo central a miscigena o. Autores, como por exemplo Gilberto Freire, destacaram que a mistura de ra as/etnias europ ias, africanas e ind genas con guraram nossos h bitos, valores, hierarquias, estilos de vida, manifesta es art sticas, en m, a maioria das dimens es da nossa vida social, pol tica, econ mica e cultural. Entretanto, outros pensadores consideravam-na um aspecto negativo em nossa forma o e tentaram ressaltar as origens europ ias de algumas regi es, como o intelectual paranaense Wilson Martins a rmou: Assim o Paran . Territ rio que, do ponto de vista sociol gico, acrescentou ao Brasil uma nova dimens o, a de uma civiliza o original constru da com peda os de todas as outras. Sem escravid o, sem negro, sem portugu s e sem ndio, dir-se-ia que a sua de ni o n o brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expans es temperamentais, despojado de adornos, sua hist ria a de uma constru o modesta e s lida e t o profundamente brasileira que p de, sem alardes, impor o predom nio de uma id ia nacional a tantas culturas antag nicas. E que p de, sobretudo, numa experi ncia magn ca, harmoniz -las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que n o ascendeu a pr pria Europa, de onde elas provieram. Assim o Paran . (MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fen menos de acultura o no Paran . 2. ed. S o Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.) O preconceito em rela o s origens africanas e ind genas criou uma ambig idade no processo de auto a rma o dos indiv duos em rela o s suas origens. Assinale a alternativa em que a rvore geneal gica relatada por um indiv duo evidencia esse sentimento de ambig idade em rela o forma o social brasileira. a) Meu av paterno, lho de italianos, casou-se com uma lha de ndios do interior de Minas Gerais; meu av materno, lho de portugu s casado com uma negra, casou-se com uma lha de portugueses. Apesar de saber que sou fruto de uma mistura, dependendo do lugar em que estou, destaco uma dessas descend ncias: na maioria das vezes, digo que descendo de portugueses e/ou de italianos; raramente digo que descendo de negros e ndios, quando o fa o porque terei alguma vantagem. b) Meu av paterno, lho de negros, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de portugu s casado com uma espanhola, casou-se com uma lha de italianos. Sempre destaco que sou brasileiro acima de tudo, pois descendo de negros, ndios e europeus. Essa a rma o ajuda-me a obter vantagens em diferentes lugares, pois a identidade brasileira tem sido assumida com clareza pelo estado e pelo povo ao longo da hist ria. c) Meus av s maternos s o lhos de italianos e os av s paternos s o lhos de imigrantes alem es. Eu casei com uma negra, mas meus lhos ser o, predominantemente, brancos. Tenho orgulho dessa descend ncia que predominante nas diferentes regi es do Brasil. Costumo destacar que o Brasil diferente, branco e negro e eu descendo de fam lias italianas e alem s, assim como meu lho. Esse tra o cultural revela a grandeza do pa s e a rmeza de nossa identidade cultural. d) Meu av paterno, lho de ndios do Paran , casou-se com uma lha de ndios do Rio Grande Sul; meu av materno, lho de negros, casou-se com uma lha de negros. Gosto de a rmar que sou brasileiro, pois ndios, portugueses e negros formam nossa identidade nacional. e) Meu av paterno, lho de poloneses, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de ucranianos, casou-se com uma lha de poloneses. Como sou paranaense, costumo destacar que o Paran tem miscigena o semelhante as das outras regi es do Brasil: aqui temos ndios, europeus e negros. 38) No capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, isto , todas as mercadorias; ap s hav -las produzido, entregam-nas aos propriet rios dos meios de produ o, mediante um sal rio; os propriet rios dos meios de produ o vendem as mercadorias aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando v o ao mercado de consumo, n o conseguem compr -las. [...] Embora os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes mercadorias, n o percebem que, como classe social, produziram todas elas, isto , que os produtores de tecidos, roupas, alimentos [...] s o membros da mesma classe social. Os trabalhadores se v em como indiv duos isolados [...], n o se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. (CHAU , M. Convite Filoso a. 13 ed. S o Paulo: tica, 2004. p. 387.) 21 Com base no texto e nos conhecimentos sobre aliena o e ideologia, considere as a rmativas a seguir: a) A consci ncia de classe para os trabalhadores resulta da vontade de cada trabalhador em superar a situa o de explora o em que se encontra sob o capitalismo. b) no mercado que a explora o do trabalhador torna-se expl cita, favorecendo a forma o da ideologia de classe. c) A ideologia da produ o capitalista constitui-se de imagens e id ias que levam os indiv duos a compreenderem a ess ncia das rela es sociais de produ o. d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as rela es de classe e o v nculo entre o trabalhador e o produto realizado. e) O processo de n o identi ca o do trabalhador com o produto de seu trabalho o que se chama aliena o. A ideologia liga-se a este processo, ocultando as rela es sociais que estruturam a sociedade. 39) Observe os gr cos a seguir. Com base nos gr cos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Os dados sobre a divis o das concess es de R dio e TV no Brasil indicam concentra o de poder, de produ o e de circula o de produtos culturais. II. Embora a Rede Globo tenha o maior n mero de grupos a liados, de audi ncia e de arrecada o com o mercado publicit rio, a divis o equ nime entre as outras redes garante a fei o democr tica da maior ind stria cultural do Brasil. III. O mercado dos diferentes ve culos de m dia revela que mais de 60% dos jornais e 70% da audi ncia de TV pertencem a dois grupos, que apresentam o maior faturamento na ind stria cultural nacional. IV. Os n meros de grupos a liados s grandes redes revelam diversi ca o, exibiliza o e maior regionaliza o na produ o dos bens culturais, e, portanto, uma tend ncia de fortalecimento da democratiza o social. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 22 40) Observe os quadrinhos: (QUINO. Mafalda. S o Paulo, n. 9, p. 2, 2002.) Com base nos quadrinhos e nos conhecimentos sobre os meios de comunica o de massa (MCM), assinale a alternativa que explicita algumas posi es do debate te rico sobre esse tema. a) As re ex es da personagem Mafalda sobre as propagandas levam-na a concluir que sua m e precisa adquirir os produtos, que as crian as podem assistir TV e brincar, dosando suas tarefas di rias, o que revela a pertin ncia das teorias que v em os MCM como mecanismos de integra o social. b) A personagem Mafalda obedece s ordens de sua m e, assiste TV e encanta-se com as promessas das propagandas, corroborando com as teorias pessimistas sobre o papel dos MCM e a passividade dos telespectadores. c) A atitude da personagem Mafalda demonstra a cr tica aos artif cios da propaganda que ressalta a magia da mercadoria, prometendo mais do que ela realmente pode oferecer, e que os sujeitos nem sempre s o passivos diante dos MCM. d) Ao sair para brincar ap s assistir TV, a personagem Mafalda sente-se mais livre e feliz, pois descobriu o quanto alguns produtos anunciados pelas propagandas melhoram a vida dom stica de sua m e, reproduzindo aspectos da cultura erudita e do modo de vida so sticado, como acreditam as teorias otimistas sobre os MCM. e) A m e da personagem Mafalda admira-se da intelig ncia da lha, que compreendeu muito bem os poderes dos objetos anunciados nas propagandas de TV, refor ando as teorias sobre o papel educativo e de emancipa o dos MCM. 23 VESTIBULAR 2008 2a FASE 10/12/2007 Gabarito oficial provis rio BIOLOGIA e SOCIOLOGIA 1 e 21 c 2 c 22 b 3 a 23 a 4 b 24 e 5 d 25 e 6 e 26 c 7 a 27 d 8 c 28 d 9 b 29 b 10 e 30 a 11 d 31 d 12 a 32 e 13 c 33 c 14 b 34 a 15 e 35 d 16 d 36 b 17 c 37 a 18 a 38 e 19 d 39 b 20 b 40 c Londrina, 10 de dezembro de 2007 Prof. Dr. N bio Delanne Ferraz Mafra Diretor Pedag gico em exerc cio COPS

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 10/12/2007
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