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UEL Vestibular de 2008 - PROVAS DA 2º FASE : Filosofia e Sociologia

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FILOSOFIA 1) Plat o destaca, na Rep blica (livro III), a import ncia da educa o musical dos futuros guardi es da cidade, ao dizer: [...] a educa o pela m sica capital, porque o ritmo e a harmonia penetram mais fundo na alma e afetam-na mais fortemente [...]. (PLAT O. A Rep blica. Tradu o e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Funda o Calouste Gulbenkian, 2001. p. 133.) De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a relev ncia da educa o musical dos guardi es em Plat o, considere as a rmativas a seguir: I. A m sica deve desenvolver agressividade e destempero para evitar o temor dos inimigos perante a guerra. II. A m sica deve desenvolver sentimentos ticos nobres para bem servir a cidade e os cidad os. III. A m sica deve divertir, entreter e evocar sentimentos afrodis acos, para al vio do temor perante a guerra. IV. A m sica deve moldar qualidades como temperan a, generosidade, grandeza de alma e outras similares. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 2) Leia os textos a seguir: A amizade perfeita a dos homens que s o bons e a ns na virtude, pois esses desejam igualmente bem um ao outro enquanto bons, e s o bons em si mesmos. Ora, os que desejam bem aos seus amigos por eles mesmos s o os mais verdadeiramente amigos, porque o fazem em raz o da sua pr pria natureza e n o acidentalmente. (ARIST TELES, tica a Nic maco. Tradu o de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da vers o inglesa de W. D. Ross. S o Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 381-382. Os Pensadores IV.) Os amigos formam uma unidade mais completa e mais perfeita do que os indiv duos isolados e, pela ajuda rec proca e desinteressada, fazem com que cada um seja mais aut nomo e mais independente do que se estivesse s . (CHAU , M. de S. Introdu o hist ria da loso a: dos pr -socr ticos a Arist teles. S o Paulo: Brasiliense, 1994. p. 323.) Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre o pensamento tico e pol tico de Arist teles, considere as a rmativas a seguir. I. Uma sociedade de amigos mais perfeita e dur vel por considerar a lei como norma mantenedora da amizade. II. Os amigos tornam a sociedade pol tica perfeita ao se isolarem. III. Os virtuosos e bons s o verdadeiramente amigos por desejarem o bem reciprocamente. IV. A amizade s pode existir entre os virtuosos, que s o semelhantes em car ter; por isso, formam uma sociedade justa. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e IV. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 3 3) Leia o seguinte texto: A loso a est escrita neste imenso livro que continuamente est aberto diante de nossos olhos (estou falando do universo), mas que n o se pode entender se primeiro n o se aprende a entender sua l ngua e conhecer os caracteres em que est escrito. Ele est escrito em linguagem matem tica e seus caracteres s o c rculos, tri ngulos e outras guras geom tricas, meios sem os quais imposs vel entender humanamente suas palavras: sem tais meios, vagamos inutilmente por um escuro labirinto. (GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI, D. Hist ria da loso a. S o Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p. 281.) Tendo em mente o texto acima e os conhecimentos sobre o pensamento de Galileu acerca do m todo cient co, considere as seguintes a rmativas. I. Galileu defende o desenvolvimento de uma ci ncia voltada para os aspectos objetivos e mensur veis da natureza, em oposi o f sica qualitativa de Arist teles. II. Para Galileu, poss vel obter conhecimento cient co sobre objetos matem ticos, tais como c rculos e tri ngulos, mas n o sobre objetos do mundo sens vel. III. Galileu pensa que uma ci ncia quantitativa da natureza poss vel gra as ao fato de que a pr pria natureza est con gurada de modo a exibir ordem e simetrias matem ticas. IV. Galileu considera que a observa o n o faz parte do m todo cient co proposto por ele, uma vez que todo o conhecimento cient co pode ser obtido por meio de demonstra es matem ticas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas, mencionadas anteriormente. a) I e III. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 4) Para Hobbes, [...] o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembl ia, como nos estados populares e aristocr ticos, o maior que poss vel imaginar que os homens possam criar. E, embora seja poss vel imaginar muitas m s conseq ncias de um poder t o ilimitado, apesar disso as conseq ncias da falta dele, isto , a guerra perp tua de todos homens com os seus vizinhos, s o muito piores. (HOBBES, T. Leviat . Tradu o de Jo o Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. S o Paulo: Nova Cultural, 1988. cap tulo XX, p. 127.) Com base na cita o e nos conhecimentos sobre a loso a pol tica de Hobbes, assinale a alternativa correta. a) Os Estados populares se equiparam ao estado natural, pois neles reinam as confus es das assembl ias. b) Nos Estados aristocr ticos, o poder limitado devido aus ncia de um monarca. c) O poder soberano traz m s conseq ncias, justi cando-se assim a resist ncia dos s ditos. d) As vantagens do estado civil s o expressivamente superiores s imagin veis vantagens de um estado de natureza. e) As conseq ncias do poder soberano s o indesej veis, pois poss vel a sociabilidade sem Estado. 5) amplamente conhecido, na hist ria da loso a, como Descartes coloca em d vida todo o conhecimento, at encontrar um fundamento inabal vel; uma esp cie de princ pio de reconstitui o do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodol gica que o orientar na busca de novas verdades. A regra geral que orientar Descartes na busca de novas verdades a) a possibilidade do mundo externo. b) a possibilidade de unirmos corpo e alma. c) a clareza e distin o. d) a certeza dos ju zos matem ticos. e) a id ia de que corpo e alma s o entidades distintas. 4 6) Leia o texto a seguir: Certamente, temos aqui ao menos uma proposi o bem intelig vel, sen o uma verdade, quando a rmamos que, depois da conjun o constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hip tese a nica que explica a di culdade que temos de, em mil casos, tirar uma conclus o que n o somos capazes de tirar de um s caso, que n o discrepa em nenhum aspecto dos outros. A raz o n o capaz de semelhante varia o. As conclus es tiradas por ela, ao considerar um c rculo, s o as mesmas que formaria examinando todos os c rculos do universo. Mas ningu m, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as infer ncias tiradas da experi ncia s o efeitos do costume e n o do racioc nio. (HUME, D. Investiga o acerca do entendimento humano. tradu o de Anoar Aiex. S o Paulo: Nova Cultural, 1999. pp. 61-62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, correto a rmar: a) A raz o, para Hume, incapaz de demonstrar proposi es matem ticas, como, por exemplo, uma proposi o da geometria acerca de um c rculo. b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matem tico ou experimental, obtido mediante o uso da raz o, e pode ser justi cado com base nas opera es do racioc nio. c) necess rio examinar um grande n mero de c rculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a rea de um c rculo qualquer igual a multiplicado pelo quadrado do raio desse c rculo. d) Hume pode ser classi cado como um l sofo c tico, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na raz o. e) Segundo Hume, somente o costume, e n o a raz o, pode ser apontado como sendo o respons vel pelas conclus es acerca da rela o de causa e efeito, s quais as pessoas chegam com base na experi ncia. 7) Leia a cita o a seguir. Encontrar uma forma de associa o que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda for a comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, s obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim t o livre quanto antes. (ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradu o de Lourdes Santos Machado. S o Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.) Com base na cita o acima e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico de Rousseau, considere as seguintes a rmativas. I. O contrato social s se torna poss vel havendo concord ncia entre obedi ncia e liberdade. II. A liberdade conquistada atrav s do contrato social uma liberdade convencional. III. Por meio do contrato social, os indiv duos perdem mais do que ganham. IV. A liberdade conquistada atrav s do contrato social a liberdade natural. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas, mencionadas anteriormente. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 8) Leia o texto a seguir. A raz o humana, num determinado dom nio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por quest es, que n o pode evitar, pois lhe s o impostas pela sua natureza, mas s quais tamb m n o pode dar respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. (KANT, I. Cr tica da Raz o Pura (Pref cio da primeira edi o, 1781). Tradu o de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Moruj o. Lisboa: Funda o Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.) 5 Com base no texto e nos conhecimentos sobre Kant, o dom nio destas intermin veis disputas chama-se a) experi ncia. b) natureza. c) entendimento. d) metaf sica. e) sensibilidade. 9) Leia o texto a seguir. Denomino problema da demarca o o problema de estabelecer um crit rio que nos habilite a distinguir entre as ci ncias emp ricas, de uma parte, e a matem tica e a l gica, bem como os sistemas metaf sicos de outra. Esse problema foi abordado por Hume, que tentou resolv -lo. Com Kant, tornou-se o problema central da teoria do conhecimento. (POPPER, K. R. A L gica da Pesquisa Cient ca. Tradu o de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. S o Paulo: Cultrix, 1972. p. 35.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa correta. a) Os enunciados metaf sicos devem ser eliminados do discurso cient co por serem destitu dos de conte do cognitivo. b) O problema da demarca o encontra solu o na l gica indutiva. c) O problema da demarca o, assim como o problema da indu o, n o tem uma solu o racional. d) A metaf sica deve ser eliminada por n o constituir um problema cienti camente relevante. e) Os enunciados metaf sicos n o fazem parte do discurso cient co por n o serem pass veis de falseamento. 10) Leia o texto a seguir. O saber que poder n o conhece nenhuma barreira, nem na escraviza o da criatura, nem na complac ncia em face dos senhores do mundo. Do mesmo modo que est a servi o de todos os ns da economia burguesa na f brica e no campo de batalha, assim tamb m est disposi o dos empres rios, n o importa sua origem. (ADORNO, T. W. & HORKHEIMER, M. Dial tica do esclarecimento: fragmentos los cos. Tradu o de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1991. p. 20.) Com base no texto e no conhecimento dos conceitos de esclarecimento e racionalidade instrumental em Adorno e Horkheimer sobre o referido saber, correto a rmar: a) Seu conte do racional por si mesmo e de natureza cr tico-re exiva. b) principalmente t cnico e carente de conte do racional por si mesmo. c) Tem uma dimens o re exiva e seus objetivos s o racionais por si mesmos. d) caracterizado por for as sobrenaturais indom veis que animam tudo. e) Estabelece limites para o dom nio nas rela es s cio-econ micas. 11) De acordo com a tica do discurso, os argumentos apresentados a m de validar as normas [...] t m for a de convencer os participantes de um discurso a reconhecerem uma pretens o de validade, tanto para a pretens o de verdade quanto para a pretens o de retid o. [...] Ele [Habermas] defende a tese de que as normas ticas s o pass veis de fundamenta o num sentido an logo ao da verdade. (BORGES, M. de L.; DALL AGNOL, D. ; DUTRA, D. V. tica. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 105.) Assim, correto a rmar que a tica do discurso defende uma abordagem cognitivista da tica (HABERMAS, J. Consci ncia moral e agir comunicativo. Tradu o Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileira, 1989. p. 62 e 78.) Sobre o cognitivismo da tica do discurso, correto a rmar: a) A tica do discurso procura dar continuidade abordagem cognitivista j presente em Kant. b) A abordagem cognitivista da tica do discurso assume a impossibilidade de valida o das normas morais. c) A abordagem cognitivista da tica do discurso se ap ia no conhecimento da utilidade das a es tal como pretendia Jeremy Bentham. d) A abordagem cognitivista da tica do discurso procura dar continuidade s teses aristot licas sobre a ret rica. e) A tica do discurso, ao abordar a tica de um ponto de vista cognitivista, segue as teorias emotivistas e decisionistas. 6 12) Na Rep blica, Plat o faz a seguinte considera o sobre os poetas: [...] devemos come ar por vigiar os autores de f bulas, e selecionar as que forem boas, e proscrever as m s. [...] Das que agora se contam, a maioria deve rejeitar-se. [...] As que nos contaram Hes odo e Homero esses dois e os restantes poetas. Efectivamente, s o esses que zeram para os homens essas f bulas falsas que contaram e continuam a contar. (PLAT O. A Rep blica. Tradu o de Maria Helena da Rocha Pereira. 8. ed. Lisboa, Funda o Calouste Gulbenkian, 1996. p. 87-88.) Por seu turno, na Po tica, Arist teles diz o seguinte a respeito dos poetas: [...] quando no poeta se repreende uma falta contra a verdade, h talvez que responder como S focles: que representava ele os homens tais como devem ser, e Eur pides, tais como s o. E depois caberia ainda responder: os poetas representam a opini o comum, como nas hist rias que contam acerca dos deuses: essas hist rias talvez n o sejam verdadeiras, nem melhores; [...] no entanto, assim as contam os homens. (ARIST TELES. Po tica. Tradu o de Eudoro de Souza. S o Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 468. Os Pensadores IV.) Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre o pensamento est tico de Plat o e de Arist teles, assinale a alternativa correta. a) Para Plat o e Arist teles, apesar da import ncia de poetas como Homero, na educa o tradicional grega, as f bulas que compuseram s o perigosas para a forma o da juventude. b) Plat o critica os poetas por dizerem o falso e apresentarem deuses e her is de maneira desonrosa, enquanto Arist teles os elogia por falarem o verdadeiro. c) Plat o e Arist teles concordam com o fato de o poeta falar o falso, s que para Plat o suas f bulas s o indignas para a juventude, enquanto que, para Arist teles, a poesia por ser m mesis n o precisa dizer a verdade. d) O problema para Plat o que Homero e os outros poetas falam sobre o mundo sens vel e n o sobre a verdade; j Arist teles acredita que eles devem ser repreendidos por isso. e) Falar o falso para Plat o problem tico porque o falso pode passar pelo verdadeiro; para Arist teles, o poeta apresenta a verdadeira realidade. 13) Quatro tipos de causas podem ser objeto da ci ncia para Arist teles: causa e ciente, nal, formal e material. Assinale a alternativa correta em que as perguntas correspondem, respectivamente, s causas citadas. a) Por que foi gerado? Do que feito? O que ? Quem gerou? b) O que ? Do que feito? Por que foi gerado? Quem gerou? c) Do que feito? O que ? Quem gerou? Por que foi gerado? d) Por que foi gerado? Quem gerou? O que ? Do que feito? e) Quem gerou? Por que foi gerado? O que ? Do que feito? 14) Leia o seguinte texto de Descartes: [...] considerei em geral o que necess rio a uma proposi o para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposi o que eu sabia s -lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada h no penso, logo existo que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente s o todas verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do m todo. Tradu o de Elza Moreira Marcelina. Bras lia: Editora da Universidade de Bras lia; S o Paulo: tica, 1989. p. 57.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, correto a rmar: a) Para Descartes, a proposi o penso, logo existo n o pode ser considerada como uma proposi o indubitavelmente verdadeira. b) Embora seja verdadeira, a proposi o penso, logo existo uma tautologia in til no contexto da loso a cartesiana. c) Tomando como base a proposi o "penso, logo existo", Descartes conclui que o que necess rio para que uma proposi o qualquer seja verdadeira que ela enuncie algo que possa ser concebido clara e distintamente. d) Descartes um l sofo c tico, uma vez que a rma que n o poss vel se ter certeza sobre a verdade de qualquer proposi o. e) Tomando como exemplo a proposi o "penso, logo existo", Descartes conclui que uma proposi o qualquer s pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na experi ncia. 7 15) Leia o texto a seguir. Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas infer ncias, esperamos se o passado tem sido inteiramente regular e uniforme o mesmo evento com a m xima seguran a e n o toleramos qualquer suposi o contr ria. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em apar ncia s o exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao esp rito ao transferir o passado para o futuro, e devemos consider -los quando determinamos a probabilidade do evento. (HUME, D. Investiga es acerca do entendimento humano. Tradu o de Anoar Aiex. S o Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, correto a rmar: a) Hume procura demonstrar o c lculo matem tico de probabilidades. b) Hume procura mostrar o mecanismo psicol gico pelo qual a cren a se xa na imagina o. c) Para Hume, h uma conex o necess ria entre causa e efeito. d) Para Hume, as infer ncias causais s o a priori. e) Hume procura mostrar que cren a e c o produzem o mesmo efeito na imagina o humana. 16) Considerando a solu o apresentada por Karl Popper ao problema da indu o nos m todos de investiga o cient ca, correto a rmar que, para ele, o m todo cient co a) indutivo e racional. b) dedutivo e irracional. c) indutivo e irracional. d) n o segue os padr es de racionalidade impostos pela l gica. e) dedutivo e racional. 17) Leia o texto a seguir: Dado que dos h bitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns s o sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opini o e o c lculo, enquanto o conhecimento cient co e a intui o s o sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro g nero de conhecimento mais exato que o conhecimento cient co, exceto a intui o, e, por outro lado, os princ pios s o mais conhecidos que as demonstra es, e dado que todo conhecimento cient co constitui-se de maneira argumentativa, n o pode haver conhecimento cient co dos princ pios, e dado que n o pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento cient co, exceto a intui o, a intui o deve ter por objeto os princ pios. (ARIST TELES. Segundos Anal ticos, B 19, 100 b 5-17. In: REALE, G. Hist ria da Filoso a Antiga. S o Paulo: Loyola, 1994.) Considere as a rmativas a seguir a partir do conte do do texto acima. I. Todo conhecimento discursivo depende de um conhecimento imediato. II. A intui o um h bito racional que sempre verdadeiro. III. Os princ pios da ci ncia devem ser demonstrados cienti camente. IV. O conhecimento cient co e a opini o n o admitem o falso. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas, mencionadas anteriormente. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 8 18) Sobre a ind stria cultural , segundo Adorno e Horkheimer, correto a rmar: a) Desenvolve o senso cr tico e a autonomia de seus consumidores. b) Reproduz bens culturais que brotam espontaneamente das massas. c) O valor de troca substitu do pelo valor de uso na recep o da arte. d) Padroniza e nivela a subjetividade e o gosto de seus consumidores. e) Promove a imagina o e a espontaneidade de seus consumidores. 19) Leia o seguinte texto de Descartes: Essas longas cadeias de raz es, todas simples e f ceis, de que os ge metras costumam se utilizar para chegar s demonstra es mais dif ceis, haviam-me dado oportunidade de imaginar que todas as coisas pass veis de cair sob dom nio do conhecimento dos homens seguem-se umas s outras da mesma maneira e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira alguma que n o o seja, e que observemos sempre a ordem necess ria para deduzi-las umas das outras, n o pode haver, quaisquer que sejam, t o distantes s quais n o se chegue por m, nem t o ocultas que n o se descubram. (DESCARTES, R. Discurso do m todo. Tradu o de Elza Moreira Marcelina. Bras lia: Editora da Universidade de Bras lia; S o Paulo: tica, 1989. p. 45.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, correto a rmar que: a) Para Descartes, o conhecimento obtido partindo-se da experi ncia, isto , da observa o da natureza, e depois generalizando os resultados de tais observa es. b) Segundo Descartes, qualquer coisa que a raz o humana capaz de conhecer pode ser alcan ada, partindo-se de verdades evidentes, e aplicando a dedu o l gica a essas verdades. c) Para Descartes, poss vel apenas obter um conhecimento aproximado, probabil stico, acerca de qualquer objeto, n o sendo de modo algum alcan vel o conhecimento da verdade, independente do assunto em quest o. d) Descartes pensa que, independentemente das premissas das quais se parte ao se procurar obter conhecimento sobre um determinado assunto, a verdade sobre tal assunto ser alcan ada desde que os princ pios da l gica dedutiva sejam aplicados corretamente. e) Para Descartes, n o h verdades evidentes, de modo que para se obter conhecimento sobre qualquer assunto, necess rio realizar longas s ries de demonstra es dif ceis, como aquelas que s o habitualmente desenvolvidas pelos ge metras. 20) Leia o texto a seguir: [...] n o of cio de poeta narrar o que aconteceu; , sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que poss vel segundo a verossimilhan a e a necessidade. Com efeito, n o diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] (ARIST TELES. Po tica. Tradu o de Eudoro de Souza. S o Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 249.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a poesia e a hist ria em Arist teles, correto a rmar: a) A poesia refere-se mais ao particular e menos los ca que a hist ria. b) A hist ria refere-se mais ao universal e mais los ca que a poesia. c) O poeta narra o acontecido e o historiador representa o poss vel. d) O of cio do historiador trata do mito e mais s rio que o do poeta. e) A poesia refere-se, principalmente, ao universal; a hist ria, ao particular. 9 SOCIOLOGIA 21) Leia os depoimentos a seguir: Sou um ser livre, penso apenas com minhas id ias, da minha cabe a, fa o s o que desejo, sou nico, independente, aut nomo. N o sigo o que me obrigam e pronto! Acredito que com a for a dos meus pensamentos poderei realizar todos os meus sonhos, e o meu esfor o ajuda a sociedade a progredir. (Jovem estudante e trabalhadora em uma loja de shopping ). Sou um ser social, o que penso veio da minha fam lia, dos meus amigos e parentes, gostaria de fazer o que desejo, mas dif cil! s vezes fa o o que quero, mas na maioria das vezes sigo meu grupo, meus amigos, minha religi o, minha fam lia, a escola, sei l ... Sinto que dependo disso tudo e gostaria muito de ser livre, mas n o sou! (Jovem estudante em uma escola p blica que trabalha em empregos tempor rios). Sinto que s vezes consigo fazer as coisas que desejo, como ir a raves, mesmo que minha m e n o permita ou concorde. Em outros momentos fa o o que me mandam e acho que deve ser assim mesmo. legal a gente viver segundo as regras e ao mesmo tempo poder mud -las. Nas raves existem regras, muita gente n o percebe, mas h toda uma estrutura, seguran as, taxas, etc. Ent o, sinto que sou livre, posso escolher coisas, mas com alguns limites. (Jovem estudante e Of ce boy). Assinale a alternativa que expressa, respectivamente, as explica es sociol gicas sobre a rela o entre indiv duo e sociedade presentes nas falas. a) Solidariedade mec nica, fundada no funcionalismo de E. Durkheim; individualismo metodol gico, fundado na teoria pol tica liberal; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. b) Teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria organicista de Spencer. c) Individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; funcionalismo, fundado no conceito de consci ncia coletiva de E. Durkheim; sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber. d) Sociologia compreensiva, fundada no conceito de a o social e suas tipologias de M. Weber; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx; funcionalismo, fundado no conceito dos tr s estados de Augusto Comte. e) Corporativismo positivista, fundado em Augusto Comte; individualismo, fundado no liberalismo de v rios autores dos s culos XVIII a XX; teoria da consci ncia de classe, fundada em K. Marx. 22) De acordo com Florestan Fernandes: A concep o fundamental de ci ncia, de Emile Durkheim (1858-1917), realista, no sentido de defender o princ pio segundo o qual nenhuma ci ncia poss vel sem de ni o de um objeto pr prio e independente. (FERNANDES, F. Fundamentos emp ricos da explica o sociol gica. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional, 1967. p. 73). Assinale a alternativa que descreve o objeto pr prio da Sociologia, segundo Emile Durkheim (1858-1917). a) O con ito de classe, base da divis o social e transforma o do modo de produ o. b) O fato social, exterior e coercitivo em rela o vontade dos indiv duos. c) A a o social que de ne as inter-rela es compartilhadas de sentido entre os indiv duos. d) A sociedade, produto da vontade e da a o de indiv duos que agem independentes uns dos outros. e) A cultura, resultado das rela es de produ o e da divis o social do trabalho. 23) De acordo com Max Weber, a Sociologia signi ca: uma ci ncia que pretende compreender interpretativamente a a o social e assim explic -la casualmente em seu curso e em seus efeitos. Por a o social entende-se as a es que: quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso. (WEBER, M. Economia e sociedade. traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Bras lia: Editora UnB, 2000. p. 3) 10 Com base no texto, considere as a rmativas a seguir: I. Mesmo entre gente humilde, por m, funcionava o sistema de obriga es rec procas. O nonagent rio Nh Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatu , lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre at arranjar a vida . Hoje, diz Nh Roque, a gente paga o batismo e, quando o a lhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a ben o). (CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. S o Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.) II. O sertanejo , antes de tudo, um forte. N o tem o raquitismo exaustivo dos mesti os neurast nicos do litoral. A sua apar ncia, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contr rio. Falta-lhe a pl stica impec vel, o desempeno, a estrutura corret ssima das organiza es atl ticas. (CUNHA, E. Os Sert es. S o Paulo : C rculo do Livro, 1989. p. 95.) III. N o h assim por que considerar que as formas anacr nicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas rela es de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a rela es semifeudais que implicariam uma situa o de latif ndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restri es da servid o da gleba . Isso tudo n o tem sentido na estrutura social brasileira. (PRADO Jr., C. A Revolu o Brasileira. S o Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.) IV. O coronel, antes de ser um l der pol tico, um l der econ mico, n o necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O v nculo n o obedece a linhas t o simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem p blica [...] Ocorre que o coronel n o manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto n o escrito. (FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.) Correspondem ao conceito de a o social citado anteriormente somente as a rmativas a) I e IV. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 24) Segundo Braverman: O mais antigo princ pio inovador do modo capitalista de produ o foi a divis o manufatureira do trabalho [...] A divis o do trabalho na ind stria capitalista n o de modo algum id ntica ao fen meno da distribui o de tarefas, of cios ou especialidades da produ o [...]. (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradu o Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.) O que difere a divis o do trabalho na ind stria capitalista das formas de distribui o anteriores do trabalho? a) A forma o de associa es de of cio que criaram o trabalho assalariado e a padroniza o de processos industriais. b) A realiza o de atividades produtivas sob a forma de unidades de fam lias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independ ncia individual de cada trabalhador. c) O exerc cio de atividades produtivas por meio da divis o do trabalho por idade e g nero, o que leva exclus o das mulheres do mercado de trabalho. d) O controle do ritmo e da distribui o da produ o pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade. e) A subdivis o do trabalho de cada especialidade produtiva em opera es limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e aliena o do trabalhador. 25) Leia o texto a seguir: [...] Em toda parte renasce e se revigora o mau-olhado, a pol tica do julgamento adverso primeira vista, por meio da qual os pa ses ricos se defendem contra aqueles que procedem de pa ses que entraram no ndex pol tico da sele o natural: virtude humana o dinheiro, uma virtude detergente que branqueia quem vem do mundo subdesenvolvido. Na verdade, o migrante entra no pa s de destino pela porta de sa da, modo de permitir-lhe permanecer como se estivesse todo o tempo da perman ncia a caminho da sa da, algo 11 que concretamente ocorre com os muitos que na Alemanha ou nos Estados Unidos aguardam na pris o a deporta o. [...] Estamos em face de uma multiplica o de recursos ideol gicos para barrar a entrada de migrantes nos pa ses de destino. At 11 de setembro [de 2001] funcionava o estere tipo de tra cante (uma cara de ndio latino-americano era perfeita para barrar passageiros no desembarque) e o estere tipo de desempregado (a condi o de jovem tem sido perfeita para discriminar) ou o estere tipo de prostituta (jovem e mulher vinda do Terceiro Mundo), e terrorista (cara de rabe ou barbudo ou mesmo bigode moda do Oriente-m dio). Agora, estamos vivendo o momento mais interessante de reelabora o dos estere tipos, com o predom nio do temor ao terrorista sobre os estere tipos usados at aqui. Registros e den ncias dos ltimos meses indicam que o novo estere tipo abrange tamb m pessoas com apar ncia de ricas [...]. [...] De fato, os aeroportos internacionais dos pa ses ricos tornaram-se o teatro do medo e da intimida o. [...] O crit rio da discrimina o visual do migrante nem mesmo pode detectar sua principal motiva o para migrar que hoje o trabalho. [...] Os agentes do mau olhado portu rio e aeroportu rio n o podem ver esse conte do substancialmente espec co da migra o por um motivo simples: os migrantes s o pessoas que em boa parte j foram socializadas no mesmo registro sociol gico daqueles que devem e esperam barr -los. S o express es da sociedade moderna que se difundem atrav s da globaliza o. As medidas de seguran a nacional voltadas para a interdi o do acesso de migrantes aos pa ses ricos s o o corol rio da globaliza o em seus efeitos n o s econ micos, mas tamb m culturais e sociais. (MARTINS, J. de S. Seguran a nacional e inseguran a trabalhista: os migrantes na encruzilhada. In: Caderno de Direito - FESO, Teres polis, ano V, n. 7, 2 semestre 2004, p. 113-127.) De acordo com o texto, correto a rmar que depois do 11 de setembro de 2001 a) a globaliza o continuou ampliando as fronteiras entre os povos ricos e pobres, diversi cando os processos de migra es. b) os processos de migra es puderam ser harmonizados em fun o da desburocratiza o nos aeroportos dos pa ses ricos. c) os mecanismos de seguran a, nas fronteiras dos pa ses ricos, foram amenizados como t tica para detectar os terroristas e impedir suas a es. d) a entrada de pessoas ricas nos pa ses ricos, oriundas dos pa ses pobres, tem sido facilitada como estrat gia de atra o de divisas de capital. e) os estere tipos e as formas de discrimina o foram ampliados no processo de migra o de pessoas dos pa ses pobres para os pa ses ricos. 26) Sobre a explora o do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), correto a rmar: a) A lei da hora-extra explica como os propriet rios dos meios de produ o se apropriam das horas n o pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produ o das mercadorias. b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas ap s o hor rio contratado, que n o s o pagas ao trabalhador pelos propriet rios dos meios de produ o. c) A lei da mais-valia explica como o propriet rio dos meios de produ o extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas trabalhadas. d) A lei da mais valia a garantia de que o trabalhador receber o valor real do que produziu durante a jornada de trabalho. e) As horas extras trabalhadas ap s o expediente constituem-se na ess ncia do processo de produ o de excedentes e da apropria o das mercadorias pelo propriet rio dos meios de produ o. 27) Leia o texto a seguir: Unamo-nos para defender os fracos da opress o, conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence, instituamos regulamentos de justi a e de paz, aos quais todos sejam obrigados a conformar-se, que n o abram exce o para ningu m e que, submetendo igualmente a deveres m tuos o poderoso e o fraco, reparem de certo modo os caprichos da fortuna. (ROUSSEAU, J-J. Discours sur l origine de l inegalit . apud NASCIMENTO, M. M. Rousseau: da servid o liberdade. In WEFORT, F. (Org). Os cl ssicos da pol tica, v. 1. S o Paulo: tica, 1989. p. 195.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que reproduz a rela o que Rousseau estabelece entre as id ias de Contrato Social e Desigualdade. a) O Contrato Social, uma imposi o do soberano sobre seus s ditos, elimina a liberdade natural e faz aumentar a fortuna dos fortes e opress o sobre os fracos. 12 b) O Contrato Social, obriga es impostas pelos fortes para serem cumpridas pelos mais fracos, amplia a desigualdade e a disc rdia social. c) O Contrato Social, regulamento aplicado a todos, divide igualmente a riqueza e as posses dos fortes entre os mais fracos para poder promover a igualdade social. d) O Contrato Social, um pacto leg timo, permite aos homens, em troca de sua liberdade natural, a vida em conc rdia, ao estabelecer obriga es comuns a todos e equiparar as diferen as que a sorte fez favorecer a uns e n o a outros. e) O Contrato social, um pacto de defesa dos mais fracos, elimina a desigualdade, ao submeter os ricos ao poder dos fracos e assim permite que as posses sejam igualmente distribu das. 28) Max Weber, soci logo alem o, conceituou tr s tipos ideais de domina o: domina o legal, domina o tradicional e domina o carism tica. S o tipos ideais porque s o constru es conceituais que o investigador utiliza para fazer aproxima es entre a teoria e o mundo emp rico. Leia a seguir o trecho da Carta Testamento de Get lio Vargas: Sigo o destino que imposto. Depois de dec nios de dom nio e espolia o dos grupos econ micos e nanceiros internacionais, z-me chefe de uma revolu o e venci. Iniciei o trabalho de liberta o e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra os do povo. (VARGAS, G. Carta Testamento. Disponivel em: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbd/verbetes_htm/5458_53.asp. Acesso em: 17 nov. 2007.) Com base nos conhecimentos sobre os tipos ideais de domina o e levando em considera o o texto citado e as caracter sticas hist ricas e pol ticas do per odo, assinale a nica alternativa que apresenta a con gura o correta do tipo de domina o exercida por Get lio Vargas. a) Domina o carism tica e tradicional. b) Domina o tradicional que se op e domina o carism tica. c) Domina o tradicional e legal. d) Domina o legal e carism tica. e) Domina o legal que refor a a domina o tradicional. 29) Leia o texto a seguir: As sociedades primitivas s o sociedades sem Estado: esse julgamento, de fato, em si mesmo correto, na verdade dissimula uma opini o, um ju zo de valor, que prejudica imediatamente a possibilidade de constituir uma Antropologia pol tica como ci ncia rigorosa. O que de fato se enuncia que as sociedades primitivas est o privadas de alguma coisa o Estado que lhes , tal como a qualquer outra sociedade a nossa, por exemplo necess ria. Essas sociedades s o portanto, incompletas. N o s o exatamente verdadeiras sociedades n o s o policiadas , e subsistem na experi ncia talvez dolorosa de uma falta falta do Estado que nelas tentariam, sempre em v o, suprir.[...]. J se percebeu que, quase sempre, as sociedades arcaicas s o determinadas de maneira negativa, sob o crit rio da falta: sociedades sem Estado, sociedades sem escrita, sociedades sem hist ria. (Mas, por outro lado, deve ser levado em considera o que nestas sociedades) a rela o do poder com a troca, por ser negativa, n o deixa de mostrar-nos que ao n vel mais profundo da estrutura social, lugar da constitui o inconsciente das suas dimens es, de onde adv m e onde se encerra a problem tica desse poder. Em outros termos, a pr pria cultura, como diferen a maior da natureza, que se investe totalmente na recusa desse poder.[...]. Elas pressentiram muito cedo que a transcend ncia do poder encerra para o grupo um risco mortal, que o princ pio de uma autoridade exterior e criadora de sua pr pria legalidade uma contesta o da pr pria cultura [...]; descobrindo o grande parentesco do poder e da natureza, como dupla limita o do universo da cultura, as sociedades ind genas souberam inventar um meio de neutralizar a viol ncia da autoridade pol tica. (CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978, p. 133, 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. A exist ncia de sociedades sem Estado, se deve ao fato de que nestas sociedades h uma identi ca o, ainda que inconsciente, entre a concentra o de poder e a nega o da cultura. II. Nas sociedades sem Estado, a recusa centraliza o do poder se deve exist ncia de mitos espec cos que identi cam a autoridade pol tica a seres demi rgicos. III. Existe uma tend ncia segundo a qual as sociedades denominadas como primitivas s o consideradas negativamente, atrav s de uma tica que se pauta na aus ncia de determinadas caracter sticas presentes nas sociedades ocidentais, e que n o leva em considera o suas peculiaridades culturais. 13 IV. As sociedades primitivas n o possuem Estado em decorr ncia do seu atraso quanto ao desenvolvimento das institui es pol ticas, s formas de parentesco e s racionalidades comunicativas. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 30) Leia o texto a seguir: Os partidos socialistas, com o apoio das classes trabalhadoras em expans o de seus pa ses, e inspirados pela cren a na inevitabilidade hist rica de sua vit ria, representavam essa alternativa na maioria dos Estados da Europa. Aparentemente, s era preciso um sinal para os povos se levantarem, substitu rem o capitalismo pelo socialismo, e com isso transformarem os sofrimentos sem sentido da guerra mundial em alguma coisa mais positiva: as sangrentas dores e convuls es do parto de um novo mundo. A Revolu o Russa, ou mais precisamente, a Revolu o Bolchevique de outubro de 1917, pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se portanto t o fundamental para hist ria [do s culo XX] quanto a Revolu o Francesa de 1789 para o s culo XIX. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve s culo XX, 1914-1991. S o Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que a Revolu o Russa de 1917 fundamental para a hist ria do s culo XX porque a) alterou radicalmente a organiza o da sociedade, da economia e do Estado, atrav s da mobiliza o de milhares de pessoas, camponeses e oper rios, que ocuparam o governo e iniciaram novas experi ncias de organiza o e participa o pol tica, tornando-se refer ncia para outros pa ses que realizaram suas revolu es. b) produziu uma invers o no sentido das mudan as sociais, imprimindo um ritmo mais lento ao processo de organiza o dos oper rios, camponeses e oprimidos, que ocuparam os espa os culturais, regionais e civis, tornando-se modelo para as contra-revolu es pac cas e comunistas. c) mudou a mentalidade do operariado, que passou a lutar mais pelas mudan as de direitos individuais e menos pelos direitos universais e corporativos, levando os movimentos radicais a disputarem os cargos dos governos em uma clara concord ncia com o jogo democr tico burgu s . d) ajudou a criar estruturas de personalidades tolerantes com o curso do capitalismo que levaria todos igualdade social na propor o em que as agita es comunistas in uenciassem os oper rios e camponeses. e) proporcionou a cren a no direito positivo, na propriedade privada e nos processos de convuls o social do mercado estrati cado que, semelhan a da Revolu o Francesa, estimularia a mobilidade e ascens o social das burguesias pactuadas com os oper rios e camponeses. 31) As rela es amorosas, ap s os anos de 1960/1980, tenderam a facilitar os contatos feitos e desfeitos imediatamente, gerando uma gama de possibilidades de parceiros e experimentos de prazer. Essa forma de contato amoroso tem sido denominada pelos jovens como car . Assim, em uma festa pode-se car com v rios parceiros ou durante um tempo ir cando em diferentes situa es, sem que isso se con gure em compromisso, namoro ou outra modalidade institucional de rela o. Os processos sociais que provocaram as mudan as nas rela es amorosas, bem como suas conseq ncias para o indiv duo e para a sociedade, t m sido problematizados por v rios cientistas sociais. Assinale a alternativa em que o texto explica os sentidos das rela es amorosas descritas acima. a) Hoje as artes de express o n o s o as nicas que se prop em s mulheres; muitas delas tentam atividades criadoras. A situa o da mulher predisp e-na a procurar uma salva o na literatura e na arte. Vivendo margem do mundo masculino, n o o apreende em sua gura universal e sim atrav s de uma vis o singular; ele para ela, n o um conjunto de utens lios e conceitos e sim uma fonte de sensa es e emo es; ela interessa-se pelas qualidades das coisas no que t m de gratuito e secreto [...] . (BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 5 ed. S o Paulo: Nova Fronteira, 1980. p. 473.) 14 b) Hoje, no entanto, existe uma renova o, o que signi ca dizer que os cientistas, quando chegam atrav s do seu conhecimento a esses problemas fundamentais, tentam por si pr prios compreend -los e fazem um apelo sua pr pria re ex o. Nos pr ximos anos, por exemplo, ap s as experi ncias do Aspecto, a discuss o sobre o espa o e sobre o tempo problemas los cos vai ser retomada . (MORIN, E. A intelig ncia da complexidade. 2. ed. S o Paulo: Peir polis, 2000. p. 37.) c) Nova era demogr ca de decl nio populacional n o catastr co pode estar alvorecendo. Fome, epidemias, enchentes, vulc es e guerras cobraram seu pre o no passado, mas que grandes popula es n o se reproduzam por escolha individual uma mudan a hist rica not vel. Na Europa Ocidental, esse padr o est se estabelecendo em tempos de paz, sob condi es de grande prosperidade, embora, sejam ainda vis veis oscila es conjunturais, signi cativas na depress o escandinava do in cio dos anos de 1990. (THERBORN, G. Sexo e poder. S o Paulo: Contexto, 2006. p. 446). d) assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto para o uso imediato, o prazer passageiro, a satisfa o instant nea, resultados que n o exijam esfor os prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolu o do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a experi ncia amorosa semelhan a de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas caracter sticas e prometem desejo sem ansiedade, esfor o sem suor e resultados sem esfor o. (BAUMAN, Z. Amor l quido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p.21-22). e) Viver na grande metr pole signi ca enfrentar a viol ncia que ela produz, expande e exalta, no mesmo pacote em que gera e acalenta as cria es mais sublimes da cultura.[...] Nesse sentido, talvez a primeira viol ncia de que somos v tima, j no in cio do dia, o jornalismo, sempre muito sequioso de retratar e reportar, nos m nimos detalhes, o que de mais contundente e chocante a humanidade produziu no dia anterior [...] . (NAFFAH NETO, A. Viol ncia e ressentimento. In: CARDOSO, I. et al (Orgs). Utopia e mal-estar na cultura. S o Paulo: Hucitec, 1997. p. 99.) 32) Leia o texto a seguir: Uma not vel virada na hist ria do casamento teve in cio na d cada nal do s culo XX, com a institucionaliza o o cial do casamento homossexual, ou parceria . [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma leg tima de sexualidade foi parte da revolu o sexual do ocidente. Ela est agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associa o Psiqui trica Americana. Em 1975, a Comiss o de Servi os Civis dos EUA retirou sua interdi o contrata o de homossexuais. Logo, a discrimina o dos homossexuais que passou a ser considerada um delito. A igualdade em rela o orienta o sexual esteve nas normas para a nomea o de prefeitos na Holanda na d cada de 1980, por exemplo. Grande avan o internacional foi sua inclus o na Constitui o Sul-Africana p s-apatheid [em 1996]. [...] Entretanto, o que interessante nesse nosso contexto particular s o as reivindica es de gays e l sbicas pelo direito ao casamento e a aceita o parcial de sua exig ncias. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandin via como tantas outras coisas da moderna mudan a da fam lia. Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabita o dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legisla o nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros pa ses escandinavos. Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas est em efeito desde 1998, na Fran a desde 1999, abrangendo tamb m rela es pessoais solid rias que n o apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, ent o na oposi o, foi apresentado antes das elei es de 2002, mas n o foi ainda votado. O casamento n o est desaparecendo. Est mudando. (THERBORN, G. Sexo e poder: a fam lia no mundo, 1900-2000. S o Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.) Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos a) cl ssicos movimentos oper rios organizados em v rios pa ses desde o s culo XIX, voltados para os problemas de classes sociais, direitos trabalhistas, participa o pol tica e sindical, fortemente impulsionados pelos l deres sindicais. b) tradicionais movimentos religiosos da Am rica Latina e outros pa ses no s culo XX, voltados pela humaniza o das rela es sociais, direitos humanos, inclus o social e pol tica, fortemente impulsionados pelos l deres eclesi sticos. c) recentes movimentos sociais surgidos em v rios continentes na d cada de 2000, voltados para a manuten o dos direitos civis, fortalecimento do casamento como institui o familiar s lida e e caz na preserva o da estrutura social patriarcal. d) modernos movimentos sociais surgidos em todo o mundo na d cada de 1930, voltados para a consolida o dos la os de solidariedade, uni o e civilidade, fortemente impulsionados pelos l deres do sindicalismo corporativo. e) novos movimentos sociais surgidos em v rios pa ses a partir dos anos de 1960, voltados para os problemas identit rios de grupos, g nero, etnias e pol ticas do corpo, fortemente impulsionados pelas ativistas feministas. 15 33) Observe o gr co a seguir: (PNUD, Atlas Racial Brasileiro - 2004) De acordo com os dados e os conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) A pobreza um fen meno que afeta basicamente a popula o de cor branca, uma vez que, em todo per odo mostrado no gr co, a porcentagem de indigentes brancos aumentou em rela o porcentagem de brancos pobres. b) Ap s 1990, aumentou a propor o de brancos abaixo da linha de indig ncia, que passou de pouco mais de 10% para aproximadamente 25% do total da popula o. c) Ap s 1994, a propor o de negros pobres no total da popula o negra no Brasil permanece em torno de 50%, enquanto varia aproximadamente em torno de 20 a 25% a propor o de brancos pobres no mesmo per odo. d) A pobreza um fen meno que afetado pela ra a ou cor, enquanto que a indig ncia n o demonstra ter rela o com a quest o racial, uma vez que a varia o entre negros indigentes e brancos pobres bastante aproximada em todo o per odo. e) A pobreza um fen meno que vem aumentando continuamente em toda popula o brasileira ao longo do per odo que vai de 1982 a 2003, demonstrando os equ vocos dos estudos sobre desigualdade baseados nas vari veis de ra a ou de cor. 34) Observe o gr co a seguir: (Desigualdade, Estabilidade e Bem-Estar Social, Marcelo Neri, 2006.) 16 Com base no gr co e nos conhecimentos sobre o per odo, assinale a alternativa correta. a) Do pen ltimo ano do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso em diante, observa-se uma diminui o na concentra o de renda, com uma redu o cont nua na diferen a de renda entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. b) Entre o ano subseq ente ao lan amento do Plano Real e o ano da primeira elei o do presidente Lula, houve uma redu o na renda dos 50% mais pobres e um aumento na renda dos 10% mais ricos. c) Durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, aumentou em aproximadamente 3% a diferen a entre a renda dos 10% mais ricos e os 50% mais pobres. d) Houve uma maior distribui o de renda no Brasil no per odo que compreende o ano anterior ao lan amento do Plano Real e o ano subseq ente, com redu o na dist ncia entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres. e) Durante o primeiro mandato do presidente Lula, houve uma eleva o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 10% mais ricos da popula o e uma redu o m dia aproximada de 1,5% na renda dos 50% mais pobres. 35) Leia o texto a seguir: Como argumentaram com muita propriedade diversos cr ticos da tradi o sociol gica [...] As na es e os estados nacionais n o interagem simplesmente entre si; sob as condi es modernas, eles formam ou tendem a formar um mundo, isto , um contexto global com os seus pr prios processos e mecanismos de integra o. A forma nacional de integra o, dessa forma, desenvolve-se e funciona em conex o ntima e num con ito mais ou menos acentuado com a forma global. [...] Para apreender a sua relev ncia em rela o an lise do nacionalismo, necess rio ter em mente que a globaliza o de modo algum sin nimo de homogeneiza o [...]. Pelo contr rio, ela deve ser entendida como uma nova estrutura de diferencia o. (ARNASON, J. P. Nacionalismo, globaliza o e modernidade, In: FEATHERSTONE, M. (Org.) Cultura global: nacionaliza o, globaliza o e modernidade. Petr polis: Vozes, 1994. p. 238.) De acordo com o texto, correto a rmar: a) Os Estados Nacionais possuem total autonomia quanto globaliza o, por isso n o sofrem re exos deste processo, garantindo a homogeneidade, a simetria e unidade contra as distin es. b) A globaliza o um processo que atinge e subverte todos os Estados Nacionais, que tendem ao desaparecimento com constru o pol tica moderna de regula o das rela es sociais locais. c) Apesar da resist ncia dos Estados Nacionais, a globaliza o resulta em homogeneiza o severa em todos os pa ses que atinge. d) Em virtude da presen a dos Estados Nacionais, a tend ncia de homogeneiza o pr pria globaliza o deve ser relativizada, pois muitas vezes, ao inv s de uma homogeneiza o, ela acaba por promover novas formas de diferencia o. e) Inexiste rela o direta entre globaliza o e Estados Nacionais, pois, estes ltimos se preservam por meio de mecanismos de defesa aut ctones e totalit rios. 36) Leia o texto a seguir. [...] Como observam os pesquisadores do Instituto de Estudos Avan ados da Cultura da Universidade de Virg nia, os executivos globais que entrevistaram vivem e trabalham num mundo feito de viagens entre os principais centros metropolitanos globais T quio, Nova York, Londres e Los Angeles. Passam n o menos do que um ter o de seu tempo no exterior. Quando no exterior, a maioria dos entrevistados tende a interagir e socializar com outros globalizados... Onde quer que v o, hot is, restaurantes, academias de gin stica, escrit rios e aeroportos s o virtualmente id nticos. Num certo sentido habitam uma bolha sociocultural isolada das diferen as mais speras entre diferentes culturas nacionais... S o certamente cosmopolitas, mas de maneira limitada e isolada. [...] A mesmice a caracter stica mais not vel, e a identidade cosmopolita feita precisamente da uniformidade mundial dos passatempos e da semelhan a global dos alojamentos cosmopolitas, e isso constr i e sustenta sua secess o coletiva em rela o diversidade dos nativos. Dentro de muitas ilhas do arquip lago cosmopolita, o p blico homog neo, as regras de admiss o s o estrita e meticulosamente (ainda que de modo informal) impostas, os padr es de conduta precisos e exigentes, demandando conformidade incondicional. Como todas as comunidades cercadas , a probabilidade de encontrar um estrangeiro genu no e de enfrentar um genu no desa o cultural reduzida ao m nimo inevit vel; os estranhos que n o podem ser sicamente removidos por causa do teor indispens vel dos servi os que prestam ao isolamento e autoconten o ilus ria das ilhas cosmopolitas s o culturalmente eliminados jogados para o fundo invis vel e tido como certo . (BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por seguran a no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p. 53-55.) 17 De acordo com o texto, correto a rmar que a globaliza o estimulou a) a dissemina o do cosmopolitismo, que rompe as fronteiras tnicas, quando todos s o viajantes. b) um novo tipo de cosmopolitismo, que refor a o etnocentrismo de classe e de origem tnica. c) a intera o entre as culturas nativas, as classes e as etnias, alargando o cosmopolitismo dos viajantes de neg cio. d) o desenvolvimento da alteridade atrav s de uma cultura cosmopolita dos viajantes de neg cios. e) a emerg ncia de um novo tipo de viajantes de neg cios, envolvidos com as comunidades e culturas nativas dos pa ses, onde se hospedam. 37) A forma o cultural do Brasil tem como eixo central a miscigena o. Autores, como por exemplo Gilberto Freire, destacaram que a mistura de ra as/etnias europ ias, africanas e ind genas con guraram nossos h bitos, valores, hierarquias, estilos de vida, manifesta es art sticas, en m, a maioria das dimens es da nossa vida social, pol tica, econ mica e cultural. Entretanto, outros pensadores consideravam-na um aspecto negativo em nossa forma o e tentaram ressaltar as origens europ ias de algumas regi es, como o intelectual paranaense Wilson Martins a rmou: Assim o Paran . Territ rio que, do ponto de vista sociol gico, acrescentou ao Brasil uma nova dimens o, a de uma civiliza o original constru da com peda os de todas as outras. Sem escravid o, sem negro, sem portugu s e sem ndio, dir-se-ia que a sua de ni o n o brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expans es temperamentais, despojado de adornos, sua hist ria a de uma constru o modesta e s lida e t o profundamente brasileira que p de, sem alardes, impor o predom nio de uma id ia nacional a tantas culturas antag nicas. E que p de, sobretudo, numa experi ncia magn ca, harmoniz -las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que n o ascendeu a pr pria Europa, de onde elas provieram. Assim o Paran . (MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fen menos de acultura o no Paran . 2. ed. S o Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.) O preconceito em rela o s origens africanas e ind genas criou uma ambig idade no processo de auto a rma o dos indiv duos em rela o s suas origens. Assinale a alternativa em que a rvore geneal gica relatada por um indiv duo evidencia esse sentimento de ambig idade em rela o forma o social brasileira. a) Meu av paterno, lho de italianos, casou-se com uma lha de ndios do interior de Minas Gerais; meu av materno, lho de portugu s casado com uma negra, casou-se com uma lha de portugueses. Apesar de saber que sou fruto de uma mistura, dependendo do lugar em que estou, destaco uma dessas descend ncias: na maioria das vezes, digo que descendo de portugueses e/ou de italianos; raramente digo que descendo de negros e ndios, quando o fa o porque terei alguma vantagem. b) Meu av paterno, lho de negros, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de portugu s casado com uma espanhola, casou-se com uma lha de italianos. Sempre destaco que sou brasileiro acima de tudo, pois descendo de negros, ndios e europeus. Essa a rma o ajuda-me a obter vantagens em diferentes lugares, pois a identidade brasileira tem sido assumida com clareza pelo estado e pelo povo ao longo da hist ria. c) Meus av s maternos s o lhos de italianos e os av s paternos s o lhos de imigrantes alem es. Eu casei com uma negra, mas meus lhos ser o, predominantemente, brancos. Tenho orgulho dessa descend ncia que predominante nas diferentes regi es do Brasil. Costumo destacar que o Brasil diferente, branco e negro e eu descendo de fam lias italianas e alem s, assim como meu lho. Esse tra o cultural revela a grandeza do pa s e a rmeza de nossa identidade cultural. d) Meu av paterno, lho de ndios do Paran , casou-se com uma lha de ndios do Rio Grande Sul; meu av materno, lho de negros, casou-se com uma lha de negros. Gosto de a rmar que sou brasileiro, pois ndios, portugueses e negros formam nossa identidade nacional. e) Meu av paterno, lho de poloneses, casou-se com uma lha de ndios do Paran ; meu av materno, lho de ucranianos, casou-se com uma lha de poloneses. Como sou paranaense, costumo destacar que o Paran tem miscigena o semelhante as das outras regi es do Brasil: aqui temos ndios, europeus e negros. 38) No capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, isto , todas as mercadorias; ap s hav -las produzido, entregam-nas aos propriet rios dos meios de produ o, mediante um sal rio; os propriet rios dos meios de produ o vendem as mercadorias aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando v o ao mercado de consumo, n o conseguem compr -las. [...] Embora os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes mercadorias, n o percebem que, como classe social, produziram todas elas, isto , que os produtores de tecidos, roupas, alimentos [...] s o membros da mesma classe social. Os trabalhadores se v em como indiv duos isolados [...], n o se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. (CHAU , M. Convite Filoso a. 13 ed. S o Paulo: tica, 2004. p. 387.) 18 Com base no texto e nos conhecimentos sobre aliena o e ideologia, considere as a rmativas a seguir: a) A consci ncia de classe para os trabalhadores resulta da vontade de cada trabalhador em superar a situa o de explora o em que se encontra sob o capitalismo. b) no mercado que a explora o do trabalhador torna-se expl cita, favorecendo a forma o da ideologia de classe. c) A ideologia da produ o capitalista constitui-se de imagens e id ias que levam os indiv duos a compreenderem a ess ncia das rela es sociais de produ o. d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as rela es de classe e o v nculo entre o trabalhador e o produto realizado. e) O processo de n o identi ca o do trabalhador com o produto de seu trabalho o que se chama aliena o. A ideologia liga-se a este processo, ocultando as rela es sociais que estruturam a sociedade. 39) Observe os gr cos a seguir. Com base nos gr cos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Os dados sobre a divis o das concess es de R dio e TV no Brasil indicam concentra o de poder, de produ o e de circula o de produtos culturais. II. Embora a Rede Globo tenha o maior n mero de grupos a liados, de audi ncia e de arrecada o com o mercado publicit rio, a divis o equ nime entre as outras redes garante a fei o democr tica da maior ind stria cultural do Brasil. III. O mercado dos diferentes ve culos de m dia revela que mais de 60% dos jornais e 70% da audi ncia de TV pertencem a dois grupos, que apresentam o maior faturamento na ind stria cultural nacional. IV. Os n meros de grupos a liados s grandes redes revelam diversi ca o, exibiliza o e maior regionaliza o na produ o dos bens culturais, e, portanto, uma tend ncia de fortalecimento da democratiza o social. Assinale a alternativa que cont m todas as a rmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 19 40) Observe os quadrinhos: (QUINO. Mafalda. S o Paulo, n. 9, p. 2, 2002.) Com base nos quadrinhos e nos conhecimentos sobre os meios de comunica o de massa (MCM), assinale a alternativa que explicita algumas posi es do debate te rico sobre esse tema. a) As re ex es da personagem Mafalda sobre as propagandas levam-na a concluir que sua m e precisa adquirir os produtos, que as crian as podem assistir TV e brincar, dosando suas tarefas di rias, o que revela a pertin ncia das teorias que v em os MCM como mecanismos de integra o social. b) A personagem Mafalda obedece s ordens de sua m e, assiste TV e encanta-se com as promessas das propagandas, corroborando com as teorias pessimistas sobre o papel dos MCM e a passividade dos telespectadores. c) A atitude da personagem Mafalda demonstra a cr tica aos artif cios da propaganda que ressalta a magia da mercadoria, prometendo mais do que ela realmente pode oferecer, e que os sujeitos nem sempre s o passivos diante dos MCM. d) Ao sair para brincar ap s assistir TV, a personagem Mafalda sente-se mais livre e feliz, pois descobriu o quanto alguns produtos anunciados pelas propagandas melhoram a vida dom stica de sua m e, reproduzindo aspectos da cultura erudita e do modo de vida so sticado, como acreditam as teorias otimistas sobre os MCM. e) A m e da personagem Mafalda admira-se da intelig ncia da lha, que compreendeu muito bem os poderes dos objetos anunciados nas propagandas de TV, refor ando as teorias sobre o papel educativo e de emancipa o dos MCM. 20 VESTIBULAR 2008 2a FASE 10/12/2007 Gabarito oficial provis rio FILOSOFIA e SOCIOLOGIA 1 b 21 c 2 c 22 b 3 a 23 a 4 d 24 e 5 c 25 e 6 e 26 c 7 a 27 d 8 d 28 d 9 e 29 b 10 b 30 a 11 a 31 d 12 c 32 e 13 e 33 c 14 c 34 a 15 b 35 d 16 e 36 b 17 a 37 a 18 d 38 e 19 b 39 b 20 e 40 c Londrina, 10 de dezembro de 2007 Prof. Dr. N bio Delanne Ferraz Mafra Diretor Pedag gico em exerc cio COPS

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