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UEL Vestibular de 2006 - PROVAS DA 2º FASE : História e Sociologia

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CONCURSO VESTIBULAR 2006 2 FASE 19/12/2005 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Assine no local indicado. 2. Aguarde autoriza o para abrir o caderno de provas. 3. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 4. As provas s o compostas por quest es em que h somente uma alternativa correta. 5. Ao receber o Cart o Resposta, examine-o e verifique se os dados nele impressos correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. Transcreva para o Cart o Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente, caneta com tinta preta. 7. No Cart o Resposta, a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o anulam a quest o. 8. N o haver substitui o do Cart o Resposta por erro de preenchimento. 9. N o ser o permitidas consultas, empr stimos e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletr nicos ou n o, inclusive rel gio. O n o-cumprimento dessas exig ncias implicar a exclus o do candidato deste Concurso. 10. Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o caderno de provas e o Cart o Resposta devidamente assinados. 11. O tempo para preenchimento do Cart o Resposta est inclu do no tempo de dura o desta prova. HIST RIA DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS SOCIOLOGIA 2 HIST RIA 01- Uma das caracter sticas da cultura pol tica grega a no o de cidadania. Tal no o define a vincula o da pessoa a uma determinada p lis, por la os essencialmente familiares, e estabelece, concomitantemente, a permanente obriga o de defesa da cidade, a contribui o para seu bem geral, e o direito de opinar sobre seus destinos. Foi em virtude desta ltima implica o do conceito de cidadania que, em sentido lato, quase todas as cidades gregas tenderam democracia. As diferen as se fazem sentir quanto forma de participa o do cidad o. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a cidadania grega, correto afirmar: a) As reformas de P ricles buscaram, entre outras coisas, incorporar todos os cidad os ao processo decis rio da Ecl sia e dos tribunais, tornando poss vel a participa o dos menos abastados, por meio de modesta remunera o. b) Nas p lis que se mantinham institucionalmente olig rquicas, ou sujeitas a modalidades de tirania, era vedado aos cidad os comuns externar suas opini es sobre as decis es p blicas. c) As mulheres, numa cultura patriarcal que reservava a vida p blica exclusivamente aos homens, eram cidad s part cipes da discuss o pol tica, tendo voz ativa e voto na assembl ia. d) Nas cidades gregas, o estrangeiro era um h spede destitu do da cidadania, tendo os seus direitos privados devidamente assegurados, sem restri es quanto propriedade fundi ria e aos direitos c vicos. e) O escravo, que antes de tudo estava exclu do da cidadania, era considerado como parte da comunidade e, portanto, capacitado a opinar sobre os neg cios p blicos. 02- Varr o, escritor romano do per odo republicano (116-27 a.C.), em seu Rerum Rusticarum (Da Coisa R stica), descrevia aos seus contempor neos como deveriam tratar os escravos: Voc n o deve deixar seus escravos muito deprimidos ou animados. N o deixe os capatazes usarem os chicotes, se conseguirem o mesmo resultado com encorajamento. N o compre muitos escravos do mesmo pa s, pois eles conversam entre si. Se voc os tratar bem, lhes der alimentos e roupas extras e permiss o para seus animais pastarem no seu terreno eles trabalhar o melhor . (RODRIGUES, Joelza Ester. Hist ria em Documento: imagem e texto. 2. ed. S o Paulo: FTD, 2002. p. 235.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravid o romana, considere as afirmativas a seguir. I. Varr o prop e abrir m o da viol ncia no tratamento dos escravos visando a obter um rendimento maior de seu trabalho. II. Varr o procura demonstrar a inviabilidade da compra de escravos de um mesmo pa s, posto que propiciaria a realiza o de processos comunicativos e poss veis revoltas. III. Os capatazes romanos, na vis o de Varr o, deveriam usar estrat gias sutis de repress o para obter um trabalho consentido. IV. Varr o compartilha das id ias de Columela, autor da poca que apregoa a redu o dos custos do trabalho escravo para obten o de maior produtividade. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 03- Os homens da Idade M dia procuravam na B blia um modelo que lhes guiasse o comportamento em rela o usura. [...] As transforma es da sociedade ocidental crist nos s culos XII e XIII tornavam a realidade da pr tica usur ria poss vel e muitas vezes socialmente til. [...] s v speras do nascimento dos grandes movimentos econ micos que preparam o advento do capitalismo moderno, a teologia medieval salvar o usur rio do inferno ao inventar o purgat rio. O usur rio ter assim atingido seu duplo objetivo: salvaguardar sua bolsa na terra sem perder a vida eterna. (FRANCO Jr. Hil rio. A Bolsa e a vida: a usura na Idade M dia. 2. ed. S o Paulo: Brasiliense, 1989. s.p.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Esse momento hist rico caracteriza-se pelo in cio do processo de acumula o de riquezas monet rias. II. Na Idade M dia, as pr ticas da vida material estavam separadas das pr ticas da vida religiosa. III. Nesse per odo da hist ria, a sociedade medieval tornava a pr tica da usura socialmente aceit vel. IV. O fen meno da usura era tanto econ mico, quanto moral, clerical ou religioso. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 04- A capela proporciona uma clara percep o do espa o contido dentro de suas paredes [...]. O tra ado geom trico do conjunto enfatiza a clareza e a funcionalidade que se deve esperar das decis es de um capitulo. A famosa fachada da capela Pazzi, que repousa, esbelta e gil, sobre seis colunas cor ntias, um modelo de eleg ncia, de comedimento decorativo e de sutil manipula o de espa os. Tamb m exemplifica o apre o, t o comum nos primeiros tempos do Renascimento, pela clareza e pela simplicidade, pela ordem e pela medida, na mente e no corpo. O artista dividiu a fachada numa s rie de quadrados relacionados entre si por suas propor es geom tricas. [...] Os quadrados inferiores dessa rea tamb m s o subdivididos em quatro pain is. A lateral desses pain is o chamado n mero de ouro do edif cio, ou seja, a unidade de medida em que se divide exatamente qualquer outra parte dele [...]. (LETTS, Rosa Maria. O Renascimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. p. 48-49.) 3 Com base na descri o da Capela Pazzi, obra arquitet nica de Filippo Brunelleschi, e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Os elementos utilizados na descri o da capela Pazzi (equil brio, harmonia e clareza) comp em as representa es culturais t picas da Europa Renascentista. II. A Capela Pazzi, em Floren a, um exemplo t pico da arquitetura g tica, cuja forma era envolvida por uma dimens o mais m tica do que racional. III. Na arquitetura renascentista, o edif cio ocupa o espa o baseando-se em rela es matem ticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto que se coloque. IV. A harmonia renascentista na arquitetura, representada pela complexidade e rebuscamento das formas, objetivava suscitar emo es que fortalecessem a religiosidade medieval. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 05- Dada a diversidade dos povos, a relativa escassez de fontes e a natureza das circunst ncias em que foram produzidas, seria temer rio afirmar que os registros que chegaram at n s d o-nos a perspectiva ind gena da conquista. Mas fornecem, na verdade, uma s rie de evoca es pungentes, filtradas pelas lentes da derrota, do impacto que provocou em certas regi es a s bita erup o de invasores estrangeiros, cuja apar ncia e comportamento estavam t o distantes da expectativa normal. (ELLIOTT, J. H. A conquista espanhola e a coloniza o da Am rica. In: BETHELL, L. (Org.) Hist ria da Am rica Latina. S o Paulo: USP, 1998. p. 160.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema , correto afirmar: a) Os marinheiros espanh is, logo que chegaram ao Novo Mundo , constitu ram fam lias com as ndias com o objetivo de introduzi-las, bem como a seus filhos, nas cortes europ ias. b) A viol ncia e a destrui o causadas pela conquista espanhola impediram a sobreviv ncia f sica dos nativos americanos, obstaculizando, tamb m, a manuten o de rela es coletivas de trabalho. c) A unidade tnica e pol tica dos pa ses americanos resultou do movimento ind gena de resist ncia domina o dos pa ses colonizadores. d) A perspectiva ind gena da conquista da Am rica pelos europeus um conjunto homog neo de registros, porque as a es dos colonizadores, guiadas pelo respeito diversidade, preservaram os escritos das popula es nativas. e) Um dos efeitos danosos da conquista da Am rica Latina diz respeito forma como o sistema colonial estruturou-se, com a introdu o do gado e do cultivo agr cola de produtos europeus, desorganizando as atividades e os modos de vida anteriores. 06- A an lise das economias americana e africana durante os s culos XVI, XVII e maior parte do XVIII s pode ser feita levando-se em considera o a exist ncia de um sistema maior, o comercial europeu. Esse sistema d sentido e completa um ciclo econ mico, mediante a realiza o de suas tr s etapas constitutivas a produ o, a distribui o e o consumo. (Adaptado de: REZENDE FILHO, Cyro Barros. Hist ria Econ mica Geral. S o Paulo: Contexto, 2001. p. 89.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expans o comercial europ ia, correto afirmar: a) b) c) d) e) As rela es econ micas desenvolvidas na Am rica e na frica devem ser compreendidas parte do sistema comercial europeu. A economia americana difere da africana, porque esta ltima, em fun o de seu processo produtivo ainda comunit rio, ficou exclu da de uma das tr s etapas constitutivas do sistema comercial europeu: a produ o. As etapas do ciclo econ mico de produ o, distribui o e consumo do sistema comercial europeu tiveram autonomia em rela o expans o comercial para a Am rica e a frica. Uma das pe as-chave da economia europ ia do per odo foi o chamado sistema colonial , que tinha entre seus eixos fundamentais a explora o de col nias por meio do estabelecimento de monop lios. A influ ncia do sistema comercial europeu nas economias americana e africana limitou-se ao per odo colonial em ambos os continentes. 07- Na ltima parte do s culo XVIII, as necessidades de coes o e efici ncia estatais, bem como o evidente sucesso internacional do poderio capitalista, levaram a maioria dos monarcas a tentar programas de moderniza o intelectual, administrativa, social e econ mica. (Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revolu es. S o Paulo: Paz e Terra, 1997. p. 39.) Assinale a alternativa que apresenta corretamente como ficou conhecida a moderniza o referida pelo autor. a) b) c) d) e) Anarquismo, porque os reis perderam a autoridade nos setores administrativo, social e econ mico. Socialismo ut pico, porque os reis desejavam transforma es imposs veis de serem realizadas. Despotismo esclarecido, visto que os monarcas se apropriaram de alguns preceitos iluministas. Socialismo crist o, pois os monarcas desejavam reformas administrativas e econ micas com base nos preceitos religiosos. Totalitarismo, uma vez que os reis almejavam o poder absoluto nas inst ncias intelectual, administrativa, social e econ mica. 4 08- Igualdade social, liberdade de pensamento, a o e soberania popular s o manifesta es do Iluminismo que basicamente se caracterizou como: a) Um movimento de retorno aos valores m sticos e transcendentes, anteriores ao Renascimento. b) Uma substitui o da religi o, da tradi o e da ordem absolutista, pelo pensamento racional em prol dos liberalismos pol tico e econ mico. c) Uma utopia social fundada na ideologia crist , base das correntes humanistas do Ocidente. d) Uma rea o contr ria sistematiza o do saber e soberania popular. e) Um movimento art stico com nfase na express o livre da vontade criadora dos artistas. b) c) d) e) 09- Revolu o sempre um tema fascinante. Comumente vem impregnado dos ideais de liberdade e igualdade que, atrav s dos tempos, acalentam gera es e permanecem presentes no ide rio das sociedades, tendo a possibilidade de se cristalizarem em algum momento da hist ria. No processo de constru o de uma revolu o sobressaem personagens que passam a povoar o imagin rio social e tendem a serem tomados como modelos, porquanto o seu agir parece converter a utopia em realidade. S o portadores do sonho: representam a universalidade daqueles ideais, tentando forj -los no cotidiano, nem sempre harmonioso, dos confrontos revolucion rios. (SAINT-JUST, Louis Antoine Leon. O Esp rito da Revolu o e da Constitui o na Fran a. S o Paulo: UNESP, 1989. p. 9.) Sobre a Revolu o Francesa de 1789, correto afirmar que defendia: a) b) c) d) e) A soberania da aristocracia da Fran a com base no sistema eleitoral censit rio. As institui es democr ticas para a renova o da monarquia. A es revolucion rias para a consecu o de um ide rio da nobreza. Os ideais anarquistas que, posteriormente, foram amplamente disseminados pelo mundo. Valores universais visando a construir uma sociedade mais justa e igualit ria. 10- Joseph Strayer defende que a forma o dos Estados Nacionais americanos teve como modelo o Estado Moderno Europeu. Para ele, existem premissas b sicas para o surgimento dos Estados Nacionais: o aparecimento de unidades pol ticas persistentes no tempo e geograficamente est veis, o desenvolvimento de institui es permanentes e impessoais e o consenso com rela o necessidade de uma autoridade suprema (Estado). (STRAYER Joseph R. As origens medievais do Estado Moderno. Lisboa: Gradina, 1969. p. 11-15.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A forma o dos Estados Nacionais nas col nias portuguesas e espanholas s o exemplos de modelos que romperam com a moderna concep o de Estado Europeu. A forma o dos Estados Nacionais nas Am ricas portuguesa e espanhola se deu por meio de movimentos contra o colonizador e acompanhou o processo de desenvolvimento do capitalismo nesses espa os. No s culo XVIII os espa os nacionais americanos j estavam definidos e delimitados, com governos pr prios e burguesias constitu das, facilitando a ruptura dos v nculos entre essas col nias e suas respectivas metr poles. Os Estados constitu dos nas Am ricas portuguesa e espanhola s o considerados amplamente democr ticos por terem como fundamento id ias liberais. Os movimentos sociais latino-americanos se colocaram frente das lutas pela independ ncia e pela forma o dos Estados Nacionais, apesar de negarem a necessidade de uma autoridade suprema de institui es permanentes e impessoais. 11- Os estrangeiros que chegavam ao Rio de Janeiro ou outras cidades costeiras ficavam espantados com os milhares de negros que viam carregando gua, mercadorias e produtos, transportando seus senhores e senhoras em liteiras ou redes pelas ruas da cidade, ou vendendo uma grande variedade de produtos. Os propriet rios de escravos exigiam seu trabalho, servi o e obedi ncia totalmente amparados por uma complexa estrutura legal, pelo costume oficializado e pela doutrina da Igreja cat lica . (CONRAD, Robert Edgar. Os Tumbeiros. S o Paulo: Brasiliense, 1985. p. 7- 8.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravid o no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. O fluxo crescente do tr fico de escravos da frica para o Brasil, at a primeira metade do s culo XIX, indica que a elite fundi ria se negava a optar pelo sistema de trabalho livre. II. As mortes freq entes de escravos, por fugas, doen as, maus-tratos, entre outros, reduziram a m o-de-obra dispon vel e inviabilizaram o lucro proveniente do tr fico. III. O discurso liberal de franceses e angloamericanos demonstrava forte oposi o id ia de posse de seres humanos por outros da mesma esp cie. IV. Os propriet rios de escravos brasileiros, durante a primeira metade do s culo XIX, concebiam a escravid o como um direito concedido pelo imperador e por Deus, defendendo-o como um privil gio natural. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IIII. II e IV. I, III e IV. II, III e IV. 5 12- Analise a imagem a seguir. (VIANNA, Marly de Almeida Gomes. Revolucion rios de 35: sonho e realidade. S o Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 561.) Os versos transcritos foram cantados pelos aliancistas , nos primeiros anos da Era Vargas (1930-1945). Com base nos versos e nos conhecimentos sobre a Era Vargas, considere as afirmativas a seguir. I. Jo o Batista Debret. In: Retrato do Brasil, n. 22, 1984, p. 254. O pintor franc s Jo o Batista Debret, que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, registrou, como cronista e ilustrador, a vida do Rio de Janeiro colonial. Na imagem em destaque, que retrata o passeio de uma fam lia abastada, est o registrados alguns elementos da diferencia o social no pa s. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre escravismo no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. A freq ente integra o dos escravos negros s fam lias de brancos abastados garantiu, ap s a aboli o da escravid o, um melhor posicionamento dos libertos na economia urbana, como m o-de-obra qualificada. II. Ap s a Independ ncia, o escravismo continuou sendo a base do sistema produtivo, embora a estrutura o do Estado Nacional tenha fortalecido a burocracia estatal e a camada de profissionais liberais urbanos. III. Com a imin ncia do fim do escravismo, a implanta o de pequenas e m dias propriedades converteu-se na preocupa o fundamental tanto dos homens p blicos quanto dos fazendeiros. IV. A interdi o das terras somada inser o de um n mero crescente de imigrantes estrangeiros na economia brasileira foram fundamentais no processo de marginaliza o dos escravos libertos. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. II e IV. I, II e III. I, III, e IV. 13- Leia o poema a seguir. Governo mais avacalhado O Geg sempre sorrindo Por causa da nossa Alian a Acabar caindo, acabar caindo. O Geg t de cal as na m o Por causa da nossa revolu o O povo todo j est cansado De ser explorado Por este ladr o! O Geg entrou num botequim Bebeu cacha a e saiu assim... Levando um tamanho chute Foi tomar vermute Com amendoim. Teve como um de seus aspectos marcantes a tend ncia democratiza o do Estado. II. A Alian a Nacional Libertadora (ANL) foi um movimento que congregou diversos atores sociais: partidos pol ticos, sindicatos, associa es e entidades diversas, sendo suas principais for as pol ticas os Tenentes e os comunistas. III. O suposto Plano Cohen, imputado aos comunistas pelos oficiais do ex rcito, auxiliou no recrudescimento da repress o anticomunista no pa s e foi uma das justificativas para a implanta o do Estado Novo. IV. Com a aquiesc ncia dos comunistas, o governo Vargas preparou os instrumentos de apoio ANL, primeira tentativa de organiza o da sociedade civil no Brasil, aprovando a Lei de Seguran a Nacional, visando ao combate dos crimes contra a ordem pol tica e social. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. III e IV. I, II e III. I, II e IV. 14- A guerra europ ia que se iniciou no 1 de setembro de 1939 foi a guerra de Hitler. Historiadores continuar o a discutir as for as sociais, econ micas e pol ticas que o levaram a assumir uma s rie de riscos calculados que culminaram em uma guerra em grande escala. (KITCHEN, Martin. Um mundo em chamas. Rio de janeiro: Zahar, 1993. p. 11.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Hitler, apesar do poder absoluto que detinha no Estado Maior Alem o, foi for ado a agir em um contexto s cioecon mico, no qual era dependente do apoio ativo de seus subordinados. II. Hitler se encontrava em pleno comando da pol tica externa alem , e suas a es levaram em conta as circunst ncias sociais hist ricas e culturais de sua poca. III. A guerra implementada por Hitler resultou de sua insanidade e de seus interesses pessoais, o que isenta, assim, a sociedade alem de qualquer responsabilidade sobre os resultados da empreitada. IV. As decis es de Hitler bem como a pol tica interna e externa por ele encetada foram respaldadas pelas elites diplom ticas e militares e pelas classes hegem nicas alem s. 6 Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 15- Em um de seus discursos, o presidente Juscelino Kubitschek afirmou: O puro, o nobre e inteligente nacionalismo n o se confunde com xenofobia. Da mesma maneira que a independ ncia pol tica de uma na o n o significa animosidade contra os estrangeiros, nem a recusa aos interc mbios econ micos ou rela es financeiras com os pa ses mais ricos ou mais favorecidos em valores econ micos. (In: CARDOSO, Miriam Limoeiro. Ideologia do Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 158.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o per odo JK, correto afirmar: a) O discurso nacionalista sob a tica desenvolvimentista de JK possu a conte do semelhante quele estabelecido na Era Vargas: ambos minimizaram a import ncia do capital externo. b) A ideologia do desenvolvimentismo no per odo JK assumiu a entrada de capitais estrangeiros no pa s como um recurso leg timo que expressava o verdadeiro patriotismo. c) O desenvolvimentismo do per odo JK objetivou a consolida o da voca o agr cola da economia brasileira, promovendo a Marcha para Oeste , pol tica que alavancou a agricultura de exporta o. d) Para a ind stria brasileira, que passava por uma fase de retra o, o desenvolvimentismo de JK foi pernicioso, pois propunha um nacionalismo xen fobo. e) O Plano de Metas , programa de governo do ent o candidato JK, colocado em pratica logo ap s sua elei o, visava primordialmente ao desenvolvimento da agricultura de exporta o, instituindo, para esse fim, o confisco cambial . 16- A penetra o intensa da televis o no Brasil est inscrita na paisagem urbana e rural, nas p ginas de revista, na profus o de aparelhos nos interiores das casas, nas mans es de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades grandes, nas casas modestas e nas pra as p blicas de cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se explicam pela presen a de diversos aparelhos por domic lio, cuidadosamente dispostos em v rios c modos das resid ncias, s vezes em meio a altares dom sticos. (HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televis o e as novelas no cotidiano. In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) Hist ria da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contempor nea. S o Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a rela o da televis o com a sociedade moderna, considere as afirmativas a seguir. I. A penetra o intensa da televis o no Brasil rompeu as fronteiras das diferen as sociais e gerou uma sociedade livre da exclus o social. II. O ato alienado de assistir televis o promove uma falsa id ia de inclus o social e de equidade entre as etnias. III. A difus o do sistema de TV por assinatura express o do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a informa es sobre outras culturas. IV. Nas sociedades capitalistas, a televis o incita ao consumismo devido a sua forma de atra o e seu poder de penetra o junto s diversas classes sociais. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 17- Analise a imagem a seguir. Chico Caruso. In: Retrato do Brasil, n. 12, p. 144, s.d. Com base na charge e nos conhecimentos sobre a Ditadura Militar no Brasil, considere as afirmativas a seguir. I. O regime instaurado em 1964 submeteu a pol tica cultural aos preceitos da doutrina de Seguran a Nacional contando, para isso, com a atua o da Escola Superior de Guerra. II. A partir das disposi es legais de 1967, a censura ficou circunscrita ao mbito municipal, da a ado o de m todos, diversificados em todo o pa s, que foram ratificados posteriormente pelo Ato Institucional n 5. III. A Censura Pr via no regime militar brasileiro estava focada na m sica e no teatro, produtos culturais mais consumidos no Brasil, da serem poupados a m dia impressa e os livros. IV. A partir de 1978, os protestos de amplos segmentos da sociedade sindicatos oper rios, professores, entre outros contra as a es da censura, resultaram em pol ticas de distens o e de abertura no governo Geisel, apesar de a legisla o pertinente permanecer quase intocada. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e III. I e IV. II e III. I, II e IV. II, III e IV. 7 18- O sentimento que experimento ao avistar de longe a favela da Rocinha esparramada no morro id ntico ao de ter visto pela primeira vez, na frica do Sul, o bantust o de Soweto, o gueto formado a pulso pelo regime racista do apartheid a partir dos anos de 1950. L est a sudoeste de Joanesburgo, o aglomerado de barracos tamb m de madeira, zinco e papel o, l est o gigantesco Soweto, o maior n cleo urbano da frica do Sul, t o s lido quanto a Rocinha parece definitiva. No Rio de Janeiro, meu medo n o da viol ncia nem do crime : medo da estratifica o social e da pobreza irredut vel. (FELINTO, Marilene. Movimento Viva Rio ou a calamidade p blica no Rio de Janeiro. In: Caros Amigos, ano VIII, n. 7, p. 6, abr. 2005.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A exclus o na cidade do Rio de Janeiro difere daquela que ocorre no sistema do apartheid da frica do Sul, pois, nessa cidade brasileira, seu fundamento est circunscrito quest o racial. b) Soweto e Rocinha constituem-se em exemplos de bairros de maioria negra, cujos altos ndices de pobreza foram equacionados pela forte atua o de pol ticas p blicas. c) A autora adverte sobre a exist ncia de situa es sociais similares entre o Brasil e a frica do Sul, apesar de a Legisla o brasileira ser politicamente oposta sul-africana no que se refere aos dispositivos legais relativos discrimina o. d) A frica do Sul e o Brasil foram os ltimos pa ses a extinguir a escravid o, processo resultante de pol ticas p blicas internacionais que elevou a situa o econ mica da popula o negra. e) A autora defende a necessidade de elimina o do regime de apartheid brasileiro como solu o para os problemas de exclus o social no pa s. 19- Analise a imagem a seguir. b) c) d) e) 20- Sobre a cera dos corpos femininos, o s culo XXI vai imprimindo suas primeiras marcas. Produto social, produto cultural e hist rico, nossa sociedade os fragmentou e recomp s, regulando seus usos, normas e fun es. Nos ltimos anos, a mulher brasileira viveu diversas transforma es f sicas. Viu ser introduzida a higiene corporal que, alimentada pela revolu o microbiol gica, transformou-se numa radicaliza o compulsiva e ansiosa. [...]. O corpo feminino passou tamb m por uma revolu o silenciosa nas ltimas tr s d cadas. A p lula anticoncepcional permitiu-lhe fazer do sexo n o mais uma quest o moral, mas de bem-estar e prazer. A mulher tornou-se, assim, mais exigente em rela o ao seu parceiro, vivendo uma sexualidade mais ativa e prolongada. Entre ambos, surgiram normas e pr ticas mais igualit rias. A corrente da igualdade n o varreu, contudo, a dissimetria profunda entre homens e mulheres na atividade sexual. Quando da realiza o do ato f sico, desejo e excita o f sica continuam percebidos como dom nio e espa o de responsabilidade masculina. (DEL PRIORE, Mary. Corpo a Corpo com a mulher. S o Paulo: SENAC, 2000. p. 9 -11.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o corpo feminino e as rela es entre g neros, correto afirmar: a) b) c) Dispon vel em: <http//www.tc.umn.edul/~kama0044/my20photo album.html>. Acesso em: 10 out. 2005. Com base na charge e nos conhecimentos sobre o processo de globaliza o, correto afirmar: a) A heterogeneidade cultural foi fator determinante no processo de amplia o da desigualdade social planet ria, visto que alimenta pr ticas repulsivas incorpora o dos benef cios da globaliza o. A globaliza o resultou no aumento do n mero de empregos, na amplia o do mercado formal de trabalho, na melhoria dos contratos de trabalho e na amplia o das conquistas sindicais. A charge demonstra que, com os processos de globaliza o, os exclu dos no planeta foram brindados com um irrevers vel processo de incorpora o ao mercado consumidor. Com o processo de globaliza o, apesar da abertura de novos mercados, uma parcela significativa da popula o mundial encontra-se margem do consumo de produtos b sicos. A charge retrata a pr tica conhecida do dumping (rebaixamento) comercial, estrat gia inerente globaliza o econ mica que equalizou o acesso s mercadorias no planeta. d) e) A sexualidade ativa e prolongada vivenciada pelas mulheres brasileiras est isenta de discrimina es e de preconceitos por parte da sociedade. No s culo XXI, o discurso sobre o corpo feminino distanciou-se de suas transforma es f sicas que foram fomentadas pela revolu o microbiol gica. No que se refere atividade sexual entre os g neros, as pr ticas tornaram-se igualit rias, rompendo com as dissimetrias entre homens e mulheres. Com o uso dos contraceptivos, a gravidez passou a ser uma quest o de op o, possibilitando mulher experienciar a sexualidade como fonte de bem-estar e prazer. A revolu o silenciosa do corpo feminino decorrente do uso dos contraceptivos levou a mulher a conceber o sexo a partir de uma perspectiva moralista. 8 SOCIOLOGIA b) 21- Em geral, o feminismo veio demonstrar que a opress o tem muitas faces, uma das quais a opress o das mulheres por via da discrimina o sexual. Ao privilegiar a opress o de classe, o marxismo secundarizou e, no fundo, ocultou a opress o sexual e, nessa medida, o seu projeto emancipat rio ficou irremediavelmente truncado. [...] Se para as feministas marxistas, a primazia explicativa das classes admiss vel desde que seja articulada com o poder e a pol tica sexual, para a maioria das correntes feministas n o poss vel estabelecer, em geral, a primazia das classes sobre o sexo ou sobre outro fator de poder e de desigualdade e algumas feministas radicais atribuem mesmo a primazia explicativa ao poder sexual. (SANTOS, Boaventura de Souza. Pela m o de Alice, o social e o pol tico na p smodernidade. S o Paulo: Cortez, 1996. p. 41.) c) De acordo com o texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) A teoria marxista das classes, como explica o das rela es de g nero, o fundamento dos movimentos feministas. Ao priorizar a opress o de classe, o marxismo eclipsou a opress o feminina, destituindo-a de sua relev ncia social. As feministas marxistas defendem a primazia do poder sexual sobre a de classes. O feminismo radical, ao explicitar a discrimina o sexual como forma de opress o, fortaleceu o entendimento marxista da sociedade. O projeto emancipat rio das feministas teve significativo impulso ap s a ado o do marxismo enquanto modelo explicativo da opress o feminina. 22- Leia, a seguir, texto sobre o significado do zapatismo. Marcos gay em S o Francisco, negro na frica do Sul, asi tico na Europa, chicano em San Isidoro, anarquista na Espanha, palestino em Israel, ind gena nas ruas de San Crist bal ... judeu na Alemanha ... feminista nos partidos pol ticos, comunista no p s-guerra fria ... pacifista na B snia ... artista sem galeria, nem port-f lio, dona-de-casa s bado noite em qualquer col nia de qualquer cidade de qualquer M xico ... machista no movimento feminista, mulher sozinha no metr s 10 da noite ... campon s sem terra, editor marginal, oper rio desempregado, m dico sem lugar para trabalhar, estudante n o conformista, dissidente no neoliberalismo, escritor sem livros nem leitores e, seguramente, zapatista no sudeste mexicano . (CECE A,A. E. Pela humanidade e contra o neoliberalismo: linhas centrais do discurso zapatista. In: SEOANE, J.; TADDEI, E. (Orgs.) Resist ncias mundiais, de Seattle a Porto Alegre. Petr polis: Vozes, 2001. p.187, 188.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que o zapatismo um movimento: a) Que atua internacionalmente em diversas frentes voltadas emancipa o dos Estados Nacionais. d) e) Fundado na contraposi o a qualquer forma de opress o. Moderno porque visa ruptura com os tradicionais preceitos de esquerda. Que organiza os desempregados do mundo inteiro visando conquista do poder estatal. Que visa a armar a popula o para um enfrentamento b lico com o poderoso vizinho do Norte. 23- Uma esfera p blica n o-estatal, conforme rezam todas as inspira es te ricas que mostram o tr nsito tenso para uma democracia real em um mundo globalizado, tem todo o direito a se produzir como espa o p blico ativo desde que suas pr ticas e presen a tenham uma interlocu o constante com o contexto pol tico da sociedade e do Estado, o que implica em que sejam tamb m espa o inovador de circula o de id ias e de experi ncias de participa o democr tica. As institui es voltadas filantropia empresarial falham precisamente neste aspecto: externamente, evitam incorporar-se ao debate sobre as decis es governamentais, e sua presen a diante do Estado aparece apenas pelo lado tradicional ssimo de press o por seus interesses econ micos e financeiros, n o escondidos em sua demanda de ser intermedi ria de recursos p blicos. Internamente, diante de sua clientela espec fica, o modo de funcionamento de sua a o social tamb m reproduz algo muito tradicional: transforma cidad os designados como sujeitos de direitos em receptores de favores e generosidades, e, desse ngulo, a diferen a com o velho modo de se fazer caridade repousa unicamente na excel ncia dos programas adotados e no compromisso de quem os cria. (PAOLI, M. C. Empresas e responsabilidade social: os enredamentos da cidadania no Brasil. In: SOUZA SANTOS, B. (Org.) Democratizar a Democracia. Rio de Janeiro: Civiliza o Brasileira, 2002. p. 413.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre cidadania e programas sociais das empresas, correto afirmar: a) b) c) d) e) Os programas sociais das empresas constituem-se em espa o p blico ativo, pois, por meio de programas filantr picos, usurpam os pap is do Estado. As empresas se engajam em programas de responsabilidade social visando a consolidar uma justa distribui o de renda no pa s. Os programas sociais desenvolvidos pelas empresas s o constru dos democraticamente, pois s o elaborados no processo de interlocu o com a sociedade e com o Estado. Ao mesmo tempo que buscam garantir acesso s benesses do Estado, as empresas distanciam-se, em seus programas sociais, da constru o de uma cidadania fundada na participa o democr tica. O desenvolvimento de programas sociais pelas empresas, especialmente na ltima d cada, expressou a generosidade como caracter stica inerente ao povo brasileiro. 9 24- Tr s grandes dimens es fundamentam o v nculo social. Primeiro, a complementaridade e a troca: a divis o do trabalho social cria diferen as com base na complementaridade, o que permite aumentar as trocas. Em segundo lugar, o sentimento de perten a humanidade que nos leva a refor ar nossos v nculos com os outros seres humanos: for a da linhagem, do v nculo sexual e familiar; afirma o de um destino comum da humanidade por grandes sistemas religiosos e metaf sicos. Por fim, o fato de viver junto, de partilhar uma mesma cotidianeidade; a proximidade surge ent o como produtora do v nculo social e o campon s sedent rio como o ser social por excel ncia. (BOURDIN, Alain. A quest o local. Rio de Janeiro: DP&A, 2001 p. 28.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A divis o do trabalho social na sociedade contempor nea desagrega os v nculos sociais. b) Os sistemas religiosos e metaf sicos s o fatores de isolamento social, por resultarem de cria es subjetivas dos indiv duos. c) O cotidiano das pequenas cidades e do mundo campesino favorece a cria o de v nculos sociais. d) Pela aus ncia da cotidianeidade, as grandes metr poles deixaram de ser lugares de complementaridade e de trocas. e) O forte sentimento de pertencer humanidade desmantela a no o de comunidade e minimiza o papel da afetividade nas rela es sociais. 25- O misterioso da forma da mercadoria reside no fato de que ela reflete aos homens as caracter sticas sociais do seu pr prio trabalho, como caracter sticas objetivas dos pr prios produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, tamb m da rela o social dos produtores com o trabalho total como uma rela o social existente fora deles, entre objetos. (Adaptado: MARX, Karl. O Capital. S o Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que, para Marx: a) b) c) d) e) As mercadorias, por serem objetos, s o destitu das de qualquer vincula o com os seus produtores. As mercadorias materializam a harmonia presente na realiza o do trabalho alienado. Os trabalhadores, independentemente da maneira como produzem a mercadoria, s o alijados do processo de produ o. As mercadorias constituem-se em um elemento pacificador das rela es entre patr es e trabalhadores. A mercadoria, no contexto do modo capitalista de produ o, possui car ter fetichista, refletindo os aspectos sociais do trabalho. 26- [...] uma grande marca enaltece acrescenta um maior sentido de prop sito experi ncia, seja o desafio de dar o melhor de si nos esportes e nos exerc cios f sicos ou a afirma o de que a x cara de caf que voc bebe realmente importa [...] Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre secund rio ao verdadeiro produto, a marca, e a venda de uma marca adquire um componente adicional que s pode ser descrito como espiritual . O efeito desse processo pode ser observado na fala de um empres rio da Internet comentando sua decis o de tatuar o logo da Nike em seu umbigo: Acordo toda manh , pulo para o chuveiro, olho para o s mbolo e ele me sacode para o dia. para me lembrar a cada dia como tenho de agir, isto , just do it . (KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 45-76.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ideologia, correto afirmar: a) A atual tend ncia do capitalismo globalizado produzir marcas que estimulam a conscientiza o em detrimento dos processos de aliena o. b) O capitalismo globalizado, ao tornar o ser humano desideologizado, aproximou-se dos ideais marxistas quanto ao ideal humano. c) Gra as s marcas e influ ncia da m dia, em sua atua o educativa, as pessoas tornaram-se menos sujeitas ao consumo. d) O trabalho ideol gico em torno das marcas solucionou as crises vividas desde a d cada de 1970 pelo capital oligop lico. e) Por meio da ideologia associada mundializa o do capital, ampliou-se o fetichismo das mercadorias, o qual se reflete na resposta social s marcas. 27- A ind stria cultural vende Cultura. Para vend -la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduz -lo e agrad -lo, n o pode choc -lo, provoc -lo, faz -lo pensar, faz -lo ter informa es novas que perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova apar ncia, o que ele sabe, j viu, j fez. A m dia o senso-comum cristalizado que a ind stria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um conjunto de programas e publica es que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam-se o contr rio da Cultura e de sua democratiza o, pois se dirigem a um p blico transformado em massa inculta, infantil, desinformada e passiva. (CHAU , Marilena. Filosofia. 7. ed. S o Paulo: tica, 2000. p. 330-333.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre meios de comunica o e ind stria cultural, considere as afirmativas a seguir. I. Por terem massificado seu p blico por meio da ind stria cultural, os meios de comunica o vendem produtos homogeneizados. II. Os meios de comunica o vendem produtos culturais destitu dos de matizes ideol gicos e pol ticos. III. No contexto da ind stria cultural, por meio de processos de aliena o de seu p blico, os meios de comunica o recriam o senso comum enquanto novidade. IV. Os produtos culturais com efetiva capacidade de democratiza o da cultura perdem sua for a em fun o do poder da ind stria cultural na sociedade atual. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 10 28- Se a pobreza quest o de direitos e conquista de cidadania, o que parece hoje estar em jogo a possibilidade de que, neste pa s, se d a constru o democr tica de uma no o de bem p blico, de interesse p blico e de responsabilidade p blica que tenham como medida os direitos de todos. Sabemos muito bem que esse o n cego da tradi o brasileira, constru da em uma hist ria regida por um privativismo selvagem que faz da vontade privada a medida de todas as coisas, recusa a alteridade e obstrui, por isso mesmo, a dimens o tica da vida social pela oblitera o de um sentido de responsabilidade p blica e obriga o social. Sabemos tamb m que o pouco que, nessa hist ria, o pa s foi capaz de construir est se erodindo por conta de uma crise do Estado, que desestrutura as refer ncias nas quais, durante d cadas, para o bem ou para o mal, se projetaram esperan as de progresso. (TELLES, Vera da Silva. Pobreza, movimentos sociais e cultura pol tica. In: DINIZ, E; LOPES, J; PRANDI, S.L. (Orgs.) O Brasil no Rastro da Crise. S o Paulo: HUCITEC, 1994. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre cidadania, correto afirmar: a) b) c) d) e) A crise do Estado favorece a efetiva o da cidadania, por desestimular o privativismo e acentuar o car ter p blico das institui es. A tradi o brasileira favorece a constru o da cidadania, visto que esta, como igualdade de direitos, sobrep s-se socialmente. A cidadania um artefato humano e, como tal, precisa ser constru da e assegurada por quaisquer meios que os indiv duos julgarem v lidos. No Brasil, a pobreza, enquanto evid ncia da desigualdade social, tem sido abordada por meio da consolidada no o de responsabilidade p blica. A falta de a es p blicas que respeitem os direitos de todos constitui o que denominado de n cego da tradi o brasileira . 29- No Brasil, a Proclama o da Rep blica efetivou-se basicamente no mbito das elites e como rea o s tens es sociais que se acumulavam na ordem p sescravista [...]. Uma altern ncia entre indiferen a, pragmatismo e viol ncia, quando n o o deboche e a carnavaliza o, pautaria a rela o das classes subalternas com o mundo formal da pol tica. N o se trataria nem de ruptura, nem de legitima o da ordem, mas talvez da articula o de ambas num outro registro [...]. (BAIERLE, S rgio G. A Explos o da Experi ncia. In: ALVAREZ, S. et al. (Orgs.) Cultura e Pol tica nos Movimentos Sociais Latino-Americanos. Belo Horizonte: UFMG, 2000. p. 189.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o advento da Rep blica, correto afirmar que ela significou: a) b) c) d) e) A continuidade dos princ pios pol ticos da ordem institucional anterior. O rompimento com a cultura patrimonial t pica do escravismo. A priva o das elites do livre exerc cio do poder pol tico. A institui o de uma ordem democr tica perpassada pela fragiliza o do exerc cio da pol tica. O rompimento com um passado de mando e de subservi ncia. 30- As reformas de base, a grande bandeira unificada dos anos cinq enta e sessenta, que se amplifica extraordinariamente na d cada do Golpe [de 1964], significavam o questionamento da reparti o da riqueza, unificando tamb m categorias diversas de trabalhadores urbanos, classes m dias antigas e novas, profissionais de novas ocupa es, agora autonomizados e, em geral, tendo invertido sua velha rela o com o populismo. O grande debate sobre a educa o colocou num novo patamar a quest o da escola p blica, da produ o cient fica e tecnol gica, o papel dos cientistas que, nessa nova rela o, tornavam-se intelectuais org nicos da pol tica, sem que estivessem necessariamente ligados a partidos. Mas talvez a amplifica o mais not vel da pol tica tenha ocorrido mesmo no lado do campesinato e dos trabalhadores rurais. As Ligas Camponesas, menos pelo seu real poder de fogo, medido do ponto de vista de travar uma luta armada com os latifundi rios quando ela ingressou por essa via seu verdadeiro potencial revolucion rio se exauriu , deram a fala, o discurso, capaz de reivindicar a reforma agr ria e de dessubordinar o campesinato, ap s longos s culos, da posi o de mero ap ndice da velha classe dominante latifundi ria. (OLIVEIRA, F. Privatiza o do p blico, destitui o da fala e anula o da pol tica: o totalitarismo neoliberal. In: Oliveira, F.; Paoli, M. C. (Orgs.). Os sentidos da Democracia, pol ticas do dissenso e hegemonia global. Petr polis: Vozes, 1999. p. 63.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre movimentos sociais no Brasil, correto afirmar: a) b) c) d) e) Os movimentos que lutaram pelas reformas de base foram significativos, porque mostraram, al m da import ncia e da legitimidade de suas demandas, a sua capacidade de politizar problemas fundamentais da sociedade brasileira. As Ligas Camponesas, ao potencializarem sua a o revolucion ria por meio da luta armada, lograram a supera o da domina o do latif ndio. As rela es populistas foram fundamentais como for as impulsionadoras dos movimentos pelas reformas de base. As reformas de base resultaram da unifica o dos trabalhadores urbanos e rurais e das suas demandas, promovida pelos intelectuais org nicos brasileiros. No debate sobre as reformas educacionais, nos anos que antecederam a 1964, prevaleceu a pauta ditada pelos interesses do mercado. 31- Pesquisadores das universidades brit nicas de Glasgow e Bristol acompanharam os h bitos de 9.000 crian as nos ltimos catorze anos. Conclu ram que o ambiente no qual elas foram educadas teve tanta influ ncia nos casos de obesidade infantil quanto a heran a gen tica. O estudo identificou oito fatores que podem levar obesidade a partir dos 7 anos, dos quais destacam-se, aqui, dois: crian as com mais de 3 anos que permanecem diante da TV mais de oito horas por semana t m tend ncia ao sedentarismo e superalimenta o; filhos de pais obesos podem, al m de herdar caracter sticas gen ticas de obesidade, imitar seu comportamento. (Veja, ano 38, n. 23, p. 37, 8 jun. 2005.) 11 Com base no texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) O fato de filhos de pais obesos serem obesos indica que a causa da obesidade infantil necessariamente gen tica. Escolariza o e incid ncia de obesidade infantil s o diretamente proporcionais, revelando o equ voco dos conceitos sobre alimenta o e sa de. Fatores biol gicos e a constru o de h bitos alimentares no processo de socializa o da crian a s o determinantes na obesidade infantil. A interdi o das crian as televis o uma medida que elimina o risco da obesidade infantil. O sedentarismo, a superalimenta o e o ambiente no qual as crian as s o educadas s o fatores de obesidade infantil circunscritos aos povos de origem anglo-sax . 32- Nas tr s ltimas d cadas, os trabalhos publicados por Ralph Dahrendorf, Daniel Bell, Alain Touraine e Andr Gorz permitiram ampliar a compreens o do processo de passagem da sociedade industrial para a p s-industrial. Desde ent o, muitos dos conceitos que haviam norteado o campo da an lise social desde o s culo XIX perderam relev ncia. Com base nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Na sociedade p s-industrial, al m da concentra o do capital, ocorre a perda da identidade coletiva dos trabalhadores, que se tornam cada vez mais individualistas. II. O retorno aos conceitos elaborados luz da an lise social do s culo XIX imp e-se, dada a imobilidade socioecon mica desde o advento da sociedade industrial. III. Com o advento da sociedade p s-industrial, o campo da investiga o sociol gica amplia-se para al m dos estudos dos movimentos de classe. IV. O uso de sistemas t cnicos oriundos das descobertas cient ficas o que distingue a sociedade p s-industrial da sociedade industrial. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e III. III e IV. I, II e IV. II, III e IV. 33- A categoria que comanda as rela es entre o homem e a natureza , para a modernidade ocidental, a da produ o, concebida como ato de subordina o da mat ria ao des gnio humano. A reprodu o das sociedades ind genas , ao contr rio, concebida e vivida sob o signo de uma troca de propriedades simb licas entre os humanos e os demais habitantes do cosmos (troca que pode ser violenta e mortal, sem deixar de ser social), n o de uma produ o de bens sociais a partir de uma mat ria informe. (Adaptado de: CASTRO, Eduardo V. Sociedades ind genas e natureza na Amaz nia. In: SILVA, A. L; GRUPIONI, L. D. B. (Orgs.) A tem tica Ind gena na Escola. Bras lia: MEC, 1995. p. 117-118.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) b) c) d) e) A produ o de bens sociais a partir de uma mat ria uniforme o que caracteriza as sociedades ind genas. Os povos ind genas objetificam a natureza por meio de rela es estritamente violentas e mortais. A reprodu o das sociedades ind genas fundase na irrestrita subordina o da mat ria aos des gnios humanos. As rela es entre os ind genas e a natureza est o fundadas em uma hist ria de adapta o passiva ao cosmos. A troca de propriedades simb licas caracteriza as sociedades ind genas em sua rela o com a natureza. 34- Analise a imagem a seguir. Charles Le Brun (Paris 1619-1690). Am rica . O quadro pretende mostrar os habitantes do continente americano e seus costumes, contudo os amer ndios aparecem com fei es apol neas e cabelos anelados. Nesta representa o, como em muitas outras, os personagens mais se assemelham aos europeus do que propriamente aos povos da Am rica. O quadro, assim, acaba nos dizendo mais sobre o olhar do pr prio europeu do que sobre aqueles que procurava retratar. A identidade dos grupos humanos uma caracter stica fundamental para a cria o de um n s coletivo que, ao mesmo tempo, identifica e diferencia os grupos entre si. Sobre a identidade, considere as afirmativas a seguir. I. A identidade possui natureza est tica, da perpassar as gera es e os subgrupos que se originam a partir de um tronco comum. II. Como em um jogo de espelhos, a identidade constru da a partir das representa es que os grupos fazem dos outros, o que permite que enxerguem a si mesmos. III. A heran a gen tica dos diferentes grupos humanos impede transforma es de identidade, posto que delimita a abrang ncia das respectivas culturas. IV. A identidade sup e um processo de resignifica o das diferen as entre os grupos sociais em fun o de um determinado contexto. 12 Est o corretas apenas as afirmativas: d) a) b) c) d) e) e) I e II. I e III. II e IV. I, III e IV. II, III e IV. 35- Contardo Calligaris publicou um artigo em que aborda a pr tica social brasileira de denominar como doutores os indiv duos pertencentes a algumas profiss es, dentre eles m dicos, engenheiros e advogados, mesmo na aus ncia da titula o acad mica. Segundo o autor, estes mesmos profissionais n o se apresentam como doutores no encontro com seus pares, mas apenas diante de indiv duos de segmentos sociais considerados subalternos, o que indica uma tentativa de intimida o social, servindo para estabelecer uma dist ncia social, lembrando a sociedade de castas. A quest o levantada por Contardo Calligaris aborda aspectos relacionados estratifica o social, estudada, entre outros, pelo soci logo alem o Max Weber. De acordo com as id ias weberianas sobre o tema, correto afirmar: a) As sociedades ocidentais modernas produzem uma estratifica o social multidimensional, articulando crit rios de renda, status e poder. b) M dicos, engenheiros e advogados s o designados de doutores porque suas profiss es beneficiam mais a sociedade que as demais. c) A titula o acad mica objetiva a intimida o social e a demarca o de hierarquias que culminem em uma sociedade de castas. d) A intimida o social perante os subalternos expressa a materializa o das castas nas sociedades modernas ocidentais. e) Nas sociedades modernas ocidentais, a diversidade das origens, das fun es sociais e das condi es econ micas s o crit rios anacr nicos de estratifica o. 36- Na raiz de nossos julgamentos existe um certo n mero de no es essenciais que dominam toda a vida intelectual; s o aquelas que os fil sofos chamam de categorias do entendimento: no es de tempo, de espa o, de g nero, de n mero, de causa, de subst ncia, de personalidade etc. [...] Mas, se, como pensamos, as categorias s o representa es essencialmente coletivas, traduzem antes de tudo estados da coletividade: elas dependem da maneira pela qual esta constitu da e organizada, de sua morfologia, de suas institui es religiosas, morais, econ micas etc. (DURKHEIM, mile. Sociologia. S o Paulo: tica, 1981. p. 154-157.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que a no o de categorias do entendimento compreende: a) b) c) Os estados emocionais fugazes dos indiv duos de distintas sociedades. Aquelas representa es cuja forma o exterior s institui es religiosas, morais e econ micas. O modo como a sociedade v a si mesma nos modos de agir e pensar coletivos. A tradu o de estados mentais dos indiv duos portadores de distintas vis es de mundo. As no es incomuns vida intelectual de uma sociedade que deturpa os julgamentos dos sujeitos. 37- No in cio a ci ncia quis a morte do mito, como a raz o quis a supress o do irracional, visto como obst culo a uma verdadeira compreens o do mundo, dando in cio assim a uma guerra intermin vel contra o pensamento m tico. Val ry glorificou esta luta destruidora contra as coisas vagas : Aquilo que deixa de ser, por ser pouco preciso, um mito; basta o rigor do olhar e os golpes m ltiplos e convergentes das quest es e interroga es categ ricas, armas do esp rito ativo, para se ver os mitos morrerem . O mito por sua vez trabalha duro para se manter e, por meio de suas metamorfoses, est presente em todos os espa os. Do mesmo modo, a ci ncia atual busca menos sua erradica o que seu confinamento. Quando a ci ncia tra a seus pr prios limites, ela reserva ao mito e ao sonho o lugar que lhe pr prio. (BALANDIER, Georges. A desordem: elogio do movimento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p.17.) Com base no texto, correto afirmar: a) b) c) d) e) Pelo fato de ser destitu do de significado social, o mito est ausente dos espa os sociais contempor neos. A delimita o da rea de atua o do saber cient fico implica na constitui o de um lugar pr prio para o mito. A morte e o exterm nio do mito no ocidente decorrem da supervaloriza o e conseq ente predom nio da raz o. Na modernidade, o pensamento m tico crucial para a compreens o cient fica do mundo. O pensamento m tico se disseminou porque se pauta em conceitos e categorias. 38- Ao receber um convite para uma festa de anivers rio, comum que o convidado leve um presente. Reciprocamente, na festa de seu anivers rio, este indiv duo espera receber presentes de seus convidados. Do mesmo modo, se o vizinho nos convida para o casamento de seu filho, temos certa obriga o em convid -lo para o casamento do nosso filho. Nos anivers rios, nos casamentos, nas festas de amigo-secreto e em muitas outras ocasi es, trocamos presentes. Segundo o soci logo franc s Marcel Mauss, a pr tica de presentear algo fundamental a todas as sociedades: segundo ele, a rela o da troca, esta obrigatoriedade de dar, de receber e de retribuir mais importante que o bem trocado. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. O ato de presentear instaura e refor a as alian as e os v nculos sociais. II. A troca de presentes cria e alimenta um circuito de comunica o nas sociedades. III. O lucro obtido a partir dos bens trocados o que fundamenta as rela es de troca de presentes. IV. O presentear como pr tica social originou-se quando da consolida o do modo capitalista de produ o. 13 Est o corretas apenas as afirmativas: Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) I e II. I e III. III e IV. I, II e IV. II, III e IV. I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 39- Em novembro ltimo, 100 policiais foram mobilizados para retirar 50 ind genas av guarani que haviam ocupado o Parque Nacional do Igua u, no Paran . A desocupa o foi tensa, mas os ind genas acabaram deixando o local pacificamente, ap s rezarem e dan arem, em um ritual comandado pelo Paj . Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A despeito de terem o direito legal de habitar no Parque, os ind genas o desocuparam pelo fato de os brancos terem profanado seu lugar de culto religioso. b) A presen a dos povos ind genas inconcili vel com medidas de conserva o ambiental, da a necess ria interdi o plena das florestas e remanescentes em que vivem. c) A retirada dos ind genas marcou o encerramento das atividades de explora o comercial no Parque Nacional do Igua u. d) A jurisprud ncia acerca da incompatibilidade entre os rituais religiosos dos av -guarani e os preceitos religiosos hegem nicos no Brasil motivou a desocupa o do Parque. e) Apesar de serem os tradicionais ocupantes da regi o, os ind genas foram retirados do Parque, por meio do uso de expedientes legais elaborados pelos e para os brancos. 40- Na Inglaterra do s culo XVII, puritanismo era o nome dado ao policiamento exercido por uma seita religiosa sobre o comportamento alheio, especialmente em rela o sexualidade. O neopuritanismo, por sua vez, n o tem rela o com religi o [...] sua censura se pauta por uma vis o estereotipada e generalizante de bom senso. O neopuritanismo consiste em uma press o social contempor nea para que o indiv duo seja correto, competente e bem sucedido em todas as esferas da vida. (Adaptado de: QUINTANILHA, Leandro. Tudo o que se faz ilegal, imoral ou engorda. In: Folha de Londrina, Londrina, 27 nov. 2005. Especial, p. 16.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. O neopuritanismo propaga um padr o comportamental que auxilia a reprodu o da l gica mercantil capitalista, portanto a reprodu o das rela es sociais de produ o. II. A ruptura do neopuritanismo com a religi o conduziu seus seguidores a combater a censura na sociedade atual. III. O neopuritanismo, em fun o de suas origens, tem alimentado os fundamentalismos das seitas religiosas orientais e ocidentais. IV. Uma das diretrizes gerais do neopuritanismo a constitui o de formas de controle social fundadas na instaura o de consensos a partir dos valores sociais hegem nicos. 14 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA VESTIBULAR UEL 2006 Gabarito das Quest es Objetivas da Prova do dia 19/12/2005 HIST RIA 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 A D E A E D C B E B D C B D B E B C D D SOCIOLOGIA 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 B B D C E E D E D A C B E C A C B A E B

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE DIA - 19/12/2005
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