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UEL Vestibular de 2011 - PROVAS DA 2º FASE : Biologia e Filosofia

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O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 horas do dia 6 de dezembro de 2010. BIOLOGIA 1 Na tabela, a seguir, est o assinaladas a presen a (+) ou a aus ncia (-) de alguns componentes encontrados em quatro diferentes tipos celulares (A, B, C e D). Componentes envolt rio nuclear ribossomos mitoc ndrias cloro la ret culo endoplasm tico Tipos Celulares ABCD + + +++ + + + ++ + + - Os tipos celulares: A, B, C e D pertencem, respectivamente, a organismos a) procarioto heter trofo, eucarioto heter trofo, procarioto aut trofo e eucarioto aut trofo. b) procarioto aut trofo, eucarioto aut trofo, eucarioto heter trofo e procarioto heter trofo. c) eucarioto heter trofo, procarioto heter trofo, procarioto aut trofo e eucarioto aut trofo. d) eucarioto aut trofo, procarioto aut trofo, eucarioto heter trofo e procarioto heter trofo. e) eucarioto heter trofo, procarioto aut trofo, eucarioto aut trofo e procarioto heter trofo. 2 O processo de mitose essencial para o desenvolvimento e o crescimento de todos os organismos eucariotos. (KLUG, Willian et al. Conceitos de Gen tica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 24.) Com base na gura e nos conhecimentos sobre o ciclo celular, correto a rmar: a) O per odo durante o qual ocorre a s ntese do DNA maior que o per odo em que n o ocorre s ntese alguma de DNA. b) Ao nal de um ciclo celular, a quantidade de material gen tico, nos n cleos de cada c lula- lha, equivale ao dobro da c lula parental. c) O tempo gasto para o pareamento cromoss mico na placa equatorial equivale ao tempo gasto para s ntese de DNA. d) Em mais da metade do tempo da mitose, as crom tides est o duplicadas, separadas longitudinalmente, exceto no centr mero. e) Durante a fase mais longa da mitose, as crom tides-irm s se separam uma da outra e migram para as extremidades opostas da c lula. 1 / 17 3 Em 1953, James Watson e Francis Crick elucidaram a estrutura tridimensional da dupla h lice de DNA e postularam que o pareamento espec co de bases nitrogenadas sugere um poss vel mecanismo de c pia para o material gen tico. Baseado neste postulado, o processo de duplica o do DNA considerado como sendo semiconservativo porque: a) A dupla-h lice original permanece intacta e uma nova dupla-h lice formada. b) Os dois lamentos da dupla-h lice original se separam e cada um serve como molde para uma nova ta. c) Ambos os lamentos da dupla-h lice original se fragmentam e servem como moldes para s ntese de novos fragmentos. d) Um dos lamentos da dupla-h lice original serve de c pia para as duas tas de DNA. e) Os lamentos da dupla-h lice original permutam as suas tas para servirem de c pias de DNA. 4 Em uma popula o, foi identi cado um indiv duo que possui resist ncia gen tica a um v rus que provoca uma importante doen a. Em um estudo comparativo, veri cou-se que esse indiv duo produz uma prote na que confere tal resist ncia, com a seguinte sequ ncia de amino cidos: serina-tirosina-ciste na-valina-arginina. A partir da tabela de c digo gen tico, a seguir: AGU - serina UAC - tirosina UGC - ciste na GUA - valina AGG - arginina AGC - serina UAU - tirosina UGU - ciste na GUU - valina CGA - arginina e considerando que o RNA mensageiro deste gene cont m: 46,7% de uracila; 33,3% de guanina; 20% de adenina e 0% de citosina, assinale a alternativa que apresenta a sequ ncia correta de bases da ta-molde deste gene. a) TCA - ATA - ACA - CAA - TCC b) TCA - ATA - ACG - CAT - TCC c) TCA - ATG - ACA - CAT - TGG d) AGU - UAU - UGU - GUU - AGG e) AGC - UAC - UGC -CAA- CGA 5 Um menino tem o lobo da orelha preso e pertence a uma fam lia na qual o pai, a m e e a irm possuem o lobo da orelha solto. Esta diferen a n o o incomodava at come ar a estudar gen tica e aprender que o lobo da orelha solto um car ter controlado por um gene com domin ncia completa. Aprendeu tamb m que os grupos sangu neos, do sistema ABO, s o determinados pelos alelos I A , I B e i. Querendo saber se era ou n o lho biol gico deste casal, buscou informa es acerca dos tipos sangu neos de cada um da fam lia. Ele veri cou que a m e e a irm pertencem ao grupo sangu neo O e o pai, ao grupo AB. Com base no enunciado correto a rmar que a) a irm quem pode ser uma lha biol gica, se o casal for heterozigoto para o car ter grupo sangu neo. b) ambos os irm os podem ser os lhos biol gicos, se o casal for heterozigoto para os dois caracteres. c) o menino quem pode ser um lho biol gico, se o casal for heterozigoto para o car ter lobo da orelha solta. d) a m e desta fam lia pode ser a m e biol gica de ambos os lhos, se for homozigota para o car ter lobo da orelha solta. e) o pai desta fam lia pode ser o pai biol gico de ambos os lhos, se for homozigoto para o car ter grupo sangu neo. 2 / 17 6 A gura a seguir uma fotomicrogra a ao microsc pio ptico de est mato de Tradescantia, em vista frontal: Os est matos s o respons veis pela regula o das trocas gasosas e pela transpira o nos vegetais. A concentra o de CO2 e a temperatura atmosf rica s o fatores ambientais que in uenciam no controle do mecanismo de abertura e fechamento dos est matos. (Adaptado de: AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia dos Organismos. S o Paulo: Moderna. 2004. v. 2, p. 232.) Com base na gura, no texto e nos conhecimentos sobre o processo de abertura e fechamento de est matos, assinale a alternativa que explica corretamente as raz es siol gicas pelas quais a luz in uencia neste processo. a) Na aus ncia de luz, as c lulas-guarda recebem ons N a+ , perdem gua para o ambiente por osmose, tornam-se murchas e, como consequ ncia, o ost olo se fecha. b) Na presen a de luz, as c lulas-guarda eliminam ons K + , perdem gua para o ambiente por osmose, tornam-se cidas e, como consequ ncia, o ost olo se fecha. c) Na aus ncia de luz, as c lulas-guarda eliminam ons N a+ , absorvem gua por osmose, tornam-se t rgidas e, como consequ ncia, o ost olo se abre. d) Na presen a de luz, as c lulas-guarda recebem ons K + , absorvem gua por osmose, tornam-se t rgidas e, como consequ ncia, o ost olo se abre. e) Na presen a de luz, as c lulas-guarda recebem ons N a+ , perdem gua para o ambiente por osmose, tornam-se cidas e, como consequ ncia, o ost olo se abre. 7 Pesquisas recentes consideram que as asas dos insetos evolu ram a partir de ap ndices branquiais, estruturas utilizadas como remos por esp cies ancestrais aqu ticas. Com base no enunciado e de acordo com a perspectiva neodarwinista, considere as a rmativas a seguir. I. Os animais com ap ndices branquiais mais desenvolvidos originaram uma descend ncia mais numerosa. II. As diferen as gen ticas acumuladas conduziram ao isolamento reprodutivo da popula o com ap ndices branquiais mais desenvolvidos. III. Em alguns indiv duos da popula o, ocorreram altera es nos genes respons veis pelo desenvolvimento dos ap ndices branquiais. IV. Ao longo das gera es, foi aumentando a frequ ncia dos alelos respons veis pelo maior desenvolvimento dos ap ndices branquiais. V. A diversidade da popula o aumentou em rela o ao desenvolvimento dos ap ndices branquiais. Assinale a alternativa que cont m a ordem correta da sequ ncia cronol gica dos acontecimentos que explicam a origem das asas dos insetos atuais. a) II, I, V, III e IV. b) III, IV, V, II e I. c) III, V, I, IV e II. d) V, III, IV, II e I. e) V, IV, II, I e III. 3 / 17 8 A fauna de vertebrados do fundo de cavernas representada por peixes, salamandras e morcegos, s o animais geralmente despigmentados e, no caso dos peixes, cegos. Sobre a condi o de cegueira dos peixes da caverna, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) para as a rmativas a seguir, que explicam a raz o pela qual encontramos maior incid ncia de peixes cegos dentro das cavernas do que fora delas, quando comparada com a popula o de peixes n o cegos. ( ( ( ( ) ) ) ) Dentro das cavernas, os peixes n o cegos s o presas f ceis dos peixes cegos. Fora das cavernas, os peixes cegos s o presas f ceis de predadores. Fora das cavernas, os peixes n o cegos levam vantagem sobre os peixes cegos. Dentro das cavernas, os peixes cegos levam vantagem sobre os peixes n o cegos. Assinale a alternativa que apresenta, de cima para baixo, a sequ ncia correta. a) F, V, V e V. b) F, V, V e F. c) V, F, V e F. d) V, F, F e V. e) V, V, F e F. 9 Considere o experimento sobre o efeito inibidor de horm nio vegetal no desenvolvimento das gemas laterais, apresentado na gura a seguir. Com base na gura e nos conhecimentos sobre siologia vegetal, considere as a rmativas a seguir. I. A aus ncia de horm nio produzido pelo meristema apical do caule exerce inibi o sobre as gemas laterais, mantendo-as em estado de dorm ncia. II. As gemas laterais da planta-controle est o inibidas devido ao efeito do horm nio produzido pela gema apical. III. O horm nio aplicado na planta decapitada inibe as gemas laterais e, consequentemente, a forma o de ramos laterais. IV. A t cnica de poda das gemas apicais tem como objetivo estimular a forma o de novos ramos laterais. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 4 / 17 10 Uma das medidas mais e cientes de combate dengue a elimina o de guas paradas, onde podem proliferar as larvas dos mosquitos Aedes aegypti. Com base no enunciado, pode-se concluir que o Aedes agypti uma esp cie de inseto que tem seu desenvolvimento biol gico do tipo: a) holomet bolo, com um est gio intermedi rio denominado de pupa. b) hemimet bolo, com um est gio intermedi rio denominado de ninfa. c) amet bolo, com um est gio intermedi rio denominado de lagarta. d) holomet bolo, com um est gio intermedi rio assexuado que se desenvolve no organismo humano. e) hemimet bolo, com um est gio intermedi rio sexuado que se desenvolve no organismo humano. 11 comum, quando pessoas entram em lagoas do Pantanal, anel deos sanguessugas se xarem na pele para se alimentarem. Para isso, utilizam uma ventosa oral que possui pequenos dentes a ados que raspam a pele, provocando hemorragia. Com rela o s sanguessugas, considere as a rmativas a seguir. I. Cont m um par de nefr dio individualizado para cada segmento corporal. II. S o celomados com in meros segmentos iguais separados internamente por septos transversais membranosos. III. Da mesma forma que as minhocas, as sanguessugas apresentam cerdas para a locomo o. IV. Assim como nas minhocas, os rg os s o irrigados por uma rede cont nua de capilares que se estende sob a epiderme. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 12 Com as altera es ambientais provocadas pela esp cie humana, tem-se veri cado uma redu o nas popula es de diversos anf bios anuros no mundo todo. Esse fato, aliado ao pouco conhecimento que se tem da hist ria natural de muitas esp cies, torna o problema ainda mais grave. Levando em conta as caracter sticas biol gicas e ecol gicas dos anuros, considere as a rmativas a seguir. I. Enquanto est o na forma larval, eles s o afetados por guas polu das porque respiram por meio de pulm es. II. O epit lio pouco queratinizado torna os adultos mais suscet veis desidrata o quando a cobertura vegetal reduzida. III. A polui o do ar prejudica os anuros porque eles possuem respira o cut nea mais desenvolvida que a pulmonar. IV. Por serem sens veis polui o, os anuros s o considerados indicadores biol gicos da qualidade ambiental. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 5 / 17 13 O grupo dos platelmintos caracterizado pelo aparecimento, pela primeira vez na escala zool gica, da simetria bilateral. Com base nesse fato, assinale a alternativa que apresenta as caracter sticas que, durante a evolu o destes animais, surgiram associadas ao aparecimento da simetria bilateral. a) Aparecimento do nus e de c lulas- ama. b) Aparecimento da boca e maior dimens o do corpo. c) Aparecimento da cefaliza o e movimenta o direcional do corpo. d) Aparecimento da mesoderme e da cavidade gastrovascular. e) Aparecimento de digest o intracelular e melhor captura de presas. 14 As doen as parasit rias representam um grande problema de sa de p blica. No quadro a seguir, est o relacionadas tr s doen as parasit rias e suas caracter sticas. Doen a parasit ria A doen a de Chagas D Agente causador nematoide C platelminto Transmissor B percevejo caramujo Considere as a rmativas a seguir. I. As letras A, B, C e D correspondem, respectivamente, a lariose, mosquito, protozo rio, esquistossomose. II. Para prevenir a doen a A, necess rio evitar o ac mulo de guas paradas e, para prevenir a doen a D, devem-se evitar banhos em lagos e lagoas. III. As letras A, B, C e D correspondem, respectivamente, a amarel o, mosquito, verme, ancilostom ase. IV. Para prevenir a doen a de Chagas e combater o transmissor B, s o necess rias medidas de saneamento b sico. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 15 A gura ao lado representa a estrutura renal de um n fron de mam fero. Os n meros indicam os processos b sicos que ocorrem para a forma o da urina. Assinale a alternativa que cont m a ordem sequencial dos n meros correspondentes aos processos indicados. a) 1 - reabsor o passiva de gua; 2 - secre o ativa de ons H + e K + ; 3 - reabsor o ativa de sais e glicose; 4 - ltra o. b) 1 - ltra o; 2 - reabsor o ativa de sais e glicose; 3 - reabsor o passiva de gua; 4 - secre o ativa de ons H + e K + . c) 1 - ltra o; 2 - reabsor o passiva de gua; 3 - secre o ativa de ons H + e K + ; 4 - reabsor o ativa de sais e glicose. d) 1 - reabsor o passiva de gua; 2 - reabsor o ativa de sais e glicose; 3 - ltra o; 4 - secre o ativa de ons H + e K + . e) 1 - reabsor o ativa de sais e glicose; 2 - ltra o; 3 - reabsor o ativa de gua; 4 - secre o ativa de ons H + e K + . (Adaptado de: SILVA J NIOR, C. da; SASSON, S. Biologia. S o Paulo: Saraiva, 2007, p.350.) 6 / 17 16 Nos supermercados, encontramos diversos alimentos, enriquecidos com vitaminas e sais minerais. Esses alimentos t m como objetivo a suplementa o de nutrientes necess rios ao metabolismo e ao desenvolvimento do indiv duo. Com base nessas informa es e nos conhecimentos sobre nutri o e sa de, considere as a rmativas a seguir. I. A vitamina A est envolvida na produ o de horm nios e associada exposi o solar. II. A falta de vitamina C pode levar aos sintomas de fraqueza e sangramento das gengivas, avitaminose denominada escorbuto. III. O c lcio tem import ncia para a contra o muscular e a coagula o do sangue. IV. O ferro faz parte da mol cula de hemoglobina, prevenindo a ocorr ncia de anemia. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 17 Uma infec o por HIV pode estar presente por v rios anos antes da manifesta o dos primeiros sintomas, sem que o portador suspeite disso. Esse longo per odo de lat ncia frequentemente ocasiona a transmiss o viral. Curso de uma infec o por HIV. (Adaptado: SADAVA, D. et al. Vida: A ci ncia da Biologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. v. 1. p. 422.) Com base na gura e nos conhecimentos sobre AIDS (s ndrome da imunode ci ncia adquirida), considere as a rmativas a seguir. I. No primeiro ano da infec o por HIV, o sistema imune produz anticorpos contra diversos componentes celulares, incluindo DNA e prote nas nucleares. II. Ap s o segundo ano, a concentra o de c lulas T diminui gradativamente, a concentra o de HIV aumenta e a pessoa infectada pode apresentar sintomas como in ama o dos linfonodos e febre. III. A partir do terceiro ano, as c lulas T diminuem e a concentra o de HIV aumenta, indicando que o indiv duo se torna mais suscet vel a outras infec es que as c lulas T normalmente eliminariam. IV. Ap s o nono ano, a concentra o de HIV se estabiliza e um n vel adequado de c lulas T possibilita o desenvolvimento de respostas imunes. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e III s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 7 / 17 18 Pesquisas recentes mostraram que c lulas-tronco retiradas da medula ssea de indiv duos com problemas card acos foram capazes de reconstituir o m sculo do cora o, o que abre perspectivas de tratamento para pessoas com problemas card acos. C lulas-tronco tamb m podem ser utilizadas no tratamento de doen as gen ticas, como as doen as neuromusculares degenerativas. A expectativa em torno da utiliza o das c lulas-tronco decorre do fato de que essas c lulas a) incorporam o genoma do tecido lesionado, desligando os genes delet rios. b) eliminam os genes causadores da doen a no tecido lesionado, reproduzindo-se com facilidade. c) alteram a constitui o gen tica do tecido lesionado, pelo alto grau de especializa o. d) sofrem diferencia o, tornando-se parte integrante e funcional do tecido lesionado. e) fundem-se com o tecido lesionado, eliminando as possibilidades de rejei o imunol gica. 19 O vazamento de petr leo causado pela explos o da plataforma oce nica no Golfo do M xico, em abril de 2010, provocou um desastre ambiental de grandes propor es. Com rela o s poss veis consequ ncias das manchas de petr leo na superf cie do oceano, considere as a rmativas a seguir. I. Interferem na passagem de luz, prejudicando a fotoss ntese das algas. II. Provocam a prolifera o de dino agelados, causando o fen meno da mar vermelha . III. Modi cam o pH da gua do oceano, liberando gases que ocasionam o aumento do buraco na camada de oz nio. IV. Afetam a difus o do oxig nio da atmosfera para a gua do oceano. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 20 A Produtividade Prim ria Bruta (PPB) o total de mat ria org nica produzida pelos organismos fotossint ticos de um ecossistema, como, por exemplo, um grande lago. Parte dessa mat ria org nica produzida gasta na respira o celular (R), e apenas a quantidade de energia que sobra ca armazenada na biomassa, constituindo a Produtividade Prim ria L quida (PPL). Assim, temos que: PPL = PPB - R. Inicialmente, mediu-se a quantidade de O2 dissolvido existente em uma garrafa transparente e outra escura, ambas contendo gua de um lago, fechadas e mantidas em ambiente iluminado. Ap s um per odo, mediu-se novamente o volume de O2 dissolvido na gua das duas garrafas. Considerando que a quantidade de biomassa (g/cm3 ) de topl ncton a mesma em ambas as amostras, assinale a alternativa que explica por que necess rio realizar este teste com os dois tipos de garrafas para calcular a PPB do lago. a) A diminui o da quantidade de O2 dissolvido na garrafa escura indica quanto O2 consumido na respira o na garrafa clara, portanto a PPB o valor de O2 obtido na garrafa escura somado ao valor encontrado na garrafa clara. b) O aumento da quantidade de O2 dissolvido na garrafa clara indica quanto O2 liberado da fotoss ntese e consumido na respira o na garrafa escura, portanto a PPB o valor de O2 obtido na garrafa clara subtra do do valor encontrado na garrafa escura. c) A diminui o da quantidade de O2 dissolvido na garrafa escura indica quanto O2 liberado da fotoss ntese na garrafa clara, portanto a PPB o valor de O2 obtido na garrafa escura subtra do do valor encontrado na garrafa clara. d) O aumento da quantidade de O2 dissolvido na garrafa escura indica quanto O2 consumido na fotoss ntese na garrafa clara, portanto a PPB o valor do O2 obtido na garrafa clara somado ao valor encontrado na garrafa escura. e) A diminui o da quantidade de O2 dissolvido na garrafa clara indica quanto O2 consumido na respira o na garrafa escura, portanto a PPB o valor de O2 obtido na garrafa escura subtra do ao valor encontrado na garrafa clara. 8 / 17 FILOSOFIA 21 Leia o texto a seguir. O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ci ncia aristot lica. Um dos pensadores modernos desconfort veis com a l gica dedutiva de Arist teles considerando que esta n o permitia explicar o progresso do conhecimento cient co foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o m todo indutivo como alternativa ao m todo l gico-dedutivo aristot lico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Bacon, correto a rmar que o m todo indutivo consiste a) na deriva o de consequ ncias l gicas com base no corpo de conhecimento de um dado per odo hist rico. b) no estabelecimento de leis universais e necess rias com base nas formas v lidas do silogismo tal como preservado pelos medievais. c) na postula o de leis universais com base em casos observados na experi ncia, os quais apresentam regularidade. d) na infer ncia de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades cient cas aceitas universalmente. e) na observa o de casos particulares revelados pela experi ncia, os quais impedem a necessidade e a universalidade no estabelecimento das leis naturais. 22 O principal problema de Descartes pode ser formulado do seguinte modo: Como poderemos garantir que o nosso conhecimento absolutamente seguro? Como o c tico, ele parte da d vida; mas, ao contr rio do c tico, n o permanece nela. Na Medita o Terceira, Descartes a rma: [...] engane-me quem puder, ainda assim jamais poder fazer que eu nada seja enquanto eu pensar que sou algo; ou que algum dia seja verdade eu n o tenha jamais existido, sendo verdade agora que eu existo [...] (DESCARTES. Ren . Medita es Metaf sicas. Medita o Terceira, S o Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 182. Cole o Os Pensadores.) Com base no enunciado e considerando o itiner rio seguido por Descartes para fundamentar o conhecimento, correto a rmar: a) Todas as coisas se equivalem, n o podendo ser discern veis pelos sentidos nem pela raz o, j que ambos s o falhos e limitados, portanto o conhecimento seguro det m-se nas opini es que se apresentam certas e indubit veis. b) O conhecimento seguro que resiste d vida apresenta-se como algo relativo, tanto ao sujeito como s pr prias coisas que s o percebidas de acordo com as circunst ncias em que ocorrem os fen menos observados. c) Pela d vida met dica, reconhece-se a conting ncia do conhecimento, uma vez que somente as coisas percebidas por meio da experi ncia sens vel possuem exist ncia real. d) A d vida manifesta a in nita confus o de opini es que se pode observar no debate perp tuo e universal sobre o conhecimento das coisas, sendo a exist ncia de Deus a nica certeza que se pode alcan ar. e) A condi o necess ria para alcan ar o conhecimento seguro consiste em submet -lo sistematicamente a todas as possibilidades de erro, de modo que ele resista d vida mais obstinada. 23 Leia o texto a seguir. [...] n o exigirei que um sistema cient co seja suscet vel de ser dado como v lido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, por m, que sua forma l gica seja tal que se torne poss vel valid -lo atrav s de recurso a provas emp ricas em sentido negativo [...]. (POPPER, K. A l gica da pesquisa cient ca. Trad. L. Hegenberg e O. S. da Mota. S o Paulo: Cultrix, 1972. p. 42.) Assinale a alternativa que corresponde ao crit rio de avalia o das teorias cient cas empregado por Popper. a) Falseabilidade b) Organicidade c) Con abilidade d) Dialeticidade e) Diferenciabilidade 9 / 17 24 Leia o texto a seguir. Habermas distingue entre racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa. A racionalidade comunicativa ocorre quando os seres humanos recorrem linguagem com o intuito de alcan ar o entendimento n o coagido sobre algo, por exemplo, decidir sobre a maneira correta de agir (a o moral). A racionalidade instrumental, por sua vez, ocorre quando os seres humanos utilizam as coisas do mundo, ou at mesmo outras pessoas, como meio para se alcan ar um m (racioc nio meio e m). Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria da a o comunicativa de Habermas, correto a rmar: a) Contar uma mentira para outra pessoa buscando obter algo que desejamos e que sabemos que n o receber amos se diss ssemos a verdade um exemplo de racionalidade comunicativa. b) Realizar um debate entre os alunos de turma da faculdade buscando decidir democraticamente a melhor maneira de arrecadar fundos para o baile de formatura um exemplo de racionalidade instrumental. c) Um adolescente que diz para seu pai que vai dormir na casa de um amigo, mas, na verdade, vai para uma festa com amigos, um exemplo de racionalidade comunicativa. d) Algu m que decide economizar dinheiro durante v rios anos a m de fazer uma viagem para os Estados Unidos da Am rica um exemplo de racionalidade instrumental. e) Um grupo de amigos que se re ne para decidir democraticamente o que ir o fazer com o dinheiro que ganharam em um bol o da Mega Sena um exemplo de racionalidade instrumental. 25 Leia o texto a seguir. Francis Bacon, em sua obra Nova Atl ntida, imagina uma utopia tecnocr tica na qual o sofrimento humano poderia ser removido pelo desenvolvimento e pelo aperfei oamento do conhecimento cient co, o qual permitiria uma crescente domina o da natureza e um suposto afastamento do mito. Na obra Dial tica do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer defendem que o projeto iluminista de afastamento do mito foi convertido, ele pr prio, em mito, caindo no dogmatismo e em numa forma de mitologia. O progresso t cnico-cient co consiste, para Adorno e Horkeheimer, no avan o crescente da racionalidade instrumental, a qual incapaz de frear iniciativas que afrontam a moral, como foram, por exemplo, os campos de concentra o nazistas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o desenvolvimento t cnico-cient co, correto a rmar: a) Bacon pensava que o incremento da racionalidade instrumental aliviaria as causas do sofrimento humano, apesar de a raz o, a longo prazo, sucumbir novamente ao mito. b) Adorno e Horkheimer concordavam que o progresso cient co n o consegue superar o mito, mas se torna um tipo de concep o m tica incapaz de discriminar o que certo do que errado moralmente. c) Adorno e Horkheimer sustentavam que o crescente avan o da racionalidade instrumental consistia num incremento da capacidade humana de avaliar moralmente. d) Bacon apontava que o aumento da capacidade de dom nio do homem sobre a natureza conduziria os seres humanos a uma forma de dogmatismo. e) Tanto Adorno e Horkheimer quanto Bacon viam o progresso t cnico e cient co como a solu o para os sofrimentos humanos e para as incertezas morais humanas. 26 Leia o texto a seguir. Na tradi o liberal, a nfase posta no car ter impessoal das leis e na prote o das liberdades individuais, de tal modo que o processo democr tico compelido pelos (e est a servi o dos) direitos pessoais que garantem a cada indiv duo a liberdade de buscar sua pr pria realiza o. Na tradi o republicana, a primazia dada ao processo democr tico enquanto tal, entendido como uma delibera o coletiva que conduz os cidad os procura do entendimento sobre o bem comum. (Adaptado de: ARA JO, L. B. L. Moral, direito e pol tica. Sobre a Teoria do Discurso de Habermas. In: OLIVEIRA, M.; AGUIAR, O. A.; SAHD, L. F. N. de A. e S. (Orgs.). Filoso a Pol tica Contempor nea. Petr polis: Vozes, 2003. p. 214-235.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a loso a pol tica na teoria do discurso, correto a rmar que Habermas a) privilegia a ideia de Estado de direito em detrimento de uma democracia participativa. b) concede maior relev ncia autonomia p blica, opondo-se autonomia privada. 10 / 17 c) ignora tanto a autonomia privada quanto a p blica, substituindo-as pela utilidade das normas morais. d) enfatiza a compreens o individualista e instrumental do papel do cidad o na l gica privada do mercado. e) concilia, na mesma base, direitos humanos e soberania popular, reconhecendo-os como distintos, por m complementares. 27 Leia o texto a seguir. [...] manifestamente contra a lei da natureza, seja qual for a maneira por que a de namos, uma crian a mandar num velho, um imbecil conduzir um s bio, ou um punhado de pessoas regurgitar super uidades enquanto multid o faminta falta o necess rio. (ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. L. S. Machado. S o Paulo: Abril Cultural, 1991. p. 282.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a distin o entre homem natural e homem social em Rousseau, correto a rmar: I. A necessidade de autopreserva o do homem primitivo contrabalanceada pelo sentimento de piedade, o que o demove de praticar o mal sem necessidade. II. O homem natural sente medo de tudo o que desconhecido, mantendo-se, desse modo, vido para o ataque. III. O homem social ambicioso e deseja elevar sua fortuna e posses, menos por necessidade e mais para colocar-se acima dos outros numa express o de poder e superioridade. IV. O homem social vive em paz e igualdade, de forma tranquila e harmoniosa com todos os cidad os. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 28 Leia o texto a seguir. Locke divide o poder do governo em tr s poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder legislativo (que o fundamental), o executivo (no qual inclu do o judici rio) e o federativo (que o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alian as com outras comunidades). Enquanto o governo continuar sendo express o da vontade livre dos membros da sociedade, a rebeli o n o permitida: injusta a rebeli o contra um governo legal. Mas a rebeli o aceita por Locke em caso de dissolu o da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua fun o e se transforma em uma tirania. (LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicion rio de Filoso a. S o Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, correto a rmar: I. O direito de rebeli o um direito natural e leg timo de todo cidad o sob a vig ncia da legalidade. II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidad os sem tomar partido em quest es de mat ria religiosa. III. O poder legislativo ocupa papel preponderante. IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 11 / 17 29 Leia o texto a seguir. Que seja portanto ele a considerar-se a si mesmo, que quando empreende uma viagem se arma e procura ir bem acompanhado; que quando vai dormir fecha suas portas; que mesmo quando est em casa tranca seus cofres; e isso mesmo sabendo que existem leis e funcion rios p blicos armados, prontos a vingar qualquer inj ria que lhe possa ser feita. (HOBBES. Leviat . Trad. J. P. Monteiro e M. B. N. da Silva. S o Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 80.) O texto de Hobbes diverge de uma ideia central da loso a pol tica de Arist teles. Assinale a alternativa que identi ca essa ideia aristotelica. a) inerente condi o humana viver segundo as condi es adversas do estado de natureza. b) A sociabilidade se con gura como natural aos seres humanos. c) Os homens, no estado civil, perdem a bondade origin ria do homem natural. d) A insoci vel sociabilidade caracter stica imanente s a es humanas. e) O Estado incapaz de prover a seguran a dos s ditos. 30 Leia o texto a seguir. Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, -o em especial porque o nico poeta que n o ignora o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos poss vel, pois n o atrav s disso que faz a imita o. Os outros interv m, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele, pelo contr rio, depois de fazer um breve pre mbulo, p e imediatamente em cena um homem, uma mulher ou qualquer outra personagem e nenhum sem car ter, mas cada uma dotada de car ter pr prio. (ARIST TELES. Po tica. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a m mesis em Arist teles, assinale a alternativa correta. a) As personagens devem aparecer agindo menos e o poeta falando mais, como faz Homero. b) Ao intervir muito no poema, sem colocar personagens, o poeta imita com qualidade superior. c) Ao dizer o menos poss vel, Homero coloca as personagens em a o e assim ele mais imitador. d) Homero elogiado por iniciar seus poemas com breves pre mbulos e pouco se referir a personagens em a o. e) O poeta deve fazer uma breve introdu o e iniciar a a o narrando sem necessidade de personagens. 31 Leia o texto a seguir. precisamente nos ritmos e nas melodias que nos deparamos com as imita es mais perfeitas da verdadeira natureza da c lera e da mansid o, e tamb m da coragem e da temperan a, e de todos os seus opostos e outras disposi es morais (a pr tica prova-o bem, visto que o nosso estado de esp rito se altera consoante a m sica que escutamos). (Arist teles. Pol tica. Ed: bil ngue. Trad. A. C. Amaral e C. C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. Livro VIII, p. 579.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a m sica e a teoria pol tica de Arist teles, considere as a rmativas a seguir. I. A m sica pode incitar um certo estado de esp rito, por isso deve-se escolher aquela que forme bem o car ter do cidad o. II. A m sica, por ter ritmo e melodia, incita paix es e mesmo qualidades ticas, sendo desnecess rio cuidar de sua escolha. III. A m sica a arte que melhor imita paix es e qualidades ticas, por isso ela importante para a forma o do cidad o. IV. A m sica incita a forma o das virtudes e deve tamb m ser estendida aos estratos inferiores da sociedade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 12 / 17 32 Leia o texto a seguir. A virtude , pois, uma disposi o de car ter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto , a mediania relativa a n s, a qual determinada por um princ pio racional pr prio do homem dotado de sabedoria pr tica. (Arist teles. tica a Nic maco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. S o Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada tica em Arist teles, pode-se dizer que a virtude tica a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta. b) implica na escolha do que conveniente no excesso e do que prazeroso na falta. c) consiste na elei o de um dos extremos como o mais adequado, isto , ou o excesso ou a falta. d) pauta-se na escolha do que mais satisfat rio em raz o de prefer ncias pragm ticas. e) baseia-se no que mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza que nos torna mais perfeitos. 33 Leia os textos a seguir. [...] seria poss vel reconstituir a hist ria da arte a partir do confronto de dois p los, no interior da pr pria obra de arte, e ver o conte do dessa hist ria na varia o do peso conferido seja a um p lo, seja a outro. Os dois p los s o o valor de culto da obra e seu valor de exposi o. [...] medida que as obras de arte se emancipam do seu uso ritual, aumentam as ocasi es para que elas sejam expostas. (p. 172). (BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade t cnica - Primeira vers o. In: Magia e t cnica, arte e pol tica: ensaios sobre literatura e hist ria da cultura. 7. ed. S o Paulo: Brasiliense, 1994.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Walter Benjamin, correto a rmar: a) O resgate da aura art stica da obra de arte promovido pela reprodutibilidade t cnica amplia sua fun o potencialmente democratizadora, permitindo o acesso de um n mero maior de pessoas sua contempla o. b) O decl nio da aura da obra de arte, decorrente de sua crescente elitiza o e das novas t cnicas de reprodu o em s rie, refor a seu valor tradicional de culto e amplia a percep o est tica das coletividades humanas. c) A arte, na sociedade primitiva, tinha por nalidade atender aos rituais religiosos, por isso possu a um car ter aur tico vinculado ao valor de culto, o qual se perde com o avan o da reprodutibilidade t cnica, na poca moderna. d) O cinema manifesta-se como uma obra de arte aur tica, pois suscita em cada um dos espectadores uma forma singular e nica de se relacionar com o objeto art stico no interior do qual mergulha e nele se distrai. e) O que determina o esvaziamento da aura da obra de arte reproduzida tecnicamente a sua reclus o e a perda do valor de exposi o, o que restringe o acesso das massas, que se tornaram alienadas. 34 Leia o texto a seguir. Na Primeira Sec o da Fundamenta o da Metaf sica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categ rico. Esses dois conceitos traduzem as duas condi es b sicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condi o necess ria e su ciente da a o. (DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformula o discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, correto a rmar: a) A vontade boa, enquanto condi o do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da a o a simples conformidade lei. b) O imperativo categ rico incorre na conting ncia de um querer arbitr rio cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da a o. c) Para que possa ser quali cada do ponto de vista moral, uma a o deve ter como condi o necess ria e su ciente uma vontade condicionada por interesses e inclina es sens veis. d) A raz o capaz de guiar a vontade como meio para a satisfa o de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino pr tico: a felicidade. e) A raz o, quando se torna livre das condi es subjetivas que a coagem, , em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela su cientemente determinada. 13 / 17 35 Leia o texto a seguir. Certamente, a brusca mudan a de dire o que encontramos nas re ex es de Maquiavel, em compara o com os humanistas anteriores, explica-se em larga medida pela nova realidade pol tica que se criara em Floren a e na It lia, mas tamb m pressup e uma grande crise de valores morais que come ava a grassar. Ela n o apenas constatava a divis o entre ser e dever ser , mas tamb m elevava essa divis o a princ pio e a colocava como base da nova vis o dos fatos pol ticos. (REALE, G.; ANTISERI, D. Hist ria da Filoso a. S o Paulo: Paulinas, 1990. V. II, p. 127.) Dentre as contribui es de Maquiavel Filoso a Pol tica, correto a rmar: a) Inaugurou a re ex o sobre a constitui o do Estado ideal. b) Estabeleceu crit rios para a consolida o de um governo tir nico e desp tico. c) Consolidou a t bua de virtudes necess rias a um bom homem. d) Fundou os procedimentos de veri ca o da corre o das normas. e) Rompeu o v nculo de depend ncia entre o poder civil e a autoridade religiosa. 36 Leia o texto a seguir. Em T cnica e Ci ncia como ideologia , Habermas apresenta uma reformula o do conceito weberiano de racionaliza o pela qual lan a as bases conceptuais de sua teoria da sociedade. Neste sentido, postula a distin o irredut vel entre trabalho ou agir instrumental e intera o ou agir comunicativo, bem como a pertin ncia da conex o dial tica entre essas categorias, das quais deriva a diferencia o entre o quadro institucional de uma sociedade e os subsistemas do agir racional com respeito a ns. Segundo Habermas, uma an lise mais pormenorizada da primeira parte da Ideologia Alem revela que Marx n o explicita efetivamente a conex o entre intera o e trabalho, mas sob o t tulo nada espec co da pr xis social reduz um ao outro, a saber, a a o comunicativa instrumental . (Adaptado: HABERMAS, J. T cnica e ci ncia como ideologia . Lisboa: Edi es 70, 1994. p.41-42.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Habermas, correto a rmar: a) O crescimento das for as produtivas e a e ci ncia administrativa conduzem organiza o das rela es sociais baseadas na comunica o livre de quaisquer formas de domina o. b) A libera o do potencial emancipat rio do desenvolvimento da t cnica e da ci ncia depende da preven o das disfuncionalidades sist micas que entravam a reprodu o material da vida e suas respectivas formas interativas. c) O desenvolvimento da ci ncia e da t cnica, enquanto for as produtivas, permite estabelecer uma nova forma de legitima o que, por sua vez, nega as estruturas da a o instrumental, assimilando-as a o comunicativa. d) Com base na irredutibilidade entre trabalho e intera o, a luta pela emancipa o diz respeito tanto ao agir comunicativo, contra as restri es impostas pela domina o, quanto ao agir instrumental, contra as restri es materiais pela escassez econ mica. e) A racionaliza o na dimens o da intera o social submetida racionaliza o na dimens o do trabalho na pr xis social determina o car ter emancipat rio do desenvolvimento das for as produtivas e do bem-estar da vida humana. 37 Leia o texto a seguir. Plat o, em A Rep blica, tem como objetivo principal investigar a natureza da justi a, inerente alma, que, por sua vez, manifesta-se como prot tipo do Estado ideal. Os fundamentos do pensamento tico-pol tico de Plat o decorrem de uma correla o estrutural com constitui o tripartite da alma humana. Assim, concebe uma organiza o social ideal que permite assegurar a justi a. Com base neste contexto, o foco da cr tica s narrativas po ticas, nos livros II e III, recai sobre a cidade e o tema fundamental da educa o dos governantes. No Livro X, na perspectiva da defesa de seu projeto tico-pol tico para a cidade fundamentada em um logos cr tico e re exivo que redimensiona o papel da poesia, o foco desta cr tica se desloca para o indiv duo ressaltando a rela o com a alma, compreendida em tr s partes separadas, segundo Plat o: a racional, a apetitiva e a irasc vel. 14 / 17 Com base no texto e na cr tica de Plat o ao car ter mim tico das narrativas po ticas e sua rela o com a alma humana, correto a rmar: a) A parte racional da alma humana, considerada superior e respons vel pela capacidade de pensar, elevada pela natureza mim tica da poesia contempla o do Bem. b) O uso da m mesis nas narrativas po ticas para controlar e dominar a parte irasc vel da alma considerado excelente pr tica proped utica na forma o tica do cidad o. c) A poesia imitativa, reconhecida como fonte de racionalidade e sabedoria, deve ser incorporada ao Estado ideal que se pretende fundar. d) O elemento mim tico cultivado pela poesia justamente aquele que estimula, na alma humana, os elementos irracionais: os instintos e as paix es. e) A re exividade cr tica presente nos elementos mim ticos das narrativas po ticas permite ao indiv duo alcan ar a vis o das coisas como realmente s o. 38 Leia o texto a seguir. Para esclarecer o que seja a imita o, na rela o entre poesia e o Ser, no Livro X de A Rep blica, Plat o parte da hip tese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz a mesa e n o a sua ideia. O poeta pertence mesma categoria: cria um mundo de mera apar ncia. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Plat o, correto a rmar:: a) Deus o criador ltimo da ideia, e o art ce, enquanto co-participante da cria o divina, alcan a a verdadeira causa das coistas a partir do re exo da ideia ou do simulacro que produz. b) A participa o das coisas s ideias permite admitir as realidades sens veis como as causas verdadeiras acess veis raz o. c) Os poetas s o imitadores de simulacros e por interm dio da imita o n o alcan am o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas. d) As coisas belas se explicam por seus elementos f sicos, como a cor e a gura, e na materialidade deles encontram sua verdade: a beleza em si e por si. e) A alma humana possui a mesma natureza das coisas sens veis, raz o pela qual se torna capaz de conhec -las como tais na percep o de sua apar ncia. 39 Leia os textos a seguir. Arist teles, no Livro IV da Metaf sica, defende o sentido epist mico do princ pio de n o contradi o como o princ pio prim rio, incondicionado e absolutamente verdadeiro da ci ncia das causas primeiras , ou melhor, o princ pio que se apresenta como fundamento ltimo (ou primeiro) de justi ca o para qualquer enunciado declarativo em sua pretens o de verdade. imposs vel que o mesmo atributo perten a e n o perten a ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma rela o. [...] N o poss vel, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e n o seja, como alguns acreditam que Her clito disse [...]. por esta raz o que toda demonstra o se remete a esse princ pio como a uma ltima verdade, pois ela , por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais axiomas. (ARIST TELES. Metaf sica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Arist teles: a plenitude como horizonte do ser. S o Paulo: Moderna, 1994. p. 93.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Arist teles, correto a rmar: a) Aqueles que sustentam, com Her clito, conceber verdadeiramente que propriedades contr rias podem subsistir e n o subsistir no mesmo sujeito op em-se ao princ pio de n o contradi o. b) Pelo princ pio de n o contradi o, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enuncia o verdadeira, se possa simultaneamente a rmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito, em um mesmo sentido. c) Nas demonstra es sobre as realidades suprassens veis, poss vel conceber que propriedades contr rias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradi o l gica, ontol gica e epist mica. 15 / 17 d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiom tico do princ pio de n o contradi o, exige-se que sua evid ncia, enquanto princ pio prim rio, seja submetida demonstra o. e) Com o princ pio de n o contradi o, torna-se poss vel conceber que, se existem duas coisas n o id nticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas tamb m poder ser aplicado necessariamente outra. 40 Leia o texto a seguir. Justi a e Estado apresentam-se como elementos indissoci veis na loso a pol tica hobbesiana. Ao romper com a concep o de justi a defendida pela tradi o aristot lico-escol stica. Hobbes prop e uma nova moralidade relacionada ao poder pol tico e sua constitui o jur dica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a justi a e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviat (caps. XIV-XV), a justi a hobbesiana fundamenta-se, em ltima inst ncia, na lei natural concernente autoconserva o, da qual deriva a segunda lei que imp e a cada um a ren ncia de seu direito a todas as coisas, para garantir a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, onde n o h poder comum n o h lei, e onde n o h lei n o h injusti a. Na guerra, a for a e a fraude s o as duas virtudes cardeais . (HOBBES, T. Leviat . Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. S o Paulo: Nova Cultural, 1997. Cole o Os Pensadores, cap. XIII.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, correto a rmar: a) A humanidade capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na observ ncia da justi a e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado. b) A justi a tem sua origem na celebra o de pactos de con an a m tua, pelos quais os cidad os, ao renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condi o natural de guerra. c) A justi a de nida como observ ncia das leis naturais e, portanto, a injusti a consiste na submiss o ao poder coercitivo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos. d) As no es de justi a e de injusti a, como as de bem e de mal, t m lugar a partir do momento em que os homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condi o de guerra generalizada de todos. e) A justi a torna-se vital para a manuten o do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, por direito natural, pelos s ditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a seguran a de todos. 16 / 17 03. BIOLOGIA E FILOSOFIA GABARITO Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Alternativa correta E D B A C D C B E A D E C A B E C D B A C E A D B E B E B C B A C A E D D C A D 17 / 17 Assinalada

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 06/12/2010
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