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UEL Vestibular de 2006 - PROVAS DA 2º FASE : Artes e Filosofia

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CONCURSO VESTIBULAR 2006 2 FASE 19/12/2005 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Assine no local indicado. 2. Aguarde autoriza o para abrir o caderno de provas. 3. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 4. As provas s o compostas por quest es em que h somente uma alternativa correta. 5. Ao receber o Cart o Resposta, examine-o e verifique se os dados nele impressos correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. Transcreva para o Cart o Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente, caneta com tinta preta. 7. No Cart o Resposta, a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o anulam a quest o. 8. N o haver substitui o do Cart o Resposta por erro de preenchimento. 9. N o ser o permitidas consultas, empr stimos e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletr nicos ou n o, inclusive rel gio. O n o-cumprimento dessas exig ncias implicar a exclus o do candidato deste Concurso. 10. Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o caderno de provas e o Cart o Resposta devidamente assinados. 11. O tempo para preenchimento do Cart o Resposta est inclu do no tempo de dura o desta prova. ARTES DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS FILOSOFIA 2 ARTES 01- Jos de Anchieta, o Ap stolo do Brasil , trouxe em sua bagagem, vindo das Can rias onde nasceu, mais do que seu pendor po tico. Vinha ele com mais meia d zia de bravos com a espantosa miss o de converter e educar os ndios, que a seus olhos e dos outros, a princ pio, n o reconheciam qualquer cultura. (DELACY, M. Introdu o ao Teatro. Petr polis: Vozes, 2003.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a pr tica de catequiza o de Jos de Anchieta, considere as afirmativas a seguir. I. Para catequizar, Anchieta valeu-se de sua criatividade, usando cocares coloridos, pintura corporal e outros adere os que os ind genas lhe mostravam. II. Com a miss o de levar Jesus queles bugres e incultos , Anchieta se afastou de suas pr prias cren as convertendo-se religi o daquele povo. III. Com a finalidade de catequizar, Anchieta come ou a escrever autos, baseados nos autos medievais, nas obras de Gil Vicente e em encena es espanholas. IV. Para implantar a f como lhe foi ordenado, Anchieta representava os autos na l ngua p tria de Portugal. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e III. I e IV. II e IV. I, II e III. II, III e IV. A roupa como suporte da arte tem sido usada por muitos artistas no decorrer da hist ria da arte, entretanto, assumindo sentidos diversos. Com base nos conhecimentos sobre arte brasileira, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o sentido assumido pela obra. a) Nostalgia; misticismo; objeto transferencial. b) Ready-made; irrever ncia; sensualidade. c) Magia; desintegra o espacial; objeto artesanal. d) Irrever ncia; estrutura-cor no espa o; ritualiza o. e) Transvestimenta; decad ncia; objeto sensorial. 03- O car ter essencial do Barroco est no apelo s emo es, na busca do movimento, na dramatiza o das express es, nas colunas torcidas e nos panejamentos em S (sinuosos) das roupas dos santos. Com base nos conhecimentos sobre o Barroco, analise as imagens a seguir. 02- Analise as imagens e leia o texto a seguir. Correspondem imagens: a) b) c) d) e) arte barroca apenas as 1 e 2. 1 e 3. 2 e 4. 1, 3 e 4. 2, 3 e 4. 3 04- O artista brasileiro Iber Camargo aproximava-se do ide rio expressionista quando costumava dizer que a sua pintura era a do desespero. Sobre o expressionismo, considere as afirmativas a seguir. I. Busca suprimir a espontaneidade, em nome da ordem, da l gica e da unidade. II. Utiliza a m quina como met fora da condi o humana e desenvolve a interpreta o mecanicista do espa o pict rico. III. Manifesta o estado de esp rito do artista, concretizado na a o e na mat ria pict rica. IV. Aproxima arte e vida, utilizando grafismos, gestos e massa pict rica no embate com o real. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 05- Eu ataco a tela com toques irregulares do pincel, que deixo como saem. Empastes, pontos da tela que ficam descobertos, aqui e ali peda os absolutamente inacabados, repeti es, brutalidades; em suma, estou inclinado a pensar que o resultado demasiado intranq ilizante e irritante para que isso n o fa a a felicidade dessas pessoas que t m id ias preconcebidas fixas sobre a t cnica. (VAN GOGH, Vincent. In: CHIPP, H. B. Teorias da Arte Moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 2.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a obra de Van Gogh, correto afirmar: a) b) c) d) e) Desenvolveu sua t cnica pict rica orientando-se por um ide rio construtivo. Utilizou a t cnica pict rica como via de transbordamento das paix es e comprometimento com o indiv duo. Estudou a estrutura plana da tela simplificando as formas nos seus elementos geom tricos b sicos. Organizou sua pintura em ateli , a partir da realiza o de estudos pr vios de luz, sombra, composi o e perspectiva. Utilizou a t cnica para expressar a velocidade, revelando interesse pelas id ias desenvolvidas pelos futuristas. 06- Analise as imagens e leia o texto a seguir. [...] O artista expressionista transfigura assim todo o espa o. Ele n o olha: v ; n o narra: vive; n o reproduz: recria; n o encontra: busca. A concatena o dos fatos f bricas, casas, doen as, prostitutas, gritos e fome substitu da por sua transfigura o [...]. (MICHELI, M rio. As vanguardas art sticas. S o Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 75.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre arte brasileira, correto afirmar que as imagens que se aproximam do expressionismo s o: a) b) c) d) e) 1 e 2. 1 e 4. 3 e 4. 1, 2 e 3. 2, 3 e 4. 07- Alfredo Volpi n o gostava de ser identificado como o pintor das bandeirinhas . No desenvolvimento de sua po tica, pouco difundida a influ ncia dos afrescos de Giotto (pintor italiano proto-renascentista). Algumas caracter sticas que podemos encontrar nos afrescos do artista italiano lan am luz sobre as qualidades pict ricas encontradas nos trabalhos de Volpi. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a po tica de Volpi, correto afirmar: a) b) c) d) e) Suas pinturas parecem gastas, devido transpar ncia singular que se obt m com a t cnica da t mpera a ovo. Em suas composi es, a elabora o das cores orientada por efeitos de luz e sombra, refor ando a dramaticidade da cena. Buscava orienta o nas pinturas de paisagens do s culo XVII, refor ando em sua obra o sentido da luz ambiente. Suas pinturas baseiam-se na observa o de reflexos coloridos na gua, em telas de grandes dimens es. Seu procedimento pict rico intensifica a irritabilidade das faculdades do esp rito, excluindo a possibilidade de qualquer dedu o mental consciente. 4 08- Analise a imagem a seguir. Com base na imagem de Fl vio de Carvalho e nos conhecimentos sobre o artista, correto afirmar: a) b) c) d) e) Foi influenciado pelo realismo social, mostrando preocupa o com den ncias sociais, temas do nosso folclore e tradi es regionais. Mostra, em suas obras, caracter sticas da Arte primitiva, ao fazer composi es on ricas, ing nuas e populares. Manifestou interesse pela busca de uma identidade nacional, programa emblem tico do modernismo brasileiro. Foi influenciado pela Art Deco, mostrando grande esmero, proporcionando uma concep o extremamente sofisticada ao desenho. Encontrou, no gesto de alta dramaticidade e emo o do expressionismo, a via predileta para suas manifesta es art sticas. 09- No in cio da d cada de 1960, a tend ncia em voga no campo art stico internacional a Arte Pop. A arte brasileira do per odo se apropriar dessa linguagem, assumindo, por m, um trabalho mais cr tico, considerando o momento pol tico no Brasil. Assinale a alternativa cuja imagem apresenta a tend ncia dominante na arte brasileira quando da instala o do estado de exce o implantado com o golpe militar de 1964. 10- Por Suprematismo entendo a supremacia da pura sensibilidade na arte. Do ponto de vista dos suprematistas, as apar ncias exteriores da natureza n o apresentam nenhum interesse: essencial a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio em que teve origem. (MALEVICH, Kasimir. Manifesto Suprematista. In: AMARAL, Aracy (Org.) Projeto construtivo Brasileiro na Arte. S o Paulo: Pinacoteca do Estado de S o Paulo. p. 32.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere, a seguir, as afirmativas sobre a po tica suprematista. I. Nega a exist ncia de pontos de contato entre a sensibilidade pl stica pura e os problemas da vida pr tica, pois suas esferas de desenvolvimento s o distintas. II. Tem em sua base de fundamenta o o realismo social, pois considera importante a inser o da arte no cotidiano. III. Ao questionar a id ia de abstra o na arte, busca uma arte engajada socialmente com um programa concreto de a o pol tica. IV. Deriva do cubismo por extrema simplifica o, configurando-se em formas elementares da geometria. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 5 11- A inten o do cubismo, pelo menos no come o, foi expressar volume. Desse modo o espa o tridimensional espa o natural permaneceu. O cubismo, portanto, continuou sendo basicamente uma express o naturalista e foi apenas uma abstra o n o a verdadeira arte abstrata . ( MONDRIAN, Piet. In: CHIPP, H. B. Teorias da Arte Moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 368.) Assinale a alternativa em que a obra expressa, por meio da elimina o do naturalismo, o que Mondrian denomina de verdadeira arte abstrata . Com base nos conhecimentos sobre arte moderna, assinale a alternativa cuja obra representada se identifica com as id ias expressas no texto. 13- Analise as imagens e leia o texto a seguir. 12- Automatismo ps quico puro pelo qual se pretende exprimir, quer verbalmente, quer por escrito, quer por qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na aus ncia de qualquer controle exercido pela raz o, fora de qualquer preocupa o est tica ou moral. (BRETON, Andr . In: CHIPP, H. B. Teorias da arte moderna. S o Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 417.) 6 A arte moderna formou-se tanto a partir como contra o naturalismo. Embora surja da arte naturalista, se coloca em oposi o a ela. A destrui o do espa o perspectivo pelo modernismo foi habitual nas reflex es sobre arte moderna. (Adaptado de: TASSINARI, A. Espa o Moderno. S o Paulo: Cosac Naify, 2000.) Com base no texto, correto afirmar que as obras que apresentam uma espacialidade moderna s o apenas: a) 1 e 2. b) 1 e 4. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 3. e) 2, 3 e 4. 14- Em 1924, os surrealistas lan aram um manifesto no qual anunciaram a for a do inconsciente na cria o de novas percep es. Valorizavam a aus ncia de l gica das experi ncias ps quicas e on ricas, propondo novas experi ncias est ticas. Sobre o Surrealismo, correto afirmar: a) b) c) d) e) Acredita que a libera o do psiquismo humano se d por meio da sacraliza o da natureza. Baseia-se na raz o, negando as oscila es do temperamento humano. Destaca que o fundamental, na arte, o objeto vis vel em detrimento do emocionalismo subjetivo do artista. Concede mais valor ao livre jogo da imagina o individual do que codifica o dos ideais da sociedade ou da hist ria. Busca limitar o psiquismo humano e suas manifesta es, transfigurando-os em geometria a favor de uma nova ordem. 15- Analise as imagens e leia o texto a seguir. O que h de pioneiro em nossa vanguarda essa nova funda o do objeto , advinda da descren a nos valores esteticistas do quadro de cavalete e da estrutura, para a procura de uma arte ambiental (que para mim se identifica, por fim, com o conceito de anti arte ). Essa magia do objeto, essa vontade incontida pela constru o de novos objetos perceptivos (t teis, visuais, proposicionais etc.), onde nada exclu do, desde a cr tica social at a patentea o de situa es-limite, s o caracter sticas fundamentais da nossa vanguarda. (OITICICA, H lio. Situa o da vanguarda brasileira. In: PECCININI, Daisy V. M. O objeto na Arte Brasil anos 60. S o Paulo: Faap, 1978. p. 70.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre arte brasileira, correto afirmar que as obras que correspondem ao conceito de vanguarda art stica s o apenas: a) 1 e 2. b) 2 e 3. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 4. e) 1, 3 e 4. 16- As pe as de Oswald de Andrade (1890-1954) correspondem ao esp rito do movimento modernista brasileiro e o ultrapassam, pelo radicalismo agressivo. Em O Rei da Vela, O Homem e o Cavalo e A Morta, Oswald de Andrade assimilou e reformulou, de modo criativo, os experimentos do teatro moderno, desde o Futurismo at o Surrealismo. Entretanto, esse acontecimento, em si puramente liter rio, revestiu-se de import ncia ainda maior gra as encena o de uma das pe as mencionadas. Sobre a pe a O Rei da Vela, considere as afirmativas a seguir. I. Escrita na d cada de 1930, a obra apresenta o recurso do distanciamento proposto por Bertold Brecht. II. A encena o da obra pelo Teatro de Arena se baseia no emprego da ilus o c nica, impregnada pela imita o da realidade. III. A partir da encena o deste espet culo, o Tropicalismo ficaria esquecido pelas correntes est ticas no Brasil. IV. A dire o audaz de Jos Celso Martinez Corr a rompe com a tradi o ret rica do teatro brasileiro, envolvendo a plat ia. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 17- Entre os acontecimentos mais marcantes da vida teatral brasileira, na d cada de sessenta est o duas pe as de um mesmo autor. Dois Perdidos numa Noite Suja e Navalha na Carne, al m de uma luta encarni ada com a censura, transformaram seu autor da noite para o dia em assunto obrigat rio. Navalha na Carne um golpe de navalha na nossa carne; um ato de purifica o, justamente por causa da sua viol ncia agressiva. (ROSENFELD, A. Prismas do Teatro. S o Paulo: Perspectiva, 1993. p. 256.) 7 Com base nos conhecimentos sobre cultura brasileira na d cada de 1960, assinale a alternativa que apresenta corretamente o autor das pe as teatrais a que se refere o texto. a) Nelson Rodrigues. b) Oswald de Andrade. c) M rio Bortoloto. d) Pl nio Marcos. e) Dalton Trevisan. 18- Analise as imagens e leia o texto a seguir. Arte um fruto que cresce no homem, como o fruto da planta ou a crian a no ventre da m e. Mas enquanto o fruto da planta, o fruto dos animais, o fruto da m e tomam formas naturais, utiliza a arte o fruto espiritual do homem, em geral formas tais que se parecem de maneira vis vel com outras formas. (ARP, Jean. In: Revista Discutindo Arte. Ano 1, n. 1, p. 39, 2005.) Assinale a alternativa que apresenta a aproxima o correta entre o texto de Jean Arp e as obras de Constantin Brancusi e Lygia Clark. a) Desenvolvimento dos volumes, aproximando-se do cubismo e amea ando a seguran a do olhar que busca uma narrativa visual. b) Sublima o da experi ncia est tica, determinada pela perda total do referencial da vida cotidiana. c) Incorpora o do conceito de g nese, ou seja, o entendimento de uma forma simples que gera outras formas. d) Despreocupa o com a gra a, anulando a rela o din mica que as formas t m com o referencial que lhe deu origem. e) Apar ncia agitada das obras, permitindo que identifiquemos estes artistas como herdeiros dos expressionistas alem es. 19- A id ia de Warhol n o era apenas fazer do banal e do vulgar a subst ncia da arte, mas de tornar a pr pria arte banal e vulgar. N o se contenta em transpor para a arte dados midi ticos ou industriais, a arte em si torna-se um produto midi tico e industrial. (OSTERWOLD, Tilman. Pop Art. Col nia: Taschen, 1994. p.167.) Com base na imagem e no texto, correto afirmar que a Pop Art: a) b) Enfatiza a arte como constru o num rica. Expressa os sentimentos do artista por meio da natureza. c) Discute a autoria e sua neutralidade frente realidade. d) Sinaliza a amplia o dos gestos para o espa o real. e) Expressa a subjetividade do artista aplicada vida cotidiana. 20- Uma est tica da fome , tese-manifesto de Glauber Rocha, foi apresentada e publicada em 1965, tendo como proposta definir os principais compromissos e objetivos do Cinema-Novo, situando-o no panorama pol tico, econ mico e cultural da poca, do qual partem suas reflex es. Glauber Rocha prop e um cinema revolucion rio tanto na forma como no conte do como, por exemplo, em Deus e o Diabo na Terra do Sol . Com base nos conhecimentos sobre a obra de Glauber Rocha e sobre o contexto cultural do Brasil nos anos 1960, assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das diretrizes do Cinema-Novo. a) b) c) d) e) Distanciamento de quest es sociopol ticas de sua poca. Distanciamento tanto das preocupa es mercantilistas quanto das puramente formais. Comprometimento ao expressar uma imagem positiva da cultura nacional. Distanciamento da realidade objetiva, comprometendo-se com o mercado. Comprometimento com pol ticas de desenvolvimento tecnol gico e industrial. Analise a imagem e leia o texto a seguir. 8 FILOSOFIA 21- Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a propor o, o limite e a medida, assim como a presen a de questionamentos acerca das causas, dos princ pios e do porqu das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elabora o dos princ pios metaf sicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. Hist ria da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. S o Paulo: Loyola, 1994. p. 19. ) Com base no texto e nos conhecimentos acerca das caracter sticas que marcaram o nascimento da filosofia na Gr cia, considere as afirmativas a seguir. I. A pol tica, enquanto forma de disputa orat ria, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidad os, que buscavam a verdade pela for a da argumenta o. II. O pal cio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substitu do pela gora, espa o p blico onde os problemas da p lis eram debatidos. III. A palavra, utilizada na pr tica religiosa e nos ditos do rei, perdeu a fun o ritualista de f rmula justa, passando a ser ve culo do debate e da discuss o. IV. A express o filos fica tribut ria do car ter pragm tico dos gregos, que substitu ram a contempla o desinteressada dos mitos pela t cnica utilit ria do pensar racional. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e III. II e IV. III e IV. I, II e III. I, II e IV. 22- Analise a imagem e leia o texto a seguir. Tendo como base o conceito de cidadania de Arist teles, correto afirmar que o fato pol tico retratado na imagem: a) b) c) d) e) 23- O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, a liberdade que cada homem possui de usar seu pr prio poder, da maneira que quiser, para a preserva o de sua pr pria natureza, ou seja, de sua vida; e conseq entemente de fazer tudo aquilo que seu pr prio julgamento e raz o lhe indiquem como meios adequados a esse fim. (HOBBES, Thomas. Leviat . Trad. Jo o Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. S o Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 82.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir. I. Todos os homens s o igualmente vulner veis viol ncia diante da aus ncia de uma autoridade soberana que detenha o uso da for a. II. Em cada ser humano h um ego smo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a pr pria sobreviv ncia. III. A competi o e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social. IV. O homem naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harm nica entre seus pares. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) Mobiliza o pelas Diretas j , Pra a da S , S o Paulo, janeiro 1984. (Dispon vel em: <http://novaescola.abril.com.br> Acesso em: 13 jun. 2005.) Um cidad o integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de administrar a justi a e exercer fun es p blicas [...]. (ARIST TELES. Pol tica. Trad. M rio da Gama Kury. 3. ed. Bras lia: UNB, 1997. p. 78.) Confirma o ideal aristot lico de cidad o como aquele que se submete passivamente a uma autoridade coercitiva e ilimitada. Ilustra o conceito que Arist teles construiu de cidad os como aqueles que est o separados em tr s classes, sendo que uma delas governa, de modo absoluto, as demais. Manifesta contradi o com a concep o de liberdade e de manifesta o p blica presente no exerc cio da cidadania grega, ao revelar uma campanha submissa e tutelada pela minoria. Mostra o ide rio aristot lico de cidade e de cidadania, que exalta o individualismo e a supremacia do privado em detrimento do p blico. Caracteriza um exemplo contempor neo de participa o que demonstra o debate de assuntos p blicos, assim como faziam os cidad os livres de Atenas. I e II. I e IV. III e IV. I, II e III. II, III e IV. 24- [...] preciso que examinemos a condi o natural dos homens, ou seja, um estado em que eles sejam absolutamente livres para decidir suas a es, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir autoriza o de nenhum outro homem nem depender de sua vontade. (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Trad. Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. 2. ed. Petr polis: Vozes, 1994. p. 83.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o estado de natureza em Locke, correto afirmar: 9 a) b) c) d) e) Os homens desconhecem a no o de justi a, pelo fato de inexistir um direito natural que assegure a id ia do meu e do teu . constitu do pela inimizade, maldade, viol ncia e destrui o m tua, caracter sticas inerentes ao ser humano. Baseia-se em atos de agress o f sica, o que gera inseguran a coletiva na manuten o dos direitos privados. Pauta-se pela triparti o dos poderes como forma de manter a coes o natural e respeitosa entre as pessoas. Constitui-se de uma relativa paz, que inclui a boa vontade, a preserva o e a assist ncia m tua. 25- Tendo por base a concep o de contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir. I. Os homens firmam entre si um pacto de submiss o, por meio do qual transferem a um terceiro o poder de coer o, trocando a condi o de desigualdade do Estado de Natureza pela seguran a e liberdade do Estado social. II. Os homens firmam um pacto de consentimento, no qual concordam livremente em formar a sociedade para preservar e consolidar os direitos que possu am originalmente no Estado de natureza. III. O exerc cio leg timo da autoridade, no Estado social, baseia-se na teoria do direito divino, em que os monarcas, herdeiros dos patriarcas, s o representantes diretos que garantem o contrato social. IV. O que leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social a falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de uma for a coercitiva para impor a execu o das senten as. Est o corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. Leia os textos a seguir e responda s quest es 26 e 27. O direito natural se embasa [...] em princ pios a priori da raz o e , portanto, cognosc vel a priori pela raz o de todo o homem, enquanto que o direito positivo estatut rio e procede da vontade do legislador. O primeiro h de servir como crit rio racional do segundo, j que mister buscar na raz o o crit rio do justo e do injusto, enquanto que o direito positivo diz o que direito. (KANT, Immanuel. La metaf sica de las Costumbres. 2. ed. Trad. Adela Cortina Orts e Jes s Conill Sancho. Madri: Tecnos, 1994. p. XLIII.) Para Estados, em rela o uns com os outros, n o pode haver, segundo a raz o, outro meio de sair do estado sem leis, que cont m pura guerra, a n o ser que eles, exatamente como homens individuais, desistam de sua liberdade selvagem (sem lei), consintam com leis p blicas de coer o e assim formem um (certamente sempre crescente) Estado dos Povos (civitas gentium), que por fim viria a compreender todos os povos da terra. (KANT, Immanuel. A paz perp tua. Trad. Marco Ant nio Zingano. Porto Alegre: L&PM, 1989. p. 42.) 26- Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o Direito Natural em Kant, correto afirmar: a) b) c) d) e) Modifica-se conforme as diversas compreens es de cada poca hist rica e de acordo com a variabilidade dos arranjos sociais. A semelhan a entre direito natural e direito positivo reside no fato de que ambos se fundamentam no direito estatal. constitu do pela liberdade e serve de crit rio racional para o direito positivo, o qual deve efetiv -lo na forma da lei. descaracterizado de sentido, pois todo direito positivo e tem sua origem na vontade do legislador. Sujeita-se ao direito positivo e dele extrai a sua legitimidade, modificando-se com o passar do tempo. 27- Sobre a concep o de justi a em Kant, correto afirmar: a) b) c) d) e) definida pelo direito positivo e nele encontra sua fonte, prescindindo de qualquer outro par metro de legitimidade. Resulta da defini o estatut ria do direito, sob a forma da lei estabelecida nos c digos jur dicos e confirmada pelas a es dos Estados. Coincide com a vontade do legislador, a partir da qual s o definidos os par metros racionais de gest o dos Estados. Ampara-se em par metros racionais a priori que embasam o direito natural e que devem se converter em leis p blicas de coer o. Configura-se com base em valores comuns partilhados tradicionalmente em cada ordenamento jur dico-pol tico. 28- [...] Somente ordenamentos pol ticos podem ter legitimidade e perd -la; somente eles t m necessidade de legitima o. [...] dado que o Estado toma a si a tarefa de impedir a desintegra o social por meio de decis es obrigat rias, liga-se ao exerc cio do poder estatal a inten o de conservar a sociedade em sua identidade normativamente determinada em cada oportunidade concreta. De resto, esse o crit rio para mensurar a legitimidade do poder estatal, o qual se pretende durar deve ser reconhecido como leg timo. (HABERMAS, J rgen. Para a reconstru o do Materialismo Hist rico. 2. ed. Trad. Carlos Nelson Coutinho. S o Paulo: Brasiliense, 1990. p. 219-221.) Com base no texto, correto afirmar que a legitimidade do Estado em Habermas: a) b) c) d) e) uma necessidade que se imp e por meio da vontade do soberano, pois este o nico capaz de dispor de garantias sociais para todos. Reside na preserva o da identidade da sociedade como forma de assegurar a integra o social. uma exig ncia que, uma vez conquistada, adquire perenidade sem se exaurir ao longo da hist ria. atingida pelo uso do poder econ mico ou da for a b lica, elementos esses que podem se perder facilmente. Conta de forma imprescind vel com os par metros da vontade divina no estabelecimento de valores comumente vivenciados. 10 29- Um povo, portanto, s ser livre quando tiver todas as condi es de elaborar suas leis num clima de igualdade, de tal modo que a obedi ncia a essas mesmas leis signifique, na verdade, uma submiss o delibera o de si mesmo e de cada cidad o, como partes do poder soberano. Isto , uma submiss o vontade geral e n o vontade de um indiv duo em particular ou de um grupo de indiv duos. (NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da servid o liberdade. In: WEFFORT, Francisco. Os cl ssicos da pol tica. S o Paulo: tica, 2000. p. 196.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a legitimidade do poder do Estado em Rousseau, correto afirmar: a) A legisla o que rege o Estado deve ser elaborada por um indiv duo escolhido para tal e que se tornar o soberano desse Estado. b) A liberdade de uma na o amea ada quando se confere ao povo o direito de discutir a legitimidade das leis s quais est submetido. c) Devido ignor ncia e ao atraso do povo, devese atribuir a especialistas competentes o papel de legisladores. d) A legitimidade das leis depende de que as mesmas sejam elaboradas pelo conjunto dos cidad os, express o da liberdade do povo. e) A vontade do monarca, cujo poder assegurado pela hereditariedade, deve prevalecer na elabora o das leis s quais se submetem os cidad os. 30- [...] uma pessoa age injustamente ou justamente sempre que pratica tais atos voluntariamente; quando os pratica involuntariamente, ela n o age injustamente nem justamente, a n o ser de maneira acidental. O que determina se um ato ou n o um ato de injusti a (ou de justi a) sua voluntariedade ou involuntariedade; quando ele volunt rio, o agente censurado, e somente neste caso se trata de um ato de injusti a, de tal forma que haver atos que s o injustos mas n o chegam a ser atos de injusti a se a voluntariedade tamb m n o estiver presente. (ARIST TELES. tica a Nic maco. S o Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 207.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concep o de Justi a em Arist teles, correto afirmar: a) Um ato de justi a depende da consci ncia do agente e de ter sido praticado voluntariamente. b) A no o de justo desconsidera a discrimina o de atos volunt rios e involunt rios quanto ao reconhecimento de m rito. c) A justi a uma no o de virtude inata ao ser humano, a qual independe da voluntariedade do agente. d) O ato volunt rio desobriga o agente de imputabilidade, devido car ncia de crit rios para distinguir a justi a da injusti a. e) Quando um homem delibera prejudicar outro, a injusti a est circunscrita ao ato e, portanto, exclui o agente. 31- Uma moral racional se posiciona criticamente em rela o a todas as orienta es da a o, sejam elas naturais, auto-evidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos atrav s de padr es de socializa o. No momento em que uma alternativa de a o e seu pano de fundo normativo s o expostos ao olhar cr tico dessa moral, entra em cena a problematiza o. A moral da raz o especializada em quest es de justi a e aborda em princ pio tudo luz forte e restrita da universalidade. (HABERMAS, J rgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Fl vio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, correto afirmar: a) A forma o racional de normas de a o ocorre independentemente da efetiva o de discursos e da autonomia p blica. b) O discurso moral se estende a todas as normas de a es pass veis de serem justificadas sob o ponto de vista da raz o. c) A validade universal das normas pauta-se no conte do dos valores, costumes e tradi es praticados no interior das comunidades locais. d) A positiva o da lei contida nos c digos, mesmo sem o consentimento da participa o popular, garante a solu o moral de conflitos de a o. e) Os par metros de justi a para a avalia o cr tica de normas pautam-se no princ pio do direito divino. 32- Desde o final do s culo XIX, imp e-se cada vez com mais for a a outra tend ncia evolutiva que caracteriza o capitalismo tardio: a cientifica o da t cnica. No capitalismo sempre se registrou a press o institucional para intensificar a produtividade do trabalho por meio da introdu o de novas t cnicas. As inova es dependiam, por m, de inventos espor dicos que, por seu lado, podiam sem d vida ser induzidos economicamente, mas tinham ainda um car ter natural. Isso modificou-se, na medida em que a evolu o t cnica realimentada com o progresso das ci ncias modernas. Com a investiga o industrial de grande estilo, a ci ncia, a t cnica e a revaloriza o do capital confluem num mesmo sistema. Entretanto, a investiga o industrial associa-se a uma investiga o nascida dos encargos do Estado, que fomenta em primeiro lugar o progresso cient fico e t cnico no campo militar. Da as informa es refluem para as esferas da produ o civil de bens. (HABERMAS, J rgen. T cnica e ci ncia como ideologia. Trad. Artur Mor o. Lisboa: Edi es 70, 1987. p. 72.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o capitalismo tardio, considere as afirmativas a seguir. I. A espontaneidade e naturalidade dos inventos espor dicos bloquearam a produtividade no capitalismo. II. No capitalismo tardio, h uma jun o sist mica entre a t cnica, a ci ncia e a revaloriza o do capital. III. No interior do capitalismo tardio, a t cnica e a ci ncia s o independentes e se desenvolvem em sentidos opostos. IV. A produ o civil de bens se apropria das informa es geradas pela investiga o industrial no campo militar. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e II. II e IV. III e IV. I, II e III. I, III e IV. 11 33- Em sua obra Nova Atl ntida, Francis Bacon descreve uma institui o imagin ria chamada Casa de Salom o, cuja finalidade [...] o conhecimento das causas e dos segredos dos movimentos das coisas e a amplia o dos limites do imp rio humano para a realiza o de todas as coisas que forem poss veis. (BACON, Francis. Nova Atl ntida. S o Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 245.) Sobre a concep o de ci ncia em Francis Bacon, correto afirmar: a) b) c) d) e) A ci ncia justifica-se por si pr pria e est desvinculada da necessidade de proporcionar conhecimento sobre a natureza. O objetivo da ci ncia fornecer a quem a controla um instrumento de dom nio social sobre os outros homens. Para a ci ncia, o enfrentamento das quest es econ micas e sociais tem maior relev ncia do que o conhecimento da natureza, porque proporciona uma vida boa para os indiv duos. A origem da ci ncia est dada em pressupostos a priori, sendo desnecess rio o recurso ao saber pr tico e emp rico. A ci ncia visa o conhecimento da natureza com a inten o de controle e dom nio sobre ela para que o homem possa ter uma vida melhor. 34- Se um objeto nos fosse apresentado e f ssemos solicitados a nos pronunciar, sem consulta observa o passada, sobre o efeito que dele resultar , de que maneira, eu pergunto, deveria a mente proceder nessa opera o? Ela deve inventar ou imaginar algum resultado para atribuir ao objeto como seu efeito, e obvio que essa inven o ter de ser inteiramente arbitr ria. O mais atento exame e escrut nio n o permite mente encontrar o efeito na suposta causa, pois o efeito totalmente diferente da causa e n o pode, conseq entemente, revelar-se nela. (HUME, David. Investiga es sobre o entendimento humano e sobre os princ pios da moral. Trad. Jos Oscar de Almeida Marques. S o Paulo: UNESP, 2004. p. 57-58.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo de David Hume, correto afirmar: a) b) c) d) e) O efeito de uma causa assegurado pela demonstra o racional que, a priori, seleciona as poss veis conseq ncias decorrentes dos objetos empiricamente aprendidos. A causa revela pela sua pr pria natureza, independentemente da experi ncia e da raz o, os efeitos que capaz de produzir. A raz o apta para relacionar as causas aos seus respectivos efeitos, uma vez que a vincula o entre causa e efeito assegurada pelo princ pio de identidade. A descoberta do efeito de um objeto ocorre mediante a experi ncia, que assegura uma rela o entre a causa e o efeito, por m desconhece a necessidade que os vinculam. A conex o entre causa e efeito fundamentada pela indu o, a partir da constata o de que as observa es passadas ocorrer o de forma semelhante no futuro. 35- Quando , pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer quest o que seja, o corpo, claro, a engana radicalmente. - Dizes uma verdade. - N o , por conseguinte, no ato de raciocinar, e n o de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser? - Sim. [...] - E este ent o o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa m , jamais possuiremos completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto , como diz amos, a verdade. (PLAT O. F don. Trad. Jorge Paleikat e Jo o Cruz Costa. S o Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 66-67.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concep o de verdade em Plat o, correto afirmar: a) b) c) d) e) O conhecimento intelig vel, compreendido como verdade, est contido nas id ias que a alma possui. A verdade reside na contempla o das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sens vel. A verdade consiste na fidelidade, e como Deus o nico verdadeiramente fiel, ent o a verdade reside em Deus. A principal tarefa da filosofia est em aproximar o m ximo poss vel a alma do corpo para, dessa forma, obter a verdade. A verdade encontra-se na correspond ncia entre um enunciado e os fatos que ele aponta no mundo sens vel. 36- Arist teles foi o primeiro fil sofo a elaborar tratados sistem ticos de tica. O mais influente desses tratados, a tica a Nic maco, continua a ser reconhecido como uma das obras-primas da filosofia moral. Ali nosso autor apresenta a quest o que, de seu ponto de vista, constitui a chave de toda investiga o tica: Qual o fim ltimo de todas as atividades humanas? (CORTINA, Adela; MART NEZ, Emilio. tica. Trad. Silvana Cobucci Leite. S o Paulo: Loyola, 2005. p. 57.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a tica aristot lica, correto afirmar: a) b) c) d) e) uma tica que desconsidera os valores culturais e a participa o discursiva dos envolvidos na escolha da concep o de bem a ser perseguida. uma tica do dever que, ao impor normas de a o universais, transcende a concep o de vida boa de uma comunidade e exige o cumprimento categ rico das mesmas. uma tica compreendida teleologicamente, pois o bem supremo, vinculado busca e realiza o plena da felicidade, orienta as a es humanas. uma tica que orienta as a es por meio da bem-aventuran a proveniente da vontade de Deus, por m sinalizando para a irrealiza o plena do bem supremo nesta vida. uma tica que compreende o indiv duo virtuoso como aquele que j nasce com certas qualidades f sicas e morais, em fun o de seus la os sangu neos. 12 37- Efectivamente, um bom poeta, se quiser produzir um bom poema sobre o assunto que quer tratar, tem de saber o que vai fazer, sob pena de n o ser capaz de o realizar. Temos, pois, de examinar se essas pessoas n o est o a ser ludibriadas pelos imitadores que se lhes depararam, e, ao verem as suas obras, n o se apercebem de que est o tr s pontos afastados do real, pois f cil execut -las mesmo sem conhecer a verdade, porquanto s o fantasmas e n o seres reais o que eles representam; ou se tem algum valor o que eles dizem, e se, na realidade, os bons poetas t m aqueles conhecimentos que, perante a maioria, parecem expor t o bem. (PLAT O. A Rep blica. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, s.d., p. 458.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a m mesis em Plat o, considere as afirmativas a seguir. I. Plat o faz cr ticas aos poetas que imitam o que n o conhecem e d o ouvidos multid o ignorante, permanecendo, dessa forma, distantes tr s graus da verdade representada pela id ia. II. Apesar de criticar a poesia imitativa, Plat o abre uma exce o para Homero, por considerar a totalidade da sua poesia como materializa o plena da verdade em primeiro grau e, portanto, ben fica para a educa o dos cidad os. III. Escrever um bom poema implica seguir uma determinada m trica e os conhecimentos do mundo sens vel, representando os homens iguais, melhores ou piores do que eles s o. IV. Por n o estarem em sintonia com a cidade ideal, Plat o exclui os poetas que se limitam somente arte de imitar e, por esse motivo, ao visitarem a cidade, ser o aconselhados a seguir adiante. Est o corretas apenas as afirmativas: a) b) c) d) e) I e IV. II e III. III e IV. I, II e III. I, II e IV. 38- Analise as imagens a seguir. As imagens I e II representam duas formas art sticas de um fen meno que provocou mudan as significativas na arte, sobretudo a partir do s culo XX: a reprodutibilidade t cnica. Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a reprodutibilidade t cnica em Walter Benjamin, correto afirmar: a) b) c) d) e) A reprodu o das obras de arte come a no final do s culo XIX com o surgimento da fotografia e do cinema, pois at ent o as obras n o eram copiadas, por motivos religiosos e m sticos. Na passagem do per odo burgu s para a sociedade de massas, o decl nio da aura que ocorre na arte pode ser creditado a fatores sociais, como o desejo de ter as coisas mais pr ximas e superar aquilo que nico. A perda da aura retira da arte o seu papel cr tico no interior da sociedade de consumo, isto ocorre porque a reprodutibilidade t cnica destr i a possibilidade de exposi o das obras. Desde o per odo medieval, o valor de exposi o das obras de arte fator preponderante, visto que o desempenho de sua fun o religiosa exigia que a arte aparecesse de forma bem vis vel aos espectadores que a cultuavam. O cinema desempenha um importante papel pol tico de conscientiza o dos espectadores, uma vez que seu car ter expositivo tornou-se cultual ao recuperar a dimens o aur tica. 39- O que os homens querem aprender da natureza como aplic -la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens. Fora isso, nada conta. [...] O que importa n o aquela satisfa o que os homens chamam de verdade, o que importa a operation, o procedimento eficaz. [...] A partir de agora, a mat ria dever finalmente ser dominada, sem apelo a for as ilus rias que a governem ou que nela habitem, sem apelo a propriedades ocultas. O que n o se ajusta s medidas da calculabilidade e da utilidade suspeito para o iluminismo [...] O iluminismo se relaciona com as coisas assim como o ditador se relaciona com os homens. Ele os conhece, na medida em que os pode manipular. O homem de ci ncia conhece as coisas, na medida em que as pode produzir. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo. Trad. Zeljko Loparic e Andr a M. A . C. Loparic. 2. ed. S o Paulo: Victor Civita, 1983. p. 90-93.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a racionalidade instrumental em Adorno e Horkheimer, correto afirmar: a) A raz o iluminista proporcionou ao homem a sa da da menoridade da qual ele era culpado e permitiu o pleno uso da raz o, dispensando a necessidade de tutores para guiar as suas a es. b) O procedimento eficaz, aplicado segundo as regras da calculabilidade e da utilidade, est desvinculado da esfera das rela es humanas, pois sua l gica se restringe aos objetos da natureza. c) A racionalidade instrumental gera de forma equ nime conforto e bem estar para as pessoas na esfera privada e confere um maior grau de liberdade na esfera social. d) A vis o dos autores sobre a racionalidade instrumental guarda um reconhecimento positivo para setores espec ficos da alta tecnologia, sobretudo aqueles vinculados inform tica. e) Contrariando a tese do projeto iluminista que op e mito e iluminismo, os autores entendem que h uma dial tica entre essas duas dimens es que resulta no dom nio perpetrado pela raz o instrumental. 13 40- Uma das afirma es mais conhecidas e citadas de Galileu, que reflete o novo projeto da ci ncia da natureza, a seguinte: A filosofia est escrita neste grand ssimo livro que a est aberto continuamente diante dos olhos (digo, o universo), mas n o se pode entend -lo se primeiro n o se aprende a entender a l ngua e conhecer os caracteres nos quais est escrito. Ele est escrito em l ngua matem tica, e os caracteres s o tri ngulos, c rculos e outras figuras geom tricas, meios sem os quais humanamente imposs vel entender-lhe sequer uma palavra; sem estes trata-se de um in til vaguear por obscuro labirinto. (NASCIMENTO, Carlos Arthur R. De Tom s de Aquino a Galileu. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1998. p. 176.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concep o de ci ncia em Galileu, correto afirmar: a) b) c) d) e) Ci ncia o conhecimento fixo, est vel e perene da ess ncia constitutiva da realidade, alcan vel por meio da abstra o. A autonomia da explica o cient fica baseia-se em argumentos de autoridade e princ pios metaf sicos que justificam a verdade imut vel do mundo natural. A verdade natural conhecida independente de teorias e da realiza o de experi ncias, j que o fator primordial da ci ncia o uso da matem tica para decifrar a ess ncia do mundo. A compreens o da natureza por meio de caracteres matem ticos significa decifrar a obra da cria o e, conseq entemente, ter acesso ao conhecimento do pr prio criador. A ci ncia busca construir o conhecimento assentado na raz o do sujeito e no controle experimental dos fen menos naturais representados matematicamente. 14 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA VESTIBULAR UEL 2006 Gabarito das Quest es Objetivas da Prova do dia 19/12/2005 ARTES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A D C C B A A E E B D E C D E B D C C B FILOSOFIA 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 D E A E C C D B D A B B E D A C A B E E

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE DIA - 19/12/2005
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