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UEL Vestibular de 2007 - PROVAS DA 2º FASE : História e Lingua Port/Literaturas

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CONCURSO VESTIBULAR 2007 2 FASE - 11/12/2006 INSTRU ES 1. Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o. Assine no local indicado. 2. Aguarde autoriza o para abrir o caderno de provas. 3. A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 4. As provas s o compostas por quest es em que h somente uma alternativa correta. 5. Ao receber o cart o-resposta, examine-o e verifique se os dados nele impressos correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. 6. Transcreva para o cart o-resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente, com caneta esferogr fica de tinta cor preta. 7. No cart o-resposta, a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, bem como rasuras e preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o, anulam a quest o. 8. N o haver substitui o do cart o-resposta por erro de preenchimento. 9. N o ser o permitidas consultas, empr stimos e comunica o entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletr nicos ou n o, inclusive rel gio. O n o-cumprimento dessas exig ncias implicar a exclus o do candidato deste Concurso. 10. Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e HIST RIA 11. O preenchimento do cart o-resposta est inclu do no L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o caderno de provas e o cart o-resposta, devidamente assinados. tempo da dura o desta prova. DURA O DESTA PROVA: 4 HORAS O gabarito oficial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 19 horas e 30 minutos do dia 11/12/2006. HIST RIA 01- Leia o texto a seguir: Desde os tempos de Her doto e Tuc dides, a hist ria tem sido escrita sob variada forma de g neros: cr nica mon stica, mem ria pol tica, tratados de antiqu rio, e assim por diante. A forma dominante, por m, tem sido a narrativa dos acontecimentos pol ticos e militares, apresentada como a hist ria dos grandes feitos de grandes chefes militares, reis. Foi durante o Iluminismo que ocorreu, pela primeira vez, uma contesta o a esse tipo de narrativa hist rica. Fonte: BURKE, P. A escola dos Annales 1929-1989: A revolu o francesa da historiografia. Tradu o de Nilo Od lia. S o Paulo: Unesp, 1991, p.18. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar: a) A mudan a do g nero de narrativa hist rica, iniciada com o movimento Iluminista, questionar uma hist ria dos grandes her is. b) A produ o historiogr fica dos gregos e romanos antigos foi deixada de lado pelos pensadores iluministas, pois a Revolu o Francesa queimou, como na Inquisi o, os textos her ticos. c) Os monges buscaram perpetuar, por meio de suas cr nicas mon sticas, as realiza es consagradas do cotidiano de Her doto e Tuc dides produzindo, assim, um g nero de escrita hist rica. d) A narrativa hist rica foi revolucionada durante o Iluminismo pelos s bios laicos que buscavam, por meio de seus estudos, alcan ar o sentido hist rico-religioso da humanidade. e) A hist ria, entendida como um dos principais campos do conhecimento humano, esteve, durante o per odo antigo, despreocupada com a preserva o da mem ria pol tica dos reis. 02- Leia o texto a seguir: Ora se h coisa que se deve temer, depois de ofender a Deus, n o quero dizer que n o seja a morte. N o quero entrar em disputa com S crates e os acad micos; a morte n o m em si, a morte n o deve ser temida. Digo que essa esp cie de morte por naufr gio, ou ent o nada mais, de ser temida. Pois, como diz a senten a de Homero, coisa triste, aborrecida e desnaturada morrer no mar. Fonte: Adaptado de RABELAIS, F. Garg ntua e Pantagruel. 2. vols. Tradu o de David Jardim Jr. BH/RJ, Vila Rica, 1991. Livro IV. Cap. XXI. Com base no texto correto afirmar que: a) A morte natural ou em terra era a coisa mais triste e aborrecida que a morte no mar. b) A morte por naufr gio n o era vista como uma morte desnaturada. c) Os navegadores seguiam a senten a de Homero, ou seja, feliz daquele que encontra a sepultura nas guas mar timas. d) O encontro com a morte no mar suscitava muito pavor. e) A boa morte era aquela que ocorria no mar. 03- Leia o texto a seguir: "A crise desencadeada na sociedade romana pela transforma o acelerada das estruturas sociais ocorrida ap s a segunda guerra p nica atingiu em meados do s culo II a.C. uma fase em que se tornava inevit vel a eclos o de conflitos declarados. A agudiza o das contradi es no seio da organiza o social romana, por um lado e, por outro, as fraquezas cada vez mais evidentes do sistema de governo republicano tiveram como resultado uma s bita eclos o das lutas sociais e pol ticas." Fonte: ALF LDY, G. A Hist ria Social de Roma. Tradu o de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Editorial Presen a, 1989, p. 81. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. Na revolta dos escravos, as frentes estavam bem definidas, pois tratava-se principalmente de uma luta dos escravos rurais contra os seus senhores e contra o Estado romano, que protegia estes ltimos. Este per odo iniciou-se com a primeira revolta de escravos na Sic lia e terminou com a revolta de Esp rtaco. II. As revoltas dos habitantes das prov ncias e dos it licos podem ser consideradas movimentos de camadas sociais homog neas. Os seus objetivos eram a luta pela liberta o dos membros de uma camada social oprimida e n o a liberta o de comunidades, Estados ou povos outrora independentes da opress o do Estado romano. III. Um dos conflitos mais significativos tinha lugar entre os cidad os romanos, divididos em grupos, com objetivos opostos. O objetivo primeiro de uma das fac es, a dos pol ticos reformistas, era resolver os problemas sociais do proletariado de Roma; a ela se opunha a resist ncia da oligarquia, igualmente numerosa. IV. Nas ltimas d cadas da Rep blica, o objetivo primordial dos conflitos passou a ser a conquista do poder de Estado. A quest o era saber se esse poder seria exercido por uma oligarquia ou por um nico governante. A conseq ncia ltima destes conflitos n o foi a mudan a da estrutura da sociedade romana, mas a altera o da forma de Estado por ela apoiada. A alternativa que cont m todas as afirmativas corretas : a) b) c) d) e) I e II. II e III. III e IV. I, II e III. I, III e IV. 04- Os principais produtos econ micos exportados pelo Brasil col nia do s culo XVIII foram: a) b) c) d) e) Ouro, a car e madeira. A car, diamantes e erva-mate. Madeira, ouro e gado. A car, madeira e erva-mate. Diamantes, ouro e gado. 3 05- "Durante os s culos XI a XIII verificou-se nas atividades agr colas e artesanais da Europa CentroOcidental um conjunto de transforma es (...) que repercutiram no crescimento das trocas mercantis. Situa-se a historicamente o chamado renascimento urbano medieval." Fonte: RODRIGUES, A. E.; FALCON, F. A forma o do mundo moderno. 2a. ed. Rio de Janeiro: Elesevier, 2006, p.9. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que tais mudan as econ micas: a) Caracterizaram-se pelo desenvolvimento das t cnicas de produ o e amplo emprego de recursos energ ticos, tais como carv o e petr leo. b) Implicaram no capitalismo mercantil incrementado pelo amplo com rcio atl ntico, fomentado por negociantes italianos e pr ncipes alem es. c) Aumentaram a produ o no campo e na cidade e fomentaram a circula o de bens e moedas, viabilizados por novos instrumentos de cr dito a governantes e comerciantes. d) Privatizaram as terras e introduziram um modelo de produ o fabril, promovido pelo governo brit nico. e) Refor aram o predom nio pol tico e comercial dos senhores feudais sobre os governos citadinos. 06- Jean Jaques Dessalines, um dos l deres da revolu o do Haiti, declara: Salvei a minha p tria. Vinguei a Am rica... Nunca mais um colono europeu por o p neste territ rio com o t tulo de amo ou de propriet rio. Fonte: DOZER, D. M. Am rica Latina: uma perspectiva hist rica. Tradu o de Leonel Zallandro. Porto Alegre; Editora Globo; S o Paulo; Edusp, 1996. P.191, 192. Baseado nesta declara o e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que: a) Ap s a independ ncia, as rebeli es feitas pela popula o negra e mulata contra a explora o colonialista e os ex rcitos franceses deixaram de fazer parte do cotidiano da popula o haitiana. b) Dessalines, como l der revolucion rio, conseguiu promover a unidade territorial do Haiti, unindo a metade oriental da ilha com a parte ocidental, que continuava escravista. c) A emancipa o do Haiti deu-se em fun o das contradi es sociais existentes nessa col nia e configurou-se num movimento de car ter pol tico, econ mico e social, visando estabelecer uma nova ordem sobre bases democr ticas. d) O Haiti emancipado foi dirigido por governantes democr ticos, cujos princ pios assemelhavamse aos da Revolu o Francesa, como liberdade, igualdade e fraternidade. e) Os negros e mulatos, mesmo sendo a maioria, n o tiveram for a suficiente para promover a emancipa o em fun o da superioridade estrat gica e armament cia do ex rcito franc s. 07- Leia o texto a seguir: [...] A independ ncia e a constru o do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das col nias. Escravos, mulheres e pobres n o s o os l deres desse movimento. A independ ncia norte-americana (EUA) um fen meno branco, predominantemente masculino e latifundi rio ou comerciante. [...] Fonte: KARNAL, L. Estados Unidos: da col nia independ ncia. S o Paulo: contexto, 1990. (cole o repensando a hist ria). P. 67. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o processo de independ ncia dos Estados Unidos, correto afirmar que: a) O movimento de independ ncia da Am rica do Norte n o representou a uni o das treze col nias por um sentimento nico de na o, mas sim, um movimento contra o dom nio da Inglaterra, potencializado pelo sentimento antibrit nico. b) A Am rica do Norte independente, com as reformas de car ter democr tico, aboliu as diferen as entre os habitantes da col nia, instituindo a pr tica da inclus o por meio de uma Constitui o Liberal. c) A coloniza o da Am rica do Norte pela Inglaterra diferenciou-se daquela feita na Am rica do Sul pelos espanh is e portugueses porque contou com a organiza o e assist ncia da metr pole nesse empreendimento de conquista e explora o. d) A for a do catolicismo foi preponderante no processo de emancipa o, pois incentivava o crescimento espiritual da popula o, liberta o dos escravos e a expans o territorial crescimento que s seria poss vel cortando os la os com a metr pole. e) Um dos problemas apresentados no per odo de lutas pela independ ncia dos EUA foi a falta de um projeto comum entre as col nias do norte e as col nias do sul que n o se harmonizavam quanto a um acordo na forma de promulgar a Constitui o estadunidense do norte e do sul. 08- A forma o do Estado espanhol - constitu do da alian a entre a monarquia, a nobreza fundi ria e a Igreja Cat lica - implicou uma estrutura fundi ria patrimonial com uma sociedade hier rquica e nobili rquica. Sobre o tema correto afirmar que: a) A fragilidade da burguesia das cidades comerciais espanholas foi superada com a forma o do Estado. b) O Estado nacional espanhol, ao se constituir, deixou de lado os valores aristocr ticos. c) O setor religioso n o teve import ncia na forma o do Estado nacional espanhol. d) A Monarquia Espanhola Cat lica foi o resultado de uma alian a marcada pelo predom nio de valores aristocr ticos. e) A nobreza fundi ria estava desinteressada na constitui o da Monarquia Espanhola. 4 09- Leia o texto a seguir: A causa pela qual os espanh is destru ram tal infinidade de almas foi unicamente n o terem outra finalidade ltima sen o o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posi es que absolutamente n o convinham a suas pessoas; enfim, n o foi sen o sua avareza que causou a perda desses povos, que por serem t o d ceis e t o benignos foram t o f ceis de subjugar; e quando os ndios acreditaram encontrar algum acolhimento favor vel entre esses b rbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem F e sem Sacramentos, tantos milh es de pessoas.[...]. Fonte: LAS CASAS, B. de. O para so destru do. Tradu o de Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L & PM, 1985. p. 30. Com base no texto, correto afirmar: a) Bartolom de Las Casas voltou-se contra a Coroa Espanhola ao perceber que a conquista da Am rica sufocaria as possibilidades de evangeliza o dos habitantes do novo continente. b) No epis dio da conquista da Am rica, o Frei Dominicano Bartolom de Las Casas ficou conhecido como defensor incondicional dos ndios, ao ressaltar a crueldade dos conquistadores. c) Os conquistadores da Am rica hisp nica e da portuguesa recha aram o discurso do Frei Las Casas por considerarem que seus pensamentos representavam os princ pios da Igreja Cat lica, contr ria expans o territorial. d) O Frei Dominicano defendeu a dignidade e a liberdade dos ind genas at sua morte, transformando-se, assim, em cone do livrearb trio nas Am ricas de coloniza o espanhola, portuguesa e inglesa. e) O discurso de Las Casas em defesa dos ind genas era uma das diversas estrat gias de conquista, uma vez que ele representava nas col nias os interesses da Coroa Espanhola. a) As diferentes formas de conquista e explora o das col nias contribu ram para a fragmenta o desse novo mundo , denominado Am rica, em diversas Am ricas . A de coloniza o hisp nica apoiou-se, principalmente, na servid o ind gena, enquanto a portuguesa baseou-se na explora o da m o-de-obra escrava africana. b) Independentes, as col nias espanhola e portuguesa optaram por uma rep blica democr tica, que contemplasse em suas constitui es a id ia de igualdade e liberdade para os diferentes povos que habitavam essas excol nias. c) A utiliza o da escravid o africana e ind gena contribuiu para formatar as caracter sticas das sociedades que foram constitu das nas Am ricas hisp nica e portuguesa, em rela o pr tica da reciprocidade entre esses povos e ao sentimento de solidariedade entre os pa ses no que diz respeito s pr ticas pol ticas. d) A explora o colonial originada com a conquista e coloniza o da Am rica Espanhola e Am rica Portuguesa, embora tenha acontecido em per odos diferentes, foi baseada na escravid o negra, aproveitando a demanda do tr fico de m o-deobra vinda da frica. e) O Brasil e os pa ses hispano-americanos configuram-se em exemplos de alteridade e prosperidade em fun o do projeto de coloniza o empreendido nesses espa os. 11- Observe a figura abaixo: 10- Leia o texto a seguir: A independ ncia pol tica e a forma o dos Estados Nacionais na Am rica Latina ocorreram a partir do rompimento do sistema colonial e foram dirigidos por setores dominantes da col nia descontentes com a impossibilidade de usufruir as novas vantagens que o capitalismo do novo s culo lhes oferecia. Portanto, essas caracter sticas peculiares distanciam o processo latino-americano do processo pelo qual a Europa passou. Al m disso, aqui havia, antes da coloniza o espanhola e portuguesa, culturas aut ctones, que se rebelaram e lutaram para sobreviver depois do impacto da chegada dos europeus. E junto a elas estavam os negros africanos, que tamb m foram incorporados a este continente. Espanha e Portugal quiseram se sobrepor e engolir as demais culturas, num processo de homogeneiza o praticado por meio da l ngua, da religi o, dos padr es econ micos. Foram vencedores em parte: essa simbiose constituiu o cimento das futuras na es latino-americanas . Fonte: PRADO, M. L. A forma o das na es latinoamericanas. S o Paulo: Atual, 1994. p. 2. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que: Fonte: Hist ria da Vida Privada no Brasil. Org. Lilia Moritz Schwarcz. S o Paulo: Companhia das Letras, 1998, s/p. Com base na figura e nos conhecimentos sobre o Brasil Contempor neo, a manifesta o visava a reivindicar: a) Elei es diretas de modo a instituir o regime parlamentarista. b) Derrubada do poder ent o vigente conforme exig ncia dos oper rios. c) O impeachment do presidente da rep blica, denunciado por corrup o. d) A convoca o de elei es diretas, ap s vinte anos de regime ditadorial. e) A participa o dos estudantes no governo, na forma de democracia direta. 5 12- Leia o texto a seguir: Por volta de meados do s culo XIX, as pessoas sentiam mais em seu cotidiano o peso do mundo exterior, as ambig idades da escravid o em contraste com os desafios das inova es que emanava dos principais centros do capitalismo. As usinas, ao substitu rem os velhos engenhos, davam novo tom vida. O mundo dos sobrados e das cidades, do vapor, das pontes de a o e das ferrovias, dos bachar is, engenheiros, m dicos, escritores e publicistas abria outros horizontes mentais. Fonte: MOTA, C. G. A experi ncia brasileira (1500-2000) formando hist ria id ias de Brasil: Forma o de problemas (1817-1850). Viagem incompleta. S o Paulo: Ed. SENAC SP, 2000, p. 234. Baseado no texto, correto afirmar: a) A monarquia brasileira se adequara aos ditames do progresso tecnol gico e ao livre-mercado. b) A tradi o do cotidiano colonial contrastava com as inova es do capitalismo industrial e da economia liberal. c) Os atrativos da vida urbana fomentaram a intensa migra o do campo para a cidade d) O liberalismo econ mico da Inglaterra lucrava com o tr fico negreiro, sendo favor vel a manter o trabalho escravo. e) Os abolicionistas defendiam o fim do trabalho escravo e da monarquia, com a consolida o do regime republicano. 13- O fascismo brasileiro, criado em 1932, foi um movimento social de extrema direita. Assinale a alternativa que indica a denomina o que lhe foi dada no Brasil: a) b) c) d) e) Nazismo. Integralismo. Populismo. Autoritarismo. Totalitarismo. 14- Observe o mapa abaixo: a) b) c) d) e) Mostram a expans o das fronteiras, conforme previamente acertado e firmado entre Portugal e Espanha. Demonstram a tend ncia expansionista desencadeada pelas migra es que adentravam pelo interior. Denotam pol ticas da boa vizinhan a com a anexa o de territ rios devidamente cedidos pelos pa ses lim trofes. Demonstram a expans o das col nias espanholas sobre as col nias portuguesas. Deflagram in meras guerras com todos os pa ses vizinhos, levando o governo brasileiro a ignorar seus vizinhos latino-americanos. 15- Entre os pa ses membros do Conselho Seguran a da ONU, cinco s o permanentes. de Assinale a alternativa que re ne tais pa ses: a) Gr -Bretanha, Estados Unidos, China, It lia e Fran a. b) Fran a, R ssia, Alemanha, Estados Unidos e Gr Bretanha. c) R ssia, China, It lia, Fran a e Estados Unidos. d) Estados Unidos, R ssia, Gr -Bretanha, China e Fran a. e) Gr -Bretanha, Estados Unidos, Fran a, China e R ssia. 16- Israel, em 1967, ao defender-se dos pa ses inimigos na Guerra dos Seis Dias , ocupou importantes reas estrat gicas e, desde ent o, estas terras n o mais foram devolvidas. Sobre os constantes conflitos na regi o do Oriente M dio, pode-se afirmar: I. Yasser Arafat, L der da OLP, Yitzhak Rabin, Primeiro Ministro de Israel, realizaram em 1993 um acordo de paz incentivados por Bill Clinton, presidente dos EUA. Alguns Judeus discordaram desta aproxima o e um deles assassinou Rabin em 1995. II. Os pa ses que t m suas terras ocupadas por Israel s o S ria, Turquia, Jord nia e L bano. No caso do L bano, as terras ocupadas s o um importante manancial aq fero, denominado de Colinas de Gol , provedor de guas para a regi o do deserto. III. A guerra na regi o, al m de ser um fato s ciopol tico, tamb m express o de um conflito religioso de tr s religi es monote stas, abra micas: o Juda smo, o Cristianismo e o Islamismo. No Ir , mu ulmanos depuseram o X Reza Pahlevi por interm dio da Revolu o Isl mica . IV. Na regi o chamada Ber o da Civiliza o , edificou-se o Imp rio da Babil nia, famoso pelos seus Jardins Suspensos . Atualmente esta regi o encontra-se dominada por um pa s Ocidental que apoiou militarmente Saddam Hussein em sua guerra contra Khomeini. A alternativa que cont m todas as afirmativas corretas : Fonte: GOES FILHO, S. S. Navegantes, bandeirantes, diplomatas. S o Paulo, Martins Fontes, 1999, p, 311. Sobre a figura acima e o processo hist rico de ocupa o do territ rio brasileiro, correto afirmar que: a) b) c) d) e) I e II. II e III. II, III e IV. I, II e IV. I, III e IV. 6 17- Leia os trechos a seguir: Em 17 de abril de 1492, os monarcas cat licos Isabel de Castilha e Fernando de Arag o concederam a Crist v o Colombo os privil gios de descoberta e conquista . Um ano depois, em 4 de maio de 1493, o Papa Alexandre VI, por meio de sua Bula de Doa o , concedeu rainha Isabel e ao rei Fernando todas as ilhas e territ rios firmes descobertos e por descobrir, cem l guas a oeste e ao sul dos A ores, em dire o ndia e ainda n o ocupadas ou controladas por qualquer rei ou pr ncipe crist o at o Natal de 1492. [...] Cartas de privil gios e patentes transformaram, assim, atos de pirataria em vontade divina. Fonte: SHIVA, V. Biopirataria: A pilhagem da natureza e do conhecimento, tradu o Laura Cardellini Barbosa de Oliveira, Petr polis: Vozes, 2001, p. 23. A economia brasileira sofre uma sangria que pode ultrapassar a casa dos US$ 2,4 bilh es em decorr ncia da biopirataria. [...] O mercado mundial de medicamentos, por exemplo, movimenta por ano US$ 300 bilh es. Cerca de 40% desses rem dios derivam da biodiversidade e um quinto deles seria extra do do Brasil [...] Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2006/08/31/ger-1.93.7. 20060831.8.1.xml Acessado em 06 de nov 2006. Baseado nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. A rainha inglesa Elisabeth I autorizou piratas, atrav s da Carta de Corso , a atacarem e roubarem navios inimigos, ficando a Coroa com uma parte do butim. II. A pirataria no mundo globalizado continua a ser exercida por grandes companhias empresariais e tamb m pela popula o, com o intuito de fugir do pagamento dos direitos autorais e de patentes. III. Os medicamentos brasileiros, derivados da biodiversidade, totalizam 40% dos rem dios no mercado mundial que s o pirateados pelas companhias farmac uticas multinacionais. IV. O poder da Igreja, exercido pelo Papa, e o poder pol tico, exercido por monarcas cat licos, buscam expressar as suas respectivas legitimidades como se fossem express o da vontade divina. Assinale a alternativa que cont m todas as afirmativas corretas: a) b) c) d) e) I e II. I e III. III e IV. I, II e IV. II, III e IV. 18- Analise os textos a seguir: Onde a ci ncia cl ssica tinha sublinhado a perman ncia, vemos agora mudan a e evolu o, vemos part culas elementares que se transformam umas nas outras, que entram em colis o, se decomp em e nascem; j n o mais vemos trajet rias peri dicas que enchiam de admira o o cora o de Kant pelo mesmo motivo que a lei moral que nele morava; vemos objetos estranhos, quasares, pulsares que explodem as gal xias e se despeda am; as estrelas dizem-nos afundam-se em black holes que devoram irreversivelmente tudo o que podem apanhar; e o Universo inteiro parece guardar, com a radia o de corpo negro, a recorda o da sua origem e do acontecimento que principiou sua hist ria atual. PRIGOGINE, I. e STENGERS, I. A nova alian a: metamorfose da ci ncia, Tradu o de Miguel Faria e Maria J. M. Trincheira, Bras lia: UNB, 1984, p.164. Como poder amos ser congelados pelo sopro frio das ci ncias, quando estas s o quentes e fr geis, humanas e controvertidas, cheias [...] de sujeitos que est o, por sua vez, povoados por coisas? . LATOUR, B. Jamais fomos t o modernos, Tradu o Carlos Irineu da Costa, S o Paulo: Editora 34, 1997, p.113. Baseado nos textos e nos conhecimentos sobre Hist ria, Cultura e Ci ncia, considere as afirmativas abaixo. I. Cop rnico retirou da Terra o seu papel de Centro do Universo e teve que enfrentar, naquele momento, adversidades com o poder pol tico institu do, pois o significado de sua explica o expressava claramente uma desestabiliza o da cren a em vigor que articulava os pap is e fun es dos seres humanos. II. A Lei da Gravita o Universal, Newtoniana, construiu um aparato de explica o cient fica dos fen menos do mundo. Este modelo de compreens o influenciou pensadores no campo das humanidades, fazendo com que eles procurassem identificar as leis que regem as sociedades. III. Os cientistas construtores dos modelos explicativos do mundo s o produtores e resultantes culturais de seus tempos hist ricos. O produto de seus of cios, a ci ncia, expressa l gica e certezas infal veis condizentes com suas condi es humanas, desta forma, seus autores s o frios e calculistas. IV. As mudan as e as aleatoriedades, fen menos estudados pela f sica qu ntica e por cientistas das reas de humanas e biol gicas, iniciaram um processo de questionamentos da Ci ncia Cl ssica que, ao tornar-se a medida irrefut vel de experimentos com todos os fen menos, veio a ser considerada como uma nova religi o . A alternativa que cont m todas as afirmativas corretas : a) b) c) d) e) I e II II e IV III e IV I, II e III I, II e IV 7 19- Sobre o per odo denominado Guerra Fria , da segunda metade do s culo XX at a Queda do Muro de Berlim, em 1989, correto afirmar que : a) Destacou-se como per odo de tens o entre duas pot ncias, os EUA e a China democr tica, na disputa pelo controle da economia mundial b) Desencadeou a descoloniza o de pa ses na frica, sia e Am rica, at ent o dom nio dos imp rios europeus. c) Caracterizou-se pela bipolaridade nas rela es internacionais com a hegemonia de sistemas antag nicos o capitalista dos EUA e o comunista da URSS. d) Deu-se sob o signo do terrorismo das armas nucleares, monop lio da URSS contra os pa ses do Leste europeu, com vistas expans o e conquista da Europa ocidental. e) Foi marcado pelo papel da Uni o Europ ia em oposi o pol tica externa dos EUA no Oriente M dio, sob a gide do terrorismo internacional. 20- A transfer ncia da Corte de D. Jo o VI para a col nia portuguesa teve apoio brit nico, uma vez que: do governo a) Portugal negociou o dom nio luso na Pen nsula Ib rica com a Inglaterra, em troca de prote o estrat gica e b lica na longa viagem mar tima ao Brasil. b) Em meio crescente Revolu o Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo s Am ricas, j que o europeu era insuficiente. c) O bloqueio continental imposto por Napole o fechou o com rcio ingl s com o continente europeu; a instala o do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos neg cios lusoanglicanos. d) O ex rcito napole nico invadiu Portugal visando a instituir o regime democr tico republicano de paz e com rcio, em franca oposi o ao expansionismo da monarquia brit nica. e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na Am rica Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades socioculturais com os ib ricos. L NGUA PORTUGUESA LITERATURA BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA As quest es de 21 a 23 referem-se can o abaixo. Cuitelinho Cheguei na beira do porto onde as ondas se espaia. As gar a d meia volta, senta na beira da praia. E o cuitelinho n o gosta que o bot o de rosa caia. L tinha revolu o, enfrentei fortes bataia. A tua saudade corta como a o de navaia. O cora o fica aflito, bate uma a outra faia. E os io se enche d gua que at a vista se atrapaia. Fonte: Tema folcl rico. Adapta o Musical: Wagner Tiso e Milton Nascimento. Texto po tico: Paulo Vanzolini e Ant nio Xand . In: NASCIMENTO, M. Milton Nascimento ao Vivo. S o Paulo: Polygram, 1983. 21- Considerando que a linguagem da m sica Cuitelinho diferente da norma culta, correto afirmar que se trata de linguagem: a) Adequada para situa es formais de interlocu o e registrada no interior paulista e baiano. b) Caracter stica de pessoas que moram em regi es centrais do Brasil, especificamente na zona urbana. c) Espec fica de uma variedade ling stica falada em comunidades rurais, principalmente por pessoas pouco letradas. d) Confusa, incompreens vel e desprez vel que deve ser evitada em qualquer situa o. e) Adequada para o texto oral, em situa es formais, comum a todas as regi es do pa s. 22- Caso o autor optasse por redigi-la de acordo com a norma culta, como ficaria a ltima frase E os io se enche d gua que at a vista se atrapaia. ? a) E os olhos se enchem d gua que at as vistas se atrapalham. b) E os olhos se enchem d gua que at as vistas nos atrapalham. c) E os olhos nos enchem d gua que at as vistas nos atrapalham. d) E os olhos se enchem d gua que at as vistas se nos atrapalham. e) E os olhos nos enchem d gua que at as vistas atrapalham. 23- De acordo com a norma culta, em rela o ao primeiro verso Cheguei na beira do porto , correto afirmar que se trata de uma utiliza o: a) Adequada, pois o verbo chegar regido pela preposi o em. b) Inadequada, pois o verbo chegar regido pela preposi o a. c) Inadequada, pois o verbo chegar regido pela preposi o para. d) Espec fica de uma figura de linguagem nomeada anacoluto. e) Compat vel com os registros dos grandes escritores nacionais. Ai quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia. Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia. 8 24- Em rela o ao verso A tua saudade corta como n o quer que as pessoas notem seu amor por Escobar. c) O comportamento dissimulado caracteriza Capitu, como deixam claras as palavras do narrador, seu marido, efetivadas logo ap s o enterro do amigo. d) Diante das palavras seguras do narrador, exseminarista e advogado, resta ao leitor a seguran a de que Capitu era uma mulher ad ltera. e) As palavras do ex-seminarista e advogado competente s o a garantia da veracidade da cena descrita na qual Capitu fixa apaixonadamente o cad ver do amigo. a o de navaia , quais figuras de linguagem foram utilizadas pelo autor? a) b) c) d) e) Silepse de pessoa e onomatop ia. Met fora e meton mia. Alitera o e prosopop ia. Prosopop ia e compara o. Onomatop ia e catacrese. As quest es de 25 a 28 referem-se ao trecho do cap tulo de Dom Casmurro (1900), de Machado de Assis (1839-1908.) OLHOS DE RESSACA Enfim, chegou a hora da encomenda o e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tamb m, as mulheres todas. S Capitu, amparando a vi va, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc -la dali. A confus o era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cad ver t o fixa, t o apaixonadamente fixa, que n o admira lhe saltassem algumas l grimas poucas e caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de car cias para a amiga, e quis lev -la; mas o cad ver parece que a retinha tamb m. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da vi va, sem o pranto, nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar l fora, como se quisesse tragar tamb m o nadador da manh . 27- A morte de Escobar ocorreu em mar o de 1871, data, na Hist ria do Brasil, da forma o do Minist rio Rio Branco. A partir desse momento, a hist ria de vida Bentinho/Capitu, assim como a hist ria do Imp rio Brasileiro, iniciam um per odo no qual: a) Os neg cios prosperam, uma vez que a banca de advogado de Bentinho buscada pelos republicanos; o Imp rio, prestes a ruir, substitui o ouro pelos t tulos da d vida imperial. b) A d vida de Bentinho, entre acreditar ou n o em Capitu, tamb m a d vida da classe dominante entre acreditar ou n o no Imp rio e na continuidade dos lucros gerados pela cafeicultura. c) A crise se instaura, pois Bentinho come a a temer pela sa de do filho; o Imp rio, buscando pela concilia o entre o partido Liberal e o partido Conservador, surpreende-se com o surgimento do partido Republicano. d) A seguran a domina tanto a vida privada quanto a p blica, uma vez que a substitui o do ouro pelos t tulos da d vida imperial traz novo alento para o com rcio, liberando, dessa forma, um maior capital de giro. e) A crise a realidade dominante uma vez que Bentinho e Capitu caminham para a separa o; o Escravagismo e o Imp rio caminham para a Aboli o da Escravatura e a Proclama o da Rep blica. Fonte: ASSIS, J. Maria Machado de. Obra Completa. V.1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 927. Com base no texto e seus conhecimentos sobre a obra, assinale a resposta correta nas quest es de 25 a 28. 25- A narra o do momento em que Capitu fixa o olhar no cad ver de Escobar efetiva-se: a) Muitos anos ap s a morte de Escobar, tendo por objetivo mostrar ao leitor a percep o do narrador da dissimula o de sua esposa, Capitu. b) Logo ap s o enterro de Escobar, mostrando-se o narrador solid rio com a dor da vi va, Sancha, personagem caracterizada pela dissimula o. c) Atrav s das palavras de Bento Santiago, melhor amigo de Escobar, tendo por objetivo registrar a dor dos amigos no momento do enterro. d) Logo ap s o enterro de Escobar, tendo por objetivo registrar o forte v nculo que unia sua fam lia do negociante e ex-seminarista. e) Muitos anos ap s o enterro de Escobar, tendo por objetivo ressaltar o transtorno ocasionado pela imprud ncia do ex-seminarista. 26- De acordo com o texto, correto afirmar: 28- A denomina o do cap tulo, Olhos de ressaca , resultante da leitura que o narrador faz: a) Do mal-estar de Sancha diante do corpo inerte do marido. b) Da agressividade incontida do olhar de Bentinho em dire o a Capitu. c) Do desejo detectado no olhar de Capitu de apossar-se de Escobar. d) Da for a e do mpeto presentes nos olhos de Capitu dirigidos ao marido. e) Do mal-estar de Capitu provocado pela noite passada em claro. a) Diante do trecho acima transcrito, compete ao leitor acreditar ou n o nas palavras do narrador uma vez que apenas suas palavras fazem-se presentes. b) Capitu, embora seja vista apenas pelo narra-dor, apresenta um comportamento amb guo, pois 9 As quest es de 29 a 32 referem-se ao poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicado na obra A rosa do povo (1945), em que o poeta retoma a Can o do ex lio (Primeiros cantos, 1846), de Gon alves Dias (1823-1864). Abaixo est o transcritos os dois poemas. Leia-os e responda as quest es que v m a seguir. NOVA CAN O DO EX LIO CAN O DO EX LIO Um sabi na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi ; As aves, que aqui gorjeiam, N o gorjeiam como l . O c u cintila sobre flores midas. Vozes na mata e o maior amor. Nosso c u tem mais estrelas, Nossas v rzeas t m mais flores, Nossos bosques t m mais vida, Nossa vida mais amores S , na noite, seria feliz: um sabi , na palmeira, longe. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l ; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi . Onde tudo belo e fant stico, s , na noite, seria feliz. (Um sabi , na palmeira, longe.) Minha terra tem primores, Que tais n o encontro eu c ; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l ; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi . Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo belo e fant stico: a palmeira, o sabi , o longe. N o permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l ; Sem que desfrute os primores Que n o encontro por c ; Sem qu inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi . Fonte: ANDRADE, C. D. Poemas. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1959. p. 141-142. Fonte: DIAS, A. G. Can o do Ex lio. In: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, Jos Aderaldo. Presen a da Literatura Brasileira: hist ria e antologia. 11 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 180. 29- Comparando os dois poemas, poss vel afirmar que a Nova Can o do Ex lio , de Carlos Drummond de Andrade: a) Ironiza o excesso de adv rbios utilizados por Gon alves Dias e, desta forma, deixa transparecer seu mal-estar frente rever ncia ao poema rom ntico. b) Repete zombeteiramente o poema de Gon alves Dias, revelando, assim, o posicionamento desrespeitoso da segunda gera o modernista frente ao movimento rom ntico brasileiro. c) Tratando da saudade da p tria, mant m a mesma linearidade discursiva pr pria do poema rom ntico, revelando, ao mesmo tempo, um ponto convergente entre o Romantismo e a segunda gera o modernista. d) Tomando como modelo o texto de Gon alves Dias, Drummond cria outro poema, caracterizado pela essencialidade, conduzindo o leitor a refletir sobre o c none recebido. e) Plagia o poema gon alvino ao repetir o que foi dito pelo poeta rom ntico, embora com uma roupagem mais moderna e com maior capacidade de envolver o leitor. 30- Dois versos se repetem por tr s vezes no poema de Gon alves Dias: Minha terra tem palmeiras,/ Onde canta o Sabi . Tamb m no poema de Drummond de Andrade dois versos se repetem: um sabi ,/ na palmeira, longe . Comparando os versos que se repetem, correto afirmar que: a) Drummond de Andrade, substituindo a mai scula de Sabi , presente no poema de Gon alves Dias, por min scula, registra a diversidade da segunda gera o modernista em rela o ao Romantismo: a desvaloriza o da natureza e a pouca preocupa o com valores nacionalistas. b) Drummond de Andrade substitui minha terra presente no poema rom ntico por longe . Agindo desta forma, tira o car ter possessivo e particularizante da p tria presente no poema gon alvino e o substitui por uma p tria ideal e, por isso, distante. c) Gon alves Dias usa o artigo definido junto palavra sabi , marcando, desta forma, o valor dado ave s mbolo do Brasil. Drummond de Andrade s far uso do artigo definido no pen ltimo verso, revelando pouca preocupa o com valores nacionais. d) Enquanto no poema rom ntico h um verbo para cada ora o, no poema de Drummond os verbos s o eliminados, reduzindo, conseq entemente, a extens o do poema e, ao mesmo tempo, marcando seu v nculo com a primeira gera o modernista. e) O substantivo palmeiras , no plural, no poema de Gon alves Dias, substitu do pela express o na palmeira no poema de Drummond, registrando o car ter circunstancial desta rvore s mbolo do Brasil. 31- H ainda dois outros versos que se repetem nos dois poemas: Em cismar, sozinho, noite,/Mais prazer encontro eu l , no poema de Gon alves Dias; s , na noite,/ seria feliz , no poema de Carlos Drummond de Andrade. Sobre essas repeti es, correto afirmar que, no poema modernista: a) A elimina o do verbo cismar , presente no poema gon alvino, foi respons vel por uma menor carga de subjetividade. b) A substitui o de mais prazer encontro eu l por seria feliz traz um car ter consecutivo n o presente no poema gon alvino. c) O emprego dos dois pontos ap s o d cimo verso, seria feliz , antecipa a conseq ncia de felicidade de Drummond de Andrade presente nos versos subseq entes. d) A express o entre par nteses, no poema de Drummond, reitera os versos Onde tudo belo/e fant stico . e) A express o s , na noite substitui o gon alvino em cismar, sozinho, noite , de maneira a antecipar a busca pela s ntese pr pria da poesia concreta. 10 32- Em rela o obra A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, correto afirmar: a) H busca de di logo com obras pertencentes ao c none liter rio, seja brasileiro ou de outra nacionalidade, como o caso de O caso do vestido e Morte do leiteiro que dialogam com a obra de Apollinaire e de Murilo Mendes. b) H um conjunto de poemas que se caracteriza pela busca exaustiva da condensa o, como o caso, por exemplo, de poro , Nova can o do ex lio e Economia dos mares terrestres . c) As marcas do tempo fazem-se presentes em poemas que tratam da Segunda Guerra Mundial, bem como da ditadura de Get lio Vargas, bastando lembrar o poema Procura da poesia . d) O humour uma constante, j representado em Carta a Stalingrado , em que o autor jocosamente registra eventos transcorridos nessa cidade russa na primeira d cada do s culo XX. e) H grande preocupa o com o registro de fatos vividos pelo autor em Itabira, sua cidade natal, sendo os poemas A flor e a n usea e Nosso tempo aqueles que melhor efetivam a rememora o da inf ncia. As quest es 33 e 34 referem-se a Os Lus adas (1572), poema pico de Lu s Vaz de Cam es (1925? 1580), que se constituem express o dos valores renascentistas em l ngua portuguesa. Os feitos do povo portugu s s o enaltecidos, particularmente a viagem de Vasco da Gama s ndias. H na obra, por m, uma voz dissonante: a do Velho do Restelo. Seguem abaixo as tr s primeiras estrofes nas quais quem fala este personagem. 95 gl ria de mandar! v cobi a Desta vaidade a quem chamamos fama! fraudulento gosto, que se ati a Com uma aura popular que honra se chama! Que castigo tamanho e que justi a Fazes no peito v o que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! 96 Dura inquieta o da alma e da vida. Fonte de desamparos e adult rios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imp rios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo dina de infames vitup rios! Chamam-te Fama e Gl ria soberana, Nomes com que se o povo n scio engana! 97 A que novos desastres determinas De levar estes Reinos e esta gente? Que perigos, que mortes lhe destinas Debaixo dalgum nome preminente? Que promessas de reinos e de minas De ouro, que lhe far s t o facilmente? Que famas lhe prometer s? Que hist rias? Que triunfos? Que palmas? Que vit rias? Fonte: CAM ES, Lu s Vaz de. Os Lus adas. Edi o comentada e anotada por Henrique Barrilaro Ruas. Porto: Editora Rei dos Livros, 2002. p. 177. 33- A fala do Velho do Restelo surge no momento em que as naus de Vasco da Gama abandonam o cais. A praia est repleta de pessoas que vieram despedir-se dos navegadores. O Velho do Restelo representa: a) A aristocracia portuguesa ascendente a opor-se s navega es dos portugueses ao Oriente. b) Os valores medievais portugueses voltados para a cristianiza o dos budistas orientais. c) A nova classe social emergente dominada pela rebeldia frente s conquistas portuguesas. d) As pessoas que ficam na praia, aguardando o retorno dos parentes que no Oriente conquistar o gl ria e dinheiro. e) As pessoas que ficam - crian as, mulheres e velhos - desprovidas da prote o de seus pais, esposos e filhos. 34- Na estrofe de n mero 95, registram-se cinco pontos de exclama o, e na estrofe de n mero 96, mais tr s outras exclama es. Este sinal de pontua o foi usado para marcar a indigna o do Velho do Restelo frente: a) ousadia dos navegadores portugueses esquecendo-se dos valores que lhes foram delegados pela tradi o. b) Ao descomedimento dos navegadores portugueses ao enfrentar os perigos do mar sem nenhuma cautela. c) ingenuidade do povo portugu s ao acreditar que as grandes navega es lhes trariam gl ria e dinheiro. d) ingenuidade de Vasco da Gama que acredita trazer sua fam lia paz e harmonia ap s a conquista das ndias. e) Ao desprendimento do povo portugu s ao sacrificar sua gente diante da perspectiva de enriquecimento no Oriente. As quest es de 35 a 38 referem-se obra Auto da compadecida. PADEIRO: - O senhor benze o cachorro, Padre Jo o? JO O GRILO: - N o pode ser. O bispo est a e o padre s benzia se fosse o cachorro do Major Ant nio Morais, gente mais importante, porque sen o o homem vai reclamar. PADEIRO: - Que hist ria essa? Ent o Vossa Senhoria pode benzer o cachorro do Major Ant nio Morais e o meu n o? Padre apaziguador: - Que isso, que isso? Padeiro: - Eu que pergunto: que isso? Afinal de contas, eu sou o presidente da Irmandade das Almas, e isso alguma coisa! Jo o Grilo: - , padre, o homem a coisa muita: presidente da Irmandade das Almas! Pra mim isso caso de cachorro bento. Benza logo o cachorro e tudo fica em paz. Padre: - N o benzo, n o benzo e acabou-se. N o estou pronto pra fazer essas coisas assim de repente. Sem pensar, n o! Mulher furiosa: Quer dizer, quando era o cachorro do Major j estava tudo pensado, pra benzer o meu esta complica o! Olhe que meu marido s cio 11 benfeitor da Irmandade das Almas! Vou pedir a demiss o dele! Padeiro: - Vai pedir minha demiss o! Mulher: - De hoje em diante n o me sai l de casa nem um p o pra a Irmandade! Padeiro: - Nem um p o! Mulher: - E olhe que os p es que v m para aqui s o de gra a! Padeiro: - S o de gra a! Mulher: - E olhe que as obras da igreja ele quem est custeando! Padeiro: - Sou eu que estou custeando! Padre apaziguador: - Que isso, que isso! Mulher: - Que isso? a voz da verdade, Padre Jo o! O senhor agora vai ver quem a mulher do padeiro! Jo o Grilo: - Ai, ai, ai, e a senhora, o que que do padeiro? Mulher: - A vaca... CHIC : - A vaca?! Mulher: - A vaca que eu mandei pra c , pra fornecer leite ao vig rio, tem que ser devolvida hoje mesmo! Padeiro: - Hoje mesmo! Padre: - Mas at a vaca! Sacrist o, sacrist o! Jo o Grilo: - A vaca tamb m demais! (Arremedando o padre). Sacrist o, sacrist o! O sacrist o aparece porta (...) Jo o Grilo: - Sacrist o, a vaca da mulher do padeiro tem que sair! (...) Fonte: Adaptado de SUASSUNA, Ariano. O auto a compadecida. 35 .ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p.38-41. da 35- Com base no trecho e no conhecimento da obra, considere as afirmativas a seguir. I. O excerto transcrito parte de uma pe a teatral com simplicidade de di logos, baseada em romances e hist rias populares do nordeste. II. A palavra Auto remete a uma modalidade de teatro medieval com assuntos fundamentalmente religiosos. A obra Auto da compadecida mostra-se uma s ntese de um modelo medieval com um modelo regional. III. Al m de divertida farsa, o Auto da compadecida desvela as rela es est veis entre os membros da sociedade no interior nordestino. IV. Em termos de grupos sociais, o padeiro e sua mulher podem ser considerados representantes da pequena burguesia nordestina. A alternativa que cont m todas as afirmativas corretas : a) b) c) d) e) I e III. III e IV. I, II e III. I, II e IV. II, III e IV. 36- Com base no trecho ... e o padre s benzia se fosse o cachorro do Major Ant nio Morais... , correto afirmar que o pret rito imperfeito benzia usado, informalmente, no lugar do: a) b) c) d) e) Imperfeito do subjuntivo. Presente do indicativo. Futuro do presente do indicativo. Mais que perfeito do indicativo. Futuro do pret rito do indicativo. 37- Em se tratando de uma obra com ingredientes burlescos, correto afirmar que, no trecho transcrito, a cont nua repeti o de parte importante da fala da mulher pelo padeiro denota, humoristicamente, o sentimento de: a) b) c) d) e) Subservi ncia. Coragem. Sarcasmo. Religiosidade. Respeito. 38- A ambig idade um recurso tamb m utilizado para deflagrar o humor e o riso. Assinale a alternativa que cont m os enunciados que se caracterizam pela ambig idade: a) Mas at a vaca? ; A vaca que eu mandei pra c . b) Sacrist o, a vaca da mulher do padeiro tem que sair! ; ... padre s benzia se fosse o cachorro do Major . c) O senhor agora vai ver quem a mulher do padeiro! ; a voz da verdade, Padre Jo o! . d) A vaca (...) tem que ser devolvida hoje mesmo! ; O senhor benze o cachorro, Padre Jo o! . e) A vaca tamb m demais! ; nem um p o pra a Irmandade! . As quest es 39 e 40 referem-se ao texto abaixo. A l ngua tupinamb , como comum nas culturas amer ndias, distinguia entre a narra o de eventos pessoalmente experimentados pelo locutor e aqueles ouvidos de terceiros. Minha experi ncia com os Arawet , povo tupi que apresenta numerosas afinidades com os Tupinamb inclusive na centralidade da figura dos xam s como formuladores e divulgadores do saber cosmol gico inclina-me a tomar as declara es do tipo assim dizem os nossos paj s como f rmulas citacionais que marcam uma rela o n o-experiencial do locutor com o t pico do discurso. No caso arawet , onde proliferam xam s, e vers es do que se passa no c u com os mortos e os deuses, isso est claramente associado com uma distin o entre o conhecimento obtido pelos pr prios sentidos e aquele obtido pela experi ncia (direta ou indireta) de outrem, conhecimentos que n o possuem o mesmo estatuto epist mico. Fonte: Castro, Eduardo Viveiros de. A inconst ncia da alma selvagem. S o Paulo: Cosac e Naify, 2002, p.215. 12 39- De acordo com o texto, correto afirmar: a) A figura do xam deposit ria da verdade universal, tanto no caso tupinamb como no awaret . b) Por meio da rela o n o-experiencial, poss vel perceber a unidade do discurso do povo awaret . c) A distin o entre o que se conheceu por si mesmo e o que foi contado por outros est associada, para os Tupinamb , a uma diferencia o no plano da linguagem. d) Embora a rela o entre o visto e o ouvido n o estabele a uma contradi o, gera conflitos para a cren a religiosa entre os awaret . e) A rela o com os mortos, entre os awaret , estabelecida atrav s de eventos pessoalmente experimentados. 40- Com base no texto, considere as afirmativas a seguir: I. O termo cosmol gico refere-se a um saber que busca explicar a origem de um determinado universo. II. O termo citacionais refere-se a f rmulas de linguagem t picas de popula es urbanas. III. Os termos Tupinamb e Arawet , quando grafados com inicial mai scula, referem-se ao povo ind gena considerado como na o. IV. O termo inclusive exemplifica uma das afinidades entre as na es ind genas citadas no texto. A alternativa que cont m todas as afirmativas corretas : a) b) c) d) e) I e II. II e III. II e IV. I, II e IV. I, III e IV. 13 14 VESTIBULAR 2007 Gabarito das quest es objetivas da prova do dia 11/12/2006 Quest o 15-35 de Hist ria: Anulada OBS: A Diretoria Pedag gica da COPS anula a quest o visto que, no manual do candidato, p gina n 11 em recomenda es importantes est descrito h sempre uma nica resposta certa . No caso da quest o citada, h duas alternativas iguais e tais alternativas est o corretas. Artes 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A A C A B B D C E A B B C D C E A E E D Biologia 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 E B C A D B C D A C B B D C A E B E A D Filosofia 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 D A E E E B C C B A D A B C B E A C D D Geografia 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B E D A D A D B C D E E B A C B C A E C F sica 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 A B D A B D A C E C D E A E C D C E B B Hist ria 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 A D E A C C A D B A D B B B Anulada E D E C C Lingua Portuguesa e Literaturas 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 C A B D A A E C D B D B E C D E A B C E Qu mica 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 E C B D A E C A A A D B C B D C E D B E Matem tica 01 - 21 02 - 22 03 - 23 04 - 24 05 - 25 06 - 26 07 - 27 08 - 28 09 - 29 10 - 30 11 - 31 12 - 32 13 - 33 14 - 34 15 - 35 16 - 36 17 - 37 18 - 38 19 - 39 20 - 40 Sociologia 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 D C A A E B E B D D C A E A D D B C B E A E E C A B A D E B D C A B D E A D C C

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