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UEL Vestibular de 2009 - PROVAS DA 2º FASE : Filosofia e Sociologia

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CONCURSO VESTIBULAR 2009 08/12/2008 INSTRU ES ! Confira, abaixo, seu nome e n mero de inscri o e assine no local indicado. ! Verifique se os dados impressos no Cart o-Resposta correspondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal. ! N o ser o permitidos empr stimos de materiais, consultas e comunica o entre candidatos, tampouco o uso de livros e apontamentos. Rel gios, aparelhos eletr nicos e, em especial, aparelhos celulares dever o ser desligados e colocados no saco pl stico fornecido pelo Fiscal. O n o-cumprimento destas exig ncias ocasionar a exclus o do candidato deste Processo Seletivo. ! Aguarde autoriza o para abrir o Caderno de Provas. A seguir, antes de iniciar as provas, confira a pagina o. ! As Provas Objetivas s o compostas por 40 quest es de m ltipla escolha, em que h somente uma alternativa correta. Transcreva para o Cart o-Resposta o resultado que julgar correto em cada quest o, preenchendo o ret ngulo correspondente com caneta de tinta preta. ! A interpreta o das quest es parte do processo de avalia o, n o sendo permitidas perguntas aos Fiscais. ! No Cart o-Resposta, anulam a quest o: a marca o de mais de uma alternativa em uma mesma quest o, as rasuras e o preenchimento al m dos limites do ret ngulo destinado para cada marca o. N o haver substitui o do Cart o-Resposta por erro de preenchimento. ! A dura o das provas ser de 4 (quatro) horas, incluindo o tempo para preenchimento do Cart o-Resposta. ! Ao concluir as provas, permane a em seu lugar e comunique ao Fiscal. ! Aguarde autoriza o para devolver, em separado, o Caderno de Provas e o Cart o-Resposta, devidamente assinados. 2 fase 08/12 O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 horas do dia 8 de dezembro de 2008. FILOSOFIA Leia o texto a seguir e responda quest o 1. Texto I Considera pois continuei o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignor ncia, a ver se, regressados sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que algu m soltasse um deles, e o for asse a endireitar-se de repente, a voltar o pesco o, a andar e a olhar para a luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de xar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se algu m lhe a rmasse que at ent o ele s vira coisas v s, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o for assem com perguntas a dizer o que era? N o te parece que ele se veria em di culdade e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam? (PLAT O. A Rep blica. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 318-319.) 1 O texto parte do livro VII da Rep blica, obra na qual Plat o desenvolve o c lebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, correto a rmar. I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo intelig vel, o do conhecimento do verdadeiro ser. II. Explicita como Plat o concebe e estrutura o conhecimento. III. Manifesta a forma como Plat o pensa a pol tica, na medida em que, ao voltar caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contempla o das sombras os antigos companheiros. IV. Apresenta uma concep o de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 2 Para Plat o, no livro IV da Rep blica, a justi a, na cidade ideal, Baseia-se no princ pio em virtude do qual cada membro do organismo social deve cumprir, com a maior perfei o poss vel, a sua fun o pr pria. Tanto os guardi es como os governantes e os industriais t m a sua miss o estritamente delimitada, e se cada um destes tr s grupos se esfor ar por fazer da melhor maneira poss vel o que lhes compete, o Estado resultante da coopera o destes elementos ser o melhor Estado conceb vel. (JAEGER, W. Paid ia: a forma o do homem grego. 2. ed. S o Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 556.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Plat o, assinale a alternativa correta. a) A cidade, de origem divina, encontra sua perfei o quando reina o amor verdadeiro entre os homens, base da conc rdia total das classes sociais. b) A justi a, na cidade ideal, consiste na submiss o de todas as classes ao governante que, pela tirania, promove a paz e o bem comum. c) A cidade se torna justa quando os indiv duos de classes inferiores, no cumprimento de suas fun es, ascendem socialmente. d) A justi a, na cidade ideal, manifesta-se na igualdade de todos perante a lei e na coopera o de cada um no exerc cio de sua fun o. e) Na cidade ideal, a justi a se constitui na posse do que pertence a cada um e na execu o do que lhe compete. 1 / 20 3 Com base nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico de Arist teles, correto a mar. a) A re ex o aristot lica estabelece uma clara separa o entre pol tica e tica, uma vez que a parte (vida individual) n o pode se confundir com o todo (comunidade pol tica). b) A lei, para Arist teles, como express o pol tica da ordem natural e, portanto, intimamente ligada justi a, o princ pio que rege a a o dos homens na p lis. c) Arist teles sustenta que cada homem, por sua liberdade natural, sempre age tendo em vista algo que lhe parece ser um bem, alcan ando sua perfei o pela satisfa o de suas paix es e necessidades individuais. d) O conceito de felicidade a que, segundo Arist teles, visa individualmente a a o humana, est desvinculado do conceito de justi a como um exerc cio pol tico orientado ao bem comum. e) Na concep o pol tica de Arist teles, torna-se evidente que a id ia de bom governo, de regime justo e de cidade boa depende da triparti o dos poderes. Leia atentamente o texto a seguir e responda quest o 4. Texto II A palavra que empregamos como Estado n o signi ca outra coisa que cidade . Apesar de Arist teles ter vivido at ao m da idade de ouro da vida da cidade grega e ter estado em ntimo contato com Filipe e Alexandre, foi na cidade e n o no imp rio que ele viu, n o apenas a forma mais elevada de vida pol tica conveniente sua poca, mas tamb m a forma mais elevada que era capaz de conceber. Todo agregado mais vasto constitu a para si uma mera tribo ou um emaranhado de pessoas sem homogeneidade. Nenhum imp rio impondo a sua civiliza o aos povos mais atrasados, nem uma na o constitu da em Estado, estavam ao alcance da sua vis o. (ROSS, D. Arist teles. Lisboa: Dom Quixote. 1987. p. 243.) 4 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico de Arist teles, considere as a rmativas a seguir. I. A forma de vida mais adequada para o cidad o aquela na qual todos os habitantes da cidade, indistintamente, participam da vida pol tica, governando e sendo governados. II. O Estado nasce com o objetivo de proporcionar a vida boa, compreendida como estando vinculada s quest es morais e intelectuais. III. Assim como outros autores da tradi o, tamb m Arist teles pensa a origem do Estado como um ato de mera conven o sem v nculos com a natureza humana. IV. Na teoriza o que Arist teles faz sobre o Estado, est presente a fam lia, como, por exemplo, na tese de que o Estado deriva da fam lia . Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia o seguinte texto de Maquiavel e responda quest o 5. Texto III [...] como meu intento escrever coisa til para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou rep blicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferen a entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ru na pr pria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer pro ss o de bondade natural que se arru ne entre tantos que s o maus. Assim, necess rio a um pr ncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade. (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe. cap. XV. Cole o Os pensadores . S o Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 69.) 2 / 20 5 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da rela o entre poder e moral, correto a rmar. a) Maquiavel se preocupa em analisar a a o pol tica considerando t o-somente as qualidades morais do Pr ncipe que determinam a ordem objetiva do Estado. b) O sentido da a o pol tica, segundo Maquiavel, tem por fundamento origin rio e, portanto, anterior, a ordem divina, re etida na harmonia da Cidade. c) Para Maquiavel, a busca da ordem e da harmonia, em face do desequil brio e do caos, s se realiza com a conquista da justi a e do bem comum. d) Na re ex o pol tica de Maquiavel, o m que deve orientar as a es de um Pr ncipe a ordem e a manuten o do poder. e) A an lise de Maquiavel, com base nos valores espirituais superiores aos pol ticos, repudia como ileg timo o emprego da for a coercitiva do Estado. Leia o seguinte texto de Hobbes e responda quest o 6. Texto IV A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a prop sito das rep blicas o sup e, ou nos pede ou requer que acreditemos que o homem uma criatura que nasce apta para a sociedade. Os gregos chamam-no zoon politikon; e sobre este alicerce eles erigem a doutrina da sociedade civil [...] aqueles que perscrutarem com maior precis o as causas pelas quais os homens se re nem, e se deleitam uns na companhia dos outros, facilmente h o de notar que isto n o acontece porque naturalmente n o poderia suceder de outro modo, mas por acidente. [...] Toda associa o [...] ou para o ganho ou para a gl ria isto , n o tanto para o amor de nossos pr ximos, quanto pelo amor de n s mesmos. [...] se fosse removido todo o medo, a natureza humana tenderia com muito mais avidez domina o do que construir uma sociedade. Devemos, portanto, concluir que a origem de todas as grandes e duradouras sociedades n o prov m da boa vontade rec proca que os homens tivessem uns para com os outros, mas do medo rec proco que uns tinham dos outros. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 28-29; 31-32.) 6 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico hobbesiano, correto a rmar. a) Hobbes rea rma o postulado aristot lico de que os homens tendem naturalmente vida em sociedade, mas que, obcecados pelas paix es, deca ram num estado generalizado de guerra de todos contra todos. b) O estado de guerra generalizada entre os homens emerge, segundo Hobbes, da desigualdade promovida pela lei civil e pelo desejo de poder de uns sobre os outros. c) A id ia de que o estado de guerra generalizada ocorre com o desaparecimento do estado de natureza, onde todos os homens vivem em harmonia, constitui o fundamento da teoria pol tica de Hobbes. d) Segundo Hobbes, para restaurar a paz que existia no estado de natureza, os homens sujeitam-se, pelo pacto, a um nico soberano para subtrair-se ao medo da morte e, por sua vez, garantir a autopreserva o. e) Segundo Hobbes, propens o natural dos homens a se ferirem uns aos outros se soma o direito de todos a tudo, resultando, pela igualdade natural, em uma guerra perp tua de todos contra todos. Leia o seguinte texto de Rousseau e responda quest o 7. Texto V O princ pio de toda a o est na vontade de um ser livre, n o poder amos remontar al m disso. [...] n o h verdadeira vontade sem liberdade. O homem, portanto, livre em suas a es [...]. Se o homem ativo e livre, ele age por si mesmo. Tudo o que faz livremente n o entra no sistema ordenado da Provid ncia e n o lhe pode ser imputado. [...] 3 / 20 A consci ncia a voz da alma, as paix es s o a voz do corpo. [...] [A consci ncia] o verdadeiro guia do homem; ela est para a alma assim como o instinto est para o corpo: quem a segue obedece natureza e n o tem medo de se perder. [...] Existe, pois, no fundo das almas um princ pio inato de justi a e de virtude a partir do qual, apesar de nossas pr prias m ximas, julgamos nossas a es e as de outrem como boas ou m s, e a esse princ pio que dou o nome de consci ncia. (ROUSSEAU, J. J. Em lio ou da Educa o. S o Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 396; 405; 409.) 7 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento moral de Jean-Jacques Rousseau, correto a rmar. a) Rousseau rea rma que o fundamento objetivo dos ju zos morais est em Deus, que ilumina a consci ncia humana e nela inspira o princ pio inato de justi a e de virtude . b) Herdeiro do pensamento de Plat o, Rousseau defende que a pr tica do bem coincide com a busca intermin vel do conhecimento da verdade e da justi a. c) Rousseau rea rma que, por meio da consci ncia, o ser humano movido pela busca da felicidade, alcan ada pela re ex o e pelo desprezo dos desejos e das paix es. d) Rousseau rejeita que o fundamento da moral seja a conformidade com a lei divina, a rmando a cren a na objetividade de uma lei natural, anterior a qualquer lei positiva. e) Rousseau recusa aceitar a exist ncia de no es morais anteriores experi ncia humana e defende que o ser humano naturalmente movido pela busca do prazer. Leia o seguinte texto de Francis Bacon e responda quest o 8. Texto VI [...] necess rio, ainda, introduzir-se um m todo completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experi ncia. Pois a experi ncia vaga, deixada a si mesma [...] um mero tateio, e presta-se mais a confundir os homens que a inform -los. Mas quando a experi ncia proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se- esperar algo de melhor da ci ncia. [...] A infeliz situa o em que se encontra a ci ncia humana transparece at nas manifesta es do vulgo. A rma-se corretamente que o verdadeiro saber o saber pelas causas. E, n o indevidamente, estabelecemse quatro coisas: a mat ria, a forma, a causa e ciente, a causa nal. Destas, a causa nal longe est de fazer avan ar as ci ncias, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as a es humanas. (BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indica es acerca da interpreta o da natureza. S o Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 99-100.) 8 Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira indu o experimental como interpreta o da natureza, correto a rmar. a) Na busca do conhecimento, n o se podem encontrar verdades indubit veis, sem submeter as hip teses ao crivo da experimenta o e da observa o. b) A formula o do novo m todo cient co exige submeter a experi ncia e a raz o ao princ pio de autoridade para a conquista do conhecimento. c) O desacordo entre a experi ncia e a raz o, prevalecendo esta sobre aquela, constitui o fundamento para o novo m todo cient co. d) Bacon admite o nalismo no processo natural, por considerar necess rio ao m todo perguntar para que as coisas s o e como s o. e) O estabelecimento de um m todo experimental, baseado na observa o e na medida, aprimora o m todo escol stico. 4 / 20 9 Para Arist teles, S julgamos que temos conhecimento de uma coisa quando conhecemos sua causa. E h quatro tipos de causa: a ess ncia, as condi es determinantes, a causa e ciente desencadeadora do processo e a causa nal. (ARIST TELES. Anal ticos Posteriores. Livro II. Bauru: Edipro. 2005. p. 327.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a metaf sica aristot lica, correto a rmar. a) A exist ncia de um plano superior constitu do das id ias e atingido apenas pelo intelecto permite a Arist teles a compreens o objetiva dos fen menos que ocorrem no mundo f sico. b) A realidade, para Arist teles, sendo constitu da por seres singulares, concretos e mut veis, pode ser conhecida indutivamente pela observa o e pela experimenta o. c) Para a compreens o das transforma es e da mutabilidade dos seres, Arist teles recorre ao princ pio da cria o divina. d) Na metaf sica aristot lica, a compreens o do devir de todas as coisas est vinculada determina o da causa material e da causa formal sobre a causa nal. e) Para Arist teles, todas as coisas tendem naturalmente para um m (telos), sendo esta concep o teleol gica da realidade a que explica a natureza de todos os seres. Leia o seguinte texto de Descartes e responda quest o 10. Texto VII De h muito observara que, quanto aos costumes, necess rio s vezes seguir opini es, que sabemos serem muito incertas, tal como se fossem indubit veis [...]; mas, por desejar ent o ocupar-me somente com a pesquisa da verdade, pensei que era necess rio agir exatamente ao contr rio, e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor d vida, a m de ver se, ap s isso, n o restaria algo em meu cr dito, que fosse inteiramente indubit vel [...] E, tendo notado que nada h no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, preciso existir, julguei poder tomar como regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente s o todas verdadeiras [...]. (DESCARTES, R. Discurso do M todo. Quinta Parte. Os Pensadores. S o Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 46-47.) 10 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, correto a rmar. a) A d vida met dica permitiu a Descartes compreender que todas as id ias verdadeiras procedem, mediata ou imediatamente, das impress es de nossos sentidos e pela experi ncia. b) A clareza e a distin o das id ias verdadeiras representam apenas uma certeza subjetiva, al m da qual, apesar da radicaliza o da d vida met dica, n o se consegue fundamentar a objetividade da certeza cient ca. c) Somente com o cogito, a concep o cartesiana das id ias claras e distintas, inatas ao esp rito humano, garante de nitivamente que o objeto pensado pelo sujeito determinado pela realidade fora do pensamento. d) Do exerc cio da d vida met dica, no itiner rio cartesiano, a certeza subjetiva do cogito constitui a primeira verdade inabal vel e, portanto, modelo das id ias claras e distintas. e) A d vida cartesiana, convertida em m todo, rende-se ao ceticismo e demonstra a impossibilidade de qualquer certeza consistente e de nitiva quanto capacidade do intelecto de atingir a verdade. Leia o texto a seguir e responda quest o 11. Texto VIII Fui nutrido nas letras desde a inf ncia, e por me haver persuadido de que, por meio delas, se podia adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que til vida, sentia extraordin rio desejo de aprend -las. Mas, logo que terminei todo esse curso de estudos, ao cabo do qual se costuma ser recebido na classe dos doutos, mudei inteiramente de opini o. Pois me achava enleado em tantas d vidas e erros, que me parecia n o haver obtido outro proveito, procurando instruir-me, sen o o de ter descoberto cada vez mais a minha ignor ncia. E, no entanto, estivera numa das mais c lebres escolas da Europa, onde pensava que deviam existir homens sapientes, se que existiam em algum lugar da Terra. (DESCARTES, R. Discurso do M todo. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. p. 43.) 5 / 20 11 O texto aponta a insatisfa o que assola Descartes ao t rmino dos seus estudos. Dentre os motivos que conduziram Descartes a essa avalia o, pode-se citar: I. A situa o da loso a, envolta em muitas d vidas. II. A aus ncia de um m todo adequado, inspirado na matem tica, capaz de conduzir com seguran a ao conhecimento do verdadeiro. III. A cr tica educa o, cuja base epistemol gica se mant m constru da sobre pressupostos emp ricos. IV. A separa o, existente desde o s culo XV, entre ci ncias do esp rito e ci ncias da natureza. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. Leia o texto a seguir e responda quest o 12. Texto IX [...] deve-se destacar que todo tipo de tica que se baseie na busca da felicidade heter noma, porque introduz ns materiais, com toda uma s rie de conseq ncias negativas. A busca da felicidade polui a pureza da inten o e da vontade, posto que aponta para determinados ns (para aquilo que se deve fazer e n o para o como se deve faz -lo) e assim a condiciona. (REALE, G.; ANTISERI, D. Hist ria da loso a II. S o Paulo: Paulinas, 1990, p. 917.) 12 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, indique a tica que fundamenta esta cr tica. a) A tica aristot lica, por ser teleol gica. b) A tica kantiana, desenvolvida no s culo XVIII. c) A tica de Mill, autor classi cado como utilitarista. d) A tica de Dem crito, disc pulo de Leucipo. e) A tica de Spencer, modelo de tica evolucionista. Leia o texto a seguir e responda quest o 13. Texto X A proposta tica de Habermas n o comporta conte dos. Ela formal. Ela apresenta um procedimento, fundamentado na racionalidade comunicativa, de resolu o de pretens es normativas de validade. (DUTRA, D. J. V. Raz o e consenso em Habermas. A teoria discursiva da verdade, da moral, do direito e da biotecnologia. Florian polis: Editora da UFSC, 2005, p. 158.) 13 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a obra de Habermas, correto a rmar que, na tica do Discurso, a) o processo de justi ca o das normas morais e o procedimento de delibera o das pretens es de validade de corre o normativa s o fal veis. b) o formalismo da tica habermasiana id ntico ao formalismo presente nas ticas de Kant e Bentham, pois desconsidera o que resulta concretamente das normas morais. c) o modelo monol gico da tica kantiana reformulado na perspectiva de uma comunidade discursiva na qual os participantes analisam as pretens es de validade tendo como crit rio a for a do melhor argumento. d) o puro respeito lei considerado por Habermas como o crit rio fundamental para conferir moralidade a o, restando exclu dos do debate da tica discursiva os desejos e as necessidades manifestados pelos indiv duos. e) o princ pio U possibilita que sejam acatadas normas que n o estejam sintonizadas com uma vontade universal, coadunando, dessa forma, particularismo e universalismo tico. 6 / 20 Leia o texto a seguir e responda s quest es 14 e 15. Texto XI A a o pol tica pressup e a possibilidade de decidir, atrav s da palavra, sobre o bem comum. Esta acep o do termo pol tica , somente v lida enquanto ideal aceito, guarda uma estreita rela o com a concep o de pol tica defendida por Habermas. Em particular, com o modelo normativo de democracia que este desenvolveu no in cio dos anos de 1990 e que inclui um procedimento ideal de delibera o e tomada de decis es: a chamada pol tica deliberativa. (VELASCO ARROYO, J. C. Para leer a Habermas. Madrid: Alianza, 2003, p. 93.) 14 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a democracia no pensamento de Habermas, considere as a rmativas a seguir. I. As normas se tornam leg timas pelo fato de terem sido submetidas ao crivo participativo de todos os concernidos. II. O princ pio da regra da maioria est subordinado possibilidade pr via de que todos os concernidos tenham tido a oportunidade de apresentar seus posicionamentos de forma argumentativa e sem coer o. III. A delibera o visa formalizar posi es cristalizadas pelos membros da sociedade pol tica, limitando-se ao endosso das opini es pr vias de cada um. IV. As pr ticas pol ticas democr ticas restringem-se escolha, mediante sufr gio universal, dos l deres que governam as cidades. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 15 Sobre o pensamento de Habermas, correto a rmar que, no modelo da democracia deliberativa, a no o de cidadania enfatiza a) os direitos e as liberdades metaf sicas. b) as liberdades individuais e a heteronomia. c) os direitos objetivos e o cerceamento da sociedade civil. d) os direitos subjetivos e as liberdades cidad s. e) os direitos naturais origin rios e a submiss o autoridade. Leia o texto a seguir e responda quest o 16. Texto XII A ci ncia uma das poucas atividades humanas talvez a nica em que os erros s o criticados sistematicamente (e com freq encia corrigidos). Por isso podemos dizer que, no campo da ci ncia, aprendemos muitas vezes com os nossos erros; por isso podemos falar com clareza e sensatez sobre o progresso cient co. Na maior parte dos outros campos de atividade do homem ocorrem mudan as, mas raramente h progresso a n o ser dentro de uma perspectiva muito estreita dos nossos objetivos neste mundo. Quase todos os ganhos s o neutralizados por alguma perda e quase nunca sabemos como avaliar as mudan as. (POPPER, K. R. Conjecturas e refuta es. 2 ed. Bras lia: Editora da UNB. 1982. p. 242.) 7 / 20 16 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concep o de progresso da ci ncia em Karl R. Popper, correto a rmar. a) necess rio que todas as conseq ncias de uma teoria cient ca sejam veri cadas a m de se atingir a verdade em si. b) A descoberta da lei do progresso da ci ncia permite impulsionar progressiva e linearmente a ci ncia na dire o da verdade. c) Os cientistas estruturam as informa es dispon veis em um dado momento hist rico, incorporando saberes anteriores, tendo como base o m todo parat tico. d) O progresso da ci ncia ocorre quando s o suprimidas de nitivamente as id ias metaf sicas, pois historicamente nula a sua contribui o para as descobertas cient cas. e) A elimina o dos erros das teorias anteriores e a substitui o destas por outras mais veross meis e, portanto, mais pr ximas da verdade permitem o progresso da ci ncia. Leia o texto seguinte e responda s quest es 17 e 18. Texto XIII O debate nascido nos anos 80 sobre a crise da modernidade tem como pano de fundo a consci ncia do esgotamento da raz o, no que se refere a sua incapacidade de encontrar perspectivas para o prometido progresso humano. O pensamento de Habermas situa-se no contexto dessa cr tica. A racionalidade ocidental, desde Descartes, pretendeu a autonomia da raz o, baseada no sujeito que solitariamente representa o mundo. [...] A racionalidade prevalente na modernidade a instrumental [...]. (HERMANN, N. O pensamento de Habermas. In: Filoso a, Sociedade e Educa o. Ano I, n. I. Mar lia: UNESP, 1997. p. 122-123.) 17 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Teoria Cr tica de Adorno e Horkheimer e sobre o pensamento de J rgen Habermas, correto a rmar que a racionalidade instrumental constitui I. um conhecimento que se processa a partir das condi es espec cas da objetividade emp rica do fato em si. II. o processo de entendimento entre os sujeitos acerca do uso racional dos instrumentos t cnicos para o controle da natureza. III. uma forma de uso amplo da raz o, que torna o homem livre para compreender a si mesmo a partir do dom nio do conhecimento cient co. IV. um saber orientado para a domina o e o controle t cnico sobre a natureza e sobre o pr prio ser humano. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 18 Sobre a cr tica frankfurtiana concep o positivista de ci ncia e t cnica, correto a rmar que a racionalidade t cnica I. dissocia meios e ns e redunda na adora o fetichista de seus pr prios meios. II. constitui um saber instrumental cujo crit rio de verdade o seu valor operativo na domina o do homem e da natureza. III. aprimora a a o do ser humano sobre a natureza e resgata o sentido da destina o humana. IV. incorpora a re ex o sobre o signi cado e sobre os ns da ci ncia no contexto social. 8 / 20 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 19 No So sta, Plat o faz a seguinte observa o sobre a m mesis (imita o): Assim, o homem que se julgasse capaz, por uma nica arte, de tudo produzir, como sabemos, n o fabricaria, a nal, sen o imita es e hom nimos das realidades. H bil, na sua t cnica de pintar, ele poder , exibindo de longe os seus desenhos, aos mais ing nuos meninos, dar-lhes a ilus o de que poder igualmente criar a verdadeira realidade, e tudo o que quiser fazer. (PLAT O. So sta. Cole o Os pensadores . S o Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 159-160.) J Arist teles, na Ret rica, salienta o seguinte aspecto da m mesis: E, como aprender e admirar agrad vel, necess rio tamb m que o sejam as coisas que possuem estas qualidades; por exemplo, as imita es, como as da pintura, da escultura, da poesia, e em geral todas as boas imita es, mesmo que o original n o seja em si mesmo agrad vel; pois n o o objecto retratado que causa prazer, mas o racioc nio de que ambos s o id nticos, de sorte que o resultado que aprendemos alguma coisa. (ARIST TELES. Ret rica. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006. p. 138.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema da m mesis em Plat o e em Arist teles, assinale a alternativa correta. a) A pintura, para Plat o, se afasta do verdadeiro, por apresentar o mundo intelig vel, mas, para Arist teles, o problema que ela causa prazer. b) Plat o considera que o pintor pode esclarecer as pessoas ing nuas, fazendo-as acreditar que sua pintura o real, mas Arist teles considera que o engano est no pintor e n o na pintura. c) Para Plat o, a m mesis representa a c pia da c pia e o artista n o conhece a realidade do imitado em seu grau mais elevado; j para Arist teles, uma das causas do surgimento da m mesis o fato de os homens se comprazerem no imitado. d) Para Plat o, aprendemos com as imita es, uma vez que elas nos distanciam do engano, enquanto que, para Arist teles, por causar prazer, a imita o deve ser banida. e) De acordo com Plat o, ao imitar, o pintor apresenta a realidade ideal, o que causa admira o; para Arist teles, a imita o tamb m desvela o mundo ideal, no entanto, por ser ing nua, n o permite que os homens contemplem a verdade. 20 Com base no pensamento est tico de Adorno e Benjamin, considere as a rmativas a seguir. I. Apesar de terem o mesmo ponto de partida, a saber, a an lise cr tica das t cnicas de reprodu o, Adorno e Benjamin chegam a conclus es distintas. Adorno entende que a reprodutibilidade das obras de arte algo negativo, pois transforma esta ltima em mercadoria; para Benjamin, apesar de a reprodutibilidade ter aspectos negativos, uma forma de arte como o cinema pode ser usada potencialmente em favor da classe oper ria. II. Para Adorno, o discurso revolucion rio na arte torna esta forma de express o humana instrumentalista, e isto signi ca abolir a pr pria arte. Por seu turno, Benjamin considerava que os novos meios de comunica o n o deveriam ser substitu dos, mas sim transformados ou subvertidos segundo os interesses da comunica o burguesa. 9 / 20 III. Para Adorno, a no o de aura na obra de arte preservava a consci ncia de que a realidade poderia ser melhor, mas o processo de massi ca o da arte dissolveu tal no o e, com ela, a dimens o cr tica da arte. Para Benjamin, a perda da aura destruiu a unicidade e a singularidade da obra de arte, que perde o seu valor de culto e se torna acess vel. IV. Adorno v positivamente a reprodutibilidade da arte, j que a obra de arte se transforma em mercadoria padronizada que possibilita a todos o acesso e o desenvolvimento do gosto est tico aut nomo; para Benjamin, a reprodu o tem como dimens o negativa essencial o fato de impossibilitar s massas o acesso s obras. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 10 / 20 SOCIOLOGIA 21 Karl Marx, mile Durkheim e Max Weber s o considerados os pilares do pensamento sociol gico moderno. Apesar das diferen as existentes entre eles a respeito do que vida social e sua base, h , nos tr s pensadores, uma intensa preocupa o com o m todo de apreens o do objeto a ser investigado, no caso, as rela es sociais. Com base nos conhecimentos sobre a re ex o metodol gica de Marx, Durkheim e Weber, assinale a alternativa correta. a) Para Durkheim, os esfor os para evidenciar o que as sociedades poderiam ser e n o o que efetivamente elas eram constitu am um dos grandes obst culos investiga o sociol gica. b) Em Marx, o m todo aspira constru o de leis gerais e invari veis, o que se exprime na formula o de que a hist ria de todas as sociedades, at os dias de hoje, tem sido a hist ria das lutas de classes . c) De acordo com Weber, ao observar as culturas, o investigador deve apreend -las em sua totalidade. Escapar a este princ pio, situado na origem do conceito de tipo ideal, permanecer preso ao senso comum. d) Marx, Durkheim e Weber romperam com o princ pio indutivo na investiga o do objeto, lan ando, com isso, as bases para a constru o da sociologia enquanto ci ncia da sociedade. e) Nos tr s autores, comum a compreens o de que a apar ncia da vida social coincidente com a sua ess ncia, isto , o que vemos reproduz, imediatamente, no plano do pensamento, a vida social tal como ela , em seus fundamentos. 22 Leia o texto a seguir. Texto XIV Tribunais do crime mataram ao menos 9 [...] Os tribunais [do crime] s o julgamentos comandados por um presidi rio do PCC que assume o papel de juiz para determinar, por meio de um celular, a morte ou n o de uma pessoa seja ela ligada ou n o ao PCC. Escutas telef nicas mostram como funcionam os tribunais do crime : Pessoa 1: Al [...] Pessoa 2: Ent o, aquilo que eu falei l ! Se o cara quiser vir, pode arrancar esse moleque a , pegar, matar, raspar e sair fora, que para [ele] car esperto [...]. essa a id ia: se quiser, j para esticar o cerol [matar]. (Folha de S o Paulo, 21 set. 2008. Caderno cotidiano, p. C-4.) O texto retrata uma pr tica que tem se tornado comum em v rias cidades brasileiras devido exist ncia de organiza es criminosas ligadas, principalmente, ao tr co de drogas. De acordo com a perspectiva te rica de mile Durkheim, o texto expressa a) a import ncia de se constitu rem, no interior da sociedade, novas formas de consci ncia coletiva que se manifestem contr rias quela dominante, reconhecida institucionalmente. b) que a harmonia social tem como um de seus pressupostos a elimina o f sica e brutal dos indiv duos com comportamento coletivo desviante, por institui es paralelas ao poder estatal. c) a import ncia de todos os setores da vida social possu rem estrutura institucional, pois, sendo a sociedade um grande organismo, inclusive o crime deve ser organizado. d) que os indiv duos s o anteriores sociedade, ou seja, podem agir de forma aut noma e, se assim for necess rio, podem agir contrariamente s normas coletivas. e) aspectos de um quadro an mico, pois, embora certa taxa de crime seja normal em todas as sociedades, a pr tica assinalada indica a perda de v nculos sociais e morais b sicos para a exist ncia da coes o social. 11 / 20 23 Observe a gura a seguir. (HODGE, N.; ANSON, L. L Art de A Z. Dubai: PML ditions, 1996. p. 218.) Sobre o processo de organiza o do trabalho representado na gura, correto a rmar que esse expressa, segundo a forma pela qual Max Weber o analisa, a) o papel libertador da t cnica na vida dos indiv duos, pois potencializa as capacidades f sico-intelectuais humanas. b) o tipo ideal de sociedade, pois esta, por ser justa, aloca cada um nas fun es para as quais tem aptid es inatas. c) o decl nio das formas racionais de domina o burocr tica que, tradicionalmente, estiveram presentes nas sociedades orientais. d) a forma o de uma ordem econ mica e t cnica que de ne violentamente a vida dos indiv duos nascidos sob esse sistema. e) que o trabalho fabril escapa tipologia das a es racionais, por ser repetitivo e marcado pela tradi o, aproximandose, assim, do trabalho outrora existente nas comunidades. 24 A palavra comunidade entrou no vocabul rio popular. comum ouvir-se, por exemplo, a frase: UEL promove curso voltado comunidade . Utilizada no dia-a-dia, comunidade , no entanto, um conceito fundamental no interior do pensamento sociol gico cl ssico. Para Durhan, Na linguagem comum, a no o de comunidade refere-se a uma coletividade na qual os participantes possuem interesses comuns e est o afetivamente identi cados uns com os outros. Essa id ia, que pressup e harmonia nas rela es sociais, altamente valorizada, constituindo, por assim dizer, o ideal da vida social. nesse sentido que a comunidade aparece como um mito do nosso tempo, pois ao ideal que ela representa op e-se a realidade do con ito de interesses e da impessoalidade das rela es sociais pr pria da nossa sociedade. (DURHAN, E. R. A din mica da cultura. S o Paulo: COSACNAIFY, 2004. p. 221.) Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o tema comunidade, considere as a rmativas a seguir. I. A comunidade, para T nnies, um tipo de rela o entre vontades humanas caracterizada por uma vontade social baseada na concord ncia, nas regras sociais comumente aceitas e na religi o. II. A base da comunidade, de acordo com Weber, reside, a exemplo do que acontece na sociedade, em uma rela o na qual a a o social exprime uma compreens o de interesses por motivos racionais de ns ou de valores. III. Segundo Marx, a verdadeira rela o de comunidade s poss vel no comunismo. Portanto, comunidade e sociedade de classes s o incompat veis. IV. A oposi o comunidade-sociedade corresponde, de certa forma, oposi o entre solidariedade mec nica e solidariedade org nica, introduzida na sociologia francesa por mile Durkheim. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 12 / 20 25 Observe a charge a seguir. (Dispon vel em: <http://janosbiro.blogspot.com/2008/06/mtodo-criacionista.html>. Acesso em: 12 set. 2008.) Com base na charge e nos conhecimentos sobre m todo cient co e m todo criacionista, correto a rmar. a) O m todo cient co ap ia-se na demonstra o permanente das conex es internas que constituem efetivamente o objeto, buscando distiguir, neste, a apar ncia da ess ncia. b) O m todo cient co aspira constru o de verdades absolutas e invari veis no espa o e no tempo, motivo pelo qual ele resulta, de modo permanente, na constru o de leis sociais gerais. c) O pressuposto emp rico orienta, em todas as etapas da pesquisa, a constru o do m todo criacionista de an lise da vida social. d) A superioridade do m todo cient co em rela o ao criacionista est em que o primeiro imune s ideologias e instrumentaliza es pol ticas. e) O m todo criacionista t pico de sociedades menos desenvolvidas economicamente, ao passo que o m todo cient co caracter stico de organiza es sociais industrializadas. 26 Ancorado na formula o do General Golbery do Couto e Silva de uma abertura lenta, gradual e restrita , o processo de redemocratiza o do Brasil teve como um de seus desdobramentos a anistia ampla, geral e irrestrita . No entanto, passadas duas d cadas, as feridas daquele per odo continuam abertas, seja pelo fato de dezenas de v timas da repress o continuarem classi cadas como desaparecidas , seja pelos pedidos de indeniza o por parte daqueles que declaram ter sofrido os excessos do regime militar . Com base nos conhecimentos sobre o regime militar no Brasil e a transi o pol tica para a democracia, considere as a rmativas a seguir. I No regime militar, vigorou o Estado de Direito, isto , a preserva o, pelos generais, da cidadania plena, como preceito inviol vel a ser mantido a qualquer custo. II O regime militar implicou para a economia brasileira uma acelerada industrializa o e moderniza o do pa s, com a constru o, inclusive, de usinas nucleares. III A principal resist ncia ao regime militar teve origem nas camadas de baixa renda, que forneceram os principais efetivos humanos da guerrilha urbana brasileira. IV A transi o democr tica produziu, de um lado, o movimento pela Constituinte e, de outro, o m do bipartidarismo, expresso pela Alian a Renovadora Nacional (ARENA) e pelo Movimento Democr tico Brasileiro (MDB). Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 13 / 20 27 No dia 5 de outubro de 2008, a Constitui o Federal Brasileira completou 20 anos. Dentre as inova es, correto a rmar que a nova Carta, tamb m conhecida como Constitui o Cidad , a) revalidou os princ pios estabelecidos pelo Ato Institucional n 5, de 1968, que garantia maior liberdade de express o a cada cidad o. b) viabilizou o retorno das elei es diretas para presidente da Rep blica, consolidando, assim, a proposta defendida pela emenda Dante de Oliveira anos antes. c) centralizou ainda mais o poder nas m os do Executivo a m de garantir o princ pio federativo e de combater a corrup o no Legislativo e o abuso de poder no Judici rio. d) restabeleceu o princ pio do direito de greve para o setor privado, cando, por m, o setor p blico impedido de se organizar em sindicatos. e) desconsiderou as emendas populares e aquelas apresentadas pelos lobbies, grupos de press o que tentavam in uenciar as decis es dos parlamentares. 28 Algumas pr ticas pol ticas se mostram resistentes no cen rio brasileiro. o caso, por exemplo, do exerc cio do nepotismo, cuja proibi o acaba de ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Sobre nepotismo, correto a rmar. a) Trata-se de pr tica adotada por grupos parlamentares com a nalidade de organizar o desvio de verbas p blicas, utilizando licita es irregulares. b) Caracteriza-se pela reelei o cont nua de candidatos a mandatos pol ticos no Executivo e no Legislativo, impedindo a renova o dos representantes populares nessas inst ncias. c) Refere-se ao uso cont nuo da m quina p blica para a realiza o de melhorias e benfeitorias em propriedades particulares de parlamentares. d) Como ocorre com o coronelismo , no meio rural, implica a forma o de currais eleitorais , nos centros urbanos, com a nalidade de criar, pela for a, um eleitorado el a candidatos populistas. e) Caracteriza-se pela utiliza o de mandatos e cargos p blicos para favorecer a contrata o de parentes nos aparelhos de Estado, sob a justi cativa de serem cargos de con an a. 29 Com o desenvolvimento da globaliza o das economias, novos atores sociais entraram em cena, con gurandose em uma forma diferenciada de internacionalismo que busca construir alternativas s decis es de institui es multilaterais como a Organiza o Mundial do Com rcio, o Fundo Monet rio Internacional e o Banco Mundial. S o exemplos destas iniciativas os movimentos alter-mundialistas . Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que contempla o car ter desses novos movimentos sociais . a) S o movimentos sem ideologia pr pria os quais reconhecem que a proximidade com as id ias socialistas e anarquistas nefasta ao processo de mobiliza o de massa. b) A base origin ria dos movimentos alter-mundialistas formada pelos ex-pa ses do bloco sovi tico, da os esfor os em de nir o marxismo-leninismo como seu referencial b sico de a o. c) S o movimentos que adotam a estrat gia de tecer uma rede mundial abrangente e capaz de ganhar espa os de in u ncia ante a opini o p blica, utilizando a internet como recurso de destaque para a mobiliza o. d) A for a desses movimentos repousa na presen a de centros organizadores de luta com estrutura hierarquizada cujas diretrizes s o dadas pelos partidos pol ticos. e) A press o destes movimentos sobre o capital nanceiro e empresas multinacionais tem entravado o desenvolvimento do capitalismo, contribuindo, assim, para suas crises peri dicas. 30 A crise nanceira de 2008, cujo epicentro foi o mercado imobili rio norte-americano, obrigou diversos pa ses da Uni o Europ ia a se confrontarem com os princ pios pregados pelo dogma neoliberal e pelo que se convencionou chamar de Consenso de Washington . 14 / 20 Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a atual crise global e o neoliberalismo, assinale a alternativa correta. a) Com a estatiza o dos bancos pelos governos da Europa, evidenciou-se que as diferen as anunciadas entre o neoliberalismo e o socialismo s o formais, n o existindo de fato. b) A crise do setor imobili rio nos Estados Unidos apontou para os limites das pol ticas de Estado M nimo, dominantes no cen rio mundial desde o advento do thatcherismo, na Inglaterra, em 1979. c) De acordo com o Consenso de Washington , fundamental que o Estado controle o mercado, restringindo a liberdade do capital nanceiro, fruto indesej vel da globaliza o das economias. d) Os acontecimentos envolvendo o setor imobili rio norte-americano revelam que as crises s o fen menos t picos de pa ses de industrializa o avan ada, delas estando protegidos os pa ses de industrializa o recente da Am rica Latina e sia. e) O estopim da crise imobili ria nos Estados Unidos foi o abandono das pol ticas de Bem-Estar social e o cont nuo aumento do poder dos sindicatos daquele pa s. 31 De acordo com alguns analistas pol ticos, o populismo ressurgiu na Am rica Latina, nos anos 2000, com as elei es de Hugo Chaves, na Venezuela, e Evo Morales, na Bol via. O mesmo tipo de argumento foi utilizado por ocasi o da realiza o do segundo turno das elei es para Prefeito em Londrina. Segundo o jornalista: Londrina reelege [um prefeito] pela quarta vez, ap s uma depura o surpreendente na C mara Municipal em aberta simetria com a press o da sociedade, o que apresenta um contraponto, mas n o . Populistas viscerais t m uma resist ncia surpreendente . (Folha de Londrina, 28 out. 2008, p. 4.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema populismo, assinale a alternativa correta. a) O discurso populista se ap ia, efetivamente, em uma elabora o te rica org nica e sistem tica, direcionado s elites locais, que formam sua base de exist ncia. b) fundamental para a pr tica populista cl ssica resgatar a compreens o, no eleitor, de que a sociedade est dividida em classes sociais e, portanto, o con ito entre elas inevit vel. c) O populismo a forma mais avan ada de realiza o da pol tica partid ria, uma vez que mobiliza as massas, infundindo-lhes clareza de consci ncia sobre o que o fundo p blico. d) Diferentemente das pr ticas nazistas e fascistas, o populismo encontra no povo um elemento real para a efetiva o do combate contra os interesses defendidos pelas elites locais. e) Dois princ pios fundamentais das pr ticas populistas s o a id ia de supremacia da vontade do povo e a exist ncia de uma rela o direta entre este e o l der. 32 Manifesta es art sticas e movimentos pol ticos caminharam juntos, em diversos momentos da hist ria. Com base na a rma o, assinale quais processos de transforma o est o relacionados s guras a seguir. 1 2 a) Revolu o Inglesa, Revolu o Russa e Revolu o Francesa. b) Revolu o Americana, Revolu o Chinesa e Revolu o Espanhola. c) Revolu o Italiana, Revolu o Nicarag ense e Revolu o Espanhola. d) Revolu o Francesa, Revolu o Cubana e Revolu o Inglesa. e) Revolu o Italiana, Revolu o dos Cravos e Revolu o Americana. 15 / 20 3 33 Na virada do s culo XIX para o XX, Eduard Bernstein e Auguste Bebel lan aram as bases do que viria a ser chamado de pensamento social-democrata. Com o m da Segunda Guerra Mundial, os ideais social-democratas passaram a servir de referencial a diversos governos da Europa Ocidental, produzindo, em certos casos, o que a literatura denominou como pacto social-democrata . Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) O pacto social-democrata repousou no equil brio tempor rio de for as entre capital e trabalho, sob o acompanhamento permanente da esfera estatal, respons vel por desenvolver pol ticas p blicas capazes de produzir um circuito virtuoso de crescimento econ mico. b) A social-democracia moderna implicou um menor n vel de institucionaliza o das lutas dos trabalhadores fomentando, assim, a sua maior ades o ao internacionalismo prolet rio dominante no s culo XIX. c) A proposta social-democrata que se desenvolve no s culo XX a continuidade pr tica da teoria comunista presente nas leiras do movimento bolchevique russo em 1917, o qual reivindicava a perman ncia de um Estado defensor dos interesses de todos os cidad os. d) O projeto social-democrata adotado em pa ses da Europa, p s 1945, teve como elemento central a necessidade de uma maior desregulamenta o das economias, disto resultando a redu o do papel do Estado esfera pol tica. e) A ado o de pr ticas norteadas pelos princ pios da social-democracia exigiu dos governos envolvidos emancipar suas posses coloniais, as quais eram dispendiosas nanceiramente, prejudicando, assim, o desenvolvimento das pol ticas do Estado do Bem-Estar. 34 Antonio Gramsci considerado um dos grandes l sofos pol ticos do s culo XX. No Brasil, sua obra foi amplamente resgatada nos anos 1980 e 1990 para a re ex o sobre a democracia no pa s e para a constru o de pr ticas pedag gicas mais cr ticas. Um dos postulados de Gramsci o de que: Todos [os homens] s o l sofos, ainda que a seu modo inconscientemente . (GRAMSCI, A. Cadernos do c rcere. V. 1, S o Paulo: Civiliza o Brasileira, 2001. p. 93.) Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o pensamento pol tico e pedag gico de Antonio Gramsci, correto a rmar. a) A vulgariza o e a simpli ca o do pensamento decorrem do fato de que todos os homens querem losofar. b) Por serem dotados de consci ncia, est aberta a possibilidade a todos os indiv duos de re etirem de forma n o fenom nica sobre seu cotidiano. c) A loso a deveria ser a pro ss o de todos, o que impossibilitado devido ao fato de certos homens preferirem ocupa es mais rent veis e que d em status. d) A igualdade entre as classes fundamentais que formam a sociedade capitalista ser efetivada quando ricos e pobres passarem a desempenhar o papel de intelectuais. e) A indiferen a em se valer ou n o da loso a decorre do fato de que o senso comum e o senso cient co s o indistintos. 35 Leia o trecho a seguir. O objeto deste ensaio defender [que] o nico prop sito com o qual se legitima o exerc cio do poder sobre algum membro de uma comunidade civilizada contra a sua vontade impedir dano a outrem. (MILL, J. S. Sobre a liberdade [1859]. Petr polis: Vozes, 1991. O trecho expressa: a) o argumento jusnaturalista, encontrado tamb m em autores como T. Hobbes, para a cria o do contrato social que fundaria as bases de um Estado soberano. b) a vis o fascista, na qual o Estado surge como a solu o para os con itos e problemas existentes no interior da sociedade civil. c) an lise in uenciada por Marx e Engels, na medida em que se baseia nas classes sociais para identi car o raio de a o dos indiv duos na sociedade. d) o ide rio positivista do s culo XIX, no qual h uma forte cr tica vis o utilitarista da moral e da vida em sociedade. e) uma preocupa o caracter stica do liberalismo do s culo XIX, que buscava pensar os limites da a o do Estado em rela o vida particular dos indiv duos. 16 / 20 36 Observe a charge a seguir. (Disponivel: <http://framos.wordpress.com/2008/03/06/re exoes-imageticas-1/> Acesso em: 21 ago. 2008.) De acordo com a charge: a) popula es menos desenvolvidas intelectual e culturalmente s o mais felizes quando dominadas por aqueles com maior poderio militar. b) indiv duos de pa ses socialmente atrasados temem a inger ncia estrangeira em seus territ rios por n o compreenderem o seu car ter civilizador e humanit rio. c) os novos mecanismos de domina o de um pa s sobre o outro combinam viol ncia com consentimento, pelo uso, tamb m, de diversos instrumentos ideol gicos. d) as interven es militares representam o melhor caminho para a garantia da liberdade de pensamento e o princ pio de autodetermina o dos povos. e) invi vel, no mundo moderno, a implanta o de regimes democr ticos sem o uso da for a bruta, praticada, em geral, com modera o, por parte da na o que se apossa de determinado territ rio. Leia os textos a seguir e responda quest o 37. Texto XV Reserva da insensatez O processo de demarca o da reserva ind gena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o mais antigo e conturbado da hist ria do Brasil [...] Ao delimitarem uma reserva desse tamanho [7,5% da rea do estado], os antrop logos da Funai pressupunham que os ndios continuariam vivendo como n mades, de ca a e da pesca, a exemplo de seus ancestrais. Mas eles est o totalmente integrados s cidades do entorno. Moram em casas, fazem compras em supermercados e falam portugu s [...]. (Revista Veja, 30 set 2008.) Texto XVI Selva com ele O Comandante da Amaz nia [general-de-ex rcito Augusto Heleno Pereira] chamou a atual pol tica indigenista de lament vel e ca tica , por impedir n o- ndios de entrar em reservas e por abandonar as comunidades ind genas mis ria depois da demarca o [...] A doutrina militar defende desde sempre a ocupa o e a civiliza o da Amaz nia como a melhor forma de proteg -la. A amea a de invas o da regi o por tra cantes e terroristas estrangeiros, como os da Farc, real. S quem pode cont -la o Ex rcito. Por isso, de bom senso sempre ouvir o que os generais t m a dizer sobre a Amaz nia. (Revista Veja, 23 abr. 2008. p. 58.) 17 / 20 37 Em 2008, o Supremo Tribunal Federal brasileiro discutiu a demarca o cont nua da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Fortes cr ticas permiss o da demarca o (como ilustrado pelos textos anteriores) revelam valores e formas de pensamento de setores da sociedade brasileira. Sobre esta pol mica, considere as seguintes a rmativas. I. Este processo de disputa atesta a di culdade, ainda nos dias atuais, da efetiva o dos direitos de etnias ind genas em meio aos interesses de propriet rios de terra. II. Embora contr rias demarca o, as cr ticas expostas nos textos est o livres do sentimento de superioridade cultural pelos n o- ndios. III. As pol micas s o causadas pelas debilidades culturais das etnias ind genas, que n o lhes permitem integrar-se de forma harmoniosa ao Estado brasileiro. IV. O argumento segundo o qual se deve civilizar a Amaz nia demonstra que pressupostos etnoc ntricos ainda se encontram presentes na sociedade brasileira. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e III s o corretas. b) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 38 Leia o texto XVII. Texto XVII Kino ouviu a leve batida das ondas da manh na praia. Como era bom... Tornou a fechar os olhos para escutar a m sica dentro dele. Talvez s ele zesse isso, talvez todos os homens da sua ra a tamb m zessem. Tinham sido em outros tempos grandes fazedores de cantigas, de modo que tudo o que viam, pensavam, faziam ou ouviam virava cantiga. Era assim havia muito, muito tempo. As cantigas haviam cado e Kino as conhecia, mas n o havia cantigas novas. N o era que n o houvesse cantigas pessoais. Naquele momento mesmo, havia na cabe a de Kino uma cantiga clara e terna e, se ele pudesse dar voz aos seus pensamentos, iria chamar-lhe a Cantiga da Fam lia. (STEINBECK, J. A P rola. S o Paulo: Circulo do Livro, p. 8.) De acordo com o texto, assinale a alternativa correta. a) A cultura se mant m pela tradi o, contudo ela pode ser continuamente recriada com a nalidade de exprimir as novas realidades vividas por indiv duos e grupos sociais. b) A cultura herdada torna-se desnecess ria medida que os anos passam, sendo, portanto, salutar que os homens do presente esque am seus antepassados. c) A m sica o ponto de partida da forma o de um povo, pois a partir do momento em que os homens comp em e transmitem sonoramente suas id ias que passam a ter cultura. d) S o indiv duos isolados cujos valores se desenvolvem com independ ncia em rela o base material que t m diante de si que constituem o ponto de partida para a forma o da cultura de um determinado povo. e) Certas ra as n o conseguem se desenvolver culturalmente, raz o pela qual se limitam a exprimir sua hist ria pela m sica em vez de o fazerem pela linguagem. 39 Leia o texto seguinte. Texto XVIII [...] Ram n vivia do seu trabalho e tinha que pagar um apartamento e a comida, e inclusive as folhas de papel para poder escrever nos ns de semana. J sabia que introduzir no computador um argumento e os nomes dos personagens para que realizasse um primeiro esbo o n o era a mesma coisa que escrever uma novela desde o princ pio, mas as coisas agora estavam desse jeito. O mundo editorial tinha mudado, os livros j n o eram concebidos como obras de artesanato criadas na mente de um s homem sem nenhuma ajuda exterior. (SAOR N, J. L. A curiosa hist ria do editor partido ao meio na era dos rob s escritores. Rio de Janeiro: Relume Dumar , 2005. p. 109). 18 / 20 O texto XVIII remete a formula es presentes na an lise de Marx sobre o desenvolvimento do capitalismo. Quanto posi o de Marx em rela o ao tema abordado no texto, correto a rmar. I. Com o advento da sociedade comunista, o trabalho desaparece e instaura-se um ordenamento social em que a preocupa o do indiv duo ser basicamente com o exerc cio do lazer. II. O avan o das for as produtivas torna-se desnecess rio em uma sociedade socialista, uma vez que as m quinas, respons veis pelo sofrimento humano, ser o substitu das por um retorno produ o artesanal. III. A tend ncia do movimento do capital no sentido de uma cont nua desquali ca o da for a de trabalho. Deste modo, intensi ca-se a unilateralidade do ser que trabalha e sua degrada o f sica e ps quica. IV. A revolu o cont nua das for as produtivas uma necessidade inerente ao processo de acumula o capitalista e est na base da expans o deste modo de produ o e da constitui o do mercado mundial. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 40 O texto a seguir faz refer ncia a uma forma espec ca de organiza o do trabalho, que impulsionou o desenvolvimento do capitalismo industrial no s culo XX. Texto XIX O trabalho era [...] prender tampas de vidro em garrafas pequenas. Trazia na cintura a meada de barbante. Segurava as garrafas entre os joelhos, para poder trabalhar com as duas m os. Nesta posi o, sentado e curvado sobre os joelhos, os seus ombros estreitos foram se encurvando; o peito cava contra do durante dez horas por dia [...] O superintendente tinha grande orgulho dele e trazia visitantes para observarem-no [...] Isto signi cava que ele atingira a perfei o da m quina. Todos os movimentos in teis eram eliminados. Todos os movimentos dos seus magros bra os, cada movimento de um m sculo dos dedos magros, eram r pidos e precisos. Trabalhava sob grande tens o, e o resultado foi tornar-se nervoso. (LONDON, J. Contos. S o Paulo: Express o Popular, 2005. p. 98.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar que esta forma de organiza o do trabalho a) implicou um enriquecimento das tarefas a serem desenvolvidas, de tal modo que os trabalhadores poderiam operar, por exemplo, com a habilidade das duas m os. b) produziu um trabalhador mais intelectualizado, visto que a complexidade do seu trabalho coincidia com a complexidade da m quina utilizada. c) apoiava-se no princ pio do Just in time, isto , trabalho a tempo justo, na maior autonomia do trabalhador frente a seus meios de trabalho. d) generalizou a tarefa parcelar, mon tona e desinteressante, pela subordina o do homem m quina, distanciandoo, assim, do trabalho criativo. e) revelou-se invi vel em outros setores de atividade, como o caso dos escrit rios e restaurantes de fast-food, embora tenha cido amplamente utilizada no espa o fabril ao longo do s culo XX. 19 / 20

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 08/12/2008
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