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UEL Vestibular de 2010 - PROVAS DA 2º FASE : Filosofia e Sociologia

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O gabarito o cial provis rio estar dispon vel no endere o eletr nico www.cops.uel.br a partir das 20 horas do dia 7 de dezembro de 2009. FILOSOFIA 1 Leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Plat o e de Arist teles: [...] a admira o a verdadeira caracter stica do l sofo. N o tem outra origem a loso a. (PLAT O, Teeteto. Tradu o de Carlos Alberto Nunes. Bel m: Universidade Federal do Par , 1973. p. 37.) Com efeito, foi pela admira o que os homens come aram a losofar tanto no princ pio como agora; perplexos, de in cio, ante as di culdades mais bvias, avan aram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fen menos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a g nese do universo. E o homem que tomado de perplexidade e admira o julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos , em certo sentido, um l sofo, pois tamb m o mito tecido de maravilhas); portanto, como losofavam para fugir ignor ncia, evidente que buscavam a ci ncia a m de saber, e n o com uma nalidade utilit ria. (ARIST TELES. Metaf sica. Livro I. Tradu o Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.) Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a origem da loso a, correto a rmar: a) A loso a surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordin rio e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugiram da ignor ncia. b) A admira o a caracter stica primordial do l sofo porque ele se espanta diante do mundo das id ias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisi o de novas t cnicas. c) Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, al m de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela raz o. d) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que deu in cio loso a. e) A admira o e a perplexidade diante da realidade zeram com que a re ex o racional se restringisse s explica es fornecidas pelos mitos, sendo a loso a uma forma de pensar intr nseca s elabora es mitol gicas. 2 Observe a tira e leia o texto a seguir: (Macanudo. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 7, segunda-feira, 27 jul. 2009.) Mas h um enganador, n o sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por ind stria, sempre me engana. N o h d vida, portanto, de que eu, eu sou, tamb m, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poder fazer, por m, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamente todas as coisas preciso estabelecer, nalmente, que este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo necessariamente verdadeiro, todas as vezes que por mim proferido ou concebido na mente. (DESCARTES, R. Medita es sobre Filoso a Primeira. Tradu o, nota pr via e revis o de Fausto Castilho. Campinas: Unicamp, 2008, p. 25.) Com base na tira e no texto, sobre o cogito cartesiano, correto a rmar: a) A exist ncia decorre do ato de aparecer e se apresenta independente da ess ncia constitutiva do ser. b) A exist ncia manifesta pelo ato de pensar que, ao trazer mente a imagem da coisa pensada, assegura a sua realidade. c) A exist ncia concebida pelo ato origin rio e imaginativo do pensamento, o qual impede que a realidade seja mera c o. d) a exist ncia a plenitude do ato de exterioriza o dos objetos, cuja integridade dada pela manifesta o da sua apar ncia. e) A exist ncia a evid ncia revelada ao ser humano pelo ato pr prio de pensar. 1 / 21 3 Leia o texto a seguir: O principal argumento humeano contra a explica o da infer ncia causal pela raz o era que este tipo de infer ncia dependia da repeti o, e que a faculdade chamada raz o padecia daquilo que se pode chamar uma certa insensibilidade repeti o , ou seja, uma certa indiferen a perante a experi ncia repetida. Em completo contraste com isso, o princ pio defendido por nosso l sofo, um princ pio para designar o qual prop s os nomes de costume ou h bito , foi concebido como uma disposi o humana caracterizada pela sensibilidade repeti o, podendo assim ser considerado um princ pio adequado explica o dos racioc nios derivados de experi ncias repetidas. (MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. S o Paulo: Discurso Editorial, 2003, p. 41) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo, correto a rmar que Hume a) atribui import ncia experi ncia como fundamento do conhecimento dedutivo obtido a partir da infer ncia das rela es causais na natureza. b) corrobora a a rma o de que a experi ncia insu ciente sem o uso e a interven o da raz o na demonstra o do nexo causal existente entre os fen menos naturais. c) confere exclusividade matem tica como condi o de fundamenta o do conhecimento acerca dos fen menos naturais, pois, empiricamente, constata que a natureza est escrita em caracteres matem ticos. d) demonstra que as rela es causais obtidas pela experi ncia representam um conhecimento guiado por h bitos e costumes e, sobretudo, pela cren a de que tais rela es ser o igualmente mantidas no futuro. e) evidencia a import ncia do racionalismo, sobretudo as id ias inatas que atestam o nexo causal dos fen menos naturais descobertos pela experi ncia. 4 Observe a tira e leia o texto a seguir: (ITURRUSGARAI, A. Mundo Monstro. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 9, quinta-feira, 3 set. 2009.) O ponto de vista moral, a partir do qual podemos avaliar imparcialmente as quest es pr ticas, seguramente interpretado de diferentes maneiras. Mas ele n o est livre e arbitrariamente nossa disposi o, j que releva a forma comunicativa do discurso racional. Imp e-se intuitivamente a todos os que estejam abertos a esta forma re exiva da a o orientada para a comunica o. (HABERMAS, J. Coment rios tica do Discurso. Tradu o de Gilda Lopes Encarna o. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. p. 101-102.) Com base na tira e no texto, correto a rmar que a tica do discurso de Habermas a) baseia-se em argumentos de autoridade prescritos universalmente e assegurados, sobretudo, pelo lastro tradicional dos valores partilhados no mundo da vida. b) pauta-se em argumentos de utilidade, os quais imp e o dever de proporcionar, enquanto benef cio, o maior bem ou a maior felicidade aos envolvidos. c) funda-se em argumentos racionais sob condi es sim tricas de intera o, amparados em pretens es de validade, tais como verdade, sinceridade e corre o. d) constr i-se no uso de argumentos que visam o aconselhamento e a prud ncia, salientando a necessidade de a es retas do ponto de vista do car ter a da virtude. e) realiza-se por meio de argumentos intuicionistas, fazendo respeitar o que cada pessoa carrega em sua biogra a quanto compreens o do que certo ou errado. 2 / 21 5 Observe a tira e leia o texto a seguir: (N quel N usea. Folha de S. Paulo. Ilustrada E 9, quinta-feira, 27 de agosto de 2009.) Assentemos, portanto, que, a principiar em Homero, todos os poetas s o imitadores da imagem da virtude e dos restantes assuntos sobre os quais comp em, mas n o atingem a verdade [. . . ] parece-me, que o poeta, por meio de palavras e frases, sabe colorir devidamente cada uma das artes, sem entender delas mais do que saber imit -las. (PLAT O, A Rep blica. Livro X. Tradu o, introdu o e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. 8. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996. p. 463) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a m mesis (imita o) em Plat o, correto a rmar: a) Disp e o poeta da perfei o para colorir t o bem quanto o pintor, por isso descreve verdadeiramente os of cios humanos. b) A m mesis apresenta uma imagem da realidade e assim representa a verdade ltima das atividades humanas. c) Por sua capacidade de imitar, o poeta sabe acerca dos of cios de todos os homens e, por esse motivo, pode descrev los verdadeiramente. d) Por saber sobre todas as artes, atividades e atos humanos, o poeta consegue executar o seu of cio descrevendo-os bem. e) Por meio da imita o, descreve-se com beleza os atos e of cios humanos, sem, no entanto, conhec -los verdadeiramente. 6 No livro II da tica a Nic maco, Arist teles diz que h duas esp cies de virtudes diano tica e tica. A virtude diano tica requer o ensino, o que exige experi ncia e tempo. J a virtude tica adquirida pelo h bito e n o algo que surge por natureza. Isso n o quer dizer que as virtudes s o geradas em n s contrariando a natureza. Para Arist teles, somos naturalmente aptos a receber as virtudes e nos aperfei oamos pelo h bito. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a tica aristot lica, considere as a rmativas a seguir: I. A virtude diano tica e a virtude tica s o adquiridas, respectivamente, pela experi ncia, tempo e h bito. II. A virtude diano tica e a virtude tica, por serem inatas, s o facilmente aprendidas desde a inf ncia. III. Os seres humanos s o naturalmente aptos a receber as virtudes ticas, embora n o sejam virtuosos por natureza. IV. O h bito, de forma necess ria, nos torna melhores eticamente, contudo as virtudes independem da a o para o desenvolvimento moral do indiv duo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 3 / 21 7 Leia o texto de Adorno a seguir. Se as duas esferas da m sica se movem na unidade da sua contradi o rec proca, a linha de demarca o que as separa vari vel. A produ o musical avan ada se independentizou do consumo. O resto da m sica s ria submetido lei do consumo, pelo pre o de seu conte do. Ouve-se tal m sica s ria como se consome uma mercadoria adquirida no mercado. Carecem totalmente de signi cado real as distin es entre a audi o da m sica cl ssica o cial e da m sica ligeira. (ADORNO, T. W. O fetichismo na m sica e a regress o da audi o. In: BENJAMIN, W. et all. Textos escolhidos. 2. ed. S o Paulo: Abril Cultural, 1987. p. 84.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Adorno, correto a rmar: a) A m sica s ria e a m sica ligeira s o essencialmente cr ticas sociedade de consumo e ind stria cultural. b) Ao se tornarem aut nomas e independentes do consumo, a m sica s ria e a m sica ligeira passam a real ar o seu valor de uso em detrimento do valor de troca. c) A ind stria cultural acabou preparando a sua pr pria autore exividade ao transformar a m sica ligeira e a s ria em mercadorias. d) Tanto a m sica s ria quanto a ligeira foram transformadas em mercadoria com o avan o da produ o industrial. e) As esferas da m sica s ria e da ligeira s o separadas e nada possuem em comum. 8 Leia o texto de Plat o a seguir: Logo, desde o nascimento, tanto os homens como os animais t m o poder de captar as impress es que atingem a alma por interm dio do corpo. Por m relacion -las com a ess ncia e considerar a sua utilidade, o que s com tempo, trabalho e estudo conseguem os raros a quem dada semelhante faculdade. Naquelas impress es, por conseguinte, n o que reside o conhecimento, mas no racioc nio a seu respeito; o nico caminho, ao que parece, para atingir a ess ncia e a verdade; de outra forma imposs vel. (PLAT O. Teeteto. Tradu o de Carlos Alberto Nunes. Bel m: Universidade Federal do Par , 1973. p. 80.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Plat o, considere as a rmativas a seguir: I. Homens e animais podem con ar nas impress es que recebem do mundo sens vel, e assim atingem a verdade. II. As impress es s o comuns a homens e animais, mas apenas os homens t m a capacidade de formar, a partir delas, o conhecimento. III. As impress es n o constituem o conhecimento sens vel, mas s o consideradas como n cleo do conhecimento intelig vel. IV. O racioc nio a respeito das impress es constitui a base para se chegar ao conhecimento verdadeiro. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 9 Leia o texto a seguir: Como determinamos as regras do que certo ou errado? Immanuel Kant (1724-1804) responde a essa pergunta da seguinte forma: moralmente correta a a o que est de acordo com determinadas regras do que certo, independente da felicidade resultante a um ou a todos. Kant n o prop e uma lista de regras com conte do previamente determinado - como o caso dos mandamentos religiosos, por exemplo -, mas formula uma regra para averiguar a corre o da m xima que orienta nossa a o. Essa regra de averigua o chamada imperativo categ rico [...] (BORGES, M. de L.; DALL AGNOL, D.; DUTRA, D. V. O que voc precisa saber sobre... tica. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p.15.) 4 / 21 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Imperativo Categ rico kantiano, correto a rmar: I. Constitui um princ pio formal dado pela raz o que visa discrimina o das m ximas de a o, com a pretens o de veri car quais podem, efetivamente, enquadrar-se numa legisla o universal. II. Representa a capacidade de a raz o pr tica, do ponto de vista a priori, fornecer vontade humana um dever incondicional com pretens o de universalidade e de necessidade. III. Compreende um princ pio teleol gico constru do a partir da concep o valorativa do bem viver e que se imp e, como condi o absoluta, na realiza o de a es e comportamentos das pessoas em geral. IV. Abrange a sabedoria pr tica, como condi o inata de o ser humano deliberar e proceder, sempre de forma semelhante em rela o s demais pessoas, no quesito das a es que envolvem virtude e prud ncia. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 10 Leia o texto de Arist teles a seguir: Uma vez que o poeta um imitador, como um pintor ou qualquer outro criador de imagens, imita sempre necessariamente uma das tr s coisas poss veis: ou as coisas como eram ou s o realmente, ou como dizem e parecem, ou como deviam ser. E isto exprime-se atrav s da elocu o em que h palavras raras, met foras e muitas modi ca es da linguagem: na verdade, essa uma concess o que fazemos aos poetas. (ARIST TELES, Po tica. Tradu o e Notas de Ana Maria Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 97.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a est tica de Arist teles, considere as a rmativas a seguir: I. O poeta pode imitar a realidade como os pintores e, para isso, deve usar o m nimo de met foras e priorizar o acesso s id ias intelig veis. II. O poeta pode imitar tendo as coisas presentes e passadas por refer ncia, mas n o precisa se ater a esses fatos apenas. III. O poeta pode imitar as coisas considerando a opini o da maioria e pode tamb m elaborar fatos usando v rias formas de linguagem. IV. O poeta pode imitar as coisas ponderando o que as pessoas dizem sobre os fatos, mesmo que n o haja certeza sobre eles. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 5 / 21 11 Observe a tira e leia o texto a seguir: (QUINO. Toda Mafalda: da primeira ltima tira. Tradu o de Andr a Stahel M. da Silva. S o Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 8) Quando se concebeu a id ia de raz o, o que se pretendia alcan ar era mais que a simples regula o da rela o entre meios e ns: pensava-se nela como o instrumento para compreender os ns, para determin los. Segundo a loso a do intelectual m dio moderno, s existe uma autoridade, a saber, a ci ncia, concebida como classi ca o de fatos e c lculo de probabilidades. (HORKHEIMER, M. Eclipse da Raz o. S o Paulo: Labor, 1973, pp.18 e 31-32.) Com base na tira, no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Horkheimer a respeito da rela o entre ci ncia e raz o na modernidade, correto a rmar: I. Se a raz o n o re ete sobre os ns, torna-se imposs vel a rmar se um sistema pol tico ou econ mico, mesmo n o sendo democr tico, mais ou menos racional do que outro. II. O processo que resulta na transforma o de todos os produtos da a o humana em mercadorias se origina nos prim rdios da sociedade organizada medida que os instrumentos passam a ser utilizados tecnicamente. III. A raz o subjetivada e formalizada transforma as obras de arte em mercadorias, das quais resultam emo es eventuais, desvinculadas das reais expectativas dos indiv duos. IV. As atividades em geral, independentes da utilidade, constituem formas de constru o da exist ncia humana desvinculadas de quest es como produtividade e rentabilidade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 6 / 21 12 A obra de Galileu Galilei est indissoluvelmente ligada revolu o cient ca do s culo XVII, a qual implicou uma muta o intelectual radical, cujo produto e express o mais genu na foi o desenvolvimento da ci ncia moderna no pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se dois tra os entrela ados que caracterizam esta revolu o inauguradora da modernidade cient ca: a dissolu o da id ia greco-medieval do Cosmos e a geometriza o do espa o e do movimento. (KOYR , A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYR , A. Estudos de Hist ria do Pensamento Cient co. Bras lia, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.). Com base no texto e nos conhecimentos sobre as caracter sticas que marcam revolu o cient ca no pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa correta. a) A dissolu o do Cosmos representa a ruptura com a id ia do Universo como sistema imut vel, heterog neo, hierarquicamente ordenado, da f sica aristot lica. b) A cren a na exist ncia do Cosmos, na f sica aristot lica, se situa na concep o de um Universo aberto, inde nido e at in nito, uni cado e governado pelas mesmas leis universais. c) Contr ria concep o tradicional de ci ncia de orienta o aristot lica, a f sica galilaica distingue e op e os dois mundos do C u e da Terra e suas respectivas leis. d) A geometriza o do espa o e do movimento, na f sica galilaica, aprimora a concep o matem tica do Universo c smico qualitativamente diferenciado e concreto da f sica aristot lica. e) A f sica galilaica identi ca o movimento a partir da concep o de uma totalidade c smica, em cuja ordem cada coisa possui um lugar pr prio conforme sua natureza. 13 Leia o seguinte texto de Habermas: A democracia se adapta a essa forma o moderna do Estado territorial, nacional e social, equipado com uma administra o efetiva. Isto porque um ente coletivo tem necessidade de se integrar, pol tica e culturalmente, al m de ser su cientemente aut nomo do ponto de vista espacial, social econ mico e militar.[...] Em decorr ncia da imigra o e da segmenta o cultural, as tend ncias subsumidas no termo globaliza o amea am a composi o, mais ou menos homog nea, da popula o em seu mago, ou seja, o fundamento pr -pol tico da integra o dos cidad os. No entanto, conv m salientar outro fato mais marcante ainda: o Estado, cada vez mais emaranhado nas interdepend ncias da economia e da sociedade mundial, perde, n o somente em termos de autonomia e de compet ncia para a a o, mas tamb m em termos de substancia democr tica. (HABERMAS, J. Era das Transi es. Tradu o e Introdu o de Flavio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p. 106.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre democracia em Habermas, considere as a rmativas a seguir: I. A amplia o da economia al m das fronteiras dos Estados nacionais revela a integra o democr tica dos pa ses e, consequentemente, o fortalecimento da cidadania mundial. II. A democracia se amplia medida que a economia e a imigra o se deslocam al m das fronteiras dos Estados nacionais, produzindo um interc mbio social e cultural do ponto de vista global. III. A democracia circunscrita ao mbito nacional goza de autonomia em segmentos signi cativos como a economia, a pol tica e a cultura, por m, quando o Estado entra na fase da constela o p s-nacional, sofre uma redu o no exerc cio democr tico. IV. Do ponto de vista democr tico, os Estados nacionais sofrem restri o em seu fundamento de integra o social em decorr ncia do aumento da imigra o, da segmenta o cultural e, sobretudo, da amplia o da economia no plano global. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 7 / 21 14 Leia o seguinte texto de Adorno e Horkheimer: O esclarecimento, por m, reconheceu as antigas pot ncias no legado plat nico e aristot lico da metaf sica e instaurou um processo contra a pretens o de verdade dos universais, acusando-a de supersti o. Na autoridade dos conceitos universais ele cr enxergar ainda o medo pelos dem nios, cujas imagens eram o meio, de que se serviam os homens, no ritual m gico, para tentar in uenciar a natureza. Doravante, a mat ria deve ser dominada sem o recurso ilus rio a for as soberanas ou imanentes, sem a ilus o de qualidades ocultas. O que n o se submete ao crit rio da calculabilidade e da utilidade torna-se suspeito para o esclarecimento. (ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dial tica do Esclarecimento. Fragmentos los cos. Tradu o de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 21.) Com base no texto e no conceito de esclarecimento de Adorno e Horkheimer, correto a rmar: a) O esclarecimento representa, em oposi o ao modelo matem tico, a base do conhecimento t cnico-cient co que sustenta o modo de produ o capitalista na viabiliza o da emancipa o social. b) O esclarecimento demonstra o dom nio substancial da raz o sobre a natureza interna e externa e a realiza o da emancipa o social levada adiante pelo capitalismo. c) O esclarecimento compreende a realiza o rom ntica da racionalidade que acentuou, de forma intensa, a intera o harm nica entre homem e natureza. d) O esclarecimento abrange a racionaliza o das diversas formas e condi es da vida humana com o objetivo de tornar o ser humano mais feliz, quando da realiza o de pr ticas rituais e religiosas. e) O esclarecimento concebe o abandono gradual dos pressupostos metaf sicos e a operacionaliza o do conhecimento por meio da calculabilidade e da utilidade, redundando num modelo pr prio de raz o instrumental. 15 Observe a fotogra a e leia o texto a seguir: (Dispon vel em: http://tiny.cc/diasdeverao236. Acesso em: 22 jun. 2009.) A n voa que recobre os prim rdios da fotogra a menos espessa que a que obscurece as origens da imprensa; j se pressentia, no caso da fotogra a, que a hora da sua inven o chegara, e v rios pesquisadores, trabalhando independentemente, visavam o mesmo objetivo: xar as imagens da c mera obscura, que eram conhecidas pelo menos desde Leonardo (Da Vinci). (BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. Magia e T cnica, Arte e Pol tica. S o Paulo: Brasiliense, 1996, p. 91.) Com base na obra de Walter Benjamin, no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: I. O dom nio do processo t cnico de xa o das imagens teve sua trajet ria retardada devido s rea es de natureza religiosa que zeram com que a fotogra a surgisse apenas na segunda metade do s culo XIX. II. Em virtude da expectativa gerada pela descoberta da fotogra a no s culo XIX, o seu car ter art stico, desde o in cio, torna-se evidente entre os pintores. 8 / 21 III. A presen a do rosto humano nas fotos antigas representa um ltimo tra o da aura, isto , aquilo que signi ca a exist ncia nica da obra de arte. IV. O valor de exposi o triunfa sobre o valor de culto medida que a gura humana se torna ausente nas fotogra as. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. Leia o seguinte texto de Rousseau e responda quest o 16. [...] s a vontade geral pode dirigir as for as do Estado de acordo com a nalidade de sua institui o, que o bem comum, porque, se a oposi o dos interesses particulares tornou necess rio o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmos interesses que o possibilitou. O que existe de comum nesses v rios interesses forma o liame social e, se n o houvesse um ponto em que todos os interesses concordassem, nenhuma sociedade poderia existir. Ora, somente com base nesse interesse comum que a sociedade deve ser governada. (ROUSSEAU, J.-J. Do contrato social. 5. edi o. S o Paulo: Nova Cultural, 1991, p.43). 16 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a rela o entre contrato social e vontade geral no pensamento de Rousseau, correto a rmar: a) A vontade geral, fundamento da ordem social e pol tica, consiste na soma e, por sua vez, na concord ncia de todas as vontades individuais, as quais por natureza tendem para a igualdade. b) Pelo contrato social, a multid o promete obedecer a um senhor, a quem transmite a vontade coletiva e, por este ato de doa o, torna-se povo e institui-se o corpo pol tico. c) Pelo direito natural, a vontade geral se realiza na concord ncia manifesta pela maioria das vontades particulares, reunidas em assembl ia, que reivindicam para si o poder soberano da comunidade. d) Por for a do contrato social, a lei se torna ato da vontade geral e, como tal, express o da soberania do povo e vontade do corpo pol tico, que deve partir de todos para aplicar-se a todos. e) O contrato social, pelo qual o povo adquire sua soberania, decorre da predisposi o natural de cada associado, permitindo-lhe manter o seu poder, de seus bens e da pr pria liberdade. Leia os textos de Hobbes a seguir e responda quest o 17. [...] Os homens n o podem esperar uma conserva o duradoura se continuarem no estado de natureza, ou seja, de guerra, e isso devido igualdade de poder que entre eles h , e a outras faculdades com que est o dotados. A lei da natureza primeira, e fundamental, que devemos procurar a paz, quando possa ser encontrada [...]. Uma das leis naturais inferidas desta primeira e fundamental a seguinte: que os homens n o devem conservar o direito que t m, todos, a todas as coisas. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, 1992, pp. 40 - 41; 45 - 46). [...] aquele que submete sua vontade vontade outrem transfere a este ltimo o direito sobre sua for a e suas faculdades - de tal modo que, quando todos os outros tiverem feito o mesmo, aquele a quem se submeteram ter tanto poder que, pelo terror que este suscita, poder conformar as vontades particulares unidade e conc rdia. [...] A uni o assim feita diz-se uma cidade, ou uma sociedade civil. (HOBBES, T. Do Cidad o. S o Paulo: Martins Fontes, p. 1992, p. 109). 9 / 21 17 Para os jusnaturalistas o problema da legitimidade do poder pol tico comporta uma quest o de fato e uma quest o de direito, isto , o problema da institui o da sociedade civil e o problema do fundamento da autoridade pol tica. Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento jusnaturalista de Hobbes, considere as a rmativas a seguir: I. A institui o da sociedade civil fundamenta-se na sociabilidade natural do ser humano, pela qual os indiv duos hipoteticamente livres e iguais decidem submeter-se autoridade comum de um s homem ou de uma assembl ia. II. Al m do pacto de associa o para uni o de todos em um s corpo, preciso que ao mesmo tempo se estabele a o pacto de submiss o de todos a um poder comum para a preserva o da seguran a e da paz civil. III. A soberania do povo encontra sua origem e seus princ pios fundamentais no ato do contrato social constitu do pelas vontades particulares dos indiv duos a m de edi car uma vontade geral indivis vel e inalien vel. IV. O estado de guerra decorre em ltima inst ncia da necessidade fundamental dos homens, naturalmente iguais entre si, por sua preserva o que faz com que cada um tenha direito a tudo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 18 Leia o texto de Maquiavel a seguir: [Todo pr ncipe prudente deve] n o s remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a per cia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e n o deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o rem dio n o chega a tempo, tendo-se tornado incur vel a mol stia. [...] Assim se d com o Estado: conhecendo-se os males com anteced ncia o que n o dado sen o aos homens prudentes, rapidamente s o curados [...] (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe: Escritos pol ticos. S o Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.) Nas a es de todos os homens, m xime dos pr ncipes, onde n o h tribunal para recorrer, o que importa o xito bom ou mau. Procure, pois, um pr ncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar ser o sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo levado pelas apar ncias e pelos resultados dos fatos consumados. (MAQUIAVEL, N. O Pr ncipe: Escritos pol ticos. S o Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virt e fortuna na a o pol tica e suas implica es na moralidade p blica, considere as a rmativas a seguir: I. A virt refere-se capacidade do pr ncipe de agir com ast cia e for a em meio fortuna, isto , conting ncia e ao acaso nas quais a pol tica est imersa, com a nalidade de alcan ar xito em seus objetivos. II. A fortuna manifesta o destino inexor vel dos homens e o car ter imut vel de todas as coisas, de modo que a virt do pr ncipe consiste em agir consoante a nalidade do Estado ideal: a felicidade dos s ditos. III. A virt implica a ades o sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade crist e a humildade, para que tenha xito na sua a o pol tica diante da fortuna. IV. O exerc cio da virt diante da fortuna constitui a l gica da a o pol tica orientada para a conquista e a manuten o do poder e manifesta a autonomia dos ns pol ticos em rela o moral preestabelecida. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. 10 / 21 d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 19 Nos Princ pios Matem ticos de Filoso a Natural, Newton a rmara que as leis do movimento, assim como a pr pria lei da gravita o universal, tomadas por ele como proposi es particulares, haviam sido inferidas dos fen menos, e depois tornadas gerais pela indu o . Kant atribui a estas proposi es particulares, enquanto ju zos sint ticos, o car ter de leis a priori da natureza. Entretanto, ele recusa esta dedu o exclusiva das leis da natureza e consequente generaliza o a partir dos fen menos. Destarte, para enfrentar o problema sobre a impossibilidade de derivar da experi ncia ju zos necess rios e universais, um dos esfor os mais signi cativos de Kant dirige-se ao esclarecimento das condi es de possibilidade dos ju zos sint ticos a priori. Com base no enunciado e nos conhecimentos acerca da teoria do conhecimento de Kant, correto a rmar: a) A validade objetiva dos ju zos sint ticos a priori depende da estrutura universal e necess ria da raz o e n o da variabilidade individual das experi ncias. b) Os ju zos sint ticos a priori enunciam as conex es universais e necess rias entre causas e efeitos dos fen menos por meio de h bitos ps quicos associativos. c) O sujeito do conhecimento capaz de enunciar objetivamente a realidade em si das coisas por meio dos ju zos sint ticos a priori. d) Nos ju zos sint ticos a priori, de natureza emp rica, o predicado nada mais do que a explicita o do que j esteja pensado realmente no conceito do sujeito. e) A possibilidade dos ju zos sint ticos a priori nas proposi es emp ricas fundamenta-se na determina o da percep o imediata e espont nea do objeto sobre a raz o. 20 Leia o seguinte texto de Locke: Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das ma s que retirou das rvores na oresta, certamente se apropriou deles para si. Ningu m pode negar que a alimenta o sua. Pergunto ent o: Quando come aram a lhe pertencer? Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou? Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? (LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petr polis: Vozes, 2001, p. 98) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, correto a rmar que a propriedade: I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez que ao acrescentar algo que seu aos objetos da natureza o homem os transforma em sua propriedade. II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos da terra, a exemplo das ma s, confere a ele um direito sobre eles que gera a possibilidade de ac mulo ilimitado. III. Animais e frutos, quando dispon veis na natureza e sem a interven o humana, pertencem a um direito comum de todos. IV. Nasce da sociedade como consequ ncia da a o coletiva e solid ria das comunidades organizadas com o prop sito de formar e dar sustenta o ao Estado. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 11 / 21 SOCIOLOGIA 21 Leia o texto a seguir: A aluna Geisy Villa Nova Arruda, 20, n o poder mais frequentar o pr dio em que estudava antes do dia 22 de outubro, quando foi perseguida, encurralada, xingada e amea ada por cerca de 700 alunos, no campus de S o Bernardo (de uma Universidade particular), alegadamente por causa do microvestido que trajava. (Adaptado de: Folha de S o Paulo. (Universidade particular) decide exilar Geisy em outro pr dio. Caderno cotidiano, C1, 11 nov. 2009.) A mat ria refere-se a recente epis dio, de repercuss o nacional na m dia e que teve como desfecho a readmiss o da aluna referida institui o, ap s o posicionamento da opini o p blica. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Durkheim, correto a rmar que o acontecimento citado revelou a) a consolida o de uma nova consci ncia coletiva, de bases amplas, representada pelos alunos da referida institui o. b) o desprezo da consci ncia coletiva dominante na sociedade em rela o aos destinos individuais, no caso, aluna que foi alvo dos ataques dos estudantes. c) a for a da consci ncia coletiva da sociedade que se imp s aos comportamentos morais desviantes com a nalidade de resgatar a harmonia social, preservando as institui es. d) a presen a de um quadro de profunda anomia social e o quanto os valores sociais de dec ncia foram perdidos pela consci ncia coletiva que se posicionou favoravelmente estudante. e) o perigo representado pela presen a de uma consci ncia coletiva forte e majorit ria atuando como obst culo para o desenvolvimento da vida social sadia ao impedir que alguns indiv duos defendessem os melhores valores morais. Leia o texto a seguir e responda s quest es 22 e 23. No romance de Monteiro Lobato O Presidente Negro (1926), livro de c o sobre os EUA, o personagem principal v o futuro, o s culo XXI, ano de 2228, atrav s de um porvirosc pio, e tece algumas considera es sobre o est gio do choque das ra as naquele contexto. [...] At essa poca a popula o negra representava um sexto da popula o total do pa s. A predomin ncia do branco era pois esmagadora e de molde a n o arrastar o americano a ver no negro um perigo s rio. Mas com o proibicionismo coincidiu o surto das id ias eugen sticas de Francis Galton. As elites pensantes convenceram-se de que a restri o da natalidade se impunha por 1001 raz es, resum veis no velho tru smo: qualidade vale mais que quantidade. [...] Os brancos entraram a primar em qualidade, enquanto os negros persistiam em avultar em quantidade. [...] Mais tarde, quando a eugenia venceu em toda a linha e se criou o Minist rio da Sele o Arti cial, o surto negro j era imenso. [...] (Felizmente), muito cedo chegou o americano conclus o de que os males do mundo vinham dos tr s pesos mortos que sobrecarregam a sociedade o vadio, o doente e o pobre. Em vez de combater esses pesos mortos por meio do castigo, do rem dio e da esmola, como se faz hoje, adotou solu o mais inteligente: suprimi-los. A eugenia deu cabo do primeiro, a higiene do segundo e a e ci ncia do ltimo. (LOBATO, M. O Presidente Negro. S o Paulo: Globo, 2008, p.97 e p.117, grifos do autor) 22 Constituem exemplos de pol ticas eugen sticas promovidas como pol tica o cial de Estado: I. O apartheid na frica do Sul, em vigor at o in cio dos anos de 1990. II. As a es dos cidad os comuns da Ku-Klux-Klan nos Estados Unidos, sobretudo nos anos 1960, com o crescimento do movimento dos direitos civis em defesa da ra a branca. III. A implanta o dos campos de concentra o na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. IV. O movimento Anau no Brasil, promovido por Pl nio Salgado e base das mil cias integralistas criadas por Get lio Vargas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 12 / 21 23 Assinale a alternativa que cont m a gura que representa o ideal de branqueamento no Brasil do nal do s culo XIX. d) a) Augustus Earle. Negros Lutando. C 1824, aquarela sb/papel Jean Baptiste Debret. O Jantar, 1835, litogra a. 16,5 X 25 cm. b) e) Jos Maria de Medereiros. Iracema, 1884, leo sb/tela Senhora na liteira com dois escravos. Fotografo n o identi - 168 X 255 cm. cado / Acervo InstitutO Moreira Salles. c) Modesto Brocos. A reden o de Can, 1895, oleo sb/tela 199 X 166 cm. (Imagens extra das de: ALMEIDA, H. B.; SZWAKO, J. E. Diferen as, Igualdade. S o Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009, pp. 73, 76, 78, 86, 95.) 13 / 21 Leia o texto a seguir e responda s quest es 24 e 25. A palavra b rbaro de origem grega. Ela designava, na Antiguidade, as na es n o-gregas, consideradas primitivas, incultas, atrasadas e brutais. A oposi o entre civiliza o e barb rie ent o antiga. Ela encontra uma nova legitimidade na loso a dos iluministas, e ser herdada pela esquerda. O termo barb rie tem, segundo o dicion rio, dois signi cados distintos, mas ligados: falta de civiliza o e crueldade de b rbaro . A hist ria do s culo 20 nos obriga a dissociar essas duas acep es e a re etir sobre o conceito aparentemente contradit rio, mas de fato perfeitamente coerente de barb rie civilizada . [...] Se n s nos referimos ao segundo sentido da palavra b rbaro atos cru is, desumanos, a produ o deliberada de sofrimento e a morte deliberada de n o-combatentes (em particular, crian as) nenhum s culo na hist ria conheceu manifesta es de barb rie t o extensas, t o massivas e t o sistem ticas quanto o s culo XX. (LOWY, M. Barb rie e Modernidade no s culo 20. Dispon vel em: <http://www.socialismo.org.br/portal/ loso a/155-artigo/1226-barbariee-modernidade-no-seculo-20> Acesso em: 30 out. 2009). 24 Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema barb rie e civiliza o, correto a rmar: a) A civiliza o moderna garantiu, com seus progressos na ci ncia e na moral, um tipo de paz duradoura, pois n o utiliza mais a for a e a crueldade, essas continuam presentes apenas em sociedades arcaicas. b) O processo civilizat rio com todos os progressos cient cos e pol ticos n o foi capaz de superar as tend ncias sociais destrutivas; ao contr rio, as aperfei oou a partir da racionalidade t cnica. c) A civiliza o tradicional e moderna n o manteve os princ pios agressivos presentes em tempos long nquos de nossa hist ria; assistimos ao progressivo decl nio da barb rie na sociedade. d) A barb rie primitiva op e-se barb rie civilizada, na medida em que a ltima eliminou por completo o uso da for a e da viol ncia na resolu o dos con itos entre os Estados Na o. e) A civiliza o e a cultura pr -moderna sobreviveram at os dias atuais, permitindo uma articula o da vida buc lica e pac ca com a vida moderna tendenciosamente mais cruel que outras pocas. 25 Considere o quadro a seguir: (SALEN, T. As tribos do mal: o neonazismo no Brasil e no mundo. 1995. Apud ARAUJO, S. M. et al. Sociologia: um olhar cr tico. S o Paulo: Contexto, 2009, p. 188.) Com base no quadro e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) Apesar de conservadores, esses agrupamentos s o amplamente politizados, o que garante homogeneidade e solidez cient ca ideologia que professam. b) Nascidos nas periferias das grandes cidades, a base social desses movimentos , no entanto, de classe alta escolarizada e articulada s iniciativas semelhantes na Europa. c) Formados nos quadros das For as Armadas brasileiras, esses movimentos perseguem a revolu o social nos moldes da luta de classes entre capital e trabalho. d) Esses movimentos s o formas irracionalistas de protesto coletivo ligadas ao crescimento da mis ria e aus ncia de perspectivas sociais para a juventude das periferias brasileiras. e) O principal foco de desenvolvimento desses movimentos s o as regi es com forte concentra o de judeus, os quais monopolizam as principais atividades comerciais nas periferias urbanas brasileiras. 14 / 21 26 A quest o das classes sociais na Sociologia tem diferentes formas de explica o. Dentre as explica es cl ssicas, as de Marx e Weber. Atualmente encontramos estudiosos que analisam a estrutura social brasileira de diferentes maneiras: I. A Classe C a classe central, abaixo da A e B e acima da D e E. [...] a faixa C central est compreendida entre os R$ 1064 e os R$ 4561 a pre os de hoje na grande S o Paulo. A nossa classe C est compreendida entre os, imediatamente acima dos 50% mais pobres e os 10% mais ricos na virada do s culo. [...] A nossa classe C aufere em m dia a renda m dia da sociedade, ou seja, classe m dia no sentido estat stico. A classe C a imagem mais pr xima da m dia da sociedade brasileira. Dada a desigualdade, a renda m dia brasileira alta em rela o aos estratos inferiores da distribui o. (Adaptado de: NERI, M. C.; COUTINHO DE MELO, L. C. (coordenadores). Mis ria e a nova classe m dia na d cada da igualdade. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS, 2008, p. 34-35.) II. A reorganiza o do processo de acumula o no Brasil [ap s os anos de 1990] acarreta consequ ncias imediatas nas rela es sociais, no trabalho, no emprego e nas classes sociais dele resultantes. Assim, podemos concordar que o operariado industrial perdeu o seu peso relativo na nossa sociedade [...]. certo que a classe trabalhadora [...] se multiplicou em diferentes grupos sociais, uns talvez mais atomizados ou desorganizados [...]. Tamb m percebe-se, [...] que houve um processo de nanceiriza o da classe hegem nica brasileira, que acabou reduzindo ainda mais os setores dominantes, sobretudo entre os banqueiros, as multinacionais e os grupos econ micos, mesclados entre si com o capital nanceiro e o capital internacional. (Adaptado de: OLIVEIRA, F. et al. Classes sociais em mudan a e a luta pelo socialismo. S o Paulo: Funda o Perseu Abramo, 2002, p. 27-28.) Considerando as duas teorias e os dois tipos de an lise dos estudiosos, correto a rmar que as an lises de a) I e II concordam com Max Weber simultaneamente. b) I e II concordam com Karl Marx simultaneamente. c) II concorda com Max Weber e as de I com Karl Marx. d) I e II discordam igualmente com Karl Marx e com Max Weber. e) II concorda com Karl Marx e as de I concorda com Max Weber. 27 Observe a tabela a seguir elaborada por Pierre Bourdieu: (Adaptado de: BOURDIEU, P. Distinction... op. cit. ap ndice 3. Tabela A6, p. 534. In. ALMEIDA, H. B.; SZWAKO, J. E. (orgs.). Diferen as, Igualdade. S o Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009, p. 50.) 15 / 21 Com base na tabela, correto a rmar: a) A pesquisa sobre as classes sociais indica as similitudes e simetrias dos gostos e pr ticas sociais das classes baixas, m dias e superiores. b) A pesquisa sobre as classes baixas, m dias e altas revela o quanto a dimens o cultural di cilmente coincide com a dimens o econ mica das diferen as. c) A pesquisa sobre a dimens o cultural das classes sociais demonstra que h diferen as nos seus estilos de vida e de consumo. d) A pesquisa sobre as classes sociais e suas hierarquias desautorizam as a rma es sobre poss veis assimetrias nas escolhas de consumo. e) A pesquisa sobre o consumo e as pr tica sociais das tr s classes denuncia a apropria o da cultura popular pelas classes superiores. 28 Leia o texto a seguir: Tenho 32 anos e, como a maioria das pessoas da minha gera o, j fui demitido mais de uma vez. Voc ca mal e se sente impotente. Nossos pais entravam em uma empresa e sa am de l aposentados, mas agora isso passado. O mercado est em movimento o tempo todo e precisamos nos preparar para enfrentar essas mudan as. Quem est preparado n o ca sem emprego. Por isso corro atr s. (Depoimento de Andr Luiz Fernandes. Demita o patr o. Super Interessante. S o Paulo: Abril, 14 ago. 2009, ed. 268, p. 17.) Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre o mundo do trabalho, correto a rmar: a) O fen meno assinalado e presente com maior intensidade no Capitalismo a partir dos anos 1990 de nido conceitualmente como empregabilidade , isto , tem maior oportunidade de conseguir emprego quem se quali ca permanentemente. b) O tra o distintivo entre o capitalismo do in cio do s culo XX e o do come o do s culo XXI que o primeiro era est tico, da garantir estabilidade no emprego at o nal do ciclo de vida do trabalhador. c) O desenvolvimento recente do capitalismo garante trabalho aos que estudam, o que se re ete, hoje, nas baixas taxas de desemprego a n veis mundiais e o sucesso das pol ticas de pleno emprego. d) As diferentes fases do capitalismo refor aram a falta de conex o entre forma o, quali ca o e possibilidade de inser o no mercado de trabalho. e) Foi de modo semelhante que as diversas gera es dos anos de 1950 e 1990 inseriram-se no mercado de trabalho, garantindo planejamento est vel em termos de empregabilidade ao longo do tempo de vida produtiva. Leia o texto a seguir e responda s quest es 29 e 30. Ao separar completamente o patr o e o empregado, a grande ind stria modi cou as rela es de trabalho e apartou os membros das fam lias, antes que os interesses em con ito conseguissem estabelecer um novo equil brio. Se a fun o da divis o do trabalho falha, a anomia e o perigo da desintegra o amea a todo o corpo social e quando o indiv duo, absorvido por sua tarefa se isola em sua atividade especial, j n o percebe os colaboradores que trabalham ao seu lado e na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa obra comum. (DURKHEIM, E. A Divis o Social do Trabalho. Apud QUINTEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Cl ssicos. vol 1. Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. p. 91.) 29 Assinale a alternativa que corretamente de ne a fun o moral da divis o do trabalho social segundo E. Durkheim. a) Ampliar a anomia social. b) Estimular o con ito de classes. c) Promover a consci ncia de classe. d) Estreitar os la os de solidariedade social. e) Reproduzir formas de aliena o social. 16 / 21 30 De acordo com K. Marx, uma situa o semelhante descrita no texto, em que trabalhadores isolados em suas tarefas no processo produtivo n o percebem seus colaboradores na mesma obra, nem tem id ia dessa obra comum , explicada pelo conceito de: a) b) c) d) e) Aliena o. Ideologia. Estrati ca o. Anomia social. Identidade social. 31 Analise o gr co e leia o texto a seguir: (Minist rio do Trabalho e Emprego, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (MTE/CAGED)) Nota: Saldo = Admiss es - Demiss es A crise econ mica mundial poder produzir um aumento consider vel no n mero de pessoas que aumentar o as las de desempregados, trabalhadores pobres e trabalhadores com empregos vulner veis, a rma a Organiza o Internacional do Trabalho (OIT) em seu relat rio Tend ncias Mundiais do Emprego. [. . . ] o relat rio assinala que o desemprego no mundo poderia aumentar em 2009 em rela o a 2007 entre 18 e 30 milh es de trabalhadores e at al m de 50 milh es caso a situa o continue se deteriorando (Relat rio da OIT sobre as tend ncias mundiais de emprego para 2009. Organiza o Internacional do Trabalho (OIT) Brasil. Dispon vel em <http://www.oitbrasil.org.br/get_2009.php>. Acessado em 25 de agosto de 2009.) Com base nos conhecimentos sobre o tema e no gr co, correto a rmar, que no Brasil, nos ltimos dois anos per odo da ltima crise do capitalismo mencionada no texto a) b) c) d) e) houve uma eleva o no saldo de empregos com carteira assinada houve uma eleva o nas admiss es e no saldo de empregos com carteira assinada. houve uma redu o nas demiss es e aumento das admiss es com carteira assianda. houve uma redu o no saldo de empregos com carteira assinada. manteve-se constante o saldo de empregos com carteira assinada. 32 Leia o texto a seguir: Do ponto de vista do cidad o, a equa o de trabalhar sem prazer para viver livremente nos per odos de folga dura demais, se considerarmos que passamos mais de 60% do dia envolvidos com o trabalho. E, como n o h not cia de um ser humano que tenha conseguido desligar o c rebro durante suas tarefas, somos tamb m n s mesmos durante o labor. (D para ser feliz no trabalho?, poca, 13 de jul. 2009, p. 68.) 17 / 21 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a vis o sociol gica do trabalho, considere as a rmativas a seguir: I. Segundo a teoria marxista, s poss vel avaliarmos que passamos mais de 60% de nossas vidas envolvidos com o trabalho devido organiza o capitalista que, em raz o da propriedade privada dos meios de produ o e do assalariamento, separa tempo de trabalho e tempo de n o-trabalho. II. Para Max Weber, o desa o da explica o sociol gica era o de reconstruir o processo por meio do qual se passou a aceitar o trabalho de forma disciplinada como um m em si mesmo, tornando-o pass vel de uma avalia o moral positiva. Foi essa sua inten o ao analisar as a nidades eletivas do trabalho capitalista com a tica protestante. III. O sentimento do trabalhador em rela o sua atividade estava ausente nas ideias da sociologia cl ssica, j que a felicidade ou n o dos sujeitos no trabalho uma preocupa o da sociedade contempor nea globalizada, que se baseia em valores individualistas e hedonistas. IV. Seguindo a linha de explica o oriunda de mile Durkheim, a quest o do prazer ou felicidade no trabalho n o depende diretamente do n mero de horas trabalhadas, mas se h uma compreens o em cada indiv duo da import ncia de cada um no trabalho geral, em que exercemos nossa individualidade, somos n s mesmos na execu o de nossas especialidades . Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e IV s o corretas. b) Somente as a rmativas II e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. 33 Leia o texto a seguir: O sistema Linux um artesanato p blico. O kernel (n cleo de software) do c digo Linux est dispon vel a todos, pode ser utilizado e adaptado por qualquer um: as pessoas se oferecem voluntariamente e doam seu tempo para aperfei o -lo. O Linux contrasta com o c digo utilizado na Microsoft, cujos segredos at recentemente eram entesourados como propriedade intelectual de uma s empresa. [...] Ao ser criado na d cada de 1990, o Linux tentava resgatar um pouco do esp rito de aventura dos primeiros dias da inform tica na d cada de 1970. Ao longo dessas duas d cadas, a ind stria de software metamorfoseou-se em pouco tempo num conjunto de poucas empresas dominantes, adquirindo o controle de concorrentes menores ou expulsando-os do mercado. Nessa din mica, os monop lios pareciam fabricar em s rie produtos cada vez mais med ocres. (SENNET, R. O Art ce. Rio de Janeiro: Record, 2009, p.35.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) As con gura es dos processos de inven o no mercado da inform tica n o dependem da l gica de acumula o capitalista, pois se miram nos princ pios de liberdade e de simetria nas formas de apropria o. b) Os processos de cria o e produ o de conhecimentos e produtos na era da revolu o microeletr nica n o s o neutros, pois podem ocorrer segundo a l gica da acumula o privada ou da l gica da apropria o p blica. c) Os modos de apropria o dos softwares e seus c digos passam pela garantia de inova o, revolu o e acumula o de conhecimentos que eles comportam, pois s o esses elementos que determinam seu uso social. d) As formas de circula o e de acesso aos produtos diretamente ligados aos progressos da inform tica n o est o subordinadas aos processos e engenharias que hierarquizam os detentores e n o detentores do capital. e) Os sistemas de elabora o de t cnicas e mecanismos no meio virtual s o indiferentes em suas formas de aplica o seguindo l gicas distintas, mas que convergem para a apropria o p blica dos processos e resultados. 18 / 21 34 Observe a charge a seguir: (BEYNON, H. Trabalhando para Ford. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995, p.192.) Com base na charge e nos conhecimentos sobre o tema, considere as a rmativas a seguir: I. Um dos impactos do sistema Ford de produ o foi o elevado ndice de homic dios entre os oper rios, decorrentes de brigas motivadas por ganhos de produtividade e ritmos extenuantes de trabalho. II. A separa o entre concep o e execu o das tarefas representaram, no taylorismo-fordismo, o decl nio do oper rio de of cio e a potencializa o do trabalho desquali cado. III. Datado historicamente, o taylorismo-fordismo foi abandonado com o desenvolvimento das formas de gest o propostas pelo toyotismo, que exige o desprezo pelo controle dos tempos e movimentos. IV. Embora nascido no espa o fabril, os m todos propostos por Ford se generalizaram no s culo XX, abarcando o setor de servi os, como o caso de fast-foods. Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas II e IV s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e III s o corretas. e) Somente as a rmativas I, III e IV s o corretas. 35 Leia o texto a seguir: Em 1978, uma greve que parecia amalucada, organizada em menos de uma semana na f brica de nibus e caminh es Scania-Vabis, em S o Bernardo do Campo, alastrou-se por boa parte do ABC paulista. Questionou a legisla o sindical ent o ultrarrestritiva, ampliou o direito de greve, deixou perplexos os patr es e na defensiva a ditadura militar; construiu novos paradigmas para a a o dos sindicatos e projetou pela primeira vez o nome de Luiz In cio da Silva, o Lula, para fora dos meios metal rgicos. Trinta anos depois, alguns destacados militantes dessa jornada se perguntam: Acabou? . (Militantes questionam o rumo do sindicalismo 30 anos ap s greve de 78, Folha de S o Paulo, 11 maio 2008.) Sobre o processo hist rico referido no texto e com base nos conhecimentos sobre as mudan as recentes nas rela es de trabalho, considere as a rmativas a seguir: I. O movimento grevista do m da d cada de 1970 aumentou sua legitimidade e import ncia entre os trabalhadores porque atuou dentro da estrutura sindical o cial de Estado e por ser custeado pelo imposto obrigat rio. II. Embora tenha ampliado o direito de greve e contestado o regime pol tico vigente no pa s, as greves citadas n o surtiram maiores consequ ncias pr ticas, o que se veri ca no distanciamento que adotaram em rela o ao movimento para a redemocratiza o do pa s. III. Ap s as greves de 1978, o movimento sindical brasileiro conheceu grandes avan os na d cada de 1980, vistos pelo aumento da taxas de sindicaliza o em setores antes n o alcan ados, como trabalhadores rurais, camadas m dias e funcion rios p blicos. IV. Trinta anos depois, devido reestrutura o produtiva e ao aumento do desemprego, as pr ticas sindicais dominantes tendem a uma maior aproxima o com as empresas e com o Estado e ao distanciamento em rela o s bases dos trabalhadores. 19 / 21 Assinale a alternativa correta. a) Somente as a rmativas I e II s o corretas. b) Somente as a rmativas I e III s o corretas. c) Somente as a rmativas III e IV s o corretas. d) Somente as a rmativas I, II e IV s o corretas. e) Somente as a rmativas II, III e IV s o corretas. 36 Os movimentos sociais t m como uma de suas caracter sticas surgir de um princ pio norteador e um problema social, que orientam o projeto coletivo dos envolvidos. Assinale a alternativa que cont m o princ pio norteador comum dos movimentos brasileiros, Revolta de Porecatu no Paran (1950-1951), Ligas Camponesas (1954-1964) e Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (1984): a) Organizar o agroneg cio, modernizando as rela es capitalistas no campo atrav s da incorpora o dos trabalhadores rurais. b) Conservar as rela es patriarcais no latif ndio, mas modernizando as rela es de produ o baseadas no trabalho assalariado. c) Articular os sindicatos de trabalhadores rurais e de propriet rios de terras, formando cooperativas sem alterar a estrutura fundi ria do pa s. d) Transformar a estrutura fundi ria do pa s, fortalecendo os grandes propriet rios a partir da coaliz o com os m dios e pequenos no sentido de ofertarem mais postos de trabalho em suas propriedades. e) Realizar a reforma agr ria alterando a secular estrutura latifundi ria, distribuindo terra para fam lias de trabalhadores rurais. 37 exce o do Senado da Rep blica, os demais cargos majorit rios s t m direito a uma reelei o. Em v rios pa ses latino-americanos, discutiu-se ou at mesmo aprovou-se um terceiro mandato para pelo menos um dos respectivos presidentes da Rep blica. Diante destas informa es, pode-se a rmar que pelas leis vigentes na atualidade, a imposi o do terceiro mandato para a presid ncia da Rep blica no Brasil considerada a) inconstitucional e representaria medida de for a, ou seja, golpe de Estado. b) inconstitucional, embora tenha sido aprovada pelo Congresso Nacional. c) constitucional, uma vez que outros pa ses republicanos, como a Venezuela, j aprovaram a reelei o inde nida tamb m para a presid ncia da Rep blica. d) constitucional, pois recebeu parecer favor vel do Superior Tribunal Eleitoral, que rege as elei es brasileiras. e) constitucional, dado que obteve aprova o e votos positivos do Supremo Tribunal Federal (STF). 38 Observe a charge a seguir: (Le Monde Diplomatique Brasil. S o Paulo: Instituto P lis. Ano 2, n. 21, abr. 2009, p. 3.) 20 / 21 Com base na charge e nos conhecimentos sobre o tema, correto a rmar: a) As privatiza es ocorridas nos anos 1990 e 2000 no Brasil tiveram por principal impacto o barateamento dos servi os b sicos popula o, al m de terem livrado o Estado de empresas desnecess rias. b) A participa o popular tem sido fundamental para de nir o programa de privatiza es do governo brasileiro, pois o eleitor conhece quais os melhores setores que devem ser gerenciados pela iniciativa privada. c) As principais di culdades para a administra o das empresas privatizadas tornarem-se rent veis, nos diversos pa ses, decorrem das a es de manifestantes antiglobaliza o, os quais constituem bra os pol ticos de sindicatos e partidos pol ticos de esquerda. d) Mesmo diante de v rios protestos populares, o programa de privatiza es, intensi cado a partir de 1990 no Brasil e v rios pa ses do mundo, tornou patrim nio particular grande parte dos recursos naturais, materiais, culturais e de servi os sociais. e) Por serem elementos fornecidos pela natureza e n o se constitu rem propriedade de ningu m, indiferente se a gua e demais recursos naturais forem cuidados pelo Estado ou pela iniciativa privada. 39 Apenas 3,5% dos jovens t m acesso ao ensino superior. Diante da demanda social para ampliar os ndices de acesso ao ensino superior o Estado poderia? I. expandir as vagas no setor p blico melhorando a infra-estrutura, o n mero de bolsas para estudantes sem recursos su cientes e/ou que tenham m rito acad mico. II. expandir as vagas no setor privado dando aux lio p blico para pessoas comprovadamente pobres, fortalecendo o mercado da educa o. III. garantir as vagas em institui es estatais para a perman ncia de todos os estudantes, coibindo e, s vezes proibindo, o desenvolvimento de mercados livres na rea da educa o. Assinale a alternativa que cont m os tipos de Estado que proporiam as solu es I, II e III, respectivamente: a) Estado socialista; Estado absolutista, Estado liberal. b) Estado absolutista; Estado do bem-estar social; Estado liberal. c) Estado liberal; Estado socialista; Estado do bem-estar social. d) Estado socialista; Estado do bem-estar social; Estado liberal. e) Estado do bem-estar social; Estado liberal; Estado socialista. 40 Leia o texto a seguir: Antes de tudo, n o existem as democracias exportadas , um engano. Os Estados poderosos se op em democracia. Em todo o mundo rabe houve uma nica elei o livre: a de janeiro de 2006, na Palestina. Todos est o de acordo que foram livres e justas. Mas, do ponto de vista americano e israelense, ganharam as pessoas erradas. Como nos Estados Unidos a classe dirigente e os intelectuais desprezam a democracia, eles reagiram junto com Israel, castigando a popula o. N o foi s com o Hamas na Palestina, vamos pegar o exemplo da Venezuela: podem ter a opini o que quiserem sobre Chavez, mas a quest o o que pensam os venezuelanos. E os estudos de Latinobarometro (consultoria chilena) dos ltimos anos indicam a Venezuela no primeiro ou segundo lugar em aprova o do pr prio governo e da democracia. isso que pensam as pessoas. E como reagem os Estados Unidos? Respaldam um golpe militar, sans es, demonizam o presidente... O mesmo com a Bol via. Novamente, cada um pode opinar como quiser, mas houve elei es notavelmente democr ticas em dezembro de 2005, quando a maioria ind gena p de, pela primeira vez, eleger um de seus pares, Evo Morales. Isso democracia. Quando os Estados Unidos tentam solap -la re etem sua vis o: est tudo bem, desde que seja da nossa maneira. (Entrevista exclusiva de Noam Chomsky. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 2, n. 15, out. 2008, p. 11.) Com base no texto, assinale a alternativa correta. a) O grande problema das democracias exportadas que elas garantem, em geral, vit ria de grupos contr rios aos interesses das popula es historicamente dominadas. b) A democracia um valor universal, mas respeitada na pr tica por um leque exclusivo de pa ses, os economicamente mais fortes. c) Os Estados Unidos t m representado um papel fundamental no sentido de evitar desvios ditatoriais na Am rica Latina, sendo exemplos os casos da Venezuela e Bol via. d) Os anos 2000 marcaram o decl nio do esp rito imperialista, inclusive aquele de car ter basicamente cultural. e) A exemplo do que aconteceu na hist ria norte-americana, o fortalecimento da democracia na Am rica Latina passa por um distanciamento das quest es tnicas, como a quest o dos ind genas. 21 / 21 09. FILOSOFIA E SOCIOLOGIA GABARITO Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Alternativa correta D E D C E B D B A E B A C E C D C A A B C B C B D E C A D A D E B B C E A D E A Assinalada

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Additional Info : PROVA DA 2ª FASE - 08/12/2009
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