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Unicamp Vestibular de 2003 - PROVA 2ª FASE - Língua Portuguesa e

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L NGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE L NGUA PORTUGUESA 1 . O Partido X dedica-se a essa atividade mais do que nunca. Ocorre que ainda est longe do desejado, seja por falta de vontade, de v oca o ou de incapacidade do partido. Entre outras raz es, por esse motivo que o d lar sobe . (Fernando Rodrigues, Folha de S. Paulo , 25/09/2002 - parcialmente adaptado) a) Na primeira ora o ocorre uma palavra (um pronome) que permite concluir que o trecho acima n o o in cio do texto de Fernando Rodrigues. Qual a palavra e por que sua ocorr ncia permite tal conclus o? b) O final da seq ncia "seja por falta de vontade, de voca o ou de incapacidade..." apresenta um problema de coer ncia, que pode ser eliminado de duas maneiras. Quais s o essas duas maneiras? c) Destaque uma passagem que indica que o texto pessimista (ou cr tico) em rela o ao Partido. 2 . MARCAPASSO NATURAL - Uma alternativa menos invasiva pode substituir o implante do marcapasso eletr nico [...]. Cientistas do Hospital John Hopkins, nos EUA, conseguiram converter c lulas card acas de porquinhos-da- ndia em c lulas especializadas, que atuam como um marcapasso, controlando o ritmo dos batimentos card acos. No experimento, o cora o dos su nos recuperou a regularidade dos movimentos. A expectativa que em alguns anos seja poss vel testar a t cnica em humanos. (ISTO , 1720, 18/09/2002.) a) Algu m que nunca tivesse ouvido falar de marcapasso poderia dar uma defini o desse instrumento lendo este texto. Qual essa defini o? b) A ocorr ncia da express o "a t cnica", no final do texto, indica que ela foi explicada anteriormente. Em que consiste essa t cnica? c) Apesar do nome, o porquinho-da- ndia um roedor. Sendo assim, h uma fo rma equivocada de referir-se a ele no texto. Qual essa forma e como se explica sua ocorr ncia? 3 3 . Uma das ltimas edi es do Jornal Vis o de Bar o Geraldo trazia em sua se o "Sorria" esta anedota: No meio de uma visita de rotina, o presidente daquela enorme empresa chega ao setor de produ o e pergunta ao encarregado: - Quantos funcion rios trabalham neste setor? Depois de pensar por alguns segundos, o encarregado responde: - Mais ou menos a metade! a) Explique o que quis perguntar o presidente da empresa. b) Explique o que respondeu o encarregado. c) Um dos sentidos de trabalhar 'estar empregado'. Supondo que o encarregado entendesse a fala do presidente da empresa nesse sentido e quisesse dar uma resposta correta, que resposta teria que dar? 4 . A coluna MARKETING da revista Classe , ano XVII, n o . 94, 30/08 a 30/10, 2002), inclui as seguintes passagens (parcialmente adaptadas): Os jovens de classe m dia e alta, nascidos a partir de 1980, foram criados sob a press o de encaixarem infinitas atividades dentro das 24 horas. E assim aprenderam a ensanduichar atividades. (...) Pressionados pelo tempo desde que nasceram, desenvolveram um filtro e separam aquilo que para eles o trigo, do joio; ficam com o trigo, e naturalmente, deletam o joio. (p. 26) a) Explique qual o sentido da palavra "ensanduichar" no texto e diga por que ela especialmente expressiva ou sugestiva aqui. b) O texto menciona um ditado corrente, embora n o na ordem usual. Qual o ditado e o que significa? c) A palavra "deletar" confere um ar de atualidade ao texto. Explique por qu . 5 . No folheto intitulado "Sa de da mulher - orienta es", distribu do em consult rios m dicos, encontramos estas informa es acerca de um produto que, aqui, chamaremos "P": A liberdade da mulher pode ficar comprometida quando surge em sua vida o risco de uma gravidez indesejada. Para estas situa es, ela pode contar com P, um m todo de Contracep o de Emerg ncia, ou p s-ato sexual, capaz de evitar a gesta o com grande margem de seguran a. O ginecologista poder orient -la sobre o uso correto desse m todo. [...] P um m todo indolor, bastante pr tico e quase sem efeitos colaterais. Deve ser tomado num per odo de at 72 horas ap s o ato sexual desprotegido, sendo mais efetivo nas primeiras 48 horas. Age inibindo ou retardando a ovula o e torna o tero um ambiente impr prio para que o vulo se implante. Dessa forma, n o pode ser considerado um m todo abortivo, j que, quando atua, ainda n o houve implanta o do vulo no tero. a) A posi o assumida no texto se baseia em uma distin o entre (medicamento) contraceptivo e (medicamento) abortivo. Explique o que vem a ser aborto para os fabricantes de P. b) A partir do trecho transcrito, pode-se dizer que o folheto toma posi o numa pol mica que tem um aspecto tico-religioso e um aspecto cient fico. Qual a quest o tico-religiosa da pol mica? Qual a quest o cient fica? 4 6 . Leia atentamente o folheto (distribu do nos pontos de nibus e feiras de Campinas), e as defini es de "simpatia" extra das do Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa . ? 1 . afinidade moral, similitude no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas. [ ... ] ? 3 . impress o agrad vel, disposi o favor vel que se experimenta em rela o a algu m que pouco se conhece. [ ... ] ? 6. atra o por uma coisa ou uma id ia. [ ... ] ? 9 . Brasileirismo: usada como interlocut rio pessoal (- qual o seu nome, simpatia?). ? 1 0. Brasileirismo : a o (observa o de algum ritual, uso de um determinado objeto etc.) praticada supersticiosamente com finalidade de conseguir algo que se deseja. a) Dentre as defini es do dicion rio Houaiss mencionadas, qual a mais pr xima do sentido da palavra "simpatia" no texto? b) H no texto duas ocorr ncias de "desvendar", sendo que uma delas n o coincide com o uso padr o desse termo. Qual , e por qu ? c) Independentemente do t tulo, algumas caracter sticas da segunda parte do texto s o de uma ora o ou prece ou reza. Quais s o essas caracter sticas? 5 7. a) No in cio da Farsa de In s Pereira, Lianor Vaz relata m e de In s um hilariante a contecimento que teria protagonizado. Tal acontecimento serve de testemunho cr tica moral que Gil Vicente pretendeu fazer a uma institui o ainda de grande influ ncia no s culo XVI, poca em que foi escrita a famosa pe a. Qual o epis dio que Lianor Va z teria protagonizado? Qual seria aquela institui o? b) Ao final da pe a de Gil Vicente, com In s j casada com Pero M rquez, comparece cena uma personagem decisiva para o desenlace da trama. Quem essa personagem? Que rela o teria ela tido com In s, anteriormente? 8. a) Em O Crime do Padre Amaro , de E a de Queir s, a partir de um certo momento da trama, Amaro e Am lia passam a ver-se numa casa estrategicamente bem situada para seus encontros amorosos. Quem s o os habitantes dessa casa? Qual desses habitantes teria provocado em Am lia o in cio de seus conflitos morais? b) No final de O Crime do Padre Amaro , o C nego Dias e Amaro reencontram-se em Lisboa, juntando -se a eles o Conde de Ribamar. Ao referir-se ao ambiente daquela cidade (e, conseq entemente, de Portugal) naquele momento, o conde diz: -- Que paz, que anima o, que prosperidade! . A essa observa o o narrador acrescenta uma descri o das ruas modorrentas de Lisboa, que pode ser resumida no seguinte trecho: ...pelos bancos de pra a gente estirava-se num torpor de vadiagem; um carro de bois, aos solavancos sobre as suas altas rodas, era como o s mbolo de agriculturas atrasadas de s culos . A contraposi o das duas passagens citadas produz um efeito ir nico. Explique-o. 6 9 . Leia com aten o o poema que segue: Sida* aqueles que t m nome e nos telefonam um dia emagrecem partem deixam-nos dobrados ao abandono no interior duma dor in til muda e voraz arquivamos o amor no abismo do tempo e para l da pele negra do d esgosto pressentimos vivo o passageiro ardente das areias - o viajante que irradia um cheiro a violetas noturnas acendemos ent o uma labareda nos dedos acordamos tr mulos confusos - a m o queimada junto ao cora o e mais nada se move na centrifuga o dos segundos - tudo nos falta nem a vida nem o que dela resta nos consola a aus ncia fulgura na aurora das manh s e com o rosto ainda sujo de sono ouvimos o rumor do corpo a encher-se de m goa assim guardamos as nuvens breves os gestos os invernos o repouso a sonol ncia o evento arrastando para longe as imagens difusas daqueles que amamos e n o voltaram a telefonar. Al Berto**. Horto de Inc ndio. Lisboa, Ass rio e Alvim, 1997. *Sida: s ndrome de imuno-defici ncia adquirida, a denomina o que em pa ses europeus deu-se doen a conhecida no Brasil como aids . **O autor do poema atualmente um dos mais reconhecidos poetas em Portugal. a) Considerando o tema deste poema, como se pode entender a frase "aqueles que t m nome"? b) Na segunda estrofe, o poema fala em arquivar o amor e em pressentir vivo o passageiro ardente . Analise essa aparente contradi o. c) Na quarta estrofe, quando o poema sugere a transforma o da intensidade amorosa em car ncia (tudo nos falta), um verso traduz com perfei o a conjuga o entre a intensidade amorosa e seu esvaziamento. Qual esse verso? 7 1 0. Mas, a mal, vinha vesprando a hora, o fim do prazo, Miguilim n o achava p em pensamento onde se firmar, os dias n o cabiam dentro do tempo. Tudo era tarde! De siso, devia de rezar, urgente, mont o de rezas. (Jo o Guimar es Rosa, "Campo geral", in Manulez o e Miguilim. Rio de Janeiro, Editora Jos Olympio. 1972.) a) O trecho acima refere-se a uma esp cie de acordo que Miguilim prop s a Deus. Que acordo era esse? b) Sabendo-se que o acordo se relaciona s perdas sofridas por Miguilim, cite as duas que mais profundamente o marcaram. c) Se "vesprando" deriva de "v spera", que se associa a V sper (Estrela da Tarde), como se deve interpretar "vinha vesprando a hora"? 1 1. O conto Gaetaninho come a com a fala - Xi, Gaetaninho, como bom!", e termina com a seguinte afirma o: Quem na bol ia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino . (Antonio Alc ntara Machado. "Gaetaninho", in Br s, Bexiga e Barra Funda . Belo Horizonte/Rio de Janeiro, Villa Rica Ed. Reunidas, 1994.) A fala inicial de Beppino, mencionado tamb m no ltimo par grafo. a) A que ele se referia como sendo bom? b) Ambos os trechos citados t m rela o d ireta com o n cleo central da narrativa. Que n cleo esse? c) Que rela o h entre os nomes pr prios das personagens e o t tulo do livro? 1 2. Leia atentamente o poema abaixo, de autoria de Cacaso: H UMA GOTA DE SANGUE NO CART O POSTAL eu sou manhoso eu sou brasileiro finjo que vou mas n o vou minha janela a moldura do luar do sert o a verde mata nos olhos verdes da mulata sou brasileiro e manhoso por isso dentro da noite e de meu quarto fico cismando [na beira de um rio na imensa solid o de latidos e araras l vido de medo e de amor (Antonio Carlos de Brito (CACASO), Beijo na boca . Rio de Janeiro, 7 Letras, 2000. p. 12.) a) Este poema de Cacaso (1944-1987) dialoga com v rias vozes que falaram sobre a paisagem e o homem brasileiros. Justifique a refer ncia ao cart o postal do t tulo, atrav s de express es usadas na primeira estrofe. b) O poema se constr i sobre uma imagem suposta de brasileiro. Qual essa imagem? c) Quais as express es po ticas que desmentem a felicidade obrigat ria do eu do poema? 8 C I NCIAS BIOL GICAS 1 3 . No futuro, pacientes com defici ncia na produ o de horm nios poder o se beneficiar de novas t cnicas de tratamento, atualmente em fase experimental, como o caso do implante das c lulas (beta) das ilhas pancre ticas (ilhotas de Langerhans). a) Qual a conseq ncia da defici ncia do funcionamento das c lulas (beta) no homem? Explique. b) Al m das secre es de horm nios (end crinas), o p ncreas apresenta tamb m secre es ex crinas. D um exemplo de secre o pancre tica ex crina e sua fun o. c ) Por que neste caso a secre o chamada ex crina? 1 4. A utiliza o e manipula o de materiais produzidos com amianto foram proibidas, pois esta subst ncia prejudicial sa de das pessoas que trabalham na produ o de caixas de gua, telhas e revestimentos. As fibras de amianto, por serem fin ssimas, quando inaladas penetram, por exemplo, nos pulm es, alojando -se nas estruturas respons veis pelas trocas gasosas. a) Em que estrutura dos pulm es se alojam as fibras de amianto? Explique como se realizam as trocas gasosas. b) Al m do pulm o, que outras estruturas permitem trocas gasosas nos animais? 1 5. Frutos carnosos imaturos s o na maioria verdes e duros. Durante o amadurecimento, ocorre a decomposi o da clorofila e a s ntese de outros pigmentos, resultando em uma colora o amarelada ou avermelhada. Com o amadurecimento tamb m ocorre o amolecimento devido degrada o de componentes da parede celular e aumento nos n veis de a cares. a) Qual a vantagem adaptativa das modifica es que ocorrem durante o amadurecimento dos frutos carnosos? b) De que estrutura da flor se origina a por o carnosa de um fruto verdadeiro? c ) A ma , apesar de carnosa, n o fruto verdadeiro. Explique de que estrutura ela se origina. 1 6. Um agricultor decidiu produzir flores em sua propriedade, localizada perto da cidade de Fortaleza (CE). Devido sua proximidade com a linha do Equador, nesta cidade os dias mais longos do ano (janeiro) s o de 12:30 horas de luz, e os mais curtos (julho) s o de 11:30 horas de luz. O agricultor tem d vida sobre qual flor deve cultivar: uma variedade de cris ntemo, que uma planta de dia curto e tem um fotoper odo cr tico de 12:30 horas, ou uma variedade de brinco de princesa ( Fucsia sp.), que planta de dia longo e tem fotoper odo cr tico de 13:00 horas. a) Qual esp cie de planta o agricultor deveria escolher? Justifique. b) Com rela o flora o, o que aconteceria com a esp cie de dia curto (cris ntemo) se fosse dado um per odo de 15 minutos de luz artificial no meio da noite ( flash de luz ) ? Explique. 9 1 7. Uma das hip teses mais aceitas para explicar a origem das mitoc ndrias sugere que estas organelas se originaram de bact rias aer bicas primitivas, que estabeleceram uma rela o de simbiose com uma c lula eucarionte anaer bica primitiva. a) D uma caracter stica comum a bact rias e mitoc ndrias que apoie a hip tese acima. b) Qual seria a vantagem dessa simbiose para a bact ria? E para a c lula hospedeira? c ) Que outra organela considerada tamb m de origem simbi tica? 1 8. Nos animais a meiose o processo b sico para a forma o dos gametas. Nos mam feros h diferen as entre a gametog nese masculina e a feminina. a) Nos machos, a partir de um espermat cito prim rio obt m-se 4 espermatoz ides. Que produtos finais s o obtidos de um o cito prim rio? Em que n mero? b) Se um espermat cito prim rio apresenta 20 cromossomos, quantos cromossomos ser o encontrados em cada espermatoz ide? Explique. c ) Al m do tamanho, os gametas masculinos e femininos apresentam outras diferen as entre si. Cite uma delas. 10 1 9. Em um frasco (Fig.I) contendo uma cultura est vel (cl max) de uma comunidade constitu da de 6 esp cies de organismos microsc picos planct nicos (ver legenda) foi acrescentada uma certa quantidade do mesmo meio de cultura, dando in cio a uma nova sucess o ecol gica. Ap s 7, 15 e 22 dias (Figs. II, III e IV respectivamente) foram analisados o n mero de indiv duos de cada esp cie, a produ o l quida por biomassa (P/B) e a diversidade de esp cies. (Obs: esp cies com n mero menor que 100 indiv duos n o est o representadas nas figuras dos frascos). Adi o de meio de cultura Fig. I Fig. II Fig. III Fig. IV Diversidade P/B A B Tempo (Adaptado de E. P. Odum, Ecologia, S o Paulo. Livraria Pioneira Editora/Edusp, 1969.) a) Que curva do gr fico acima representa a rela o P/B e que curva representa a diversidade de esp cies? Explique. b) Indique uma situa o poss vel de ocorrer na natureza que corresponda a este experimento. 11 2 0. Em um canavial foi aplicado um inseticida org anoclorado. Pesquisadores preocupados com o meio ambiente rapidamente iniciaram uma avalia o peri dica deste composto nos tecidos de animais presentes no canavial. Foram coletados, com intervalos regulares de tempo, exemplares da mesma esp cie de lagarto, cigarrinha, aranha, gafanhoto, cobra e lib lula. Os resultados da concentra o do inseticida nos tecidos de cada esp cie est o representados no gr fico abaixo. Concentra o Esp cie I Esp cie II Esp cie III Esp cie IV Esp cie V Esp cie VI T empo a) Explique por que as esp cies representadas pelas curvas I e II foram as primeiras a apresentar os compostos nos seus tecidos. Quais dentre as esp cies estudadas podem corresponder a estas curvas? b) Explique por que as esp cies representadas pelas curvas V e VI apresentaram as maiores concentra es nos seus tecidos. Identifique dentre as esp cies coletadas quais podem corresponder a estas curvas. 2 1. Considere duas linhagens homozigotas de plantas, uma com caule longo e frutos ovais e outra com caule curto e frutos redondos. Os genes para comprimento do caule e forma do fruto segregam independentemente. O alelo que determina caule longo dominante, assim como o alelo para fruto redondo. a) De que forma podem ser obtidas plantas com caule curto e frutos ovais a partir das linhagens originais? Explique indicando o(s) cruzamento(s). Utilize as letras A, a para comprimento do caule e B, b para forma dos frutos. b) Em que propor o essas plantas de caule curto e frutos ovais ser o obtidas? 12 2 2. Alguns moluscos t m import ncia sanit ria. Um exemplo comprovado o do planorb deo Biomphalaria glabrata , que est relacionado ao ciclo de uma doen a que atinge os humanos. Por outro lado, ainda n o foi comprovado se Acathina fulica est relacionada com a incid ncia de meningoencefalite. Este gastr pode foi introduzido no Brasil, sem estudos pr vios, visando substituir com vantagens o escargot (molusco utilizado como alimento). a) A qual doen a os caramujos Biomphalari a est o relacionados? Qual o papel dos caramujos no ciclo desta doen a? Em que ambiente ocorre a contamina o d os humanos? b) Acathina fulica est aumentando rapidamente e est destruindo a vegeta o de algumas regi es. D uma explica o poss vel, do ponto de vista ecol gico, para esta prolifera o. 2 3. Os invertebrados como, por exemplo, borboletas, plan rias , esponjas, minhocas, baratas, hidras e estrelas -do-mar, podem ser agrupados de acordo com caracter sticas relativas excre o. a) Dentre os animais citados, quais n o apresentam estruturas especializadas para a excre o? Explique como realizada a excre o nestes casos. b) Os T bulos de Malpighi t m fun o excretora. Indique em quais dos animais citados eles ocorrem e explique o mecanismo de excre o nestes animais. 2 4. Alguns hidrozo rios coloniais, como a Obelia sp., ocorrem na natureza sob a forma de p lipos e medusas. a) Como uma col nia destes hidrozo rios se origina? E como esta col nia d origem a novas col nias? b) Que estrutura comum aos p lipos e medusas encontrada somente neste filo? Qual a sua fun o? 13 L N GU A P O RT U GU E SA 1 Considere a tira abaixo: Nessa tira, a cr tica ao estrategista militar n o expl cita. Para compreender a tira, o leitor deve reconhecer uma alus o a um fato hist rico e uma hip tese sobre transmiss o gen tica. a) Qual o fato hist rico ao qual a tira faz alus o? b) Qual a explica o para as qualidades profissionais do estrategista? c) Explicite o racioc nio da personagem que critica o estrategista. Resolu o a) A tira faz alus o Batalha de Waterloo, em que Napole o foi vencido pelos ingleses. b) Segundo a tirinha, as qualidades do estrategista seriam determinadas pelo c digo gen tico. c) Para a personagem, a in pcia do estrategista poderia explicar-se a partir da heran a gen tica que lhe teria advindo de seu antepassado, respons vel por uma das mais not veis derrotas militares da hist ria. Assim, seu racioc nio : se qualidades como as habilidades de um estrategista s o determinadas pelo c digo gen tico, ent o a in pcia deste estrategista pode ser explicada pelo fato de ele descender do estrategista de Napole o em Waterloo. 2 S o comuns na imprensa manifesta es de profissionais liberais transmitindo ao grande p blico informa es sobre quest es t cnicas de interesse social. O O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a texto a seguir, de autoria de um advogado, elabora uma distin o relevante para definir as responsabilidades de uma certa categoria profissional, em caso de insucesso: [...] Os processos judiciais contra m dicos s o complexos em raz o da dificuldade de aferi o da culpa pelo dano sofrido. A responsabilidade civil dos m dicos em a es de indeniza o , em geral, de meios e n o de resultado. A obriga o de meios ocorre quando um profissional assume prestar um servi o ao qual dedicar toda a sua aten o, cuidado e conhecimento atrav s das regras consagradas pela pr tica m dica, sem se comprometer com a obten o de um certo resultado. A obriga o de resultado aquela em que o profissional se compromete a realizar um certo fim, a alcan ar um determinado resultado. As exce es consagradas pela jurisprud ncia s o a cirurgia est tica embelezadora e a anestesia, atos m dicos tidos como obriga es de resultado. Desde que o ordenamento jur dico brasileiro, a doutrina e a jurisprud ncia consagraram a necessidade da prova de culpa para aquele que pretenda uma indeniza o por ato il cito de outrem, a prova desta mesma culpa, no caso dos m dicos, tendo obriga o geral de meios, reside na comprova o de que o profissional agiu com falta de cuidado ou deixou de aplicar a pr tica dos recursos usuais da ci ncia m dica aplic veis ao caso concreto. (Rafael M aines, Responsabilidade . Di rio Catarinense, 25/8/2001.) a) Diga, sucintamente, qual a distin o apresentada no texto, e como ela afeta a categoria profissional em quest o. b) Imagine que voc mandou consertar um equipamento qualquer, mas o conserto n o foi bem sucedido. Formule uma breve reclama o, partindo do princ pio de que a firma respons vel pelo conserto tinha obriga o de meios, n o de resultado. c) Nos dicion rios, as palavras aparecem, em geral, associadas a v rios sentidos. Para consagrar, o dicion rio Houaiss anota, entre outros, os seguintes: 1. Investir(-se) de car ter ou fun es sagradas, dedicando(-se), por meio de um rito, a uma ou mais de uma divindade; sagrar. 2. Entre os cat licos e em certas seitas protestantes, operar a transubstancia o pelo rito da eucaristia. 3. Oferecer(-se) a Deus, a um santo, etc. por meio de voto ou promessa. [...] 6. Aclamar, eleger, promover, elevar. 7. Reconhecer como leg timo; acolher, sancionar. 8. Jurar pela h stia consagrada . Supondo que voc tenha d vidas sobre o sentido de consagradas ( exce es consagradas ) e consagraram ( a doutrina e a jurisprud ncia consagraram ), em qual das defini es se apoiaria para aproximar-se da acep o que essas palavras t m no texto? Resolu o a) No texto, distinguiu-se obriga o de meios e obriga o de resultados. A primeira diz respeito ao comO BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a promisso do profissional de se empenhar ao m ximo e usar os melhores recursos dispon veis para atingir o resultado proposto; a segunda envolve o compromisso de atingir esse resultado. No caso dos m dicos a categoria profissional em quest o , com poucas exce es, ocorre a responsabilidade de meios, n o de resultado. b) O equipamento mandado para reparo n o funciona adequadamente em raz o de a empresa encarregada do conserto n o ter empregado os melhores m todos ou materiais, ou n o ter designado para o trabalho um profissional habilitado e atualizado. c) O sentido de consagrar, tal como o verbo empregado no texto, corresponde acep o de n 7 no verbete do Dicion rio Houaiss: reconhecer como leg timo; acolher, sancionar . 3 Algu m menos tolerante no que se refere a imprecis es de linguagem poderia dizer que a not cia abaixo (publicada no jornal Folha de S. Paulo de 26/5/2001) faz refer ncia a alguma coisa imposs vel. a) Que coisa essa e por que imposs vel? b) O que, provavelmente, a legenda da foto quer dizer? Resolu o a) Como o Everest um monte do Himalaia, cordilheira situada na sia, n o poss vel repetir o feito , ou seja, escalar o dito monte, em outros continentes . b) A legenda deve querer dizer que o alpinista a que se refere a not cia pretende, em outros continentes, realizar proezas semelhantes, ou seja, escalar montes alt ssimos. O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a 4 Em julho de 1998, a sociedade brasileira tomou conhecimento pela imprensa de que as p lulas anticoncepcionais comercializadas por um determinado laborat rio durante um certo per odo haviam sido fabricadas base de farinha de trigo e n o continham as subst ncias que deveriam constituir seu princ pio ativo. A charge abaixo alusiva a esse fato. Folha de S.Paulo, 14/7/1998. a) Segundo o notici rio, qual era a rela o entre farinha e p lulas anticoncepcionais? Como esta rela o aparece na charge? b) O que sugere a express o depois que virar pizza , no segundo bal o? c) Para responder a b), o leitor deve considerar uma express o idiom tica que n o est no texto e que inclui a palavra pizza . Qual a express o e o que ela significa? Resolu o a) A rela o de equival ncia e, pois, de possibilidade de substitui o de uma pelas outras: se se p s farinha nas p lulas anticoncepcionais, porque n o p r p lulas anticoncepcionais na pizza, em lugar da farinha? b) Al m do sentido denotativo ( transformar-se em pizza ), sugere-se a conota o devida ao fato de pizza tamb m significar arreglo ou ajuste imoral . c) A express o implicada na compreens o adequada do texto acabar em pizza. Tal express o aplicada a situa es em que investiga es sobre atos de corrup o terminam, n o em puni o dos respons veis, mas em acerto imoral entre investigadores e investigados, garantindo-se a estes ltimos a impunidade. 5 Uma revista semanal brasileira traz a seguinte nota em sua se o A SEM ANA: O HOM EM DAS BEXIGAS O brit nico lan Ashpole bateu no domingo 28 o recorde de altitude em v o com bexigas: subiu 3.350 metros amarrado a 600 bal es, superando sua marca de 3 mil metros. lan subiu de bexiga e voltou de p raquedas. Quando eu era crian a, assisti a um filme chamado Bal o vermelho. Desde ent o me apaixonei por esse esporte , disse ele. (ISTO , 7/1 1/2001.) O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a a) O t tulo poderia ser considerado amb guo, dado que a palavra bexiga tem v rios sentidos em portugu s. Cite pelo menos dois desses sentidos. b) Em que passagem do texto se desfaz a ambig idade do t tulo? c) Dada a modalidade esportiva que Ian pratica, qual poderia ser o tema do filme mencionado? Resolu o a) Entre os sentidos de bexiga, os mais comuns s o: 1. reservat rio de urina; 2. pequeno saco de borracha colorida, que se costuma encher de ar; 3. var ola ou marca por ela deixada. b) A passagem subiu 3.350 metros amarrado a 600 bal es desfaz a ambig idade, pois da se entende que bexigas s o bal es de ar . c) O tema, ao que parece, relacionado a v o em bal es, ou seja, aerostatos. 6 Os dois textos abaixo, extra dos do livro E os pre os eram commodos, de M . Guedes e R. de A. Berlink (S o Paulo, Humanitas, 2000), representam um tipo de an ncio comum nos jornais do s culo passado e s o muito semelhantes, embora tratem de assuntos que hoje considerar amos bastante diferentes. ESCRAVO FUGIDO Fugido no dia 30 de Junho pp o escravo de nome Anacleto; creoulo, representando idade de 30 a 35 annos, com os seguintes signaes: altura mediana, c r fula, corpo delgado, rosto comprido e um pouco entortado, boca regular e falta de 2 ou 3 dentes da parte de cima, um signal de cada lado das ma ans do rosto, cabello cortado rente; a entrada da testa do lado esquerdo maior do que a do lado direito, falla manso mostrando humildade. Sabe l r e escrever e costuma inculcar-se forro e volunt rio da p tria. Levou vestido paletot e cal a de casimira preta com pouco uso e uma trouxa de roupa com cal as e paletots brancos. Usa tamb m de bigode e barba rapada. Quem o prender e trouxer em Campinas e pozer na Cad a receber de gratifica o 100$000 do sr Joaquim Candido Thevenar (Gazeta de Campinas, 17 de julho de 1870). O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a ANIM AL DESAPPARECIDO Na noite de domingo para segunda-feira, foi roubado em frente do Chico Pinto um animal com os seguintes signaes ruano, cal ado dos quatro p s, tem no queixo um osso saliente para fora, andar de trote. O referido estava arreado com basto, novo, pellego imita o de carneiro, sobrexincha de cadar o verde. Quem der not cias certas ou entregar ao propriet rio, ser gratificado com 50$000. Antonio Victorino da Silva Jah , 1 de agosto de 1897. (Correio do Jahu, 08 de agosto de 1897). a) Sem considerar as diferen as de ortografia, identifique no an ncio da Gazeta de Campinas duas express es que hoje n o seriam correntes e, portanto, para ser adequadamente compreendidas, exigiriam algum tipo de pesquisa hist rica ou ling stica. b) Explicite pelo menos duas semelhan as no conte do dos dois an ncios. c) Que tra o da mentalidade escravocrata pode ser identificado pela compara o dos dois an ncios? Resolu o a) 1. cor f ula , express o em que o adjetivo significa fulva , vermelha ou de tom amarelo queimado ; 2. inculcar-se f orro , ou seja, fazer-se passar por escravo alforriado, liberto. b) Nos dois textos, a descri o obedece ao mesmo padr o de discrimina o dos tra os f sicos, tanto na refer ncia ao homem quanto na caracteriza o do animal. Nos dois textos, promete-se recompensa para a captura do fugitivo, homem ou animal, estando a nica diferen a significativa no fato de o homem justificar recompensa maior (mais precisamente, o dobro) do que a oferecida pelo animal. c) O c digo do Imp rio, em vigor no Brasil na poca da escravid o, regulamentava no mesmo artigo a comercializa o de escravos e animais. A mortalidade escravista considerava os escravos como bens semoventes, equiparando-os aos animais. 7 Sobre O Crime do Padre Amaro, romance de E a de Queir s, o poeta Antero de Quental, em carta dirigida ao autor, afirmou: A longanimidade, a indiferen a inteligente com que V. descreve aquela pobre gente e os seus casos, encantou-me. Com efeito, aquela gente n o merece dio nem desprezo. Aquilo, no fundo, uma pobre gente, uma boa gente, v timas da confus o moral do meio de que nasceram, fazendo o mal inocentemente, em parte porque n o entendem mais nem melhor, em parte porque os arrasta a paix o, o instinto, como pobres seres espont neos, sem a menor transcend ncia. a) Aceitando-se essas considera es de Antero de O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a Quental, em qual ato espec fico residiria o verdadeiro crime do Padre Amaro? b) E a trata com sarcasmo as libertinagens, tanto do clero como de algumas figuras da sociedade portuguesa da prov ncia. Se, como disse Antero de Quental, s o todos v timas da confus o moral do meio, arrastados pela paix o e pelo instinto, como se pode justificar o sarcasmo por parte do escritor? c) Contrabalan ando essa esp cie de degrada o moral em que suas personagens est o mergulhadas, nos cap tulos finais de O Crime do Padre Amaro salientam-se as figuras de um sacerdote e de um m dico, que justificam uma vis o mais positiva do mundo. Quem s o eles? Resolu o a) Ao referir-se a indiferen a inteligente com que V. descreve aquela pobre gente , Antero de Quental identifica um v nculo entre ele e E a de Queir s: a vis o realista, que se pretende neutra, imparcial, aderente ao real e, quando submete as personagens provincianas confus o moral do meio em que nasceram ( ) em parte porque os arrasta a paix o, o instinto , evindencia o determinismo mesol gico e heredit rio, outro elo ideol gico entre o poeta e o prosador. Nessa dire o, o crime n o propriamente a posse sexual, compreendida como puls o incoerc vel e natural, mas as manobras do padre para sua oculta o, particularmente a eliminina o, via infantic dio, da prova material da rela o com Am lia e das implica es de um filho. Estes atos s o volunt rios, implicam uma escolha e, por isso, definem um car ter conden vel, criminoso . b) O Crime do Padre Amaro inaugura a vertente da fic o queirosiana que se prop e a fazer um inqu rito da sociedade portuguesa , analisada sob as lentes do m todo realista. Assim, as personagens que cria s o pe as de demonstra o das teses realistas do autor, s o tipos representativos da vida provinciana, como anuncia o subt tulo do romance: cenas da vida provinciana , maneira da Com dia Humana, de Balzac. O alvo do sarcasmo a sociedade, s o as institui es anacr nicas, n o os indiv duos, reduzidos a tipos, desprovidos de subst ncia moral, de consist ncia tica. Assim, o sarcasmo do autor volta-se contra os tipos que observa, os seres sociais, moldados imagem e semelhan a de um ambiente social hip crita, med ocre e retr grado. c) Aparecem o bom abade Ferr o, que no livro serve de contraponto para destacar os atributos negativos do grupo dos padres, e o doutor Gouveia, ir nico em rela o influ ncia cultural da igreja. 8 M uito mais do que ser um romance de a o, A Sibila, de Agustina Bessa-Lu s, busca uma esp cie de compreens o das motiva es psicossociais que sustentam a hist ria de uma fam lia rural t pica do Norte do Portugal. O texto abaixo uma excelente prova disso: O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a Contudo, Quina tinha obtido para si uma contribui o no conv vio com certa fauna que ela jamais frequentara a sociedade. Passou a ser admitida numa ou noutra casa fidalga, onde o seu g nio pitoresco, de conselheira que brinca com a gravidade das pr prias senten as, lhe suscitou um relativo sucesso. Teve amigas nessas mulheres que tanto mais se honram quanto mais raz es de despeito encontram entre si, e entregam os seus segredos quela de quem temem a rivalidade. Quina tornou-se indispens vel para presidir obscuramente nesse mundo secreto, ntimo, sem artif cio, em que os espartilhos se afrouxam, os cabelos se apresentam eri ados de ganchos e de papelotes, e o rosto apeia a sua m scara cheia de faifalhice de sentimentos, poder atractivo, flu do de mentiras e intens ssimas fadigas de aten o. Ali, ela era bem-vinda, nesses boudouirs negros, assistindo ao demolhar dos calos em gua salgada, aplica o de receitas aparentadas de perto com velhas indica es de magia e a f sica primitiva a urina que suavizava o cieiro da pele, o leite de mulher para as dores de ouvidos, as presas de corneta como amuleto, f rmulas, preceitos que mantinham um sabor de har m e de barb rie e elas cumpriam a ocultas com essa f pelas coisas em que o mist rio uma garantia de possibilidades. Ainda que simulem obedecer e optar pelo vanguardismo dos costumes, as mulheres s o rebarbativas s inova es. a) Transcreva o trecho que indica mais claramente que o mundo privado das mulheres muito diferente do mundo social, p blico. b) Qual a rela o entre o trecho que voc transcreveu e o ltimo per odo do fragmento acima? c) Deduza, a partir do texto, como o narrador considera esse mundo social, externo, em oposi o ao universo ntimo e secreto das mulheres. Resolu o a) V rios trechos podem ser apontados como exemplo da duplicidade do comportamento feminino, ou de atitudes paradoxais das mulheres: que tanto mais se honram quanto mais raz es de despeito encontram entre si e entregam os seus segredos quela de quem temem a rivalidade ; ou, focalizando explicitamente o contraste entre o mundo privado e o mundo social: nesse mundo secreto, ntimo, sem artif cio, em que os espartilhos se afrouxam, os cabelos se apresentam eri ados de ganchos e de papelotes, e o rosto apeia a sua m scara cheia de farfalhices de sentimentos, poder atractivo, flu do de mentiras e intens ssimas fadigas de aten o e assistindo ao demolhar dos calos em gua salgada, aplica o de receitas aparentadas de perto com velhas indica es de magia e a f sica primitiva a urina que suavizava o cieiro da pele, o leite de mulher para as dores de ouvidos, as presas de corneta como amuleto, f rmulas e preceitos que mantinham um sabor de har m e de barb rie e elas cumpriam a ocultas com essa f pelas coisas em que o mist rio O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a uma garantia de possibilidades. b) O ltimo per odo consigna a opini o de que as mulheres s o refrat rias s inova es, ainda que simulem obedecer e optar pelo vanguardismo dos costumes na verdade, uma variante da dualidade entre o p blico e o privado, j explorada no quesito anterior. Do que j mencionamos, o trecho que melhor demonstra o anacronismo de certos comportamentos femininos o que enumera a aplica o de receitas aparentadas de perto com velhas indica es de magia e a f sica primitiva , como a urina, para cieiro (rachadura) da pele, leite de mulher para dor de ouvido etc. c) O narrador concebe o mundo social, externo, como um universo artificial, ao qual as mulheres se submetem na apar ncia, e por conveni ncia, sem preju zo de uma natureza atavicamente conservadora. O romance A Sibilia reporta-se ao meio rural e ao Norte de Portugal, onde as tradi es sociais, morais e religiosas s o mais enraizadas, particularmente nas mulheres, mantenedoras n o s dessas tradi es como, atrav s delas, do sistema de transmiss o da posse heredit ria das vessadas e dos manteiros . S o elas que cultivam, que colhem, que acumulam, enquanto os homens dissipam o patrim nio familiar em bastardias, apatia e um comportamento perdul rio. S o mulheres fortes e resolutas frente a homens fr geis e decadentes. 9 Leia o seguinte soneto de Cam es: Oh! Como se me alonga, de ano em ano, a peregrina o cansada minha. Como se encurta, e como ao fim caminha este meu breve e v o discurso humano. Vai-se gastando a idade e cresce o dano; perde-se-me um rem dio, que inda tinha. Se por experi ncia se adivinha, qualquer grande esperan a grande engano. Corro ap s este bem que n o se alcan a; no meio do caminho me falece, mil vezes caio, e perco a confian a. Quando ele foge, eu tardo; e, na tardan a, se os olhos ergo a ver se inda parece, da vista se me perde e da esperan a. a) Na primeira estrofe, h uma contraposi o expressa pelos verbos alongar e encurtar. A qual deles est associado o cansa o da vida e qual deles se associa proximidade da morte? b) Por que se pode afirmar que existe tamb m uma contraposi o no interior do primeiro verso da segunda estrofe? c) A que termo se refere o pronome ele da ltima O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a estrofe? Resolu o a) Ao cansa o da vida associa-se como se me alonga , e proximidade da morte associa-se como se encurta . b) H contraposi o entre o tempo restante da vida, que diminui ( vai-se gastando a idade ), e o dano (o mal, o sofrimento), que cresce. c) O pronome ele refere-se a este bem , na terceira estrofe. 10 O texto abaixo, extra do de Ang stia, romance de Graciliano Ramos, descreve um encontro entre tr s personagens. Ao chegar Rua do M acena recebi um choque tremendo. Foi a decep o maior que j experimentei. janela da minha casa, ca do para fora, vermelho, papudo, Juli o Tavares pregava os olhos em M arina, que, da casa vizinha, se derretia para ele, t o embebida que n o percebeu a minha chegada. Empurrei a porta brutalmente, o cora o estalando de raiva, e fiquei de p diante de Juli o Tavares, sentindo um desejo enorme de apertar-lhe as goelas. O homem perturbou-se, sorriu amarelo, esgueirou-se para o sof , onde se abateu. Tem neg cio comigo? A c lera engasgava-me. Juli o Tavares come ou a falar e pouco a pouco serenou, mas n o compreendi o que ele disse. Canalha. a) Quem o narrador desta passagem? Que v nculos existem entre o narrador, M arina e Juli o Tavares? b) Transcreva express es do trecho acima nas quais est caracterizada a rea o emocional do narrador conversa que presencia. c) De que maneira essas express es antecipam o desfecho do romance? Resolu o a) O narrador, identificado pelo emprego da primeira pessoa do singular ( recebi , experimentei , minha chegada etc.), Lu s da Silva, tamb m protagonista do romance de confiss o Ang stia. Atrav s do fluxo de associa es mentais, o eu-narrador, em ritmo alucinado, como um solil quio doido, narra o percurso de uma obsess o: o crime, id ia parafuso em torno da qual gravita uma consci ncia esfacelada, centrada em uma predisposi o depressiva e m rbida. Lu s da Silva, Marina e Juli o Tavares formam o tri ngulo amoroso do qual decorre o crime passional. Envolvido com M arina, com quem pretendia se casar e a quem havia destinado todas as suas economias, v a noiva seduzida por seu ant poda, Juli o Tavares, rico, falante, sedutor. Alimentado por um dio avassalador, consagra sua vida a um nico objetivo: assassinar o rival. Um m s ap s o crime, Lu s da Silva come a a escrever Ang stia, pseudoautobioO BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a grafia de um homem movido por uma compuls o: matar. b) V rias express es indiciam as rea es emocionais de Lu s da Silva diante do rival: recebi um choque tremendo , Foi a maior decep o que j experimentei , Empurrei a porta brutalmente, o cora o estalando de raiva , um desejo enorme de apertarlhe as goelas e a c lera engasgava-me . c) A intensidade emocional revelada por essas express es dimensiona a raiva , a c lera , o desejo enorme de apertar-lhe as goelas , enfim o assassinato de Juli o Tavares, desfecho previs vel do romance, antecipado tamb m pela reitera o dos signos que evocam o instrumento do crime por estrangulamento (corda) e a constante alus o a in meros assassinatos e outras formas de morte violenta. Vale lembrar a admira o de Lu s da Silva por jagun os, que matam suas v timas na tocaia , sem possibilidade de que elas reajam. 11 Nos romances naturalistas, a descri o dos espa os onde transcorre a a o sempre decisiva. Em O Bom Crioulo, de Adolfo Caminha, o escravo fugido Amaro tem sua exist ncia dividida entre dois dom nios espaciais, um do mar, outro da terra. Leia os trechos abaixo: O conv s, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento n made. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, ca ra numa sonol ncia profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que n o escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o ch o mido, as correntes de ar, as constipa es, o berib ri. Embaixo era maior o atravancamento. M acas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o por o de um navio mercante carregado de mis ria. No intervalo das pe as, na meia escurid o dos rec ncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de c rcere, um cheiro acre de suor humano dilu do em urina e alcatr o. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsci ncia do sono. Viam-se torsos nus abra ando o conv s, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente. O quarto era independente, com janela para os fundos da casa, esp cie de s t o ro do pelo cupim e tresandando a cido f nico. Nele morrera de febre amarela um portuguesinho rec m-chegado. M as o Bom-Crioulo, conquanto receasse as febres de mau car ter, n o se importou com isso, tratando de esquecer o caso e instalando-se definitivamente. Todo dinheiro que apanhava era para compra de m veis e objetos de fantasia rococ , figuras , enfeites, coisas O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a sem valor, muitas vezes trazidas de bordo [...]. Pouco a pouco, o pequeno c modo foi adquirindo uma fei o nova de bazar hebreu, enchendo-se de bugigangas, amontoando-se de caixas vazias, b zios grosseiros e outros acess rios ornamentais. O leito era uma cama de vento j muito usada, sobre a qual Bom-Crioulo tinha o zelo de estender, pela manh , quando se levantava, um grosso cobertor encarnado para ocultar as n doas . a) Identifique, nos textos acima, caracter sticas dos ambientes descritos, determinantes do car ter de Amaro. b) Como os dois espa os se relacionam especificamente com a trag dia pessoal de Amaro, o Bom Crioulo? Resolu o a) Dentro dos c nones naturalistas, os espa os, de prefer ncia os degradados moral e/ou economicamente, condicionam o comportamento das personagens e modulam o seu car ter. A corveta miser vel, suja e prom scua, que confina indiv duos do mesmo sexo, favorece a pr tica homoer tica. Por outro lado, a hierarquia fundada no poder de um oficial de quem se diziam coisas e, de resto, na for a f sica e na experi ncia da tripula o, instauram um ambiente em que os mais fortes protegem os mais fracos em troca de favores sexuais. Nesse ambiente, Amaro oprimido e opressor. Condiciona Aleixo condi o de protegido. O quartinho no s t o da Rua da M iseric rdia, transformado no lar , aponta para a marginalidade da rela o Amaro/Aleixo. um espa o infecto, independente, fora ou sobre a casa, distante do aspecto normal de um ambiente dom stico. Como espa os simb licos, a embarca o e o mar que a ela se associa sugerem a intentada liberta o do ex-escravo. O quartinho escuro sugere o aprisionamento, a dana o do Bom-crioulo , protagonista de um crime passional que o leva a eliminar a nica forma de amor que conheceu e possuiu. b) O navio e o sobrado s o espa os que remetem sexualidade. O confinamento de bordo, ao qual eram submetidos os marinheiros, encaminha-os a um comportamento sexual n o-convencional. nesse ambiente que Amaro se envolve com Aleixo e inicia com ele um relacionamento homossexual que ter continuidade no quarto do sobrado da Rua da M iseric rdia. Ali, Aleixo faz-se escravo do Bom-Crioulo, convencido j de que tinha encontrado em um homem o que procurava em v o em mulheres. Por m, no sobrado que Aleixo seduzido por dona Carolina e a rela o est vel e monog mica desejada por Amaro converte-se em trag dia, com o ci me feroz do Bom-Crioulo levando-o a matar Aleixo. 12 O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a Os dois poemas que se seguem, do poeta mineiro M urilo M endes (1901-1975), datam de sua fase modernista inicial. Os dois lados Deste lado tem meu corpo tem o sonho tem a minha namorada na janela tem as ruas gritando de luzes e movimentos tem meu amor t o lento tem o mundo batendo na minha mem ria tem o caminho para o trabalho Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida tem pensamentos s rios me esperando na sala de visita tem minha noiva definitiva me esperando com flores na m o tem a morte, as colunas da ordem e da desordem Amostra da poesia local Tenho duas rosas na face, Nenhuma no cora o. No lado esquerdo da face Costuma tamb m dar alface, No lado direito n o. a) Embora, em Os dois lados , o autor relacione divis es conflituosas do eu l rico a uma separa o entre o lado de c e o outro lado , essa separa o n o absoluta. Nos tr s primeiros versos de cada estrofe, localize elementos que reforcem a dualidade espacial e outros que a atenuem. b) O que Amostra da poesia local tem em comum com Os dois lados ? Em que aspectos os dois poemas divergem? c) Quais os recursos formais (estilo, m trica) que aparecem exclusivamente no segundo poema? Resolu o a) Enfatizam a dualidade: meu corpo x outras vidas , sonho x pensamentos s rios , minha namorada x minha noiva definitiva , janela x sala de visita . Atenuam a dualidade: meu corpo / minha vida , minha namorada / minha noiva . b) Nos dois poemas, o poeta se refere divis o que marca o eu: os dois lados da vida, os lados da face, a face e o cora o. A primeira diverg ncia entre os dois poemas est em que no segundo h humor humor surrealista ( No lado esquerdo da face / Costuma tamb m dar alface ), o que n o ocorre no primeiro, que s rio e grave. Outro aspecto em que os poemas divergem deve-se a que o primeiro se refere situa o que envolve o sujeito, enquanto o segundo se refere divis o interna do sujeito. c) No segundo poema, e n o no primeiro, usam-se rimas e metros tradicionais (quatro versos de sete s labas e um o quarto de oito). O BJETI V O UN IC AM P (2 Fa se) J nei ro / 2 0 0 2 a B I O L O GI A 13 No futuro, pacientes com defici ncia na produ o de horm nios poder o se beneficiar de novas t cnicas de tratamento, atualmente em fase experimental, como o caso do implante das c lulas (beta) das ilhas pancre ticas (ilhotas de Langerhans). a) Qual a conseq ncia da defici ncia do funcionamento das c lulas (beta) no homem? Explique. b) Al m das secre es de horm nios (end crinas), o p ncreas apresenta tamb m secre es ex crinas. D um exemplo de secre o pancre tica ex crina e sua fun o. c) Por que neste caso a secre o chamada ex crina? Resolu o a) As c lulas das ilhotas de Langerhans secretam a insulina, horm nio que controla a glicemia. A defici ncia desse horm nio ocasiona a Diabetes mellitus. b) O p ncreas secreta tamb m o suco pancre tico. Este suco possui v rias enzimas que s o lan adas no duodeno para realizarem a digest o extracelular. Entre as enzimas pancre ticas cita-se a tripsina, que age na digest o de prote nas. c) O suco pancre tico ex crino porque lan ado na cavidade ent rica, para realizar sua a o. Obs.: A insulina end crina porque lan ada na corrente sang nea. 14 A utiliza o e manipula o de materiais produzidos com amianto foram proibidas, pois esta subst ncia prejudicial sa de das pessoas que trabalham na produ o de caixas de gua, telhas e revestimentos. As fibras de amianto, por serem fin ssimas, quando inaladas penetram, por exemplo, nos pulm es, alojandose nas estruturas respons veis pelas trocas gasosas. a) Em que estrutura dos pulm es se alojam as fibras de amianto? Explique como se realizam as trocas gasosas. b) Al m do pulm o, que outras estruturas permitem trocas gasosas nos animais? Resolu o a) As fibras de amianto alojam-se nos alv olos pulmonares. O oxig nio que chega cavidade alveolar difunde-se aos capilares sang neos, enquanto o di xido de carbono contido nos capilares sang neos difunde-se cavidade do alv olo. Conseq entemente, o sangue venoso transformado em arterial, fen meno denominado hematose. b) Br nquias (nos peixes em geral), Bexiga natat ria (nos peixes fis stomos), Filotraqu ias ou Pulmotraqu ias (nos escorpi es), traqu ias (nos insetos) superf cie do corpo (nas esponjas, na minhoca), plaO BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 centa (nos embri es de mam feros) etc. Obs.: O sangue dos insetos n o transporta gases respirat rios. 15 Frutos carnosos imaturos s o na maioria verdes e duros. Durante o amadurecimento, ocorre a decomposi o da clorofila e a s ntese de outros pigmentos, resultando em uma colora o amarelada ou avermelhada. Com o amadurecimento tamb m ocorre o amolecimento devido degrada o de componentes da parede celular e aumento nos n veis de a cares. a) Qual a vantagem adaptativa das modifica es que ocorrem durante o amadurecimento dos frutos carnosos? b) De que estrutura da flor se origina a por o carnosa de um fruto verdadeiro? c) A ma , apesar de carnosa, n o fruto verdadeiro. Explique de que estrutura ela se origina. Resolu o a) Os frutos carnosos, quando amadurecem, tornamse bonitos, atraentes e fornecem alimento para os animais que v o promover a dispers o das sementes das esp cies vegetais, garantindo uma maior rea de ocorr ncia dessas esp cies. b) O fruto verdadeiro origina-se do ov rio fecundado e desenvolvido. c) A ma n o considerada um fruto verdadeiro porque a parte carnosa origina-se do desenvolvimento do recept culo floral e n o do ov rio da flor. 16 Um agricultor decidiu produzir flores em sua propriedade, localizada perto da cidade de Fortaleza (CE). Devido sua proximidade com a linha do Equador, nesta cidade os dias mais longos do ano (janeiro) s o de 12:30 horas de luz, e os mais curtos (julho) s o de 11:30 horas de luz. O agricultor tem d vida sobre qual flor deve cultivar: uma variedade de cris ntemo, que uma planta de dia curto e tem um fotoper odo cr tico de 12:30 horas, ou uma variedade de brinco de princesa (Fucsia sp.), que planta de dia longo e tem fotoper odo cr tico de 13:00 horas. a) Qual esp cie de planta o agricultor deveria escolher? Justifique. b) Com rela o flora o, o que aconteceria com a esp cie de dia curto (cris ntemo) se fosse dado um per odo de 15 minutos de luz artificial no meio da noite ( flash de luz ) ? Explique. Resolu o a) O agricultor deve escolher a variedade de cris ntemo, planta de dia curto, com fotoper odo cr tico de 12 horas e 30 minutos, porque esta planta floresce em regimes de dias correspondentes ao fotoper odo cr tico ou abaixo dele, conforme o esquema a seguir: O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 Plantas florescem em fotoper odos abaixo do cr tico 12 horas e 30 minutos 14243 Plantas n o florescem Fotoper odo cr tico b) As plantas de dias curtos precisam de uma noite longa e cont nua para a ocorr ncia da flora o. A interrup o da noite por per odo de luz inibe a flora o desses vegetais. 17 Uma das hip teses mais aceitas para explicar a origem das mitoc ndrias sugere que estas organelas se originaram de bact rias aer bicas primitivas, que estabeleceram uma rela o de simbiose com uma c lula eucarionte anaer bica primitiva. a) D uma caracter stica comum a bact rias e mitoc ndrias que apoie a hip tese acima. b) Qual seria a vantagem dessa simbiose para a bact ria? E para a c lula hospedeira? c) Que outra organela considerada tamb m de origem simbi tica? Resolu o a) Ambas apresentam DNA e, conseq entemente, capacidade de autoduplica o. b) A bact ria recebe nutrientes e fica protegida. A c lula hospedeira recebe mol culas de ATP, formadas na respira o aer bica das bact rias. c) Cloroplasto. 18 Nos animais a meiose o processo b sico para a forma o dos gametas. Nos mam feros h diferen as entre a gametog nese masculina e a feminina. a) Nos machos, a partir de um espermat cito prim rio obt m-se 4 espermatoz ides. Que produtos finais s o obtidos de um o cito prim rio? Em que n mero? b) Se um espermat cito prim rio apresenta 20 cromossomos, quantos cromossomos ser o encontrados em cada espermatoz ide? Explique. c) Al m do tamanho, os gametas masculinos e femininos apresentam outras diferen as entre si. Cite uma delas. Resolu o a) Durante a ovulog nese, um o cito prim rio vai dar origem a um vulo e tr s corp sculos polares. b) O espermat cito prim rio uma c lula dipl ide (2n = 20), que dar origem aos espermatoz ides atrav s da meiose (divis o reducional). Os espermatoz ides ter o apenas 10 cromossomos (c lulas hapl ides). c) O espermatoz ide apresenta flagelo, necess rio sua movimenta o at a c lula feminina. 19 O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 Em um frasco (Fig.I) contendo uma cultura est vel (cl max) de uma comunidade constitu da de 6 esp cies de organismos microsc picos planct nicos (ver legenda) foi acrescentada uma certa quantidade do mesmo meio de cultura, dando in cio a uma nova sucess o ecol gica. Ap s 7, 15 e 22 dias (Figs. II, III e IV respectivamente) foram analisados o n mero de indiv duos de cada esp cie, a produ o l quida por biomassa (P/B) e a diversidade de esp cies. (Obs: esp cies com n mero menor que 100 indiv duos n o est o representadas nas figuras dos frascos). Tempo (Adaptado de E. P Odum, Ecologia, S o Paulo. . Livraria Pioneira Editora/Edusp, 1969.) a) Que curva do gr fico acima representa a rela o P/B e que curva representa a diversidade de esp cies? Explique. b) Indique uma situa o poss vel de ocorrer na natureza que corresponda a este experimento. Resolu o a) A curva que representa a diversidade das esp cies a curva A. Numa sucess o observa-se um aumento do n mero de esp cies ao longo do tempo at ocorrer o cl max em que acontece a maior biodiversidade. A curva B representa a produ o l quida por biomassa (P/B), que grande no in cio da sucess o, diminui medida que esta ocorre e atinge o m nimo no est gio do cl max. b) O esquema representa uma sucess o secund ria. Na natureza, poder ocorrer numa regi o onde os seres vivos foram eliminados pela a o do homem ou pela a o de um evento geol gico. Ex.: uma floresta destru da pela a o do fogo. 20 O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 Em um canavial foi aplicado um inseticida organoclorado. Pesquisadores preocupados com o meio ambiente rapidamente iniciaram uma avalia o peri dica deste composto nos tecidos de animais presentes no canavial. Foram coletados, com intervalos regulares de tempo, exemplares da mesma esp cie de lagarto, cigarrinha, aranha, gafanhoto, cobra e lib lula. Os resultados da concentra o do inseticida nos tecidos de cada esp cie est o representados no gr fico abaixo. a) Explique por que as esp cies representadas pelas curvas I e II foram as primeiras a apresentar os compostos nos seus tecidos. Quais dentre as esp cies estudadas podem corresponder a estas curvas? b) Explique por que as esp cies representadas pelas curvas V e VI apresentaram as maiores concentra es nos seus tecidos. Identifique dentre as esp cies coletadas quais podem corresponder a estas curvas. Resolu o a) Por serem herb voras, as esp cies I e II s o as primeiras a apresentar os compostos organoclorados em seus tecidos. o caso da cigarrinha e do gafanhoto. b) Inseticidas organoclorados n o s o biodegrad veis, e, por este motivo, acumulam-se ao longo das cadeias e teias alimentares. As curvas V e VI podem corresponder, entre outros, aos lagartos e cobras. 21 Considere duas linhagens homozigotas de plantas, uma com caule longo e frutos ovais e outra com caule curto e frutos redondos. Os genes para comprimento do caule e forma do fruto segregam independentemente. O alelo que determina caule longo dominante, assim como o alelo para fruto redondo. a) De que forma podem ser obtidas plantas com caule curto e frutos ovais a partir das linhagens originais? Explique indicando o(s) cruzamento(s). Utilize as letras A, a para comprimento do caule e B, b para forma dos frutos. b) Em que propor o essas plantas de caule curto e frutos ovais ser o obtidas? Resolu o a) Alelos: A(longo), a(curto), B(redondo) e b(oval) Cruzando as linhagens homozigotas obt m-se a F1 , que intercruzada produzir , na F2, plantas com caule O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 curto e frutos ovais: Cruzamentos: (P): AAbb x aaBB (F1): (F2) AaBb x AaBb 9A_ B_ : 3A_ bb: 3aaB_: 1aabb b) Propor o de aabb de 1/16. 22 Alguns moluscos t m import ncia sanit ria. Um exemplo comprovado o do planorb deo Biomphalaria glabrata, que est relacionado ao ciclo de uma doen a que atinge os humanos. Por outro lado, ainda n o foi comprovado se Acathina fulica est relacionada com a incid ncia de meningoencefalite. Este gastr pode foi introduzido no Brasil, sem estudos pr vios, visando substituir com vantagens o escargot (molusco utilizado como alimento). a) A qual doen a os caramujos Biomphalaria est o relacionados? Qual o papel dos caramujos no ciclo desta doen a? Em que ambiente ocorre a contamina o dos humanos? b) Acathina fulica est aumentando rapidamente e est destruindo a vegeta o de algumas regi es. D uma explica o poss vel, do ponto de vista ecol gico, para esta prolifera o. Resolu o a) O caramujo Biomphalaria glabrata est relacionado com a esquistossomose, ou barriga d gua. Ele o hospedeiro intermedi rio da doen a. A contamina o ocorre em ambientes de gua doce. b) A prolifera o r pida pode ser causada, por exemplo, pela aus ncia de predadores. 23 Os invertebrados como, por exemplo, borboletas, plan rias , esponjas, minhocas, baratas, hidras e estrelasdo-mar, podem ser agrupados de acordo com caracter sticas relativas excre o. a) Dentre os animais citados, quais n o apresentam estruturas especializadas para a excre o? Explique como realizada a excre o nestes casos. b) Os T bulos de M alpighi t m fun o excretora. Indique em quais dos animais citados eles ocorrem e explique o mecanismo de excre o nestes animais. Resolu o a) Esponjas e hidras s o animais desprovidos de estruturas excretoras especializadas. A elimina o dos catab litos realizada exclusivamente por difus o simples entre as c lulas do corpo e o meio l quido onde vivem. b) T bulos de M alpighi desempenham fun o excretora em baratas e borboletas. Nos insetos, os produtos de excre o s o conO BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 duzidos pelos t bulos de M alpighi do celoma para o interior do intestino desses animais, de onde s o eliminados para o meio. 24 Alguns hidrozo rios coloniais, como a Obelia sp., ocorrem na natureza sob a forma de p lipos e medusas. a) Como uma col nia destes hidrozo rios se origina? E como esta col nia d origem a novas col nias? b) Que estrutura comum aos p lipos e medusas encontrada somente neste filo? Qual a sua fun o? Resolu o a) A col nia originada por meio da reprodu o assexuada, por brotamento, do p lipo. A col nia, pelo mesmo processo, origina as medusas. Estas, por reprodu o sexuada, formam a larva pl nula que d origem a um novo p lipo. b) Cnidoblasto. Sua fun o defesa e captura de alimento. Coment rio de Biologia Seguindo a tradi o, a prova de Biologia da Unicamp apresentou quest es objetivas, priorizando o conhecimento e exigindo pouco racioc nio. Adequada para os candidatos carreira de biol gicas, a prova apresentou-se muito dif cil para os candidatos s reas de exatas e humanas. O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3

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