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Unicamp Vestibular de 2003 - PROVA 2ª FASE - Química e História

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Q U MICA Alimentar-se a o fundamental dos seres vivos. Sem alimento n o h vida. necess rio comer para viver e, embora no nosso planeta milh es ainda morram de fome a cada ano, muitos vivem para comer e acabam abreviando a pr pria vida. O que alimento? Como ele age no nosso organismo? Quanto comer? Como comer?... S o perguntas que v m sendo feitas e, paulatinamente respondidas, medida em que a ci ncia avan a. Nesta prova veremos, de pincelada, alguns aspectos macro e microsc picos, da alimenta o. Leia com aten o os enunciados sem devor -los com afoba o, fa a a digest o mental com tranq ilidade e resolva as quest es com objetividade. 1 . Em um jantar de Natal oferecido a amigos, o anfitri o abriu duas garrafas de um mesmo vinho. O conte do de uma delas permaneceu intacto enquanto o da outra foi consumido em cerca de 90%. As duas garrafas foram tampadas. A cheia foi guardada na geladeira e a outra num arm rio da cozinha. Uma semana mais tarde, na ceia de Ano Novo, o conte do desta ltima garrafa foi usado para temperar a salada. a) O que aconteceu com este vinho para poder ser usado como tempero de salada? Justifique usando uma equa o qu mica. b) Cite dois fatores f sicos e/ou qu micos que favoreceram a transforma o no conte do de uma garrafa e n o no da outra. 2 . As margarinas , muito usadas como substitutos da manteiga, cont m gorduras vegetais hidrogenadas. A diferen a fundamental entre uma margarina light e outra normal est no conte do de gordura e de gua. Colocou -se em um tubo de ensaio uma certa quantidade de margarina normal e, num outro tubo de ensaio, id ntico ao primeiro, colocou-se a mesma quantidade de margarina light . Aqueceu -se em banho-maria os dois tubos contendo as margarinas at que aparecessem duas fases, como esquematizado na figura. a) Reproduza, na resposta, a figura do tubo correspondente margarina light , identificando as fases lip dica e aquosa. b) Admitindo que as duas margarinas tenham o mesmo pre o e considerando que este pre o diz respeito, apenas, ao teor da gordura de cada uma, em qual delas a gordura custa mais e quantas vezes (multiplica o) este pre o maior do que na outra? 3 3 . Os alimentos, al m de nos fornecerem as subst ncias constituintes do organismo, s o tamb m fontes de energia necess ria para nossas atividades. Podemos comparar o balan o en erg tico de um indiv duo ap s um dia de atividades da mesma forma que comparamos os estados final e inicial de qualquer processo qu mico. O gasto total de energia (em kJ) por um indiv duo pode ser considerado como a soma de tr s usos corporais de energia: 1 - gasto metab lico de repouso (4,2 kJ/kg por hora) 2 - gasto energ tico para digest o e absor o dos alimentos, correspondente a 10% da energia dos alimentos ingeridos. 3 - atividade f sica, que para uma atividade moderada representa 40% do gasto metab lico de repouso. a) Qual seria o gasto energ tico total de um indiv duo com massa corporal de 60 kg, com atividade moderada e que ingere o equivalente a 7600 kJ por dia? b) Considerando-se que 450 g de massa corporal correspondem a aproximadamente 15000 kJ, qual o ganho (ou perda) deste indiv duo por dia, em gramas? 4 . A vitamina C, tamb m conhecida como cido asc rbico, um composto org nico, hidrossol vel, est vel ao aquecimento moderado apenas na aus ncia de oxig nio ou de outros oxidantes. Pode ser transformada em outros produtos pelo oxig nio do ar, em meio alcalino ou por temperaturas elevadas. Durante processos de cozimento, alimentos que cont m vitamina C apresentam perdas desta vitamina, em grande parte pela solubiliza o na gua e, tamb m, por altera es qu micas. Em fun o disto, para uso dom stico, deve-se evitar o cozimento prolongado, altas temperaturas e o preparo do alimento com muita anteced ncia ao consumo. A an lise quantitativa do cido asc rbico em sucos e alimentos pode ser feita por titula o com solu o de iodo, I2. A seguinte equa o representa a transforma o que ocorre nesta titula o. a) Esta rea o de oxido-redu o? Justifique. Diferentemente da maioria dos cidos org nicos, a vitamina C n o apresenta grupo carbox lico em sua mol cula. b) Escreva uma equa o qu mica correspondente dissocia o i nica do cido asc rbico em gua, que justifique o seu car ter cido. 4 5 . A ingest o de cloreto de s dio, na alimenta o, essencial. Excessos, por m, causam problemas, principalmente de hipertens o. O consumo aconselhado para um adulto, situa-se na faixa de 1100 a 3300 mg de s dio por dia. Pode-se preparar uma bela e apetitosa salada misturando-se 100 g de agri o (33 mg de s dio), 100 g de iogurte (50 mg de s dio) e uma x cara de requeij o cremoso (750 mg de s dio), consumindo-a acompanhada com uma fatia de p o de trigo integral (157 mg de s dio): a) Que percentual da necessidade di ria m nima de s dio foi ingerido? b) Quantos gramas de cloreto de s dio deveriam ser adicionados salada, para atingir o consumo di rio m ximo de s dio aconselhado? 6 . Fontes vegetais de lip dios cont m mol culas de cidos graxos ( cidos carbox licos poli-insaturados) que apresentam estrutura cis. O processo de hidrogena o parcial destas gorduras, como por exemplo na fabrica o de margarinas, pode conduzir forma o de is meros trans, que n o s o desej veis, visto que estes s o suspeitos de elevarem o teor de colesterol no sangue. a) Escreva a equa o qu mica que representa, genericamente, a hidrogena o de uma dupla liga o carbono-carbono ( >C = C<). O cido linol ico pode ser representado pela f rmula C18 H32 O2 . b) Quantas duplas liga es( >C = C<) cont m uma mol cula deste cido? Justifique. 7 . ons como Cu2+ , Fe3+ e Fe2+ , presentes em certos alimentos, como por exemplo maionese, podem causar a sua deteriora o atrav s da forma o de per xidos. Para evitar este problema, em alguns alimentos industrializados pode ser adicionada uma subst ncia que comp lexa (reage com) estes ons, impedindo a sua a o. Esta subst ncia, genericamente conhecida como EDTA , adicionada na forma de seu sal de s dio e c lcio. A rea o que ocorre entre os ons indesej veis e o EDTA adicionado pode ser representada pela e qua o: Ca EDTA 2 - + Me n+ = Me EDTA n-4 + Ca2+ Os valores dos logaritmos das constantes de equil brio para as rea es de complexa o desses ons com EDTA s o: Me n + Fe2+ Cu 2+ Fe3+ log K eq 14,4 18,8 25,1 a) Qual dos ons Me n+ ser removido c om mais efici ncia? Justifique. b) Escreva a equa o qu mica que representa a rea o entre Ca EDTA 2 - e o on escolhido no item a da quest o. 5 8 . O cloreto de pot ssio muitas vezes usado em dietas especiais como substituto de cloreto de s dio. O gr fico abaixo mostra a varia o do sabor de uma solu o aquosa de cloreto de pot ssio em fun o da concentra o deste sal. Ao se preparar uma sopa (1,5 litros), foi colocada a quantidade m nima de KCl necess ria para se obter sabor salgado , sem as componentes amargo e doce . a) Qual a quantidade, em gramas, de KCl adicionado sopa? b) Qual a press o osm tica p, a 57 o C, desta solu o de KCl? p = c R T, onde c a concentra o de part culas em mol/L, R = 0,082 L atm K-1 mol 1 , T a temperatura absoluta. 9 . A express o omega -3 (?3) parece ter sido definitivamente incorporada ao vocabul rio moderno. Ela se refere a cidos org nicos de cadeia longa encontrados em leos de peixes marinhos. J foi comprovado que estas subst ncias protegem os esquim s da Groel ndia contra doen as cardiovasculares. Surge da o est mulo que hoje se faz para que as popula es ocidentais incluam, pelo menos uma vez por semana, peixe no seu card pio. O cido eicosapentaen ico, EPA, um cido graxo poli-insaturado do tipo ?3, podendo ser representado por C20:5?3. Esta f rmula indica que a mol cula do mesmo possui 20 tomos de carbono e 5 duplas liga es, e que a primeira dupla liga o localizase no carbono 3 da cadeia (linear), enumerando-se a partir da extremidade oposta do radical carboxila. a) Represente uma f rmula estrutural poss vel do cido graxo representado por C18:3? 3. Sabe-se que compostos org nicos que cont m duplas liga es podem reagir com iodo, I2 , adicionando-o s duplas liga es. b) Quantos moles de I2 reagem, por completo, com 5,56 g do cido C18:3?3 do item a? 6 1 0 . 10,0 g de um fruto de uma pimenteira foram colocados em contato com 100 mL de acetona para extrair as subst ncias capsaicina e di-hidrocapsaicina, dois dos compostos respons veis pela pung ncia (sensa o de quente) da pimenta. A mistura resultante foi filtrada e o l quido obtido teve seu volume reduzido a 5,0 mL, por aquecimento. Estes 5,0 mL foram dilu dos a 50 mL pela adi o de etanol anidro. Destes 50 mL, uma por o de 10 mL foi dilu da a 25 mL. A an lise desta ltima solu o, num instrumento apropriado, forneceu o gr fico representado na figura. Observou-se que a concentra o da capsaicina metade da di-hidrocapsaicina. a) Qual a rela o entre as concentra es da capsaicina, na solu o de 5,0 mL e na solu o final? Justifique. b) Identifique o tri ngulo que corresponde capsaicina e o tri ngulo que corresponde di-hidrocapsaicina. Mostre claramente como voc fez esta correla o. M e d i d a L i d a 6 A 5 4 B 3 2 1 1 2 3 4 5 7 6 Tempo/ min 1 1 . Uma receita de biscoitinhos Petit Four de laranja leva os seguintes ingredientes : Ingrediente Farinha de trigo Carbonato cido de am nio Sal Manteiga A car Ovo Raspas de casca de laranja Quantidade / gramas 360 6 1 100 90 100 (2 ovos) 3 Densidade aparente g / cm3 0,65 1,5 2,0 0,85 0,90 1,05 0,50 A densidade aparente da massa rec m preparada e antes de ser assada de 1,10 g / cm3 . Entende-se por densidade aparente a rela o entre a massa da massa ou do ingrediente, na forma em que se encontra, e o respectivo volume ocupado. a) Qual o volume ocupado pela massa rec m preparada, correspondente a uma receita? b) Como se justifica o fato da densidade aparente da massa ser diferente da m dia ponderada das densidades aparentes dos constituintes? 1 2 . Considerando a quest o anterior, se o carbonato cido de am nio (hidrogeno carbonato de am nio) se decomp e totalmente pela a o do calor formando am nia, gua e g s carb nico, todos no estado gasoso: a) Escreva a equa o qu mica que representa esta rea o. b) Determine o volume total de gases produzidos pela decomposi o do carbonato cido de am nio em um forno a 227 C, press o ambiente de 1atm. Massa molar do carbonato cido de am nio = 79 g / mol. 8 H IST RIA 1 3 . A relut ncia dos aliados da Liga de Delos em pagar tributos aumentou quando Atenas decidiu dedicar o enorme excedente acumulado por quase trinta anos para reconstruir os templos e monumentos da Acr pole ateniense, destru dos pelos persas em 480 e 479 a .C.. (Adaptado de Peter Jones (org.), O Mundo de Atenas: uma introdu o cultura cl ssica ateniense. S o Paulo, Martins Fontes, 1997, p. 241.) a) O que foi a Liga de Delos e quais seus objetivos iniciais? b) Quais os mecanismos que asseguravam a hegemonia ateniense sobre seus aliados neste per odo? c ) Qual a import ncia da Acr pole na Atenas cl ssica? 1 4 . Esta longa Idade M dia o contr rio do hiato visto pelos humanistas do Renascimento e, salvo raras exce es, pelos homens das Luzes. o momento da cria o da sociedade moderna, do essencial das nossas estruturas sociais e mentais; momento em que se criou a cidade, a universidade, o moinho, a m quina, a hora e o rel gio, o livro , o garfo, o vestu rio, a pessoa, a consci ncia. (Adaptado de Jacques L Goff, Pref cio , Para um novo conceito de Idade M dia : Tempo, Trabalho e Cultura no Ocidente . Lisboa, Editorial Estampa, 1979, p. 12.) a) A que conceito de Idade M dia o texto est se contrapondo? b) Qual o per odo hist rico valorizado pelos humanistas do Renascimento? Por qu ? c ) Caracterize a atividade que impulsionou o desenvolvimento das cidades medievais. 1 5 . Na Am rica do Sul, o que impressiona a diferen a essencial que existe entre a coloniza o espanhola e a portuguesa. Desde o in cio, a Coroa de Castela encoraja a imigra o de mulheres que, com suas criadas, contribuem para a expans o da civiliza o espanhola na Am rica. As leis de sucess o d o-lhes direito heran a, o que aumenta sua autoridade quando s o filhas nicas. Os casamentos inter-raciais s o raros e a preocupa o com a limpeza de sangue fundamental, inclusive para o acesso aos mais altos cargos. (Adaptado de Marc Ferro, Hist ria das Coloniza es : das conquistas s independ ncias s culos XVIII a XX. S o Paulo, Cia. das Letras, 1996, p. 135.) a) De acordo com o texto, qual o papel da mulher na coloniza o espanhola? b) O que foi a pol tica de limpeza de sangue ? c ) Por que os criollos foram importantes no processo de Independ ncia? 9 1 6 . Os primeiros escravos negros chegaram ao Novo Mundo bem no in cio do s culo XVI. Por tr s s culos e meio as principais pot ncias mar timas competiram entre si em torno do lucrativo tr fico de escravos, que levou aproximadamente dez milh es de africanos para as Am ricas. (Adaptado de David Brion Davis, O problema da escravid o na cultura ocidental . Rio de Janeiro, Civiliza o Brasileira, 2001, p. 24.) a) Cite uma das principais pot ncias europ ias que traficava escravos nos s culos XVII e XVIII. b) Caracterize o com rcio triangular entre Europa, frica e Am rica neste per odo. c ) Quais as conseq ncias, para a frica, do tr fico negreiro? 1 7 . Em 1694, tropas comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho destru ram o quilombo de Palmares, que havia se formado desde o in cio do s culo XVII. Poucos sobreviveram ao ataque final, refugiando-se nas matas da Serra da Barriga sob a lideran a de Zumbi, morto em 20 de novembro de 1695, depois de resistir por quase dois anos. a) O que foi o quilombo de Palmares? b) Al m de realizar ataques a quilombos, que outros interesses tinham os paulistas em suas expedi es pelos sert es? c ) Explique por que o dia da morte de Zumbi considerado o "dia nacional da consci ncia negra". 1 8 . O final do s culo XVIII, no Brasil col nia, caracterizado pelas inconfid ncias ocorridas em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Esses movimentos alarmaram a coroa portuguesa e contribu ram para uma rediscuss o da pol tica no imp rio lusobrasileiro. a) Identifique os grupos sociais que participaram de cada uma dessas inconfid ncias. b) Qual o significado da independ ncia dos EUA, de um lado, para o governo metropolitano portugu s e, de outro, para os inconfidentes mineiros? c ) Que outro processo revolucion rio inspirou esses movimentos? 1 9 . O liberalismo tornou -se ideologia predominante na sociedade ocidental a partir da segunda metade do s culo XIX. a) Quais direitos naturais que o liberalismo se prop e a garantir? b) Quais as principais caracter sticas do liberalismo econ mico? c ) Quais correntes de pensamento se opuseram ao liberalismo no s culo XIX? 10 2 0 . Na Europa, os manuais de comportamento, numerosos ao longo de todo o s culo XIX, inventam um novo modo de vida exclusivamente privado. O papel principal cabe senhora do lar, encarregada das refei es, visitas, recep es. A vida privada o ref gio onde os homens descansam do trabalho e do mundo exterior. preciso que, como uma fada, a mulher fa a surgir a perfei o, ocultando os esfor os empregados para obt -la. Quando tem criados em n mero suficiente, dedica-se correspond ncia, ao piano, aos trabalhos finos. (Adaptado de Anne Martin-Fugier, in: Hist ria da Vida Privada 4, S o Paulo, Companhia das Letras, 1991, p. 199-201.) a) Segundo o texto, quais as atividades da esfera feminina? b) Caracterize a oposi o, presente no texto, entre esfera p blica e esfera privada. c ) Compare o modo de vida descrito no texto ao das mulheres oper rias na mesma poca. 2 1 . O industrial Henry Ford observou certa vez : N o pude constatar que o trabalho repetitivo cause dano de qualquer esp cie ao homem. Especialistas de inclina es liberais asseguraram-me que o trabalho repetitivo destr i o f sico e a mente, por m esse n o foi o resultado de nossas investiga es. A tarefa mais mon tona de toda a f brica aquela na qual um homem pega uma engrenagem, a agita dentro de um tanque de leo e a coloca em um cesto. N o requer energia muscular, nem intelig ncia. No entanto um homem est nessa tarefa h oito anos ininterruptos. Ele economizou, investiu seu dinheiro, e tem hoje cerca de 40 mil d lares. (Adaptado de Huw Beynon, Trabalhando para Ford, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995, p. 150.) a) Qual foi o sistema de produ o industrial introduzido por Henry Ford e em que ele consistia? b) Segundo Ford, quais as vantagens deste sistema de produ o? c ) Que cr ticas foram feitas a este sistema? 2 2 . Em 1897 foi inaugurada a cidade de Belo Horizonte, considerada a mais importante cidade planejada do fim do s culo XIX no Brasil. Seu desenho era regular como um tabuleiro de xadrez. Ao substituir Ouro Preto, a cidade almejava atender aos antigos objetivos de se criar uma nova capital que expressasse os ideais de um Brasil republicano. a) Que ideais do Brasil republicano estavam expressos na cria o da cidade de Belo Horizonte? b) Que paralelos podem ser estabelecidos com a cria o da cidade de Bras lia? c ) Caracterize o contexto hist rico da transfer ncia da capital federal do Rio de Janeiro para Bras lia. 11 2 3 . A tentativa dos nazistas de dissimular suas atrocidades nos campos de concentra o e de exterm nio resultou em completo fracasso. Muitos sobreviventes desses campos sentiram-se investidos da miss o de testemunhar e n o deixaram de cumpri-la, alguns logo depois de serem libertados e outros, quarenta e at cincoenta anos mais tarde. (Adaptado de Tzvetan Todorov, Mem ria do mal, tenta o do bem. Indaga es sobre o s culo XX. ARX, 2002, p. 211.) a) Caracterize o contexto hist rico em que surgiram os campos de concentra o e de exterm nio. b) Que parcelas da popula o foram aprisionadas nesses campos? c ) Com base no texto, explique a import ncia do testemunho dos sobreviventes. 2 4 . Em 1950, durante a inaugura o da TV Tupi em S o Paulo, Lolita Rodrigues cantou o Hino da Televis o : Vingou, como tudo vinga, No teu ch o, Piratininga, A cruz que Anchieta plantou. E dir-se- que ela hoje acena, Por uma alt ssima antena, A cruz que Anchieta plantou (Adaptado de Nosso S culo 1945/1960. Abril Cultural, 1980, p.51.) a) Qual a id ia central dos versos acima? b) Explique a import ncia do r dio no Brasil nas d cadas de 1930-40. c ) Caracterize os usos pol ticos da televis o no Brasil a partir da d cada de 1970. 12 QU M I CA Alimentar-se a o fundamental dos seres vivos. Sem alimento n o h vida. necess rio comer para viver e, embora no nosso planeta milh es ainda morram de fome a cada ano, muitos vivem para comer e acabam abreviando a pr pria vida. O que alimento? Como ele age no nosso organismo? Quanto comer? Como comer?... S o perguntas que v m sendo feitas e, paulatinamente respondidas, medida em que a ci ncia avan a. Nesta prova veremos, de pincelada, alguns aspectos macro e microsc picos da alimenta o. Leia com aten o os enunciados sem devor -los com afoba o, fa a a digest o mental com tranq ilidade e resolva as quest es com objetividade. 1 Em um jantar de Natal oferecido a amigos, o anfitri o abriu duas garrafas de um mesmo vinho. O conte do de uma delas permaneceu intacto enquanto o da outra foi consumido em cerca de 90% . As duas garrafas foram tampadas. A cheia foi guardada na geladeira e a outra num arm rio da cozinha. Uma semana mais tarde, na ceia de Ano Novo, o conte do desta ltima garrafa foi usado para temperar a salada. a) O que aconteceu com este vinho para poder ser usado como tempero de salada? Justifique usando uma equa o qu mica. b) Cite dois fatores f sicos e/ou qu micos que favoreceram a transforma o no conte do de uma garrafa e n o no da outra. Resolu o a) O vinho cont m lcool et lico (etanol). Este sofre oxida o, transformando-se em cido ac tico ( cido etan ico), conforme a equa o: O H3C CH2OH + O2 H3C C + H2O etanol OH cido etan ico O vinho vira vinagre. b) Devido ao menor volume de vinho, a garrafa n o cheia continha maior quantidade de O2 em seu interior e como estava guardada num arm rio da cozinha, n o na geladeira como a garrafa cheia, temos maior temperatura. O aumento de temperatura e o aumento da concentra o de O2 dissolvido aceleraram a rea o de transforma o do etanol em cido ac tico na garrafa n o cheia. 2 O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 As margarinas , muito usadas como substitutos da manteiga, cont m gorduras vegetais hidrogenadas. A diferen a fundamental entre uma margarina light e outra normal est no conte do de gordura e de gua. Colocou-se em um tubo de ensaio uma certa quantidade de margarina normal e, num outro tubo de ensaio, id ntico ao primeiro, colocou-se a mesma quantidade de margarina light . Aqueceram-se em banho-maria os dois tubos contendo as margarinas at que aparecessem duas fases, como esquematizado na figura. a) Reproduza, na resposta, a figura do tubo correspondente margarina light , identificando as fases lip dica e aquosa. b) Admitindo que as duas margarinas tenham o mesmo pre o e considerando que este pre o diz respeito, apenas, ao teor da gordura de cada uma, em qual delas a gordura custa mais e quantas vezes (multiplica o) este pre o maior do que na outra? Resolu o a) A margarina light cont m menos gorduras vegetais hidrogenadas do que a margarina normal . O tubo que corresponde margarina light : O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 b) M argarina light : fase lip dica: 4 unidades de volume. M argarina normal : fase lip dica: 8 unidades de volume. A gordura da margarina light custa mais que a gordura da margarina normal . O pre o duas vezes maior. 3 Os alimentos, al m de nos fornecerem as subst ncias constituintes do organismo, s o tamb m fontes de energia necess ria para nossas atividades. Podemos comparar o balan o energ tico de um indiv duo ap s um dia de atividades da mesma forma que comparamos os estados final e inicial de qualquer processo qu mico. O gasto total de energia (em kJ) por um indiv duo pode ser considerado como a soma de tr s usos corporais de energia: 1 gasto metab lico de repouso (4,2 kJ/kg por hora) 2 gasto energ tico para digest o e absor o dos alimentos, correspondente a 10% da energia dos alimentos ingeridos. 3 atividade f sica, que para uma atividade moderada representa 40% do gasto metab lico de repouso. a) Qual seria o gasto energ tico total de um indiv duo com massa corporal de 60 kg, com atividade moderada e que ingere o equivalente a 7600 kJ por dia? b) Considerando-se que 450 g de massa corporal correspondem a aproximadamente 15000 kJ, qual o ganho (ou perda) deste indiv duo por dia, em gramas? Resolu o a) C lculo do gasto metab lico de repouso: 1kg 4,2kJ/h x = 252 kJ/h 60kg x 1h 252kJ 24h x y = 6048kJ/dia C lculo do gasto energ tico para digest o e O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 absor o dos alimentos: 7600kJ 100% z 10% z = 760kJ C lculo do gasto para atividade f sica (moderada): 6048kJ 100% w = 2419,2kJ w 40% C lculo do gasto energ tico total: 6048kJ + 760kJ + 2419,2kJ = 9227,2kJ b) C lculo do balan o energ tico: Quantidade ingerida: 7600,0kJ Quantidade gasta: 9227,2kJ 1627,2kJ Como o gasto energ tico maior que a quantidade ingerida, h perda de massa corporal. C lculo da perda deste indiv duo 15000kJ 450g de massa corporal 1627,2kJ x x = 48,816g de massa corporal 4 A vitamina C, tamb m conhecida como cido asc rbico, um composto org nico, hidrossol vel, est vel ao aquecimento moderado apenas na aus ncia de oxig nio ou de outros oxidantes. Pode ser transformada em outros produtos pelo oxig nio do ar, em meio alcalino ou por temperaturas elevadas. Durante processos de cozimento, alimentos que cont m vitamina C apresentam perdas desta vitamina, em grande parte pela solubiliza o na gua e, tamb m, por altera es qu micas. Em fun o disto, para uso dom stico, deve-se evitar o cozimento prolongado, altas temperaturas e o preparo do alimento com muita anteced ncia ao consumo. A an lise quantitativa do cido asc rbico em sucos e alimentos pode ser feita por titula o com solu o de iodo, I2. A seguinte equa o representa a transforma o que ocorre nesta titula o. a) Esta rea o de oxidorredu o? Justifique. Diferentemente da maioria dos cidos org nicos, a O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 vitamina C n o apresenta grupo carbox lico em sua mol cula. b) Escreva uma equa o qu mica correspondente dissocia o i nica do cido asc rbico em gua, que justifique o seu car ter cido. Resolu o a) Sim, trata-se de uma rea o de oxidorredu o. O carbono sofre oxida o e o iodo sofre redu o. Portanto, ocorre varia o do n mero de oxida o, ou seja, uma transfer ncia de el trons. b) A hidroxila ligada a carbono de dupla apresenta car ter cido. Uma poss vel dissocia o i nica do cido asc rbico pode ser expressa por: 5 A ingest o de cloreto de s dio, na alimenta o, essencial. Excessos, por m, causam problemas, principalmente de hipertens o. O consumo aconselhado para um adulto situa-se na faixa de 1100 a 3300 mg de s dio por dia. Pode-se preparar uma bela e apetitosa salada misturando-se 100 g de agri o (33 mg de s dio), 100 g de iogurte (50 mg de s dio) e uma x cara de requeij o cremoso (750 mg de s dio), consumindo-a acompanhada com uma fatia de p o de trigo integral (157 mg de s dio): a) Que percentual da necessidade di ria m nima de s dio foi ingerido? b) Quantos gramas de cloreto de s dio deveriam ser adicionados salada, para atingir o consumo di rio m ximo de s dio aconselhado? O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 Resolu o a) M assa de s dio ingerido na salada com o p o: m = 33mg + 50mg + 750mg + 157mg = 990mg C lculo da porcentagem de s dio ingerida (considerando o m nimo de 1100mg de s dio) 1100mg 100% 990mg x x = 90% O porcentual da necessidade di ria m nima de s dio ser de 90% . b) M assa de s dio que deve ser acrescida para satisfazer a necessidade m xima de 3300mg: m = 3300mg 990mg = 2310mg = 2,310g de Na M assa molar de NaCl = (22,990 + 35,453)g/mol = = 58,443g/mol 58,443g de NaCl 22,990g de Na x 2,310g de Na x = 5,872g de NaCl Observa o Admitindo que o p o n o seja ingerido (n o faz parte da salada), dever amos adicionar mais 157mg de s dio. M assa total de s dio que deve ser adicionada: m = 2310mg + 157mg = 2467mg de Na 58,443g de NaCl 22,990g de Na y 2,467g de Na y = 6,271g de NaCl 6 Fontes vegetais de lip dios cont m mol culas de cidos graxos ( cidos carbox licos poli-insaturados) que apresentam estrutura cis. O processo de hidrogena o parcial destas gorduras, como por exemplo na fabrica o de margarinas, pode conduzir forma o de is meros t rans, que n o s o desej veis, visto que estes s o suspeitos de elevarem o teor de colesterol no sangue. a) Escreva a equa o qu mica que representa, genericamente, a hidrogena o de uma dupla liga o carbono-carbono ( C= C ) . O cido linol ico pode ser representado pela f rmula C18H32O2. b) Quantas duplas liga es ( C= C mol cula deste cido? Justifique. O BJETI V O ) cont m uma UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 Resolu o H | C= C | | a) H | + H2 C C b) Podemos representar o cido linol ico pelas seguintes f rmulas moleculares: C18H32O2 ou C17H31COOH A f rmula de um alcano (hidrocarboneto saturado) CnH2n+2. Um radical monovalente saturado tem f rmula CnH2n+1 . As f rmulas gerais dos cidos graxos s o: CnH2n+1COOH saturado CnH2n 1COOH uma dupla liga o CnH2n 3COOH duas duplas liga es Conclus o: o cido linol ico apresenta em sua cadeia carb nica duas duplas liga es. C17 H31COOH corresponde a CnH2n 3COOH 7 ons como Cu2+ , Fe3+ e Fe2+ , presentes em certos alimentos, como por exemplo maionese, podem causar a sua deteriora o atrav s da forma o de per xidos. Para evitar este problema, em alguns alimentos industrializados pode ser adicionada uma subst ncia que complexa (reage com) estes ons, impedindo a sua a o. Esta subst ncia, genericamente conhecida como EDTA , adicionada na forma de seu sal de s dio e c lcio. A rea o que ocorre entre os ons indesej veis e o EDTA adicionado pode ser representada pela equa o: Ca EDTA2 + M en+ = M e EDTAn 4 + Ca2+ Os valores dos logaritmos das constantes de equil brio para as rea es de complexa o desses ons com EDTA s o: M en+ log Keq Fe 2+ 14,4 Cu2+ 18,8 Fe3+ 25,1 a) Qual dos ons M en+ ser removido com mais efici ncia? Justifique. b) Escreva a equa o qu mica que representa a rea o entre CaEDTA2 e o on escolhido no item a da quest o. Resolu o a) A constante de equil brio pode ser expressa por: CaEDTA2 + M en+ M e EDTAn 4 + Ca2+ [M e EDTAn 4] . [Ca2+ ] Keq = [Ca EDTA2 ] . [M en+ ] O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 O on M en+ que ser removido com maior efici ncia ser aquele cujo equil brio estar mais deslocado para a direita (forma o de ons Ca2+ e consumo de ons M en+ ) e conseq entemente apresentar maior valor para a constante de equil brio Keq. Como foi dado o valor do logaritmo das constantes de equil brio para as rea es de complexa o de cada on, quanto maior o valor da constante, maior o valor do logaritmo e mais facilmente esse on ser removido. Podemos concluir que o on mais facilmente removido o Fe3+ . b) CaEDTA2 + Fe3+ FeEDTA1 + Ca2+ 8 O cloreto de pot ssio muitas vezes usado em dietas especiais como substituto de cloreto de s dio. O gr fico abaixo mostra a varia o do sabor de uma solu o aquosa de cloreto de pot ssio em fun o da concentra o deste sal. Ao se preparar uma sopa (1,5 litro), foi colocada a quantidade m nima de KCl necess ria para se obter sabor salgado , sem as componentes amargo e doce . a) Qual a quantidade, em gramas, de KCl adicionado sopa? b) Qual a press o osm tica , a 57 desta solu o de C, KCl? = c R T, onde c a concentra o de part culas em mol/L, R = 0,082 L atm K 1 mol 1, T a temperatura absoluta. Resolu o a) Da leitura do gr fico, temos 0,035mol/L de KCl (m nimo necess rio para se obter o sabor salgado, sem os componentes amargo e doce). * C lculo da quantidade, em mol, de KCl, em 1,5L: 1L 0,035mol de KCl 1,5L x x = 0,0525mol de KCl * C lculo da massa, em gramas, de KCl: M assa molar do KCl = (39,098 + 35,453)g/mol = = 74,551g/mol 1mol 74,551g O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 0,0525mol y y = 3,914g b) = c R T KCl 0,035mol/L K+ + Cl 0,035mol/L 0,035mol/L 14444244443 0,070mol/L mol = 0,070 . 0,082L . atm . K 1 . mol 1 . 330K L = 1,894atm 9 A express o omega-3 ( 3) parece ter sido definitivamente incorporada ao vocabul rio moderno. Ela se refere a cidos org nicos de cadeia longa encontrados em leos de peixes marinhos. J foi comprovado que estas subst ncias protegem os esquim s da Groenl ndia contra doen as cardiovasculares. Surge da o est mulo que hoje se faz para que as popula es ocidentais incluam, pelo menos uma vez por semana, peixe no seu card pio. O cido eicosapentaen ico, EPA, um cido graxo poli-insaturado do tipo 3, podendo ser representado por C20:5 3. Esta f rmula indica que a mol cula do mesmo possui 20 tomos de carbono e 5 duplas liga es, e que a primeira dupla liga o localiza-se no carbono 3 da cadeia (linear), enumerando-se a partir da extremidade oposta do radical carboxila. a) Represente uma f rmula estrutural poss vel do cido graxo representado por C18:3 3. Sabe-se que compostos org nicos que cont m duplas liga es podem reagir com iodo, I2, adicionando-o s duplas liga es. b) Quantos moles de I2 reagem, por completo, com 5,56 g do cido C18:3 3 do item a? Resolu o a) Uma f rmula estrutural poss vel do cido graxo representado por C18:3 3 : A primeira dupla liga o localiza-se no carbono 3 a partir da extremidade oposta do radical carboxila. As outras duplas liga es podem estar localizadas em outros carbonos diferentes do exemplo acima. b) A f rmula molecular do cido em quest o : C18H30O2, com massa molar = 278g/mol Para cada mol do cido, temos um consumo de 3mol de I2, pois o cido tem tr s duplas liga es em sua cadeia. cido I2 278g 3mol 5,56g x O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 x = 0,06mol 10 10,0 g de um fruto de uma pimenteira foram colocados em contato com 100 mL de acetona para extrair as subst ncias capsaicina e di-hidrocapsaicina, dois dos compostos respons veis pela pung ncia (sensa o de quente) da pimenta. A mistura resultante foi filtrada e o l quido obtido teve seu volume reduzido a 5,0 mL, por aquecimento. Estes 5,0 mL foram dilu dos a 50 mL pela adi o de etanol anidro. Destes 50 mL, uma por o de 10 mL foi dilu da a 25 mL. A an lise desta ltima solu o, num instrumento apropriado, forneceu o gr fico representado na figura. Observou-se que a concentra o da capsaicina metade da di-hidrocapsaicina. a) Qual a rela o entre as concentra es da capsaicina, na solu o de 5,0 mL e na solu o final? Justifique. b) Identifique o tri ngulo que corresponde capsaicina e o tri ngulo que corresponde di-hidrocapsaicina. M ostre claramente como voc fez esta correla o. Resolu o a) Na dilui o 1, o volume aumentou 10 vezes e a concentra o de capsaicina ficou 10 vezes menor. Na dilui o 2, o volume aumentou 2,5 vezes e a concentra o de capsaicina ficou 2,5 vezes menor. A concentra o de capsaicina na solu o de 5,0mL ser 10 x 2,5 = 25 vezes maior que na solu o final. V1C1 = V2C2 5,0 . C1 = 50 . C2 C2 = 0,1 . C1 C2 = C3 = 0,1C1 V3C3 = V4C4 10 . 0,1 . C1 = 25 . C4 O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 C1 = 25 C4 b) A quantidade de cada soluto presente no sistema determinada a partir da rea sob cada pico. b.h 1.3 Pico A A = = = 1,5 unidades 2 2 arbitr rias b.h 1,5 . 1 Pico B A = = = 0.75 unidade 2 2 arbitr ria Como foi dito no texto que a concentra o da capsaicina a metade da de di-hidrocapsaicina, temos: A di-hidrocapsaicina B capsaicina O instrumento utilizado poderia ser um cromat grafo. 11 Uma receita de biscoitinhos Petit Four de laranja leva os seguintes ingredientes : Ingrediente Farinha de trigo Carbonato cido de am nio Sal M anteiga A car Ovo Raspas de casca de laranja Quantidade/ gramas 360 Densidade aparente g/ cm 3 0,65 6 1,5 1 100 90 100 (2 ovos) 2,0 0,85 0,90 1,05 3 0,50 A densidade aparente da massa rec m preparada e antes de ser assada de 1,10 g/cm 3 . Entende-se por densidade aparente a rela o entre a massa da massa ou do ingrediente, na forma em que se encontra, e o respectivo volume ocupado. a) Qual o volume ocupado pela massa rec m preparada, correspondente a uma receita? b) Como se justifica o fato da densidade aparente da massa ser diferente da m dia ponderada das densidades aparentes dos constituintes? Resolu o a) C lculo da massa rec m-preparada para uma receita: 360g + 6g + 1g + 100g + 90g + 100g + 3g = 660g Como a densidade aparente da massa rec mpreparada 1,10g/cm 3, temos: 1cm 3 1,10g x 660g x = 600cm 3 b) A densidade aparente da massa rec m-preparada n o a m dia das densidades aparentes dos constituintes, porque o ingrediente isolado O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 est em uma certa forma e na massa est em uma forma diferente. Quando os ingredientes s o misturados, aparecem novas intera es intermoleculares que podem fazer variar o volume total. 12 Considerando a quest o anterior, se o carbonato cido de am nio (hidrogenocarbonato de am nio) se decomp e totalmente pela a o do calor formando am nia, gua e g s carb nico, todos no estado gasoso: a) Escreva a equa o qu mica que representa esta rea o. b) Determine o volume total de gases produzidos pela decomposi o do carbonato cido de am nio em um forno a 227 press o ambiente de 1atm. M assa C, molar do carbonato cido de am nio = 79 g / mol. Resolu o a) A equa o qu mica do processo: NH4 HCO3 (s) NH3 (g) + CO2 (g) + H2O (g) b) C lculo da quantidade em mol de gases na decomposi o de 6g de NH4 HCO3: 79g 3mol de gases 6g x x = 0,23mol C lculo do volume total de gases utilizando a equa o de estado (Clapeyron): pV = n R T atm . L 1 atm . V = 0,23 mol . 0,082 . 500K K . mol V = 9,43L O BJETI V O UN IC AM P - ( 2 Fase) Janei r o/ 2 0 0 3 H I ST R I A 13 A relut ncia dos aliados da Liga de Delos em pagar tributos aumentou quando Atenas decidiu dedicar o enorme excedente acumulado por quase trinta anos para reconstruir os templos e monumentos da Acr pole ateniense, destru dos pelos persas em 480 e 479 a.C.. (Adaptado de Peter Jones (org.), O M undo, de Atenas: uma introdu o cultura cl ssica ateniense. S o Paulo, M artins Fontes, 1997, p. 241.) a) O que foi a Liga de Delos e quais seus objetivos iniciais? b) Quais os mecanismos que asseguravam a hegemonia ateniense sobre seus aliados neste per odo? c) Qual a import ncia da Acr pole na Atenas cl ssica? Resolu o a) Confedera o militar liderada por Atenas, formada pela maioria das p leis gregas, inicialmente com o objetivo de combater o imperialismo persa, dentro das Guerras M dicas. b) Lideran a pol tica, comando militar da Liga de Delos e supremacia naval ateniense. c) A Acr pole simboliza o apogeu do desenvolvimento cultural sobretudo art stico da Gr cia Antiga, ocorrido no s culo V a.C., dentro do chamado Per odo Cl ssico. 14 Esta longa Idade M dia o contr rio do hiato visto pelos humanistas do Renascimento e, salvo raras exce es, pelos homens das Luzes. o momento da cria o da sociedade moderna, do essencial das nossas estruturas sociais e mentais; momento em que se criou a cidade, a universidade, o moinho, a m quina, a hora e o rel gio, o livro , o garfo, o vestu rio, a pessoa, a consci ncia. (Adaptado de Jacques L Goff, Pref cio , Para um novo conceito de Idade M dia : Tempo, Trabalho e Cultura no Ocidente. Lisboa, Editorial Estampa, 1979, p. 12.) a) A que conceito de Idade M dia o texto est se contrapondo? b) Qual o per odo hist rico valorizado pelos humanistas do Renascimento? Por qu ? c) Caracterize a atividade que impulsionou o desenvolvimento das cidades medievais. Resolu o a) Ao conceito de Idade das Trevas ou Longa Noite dos M il Anos, isto , de um per odo hist rico caracterizado pelo atraso, pelo obscurantismo e pela estagna o. b) A Antig idade Cl ssica (Greco-Romana). Porque, para os renascentistas, esse per odo deveria ser tomado como modelo, j que muitas de suas caracter sticas (antropocentrismo, universalismo, racionalismo O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 e esp rito cr tico) iam ao encontro dos ideais do Renascimento. c) A atividade mercantil, dentro do Renascimento Comercial e Urbano que caracterizou a Baixa Idade M dia. 15 Na Am rica do Sul, o que impressiona a diferen a essencial que existe entre a coloniza o espanhola e a portuguesa. Desde o in cio, a Coroa de Castela encoraja a imigra o de mulheres que, com suas criadas, contribuem para a expans o da civiliza o espanhola na Am rica. As leis de sucess o d o-lhes direito heran a, o que aumenta sua autoridade quando s o filhas nicas. Os casamentos inter-raciais s o raros e a preocupa o com a limpeza de sangue fundamental, inclusive para o acesso aos mais altos cargos. (Adaptado de M arc Ferro, Hist ria das Coloniza es: das conquistas s independ ncias s culos XVIII a XX. S o Paulo, Cia. das Letras, 1996, p. 135.) a) De acordo com o texto, qual o papel da mulher na coloniza o espanhola? b) O que foi a pol tica de limpeza de sangue ? c) Por que os criollos foram importantes no processo de Independ ncia? Resolu o a) Contribuir para a preserva o etnocultural da elite colonizadora, assegurando a exist ncia de fam lias criollas de pura ascend ncia espanhola. b) Uma pol tica deliberada, no sentido de favorecer a realiza o de casamentos entre espanh is ou hispano-descendentes, dificultando em contrapartida os casamentos inter tnicos, que poderiam provocar a inclus o, na camada dominante, de elementos considerados indesej veis ou nocivos. c) Porque, constituindo a elite socioecon mica das col nias espanholas, lideraram o processo de independ ncia das mesmas. 16 Os primeiros escravos negros chegaram ao Novo M undo bem no in cio do s culo XVI. Por tr s s culos e meio as principais pot ncias mar timas competiram entre si em torno do lucrativo tr fico de escravos, que levou aproximadamente dez milh es de africanos para as Am ricas. (Adaptado de David Brion Davis, O problema da escravid o na cultura ocidental. Rio de Janeiro, Civiliza o Brasileira, 2001, p. 24.) a) Cite uma das principais pot ncias europ ias que traficava escravos nos s culos XVII e XVIII. b) Caracterize o com rcio triangular entre Europa, frica e Am rica neste per odo. c) Quais as conseq ncias, para a frica, do tr fico negreiro? Resolu o a) A Inglaterra. O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 b) Transporte de algod o em fibra, das col nias inglesas de explora o (Sul dos atuais EUA) para a Inglaterra; remessa de tecidos de algod o ingleses para escambo de escravos na frica; e transporte de escravos africanos para as col nias norte-americanas de explora o. c) Emigra o for ada de milh es de africanos e inser o da frica no quadro do capitalismo comercial (acumula o primitiva de capitais) durante a Idade M oderna. 17 Em 1694, tropas comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho destru ram o quilombo de Palmares, que havia se formado desde o in cio do s culo XVII. Poucos sobreviveram ao ataque final, refugiando-se nas matas da Serra da Barriga sob a lideran a de Zumbi, morto em 20 de novembro de 1695, depois de resistir por quase dois anos. a) O que foi o quilombo de Palmares? b) Al m de realizar ataques a quilombos, que outros interesses tinham os paulistas em suas expedi es pelos sert es? c) Explique por que o dia da morte de Zumbi considerado o "dia nacional da consci ncia negra". Resolu o a) Foi o maior e mais importante quilombo (reduto de resist ncia escravid o, formado fundamentalmente por negros que fugiam dos latif ndios escravistas). b) Dentro do chamado bandeirismo de contrato , os bandeirantes tamb m se dedicaram a destruir tribos ind genas que se opunham, no sert o nordestino, ao avan o da pecu ria. Em outros ciclos bandeir sticos, havia o apresamento de ndios e a busca de minerais preciosos. c) Porque a luta de Zumbi representa o epis dio maior da resist ncia negra contra a escravid o. Por essa raz o, a data de sua morte em combate resgatada, hoje, pela consci ncia dos afro-descendentes brasileiros, como forma de defender a plena igualdade racial. 18 O final do s culo XVIII, no Brasil col nia, caracterizado pelas inconfid ncias ocorridas em M inas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Esses movimentos alarmaram a coroa portuguesa e contribu ram para uma rediscuss o da pol tica no imp rio luso-brasileiro. a) Identifique os grupos sociais que participaram de cada uma dessas inconfid ncias. b) Qual o significado da independ ncia dos EUA, de um lado, para o governo metropolitano portugu s e, de outro, para os inconfidentes mineiros? c) Que outro processo revolucion rio inspirou esses movimentos? O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 Resolu o a) Inconfid ncia M ineira: elite propriet ria e intelectual. Conjura o Baiana: camadas humildes da popula o, incluindo escravos. Conspira o do Rio de Janeiro: intelectuais e literatos. b) Para o governo metropolitano portugu s, significou uma sinaliza o de que seriam necess rios novos par metros na rela o metr pole col nia. Para os inconfidentes mineiros, significou um est mulo ao ideal emancipacionista dos colonos. c) A Revolu o Francesa, dentro do processo de elimina o do Antigo Regime. Obs.: A Inconfid ncia M ineira, cronologicamente, foi anterior ao in cio da Revolu o Francesa. 19 O liberalismo tornou-se ideologia predominante na sociedade ocidental a partir da segunda metade do s culo XIX. a) Quais direitos naturais que o liberalismo se prop e a garantir? b) Quais as principais caracter sticas do liberalismo econ mico? c) Quais correntes de pensamento se opuseram ao liberalismo no s culo XIX? Resolu o a) Direitos vida, propriedade, liberdade e igualdade perante a lei. b) N o-interven o do Estado na economia o que inclu a a n o-interven o nas rela es de trabalho. c) Em termos conservadores, o absolutismo; em termos progressistas, as diversas correntes socialistas, com destaque para o socialismo cient fico ou marxista. 20 Na Europa, os manuais de comportamento, numerosos ao longo de todo o s culo XIX, inventam um novo modo de vida exclusivamente privado. O papel principal cabe senhora do lar, encarregada das refei es, visitas, recep es. A vida privada o ref gio onde os homens descansam do trabalho e do mundo exterior. preciso que, como uma fada, a mulher fa a surgir a perfei o, ocultando os esfor os empregados para obt -la. Quando tem criados em n mero suficiente, dedica-se correspond ncia, ao piano, aos trabalhos finos. (Adaptado de Anne M artin-Fugier, in: Hist ria da Vida Privada 4, S o Paulo, Companhia das Letras, 1991, p. 199-201.) a) Segundo o texto, quais as atividades da esfera feminina? b) Caracterize a oposi o, presente no texto, entre esfera p blica e esfera privada. c) Compare o modo de vida descrito no texto ao das mulheres oper rias na mesma poca. Resolu o O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 a) Atividades essencialmente dom sticas; e, quando a mulher pertence camada socioecon mica privilegiada, suas atividades se concentram, al m da supervis o da criadagem, na pr tica de lazeres considerados finos . b) A esfera privada, correspondente ao lar, o centro de atua o da mulher, que zela pelo repouso e bemestar do marido. J a esfera p blica, correspondente ao mundo extra-lar (o mundo da vida econ mica e pol tica), dom nio exclusivo do homem. c) As mulheres oper rias, submetidas a longas jornadas de trabalho nas f bricas, n o possu am condi es de cumprir o papel que lhes era atribu do pelos manuais do s culo XIX, que refletiam valores e condi es t picas da classe burguesa. 21 O industrial Henry Ford observou certa vez: N o pude constatar que o trabalho repetitivo cause dano de qualquer esp cie ao homem. Especialistas de inclina es liberais asseguraram-me que o trabalho repetitivo destr i o f sico e a mente, por m esse n o foi o resultado de nossas investiga es. A tarefa mais mon tona de toda a f brica aquela na qual um homem pega uma engrenagem, a agita dentro de um tanque de leo e a coloca em um cesto. N o requer energia muscular, nem intelig ncia. No entanto um homem est nessa tarefa h oito anos ininterruptos. Ele economizou, investiu seu dinheiro, e tem hoje cerca de 40 mil d lares. (Adaptado de Huw Beynon, Trabalhando para Ford, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995, p. 150.) a) Qual foi o sistema de produ o industrial introduzido por Henry Ford e em que ele consistia? b) Segundo Ford, quais as vantagens deste sistema de produ o? c) Que cr ticas foram feitas a este sistema? Resolu o a) Linha de montagem. Consistia na montagem do produto (autom vel) por meio da produ o em s rie, com os oper rios realizando sempre as mesmas opera es. b) Redu o do tempo de trabalho e dos custos da produ o, obtendo um produto final mais barato e, com isso, ampliando o mercado consumidor. E, ainda segundo Ford, tudo isso sem causar danos ao trabalhador. c) Excessiva especializa o do oper rio, alienando-o em rela o ao processo produtivo e transformando-o em mera pe a do sistema fabril em resumo, desumanizando-o. 22 Em 1897 foi inaugurada a cidade de Belo Horizonte, considerada a mais importante cidade planejada do fim do s culo XIX no Brasil. Seu desenho era regular como um tabuleiro de xadrez. Ao substituir Ouro Preto, a cidade almejava atender aos antigos objetivos de se O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 criar uma nova capital que expressasse os ideais de um Brasil republicano. a) Que ideais do Brasil republicano estavam expressos na cria o da cidade de Belo Horizonte? b) Que paralelos podem ser estabelecidos com a cria o da cidade de Bras lia? c) Caracterize o contexto hist rico da transfer ncia da capital federal do Rio de Janeiro para Bras lia. Resolu o a) Expressar, em um projeto urban stico moderno, os ideais de progresso republicano (influenciados pelo positivismo) e de ruptura com o passado colonial, representado por Ouro Preto e continuado pelo governo imperial. b) Ideais de moderniza o e de mudan as, envolvendo inclusive a id ia de ruptura com os centros tradicionais de poder e suas elites. c) O esp rito desenvolvimentista do q inq nio JK, com suas propostas de moderniza o, de interioriza o (incluindo quest es ligadas seguran a nacional) e sobretudo de integra o nacional, gra as cria o de um novo p lo pol tico-administrativo e seu respectivo entorno econ mico. 23 A tentativa dos nazistas de dissimular suas atrocidades nos campos de concentra o e de exterm nio resultou em completo fracasso. M uitos sobreviventes desses campos sentiram-se investidos da miss o de testemunhar e n o deixaram de cumpri-la, alguns logo depois de serem libertados e outros, quarenta e at cincoenta anos mais tarde. (Adaptado de Tzvetan Todorov, M em ria do mal, tenta o do bem . Indaga es sobre o s culo XX. ARX, 2002, p. 211.) a) Caracterize o contexto hist rico em que surgiram os campos de concentra o e de exterm nio. b) Que parcelas da popula o foram aprisionadas nesses campos? c) Com base no texto, explique a import ncia do testemunho dos sobreviventes. Resolu o a) Implanta o de regimes totalit rios na Europa, durante o Per odo de Entre-Guerras e no contexto da polariza o ideol gica que fortaleceu os movimentos de extrema-esquerda e de extrema-direita. b) M inorias tnicas (judeus, ciganos e outros), advers rios pol ticos (intelectuais oposicionistas e comunistas) e elementos considerados anti-sociais (homossexuais e pacifistas). c) Preserva o da mem ria sobre as viol ncias e o genoc dio praticados durante o per odo em quest o. 24 Em 1950, durante a inaugura o da TV Tupi em S o Paulo, Lolita Rodrigues cantou o Hino da Televis o : O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3 Vingou, como tudo vinga, No teu ch o, Piratininga, A cruz que Anchieta plantou. E dir-se- que ela hoje acena, Por uma alt ssima antena, A cruz que Anchieta plantou (Adaptado de Nosso S culo 1945/1960. Abril Cultural, 1980, p.51.) a) Qual a id ia central dos versos acima? b) Explique a import ncia do r dio no Brasil nas d cadas de 1930-40. c) Caracterize os usos pol ticos da televis o no Brasil a partir da d cada de 1970. Resolu o a) A exalta o ufanista de S o Paulo, como centro irradiador do progresso e da vida moderna, naquele momento representado pelo crescimento dos meios de comunica o, principalmente o r dio e a televis o. b) Foi o principal ve culo de comunica o do per odo, contribuindo para que houvesse, de certa forma, uma integra o nacional. O Estado Novo instrumentalizou-o para fins de propaganda do governo Vargas, com destaque para a cria o da Voz do Brasil . c) A televis o funcionava como elemento difusor de um Brasil integrado, pac fico e progressista, sob a ptica do nacionalismo ufanista, que marcou principalmente o governo M dici (1969-74). A partir do governo Geisel (1974-79) e at hoje, a televis o, a par de seu papel de formadora de opini o, ganhou enorme import ncia como um palanque eletr nico com destaque para os programas eleitorais gratuitos. Coment rio Hist ria A prova de Hist ria do Vestibular Unicamp 2003 valorizou os temas da Hist ria Geral (6 quest es). Em rela o aos temas de Brasil (4 quest es) e Am rica (2 quest es), a prova deu nfase hist ria social, destacando o papel do negro e da mulher. O exame foi considerado trabalhoso (cada quest o foi subdividida em tr s itens), j que o vestibulando ainda tinha 12 quest es de Qu mica divididas em duas partes. O BJETI V O U N I C A M P ( 2 Fa se ) Ja n e i r o / 2 0 0 3

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