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Unicamp Vestibular de 2005 - PROVA 2ª FASE - Língua Portuguesa e Ciências Biológicas

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L NGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE L NGUA PORTUGUESA 1. (Folha de S. Paulo,11 de outubro de 2004). Na tira de Garfield, a comicidade se d por uma dupla possibilidade de leitura. a) Explicite as duas leituras poss veis e explique como se constr i cada uma delas. b) Use v rgula(s) para discernir uma leitura da outra. 2 . Na primeira p gina da Folha de S. Paulo de 22 de outubro de 2004, encontramos uma seq ncia de fotos a companhada de uma legenda cujo t tulo : A QUEDA DE FIDEL . No texto da legenda, o jornal explica: O ditador cubano, Fidel Castro, 78, se desequilibra e cai ap s discursar em pra a de Santa Clara (Cuba), em evento transmitido ao vivo pela TV; logo depois, ele disse achar que havia quebrado o joelho e talvez um bra o, mas que estava inteiro ; mais tarde, o governo divulgou que Fidel fraturou o joelho esquerdo e teve fissura do bra o direito . a) O que a leitura desse t tulo provoca? Por qu ? b) Proponha um outro t tulo para a legenda. Justifique. 3 3 . Foi no tempo em que a Bandeirantes rec m-inaugurara suas novas instala es no Morumbi. N o havia transporte p blico at o nosso local de trabalho, e a dire o da casa organizou um servi o com viaturas pr prias. (...) Paran era um dos motoristas. (...) Numa das subidas para o Morumbi fechou sem nenhuma maldade um autom vel. O cidad o que o dirigia estava com os filhos, era diretor do S o Paulo F.C., e largou o verbo em cima do pobre do Paran . Q respondeu ue altura. Logo depois que a perua chegou ao Morumbi, todo mundo de ponto batido, o autom vel p ra em frente da porta dos funcion rios, e o seu condutor desce bufando: Onde est o motorista dessa perua? (e l vinha chegando o Paran ). Voc me ofendeu na frente dos meus filhos. N o tem o direito de agir dessa forma, me chamar do nome que me chamou. Vou falar ao Jo o Saad, que meu amigo! E o Paran , j fuzilando, dedo em riste, tonitruou em seu sotaque mais que expl cito: Le chamei e le chamo de novo... veado ... veado ... N o houve rea o da parte ofendida . ( Fl vio Ara jo, O r dio, o futebol e a vida . S o Paulo: Editora Senac S o Paulo, 2001, p. 50-1). a) Na seq ncia (...) e largou o verbo em cima do pobre do Paran . Que respondeu altura , se trocarmos o ponto final que aparece depois de Paran por uma v rgula, ocorrem mudan as na leitura? Justifique. b) O trecho da resposta de Paran Le chamei e le chamo de novo ... chama a aten o do leitor para a sintaxe da l ngua. Explique. c ) Substitua tonitruou por outra palavra ou express o. 4 . Em um jornal de circula o restrita, vemos, na capa, a seguinte chamada: Inspire sa de! Sem fumar, respire aliviado! No interior do Jornal, a mat ria come a da seguinte forma: Desperte o n o-fumante que h em voc !, seguida logo adiante de O fumante passivo aquele que n o fuma, mas freq enta ambientes polu dos pela fuma a do cigarro tamb m tem sua sa de prejudicada. ( Jornal da Cassi Publica o da Caixa de Assist ncia dos Funcion rios do Banco do Brasil, ano IX, n. 40, junho/julho de 2004). Levando em considera o os trechos citados, observamos, na chamada da capa, um interessante jogo poliss mico. a) Apresente dois sentidos de Inspire em Inspire sa de! . Justifique. b) Apresente dois sentidos de aliviado em respire aliviado! . Justifique. 4 5 . Em Ang stia de Graciliano Ramos, encontramos seq ncias instigantes: Penso em indiv duos e em objetos que n o t m rela o com os desenhos: processos, or amentos, o diretor, o secret rio, pol ticos, sujeitos remediados que me desprezam porque sou um pobre-diabo. Tipos bestas. Ficam dias inteiros fuxicando nos caf s e pregui ando, indecentes. (...) Fomos morar na vila. Meteram-me na escola de seu Ant nio Justino, para desasnar, pois, como disse Camilo quando me apresentou ao mestre, eu era um cavalo de dez anos e n o conhecia a m o direita. Aprendi leitura, o catecismo, a conjuga o dos verbos. O professor dormia durante as li es. E a gente bocejava olhando as paredes, esperando que uma r stia chegasse ao risco de l pis que marcava duas horas. Sa amos em algazarra. ( Graciliano Ramos, Ang stia . Rio de Janeiro:Ed. Record, 56 .ed., 2003, p. 8-9 e 15). a) Que processos permitem as constru es pregui ando e desasnar na l ngua? b) Se substituirmos pregui ando por descansando e desasnar por aprender , observamos uma rela o diferente com a poesia da l ngua. Explicite essa diferen a. c ) O uso de desasnar pode nos remeter, entre outras palavras, a desemburrecer e desemburrar . No Dicion rio Houaiss da l ngua portuguesa (ed. Objetiva, 2001), o verbete desemburrar apresenta como acep es tanto livrarse da ignor ncia , quanto perder o enfezamento , e marca sua etimologia como des + emburrar. Seguindo nossa consulta, encontramos no verbete emburrar o ano de 1647 que, segundo a Chave do Dicion rio Houaiss, indica a data em que [essa palavra] entrou no portugu s . A fonte dessa data o a obra Thesouro da lingoa portuguesa composta pelo Padre D. Bento Pereyra , publicada em Lisboa. Embora desemburrecer n o apare a no dicion rio, e ncontra mos emburrecer , cuja entrada no portugu s , segundo o Houaiss, data de 1998, atestada pela obra de Celso Pedro Luft Dicion rio pr tico de reg ncia verbal, publicada em S o Paulo. O verbete desasnar data de 1713, atestado pela obra Vocabul rio portugueza e latino de Rafael Bluteau , publicada em CoimbraLisboa. Tendo em vista as observa es acima apresentadas a presen a ou n o desses verbetes no dicion rio, as datas de entrada no portugu s e as fontes que atestam essas entradas o que se pode compreender sobre a rela o entre o dicion rio e a l ngua? 6 . Mario Sergio Cortella, em sua coluna mensal Outras Id ias escreve: (...) reconhe a-se: a maior contribui o de Colombo n o foi ter colocado um ovo em p ou ter aportado por aqui depois de singrar mares nunca dantes navegados. Colombo precisa ser lembrado como a pessoa que permitiu a n s, falantes do ingl s, do franc s ou do portugu s, que tiv ssemos contato com uma l ngua que, do M xico at o extremo sul da Am rica, capaz de nos ensinar a dizer nosotros em vez de apenas we , nous , n s , afastando a arrogante postura do n s de um lado e do voc s do outro. Pode parecer pouco, mas n s quase barreira que separa, enquanto nosotros exige perceber uma vis o de alteridade, isto , ver o outro como um outro, e n o como um estranho. Afinal, quem s o os outros de n s mesmos? O mesmo que somos para os outros, ou seja, outros! ( Mario Sergio Cortella, Folha de S.Paulo, 9 de outubro de 2003). O texto acima nos faz pensar na distin o entre um n s inclusivo e um n s exclu dente. a) Segundo o excerto, nosotros apresenta um sentido inclusivo. Justifique pela morfologia dessa palavra. b) N s brasileiros falamos portugu s apresenta um n s excludente. Explique. 5 7 . Leia o seguinte trecho do conto O enfermeiro : Fui at a cama; vi o cad ver, com os olhos arregalados e a boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos s culos: Caim, que fizes te de teu irm o? (Machado de Assis, V rias Hist rias , em Obra Completa , v. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 532). a) A qual epis dio do conto es sa cita o b blica remete? b) O que leva o narrador a relacionar o epis dio narrado com a cita o b blica? c ) De que modo o desfecho do cont o revela uma outra faceta do narrador-personagem? 8. Leia o poema abaixo, de Manuel Ant nio Pina, importante nome da l rica portuguesa contempor nea: AGORA Agora diferente Tenho o teu nome o teu cheiro A minha roupa de repente ficou com o teu cheiro Agora estamos misturados No meio de n s j n o cabe o amor J n o arranjamos lugar para o amor J n o arranjamos vagar para o amor agora isto vai devagar Isto agora demora (Manuel Ant nio Pina, Poesia Reunida (1974-2001) . Lisboa: Ass rio & Alvim, 2001, p. 49). a) O poema trata de uma transforma o. Explique-a. b) Que palavra marca essa transforma o? c ) Qual a diferen a introduzida por essa transforma o no tratamento convencional dado ao tema? 9 . Leia a seguinte passagem do conto A s ociedade : O esperado grito do cl xon fechou o livro de Henri Ardel e trouxe Teresa Rita do escrit rio para o terra o. O Lancia passou como quem n o quer. Quase parando. A m o enluvada cumprimentou com o chap u Borsalino. Uiiiiia-uiiiiia! Adriano Melli calcou o acelerador. Na primeira esquina fez a curva. Veio voltando. Passou de novo. Continuou. Mais duzentos metros. Outra curva. Sempre na mesma rua. Gostava dela. Era a Rua da Liberdade. Pouco antes do n mero 259-C j sabe: uiiiiia-uiiiiia! (Ant nio de Alc ntara Machado, Br s, Bexiga e Barra Funda, e m Novelas Paulistanas. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1959, p. 25) . a) No trecho acima, a linguagem e as imagens apontam para a influ ncia das vanguardas no primeiro momento modernista. Selecione dois exemplos e comente-os. b) O t tulo refere-se a mais de uma sociedade presente no conto. Quais s o elas? 6 1 0 . Leia os di logos abaixo da pe a O Velho da Horta de Gil Vicente: (Mocinha) Est s doente, ou que haveis? (Velho) Ai! n o sei, desconsolado, Que nasci desventurado. (Mocinha) N o choreis; mais mal fadada vai aquela. (Velho) Quem? (Mocinha) Branca Gil. (Velho) Como? (Mocinha) Com cent a outes no lombo, e uma corocha por capela*. E ter m o; leva t o bom cora o,** como se fosse em folia. que grandes que lhos d o!*** * (corocha) cobertura para a cabe a pr pria das alcoviteiras; (por capela) por grinalda. ** caminha t o corajosa *** que grandes a oites que lhe d o! ( Gil Vicente, O Velho da Horta, em Cleonice Berardinelli (org.), Antologia do Teatro de Gil Vicente. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Bras lia, INL, 1984, p. 274) . a) A qual desventura refere-se o Velho neste di logo com a Mocinha? b) A que se deve o castigo imposto a Branca Gil? c ) Diante do castigo, Branca Gil adota uma atitude paradoxal. Por qu ? 1 1. Leia o seguinte trecho extra do do romance Ang stia: Onde andariam os outros vagabundos daquele tempo? Naturalmente a fome antiga me enfraqueceu a mem ria. Lembro-me de vultos bisonhos que se arrastavam como bichos, remoendo pragas. Que fim teriam levado? Mortos nos hospitais, nas cadeias, debaixo dos bondes, nos rolos sangrentos das favelas. Alguns, raros, teriam conseguido, como eu, um emprego p blico, seriam parafusos insignificantes na m quina do Estado e estariam visitando outras favelas, desajeitados, ignorando tudo, olhando com assombro as pessoas e as coisas. Teriam as suas pequeninas almas de parafusos fazendo voltas num lugar s . (Graciliano Ramos, Ang stia . Rio de Janeiro:Ed. Record, 56 .ed., 2003, p. 140-1). a) No momento da narra o, a posi o social do narrador-personagem difere de sua condi o de origem? Responda sim ou n o e justifique. b) Na cita o acima, o termo parafusos remete ao verbo parafusar que, al m do significado mais conhecido, tamb m tem o sentido de pensar , cismar refletir , matutar . Como esses dois sentidos podem ser relacionados ao modo de ser , do narrador-personagem? c ) De que maneira o segundo sentido do verbo parafusar est expresso na t cnica narrativa de A ng stia? 7 1 2. Leia este poema de Cec lia Meireles: Desenho Tra a a reta e a curva, a quebrada e a sinuosa Tudo preciso. De tudo viver s. Cuida com exatid o da perpendicular e das paralelas perfeitas. Com apurado rigor. Sem esquadro, sem n vel, sem fio de prumo, Tra ar s perspectivas, projetar s estruturas. N mero, ritmo, dist ncia, dimens o. Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua mem ria. Construir s os labirintos impermanentes que sucessivamente habitar s. Todos os dias est s refazendo o teu desenho. N o te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida. E nem para o teu sepulcro ter s a medida certa. Somos sempre um pouco menos do que pens vamos. Raramente, um pouco mais. (Cec lia Meireles, O estudante emp rico, em Antonio Carlos Secchin (org.), Poesia Completa. Tomo II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 1455 56). a) Tanto o t tulo quanto as ima gens do poema remetem a um dom nio do conhecimento humano. Que dom nio esse? b) Em que sentido s o empregadas tais imagens no poema? c ) Esse sentido acaba por ser contrariado ao longo do poema? Responda sim ou n o e justifique. 8 C I NCIAS BIOL GICAS 1 3 . O amido nas plantas pode ser facilmente detectado porque, em presen a de uma solu o fraca de iodo, apresenta colora o azul-violeta. Foi feito um experimento em que uma folha, ainda presa rvore, foi totalmente recoberta com papel alum nio, deixando exposto apenas um pequeno quadrado. Ap s alguns dias, a folha foi retirada da rvore, descorada com lcool e colocada em solu o de iodo. a) Que resultados foram obtidos nesse experimento? Por qu ? b) A que classe de macromol culas pertence o amido? c ) Em que rg os vegetais essa macromol cula estocada? 1 4 . Os gr os de p len e os esporos das plantas vasculares sem sementes variam consideravelmente em forma e tamanho, o que permite que um grande n mero de fam lias, g neros e muitas esp cies possam ser identificados atrav s dessas estruturas. Os gr os de p len e os esporos das plantas vasculares sem sementes permanecem inalterados em registros f sseis, em virtude do revestimento externo duro e altamente resistente, o que possibilita infer ncias valiosas sobre floras j extintas. a) Suponha que em um determinado local tenham sido encontrados apenas gr os de p len f sseis. A vegeta o desse local pode ter sido formada por musgos, samambaias, pinheiros e ip s? Justifique sua resposta. b) Esporos de plantas vasculares sem sementes e gr os de p len maduros, quando germinam, resultam em estruturas diferentes. Quais s o essas estruturas? 1 5 . Os esquemas A, B e C abaixo representam fases do ciclo de uma c lula que possui 2n = 4 cromossomos. a) A que fases correspondem as figuras A, B e C? Justifique. b) Qual a fun o da estrutura cromoss mica indicada pela seta na figura D? 9 1 6 . comum, nos dias de hoje, ouvirmos dizer: "estou com o colesterol alto no sangue". A presen a de colesterol no sangue, em concentra o adequada, n o problema, pois um componente importante ao organismo. Por m, o aumento das part culas LDL (lipoprote na de baixa densidade), que transportam o colesterol no plasma sangu neo, leva forma o de placas ateroscler ticas nos vasos, causa freq ente de infarto do mioc rdio. Nos indiv duos normais, a LDL circulante internalizada nas c lulas atrav s de pinocitose e chega aos lisossomos. O colesterol liberado da part cula LDL e passa para o citosol para ser utilizado pela c lula. a) O colesterol liberado da part cula LDL no lisossomo. Que fun o essa organela exerce na c lula? b) A pinocitose um processo celular de internaliza o de subst ncias. Indique outro processo de internaliza o encontrado nos organismos e explique no que difere da pinocitose. c ) Cite um processo no qual o colesterol utilizado. 1 7 . O uso das c lulas tronco embrion rias tem levantado muitas discuss es. As c lulas embrion rias, geradas nos primeiros dias ap s a fecunda o do o cito pelo espermatoz ide, n o est o diferenciadas e podem se transformar em qualquer c lula do organismo. A c lula-tronco protot pica o zigoto. ( Adaptado de Isto , 20 de outubro de 2004 ). a) Ap s a forma o do zigoto, quais s o as etapas do desenvolvimento at a forma o da notocorda e tubo nervoso nos embri es? b) Em que fase do desenvolvimento embrion rio as c lulas iniciam o processo de diferen cia o? c ) O desenvolvimento embrion rio uma das formas de dividir os filos em dois grandes grupos. D duas diferen as no desenvolvimento dos protostomados e deuterostomados, e indique em qual desses grupos os humanos est o inclu dos. 1 8 . S ob a denomina o de vermes , est o inclu dos invertebrados de vida livre e parasit ria como platelmintos, nemat deos e anel deos. a) Os animais citados no texto apresentam a mesma simetria . Indique qual essa simetria e d duas novidades evolutivas associadas ao aparecimento dessa simetria. b) Hirudo medicinalis (sanguessuga), Ascaris lumbricoides (lombriga) e Taenia saginata (t nia) s o exemplos de parasitas pertencentes a cada um dos filos citados que podem ser diferenciados tamb m pelo fato de serem endoparasitas ou exoparasitas. Identifique o filo a que pertencem e separe-os quanto ao modo de vida parasit ria. 1 9 . Em abril de 2003, freq entadores da praia da Joatinga, no Rio de Janeiro, mataram a pauladas um tubar o mangona. As esp cies animais que causam medo, repulsa ou est o associadas a supersti es s o inapelavelmente sentenciadas morte. Cobras, aranhas, morcegos, escorpi es, arraias, marimbondos, sapos, lagartos, gamb s e, claro, tubar es, morrem s dezenas, porque falta popula o um n vel m nimo de conhecimento sobre tais animais, seu comportamento, seu papel na cadeia alimentar e nos ecossistemas. (Adaptado de Liana John, Sentenciados morte por puro preconceito. www. estadao.com.br/ci ncia/ecos/mai/2003). a) As arraias pertencem ao mesmo grupo ta xon mico dos tubar es. Que grupo esse? D uma caracter stica que permite agrupar esses animais . b) Sapos e lagartos pertencem a classes distintas de vertebrados. D uma caracter stica que permite diferenciar as duas classes. c ) Aranhas e escorpi es t m em comum o fato de capturarem as suas presas ou se defenderem utilizando venenos. Indique que estruturas cada um deles utiliza para inocular o veneno e em que regi o do corpo do animal essas estruturas se localizam. 10 2 0 . O processo de fermenta o foi inicialmente observado no fungo Saccharomyces. Posteriormente, verificou-se que os mam feros tamb m podem fazer fermenta o. a) Em que circunst ncia esse processo ocorre nos mam feros? b) D dois exemplos da import ncia do processo de fermenta o para a obten o de alimentos. 2 1 . Os ouvidos n o t m p lpebras . A frase do poeta e escritor D cio Pignatari mostra que n o podemos nos proteger dos sons desconfort veis fechando os ouvidos, como fazemos naturalmente com os olhos. O ru do excessivo, que atinge o auge em concertos de rock, causa problemas auditivos. Nesses concertos, cerca de 120 decib is s o transmitidos durante mais de duas horas seguidas, quando, de acordo com recomenda es m dicas, deveriam ser limitados a 3 minutos e 45 segundos. Quem ouve m sica alta, em fones de ouvido, tamb m est sujeito a danos graves e irrevers veis, j que, uma vez lesadas, as c lulas do ouvido n o se regeneram. (Adaptado de poca , 10 de agosto de 1998). a) O ouvido constitu do por tr s partes. Quais s o essas partes? Em qual delas est o as c lulas lesadas pelo excesso de ru do? b) Indique a fun o de cada uma das tr s partes na audi o. 2 2 . Em 25 de abril de 1953, um estudo de uma nica p gina na revista inglesa Nature intitulado A estrutura molecular dos cidos nucl icos, quase ignorado de in cio, revolucionou para sempre todas as ci ncias da vida sejam elas do homem, rato, planta ou bact ria. James Watson e Francis Crick descobriram a estrutura do DNA, que permitiu posteriormente decifrar o c digo gen tico determinante para a s ntese prot ica. a) Watson e Crick demonstraram que a estrutura do DNA se assemelha a uma escada retorcida. Explique a que correspondem os corrim os e os degraus dessa escada. b) Que rela o existe entre DNA, RNA e s ntese prot ica? c ) Como podemos diferenciar duas prote nas? 2 3 . Gatos Manx s o heterozigotos para uma muta o que resulta na aus ncia de cauda (ou cauda muito curta), presen a de pernas traseiras grandes e um andar diferente dos outros. O cruzamento de dois gatos Manx produziu dois gatinhos Manx para cada gatinho normal de cauda longa (2:1), em vez de tr s para um (3:1), como seria esperado pela gen tica mendeliana. a) Qual a explica o para esse resultado? b) D os gen tipos d os parentais e dos descendentes. (Utilize as letras B e bpara as suas respostas ). 11 2 4 . O texto abaixo se refere ao relato de um viajante ingl s que esteve em Minas Gerais entre 1873 e 1875: O b cio muito comum entre os camponeses mais pobres, mas raramente visto nos fazendeiros mais pr speros. A presen a de cal nas guas dos c rregos e uma atmosfera mida s o consideradas as causas prim rias do mal, mas h bitos indolentes e uma aus ncia de toda higiene e limpeza, seja na pr pria pessoa ou na casa, s o sem d vida grandes promotores da doen a. Pode ser, e possivelmente , heredit ria, pois est principalmente confinada queles nascidos nas reas afetadas, e os colonos vindos de outras localidades n o s o muito sujeitos a ela . (Adaptado de James W. Wells, Explorando e viajando tr s mil milhas atrav s do Brasil , do Rio de Janeiro ao Maranh o . v. 1. Belo Horizonte: Funda o Jo o Pinheiro, 1995). a) Das causas mencionadas pelo autor, alguma realmente respons vel pelo aparecimento do b cio? Justifique. b) Qual a conseq ncia do aparecimento do b cio para o organismo? c ) Que medida foi tomada pelos rg os de sa de brasileiros para combater o b cio end mico? 12 ATEN O! A Comvest esclarece que poder haver outras possibilidades de resolu o, desde que pertinentes. EXP ECTATIV AS D AS B ANC AS ELABOR ADO R AS PROVA DE L N GUA PO RT UGUES A E LIT ER AT URAS D E L NGUA P ORT UGUES A Q uest o 1 a) As duas leituras poss veis s o: - A comida, que para gatos, tem pouca gordura. Nesse caso, com pouca gordura lido como complemento de comida . - A comida para gatos que tenham pouca gordura. Nesse caso, com pouca gordura lido como complemento de gato . b) Primeira leitura: Comida, para gato, com pouca gordura o u Comida para gato, com pouca gordura. Nesses casos, a refer ncia da express o com pouca gordura se estabelece com comida . Segunda leitura: Comida, para gato com pouca gordura. Esta quest o ressalta as rela es sint ticas como fundamentais para os processos de leitura e escrita. Espera-se que o candidato observe os processos sint ticos em jogo, demonstrando compreens o dos recursos de pontua o ao explicit -los por meio de v rgulas. Q uest o 2 a) A leitura do t tulo da legenda provoca no leitor uma rea o ao jogo de sentidos entre destitui o e queda f sica . A palavra queda , muito usada para indicar uma destitui o pol tica, nos remete, nessa legenda, possibilidade da destitui o de Fidel Castro, desde que o leitor conhe a a situa o do governo cubano. Ao mesmo tempo, queda estabelece refer ncia com as fotos, que mostram o ditador desequilibrando-se e caindo. b) Nesta resposta o candidato pode optar por manter o jogo de sentidos ou por buscar o sentido de queda f sica: Fidel vai ao ch o , Fidel cai , O tombo de Fidel , O cambaleante ditador , O desequilibrado governante , O trope o de Fidel , etc. N o apenas o sentido de destitui o pode ser constru do com o t tulo, mas tamb m o de erro, vacila o, gafe, etc. Importa que o candidato apresente uma justificativa que sustente o t tulo escolhido. O candidato n o dever , em seu t tulo, ignorar a queda f sica. Esta quest o salienta a import ncia da contextualiza o dos fatos nos processos de leitura e escrita. O t tulo da legenda aponta para uma possibilidade diferente daquela significada nas imagens. Espera-se que o candidato compreenda que o jogo de sentidos entre destitui o e queda f sica se d porque uma mem ria pol tica sobre a ditadura e a revolu o cubana mobilizada ao se falar sobre Fidel. Q uest o 3 a) O candidato tanto pode responder sim quanto n o , desde que justifique adequadamente. A refer ncia a Paran , estabelecida pelo que , n o se altera com a troca pela v rgula. O que muda a nfase sobre a rela o entre as duas frases e, conseq entemente, o ritmo, a entona o. Ocorrem, portanto, mudan as pros dicas. A v rgula imprime continuidade entre as duas frases, ressaltando o sentido de causa e conseq ncia entre largou o verbo e r espondeu altura , com menor nfase sobre cada uma das a es afirmadas. O ponto final imprime maior independ ncia entre essas a es, e tamb m entre as personagens. b) Esse trecho da resposta de Paran chama a aten o para a sintaxe da l ngua pelo uso de le , n o esperado segundo a norma gramatical padr o. A resposta de Paran , pela presen a do pronome obl quo, traz uma tentativa de estrutura o formal, que fica em dessintonia com a substitui o de lhe por l e por sua coloca o na frase. c) Esbravejou, gritou, trovejou (entre outras). As substitui es que se aproximarem mais do sentido de tonitruou ser o mais valorizadas, mas todas as substitui es poss veis ser o consideradas. Esta quest o chama a aten o para a import ncia de reflex es sobre a pontua o, a pros dia, a sintaxe e a sinon mia nos processos de leitura e escrita. No item a), h uma articula o entre a pontua o e a pros dia. Seria interessante que o candidato reconhecesse a import ncia da pros dia para a interpreta o. Contudo, como j afirmado, n o se penalizar aquele candidato cuja resposta venha pautada por uma perspectiva mais referencial. No item b), espera-se que candidato reflita sobre a norma padr o da l ngua, e que, ao mesmo tempo, considere a sintaxe como parte integrante do p rocesso de leitura. O item c) incide sobre a possibilidade de o candidato compreender o sentido de uma palavra mesmo que nunca a tenha encontrado anteriormente. As rela es sinon micas n o se restringem troca de uma palavra por outra, o que significa que essa quest o n o de vocabul rio, mas de leitura. Q uest o 4 a) O candidato pode apontar para o sentido de inalar/aspirar e para o sentido de provocar/despertar inspira o em/influenciar outra pessoa. Assim, parando de fumar, voc inalar ar saud vel e tamb m poder despertar nos outros a vontade de ser saud vel. b) O candidato pode apontar para o sentido de al vio f sico, com o qual a pessoa respirar livremente, sem fuma a, sem tosse, sem pigarro, e para o sentido de al vio emocional, com o qual a pessoa ter tranq ilidade quanto sua sa de e sa de daqueles que est o ao seu redor. Esta quest o mostra que a polissemia da l ngua uma importante caracter stica a ser observada e explorada na leitura e escrita de textos. Espera-se que o candidato obse rve como jogos poliss micos ressaltam diferentes possibilidades de leitura, apontando para a l ngua como um instrumento n o apenas de comunica o, mas de trabalho e exerc cio com os sentidos. Q uest o 5 a) A l ngua permite que essas constru es oc orram a partir de processos de deriva o. Termos como analogia/compara o/combina o ser o aceitos. b) Pregui ando e desasnar comparados a descansando e aprender nos remetem for a expressiva da l ngua e chamam a aten o para a forma significante. Ficar pregui ando marca o sentido de produzir pregui a, chamando a aten o para a pr pria sonoridade da palavra que se esgar a e alarga pelo ger ndio n o usual. J ficar descansando marca o previs vel, ressalta o trabalho e chama a aten o para um intervalo antes da retomada laboriosa. A palavra, em sua forma, passa desapercebida. O mesmo se d com desasnar que, ao chamar a aten o para o fato de deixar de ser asno , ressalta o embrutecimento, a aspereza da animalidade que a palavra asno marca. Aprender , tal como descansando , est dentro do previs vel e refor a a significa o j reiterada e sempre repetida. c) A rela o entre o dicion rio e a l ngua indica que o dicion rio, apenas imaginariamente, d conta de cobrir todas as palavras que a lngua ao mesmo tempo nos imp e e permite que se crie pelos diferentes processos j mencionados no item a). A for a legitimadora do dicion rio, refor ada pelas cita es das fontes e datas, reafirma apenas alguns sentidos das palavras. Nesse processo, muitas quest es n o s o discutidas, inclusive a rela o colonizadora entre a l ngua portuguesa lusitana e a brasileira. Esta quest o, incidindo sobre a rela o forma e conte do da l ngua, problematiza a leitura que s se preocupa com conte dos. Ao chamar a aten o do candidato para aspectos m rficos dos verbos pregui ando e desasnar , a quest o pretende sensibiliz -lo para o fato de que a forma parte integrante da significa o. A quest o procura tamb m salientar o fato de que essas formas fazem parte de uma hist ria da l ngua, marcada nos dicion rios. Al m do uso do dicion rio, motivado pela certifica o da exist ncia ou n o de determinadas palavras, de sua ortografia e acep o sem ntica, importante que o candidato possa ver a possibilidade de estabelecer uma rela o de leitura, entre palavras, no dicion rio. Isso proposto no item c), pela remiss o a desemburrecer e a desemburrar . Esse outro tipo de leitura nos remete ao processo de dicionariza o e questiona a estabilidade do l xico, ressaltando que todo dicion rio uma constru o hist rica. Q uest o 6 a) Segundo o excerto, nosotros apresenta um sentido inclusivo atestado em sua composi o, pois n o poss vel dizer n s sem dizer outros . Essa injun o morfol gica da l ngua coloca sempre em pauta a diferen a como alteridade necess ria e n o como oposi o e recusa na rela o entre falantes de uma mesma l ngua e falantes de l nguas diferentes. b) O n s excludente, por um lado, porque separa os brasileiros de todos os cida d os de outras nacionalidades. Por outro lado, no que diz respeito na o brasileira, o n s excludente porque nem todo brasileiro fala a l ngua portuguesa. Pela afirma o do item b), quem n o fala a l ngua portuguesa deixa de ser brasileiro. Nesse caso, em sua resposta, o candidato pode explicar a rela o excludente tanto pela palavra brasileiros , quanto pela palavra portugu s . N s brasileiros afirma a unidade do povo, apagando sua heterogeneidade. Falamos portugu s tamb m forja uma unidade de l ngua que n o corresponde ao conjunto complexo dos diferentes falares presentes no Brasil. Esta quest o ressalta o processo de interlocu o como fundamental na rela o dos falantes com a l ngua, apontando para o poder envolvido nessa rela o. A discuss o dos pronomes, trazida pelo autor, coloca em quest o a hegemonia ling stica: respeitar a l ngua do outro significa considerar, mesmo nas pequenas diferen as lexicais, outras maneiras de interpretar o mundo. O item b), ao permitir ao candidato pensar sobre a unidade da l ngua e do povo tamb m como uma quest o interna ao Brasil, traz para a pauta de discuss es a pol tica ling stica. importante que o candidato possa olhar para a l ngua como um conjunto de diferen as, para que perceba que a reflex o e o trabalho sobre esta, em seus diversos n veis de an lise, implica, necessariamente, pol ticas de l ngua. Q uest o 7 a) A cita o b blica utilizada por Machado de Assis remete ao epis dio da luta travada entre o enfermeiro, Proc pio Jos Gomes Valongo, e o Coronel Felisberto, a que se seguiu a morte deste, esganado pelo enfermeiro depois que este foi atingido na cabe a com uma moringa. A cita o ocorre no momento em que o enfermeiro volta ao quarto do Coronel para limpar os vest gios do crime, ap s passar a noite em claro, refletindo, pensando, delirando. b) O narrador estabelece a rela o com a passagem b blica na qual Caim mata seu irm o Abel. Atrav s da cita o, o narrador insinua que talvez o enfermeiro se sentisse culpado ou tivesse remorso pelo crime cometido involuntariamente. Como no epis dio da morte de Abel, o sentimento de culpa pela morte causada ao pr ximo est assinalado no uso da cita o b blica. c) O desfecho do conto revela, em primeiro lugar, que o epis dio da luta pode n o ter sido uma fatalidade que resultou na morte acidental do Coronel, mas, pelo contr rio, um crime intencional, premeditado, com vistas a receber ou se beneficiar da fortuna do falecido. Isso se evidencia no desfecho, a partir do comportamento da personagem na rrador, que recebe a heran a mostrando humildade e afirma que ir destin -la caridade, o que n o se confirma na medida em que ele investe em t tulos e acumula o capital recebido. Outro sinal de ironia em rela o ao comportamento inicial do protagonista, que indica o amortecimento de sua culpa e do medo de ser incriminado, est no seu prop sito de edificar um t mulo em mem ria do Coronel. Dirigindo-se ao leitor, o narrador prop e que este lhe fa a o mesmo e inscreva um epit fio corrigindo o serm o da monta nha, para enaltecer a import ncia da riqueza como uma condi o para o recebimento do consolo eterno. Esse final revela a forte valoriza o do dinheiro e, portanto, o interesse pecuni rio do enfermeiro, em vez do remorso e da culpa. Q uest o 8 a) O poema apresenta a transforma o do sentimento amoroso, desde o momento inicial em que se d a uni o desejada e o conv vio ntimo entre os amantes, passando ao desgaste da rela o causado pela rotina, onde n o h mais espa o sequer para o cultivo do pr prio amor, at o momento final, quando a rela o se prolonga ou se arrasta tediosamente para al m do limite do suport vel. Como era de se esperar, a rela o amorosa parecia, ao eu l rico, em princ pio, ser diferente das demais, mas acabou tendo o destino de todas as outras. b) A palavra agora . Embora indique momentos distintos da rela o amorosa, o adv rbio empregado para se referir igualmente a todos, porque eles s o sempre retratados no momento presente. Obviamente, os significados podem ser diferentes. Assim, n primeira estrofe, o a agora designa a pr pria rela o amorosa em quest o, que parece se dar, supostamente, de maneira diferente das outras vezes. Na segunda, ele indica o momento da uni o ou fus o ( mistura ) dos amantes e, finalmente, na terceira, o momento em que a rela o j se desgastou completamente e se arrasta de modo insustent vel, como bem demonstra a rima entre agora e demora . c) O poema contraria certa vis o convencional que tende idealiza o do amor, geralmente ainda n o consumado, marcada pelo desejo de uni o dos amantes de modo pleno e perene. No poema de Pina, a fus o j ocorreu, como bem demonstra a nfase na id ia da mistura , mas, ao contr rio do sentimento de plenitude, o poeta sujeita o amor a o do tempo, pelo desgaste, a rotina e, conseq entemente, o t dio. uma vis o bastante ir nica do amor. Q uest o 9 a) Nesta passagem, a influ ncia das vanguardas pode ser observada na imagem do autom vel, associada modernidade da t cnica e celebrada, sobretudo, pelos futuristas italianos. Ligados ainda vanguarda futurista, temos, no plano da linguagem, a presen a de figuras como as onomatop ias (uiiiiia -uiiiiia!) e as prosopop ias ou personifica es ( o esperado grito do cl xon ; O Lancia passou como quem n o quer ), enquanto no pla no da sintaxe, a op o por per odos simples, muito curtos, que conferem agilidade narra o como forma de mimetizar a velocidade e os movimentos das curvas e da acelera o do autom vel diante do terra o da casa da mo a, enquanto o motorista galante se exibe para ela e a corteja. Vale notar a utiliza o de recursos cinematogr ficos na composi o da cena narrada. b) O t tulo alude sociedade no sentido de agrupamento social, de organiza o de um coletivo maior, entendido nesse particular como sendo a sociedad paulistana dos anos 1920, que surge e como pano de fundo das a es narradas no conto. Al m disso, a sociedade alude tanto ao casamento de Adriano e Teresa Rita, quanto sociedade comercial realizada entre seus pais. Na verdade, o casamento dos filhos uma forma de selar a sociedade comercial dos pais. Q uest o 10 a) O desconsolo do Velho deve -se paix o n o correspondida por uma jovem mo a, por quem acaba perdendo a cabe a e os bens, ludibriado por uma alcoviteira que prometeu interceder a seu favor junto mo a. Essa paix o o objeto da s tira e da cr tica moralizante do auto. b) Os a oites recebidos por Branca Gil s o o castigo pelo crime de lenoc nio, alcovitice e ludibrio. A personagem em quest o a alcoviteira que promete interceder a favor do Velho na conquista da mo a por quem ele se mostra apaixonado. Na verdade, sua inten o apenas a de ludibriar o Velho, extorquindo-lhe dinheiro e bens com a promessa de que conseguir fazer com que a mo a se apaixone por ele. c) A contradi o diz respeito ao fato de que, embora aprisionada e castigada em p blico, Branca Gil leva t o bom cora o (isto , caminha t o corajosa ), como se fosse em folia . Essa atitude se justifica, em parte, pelo fato de n o ser a primeira vez que a pris o e o castigo ocorrem. A personagem j se habituou a isso. O castigo j se tornou rotina da personagem, que h muito vive na contraven o. Como ela mesma diz ao Alcaide que a prende, na cena anterior do excerto acima: Nunca havedes de aca bar / de me prender e soltar? N o h poder ... [...] Est j a corocha aviada. /Tr s vezes fui j a outada, / e enfim hei de viver . A atitude de Branca Gil est indicada tamb m no tipo de capuz que lhe colocam no momento em que presa. Gil Vicente utiliza um termo amb guo que nos permite ver, de um lado, a identifica o que era imposta s alcoviteiras e, de outro lado, o seu uso como uma esp cie de adorno festivo, pr prio das noivas. Q uest o 11 a) Sim. O status do narrador -personagem no presente da narra o muito diferente de sua condi o de origem. Descende de antigos propriet rios rurais, mas acaba empobrecido e reduzido condi o de pequeno-burgu s, integrado ao funcionalismo p blico mais mal pago. No momento da narra o, um amanuense a servi o de um jornal do governo; tamb m vende artigos e poemas de sua autoria para poder complementar o or amento de sua vida muito apertada. b) Como ele mesmo diz, era um parafuso na m quina do Estado , indicando com isso sua condi o insignificante no todo social em que se inscreve. A met fora serve, por um lado, para retratar sua condi o de in rcia objetiva, sua incapacidade no agir. Por outro lado, a imobilidade objetiva, no plano d a o, contrasta vivamente com a grande mobilidade a interior, de uma consci ncia atordoada, remoendo suas frustra es, torcendo-se e retorcendo-se com suas lembran as, ang stias e insatisfa es. exatamente como o torcer e o retorcer do parafusar sobre um ponto fixo (sem sair do lugar). c) O sentido de pensar , cismar , ao qual podemos relacionar o verbo parafusar se reflete na narrativa memorial stica, em primeira pessoa, justamente pelo uso tortuoso do fluxo de consci ncia, pela livre associa o de id ias e lembran as empregadas nesse mon logo interior vertiginoso. Q uest o 12 a) Tanto o t tulo quanto as imagens do poema remetem geometria e ao desenho geom trico (matem tica), muito aplicados aos projetos de arquitetura e engenharia. b) Tais imagens associadas ao desenho remetem concep o da vida como projeto constru do, racionalmente planejado. O poema s ugere que o homem age ilusoriamente como se tivesse dom nio, controle sobre sua vida. c) Sim. Desde a segunda estrofe, vemos o qu o ilus ria e incerta essa atitude racional, uma vez que, de acordo com a met fora, as perspectivas e as estruturas s o tra ada s e projetadas sem esquadro, sem n vel e sem fio de prumo, demonstrando, assim, que o projeto de vida tende incerteza e ao fracasso ou frustra o. Na estrofe seguinte, a men o aos labirintos impermanentes reiteram a id ia da perda de refer ncia e transitoriedade da vida, contrariando o que havia sido planejado. A ltima estrofe confirma a tend ncia ao fracasso, na medida em que afirma o qu o distante geralmente estamos daquilo que planejamos ou pretendemos ser e fazer. Trata -se, sem d vida alguma, de uma vis o bastante pessimista da exist ncia. Deve -se, entretanto, considerar que, embora reconhe a o fracasso do projeto da vida e de toda tentativa de mant -la sob dom nio e controle, a autora n o deixa de reconhecer que a exist ncia compreende mesmo esse constante fazer e refazer de projetos. PRO VA DE C I NCIAS B IOL G ICAS Q uest o 13 Nesse experimento, deveria ser observado que a parte descoberta da folha ficou corada pela solu o de iodo porque ficou exposta luz e realizou fotoss ntese, produzindo glicose que foi convertida em amido. A parte coberta, como n o fez fotoss ntese, n o ficou corada. O amido um polissacar deo estocado em ra zes, caules tuberosos, sementes e frutos. Q uest o 14 Os candidatos deveriam notar que n o seria poss vel relacionar os gr os de p len com musgos e samambaias uma vez que esses vegetais s produzem esporos. A germina o de esporos leva forma o do protalo ou gamet fito hermafrodita, enquanto os gr os de p len originam o tubo pol nico ou microgamet fito. Q uest o 15 As figuras representam met fases, sendo a figura A referente mitose, a figura B meiose II e a C meiose I. As justificativas deveriam se referir condi o dos cromossomos: em A ocorrem pares de cromossomos, mas eles n o est o emparelhados no fuso; em B n o h mais pares, apenas um cromossomo de cada par; e em C os cromossomos emparelhados est o presos ao fuso. A fun o da estrutura indicada a de ligar os cromossomos s fibras do fuso e manter unidas as crom tides irm s. Q uest o 16 O lisossomo tem como fun o a digest o intracelular. No item b os candidatos deveriam ), indicar a fagocitose, processo em que ocorre expans o da membrana plasm tica, resultando na forma o de pseud podos que envolvem a part cula, enquanto que a pinocitose ocorre por invagina o da membrana plasm tica. Al m disso, a fagocitose permite englobar part culas grandes e a pinocitose envolve part culas pequenas ou l quidos. O colesterol usado como mat ria prima para a produ o de horm nios ester ides, na s ntese de membrana das c lulas e de sais biliares. Q uest o 17 Os candidatos deveriam citar, em seq ncia, as fases de m rula, bl stula e g strula e indicar que a diferencia o se inicia na fase de g strula. As diferen as principais na embriologia dos dois grupos se referem clivagem, ao destino do blast poro, maneira como o celoma se origina. Nos protostomados , a clivagem espiral, o blast poro origina a boca e o celoma esquizoc lico. Nos deuterostomados, a clivagem radial, o blast poro origina o nus e o celoma enteroc lico. Os humanos s o deuterostomados. Q uest o 18 Os candidatos deveriam responder que os animais citados apresentam simetria bilateral que foi importante evolutivamente, porque permitiu aos animais explorar melhor o ambiente em virt ude de movimenta o ativa e direcionada possibilitada pelo posicionamento dos rg os dos sentidos e centro nervoso na regi o anterior do corpo. Apresentam ainda diferencia o dorsoventral. No item b), deveriam identificar a sanguessuga como um anel deo, a lombriga como nemat deo e a t nia como platelminto. Quanto ao modo de vida parasit ria , a sanguessuga exoparasita e a lombriga e a t nia s o endoparasitas. Q uest o 19 Arraias e tubar es pertencem ao grupo dos Chondrichthyes, cuja principal caracter stica ter esqueleto cartilaginoso. Al m disso, apresentam escamas plac ides e fecunda o interna e aus ncia de op rculo nas br nquias. Sapos e lagartos pertencem as Classes Amphibia e Reptilia, respectivamente, e apresentam v rias diferen as. Podem ser citadas entre outras: pele lisa e mida e com gl ndulas nos anf bios ou recoberta por escamas queratinizadas nos r pteis; respira o realizada por br nquias (larva s), pele e pulm es (adultos) nos anf bios e por pulm es nos r pteis. Os anf bios apresentam ovos recobertos por uma membrana, enquanto que os r pteis apresentam ovos com casca calc rea ou cori cea, com mnion, c rion e alant ide e aus ncia de fase larval aqu tica. No item c) deveriam responder que as aranhas inoculam o vene no pelas quel ceras localizadas na parte anterior da cefalot rax e os escorpi es pelo aguilh o ou telson no abd men posterior (p s-abd men). Q uest o 20 Os candidatos devem responder que a fermenta o ocorre nos m sculos de mam feros, quando o fornecimento de oxig nio n suficiente para a realiza o do processo de respira o, como o em caso de esfor o muscular intenso. No item b podem responder: produ o de p o, queijo, ) coalhada, cerveja. Q uest o 21 No primeiro item da quest o, deveriam ser indicadas as seguintes partes: ouvido externo (orelha externa), m dio (orelha m dia) e interno (orelha interna). As c lulas lesadas ficam no ouvido interno. No item b) deveria ser mencionado que o ouvido externo tem a fun o de captar e encaminhar o som do ambiente para o ouvido m dio, que por sua vez transmite e amplifica o som, enquanto que o ouvido interno, atrav s das c lulas sensoriais, capta o som e transforma os est mulos em impulsos nervosos para transmiti-los ao c rebro. Q uest o 22 Os corrim os da escada retorcida correspondem s pentoses (desoxirriboses) e aos grupos fosfato, enquanto que os degraus correspondem aos pares de bases nitrogenadas. Os candidatos deveriam responder que o DNA serve de molde para a produ o do RNA mensageiro, que leva a informa o para o ribossomos no citoplasma sobre qual prote na ser s produzida. Duas prote nas podem ser diferenciadas pela quantidade , tipos e seq ncia de amino cidos. Q uest o 23 A explica o que o gene que determina a caracter stica letal quando em homozigose. Bb x Bb BB Bb Bb (parentais) (descendentes) Q uest o 24 Os candidatos deveriam reconhecer que nenhuma das explica es constantes do texto correta, j que o b cio causado pela defici ncia de iodo na alimenta o. A conseq ncia para o organismo seria : o b cio end mico, al m da hipertrofia da gl ndula tire ide (forma o do papo) devido car ncia de iodo, componente dos horm nios tireoideanos, causa altera es no metabolismo, no sistema nervoso, no t nus muscular, na press o sangu nea, no ritmo card aco, entre outros efeitos. Os rg os de sa de tornaram obrigat rio o acr scimo de iodo ao sal de cozinha.

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