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PUC-Campinas Vestibular de 2010 - Específica - Azul (Direito)

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pois Graia era o nome de um distrito obscuro da Gr cia L NGUA PORTUGUESA ocidental, de onde, talvez, tivessem emigrado alguns colonos. Graeci , portanto, uma forma derivada de Graii, e Graecia foi 20. o nome dado pelos romanos H lade. Desse modo, o termo Gr cia est vinculado ao per odo de domina o da H lade pelos romanos. Esse termo se imp s no Ocidente, mesmo (Grande almanaque de F rias Turma da M nica, junho de 2008) depois que a H lade se tornou independente. 1. Ora, recentemente, quando a H lade passou a fazer Para produzir o humor na hist ria em quadrinhos acima reproduzida, o autor 25. parte da Uni o Europeia, o nome que passou a ser inclu do (A) trabalha de modo relevante a caracteriza o das personagens que dialogam na cena, chamando a aten o para a semelhan a entre elas. entre as na es integrantes foi Hell s ( H lade ), que o nome oficial do pa s, e n o Graecia ou Greece [...]. (B) estabelece jogo intertextual com conhecidas falas de tradicional hist ria infantil, para sinalizar que esse tipo de narrativa est ultrapassado para o p blico contempor neo. (C) concentra-se essencialmente no sil ncio do segundo quadro, resposta visual pergunta feita com ansiedade. (A) recupera situa o narrativa bastante familiar ao universo infantil, inovando-a pela altera o que faz quanto s personagens em cena: s o alheias hist ria tradicional. o tradutor constr i um discurso dissertativo, no qual defende a superioridade hist rica dos helenos sobre outras tribos ocidentais. (B) cria o desapontamento da protagonista valendo-se do pressuposto acionado pelo emprego de nesta no ltimo quadro. o tradutor argumenta para demonstrar que outros autores que tratam da Gr cia antiga nem sempre t m dom nio pleno da hist ria dos povos estudados. (C) o tradutor faz esta advert ncia ao leitor acerca da peculiaridade da obra prefaciada: termos eruditos n o s o usados por afeta o, mas em respeito correta etimologia das palavras. (D) a exposi o do tradutor esclarece que sua op o pelo termo H lade est ancorada na tradi o dos helenos, cujo zelo pela independ ncia se expressa na escolha do nome oficial do pa s. (E) a inten o do tradutor, como ocorre em todo pref cio, orientar a leitura da obra: neste caso, narrando epis dios hist ricos, salienta que o per odo tratado o da domina o da H lade pelos romanos. (M. Andronicos e outros. Trad. de Luiz Alberto Machado Cabral. S o Paulo: Odysseus Editora, 2004, p. XII) 2. (D) (E) ________________________________________________________________ Aten o: Para responder s quest es de n meros 2 a 8 considere o texto abaixo. O que segue fragmento do Pref cio do tradutor, na obra Os jogos ol mpicos na Gr cia antiga: Ol mpia antiga e os jogos ol mpicos. 1. correto afirmar que, no texto acima, O leitor talvez fique surpreso de encontrar a palavra Gr cia apenas no t tulo deste livro (apenas por uma quest o de primeira identifica o), ao passo que em todas as outras ________________________________________________________________ p ginas unicamente se mencione o seu sin nimo mais erudito: 3. No primeiro par grafo, 5. H lade . Do mesmo modo, n o encontrar , como ocorre (A) o tradutor levanta hip teses baseado no senso comum e se dedica, em seguida, a comprovar a inconveni ncia das suposi es. (B) o paralelo entre o t tulo (linha 2) e as outras p ginas (linhas 3 e 4) evidencia a consci ncia do tradutor acerca da perda de precis o devido mudan a efetuada, como o comprova o emprego de unicamente (linha 4). (C) o tradutor explicita, nos par nteses (linhas 2 e 3), o motivo do emprego da palavra Gr cia . (D) o emprego da express o ao passo que (linha 3) tem o mesmo valor do observ vel na frase Sua retid o de car ter se fortalecia ao passo que enfrentava os sucessivos desafios . (E) o emprego das aspas em H lade (linha 5) e heleno (linha 8) indicativo de que as palavras foram empregadas em sentido figurado. praticamente em todas as tradu es que versam sobre a Gr cia antiga , o etn nimo grego , com refer ncia ao povo da H lade , mas sim o termo heleno , utilizado para este mister. N o se trata, desde logo, de pedantismo ou mera 10. afeta o de erudi o. O termo Gr cia jamais foi empregado pelos povos de l ngua hel nica para designar o seu pa s: nos tempos hist ricos, os helenos chamavam sua p tria de Hell s (que , atualmente, o nome oficial do pa s) e denominavam-se a si mesmos helenos , nome de uma tribo que, na poca das 15. migra es, estabeleceu-se em uma parte da Tess lia. Foram os romanos que denominaram Graii os colonos de Cumas, PUCCAMP-10-L ngua Portuguesa 3 4. Do mesmo modo, n o encontrar , como ocorre praticamente 7. em todas as tradu es que versam sobre a Gr cia antiga , o etn nimo grego , com refer ncia ao povo da H lade , mas A alternativa que apresenta leg tima afirma o, sempre considerado o contexto, : (A) (linhas 19 e 20) Transpondo Graecia foi o nome dado pelos romanos H lade para a voz ativa, a forma verbal corretamente obtida deu-se . Considerado o per odo acima, em seu contexto, correto afirmar: (B) (linha 22) Transpondo Esse termo se imp s no Ocidente para a voz passiva, a forma correta Impuseram esse termo no Ocidente . o emprego da forma verbal encontrar constitui deslize, se for levada em conta a natureza da situa o comunicativa trata-se de um pref cio. (C) (linhas 22 e 23) Na express o mesmo depois, mesmo exprime ideia de inclus o. (D) (linha 23) O termo independente exerce a mesma fun o sint tica exercida pelo segmento destacado em Concedeu-lhe o abono prometido . (E) (linha 24) Ora foi empregado com o mesmo valor e fun o notados na frase Ora um cavalheiro, ora surpreende pela deseleg ncia . sim o termo heleno , utilizado para este mister. (A) (B) o emprego de praticamente recurso para atribuir certa reserva ao que se afirma acerca das tradu es que versam sobre a Gr cia antiga . (C) o emprego de uma v rgula ap s tradu es preserva a corre o e o sentido originais da frase. ________________________________________________________________ 8. (D) tomado como certo que etn nimo designa tribo, etnia, ra a, grupo humano definido, na o e, em alguns casos, equivale a nome gent lico ou gent lico, a palavra, no pref cio, est empregada em sentido figurado. No pref cio, onde (linha 18) est empregado em conson ncia com o padr o culto escrito. A frase em que o emprego dessa palavra foge a tal padr o : (A) Acabamos resolvendo tudo, onde eu digo que n o adianta sofrer por antecipa o. (B) Nas p ginas iniciais do trabalho, onde se nota o maior cuidado com a precis o. Levando em conta o par grafo dois, em seu contexto, afirmase com corre o que: (C) Encontrei-o numa feira de produtos org nicos, onde jamais pensei encontr -lo. (A) (D) O lugar onde ele nasceu foi-lhe irreconhec vel depois de dez anos. (E) N o sabiam onde se realizaria o encontro. (E) na formula o mas sim o termo heleno est subentendida a express o poder ser adotado . ________________________________________________________________ 5. (linhas 9 e 10) Substituindo pedantismo ou mera afeta o de erudi o por atitudes presun osas , a forma verbal a ser adotada para manter a corre o gramatical tratam . ________________________________________________________________ (B) 9. (linhas 10 a 15) Na estrutura o do texto, o segmento que vai de O termo Gr cia a uma parte da Tess lia constitui uma justificativa. A frase que est redigida de maneira clara e correta : (A) Frente algumas quest es, atrapalhou-se, sendo que ficou prejudicado. (C) (linha 11) Os dois-pontos introduzem a voz dos helenos, expressa diretamente. (B) Minha trajet ria estudantil, como a maioria dos ind genas brasileiros, marcada por muitos preconceitos e com alguma supera o das dificuldades. (D) (linha 13) Os par nteses acolhem uma corre o. (C) No s culo XIX, casamentos arranjados eram muito comum e mais ainda, para garantir ascen o social. (E) (linhas 13 e 14) A formula o denominavam-se a si mesmos equivale, sem preju zo da corre o e do sentido originais, a denominavam-se reciprocamente . (D) uma forma de fraude inovadora, que n o nos demos conta ainda. (E) A quest o de o exerc cio do jornalismo dispensar diploma controversa, por isso muitos reivindicam discuss o mais ampla sobre o tema. ________________________________________________________________ 6. Foram os romanos que denominaram Graii os colonos de Cumas, pois Graia era o nome de um distrito obscuro da Gr cia ocidental, de onde, talvez, tivessem emigrado alguns colonos. Na frase acima, a substitui o que preserva o padr o culto escrito e o sentido originais a de ________________________________________________________________ 10. A frase em que o emprego do elemento destacado respeita o padr o culto escrito : (A) Nem tudo o que eles citaram advinha de doa es dos associados. Foram os romanos que denominaram Graii os colonos de Cumas por A denomina o Graii dada aos colonos de Cumas devem-se aos romanos . (B) Ele que continui a atrasar as encomendas e perder a clientela. (B) pois por portanto . (C) Se ele requiser a aposentadoria antecipadamente, perder alguns benef cios. (C) de onde por de cuja . (D) (D) de onde por do qual . Alguns estudos do artista constituem-se verdadeiras obras-prima. (E) (E) tivessem emigrado por havia emigrado . Caso ele rep e o que desviou, pode conseguir atenua o de pena. (A) 4 PUCCAMP-10-L ngua Portuguesa 13. Espec ficas Aten o: Para responder s quest es de n meros 11 a 14 considere o texto abaixo. Como se v nesse texto, preconceitos tnicos, de classe ou de outro tipo podem habitar a cultura. Tivemos exemplo disso em literatura com Greg rio de Matos, que em sua poesia sat rica n o poupou cr ticas ferozes contra (A) as escravas que lutavam pela alforria dos filhos. (...) plebe t o em extremo plebe, que s ela o pode ser da (B) os zelosos membros da burocracia colonial. que se repute e mais infame, e o de todas as plebes, por compor- (C) os brancos que prosperavam no com rcio. (D) os enriquecidos mesti os que encobriam sua origem. (E) as ndias que buscavam sustento na cidade. se de ndios, de negros, criolos e bo ais de diferentes na es, de chineses, de mulatos, de "zambaigos"*, e tamb m de espanh is que, declarando-se "zaramullos" (que o mesmo que p caros, ________________________________________________________________ grosseiros e "arrebatacapas") e degenerando de suas obriga es, 14. s o os piores entre canalhas t o ruins. Para alcan ar os efeitos da s tira, e atendendo ainda a caracter sticas do estilo barroco, Greg rio de Matos valia-se com frequ ncia de *Filho de mulato e amer ndia (A) trocadilhos, jogos sonoros e vocabul rio chulo. (Carlos Sig enza y G ngora. Relaciones hist ricas. M xico: Biblioteca del Estudiante Universit rio, UNAM, 1972, p. 133 Apud Angel Rama. A cidade das letras. Trad. Emir Sader. SP: Brasiliense, 1984, p. 57) (B) met foras e meton mias abstratas e enigm ticas. (C) s mbolos referidos espiritualiza o da natureza. (D) invers es sint ticas e alegorias religiosas. (E) cortes r tmicos bruscos e express o de culpa. ________________________________________________________________ 11. O significado original do termo plebe, usado para designar a maioria da popula o romana durante a Antiguidade, remetia a uma camada social composta por (A) cidad os nativos, de origem n o nobre, que se diferenciavam dos estrangeiros e da nobreza mon rquica. (B) servos da gleba, mascates, artistas saltimbancos e artes os, homens livres que n o possu am terras e n o tinham direito cidadania. Aten o: Para responder s quest es de n meros 15 e 16 considere o texto abaixo. A sua ferocidade ultrapassa tudo: sulcam de profundas cicatrizes, com um ferro, as faces dos rec m-nascidos para lhes (C) (D) (E) pobres e despossu dos, tanto no campo como nas cidades, que eram considerados cidad os e recebiam a prote o do Estado. camponeses, artes os, pequenos propriet rios e comerciantes, homens livres, impedidos de participa o na inst ncia superior do poder. trabalhadores bra ais, isentos do pagamento de impostos e sem direitos civis, que prestavam servi os s fam lias patr cias em troca de um peda o de terra. destruir as ra zes dos pelos; e desse modo crescem e envelhecem imberbes e sem gra a, como eunucos. T m o corpo atarracado, os membros robustos e a nuca grossa: a largura das costas f -los assustadores . (...) N o p em p em terra nem para comer nem para dormir e dormem deitados sobre o magro pesco o da montada, onde sonham sua vontade. (..) Nenhum deles se for interrogado poder dizer donde natural, porque, concebido num lugar, nasceu j noutro ponto e foi educado mais longe. (Descri o dos Hunos em Fernando Espinosa. Antologia de textos hist ricos medievais. Lisboa: S da Costa, 1972, p. 4-6) ________________________________________________________________ 12. O texto evidencia tens es sociais na Am rica espanhola. Pode-se afirmar que, ao longo do per odo colonial, as tens es entre os colonizadores espanh is que habitavam a Am rica e os brancos nascidos nesse continente (criollos) se agravaram em decorr ncia de fatores como a 15. O temor aos povos b rbaros no Ocidente, no final da Antiguidade, era resultante, dentre outros fatores, (A) das invas es de diversos povos que n o compartilhavam a cultura greco-romana, e favoreceram o processo de enfraquecimento e desestrutura o do Imp rio Romano do Ocidente. (B) das guerras desencadeadas pelos povos de origem mong lica, sob o comando do imperador tila, respons vel por derrotar os povos germ nicos e ocupar Constantinopla. (C) das investidas de povos n mades e guerreiros que dizimavam as cidades ocidentais e constitu am reinos b rbaros, estruturados sobre o regime do colonato e da escraviza o das popula es camponesas. (A) ocupa o da maior parte dos altos cargos administrativos por espanh is, ainda que houvesse uma elite criolla enriquecida e propriet ria de terras. (B) insubordina o dos criollos aos administradores espanh is, uma vez que os primeiros discordavam do emprego de formas de trabalho compuls rio, como a mita. (C) incompet ncia dos espanh is para administrar as terras coloniais e controlar a plebe , cabendo aos criollos assumir o poder e a m quina burocr tico-administrativa. (D) desmoraliza o sofrida pelos espanh is em fun o do gradual empobrecimento da metr pole, devido ao mau aproveitamento comercial da extra o de metais preciosos. (D) dos violentos combates travados entre b rbaros origin rios da sia, e os povos germ nicos aliados aos galo-romanos, que defendiam o poder pol tico e a unidade do Imp rio. (E) explora o desmedida do trabalho compuls rio do ind gena, do negro africano e da elite criolla, o que impulsionou alian as militares entre esses segmentos sociais. (E) dos deslocamentos e dos rastros de destrui o provocados por povos incultos, por toda a Europa, que disseminaram o p nico e inauguraram a chamada Idade das Trevas. PUCCAMP-10-Direito 5 16. Nessa descri o que faz Espinosa, os elementos da barb rie e da animaliza o do homem ganham uma express o igualmente violenta, e parecem antecipar 18. Levando em conta o que afirma o texto, conclui-se que, em sua obra-prima, Guimar es Rosa (B) os recursos de que se valeriam os prosadores naturalistas, interessados em associar condi o biol gica, classe social e comportamento humano. (C) o gosto manifesto por escritores intimistas da d cada de 30 do s culo passado, quando davam vaz o melancolia e negatividade pessoais. narrou o l rico caso de amor de Riobaldo, contrastando-o com os conflitos violentos entre jagun os e senhores feudais. valorizou elementos primitivos da tica feudal ao narrar as sagas de jagun os nas terras rudes do sert o. as imagens de que se valeriam os modernistas de 22, quando buscavam denunciar uma hist ria nacional marcada por sucessivas viol ncias. (D) elegeu os valores do universo feudal dos jagun os como par metros para o futuro da civiliza o moderna. (E) (B) historiou a forma o dos grupos de jagun os, que se deu por iniciativa de violentos propriet rios feudais. (C) o prest gio que ganhariam as descri es pitorescas e detalhistas nos tratados dos primeiros viajantes e exploradores coloniais. buscou sobretudo exaltar a natureza tropical, vista como espa o prop cio para as grandes aventuras. (D) (A) (A) (E) ________________________________________________________________ Aten o: a atitude de poetas interessados no peso das palavras, consideradas como signos concretos, materiais, expressivos por si mesmos. Se Para responder s quest es de n meros 19 e 20 considere o texto abaixo. a complexidade que o movimento renascentista ________________________________________________________________ representou deve ser vista como a raiz de nossa consci ncia Aten o: Para responder s quest es de n meros 17 e 18 considere o texto abaixo. moderna, ent o n o se deve ressaltar apenas a dimens o met dica Em qualquer sociedade de tipo feudal, a lealdade dos servos um espa o equivalente para a fantasia, a ang stia, o desejo, a se exercita em troca da seguran a que o senhor pode dar. Creio vontade, a sensa o e o medo tamb m. Neste sentido que que a lealdade dos jagun os, em face do chefe, tinha tamb m um estar amos mergulhando fundo em nossa raiz, neste sentido que fundamento parecido: seria talvez o medo da solid o em face de ser amos realmente radicais e poder amos declarar como Lord uma natureza t o grandiosa, t o spera, t o despovoada que MacBeth: e harmoniosa em torno do eixo dessa consci ncia. Deve haver nela levaria aqueles homens humildes a aderir ao grupo guerreiro, Ouso tudo o que pr prio de um homem; entregando-se a Quem ousar fazer mais do que isso, n o o . uma vida aventurosa em troca de uma (Nicolau Sevcenko in Antonio P. Rezende e Maria T. Didier Rumos da Hist ria: Hist ria Geral e do Brasil. S o Paulo: Atual, 2001, p.123) solidariedade fraterna. A aventura: eu avistava as novas estradas, diversidade de terras . A aus ncia de fraternidade, do amor, parece ser sinal de aliena o para o jagun o: Qualquer amor j um pouquinho de sa de, um descanso na loucura , diz Riobaldo. A 19. lealdade , por m, o grande valor social, disseminado entre os O texto de Nicolau Sevcenko permite inferir que, com o Renascimento, o jagun os de Grande sert o: veredas. (A) estudo de textos cl ssicos passou a ser valorizado como o fundamento nico de comprova o da verdade. (B) homem passou a ser inserido no campo da ci ncia, o que reduziu sua capacidade para a erudi o. (C) conhecimento escol stico medieval passou a ser a estrutura cient fica b sica da vis o de mundo do homem. (D) homem passou a ser visto como autor de sua pr pria hist ria, o que multiplicou seu espa o de a o e reflex o. (E) homem passou a examinar criticamente o mundo das ideias, o que impediu que agisse sobre o pr prio destino. (Adaptado de Fernando Correia Dias. Aspectos sociol gicos de Grande sert o: veredas, in Guimar es Rosa Fortuna cr tica. Org. por Eduardo de Faria Coutinho. Rio de Janeiro: Civiliza o Brasileira / INL, 1983, p. 401) 17. O texto faz refer ncia a um tipo de rela o social que, na Idade M dia, deve-se ao fato de, nesse per odo, (A) a mentalidade e sensibilidade da nobreza medieval apoiarem-se no forte sentimento de solidariedade entre os que trabalhavam, os que rezavam e lutavam nas guerras. (B) a economia, a sociedade e a pol tica basearem-se nas rela es de suserania e vassalagem dentro do grupo dos senhores e nas rela es de domina o entre os senhores e servos. (C) os grupos sociais serem constitu dos de servos e escravos, que garantiam a sobreviv ncia material da sociedade, em troca de prote o de vida nas expedi es militares. (D) (E) 6 a honra e a palavra terem import ncia fundamental, sendo os senhores feudais e os servos ligados por um complexo sistema de tradi es e obriga es de suserania e vassalagem. o feudo, unidade socioecon mica b sica, ser formado por por es de terras de uso comum que, juntas, constitu am um corpo autossuficiente de produ o e consumo familiar dos servos. ________________________________________________________________ 20. Valores renascentistas, como o do poder da racionalidade, e os dramas da consci ncia moderna, a que n o falta o sentido de um impasse hist rico, entram em conflito em "A m quina do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade, j que nesse monumental poema de Claro enigma o autor (A) explora os limites do lirismo dram tico de um Oswald de Andrade. (B) prop e-se a investigar os projetos nacionalistas de M rio de Andrade. (C) despoja-se da consci ncia hist rica para real ar as mais livres fantasias. (D) ridiculariza seu destino de homem sentimental e deslocado no mundo. (E) faz frente raz o absoluta com a convic o melanc lica de um indiv duo. PUCCAMP-10-Direito Aten o: Para responder s quest es de n meros 21 e 22 considere o texto abaixo. Aten o: Para responder s quest es de n meros 23 e 24 considere o texto abaixo. mar salgado, quanto do teu sal Recorda que tempo dinheiro (...) Recorda que cr dito S o l grimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas m es choraram, dinheiro (...) o dinheiro pode gerar dinheiro (...) O caminho da Quantos filhos em v o rezaram! riqueza depende principalmente de duas palavras: dilig ncia e Quantas noivas ficaram por casar frugalidade; isto , n o desperdices tempo nem dinheiro, mas os Para que fosses nosso, mar! emprega da melhor maneira poss vel. Valeu a pena? Tudo vale a pena (Benjamin Franklin, 1748. Apud Leandro Karnal. Estados Unidos: a forma o da na o. S o Paulo: Contexto, 2001, p. 91) Se a alma n o pequena Quem quer passar al m do Bojador Tem que passar al m da dor. 23. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele que espalhou o c u. (Fernando Pessoa. Obras po ticas (volume nico). Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 16) (G e R, p. 148) 21. (A) (B) (C) (E) os versos cadenciados e a eloqu ncia da linguagem ajustam-se ao tema grandioso das gl rias passadas de um povo. (E) o intimismo l rico e o tom pico contrastam admiravelmente, o que tamb m ocorre entre o tom formal e o informal da linguagem. para ratificar a tese de que os homens s valem pelo que possuem. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 22. como ndice de desencanto e comicidade da vida urbana. os efeitos da irregularidade m trica s o compensados pela estrita observ ncia de um esquema de rimas. (D) para emprestar alguma verossimilhan a a narrativas imaginosas. (D) os versos livres, convocados para empolgar um tom pico, denunciam a presen a de um poeta modernista. para contrastar com as mais altas idealiza es amorosas. (C) as marcas simbolistas est o no emprego de mar salgado e al m do Bojador como alegorias da decad ncia de Portugal. como apologia dos h bitos e do status do indiv duo burgu s. (B) Nessas estrofes, (A) Comentada nesse trecho, a onipot ncia do dinheiro, como elemento que passa a permear todos os valores sociais, um tema muitas vezes central na literatura, sobretudo nos romances do s culo XIX. Entre rom nticos brasileiros, como Jos de Alencar, a import ncia do dinheiro revela-se sobretudo O poema de Fernando Pessoa remete Expans o Mar tima do s culo XV. Explicam o pioneirismo portugu s, nesse processo de expans o, a 24. As ideias apresentadas no texto t m rela o com (A) a tica protestante, na qual religiosidade, trabalho honesto e busca pelo lucro se mesclam harmonicamente, perspectiva muito cara aos calvinistas e que foi bastante difundida na regi o da Nova Inglaterra. (B) a cren a de que o enriquecimento e o impulso expans o do capitalismo eram formas de reden o espiritual, aspecto fundamental da filosofia dos quakers que se instalaram em col nias centrais como Nova Iorque, Nova Jersey e Pensilv nia. (C) os objetivos dos imigrantes anglicanos, que eram instalados temporariamente pela monarquia inglesa nas col nias meridionais como Massachussets e Ge rgia, a fim de fazer a Am rica , isto , acumular capital e regressar Inglaterra. (D) o way american of life, doutrina difundida no contexto da independ ncia das Treze Col nias a fim de atrair trabalhadores de pa ses vizinhos dispostos a colaborar com o progresso norte-americano. (E) a ideologia difundida pelos puritanos, os Pilgrim Fathers, que se instalaram na regi o sul e protagonizaram a Marcha para o Oeste, processo que derivou na implanta o do sistema familiar e altamente lucrativo conhecido como plantantion. I. utiliza o, pelos marinheiros portugueses, de conhecimentos cartogr ficos, baseados nas teorias de Ptolomeu. II. posi o geogr fica do pa s, j que Portugal, banhado pelas guas do Atl ntico, era o reino mais ocidental da Europa. III. exist ncia de um poder centralizado e de um Estado unificado, sem dissens es internas e a longa experi ncia de pescadores e marinheiros na costa do Atl ntico. IV. cren a dos reis portugueses da exist ncia de um continente ao sul do oceano ndico, mostrado nos mapas da poca. Est correto o que se afirma SOMENTE em (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) III e IV. PUCCAMP-10-Direito 7 Aten o: Para responder s quest es de n meros 25 e 26 considere o texto abaixo. 26. Os preju zos e as perdas que por virtude de todas essas causas recebeu a Coroa de Castela e de Leon e que toda a Tanto o assunto desse texto, em que se articulam preocupa o social, religi o e poder de Estado, como sua linguagem, em que h clara disposi o de argumentos e uso de expressivos recursos ret ricos, fazem um leitor brasileiro pensar nos (A) pref cios rom nticos de lvares de Azevedo. (B) textos contundentes dos prosadores naturalistas. ouvir o, os mudos o gritar o e os s bios o julgar o. E pois que n o (C) serm es barrocos do padre Antonio Vieira. podemos viver muito tempo, apelo para o testemunho de Deus, (D) textos de doutrina o est tica de Gon alves Dias. (E) manifestos po ticos dos simbolistas. Espanha h de receber ainda por todas as devasta es e matan as que perpetrar no resto dos ndios, os cegos o ver o, os surdos o para todas as hierarquias e ordens dos Anjos, para todos os homens do mundo, principalmente para os que viverem ainda muito tempo, que certifiquem o que digo e sejam testemunho do ________________________________________________________________ Aten o: desencargo que fa o da minha consci ncia. Porque se sua Para responder s quest es de n meros 27 e 28 considere o texto abaixo. majestade permitir aos espanh is todos os diab licos processos referidos e as tiranias quaisquer que sejam as leis e os estatutos Durante cinco anos, em livros como Menino de engenho, que se queriam fazer, todas as ndias em pouco tempo estar o Bang e Doidinho, o romancista nos trazia mais um caso da despovoadas como deserta est agora a Ilha Espanhola e os fam lia do coronel Jos Paulino, mais uma vicissitude do engenho pa ses que lhes s o distantes ou pr ximos. E por todos esses do Santa Rosa, mais um aspecto da exist ncia nas lavouras de pecados (como bem sei pela Santa Escritura) Deus castigar cana do Nordeste, e da ind stria do a car. Com Usina esgotou o horrivelmente e poss vel mesmo que destrua inteiramente a assunto. Sem se repetir, n o poderia continuar a estudar o tema. Espanha. Que daria Jos Lins do Rego sem o a car, sem as (Bartolomeu de Las Casas) recorda es de inf ncia? O romance Pureza foi a resposta do (Antonio P. Rezende e Maria T. Didier. Rumos da Hist ria: Hist ria Geral e do Brasil. S o Paulo: Atual, 2001, p 209- 210) romancista, que permitiu aquilatar com seguran a sua capacidade de criar livremente, sem o ponto de partida das evoca es de gente 25. Observe a figura e analise o texto de Bartolomeu de Las Casas. e coisas familiares. (Adaptado de L cia Miguel Pereira, pref cio a Pureza, de Jos Lins do Rego. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1956) 27. Considere as afirma es a respeito da produ o a ucareira no Brasil. I. A produ o a ucareira nas col nias portuguesas enriqueceu sobretudo a Holanda, que comercializava o produto, ainda que o Brasil tivesse conseguido ostentar, por mais de tr s s culos, o t tulo de maior produtor mundial de a car. II. A queda na demanda do a car no mercado europeu, na segunda metade do s culo XVII, e a concorr ncia com a produ o de a car no Caribe, levaram a uma queda dos pre os e o consequente decl nio da economia colonial luso-brasileira. Gravura feita por nativos da Am rica III. No fim do s culo XVIII e no in cio do s culo XIX houve um reaquecimento da produ o a ucareira no Nordeste, bem como sua expans o para o Sudeste, principalmente nos estados de S o Paulo e Rio de Janeiro. Pode-se estabelecer uma rela o entre o texto e a figura, na medida em que, o texto (A) faz uma den ncia contra a viol ncia da coloniza o espanhola, enquanto a figura ilustra cenas de viol ncias praticadas pelos espanh is durante a coloniza o. (B) destaca a coragem e o esp rito empreendedor dos espanh is, enquanto a figura faz uma den ncia contra os maus tratos dos espanh is na popula o ind gena. de crescimento e decad ncia, foi substitu da pela ind stria do caf , no s culo XX, resultando no fim da presen a significativa desse produto no cen rio nacional, que j havia passado por um momento de crise durante o per odo da minera o. revela que a maioria dos ind genas morreu v tima da viol ncia dos espanh is, enquanto a figura retrata o tr fico de escravos ind genas. (C) IV. A chamada ind stria do a car, que alternou momentos Est o corretas SOMENTE (A) (D) (E) 8 mostra o esp rito de justi a dos espanh is durante a coloniza o, enquanto a figura trata do olhar de quem se angustiou com o massacre do ndio americano. analisa a coloniza o da Am rica espanhola s culos depois, enquanto a figura faz uma compara o entre as pr ticas de viol ncia dos espanh is e portugueses. I e III. (B) I, II e IV. (C) II e III. (D) I, III e IV. (E) II e IV. PUCCAMP-10-Direito 28. Depreende-se desse trecho cr tico que Jos Lins do Rego 30. Comparando diferentes autores e textos do nosso per odo colonial, Alfredo Bosi I. envolveu-se por algum tempo em uma produ o ficcional de base memorial stica, voltada para importante ciclo econ mico nordestino. (A) conclui que, apesar de sutis diferen as entre eles, todos s o classific veis como cr nicas hist ricas. II. reiterou, no romance Pureza, a virtude de produzir (B) v como significativa a distin o entre o simples relato de um estado de coisas e uma proje o hist rica. (C) procura perceber as diferen as estil sticas entre eles, nico crit rio que permite distingui-los. (D) percebe que h , em todos eles, alguma irrita o com a resist ncia do colonizador a se afastar do litoral. (E) constata que nenhum deles reuniu condi es para avaliar o processo colonial em sua dimens o hist rica. obras ficcionais com base em experi ncias recolhidas de sua inf ncia em engenhos de a car. III. tranquilizou, com o romance Pureza, quem j demonstrava preocupa o com obsess es tem ticas que vinham marcando sua obra. Em rela o ao enunciado est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I e III, somente. (E) III, somente. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Aten o: Para responder s quest es de n meros 31 e 32 considere o texto abaixo. A corrida para o ouro fundar cidades, lastrear um novo ciclo da coloniza o, que ser erguido, por m, sobre a cobi a, a opress o, a barb rie. a hora de a poesia dizer: Aten o: Para responder s quest es de n meros 29 e 30 considere o texto abaixo. "Mil galerias desabam; mil homens ficam sepultos; mil intrigas, mil enredos, Nem sempre f cil distinguir a cr nica da hist ria, quando prendem culpados e justos. se lida com textos do nosso per odo colonial. Entretanto, se um J ningu m dorme tranquilo, fato que as p ginas de G ndavo e de Gabriel Soares de Souza que a noite um mundo de sustos. sabem antes a relat rio que a reflex o sobre acontecimentos, j na A hist ria vai correndo, e h quem conte, se historiador da Hist ria do Brasil de Frei Vicente de Salvador reponta o cuidado m quina econ mica, quanto ouro foi arrancado aos socav es de Vila Rica, quanto chegou ao reino, quanto passou s m os dos de inserir a experi ncia do colono em um projeto hist rico lusobrasileiro. O que explica as cr ticas de Frei Vicente relut ncia do portugu s em deixar o litoral seguro (onde vive como caranguejo ) mercantes da astuta Inglaterra. A l rica, por m, pede momentos de contempla o, e pode focalizar o caso de uma donzela assassinada por um pai que sofre v -la enamorada de um jovem de condi o desigual; e de ouro feito o punhal, arma do crime. e o consequente desleixo em face da riqueza potencial da terra. (Adaptado de Alfredo Bosi, C u, Inferno. S o Paulo: Duas Cidades, 2003, p. 142-43) (Alfredo Bosi, Hist ria concisa da literatura brasileira. S o Paulo: Cultrix, 1970, p. 28) 31. 29. Diferentemente da relut ncia do portugu s em deixar o litoral seguro , bandeirantes adentraram o chamado sert o e dentre suas principais motiva es, pode-se citar Dentre os fatores que contribu ram para que o ouro brasileiro passasse s m os dos mercantes da astuta Inglaterra , podese citar a expans o das fronteiras brasileiras, uma vez que a exist ncia ilegal de n cleos de povoamentos espanh is, franceses e holandeses no interior do territ rio amea avam o dom nio colonial portugu s. (C) a urg ncia da Coroa portuguesa em povoar as terras do sert o e instituir pr ticas culturais, como o uso da l ngua portuguesa, que contribu ssem para garantir o poder da metr pole sobre a popula o nativa. (C) o Tratado dos panos e vinhos , ao estipular que produtos de alto valor no mercado e bastante consumidos na Col nia, como os tecidos ingleses e os vinhos portugueses, deveriam ser pagos exclusivamente em barras de ouro. o endividamento portugu s em rela o Inglaterra, pa s que financiou capital necess rio para a instaura o das linhas f rreas que transportavam o ouro fundido aos portos litor neos. o Tratado de Lisboa, que regulamentou as rela es econ micas bilaterais entre Portugal e Inglaterra, conferindo exclusividade aos mercadores ingleses na exporta o de produtos manufaturados s col nias portuguesas. a necessidade do combate militarizado aos quilombos que proliferavam no Sudeste e no Sul, pr tica financiada pelos comerciantes de escravos que foi denominada sertanismo de contrato . (E) a hegemonia inglesa em mat ria de prospec o, extra o, fundi o e lapida o de min rios, que tornou Portugal dependente dessa tecnologia, principalmente com a escassez do ouro de superf cie. a miss o civilizat ria atribu da aos bandeirantes pela Companhia de Jesus e pela pr pria Coroa Portuguesa, uma vez que pouca gente se dispunha a catequizar os ndios que viviam distantes do litoral. (D) (B) (E) (B) o apresamento de ndios, visto que a comercializa o dos mesmos era uma atividade econ mica fundamental para a subsist ncia dos povoados nascentes no Sudeste, bem como a busca por metais preciosos. o Tratado de Methuen, acordo comercial entre Portugal e Inglaterra, que implicava em facilidades alfandeg rias e teve como consequ ncia a intensifica o da depend ncia econ mica portuguesa. (D) (A) (A) PUCCAMP-10-Direito 9 32. O cr tico Alfredo Bosi est aqui considerando a maneira como Cec lia Meireles, (A) no Romanceiro da Inconfid ncia, convoca os recursos da s tira para caracterizar os desmandos portugueses na prov ncia mineira. (B) 34. no Romanceiro da Inconfid ncia, combina processo narrativo, mat ria hist rica geral e ilumina o de aspectos po tico-passionais. (C) I. indigna o com o estado de servid o da criatura; II. emprego de vocativo e de ap strofes, com fun o dram tica; III. emprego de imperativos, com sentido convocat rio; IV. paralelismos sint ticos, como forma de composi o. em Inven o de Orfeu, sabe explorar tanto a variedade de medidas r tmicas como a profus o de temas extra dos da hist ria colonial. (D) em livros como Viagem e Mar absoluto, vale-se das formas da epopeia para desenvolver uma narrativa apoiada em pesquisa hist rica. Atende ao enunciado o que est em (A) (B) (C) (D) (E) em Inven o de Orfeu, alterna momentos de nota o realista e recursos de literatura fant stica, amparados em lendas ou mem rias pessoais. (E) I, II, III e IV. I, II e III, somente. II, III e IV, somente. I, III e IV, somente. I e III, somente. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Aten o: Exercem papel fundamental, nesses versos de Shelley, elementos tem ticos e recursos liter rios que tamb m se encontram na poesia de Castro Alves: Aten o: Para responder s quest es de n meros 35 e 36 considere o texto abaixo. Para responder s quest es de n meros 33 e 34 considere o texto abaixo. A guilhotina, m quina criada para decapitar pessoas, foi adotada na Fran a pela primeira vez em 1792, em raz o dos apelos Homens da Inglaterra, por que arar do m dico parisiense Joseph Guilhotin, que defendia o direito dos Para os senhores que vos mant m na mis ria? condenados morte a um fim r pido e sem dor. Por que tecer com esfor o e cuidado At ent o, os m todos de execu o utilizados eram basicamente a forca, o esquartejamento e as diversas variantes do As ricas roupas que vossos tiranos vestem? supl cio da roda como a que colocava uma pessoa amarrada na (...) parte externa de uma roda e, sob ela, brasas incandescentes. Semeai - mas que o tirano n o colha. Conforme o carrasco girava a roda, a pessoa era assada viva, Produzi riqueza mas que o impostor n o a guarde. diante da popula o que se reunia para ver a cena. Com a propaga o dos ideais iluministas, os supl cios Tecei roupas mas que o ocioso n o as vista. passaram a ser, cada vez mais, encarados como uma afronta Forjai armas - que usareis em vossa defesa. dignidade humana, um s mbolo da tirania. Assim, o s culo XVIII (Trechos do poema Aos Homens da Inglaterra , de Shelley (17921822) In Leo Huberman. Hist ria da riqueza do homem. Trad. 18 ed. RJ: Zahar, 1982, p. 206) marca o in cio de um longo processo que resultar em uma nova concep o de justi a. No s culo XX, mais do que punir, a justi a ter como miss o promover a reinser o na sociedade daqueles que cometeram crimes. As pris es tornaram-se locais que deveriam 33. Dentre as rea es dos trabalhadores ingleses s consequ ncias da Revolu o Industrial, que se pode relacionar ao poema, destacam-se (A) a es armadas do chamado movimento ludista, de orienta o socialista e de car ter militarizado, que lutava contra o despotismo esclarecido vigente na monarquia inglesa. (C) rebeli es camponesas em defesa das manufaturas dom sticas e das pequenas propriedades que haviam sido abolidas com a decreta o do Reform Act e com a execu o dos cercamentos. puderam) viver conforme as regras sociais. (Michel Foucault. Vigiar e punir. Trad. Petr polis: Vozes, 1989; Michel Vovelle. Imagens e imagin rios na Hist ria. S o Paulo: Trad. tica, 1997. In Gislane Azevedo e Reinaldo Seriacopi. Hist ria, s rie Brasil. S o Paulo: tica, 2005, p. 256) movimentos oper rios de massa que, por meio de sindicatos organizados, empreenderam greves pac ficas a fim de obter melhorias salariais e reverter a mecaniza o do setor t xtil. (B) garantir a reeduca o dos indiv duos que n o souberam (ou n o 35. O texto de Michel Foucault faz refer ncia a uma m quina muito utilizada na Revolu o Francesa, particularmente, sob o regime do Terror. O conhecimento hist rico permite inferir que durante esse regime, a (E) 10 manifesta es de trabalhadores e intelectuais em defesa da democracia parlamentar e da igualdade social, que clamavam pela revoga o do documento conhecido como Carta do Povo. formas violentas de protesto contra a explora o empreendida pela burguesia industrial, como a destrui o de m quinas, colheitas e minas, por trabalhadores urbanos e rurais. revolu o implantou o "despotismo da liberdade", pelo medo e, abriu caminho para a rea o burguesa. (B) nobreza abriu m o de seus privil gios senhoriais e favoreceu a proclama o da Republica francesa. (C) burguesia transformou em leis todas as conquistas revolucion rias e, assim, garantiu sua hegemonia pol tica. (D) (D) (A) conven o reconduziu a revolu o para os interesses da burguesia e cancelou os direitos da popula o. (E) monarquia insuflou o povo com ideias revolucion rias e, assim, abriu caminho para o golpe de 18 brum rio. PUCCAMP-10-Direito 36. A propaga o dos ideais iluministas revela-se como fator de influ ncia sobre a nossa literatura, quando se atenta para (A) (B) a propaga o das academias liter rias e sua decisiva participa o nos projetos est ticos tanto do Romantismo como do Realismo. a documenta o em que manifestam sua preocupa o com o destino de nossa terra os viajantes que para c vieram nos s culos XVI e XVII. (C) os princ pios est ticos e as convic es ideol gicas de poetas e intelectuais como Tom s Antonio Gonzaga e Cl udio Manuel da Costa. (D) o sentido nacionalista da produ o de Gon alves de Magalh es e Castro Alves, enfatizado no tom pico de seus poemas e manifestos. (E) a insist ncia com que escritores sat ricos do per odo barroco se empenham em ridicularizar a irracionalidade mesma do processo colonial. Aten o: Para responder s quest es de n meros 37 e 38 considere o texto abaixo. Ora, pegar escravos fugidos era um of cio do tempo. N o seria nobre, mas por ser instrumento da for a com que se mant m a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza das a es reivindicadoras. Ningu m se metia em tal of cio por desfastio ou estudo: a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptid o para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir tamb m, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para p r ordem desordem. (Machado de Assis, Pai contra m e . Os melhores contos de Machado de Assis. Sele o de Dom cio Proen a Filho. S. Paulo: Global, 1985, p. 282) Considere tamb m a ilustra o e o texto que segue. An ncio da fuga de um escravo, dizendo chamar-se Fortunato Lopes da Silva . (Nelson Piletti. Hist ria do Brasil. S o Paulo: tica, 1996, p.103) Na busca de afirma o internacional, D. Pedro II e seus diplomatas procuraram apresentar no exterior a imagem de um pa s jovem, moderno e com grande potencial de desenvolvimento. O fim do tr fico negreiro, em 1850, era usado como exemplo de que a na o caminhava em dire o ao fim da escravid o, pr tica inaceit vel para uma na o civilizada . Ao mesmo tempo, o governo imperial colocou todo o seu empenho na moderniza o do Rio de Janeiro, principal cart o postal da jovem na o. (Gislane Azevedo e Reinaldo Seriacopi. Hist ria: s rie Brasil. S o Paulo: tica, 2005, p. 347) 37. O fragmento do conto de Machado de Assis, a ilustra o e o texto permitem inferir que, no Segundo Reinado, (A) a moderniza o da sociedade brasileira que, embora mantivesse uma estrutura tradicional de organiza o social, promoveu a extin o de formas de institui es condenadas pelo progresso da poca. (B) a fuga do escravo era uma forma de manter tradi es africanas e preservar a cultura original e resistir s transforma es impostas pelo projeto civilizat rio e de progresso da cidade do Rio de Janeiro. (C) as contradi es de uma sociedade que, embora se pretendesse civilizada e consoante com o progresso geral do s culo, mantinha institui es e formas condenadas por esse mesmo progresso. (D) a conviv ncia social, marcada pela viol ncia e injusti a, era combatida pelas elites nacionais que insistiam na exist ncia de rela es civilizadas entre as classes dominantes e as dominadas. (E) o trabalho dos capit es do mato era muito valorizado porque a captura de um escravo fugido representava uma forma de denunciar as contradi es entre moderniza o e as pr ticas pouco civilizadas. PUCCAMP-10-Direito 11 38. Uma das t ticas do ir nico narrador machadiano simular que est justificando um ato de viol ncia para assim intensificar essa mesma viol ncia. Tal estrat gia se verifica no trecho acima, mais particularmente no elemento sublinhado em: (A) a inaptid o para outros trabalhos. (C) por ser um instrumento da for a. (D) com que se mant m a lei e a propriedade. (E) Embora n o tenha alcan ado a for a que logrou ter na Europa, a arte dos impressionistas e dos simbolistas chegou a se fazer presente, tal como o indicam os recursos explorados em versos como estes, do estreante Manuel Bandeira de A cinza das horas: pegar escravos fugidos era um of cio do tempo. (B) 40. esta outra nobreza das a es reivindicadoras. (A) Trinta e tr s anos andou sem temer nenhum perigo, moendo-se como o trigo, at que o desempenhou. (B) Pouco a pouco, por m, a muralha de treva vai perdendo a espessura, e em breve se adelga a como um di fano crepe, atr s do qual se eleva a sombria massa das serranias. (C) gua do meu Tiet , onde me queres levar? - Rio que entras pela terra E que me afasta do mar... (D) A bomba uma flor de p nico apavorando os floricultores A bomba o produto quintessente de um laborat rio falido A bomba mis ria confederando milh es de mis rias (E) poesia em tempo de fome fome em tempo de poesia poesia em lugar do homem pronome em lugar do nome ________________________________________________________________ Aten o: Para responder s quest es de n meros 39 e 40 considere o texto abaixo. Na virada dos s culos XIX e XX, apesar das amea as de guerra, as sociedades europeias e as elites coloniais viviam um clima de otimismo. A tecnologia, a urbaniza o e as riquezas produzidas em todo mundo eram usufru das em Paris, Londres, Bruxelas e Berlim. A ind stria europeia de bens de consumo de luxo, de vinhos e divers o atraia visitantes de todo o mundo. As elites descobriram a pintura dos franceses, como os impressionistas Claude Monet (1840-1926), Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) e Edgar Degas (1834-1917), os p s-impressionistas ________________________________________________________________ Paul C zanne (1839-1906) e Paul Gauguin (1848-1903) e o Aten o: Para responder s quest es de n meros 41 e 42 considere o texto abaixo. pontilhismo de Georges Seurat (1859-1891) e o holand s Vincent Pessoalmente, o que mais me atrai nos livros de Machado van Gogh (1853-1890). Em 1874, Monet expunha seu quadro Impress o, o nascer de Assis o tema da transforma o do homem em objeto do do sol numa mostra coletiva. Essa obra daria nome ao homem, que uma das maldi es ligadas falta de liberdade impressionismo, movimento que revolucionou a t cnica pict rica. verdadeira, econ mica e espiritual. A esse tema se liga a famosa teoria do Humanitismo, elaborada por um dos seus personagens, o (...) fil sofo Quincas Borba, doido e por isso machadeanamente l cido (Her doto Barbeiro, Bruna R. Cantele e Carlos A. Schneeberger. Hist ria: de olho no mundo do trabalho. S o Paulo: Scipione, 2004, p. 373) (...) Os cr ticos interpretam o Humanistismo como s tira ao positivismo em geral e ao naturalismo filos fico do s culo XIX, 39. Pode-se associar ao contexto hist rico a que o texto de Her doto Barbeiro descreve, (A) a redu o do cr dito e a diminui o do poder de compra das na es europeias, que impulsionaram a produ o industrial e a conquista de col nias fornecedoras de mat rias-primas. (B) o nazismo que, ao utilizar m todos racionais de desenvolvimento industrial do pa s, estimulou importantes setores da economia europeia e a competi o por mercados afro-asi ticos. (C) o estado de tens o internacional causado pela pol tica de hostilidade entre as na es europeias que, ao impedir um conflito armado direto na regi o, promoveu o crescimento econ mico. (D) (E) 12 a expans o econ mica e o desenvolvimento dos nacionalismos, que geraram um clima de rivalidade entre as na es europeias e levaram disputas por territ rios e mercados consumidores. a r pida prosperidade econ mica e a expans o da produ o industrial nas col nias que, ao inundar o mercado europeu com produtos de baixo pre o, provocaram uma mudan a comportamental na sociedade. principalmente sob o aspecto da teoria darwiniana da luta pela vida com sobreviv ncia do mais apto. (Adaptado de Antonio Candido, V rios escritos. S. Paulo: Duas Cidades, 1970, p.28) 41. correto afirmar que, na segunda metade do s culo XIX, no Brasil, o positivismo (A) foi uma ideologia assumida pela oligarquia paulista em defesa de um governo centralizado e desenvolvimentista, empenhado em industrializar o pa s. (B) orientou o nascente movimento oper rio nas principais capitais brasileiras, ao ter v rios de seus princ pios fundidos ao marxismo e ao darwinismo social. (C) embasou as a es pol ticas da Ma onaria, como a prolifera o de Irmandades Leigas voltadas ao assistencialismo, e defesa da ordem e do progresso. (D) sustentou ideologicamente a pol tica de concilia o executada pela Liga Progressista durante o final do Segundo Reinado. (E) influenciou o pensamento republicano e foi particularmente presente na forma o dos militares que conformaram o Ex rcito Brasileiro. PUCCAMP-10-Direito 42. 44. No julgamento que Antonio Candido faz das obras de Machado de Assis, o cr tico est ressaltando um aspecto (A) (B) (C) (D) (E) estil stico: o contraste entre a velha ret rica e a oralidade naturalista. (A) hist rico: a atitude do sujeito irracional diante do humanismo lusitano. a convers o consciente da viol ncia em ato de injusti a, tal como ocorre com os retirantes. (B) tem tico: o sacrif cio de valores humanos ao princ pio da autopreserva o. a transforma o da rebeldia em submiss o, que tamb m o tema central de seus romances. (C) estil stico: a elimina o do discurso racional pelo discurso da loucura. a decad ncia dos engenhos e os atos de vandalismo gerados pela m o de obra ociosa. (D) tem tico: a preval ncia dos valores iluministas dentro da ordem c vica. o processo de subleva o do homem da terra e de sua afirma o como sujeito violento e decidido. (E) a justifica o inaceit vel que os adeptos do banditismo d o para seus atos de viol ncia e vandalismo. ________________________________________________________________ Aten o: Nessa cr nica, as considera es feitas por Graciliano Ramos acerca do fen meno do canga o recaem, mais precisamente, sobre Para responder s quest es de n meros 43 e 44 considere o texto abaixo. ________________________________________________________________ Aten o: Para responder s quest es de n meros 45 e 46 considere o texto abaixo. No come o da vida sofreu Lampi o numerosas injusti as e suportou muito empurr o. Arrastou a enxada de sol a sol, ganhando A senhora j deve ter lido que em 1930 os ga chos dez tost es por dia, e o inspetor de quarteir o, quando se aborrecia invadiram a capital , amarraram seus cavalos no obelisco e jogaram dele, amarrava-o e entregava-o a uma tropa, que o conduzia para a nossas tradi es no lixo. Tempos mais tarde um prefeito cadeia da vila. A ele aguentava uma surra de vergalho de boi e esclarecido reabilitou meu pai, dando seu nome a um t nel. Mas dormia com o p no tronco. As injusti as e os maus-tratos foram grandes, mas n o vieram os militares e destitu ram papai pela segunda vez, rebatizaram o t nel com o nome de um tenente que perdeu a perna. desencaminharam Lampi o. Ele resignado, sabe que a vontade do coronel tem for a de lei e pensa que apanhar do governo n o (Chico Buarque. Leite derramado. S o Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 77) desfeita. O que transformou Lampi o em besta-fera foi a necessidade de viver. Enquanto possu a um bocado de farinha e 45. rapadura, trabalhou. Mas quando viu em redor dos bebedouros A invas o descrita no texto foi resultante (A) da a o da Alian a Libertadora, comandada pela elite ga cha que, insatisfeita com a Pol tica do caf com leite que s beneficiava Minas Gerais e S o Paulo, decide tomar o poder. (B) da decis o de pol ticos identificados com a Alian a Liberal, aliados a tenentes, em impedir a posse de J lio Prestes, que havia sido eleito presidente em 1930 e representava os interesses da oligarquia paulista. (C) da investida da Coluna Prestes, a maior a o militar vinculada ao tenentismo, ap s percorrer diversos estados brasileiros e solicitar apoio de diversos setores sociais para destituir o sistema pol tico vigente. (D) do golpe empreendido por Get lio Vargas, tenente ga cho que se candidatara presid ncia mas perdera as elei es, e conquistara o apoio popular necess rio para garantir seu governo revolucion rio. (E) da rea o das oligarquias do Rio Grande do Sul e de S o Paulo ao poder hegem nico proveniente da capital, Rio de Janeiro, que at ent o comandava econ mica e politicamente a chamada Rep blica Velha. secos o gado mastigando ossos, quando j n o havia no mato raiz de imbu ou caro o de mucun , p s o chap u de couro, o patu com ora es da cabra preta, tomou o rifle e ganhou a capoeira. L est como bicho montado. (Graciliano Ramos, Revista Novidade n. 1. Macei , abril /1931) 43. Considere o texto de Graciliano Ramos e os itens abaixo. I. O movimento do canga o foi fruto do mundo de viol ncias que marcavam as rela es na rea rural e tinham na for a a sua principal lei. II. A a o militar do governo contra o movimento do canga o deveu-se ao fato de seus seguidores adotarem posi es antirrepublicanas e amea arem o poder pol tico dos grandes propriet rios rurais. III. O canga o, ao atrair sertanejos em busca de melhores condi es de vida, diminu a o contingente de m o de obra nas fazendas e incentiva o dio dos latifundi rios. ________________________________________________________________ IV. A intensifica o repress o efetiva ao canga o ocorreu sobretudo no governo Vargas, que tinha a inten o de colocar o sert o nordestino sob o controle federal e de acabar com o poder regional dos coron is e com as organiza es paramilitares. Considerando o contexto hist rico brasileiro, em que ocorreu o movimento do canga o, correto o que se afirma SOMENTE em (A) (B) (C) (D) (E) I e II. I e III. I e IV. II e III. III e IV. PUCCAMP-10-Direito 46. Nesse trecho de romance, o narrador (A) acusa sua presen a, em solil quio, enquanto lembra velhas tradi es da fam lia. (B) mant m-se impessoal, informando sobre o passado de uma personagem da hist ria brasileira. (C) acusa sua presen a, numa interlocu o, comentando altern ncias da pol tica nacional. (D) mant m-se impessoal, afetando uma interlocu o, criticando a estaticidade da pol tica brasileira. (E) acusa sua presen a, numa p gina de carta, enquanto cria quadros delirantes que d como hist ricos. 13 Aten o: Para responder s quest es de n meros 47 e 48 considere o texto abaixo. Aten o: Para responder s quest es de n meros 49 e 50 considere o texto abaixo. Uma fam lia isolada mudava-se de suas terras. O pai pedira Na d cada de 50 do s culo passado, quando a necessidade dinheiro emprestado ao banco e agora o banco queria as terras. A de reconstru o de parte do mundo obrigava a pensar em novos companhia das terras quer tratores em vez de pequenas fam lias projetos, ou quase mesmo em uma nova civiliza o, o Brasil viveu nas terras. Se esse trator produzisse os compridos sulcos em nossa pr pria terra, a gente gostaria do trator, gostaria dele como gostava das terras quando ainda eram da gente. Mas esse trator faz duas coisas diferentes: tra a sulcos nas terras e expulsa-nos dela. N o h quase diferen a entre trator e um tanque de guerra. Ambos expulsam os homens que lhes barram o caminho, intimidando-os, com alguma euforia seus compromissos com uma ampla moderniza o. N o por acaso, as artes tamb m deram voz a esse desejo de modernidade, o que se refletiu, por exemplo, em planospilotos de uma nova poesia. Imbu dos da supremacia de um senso t cnico da linguagem, os poetas do Concretismo se apresentaram como porta-vozes de novas necessidades, entendendo que para ferindo-os. (John Steinbeck. As vinhas da ira) atend -las era preciso superar de vez n o apenas os tra os l ricos (Her doto Barbeiro, Bruna R. Cantele e Carlos A. Schneeberger. Hist ria: de olho no mundo do trabalho. S o Paulo: Scipione, 2004, p. 413) da poesia tradicional, mas a exist ncia mesma do verso como unidade definidora de um poema. Propunham-se, por assim dizer, a investir numa esp cie de infraestrutura revolucion ria da poesia 47. Com base no conhecimento hist rico, correto afirmar que Steinbeck, em As vinhas da ira, trata dos efeitos da (A) brasileira, uma esp cie de ind stria sider rgica b sica que enterraria de vez o passadismo de um Brasil buc lico e sentimental. (Aderbal Tourinho Veiga, in dito) Conquista do Oeste sobre as grandes propriedades rurais no oeste americano e defende as formas de explora o das grandes empresas propriet rias de terras e capital. 49. (B) (C) (D) (E) Grande Depress o sobre pequenas fam lias de fazendeiros do meio-oeste americano e ataca os m todos industriais agr colas e o poderio de grandes empresas e bancos. A julgar o que diz o autor desse trecho cr tico, considerandose a rela o nele desenvolvida, (A) (B) os planos-pilotos da nova poesia dos anos 50 tinham como principal meta a restaura o do verso livre, tal como o propuseram os modernistas. (E) Primeira Guerra Mundial sobre as fam lias de camponeses da regi o norte-americana e condena os meios utilizados pelos bancos nos empr stimos produ o agr cola familiar. o Concretismo foi um movimento po tico que surgiu como forma de rea o contra o per odo de estagna o econ mica no Brasil do p s-guerra. (D) Guerra de Secess o sobre os pequenos produtores agr colas do oeste americano e critica as formas de explora o da m o de obra que empobrecia as fam lias dos fazendeiros. desenvolvimento tecnol gico e recursos de cria o art stica podem ocorrer de modo associado, como foi o caso da poesia do Concretismo. (C) Revolu o Industrial sobre os trabalhadores do meio rural da regi o sul norte-americana e do desenvolvimento tecnol gico que expulsava os pequenos propriet rios de terras. movimentos art sticos de vanguarda ocorrem, por defini o, com inteira independ ncia das circunst ncias hist ricas em que surgem. a d cada de 50 do s culo passado, apesar de ter sido realizadora quanto ao aspecto econ mico, n o logrou superar limites de uma arte passadista. ________________________________________________________________________________________________________________________________ 48. A moderniza o no campo, incrementada pela tecnologia e pelo poder do capital, pode trazer como consequ ncia o desenraizamento de fam lias e o desaparecimento de valores de culturas tradicionais. Encontra-se a representa o desse tema no romance 50. poss vel associar a euforia vivida no Brasil, a que Aderbal Tourinho faz refer ncia, ao Plano de Metas, de Juscelino Kubitschek. Pode-se afirmar que embora o xito desse Plano, tenha sido ineg vel, alguns de seus resultados ficaram a desejar, pois, (A) (A) o planejamento econ mico produziu o desenvolvimento industrial e empobreceu a popula o por meio do arrocho salarial dos trabalhadores. (B) Grande sert o: veredas, em que as preocupa es modernizantes do autor n o impedem que ele lamente o fim de uma civiliza o. (B) a expans o econ mica favoreceu os grupos mais ricos da sociedade e promoveu extrema desigualdade na distribui o de renda. (C) Macuna ma, em que a quest o agr ria pioneiramente tratada com todo o peso pol tico que ela implica. (C) o processo de cria o da moderna legisla o social brasileira foi interrompida e conduziu a um retrocesso do movimento oper rio sindical. (D) Os sert es, em que a autoridade do estado e os interesses dos patr es p em fim rebeli o dos camponeses. (D) a concentra o de renda gerou a mis ria e preparou a onda de viol ncia urbana que explodiria uma d cada depois nas grandes cidades. (E) 14 S. Bernardo, em que o violento propriet rio Paulo Hon rio tamb m um fazendeiro atento ao progresso. A hora da estrela, em que a protagonista, oriunda do campo, enfrenta heroicamente as agruras da rotina metropolitana. (E) a expans o industrial beneficiou apenas algumas regi es do pa s e alimentou as desigualdades regionais, as migra es e o xodo rural. PUCCAMP-10-Direito Coordenadoria de Ingresso Discente - Processo Seletivo 2010 - Gabarito das Provas Azul 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Prova Espec fica Prova Geral 27/11/2009 28/11/2009 Direito Vermelha - Medicina Preta E 1 E 1 B D 2 D 2 D C 3 C 3 C B 4 B 4 D B 5 B 5 E D 6 D 6 E C 7 C 7 C A 8 A 8 D E 9 E 9 A A 10 A 10 B D 11 A 11 C A 12 B 12 D D 13 C 13 E A 14 D 14 B A 15 E 15 A B 16 D 16 D B 17 C 17 B E 18 C 18 E D 19 D 19 B E 20 A 20 C D 21 E 21 D D 22 D 22 A B 23 C 23 C A 24 D 24 A A 25 B 25 E C 26 D 26 B C 27 E 27 D D 28 D 28 B A 29 A 29 E B 30 B 30 A A 31 C 31 E B 32 D 32 B E 33 A 33 D A 34 B 34 B A 35 C 35 D C 36 A 36 C C 37 B 37 A E 38 E 38 C D 39 A 39 E B 40 B 40 D E 41 A 41 C C 42 E 42 D C 43 C 43 A D 44 D 44 A B 45 B 45 C 46 47 48 49 50 C B A B E 46 47 48 49 50 E A D D E 46 47 48 49 50 B A C E A

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