Popular ▼   ResFinder  

Enade Exame de 2005 - PROVAS - Ciências Sociais

22 páginas, 50 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

FORMA O GERAL Q U ES T O 1 Q U ES T O 3 Est em discuss o, na sociedade brasileira, a possibilidade de uma reforma pol tica e eleitoral. Fala-se, entre outras propostas, em financiamento p blico de campanhas, fidelidade partid ria, lista eleitoral fechada e voto distrital. Os dispositivos ligados As a es terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em v rias cidades, em todos os continentes. Nesse contexto, analise a seguinte not cia: obrigatoriedade de os candidatos fazerem declara o p blica de bens e de prestarem contas dos gastos devem ser aperfei oados, os rg os p blicos de fiscaliza o e controle podem ser equipados No dia 10 de mar o de 2005, o Presidente de Governo da Espanha, Jos Luis Rodriguez Zapatero, em confer ncia sobre o e refor ados. terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os atentados do dia Com base no exposto, mudan as na legisla o eleitoral poder o representar, como principal aspecto, um refor o da 11 de mar o de 2004, assinalou que os espanh is encheram as ruas em sinal de dor e solidariedade e, dois dias depois, encheram A pol tica, porque garantir o a sele o de pol ticos experientes e id neos. B economia, porque incentivar o gastos das empresas p blicas e privadas. C moralidade, porque inviabilizar o candidaturas despreparadas intelectualmente. as urnas, mostrando, assim, o nico caminho para derrotar o terrorismo: a democracia . Tamb m proclamou que n o existe libi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que n o h pol tica, nem ideologia, resist ncia ou luta no terror, s h o vazio da futilidade, a inf mia e a barb rie. Tamb m defendeu a D tica, porque facilitar o o combate corrup o e o est mulo transpar ncia. E cidadania, porque permitir o a amplia o do n mero de comunidade isl mica, lembrando que n o se deve vincular esse fen meno com nenhuma civiliza o, cultura ou religi o. Por esse motivo, apostou na cria o pelas Na es Unidas de uma alian a de cidad os com direito ao voto. civiliza es, para que n o se continue ignorando a pobreza Q U ES T O 2 extrema, a exclus o social ou os Estados falidos, que constituem, Leia e relacione os textos a seguir. segundo ele, um terreno f rtil para o terrorismo . Isabel Mancebo. Madri fecha confer ncia sobre terrorismo e r e l e m b r a o s m o r t os d e 1 1- M . D isp o n ve l e m: ht t p ://w w w 2 . r nw . n l/ r n w /p t /a t u a lid a d e /e uro p a / a t 0 5 0 3 1 1 _ onzedemarco?Acesso em Set. 2005 (com adapta es). O Governo Federal deve promover a inclus o digital, pois a falta de acesso s tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidad o, especial a juventude. A principal raz o, indicada pelo governante espanhol, para que em haja tais iniciativas do terror est explicitada na seguinte Projeto Casa Brasil de inclus o digital come a em 2004. In: Mariana Mazza. JB online. afirma o: Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que A O desejo de vingan a desencadeia atos de barb rie dos terroristas. A o conhecimento da tecnologia digital est democratizado no Brasil. B a preocupa o social preparar quadros para o dom nio da C o apelo inclus o digital atrai os jovens para o universo da computa o. D o acesso tecnologia digital est perdido para as comunidades terrorismo. D O choque de civiliza es aprofunda os abismos culturais entre os pa ses. carentes. E a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidad o um ENADE 2005 desenvolvam. C A desigualdade social existente em alguns pa ses alimenta o inform tica. exclu do social. B A democracia permite que as organiza es terroristas se E A intoler ncia gera medo e inseguran a criando condi es para o terrorismo. rea: CI NCIAS SOCIAIS 1 Q U ES T O 4 Laerte. O c ondom nio . Laerte. O c ondom nio . Internet: <http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condom nio.html>. As duas charges de Laerte s o cr ticas a dois problemas atuais da sociedade brasileira, que podem ser identificados A B C D E pela pela pela pela pela crise crise crise crise crise na sa de e na seguran a p blica. na assist ncia social e na habita o. na educa o b sica e na comunica o. na previd ncia social e pelo desemprego. nos hospitais e pelas epidemias urbanas. Q U ES T O 5 Leia trechos da carta-resposta de um cacique ind gena sugest o, feita pelo governo do estado da Virg nia (EUA), de que uma tribo de ndios enviasse alguns jovens para estudar nas escolas dos brancos. (...) N s estamos convencidos, portanto, de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo o cora o. Mas aqueles que s o s bios reconhecem que diferentes na es t m concep es diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores n o ficar o ofendidos ao saber que a vossa id ia de educa o n o a mesma que a nossa. (...) Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ci ncia. Mas, quando eles voltaram para n s, eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. N o sabiam ca ar o veado, matar o inimigo ou construir uma cabana e falavam nossa l ngua muito mal. Eles eram, portanto, in teis. (...) Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora n o possamos aceit -la, para mostrar a nossa gratid o, concordamos que os nobres senhores de Virg nia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo que sabemos e faremos deles homens. Carlos Rodrigues Brand o. O que educa o. S o Paulo: Brasiliense, 1984. A rela o entre os dois principais temas do texto da carta e a forma de abordagem da educa o privilegiada pelo cacique est representada por: A B C D E sabedoria e pol tica / educa o difusa. identidade e hist ria / educa o formal. ideologia e filosofia / educa o superior. ci ncia e escolaridade / educa o t cnica. educa o e cultura / educa o assistem tica. ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 2 Q U ES T O 6 Q U ES T O 7 La Vanguardia, 4/12/2004. O referendo popular uma pr tica democr tica que vem sendo exercida em alguns pa ses, como exemplificado, na charge, pelo Colec o Roberto Marinho. Seis d cadas da arte moderna brasileira. Lisboa: Funda o Calouste Gulbenkian, 1989. p. 53. caso espanhol, por ocasi o da vota o sobre a aprova o ou A cidade retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard est n o da Constitui o Europ ia. Na charge, pergunta-se com tematizada nos versos destaque: Voc aprova o tratado da Constitui o Europ ia? , A sendo apresentadas v rias op es, al m de haver a Por entre o Beberibe, e o oceano Em uma areia s fia, e lagadi a Jaz o Recife povoa o mesti a, possibilidade de dupla marca o. Que o belga edificou mpio tirano. Greg rio de Matos. Obra po tica. Ed. James Amado. Rio de Janeiro: Record, v. II, 1990. p. 1.191. A c r tica c ontida na charge indica que a pr tica do referendo B deve Repousemos na pedra de Ouro Preto, Repousemos no centro de Ouro Preto: S o Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, tua sombra irm , meus membros lassos. Murilo Mendes. Poesia completa e prosa. Org. Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 460. A ser recomendada nas situa es em que o plebiscito j tenha C ocorrido. B apresentar uma vasta gama de op es para garantir seu Bembelel m Viva Bel m! Bel m do Par porto moderno integrado na equatorial Beleza eterna da paisagem Bembelel m Viva Bel m! Manuel Bandeira. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, v. I, 1958, p. 196. car ter democr tico. C ser precedida de um amplo debate pr vio para o D esclarecimento da popula o. Bahia, ao inv s de arranha-c us, cruzes e cruzes De bra os estendidos para os c us, E na entrada do porto, Antes do Farol da Barra, O primeiro Cristo Redentor do Brasil! D significar um tipo de consulta que possa inviabilizar os rumos pol ticos de uma na o. Jorge de Lima. Poesia completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211. E E ser entendida como uma estrat gia dos governos para No cimento de Bras lia se resguardam maneiras de casa antiga de fazenda, de copiar, de casa-grande de engenho, enfim, das casaronas de alma f mea. manter o exerc cio da soberania. ENADE 2005 Jo o Cabral Melo Neto. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 343. rea: CI NCIAS SOCIAIS 3 Q U ES T O 8 D IS C U R S IV A Agora vero. Deu na imprensa internacional, com base cient fica e fotos de sat lite: a continuar o ritmo atual da devasta o e a incompet ncia pol tica secular do Governo e do povo brasileiro em cont -las, a Amaz nia desaparecer em menos de 200 anos. A ltima grande floresta tropical e refrigerador natural do nico mundo onde vivemos ir virar deserto. Internacionaliza o j ! Ou n o seremos mais nada. Nem brasileiros, nem terr queos. Apenas uma lembran a vaga e infeliz de vida breve, vida louca, daqui a dois s culos. A quem possa interessar e ouvir, assinam essa declara o: todos os rios, os c us, as plantas, os animais, e os povos ndios, caboclos e universais da Floresta Amaz nica. Dia cinco de junho de 2005. Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial da Esperan a. A ltima. Felis Concolor. Amaz nia? Internacionaliza o j ! In: JB ecol gico. Ano 4, n. 41, jun./2005, p. 14-5 (com adapta es). JB Ecol gico. JB, Ano 4, n. 41, jun./2005, p.21. A tese da internacionaliza o, ainda que circunstancialmente possa at ser mencionada por pessoas preocupadas com a regi o, longe est de ser solu o para qualquer dos nossos problemas. Assim, escolher a Amaz nia para demonstrar preocupa o com o futuro da humanidade louv vel se assumido tamb m, com todas as suas conseq ncias, que o inaceit vel processo de destrui o das nossas florestas o mesmo que produz e reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo. Se assim n o for, e a prevalecer mera motiva o da propriedade , ent o seria justific vel tamb m propor devaneios como a internacionaliza o do Museu do Louvre ou, quem sabe, dos po os de petr leo ou ainda, e neste caso n o totalmente desprovido de raz o, do sistema financeiro mundial. Sim o Jatene. Preconceito e pretens o. In: JB ecol gico. Ano 4, n. 42, jul./2005, p. 46-7 (com adapta es). A partir das id ias presentes nos textos acima, expresse a sua opini o, fundamentada em dois argumentos, sobre a melhor maneira de se preservar a maior floresta equatorial do planeta. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 4 Q U ES T O 9 D IS C U R S IV A Nos dias atuais, as novas tecnologias se desenvolvem de forma acelerada e a Internet ganha papel importante na din mica do cotidiano das pessoas e da economia mundial. No entanto, as conquistas tecnol gicas, ainda que representem avan os, promovem conseq ncias amea adoras. Leia os gr ficos e a situa o-problema expressa por meio de um di logo entre uma mulher desempregada, procura de uma vaga no mercado de trabalho, e um empregador. Situa o-problema < m ulher : Tenho 43 anos, n o tenho curso superior completo, mas tenho certificado de conclus o de Acesso Internet secretariado e de estenografia. < e mpregador : Qual a abrang ncia de seu conhecimento sobre o uso de computadores? Quais as linguagens que voc domina? Voc sabe fazer uso da Internet? < m ulher : N o sei direito usar o computador. Sou de fam lia pobre e, como preciso participar ativamente da despesa familiar, com dois filhos e uma m e doente, n o sobra dinheiro para comprar um. < e mpregador : M uito bem, posso, quando houver uma vaga, oferecer um trabalho de recepcionista. Para trabalho imediato, posso oferecer uma vaga de copeira para servir cafezinho aos funcion rios mais graduados. Apresente uma conclus o que pode ser extra da da an lise a) dos dois gr ficos; ( valor: 5,0 pontos) b) da situa o-problema, em rela o aos gr ficos. ( valor: 5,0 pontos) RASCUNHO item a) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 5 RASCUNHO item b) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Q U E S T O 1 0 D IS C U R S IV A Vilarejos que afundam devido ao derretimento da camada congelada do subsolo, uma explos o na quantidade de insetos, n meros recorde de inc ndios florestais e cada vez menos gelo esses s o alguns dos sinais mais bvios e assustadores de que o Alasca est ficando mais quente devido s mudan as clim ticas, disseram cientistas. As temperaturas atmosf ricas no estado norte-americano aumentaram entre 2 oC e 3 oC nas ltimas cinco d cadas, segundo a Avalia o do Impacto do Clima no rtico, um estudo amplo realizado por pesquisadores de oito pa ses. Folha de S. Paulo, 28/9/2005. O aquecimento global um fen meno cada vez mais evidente devido a in meros acontecimentos que, como os descritos no texto, t m afetado toda a humanidade. Apresente duas sugest es de provid ncias a serem tomadas pelos governos que tenham como objetivo minimizar o processo de aquecimento global. ( valor: 10,0 pontos) RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 6 COMPONENTE ESPEC FICO Q U EST O 1 1 Q U EST O 1 3 O s culo XVIII constitui um marco importante para a hist ria do pensamento ocidental e para o surgimento das ci ncias sociais. As transforma es econ micas, pol ticas e culturais, que se intensificaram a partir dessa poca, colocaram problemas in ditos para a humanidade, que experimentava mudan as no Ocidente Europeu. Com refer ncia aos marcos fundadores do pensamento social no Ocidente, assinale a op o correta. A O feudalismo e o capitalismo, como marcos fundadores das ci ncias sociais, conviveram harmonicamente ao longo do processo de transforma o social a partir do s culo XVIII. B A Revolu o Francesa, pelo seu potencial revolucion rio e universal, dificultou o aparecimento das ci ncias sociais. C Um dos marcos fundadores das mudan as no s culo XVIII foi a transforma o da aristocracia inglesa em classe aliada burguesia, que, a partir da , comandou o processo econ mico no Ocidente. D O Renascimento e a Reforma s o considerados marcos fundadores que permitiram o aparecimento das ci ncias sociais. E A Revolu o Industrial e a Revolu o Francesa, ao redefinirem, respectivamente, as rela es pol ticas e as rela es de produ o, deram condi es para o surgimento de uma vis o racional do mundo, da qual emerge a sociedade como objeto de estudo. Q U EST O 1 2 Karl Marx, Max W eber e mile Durkheim, considerados fundadores das ci ncias sociais, desenvolveram interpreta es e conceitos sobre o mundo social que permanecem como refer ncias de an lise at os tempos atuais. Nesse sentido, assinale a op o correta a respeito de interpreta es e conceitos elaborados pelos referidos autores. A Karl Marx, ao trabalhar a esfera dos valores, elaborou o conceito de capital simb lico; Max W eber, na sua cr tica modernidade, referiu-se ao desencantamento do mundo ; mile Durkheim, ao analisar a determina o da sociedade sobre o indiv duo, formulou os conceitos de consci ncia coletiva e fato social. B Karl Marx decodificou as leis do capitalismo e analisou as rela es de produ o como rela es de explora o; Max W eber, a partir do estudo das religi es, concluiu que a economia fator preponderante do desenvolvimento do capitalismo; mile Durkheim, ao desenvolver o conceito de fato social, afirmou que a coer o interna aos indiv duos. C Karl Marx desenvolveu os conceitos de rela es de produ o e aliena o; Max W eber elaborou os conceitos de a o social e poder; mile Durkheim estabeleceu os conceitos de fato social e anomia. D Karl Marx utilizou as met foras de infra-estrutura e superestrutura, para explicar as rela es sociais; Max W eber considerou diferentes n veis de racionalidade na sociedade capitalista ocidental; mile Durkheim sustentou que o indiv duo determina a sociedade. E Karl Marx estudou o car ter civilizador das religi es; Max W eber analisou as rela es entre as classes sociais como rela es de explora o; mile Durkheim desenvolveu, em detalhes, a id ia de fetichismo. ENADE 2005 A respeito da multiplicidade de correntes anal ticas que caracterizam as ci ncias sociais, julgue os itens seguintes. I O funcionalismo examina o universo social como um sistema de partes interligadas; as partes s o, ent o, analisadas como conseq ncias, ou fun es, do sistema maior. II O utilitarismo considera que os indiv duos agem de acordo com crit rios coletivos de escolha. III Ao contr rio das teorias funcionalistas, que enfatizam o equil brio das partes como o todo maior, as teorias do conflito analisam as rela es de tens o e contradi es entre as partes. IV O estruturalismo procura analisar a sociedade como um modelo relacional de partes que formam uma estrutura. V O individualismo metodol gico estuda as caracter sticas da sociedade e suas influ ncias sobre o indiv duo. Est o certos apenas os itens A I, II e V. B I, III e IV. C I, IV e V. D II, III e IV. E II, III e V. Q U EST O 1 4 Gilberto Freire, no livro Casa Grande e Senzala , analisa aspectos das rela es inter-raciais no Brasil. Considerando a maneira como esse autor desenvolve, em sua an lise, o mito da harmonia entre as tr s ra as que constitu ram a na o brasileira, assinale a op o correta. A Segundo esse autor, a miscigena o produz uma sociedade singular nos tr picos, caracterizada principalmente pela conviv ncia pac fica entre as ra as. B A an lise de Gilberto Freire est focada na id ia de dissid ncia entre as tr s ra as, o que constitui o principal ponto de conflito da na o brasileira. C No mito da harmonia racial, G ilberto Freire sugere a preponder ncia absoluta do elemento branco sobre os negros e os ndios. D O preconceito racial , segundo esse autor, um elemento fundador do mito da na o brasileira. E Para o autor, o fen meno da miscigeniza o indica um desequil brio entre as tr s ra as constitutivas da na o brasileira. rea: CI NCIAS SOCIAIS 7 Q U EST O 1 5 Q U EST O 1 7 Na ci ncia, os dados do mundo real precisam ser sistem tica e cuidadosamente coletados, para que os procedimentos possam ser confirmados. Isso implica que a pr tica da ci ncia, ou a pesquisa cient fica, dependa da conformidade a algumas regras. Em ci ncias sociais, podem-se sintetizar essas regras em dois modelos distintos de coleta e an lise de dados: quantitativo e qualitativo. A respeito das caracter sticas desses dois modelos, assinale a op o correta. A O m todo quantitativo permite a obten o, na pesquisa em ci ncias sociais, de resultados exatos, que n o deixam d vida sobre o fen meno estudado. B O estudo de caso uma t cnica cl ssica nas an lises quantitativas. C Em ci ncias sociais, o pesquisador deve, obrigatoriamente, optar por pesquisas quantitativas ou pesquisas qualitativas, dada a incompatibilidade entre os dois m todos. D A pesquisa qualitativa, por sua natureza e por lidar com a dimens o objetiva dos fen menos, consegue apreender a totalidade das dimens es dos fen menos sociais. E A principal caracter stica da pesquisa quantitativa est em seu potencial de generaliza o dos resultados obtidos, desde que a amostra seja representativa, enquanto a pesquisa qualitativa caracteriza-se por analisar o problema em suas singularidades. Q U EST O 1 6 A hist ria de toda sociedade at nossos dias a hist ria das lutas de classe. Homem livre e escravo, patr cio e plebeu, bar o e servo, mestre de of cio e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos se encontraram sempre em constante oposi o, travaram uma luta sem tr gua, ora disfar ada, ora aberta, que terminou sempre por uma transforma o revolucion ria de toda a sociedade, ou ent o pela ru na das diversas classes em luta. Karl Marx. Manifesto comunista (com adapta es). Uma religi o um sistema solid rio de cren as e de pr ticas relativas a coisas sagradas, isto , separadas, proibidas; cren as e pr ticas que unem, numa mesma comunidade moral chamada Igreja, todos os que a elas aderem. mile Durkheim. As formas elementares da vida religiosa. Tendo os fragmentos de textos acima como refer ncia inicial, assinale a op o correta. A Para Marx, por meio da revolu o pac fica que se podem superar os conflitos entre os membros de uma sociedade. B Durkheim considera a religi o como um sistema aut nomo e subjetivo de pr ticas sagradas s quais os indiv duos As ci ncias sociais n o s o uma atividade puramente especulativa nem o simples reflexo da vida social e pol tica de uma dada poca ou coletividade. As disciplinas surgidas no s culo XIX, a partir de uma revolu o multifacetada e de projetos de coloniza o, devem seu desenvolvimento a um conjunto de condi es intelectuais, sociais e institucionais que ainda devem ser elucidadas. Henry-Charles Cuin e Fran ois Gresle. Hist ria da sociologia. S o Paulo: Ensaio, 1994, p. 11 (com adapta es). A partir do tema do fragmento de texto acima, julgue os itens que se seguem, relacionados a aspectos hist ricos das ci ncias sociais. aderem a partir de suas cren as religiosas. C As transforma es revolucion rias ocorridas no Leste Europeu no s culo XX foram previstas por Marx. D A religi o, para Durkheim, um sistema de classifica o que se baseia na moral humana. E Segundo M arx, a luta de classes compreende as quest es de g nero, de etnia e de outras minorias. Q U EST O 1 8 As ci ncias sociais contempor neas resgatam abordagens cl ssicas, como aquelas relacionadas a classe, ideologia, I II III IV V O aparecimento de novas tecnologias de informa o facilitou o surgimento das ci ncias sociais. A coloniza o dos pa ses de al m-mar foi inspiradora para o surgimento da antropologia. V rios autores cl ssicos das ci ncias sociais utilizaram o tema da industrializa o como objeto de suas pesquisas. Os revolucion rios da Revolu o Francesa, como Danton e Robespierre, s o os grandes fundadores do pensamento sociol gico. Processos de insurg ncia na Am rica Latina incentivaram o surgimento das ci ncias sociais. cultura, entre outras, e atualizam essas id ias com novos temas resultantes da complexidade da sociedade atual, como demonstram as categorias de an lise de g nero, etnia, sexualidade, autoritarismo, a o solid ria, exclus o social, novas identidades culturais, entre outras. Com rela o a esses temas, assinale a op o correta. A A luta das mulheres contribuiu para que o estudo de g nero fizesse parte das ci ncias sociais contempor neas. B Com exce o dos europeus, os povos n o geraram uma identidade cultural pr pria. Est o certos apenas os itens A B C D E I e III. I e IV. II e III. II e V. IV e V. ENADE 2005 C O fen meno da exclus o social um problema t pico do s culo XXI. D A a o solid ria uma quest o ideol gica que n o est contemplada pelas ci ncias sociais. E Segundo as ci ncias sociais, a sociedade ocidental n o possui elementos de cultura autorit ria. rea: CI NCIAS SOCIAIS 8 Q U EST O 1 9 Q U EST O 2 1 A imagina o sociopol tica brasileira formou-se no contexto da sociedade p s-colonial, refletindo os desafios de constru o de um pensamento sobre a sociedade nacional, sobre a identidade do povo brasileiro e sobre a pol tica. Em decorr ncia desse pensamento, surgiu uma s rie de no es nas ci ncias sociais, tais como miscigena o, eugenismo, democracia racial, homem cordial, cultura popular e pensamento autorit rio. Considerando a tem tica do texto acima, assinale a op o correta. A A miscigena o contribuiu para a melhoria da qualidade gen tica racial do povo brasileiro e, por isso, constitui uma refer ncia de valor para as ci ncias sociais. B Segundo as tend ncias dominantes das ci ncias sociais contempor neas no Brasil, o discurso da democracia racial funda-se em uma ideologia que esconde o preconceito racial. C A vis o do brasileiro como homem cordial uma proposta interpretativa de M rio de Andrade. D A Semana de Arte Moderna, que apresenta elementos constitutivos da identidade nacional, aconteceu nos fins do s culo XX. E O pensamento autorit rio foi concebido para emancipar as classes populares e conduzi-las luta pela democracia racial no Brasil. Q U EST O 2 0 A respeito dos estudos comparativos, a resposta de Weber foi a elabora o de tipos ideais , que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heur stico, sobre o qual era poss vel aplicar a compara o. Nas suas explica es hist ricas comparadas, Weber rejeita sempre a hip tese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das compara es em Weber prov m das suas constru es emp ricas dos processos de indu o e de introspec o mais do que de uma verifica o causal de hip teses. Paola Rebughini. A compara o qualitativa de objetos complexos e o efeito da reflexividade. In: Alberto Melluci (org.) Por uma sociologia reflexiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petr polis: Vozes, 2005, p. 242 (com adapta es). Entre os cl ssicos das ci ncias sociais, mile Durkheim trata da educa o em uma perspectiva sociol gica. No seu livro E duca o e Sociologia , ele desenvolve teses que marcaram as reflex es das ci ncias sociais sobre o tema. Segundo Durkheim, I II III IV V a educa o indica o efeito da a o do indiv duo sobre a sociedade. cada sociedade, considerada em momento determinado de seu desenvolvimento, possui um sistema de educa o que se imp e aos indiv duos de modo geralmente irresist vel. historicamente, os sistemas de educa o, dada a maneira pela qual se formaram e se desenvolveram, dependem da religi o, da organiza o pol tica, do grau de desenvolvimento das ci ncias, do est gio das ind strias. todas as sociedades tiveram sempre e para qualquer idade uma educa o igualit ria e homog nea. entre os ideais da educa o, est o de suscitar nas crian as certos estados f sicos e mentais que poderiam ser considerados indispens veis a todos os membros da sociedade. Est o certos apenas os itens A B C D E I, II e III. I, II e IV. I, IV e V. II, III e V. III, IV e V. Q U EST O 2 2 A falta de moradias e de servi os urbanos e a faveliza o s o quest es estruturais da sociedade brasileira que se intensificaram com a urbaniza o ocorrida a partir de 1940, levando a uma forte concentra o populacional nas grandes cidades. De acordo com o Censo Demogr fico, havia, em 2000, cerca de 1,7 milh o de domic lios localizados em favelas ou assentamentos semelhantes a elas, abarcando uma popula o de 6,6 milh es de pessoas, 53% das quais nos estados de S o Paulo e do Rio de Janeiro, nos quais as regi es metropolitanas concentram a maioria das favelas e dos favelados. Radar Social, IPEA, 2005 (com adapta es). A respeito dessas informa es, que caracterizam alguns aspectos das metr poles brasileiras, julgue os itens que se seguem. I Tendo o fragmento de texto acima como refer ncia inicial, assinale a op o correta a respeito de tipos ideais , segundo a formula o proposta por Max W eber. A Os tipos ideais n o s o constru es emp ricas. B A causalidade nica a base dos tipos ideais . C A compara o n o essencial para a constru o dos tipos ideais . D Os tipos ideais n o permitem uma explica o hist rica. E Os tipos ideais s o constru dos essencialmente a partir da verifica o causal de hip teses. ENADE 2005 A faveliza o, fen meno sobretudo metropolitano, revela forte demanda reprimida por acesso terra e habita o. II A faveliza o uma das formas encontradas pela popula o pobre para solucionar suas necessidades habitacionais. III A urbaniza o brasileira vem apresentando forte tend ncia de concentra o da popula o pobre nas metr poles. Assinale a op o correta. A B C D E Apenas um item est certo. Apenas os itens I e II est o certos. Apenas os itens I e III est o certos. Apenas os itens II e III est o certos. Todos os itens est o certos. rea: CI NCIAS SOCIAIS 9 Q U EST O 2 3 Q U EST O 2 5 A realidade social dos munic pios brasileiros variada. Algumas pequenas cidades vivem das transfer ncias de renda do governo federal por meio de programas como o Bolsa Fam lia. Estudos comprovam que grande parte de seus beneficiados conseguiram tornar-se economicamente ativos depois de serem contemplados pelo programa, embora este seja considerado pelos cr ticos como uma a o assistencialista. Correio Braziliense, 29/9/2005, p.14 (com adapta es). Que conclus o essa informa o permite deduzir? Os debates cada vez mais freq entes sobre esc ndalos nos mais diversos setores da sociedade e, em particular, na esfera pol tica, rep em o velho tema da rela o entre a tica e a pol tica. Em sua obra O P r ncipe , Maquiavel busca uma solu o para essa problem tica. De acordo com as reflex es desse autor sobre essa quest o, assinale a op o correta. A Os ditames da moralidade convencional podem significar a ru na A A realidade social dos munic pios brasileiros estruturalmente pobre, e as transfer ncias de renda s pioram a situa o. B O programa Bolsa Fam lia movimenta a economia local de pequenas cidades, pois garante s fam lias contempladas um m nimo de possibilidade de consumo. C medida que se tornam economicamente ativos, os benefici rios do programa Bolsa Fam lia adquirem poder de poupan a. D O assistencialismo n o garante acesso ao mercado de consumo, pois a renda que ele aporta m nima. E O assistencialismo n o pode ser a alternativa para uma realidade t o heterog nea como a dos pequenos munic pios brasileiros. Q U EST O 2 4 do pr ncipe. Assim, a qualidade exigida do pr ncipe que deseja manter-se no poder , sobretudo, a sabedoria de agir conforme as circunst ncias. B As qualidades do pr ncipe devem ser bondade, honestidade e capacidade de cumprir suas promessas, conforme rezam os mandamentos da virtude crist . C O pr ncipe n o deve encontrar os fundamentos de seu poder na for a e nos v cios. A v irtu e st precisamente na capacidade de manter a prud ncia, a sabedoria e o respeito dos governados. D A atividade pol tica exige v irtu e fortuna. A v irtu r efere-se bondade; a fortuna, exclusivamente ao ac mulo de bens materiais. A urbaniza o brasileira vem-se caracterizando, nas ltimas d cadas, por intenso processo de metropoliza o, ou seja, concentra o de popula o em grandes cidades conurbadas. O conjunto metropolitano re ne atualmente 413 munic pios, onde vivem pouco mais de 68 milh es de habitantes, distribu dos em aproximadamente 167 quil metros quadrados, conformando uma realidade muito diversificada em rela o efetiva conurba o do territ rio. Sobre esse fen meno da metropoliza o brasileira, julgue os itens a seguir. Com o aumento da import ncia institucional e demogr fica, as metr poles brasileiras est o concentrando, hoje, um conjunto de quest es sociais, cujo aspecto mais evidente e dram tico a exacerba o da viol ncia. II Com a metropoliza o, h efetivo processo civilizador, que traz vantagens a todos os indiv duos e grupos sociais que se instalam em reas metropolitanas. III A aglomera o de popula o em metr poles o resultado de fatores de expuls o do campo e de fatores da atra o que as cidades exercem sobre as correntes migrat rias. E Na pol tica, os fins n o justificam os meios. Q U EST O 2 6 Um exemplo cl ssico da rela o entre tica e pol tica a teoria weberiana sobre a tica de convic o e a tica de responsabilidade . Assinale a op o que representa a forma como Max W eber definia essas duas ticas. I Assinale a op o correta. A B C D E Apenas um item est certo. Apenas os itens I e II est o certos. Apenas os itens I e III est o certos. Apenas os itens II e III est o certos. Todos os itens est o certos. ENADE 2005 A A tica de convic o est vinculada id ia de revolu o, e a tica de responsabilidade , id ia de bom senso. B A tica de convic o diz respeito queles que vivem da pol tica; a tica de responsabilidade , queles que vivem para a pol tica. C A tica de convic o est relacionada ao nosso sistema de cren as e valores; a tica de responsabilidade , ao dever de respondermos pelas previs veis conseq ncias de nossos atos. D A tica de convic o relaciona-se ao cumprimento da lei; a tica de responsabilidade , ao nosso senso de propor o. E A tica de convic o equivale ao compromisso com a sociedade; a tica de responsabilidade , ao compromisso com o governo. rea: CI NCIAS SOCIAIS 10 Q U EST O 2 7 Atualmente, as universidades discutem sobre a implementa o de cotas para grupos exclu dos historicamente da sociedade. No centro desse debate, a express o-chave a es afirmativas . As a es afirmativas devem ser entendidas corretamente como A as pol ticas governamentais para prote o restrita s popula es negras e pardas. B as pol ticas de discrimina o positiva, que objetivam a inser o de grupos que se encontram em situa o de desigualdade e (ou) de discrimina o social. C as a es de grupos beneficentes cujo objetivo a ajuda aos grupos exclu dos da sociedade. D um conjunto de medidas cujo objetivo restringe-se a fornecer ajuda a popula es carentes. E um conjunto de medidas cujo objetivo nico propiciar mais escolaridade ao conjunto da popula o. Q U EST O 2 8 Q U EST O 2 9 Os pap is sociais foram, no passado, conhecidos como o O soci logo franc s Serge Paugan elaborou a seguinte tipologia das resultado de uma divis o natural do trabalho. Para os interven es sociais em rela o s popula es pobres. cientistas sociais que estudam g nero, a divis o sexual de tarefas, longe de ser conseq ncia natural de diferen as tipologia biol gicas, constru o criada e mantida pela sociedade. Nesse sentido, assinale a op o correta com rela o aos objetivos da pesquisa de g nero, no mbito das ci ncias sociais. A Os estudos de g nero t m como objetivo exclusivo a distribui o do poder feminino no conjunto da sociedade. B A pesquisa de g nero tem como objetivo mostrar para a tipos de benefici rios interven o fragilizados pontual Vivem na incerteza ou irregularidade da renda e se beneficiam de uma interven o social na esfera do or amento. interven o assistidos regular Disp em de uma renda proveniente da prote o social ou das redes de solidariedade nacional. S o uma minoria sem trabalho e sem domic lio fixo. Sua prote o social vem inframarginalizados da rede de repescagem da a o social interven o ou das associa es de caridade. Desqualifica o social ensaio sobre uma nova pobreza. S o Paulo: Educ/Cortez, 2003, p. 63-5 (com adapta es). sociedade que as mulheres possuem caracter sticas inatas diferentes no que tange divis o social do trabalho. C A pesquisa de g nero tem como objetivo b sico demonstrar defini o Com rela o realidade brasileira e com base nessas categorias, correto concluir que que as diferen as entre homens e mulheres no mercado de trabalho s o biologicamente determinadas. A o programa Bolsa Fam lia um tipo de infra-interven o. D Os estudos de g nero realizados no mbito das ci ncias sociais t m como objetivo restrito e exclusivo a introdu o das mulheres no mercado de trabalho. a distribui o de poder e de recursos entre homens e mulheres em uma dada sociedade, considerando a quest o de g nero como uma dimens o da an lise fundamental de ENADE 2005 assistido da interven o regular. C os E Nas ci ncias sociais, a pesquisa de g nero procura estudar toda organiza o social. B o trabalhador terceirizado no Brasil um caso t pico de mendigos s o objeto t pico dos programas de infra-interven o. D as a es afirmativas (cotas) caracterizam-se como interven o regular. E o trabalho das ONGs limita-se a a es de interven o pontual ou regular. rea: CI NCIAS SOCIAIS 11 Q U EST O 3 0 Q U EST O 3 1 Ativistas de organiza es da sociedade civil fazem press es e reivindica es ao Estado para que seus interesses e necessidades sejam atendidos pelas pol ticas p blicas, como expressam as Os escritos de Marx sobre o movimento do proletariado podem ser considerados como contribui es cl ssicas aos estudos dos seguintes falas: Para o futuro esperamos que os governos, em geral, movimentos sociais. Marx partia do pressuposto de que os abram mais as m os , que construam menos pracinhas e campos de futebol e melhorem as condi es de esgoto, gua, luz e tomada de consci ncia das classes sociais, da defini o de seus seguran a nos bairros . movimentos do proletariado deveriam constituir-se a partir da opositores de classe e de um projeto de transforma o da Projeto Catando Cidadania. As hist rias de vida e as lutas dos catadores de Santa Maria. Santa Maria: Pallotti, 2005. sociedade. A sociologia contempor nea, a partir de uma leitura da Hoje, para a sociedade, as mulheres s o as v timas e as vil s do aborto clandestino, inseguro, ilegal e malfeito, Touraine, Melucci, Castells e muitos outros, atualizou esse principalmente as mulheres pobres, em especial as negras. Para as mulheres ricas, existem cl nicas seguras, protegidas de infec es... realidade da segunda metade do s culo XX, como a realizada por conceito, considerando que os movimentos sociais se organizam tendo por base a constru o de uma identidade coletiva, a defini o Assim sonhamos que dia vir em que o aborto seja uma quest o em que as mulheres decidam, a sociedade respeite, o Estado de advers rios ou dos conflitos e de um projeto ou utopia de garanta . julgue os itens a seguir. transforma o ou mudan a social. Com base nesses pressupostos, Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Jornal CFEMEA. Bras lia, n. 145, 2005, p. 2. S um pacto pol tico entre governo, sociedade e ndios pode resolver os problemas dos ind genas. O F rum em Defesa dos Direitos Ind genas est disposi o para isso, e este Conselho [refere-se proposta de cria o do Conselho Nacional de Pol tica Indigenista] um primeiro passo importante para construirmos esse pacto , afirma o ind gena Gersen Baniwa, secret rio-geral da COIAB. CIMI, Informativo 661, 2005. I O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que construiu, a partir da no o de sem-terra , sua identidade coletiva, considera a estrutura da terra como historicamente injusta no Brasil e luta pela redistribui o da propriedade rural, raz o por que pode ser considerado um movimento social. II Segundo a sociologia contempor nea, os nicos verdadeiros movimentos sociais no Brasil s o os movimentos sindicais. III O Grito dos Exclu dos, organizado pelas pastorais sociais, Com base nas afirma es acima e na avalia o das pol ticas prom ove m anifesta es exclusivamente no dia da Independ ncia e, portanto, n o se caracteriza como movimento p blicas no Brasil, julgue os itens abaixo. social. I F runs da sociedade civil e conselhos setoriais s o IV Segmentos da popula o negra no Brasil v m-se organizando instrumentos leg timos para a formula o de pol ticas em torno de uma identidade afro-brasileira, consideram-se p blicas. II As pol ticas p blicas sempre atendem aos interesses das v timas de um legado hist rico de discrimina es, prop em modificar essa situa o por meio de pol ticas afirmativas e de popula es mais carentes. III As feministas reivindicam assist ncia p blica adequada, em caso de aborto, s mulheres de classes pobres. reconhecimento tnico e emergem como movimento social. V Somente os movimentos de base classista podem ser IV As feministas defendem o direito das mulheres de decidirem sobre seu pr prio corpo. V As organiza es de catadores ainda n o definiram suas considerados como verdadeiros movimentos sociais, tanto no passado como nos dias atuais. prioridades sociais. Est o certos apenas os itens Est o certos apenas os itens A I, II e V. B I, III e IV. A I, II e III. B I, III e IV. C I, IV e V. C I, IV e V. D II, III e IV. D II, III e V. E II, III e V. E III, IV e V. ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 12 Q U EST O 3 2 Q U EST O 3 4 Um dos objetivos do F rum Nacional de M ovimentos e Organiza es Juvenis reunir, em um espa o plural e aut nomo, as diversas juventudes brasileiras e articular suas lutas e bandeiras. O F rum conta com a ades o de ONGs e de entidades dos movimentos estudantis, juventudes partid rias, movimento h ip-hop e s etores juvenis de movimentos sociais. Nesse sentido, o F rum A ambientaliza o dos conflitos sociais est relacionada constru o de uma nova quest o social, uma nova quest o p blica. Pode-se supor que a constru o dessa quest o tenha-se iniciado, nos pa ses desenvolvidos industriais, relacionada produ o de acidentes industriais, ampliados de grandes riscos e de sua internacionaliza o. Nesses pa ses industriais, a aplica o da ci ncia numa escala industrial, entre outras, leva autores, como Giddens, a caracterizarem tais sociedades como sendo de moderniza o reflexiva e de incerteza industrial, enquanto outros, como Ulrick Beck, as classificam como sociedades de risco. Idem, ibidem. A prop e-se ser um espa o para os partidos pol ticos atuarem. B n o um ator pol tico. C pretende ser parte da estrutura estatal. D prop e-se ser um espa o que contemple a diversidade dos movimentos e organiza es juvenis. E deve ter lutas e bandeiras ideologicamente homog neas. Q U EST O 3 3 O processo hist rico relativo preserva o do meio ambiente implica simultaneamente transforma es no Estado e no comportamento das pessoas. Essas transforma es t m a ver com alguns fatores, tais como o crescimento da import ncia da esfera institucional do meio ambiente entre os anos 70 e o final do s culo XX; os conflitos sociais em n vel local e seus efeitos na interioriza o de novas pr ticas; a educa o ambiental como novo c digo de conduta individual e coletiva; a quest o da participa o; e, finalmente, a quest o ambiental como nova fonte de legitimidade e de negocia o luz da reflex o acima, assinale a op o correta. A A aplica o do progresso cient fico de forma n o controlada pode levar gera o de riscos ambientais. B As no es de sociedade de risco e de moderniza o reflexiva fazem avan ar os estudos sociol gicos apenas no Terceiro Mundo. C A condi o de pa s desenvolvido industrial n o essencial para a discuss o sobre meio ambiente. D As no es de sociedade de risco e de moderniza o reflexiva s o formuladas por correntes do pensamento sociol gico contempor neo que n o dialogam entre si. E A discuss o sobre meio ambiente, nos pa ses desenvolvidos, n o se aplica aos pa ses menos desenvolvidos. Q U EST O 3 5 O desejo de inverter as regras da sociedade tornou-se marca registrada no universo dos bits. Pesquisa recente apresentada pelo maior laborat rio de estudos de jogos eletr nicos do mundo, localizado na IT University, da Dinamarca, revela um desejo, sem precedentes, dos jovens de classe m dia de encarnar pap is de fora-da-lei no ambiente virtual. O alerta de perigo soa mais alto porque, em alguns casos, a identidade fict cia avan a o limite do faz-de-conta e se confunde com a vida real. Evangeline, nome fict cio de uma ex-jogadora de The Sims online, teve sua conta encerrada por se comportar como prostituta no game. nos conflitos. No submundo dos games. In: poca, n. 368, 6/7/2005. J. S. Leite Lopes (Coord.). A ambientaliza o dos conflitos sociais. Rio: Relume-Dumar , 2004 (com adapta es). A partir das quest es acima relatadas, correto concluir que A partir do texto acima, julgue os itens seguintes. I II A o processo hist rico no tocante ao meio ambiente n o III levou a novas formas de legitimidade pol tica e social. B os conflitos sociais situam-se margem da quest o ambiental. IV V C o debate sobre o meio ambiente inspira uma nova ordem moral. Da complexidade da quest o ambiental reduz a possibilidade de atua o interdisciplinar nessa rea. E a especificidade tem tica tende a afastar as ci ncias sociais do debate acerca das quest es ambientais. ENADE 2005 Os g ames , por constitu rem uma brincadeira, est o dissociados da viol ncia. O desejo de inverter, no g ame , as regras da sociedade leg timo, desde que n o sejam atingidos os direitos dos outros. A Internet um territ rio livre, sem qualquer forma de monitoramento. A pr tica de atos il citos por jovens na vida real conseq ncia de suas viv ncias do mundo virtual. Como todo h bito compulsivo, os jogos eletr nicos podem criar depend ncias se n o forem vividos dentro de limites sociais. Est o certos apenas os itens A B C D E I e II. II e III. II e IV II e V. IV e V. rea: CI NCIAS SOCIAIS 13 Q U EST O 3 6 Q U EST O 3 7 Durante muito tempo, foi a partir do trabalho que se Ao final da d cada passada, um especialista em assuntos difundiram movimentos universalizantes de direitos para toda internacionais (Kapstein,1996:16, I n : M. A. Santana, op. cit.) a sociedade. H d vidas sobre a id ia de que a sociedade escreveu o seguinte acerca dos problemas gerados pela economia capitalista seja capaz de formular novos direitos inclusivos, visto global: que anuncia n o precisar tanto dos trabalhadores e, A economia global est deixando em seu rastro milh es de rapidamente, surgem novas desigualdades e aumento da exclus o social. O caso brasileiro expressa grandes dilemas a trabalhadores insatisfeitos. Desigualdade, desemprego e pobreza end mica t m sido seus companheiros. A r pida mudan a tecnol gica partir do momento em que o pa s se viu envolvido no processo e o aumento da competi o internacional est o pressionando os de globaliza o econ mica sem ainda ter resolvido seus mercados de trabalho dos principais pa ses industrializados. Ao mesmo problemas sociais b sicos, que s o potencializados pelo tempo, press es sist micas est o reduzindo a capacidade dos governos de responder com novos gastos. No exato momento em que os desenvolvimento da economia global. trabalhadores precisam dos Estados nacionais como uma prote o na M. A. Santana e J. R. Ramalho (Org.). Al m da f brica. S. Paulo: Boitempo, 2003 (com adapta es). Assinale a op o correta referente ao assunto do texto acima. A O trabalho deixou de produzir, entre os trabalhadores, rela es pol ticas que levem conquista de direitos. BO desenvolvimento do capitalismo tem sido economia mundial, eles os est o abandonando. Com refer ncia ao texto acima, julgue os itens seguintes. I A economia global tem levado os governos nacionais formula o de pol ticas p blicas que protejam seus trabalhadores contra a perda de seus direitos. II A economia global vem dificultando o atendimento dos direitos acompanhado pela incorpora o de grande contingente de dos trabalhadores, como os direitos ao emprego e ao sal rio. trabalhadores. III A grande maioria dos trabalhadores tem sido muito beneficiada C O Brasil manteve-se distanciado das quest es ligadas ao pelas transforma es tecnol gicas do capitalismo contempor neo. desenvolvimento capitalista, por isso, os problemas IV A desigualdade, o desemprego e a pobreza v m gerando a sociais pouco afetam afetam as classes trabalhadoras e a exclus o social no atual processo de desenvolvimento capitalista. sociedade brasileira. D A economia capitalista atual gera novas formas de Est o certos apenas os itens exclus o, eliminando ou enfraquecendo o trabalho, que A I e II. sempre foi considerado uma forma de constru o de identidade das classes trabalhadoras. C II e III. E ilus o pensar que a exclus o social tenha rela o com a economia capitalista. ENADE 2005 B I e III. D II e IV. E III e IV rea: CI NCIAS SOCIAIS 14 Q U E S T O 3 8 D IS C U R S IV A A viol ncia na sociedade brasileira tem sido atribu da, principalmente, a jovens de classes populares. Desconsideram-se, nessa concep o, fatores como desemprego, precariedade do ensino p blico e falta de pol ticas sociais. Com base nessa reflex o, redija um texto dissertativo cujo tema seja a viol ncia na sociedade brasileira. ( valor: 10,0 pontos) RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 15 Q U E S T O 3 9 D IS C U R S IV A Nas grandes cidades brasileiras, freq ente o aparecimento de reas de invas o por popula es empobrecidas. Tais popula es, submetidas a press es permanentes do poder p blico e dos propriet rios das terras invadidas, experimentam a inseguran a em decorr ncia das situa es concretas de vulnerabilidade. As ci ncias sociais pesquisam com freq ncia fen menos dessa natureza. Conceba um esbo o de projeto de pesquisa dessa situa o social. ( valor: 10,0 pontos) RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 16 Q U E S T O 4 0 D IS C U R S IV A Atualmente, as oportunidades de acesso ao ensino superior est o sendo ampliadas por meio de pol ticas afirmativas, tal como o sistema de cotas para negros e ndios (e seus descendentes) em universidades p blicas. Considerando esse debate, discuta os argumentos a favor e contra as a es afirmativas no mbito das universidades p blicas. RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ENADE 2005 rea: CI NCIAS SOCIAIS 17 Q UESTION RIO DE PERCEP O SOBRE A PROVA As quest es a seguir visam obter a sua opini o a respeito da qualidade e da adequa o da prova que voc acabou de realizar. Escolha, em cada um a delas, a op o que m elhor reflete a sua opini o. Use os espa os reservados na folha de respostas para as suas m arca es. Agradecem os a sua colabora o. 1 Qual o grau de dificuldade da prova na parte de 6 form a o geral? As inform a es/instru es fornecidas nos enunciados das quest es foram suficientes para resolv -las? A Muito f cil. A Sim, at excessivamente. B F cil. B Sim, em todas elas. C M dio. D Dif cil. C Sim, na maioria delas. E Muito dif cil. D Sim, somente em algumas. E N o, em nenhuma delas. 2 Qual o grau de dificuldade da prova na parte de form a o espec fica? A Muito f cil. 7 B F cil. Qual a m aior dificuldade com que voc se deparou ao responder a prova? C M dio. A Desconhecimento do conte do. D Dif cil. B Forma diferente de abordagem do conte do. E Muito dif cil. C Espa o insuficiente para responder s quest es. 3 D Falta de motiva o para fazer a prova. Quanto extens o, em rela o ao tem po destinado resolu o, com o voc considera a prova? E N o tive dificuldade para responder prova. A Muito longa. B Longa. C Adequada. 8 Considerando apenas as quest es objetivas da prova, D Curta. voc percebeu que E Muito curta. A n o estudou ainda a maioria dos conte dos avaliados. B estudou apenas alguns dos conte dos avaliados, mas n o 4 Os enunciados das quest es da prova na parte de os aprendeu. form a o geral estavam claros e objetivos? C estudou a maioria dos conte dos avaliados, mas n o os A Sim, todos. aprendeu. B Sim, a maioria. C Apenas cerca da metade. D estudou e aprendeu muitos dos conte dos avaliados. D Poucos. E estudou e aprendeu todos os conte dos avaliados. E N o, nenhum. 5 Os enunciados das quest es da prova na parte de form a o espec fica estavam claros e objetivos? A Sim, todos. B Sim, a maioria. C Apenas cerca da metade. 9 Em quanto tem po voc concluiu a prova? A Menos de uma hora. B Entre uma e duas horas. C Entre duas e tr s horas. D Poucos. D Entre tr s e quatro horas. E N o, nenhum. E Usei as quatro horas e n o consegui terminar. CI NCIAS SOCIAIS D E C A E C B 1 2 3 4 5 6 7 8, 9 e 10 E C B A E C D A B A D E B C A C B E C B B D C A D D D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38, 39 e 40

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : enade provas, enade provas anteriores, enade provas 2009, enade provas e gabaritos, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat