Popular ▼   ResFinder  

Enade Exame de 2002 - PROVAS - Arquitetura e Urbanismo

23 páginas, 54 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

PROVA 1 CADERNO DE QUEST ES Instru es Partes Nos das Quest es Nos das pp. neste Caderno ARQUITETURA E URBANISMO 1- Voc est recebendo o seguinte material: a) este caderno com o enunciado das quest es objetivas, das quest es discursivas, e das quest es relativas s suas impress es sobre a prova, assim distribu das: Peso de cada parte Objetiva 1 a 40 3 a 17 70% Discursiva 1a3 18 a 20 30% Impress es sobre a prova 41 a 54 21 b) 01 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um CART O destinado s respostas das quest es objetivas e de impress es sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das quest es discursivas dever o ser feitos a caneta esferogr fica de tinta preta e dispostos nos espa os especificados nas p ginas do Caderno de Respostas. 2 - Verifique se este material est em ordem e se o seu nome no CART O-RESPOSTA est correto. Caso contr rio, notifique IMEDIATAMENTE a um dos Respons veis pela sala. 3 - Ap s a confer ncia do seu nome no CART O-RESPOSTA, voc dever assin lo no espa o pr prio, utilizando caneta esferogr fica de tinta preta, e imediatamente ap s dever assinalar, tamb m no espa o pr prio, o n mero correspondente a sua prova ( 1 , 2 , 3 ou 4 ). Deixar de assinalar esse n mero implica anula o da parte objetiva da prova. 4 - No CART O-RESPOSTA, a marca o das letras correspondentes s respostas assinaladas por voc para as quest es objetivas (apenas uma resposta por quest o) deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espa o compreendido pelo c rculo que a envolve com um tra o cont nuo e denso, a l pis preto n 2 ou a caneta esferogr fica de tinta preta . A LEITORA TICA sens vel a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marca o completamente, sem deixar claros. Exemplo: A B C D E 5 - Tenha cuidado com o CART O-RESPOSTA, para n o o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. Este CART O SOMENTE poder ser substitu do caso esteja danificado em suas margens-superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA TICA. 6 - Esta prova individual. Voc PODE usar calculadora; entretanto s o vedadas qualquer comunica o e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogr fico, cadernos ou anota es de qualquer esp cie. 7 - Quando terminar, entregue a um dos Respons veis pela sala o CART ORESPOSTA grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presen a. Cabe esclarecer que nenhum graduando dever retirar-se da sala antes de decorridos 90 (noventa) minutos do in cio do Exame. 8 - Voc pode levar este CADERNO DE QUEST ES. OBS.: Caso ainda n o o tenha feito, entregue ao Respons vel pela sala o cart o com as respostas ao question rio-pesquisa e as eventuais corre es dos seus dados cadastrais. Se n o tiver trazido as respostas ao question rio-pesquisa, voc poder envi -las diretamente DAES/INEP (Esplanada dos Minist rios, Bloco L - Anexo II - Bras lia, DF - CEP 70047-900). 9 - VOC TER 04 (QUATRO) HORAS PARA RESPONDER S QUEST ES OBJETIVAS, DISCURSIVAS E DE IMPRESS ES SOBRE A PROVA. OBRIGADO PELA PARTICIPA O! MEC Minist rio da Educa o PROV O 2002 DAES Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais PROVA 1 Diretoria de Estat sticas e Avalia o da Educa o Superior Cons rcio Funda o Cesgranrio/Funda o Carlos Chagas ARQUITETURA E URBANISMO 1 2 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 QUEST ES OBJETIVAS ANTES DE MARCAR SUAS RESPOSTAS, ASSINALE, NO ESPA O PR PRIO DO CART O-RESPOSTA, O N MERO DO SEU GABARITO. 1 O mau estado de conserva o de um edif cio p blico neocl ssico, constru do na primeira metade do s culo XIX, indica a necessidade urgente de restaura o, sobretudo das fachadas, como se observa na ilustra o. O requisito inicial para se realizar a recupera o a correta identifica o de seus elementos construtivos e estil sticos. A ordem arquitet nica da pilastra que aparece na ilustra o do edif cio considerado (A) j nica. (B) d rica. (C) cor ntia. (D) comp sita. (E) salom nica. 2 Na arquitetura de car ter vernacular, com predomin ncia no meio rural brasileiro, foi largamente utilizado um processo construtivo conhecido como taipa de sebe ou taipa de m o. Esse processo caracterizado (A) pelo enchimento de f rma disposta na horizontal com argamassa de cimento, cal e areia e depois colocada a prumo. (B) pelo enchimento de uma esp cie de gradeamento vazado de madeiras, varas, bambus ou caules de arbustos com barro amassado. (C) pela compacta o do barro atrav s de um pil o entre t buas ou taipas mantidas a prumo por meio de travessas e cavilhas. (D) pela aplica o de uma argamassa de cimento e areia para preencher os espa os vazios de uma estrutura. (E) pela aplica o de uma argamassa base de cal virgem nos vazios de uma alvenaria de pedra de m o. 3 Da arquitetura produzida no Brasil durante o per odo colonial, as edifica es religiosas (igrejas, conventos, mosteiros, col gios) t m reconhecida import ncia. Jesu tas, beneditinos, carmelitas, franciscanos e as ordens leigas (ordens terceiras) produziram um grande n mero de igrejas que, apesar de espalhadas pelo vasto territ rio do pa s, apresentam caracter sticas comuns quanto a seu partido, tais como: (A) fachada s bria com torres sineiras laterais; nave nica e capela-mor profunda; c pula sobre o arco-cruzeiro; decora o interior austera, limitada aos pr prios elementos de arquitetura (colunas, capit is, frisos, medalh es). (B) fachada s bria com torres sineiras laterais; nave nica com altares laterais e capela-mor profunda; decora o interior profusa e exuberante, aplicada sobre os elementos de arquitetura. (C) fachada decorada sem torre sineira; nave em forma de cruz latina e c pula sobre o arco-cruzeiro; aplica o fiel dos ornamentos cl ssicos. (D) fachada ondeada; nave curva e c pula sobre a nave; livre combina o e reinven o dos ornatos cl ssicos. (E) fachada com front o curvo e torre sineira recuada; nave tripla e capela-mor radiada; decora o reduzida ao altar-mor. PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 3 4 O Capit lio, em Roma, obra desenvolvida por Miguel ngelo a partir de 1538, considerado um dos mais importantes exemplos da arte urbana do s culo XVI. Em seu livro Design of the Cities, E.Bacon estuda este projeto: Imagem I Imagem II Em seu estudo, Bacon mostra certas caracter sticas do s tio original (Imagem I) para melhor situar os princ pios de composi o adotados pelo arquiteto no tratamento da Pra a, circundada de importantes edif cios p blicos. Considerando que este conjunto prenuncia alguns dos princ pios desenvolvidos no per odo barroco e analisando a solu o apresentada (Imagem II), verifica-se que a composi o da Pra a (A) monodirecional, valorizando igualmente os tr s corpos de edif cio que a formam. (B) bidirecional, valorizando igualmente os tr s corpos de edif cio que a formam. (C) bidirecional, mantendo uma clara hierarquia entre dois dos edif cios que a formam. (D) multidirecional, valorizando igualmente os tr s corpos de edif cio que a formam e enfatizando a escultura central. (E) multidirecional, mantendo uma clara hierarquia entre as edifica es, que s o ordenadas e subordinadas a uma linha de for a principal. 5 Diferentes princ pios de projeto para conserva o e restauro de monumentos foram desenvolvidos e aplicados ao longo dos s culos XIX e XX, constituindo refer ncias importantes para a cultura e a pr tica contempor nea da atividade. A esse respeito, considere as seguintes afirma es: "Restaurar um edif cio restitu -lo a um estado completo, que pode jamais ter existido num momento dado. (Viollet-le-Duc) Restaurar significa "a mais completa destrui o que um edif cio pode sofrer. Eles [os monumentos] n o nos pertencem. Pertencem em parte queles que os edificaram, em parte ao conjunto das gera es humanas que nos seguir o." (Ruskin) A partir dessas afirma es, conclui-se que o postulado de (A) Viollet-le-Duc intervencionista e defende a liberdade de cria o, nele se podendo reconhecer a a o individual do arquiteto. (B) Viollet-le-Duc anti-intervencionista e defende a liberdade de cria o, nele se podendo reconhecer a a o individual do arquiteto. (C) Viollet-le-Duc anti-intervencionista e defende o car ter sagrado dos edif cios. (D) Ruskin intervencionista e defende o car ter sagrado dos edif cios. (E) Ruskin anti-intervencionista e defende a liberdade de cria o, nele se podendo reconhecer a a o individual do arquiteto. 4 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 Considere o texto abaixo e responda s quest es 6 e 7. Na arquitetura tradicional, os diferentes subsistemas que comp em um edif cio (estrutura portante, esquema distributivo, organiza o espacial, mecanismos de acesso, aberturas, rela es com o exterior, etc.) se sobrep em de modo exato e un voco, estabelecendo nitidamente sua estrutura formal. Na arquitetura moderna, todos esses subsistemas podem ser concebidos de modo aut nomo, de acordo com estrat gias individuais do arquiteto, as quais, embora solid rias, podem n o ser coincidentes. 6 A seguir encontram-se a planta e a vista da Villa Rotonda (1566-70), em Vicenza, obra de Andrea Palladio. Villa Rotonda, Vicenza, Andrea Palladio Villa Rotonda, Vicenza, Andrea Palladio Considere as seguintes afirma es a respeito das rela es entre estrutura portante, organiza o do espa o e fachadas: I a disposi o espacial interna em planta consiste em recintos estanques, definidos por paredes maci as s interrompidas pelas aberturas; II a estrutura portante coincide com as paredes internas e externas; III a estrutura portante e as subdivis es internas s o de f cil identifica o visual por sua separa o f sica; IV a fluidez espacial uma das caracter sticas dessa arquitetura. As afirma es corretas s o apenas: (A) I e II. (B) I e III. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV. 7 Observe, abaixo, a planta do 1 pavimento e a fachada posterior da Casa Stein, obra de Le Corbusier em Paris. Casa Stein, Paris, Le Corbusier Analisando-se a rela o entre estrutura portante, distribui o na planta do 1 pavimento e fachada posterior da casa, constata-se que (A) a planta apresenta v rias subdivis es al m da defini o dos espa os para cozinha e terra o. (B) a simetria espelhada da planta facilita e organiza a circula o. (C) a estrutura portante determina a compartimenta o interna. (D) a estrutura portante constitu da por colunas no interior da planta e trecho de paredes nos extremos da mesma. (E) a estrutura portante interfere na configura o da fachada. PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 5 8 No paisagismo europeu dos s culos XVII e XVIII destacam-se duas tradi es, uma de origem inglesa e outra de origem francesa. De acordo com os princ pios que regem a concep o paisag stica no per odo, os jardins de tradi o (A) francesa privilegiam os tra ados chamados de "pitorescos". (B) francesa privilegiam os tra ados sinuosos, o tratamento de canteiros, caminhos, massas vegetais e planos d' gua de forma variada e irregular. (C) francesa s o organizados a partir de um r gido tra ado geom trico. (D) inglesa s o delimitados com clareza por massas vegetais e planos d' gua. (E) inglesa tiram partido formal da regularidade e das grandes perspectivas visuais. 9 O arquiteto austr aco Camillo Site (1843-1903), em seu livro A Constru o das cidades segundo seus princ pios art sticos, valoriza a composi o pitoresca dos tra ados e preconiza interven es pontuais, que respeitem as particularidades do local. Nesse sentido, suas orienta es privilegiam (A) o emprego da malha urbana ortogonal na composi o dos espa os urbanos. (B) o estabelecimento de gabaritos e de taxas de ocupa o do solo. (C) a constru o de p tios entre os edif cios residenciais em altura, para criar um ambiente urbano ass ptico e higi nico. (D) a inser o de canteiros centrais arborizados nas principais avenidas e r tulas nos cruzamentos das vias. (E) a preserva o do tecido urbano antigo e a cria o de uma s rie de pra as intercaladas aos edif cios p blicos. 10 Em ensaio escrito em 1894 e publicado pela primeira vez na revista Architectural Record, em 1908, Frank Lloyd Wright formulou seis princ pios b sicos para o que denominou arquitetura org nica. Um dos princ pios por ele propostos (A) a arquitetura o jogo s bio de luz e de sombra. (B) a unidade entre o exterior e o interior sempre foi uma das caracter sticas da arquitetura. (C) uma edifica o deve surgir com naturalidade de seu terreno e sua forma deve estar harmonizada com seu entorno. (D) numa composi o arquitetural n o existem apenas os espa os externos e internos, mas tamb m o espa o pr ximo e o distante, a terceira dimens o. (E) toda obra de arte deve ser ambientada, isto , deve ser vista sob determinada luz, sob um determinado visual e deve estar em harmonia com os objetos que a contornam. 11 A partir de 1920, Le Corbusier publicou v rios trabalhos expondo suas id ias sobre a produ o de uma nova arquitetura. Em 1928, utilizou alguns desses referenciais te ricos no projeto da Villa Savoy, nos arredores de Paris. Dentre eles destacam-se, especialmente, o que denominou como "cinco pontos para uma nova arquitetura", os quais incluem, al m de pilotis e planta livre, (A) estrutura modulada, terra o jardim e rampas. (B) quebra-sol, terra o jardim e janelas moduladas. (C) fachada livre, rampas e janelas horizontais. (D) fachada livre, terra o jardim e janelas horizontais. (E) janelas horizontais cont nuas, quebra-sol e rampas. 6 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 12 Com o advento da sociedade industrial, v rias cidades como Paris, Viena e Barcelona, representadas abaixo passaram por profundos processos de transforma o na segunda metade do s culo XIX. Viena Paris Barcelona Observando as imagens apresentadas, conclui-se que a(s) cidade(s) onde tal processo introduziu altera es significativas no antigo tecido urbano foi(foram) (E) Paris e Viena. (A) Paris. (B) Viena. (C) Barcelona. (D) Viena e Barcelona. PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 7 13 O pr dio representado a seguir o Minist rio da Educa o e Cultura (atual Pal cio Gustavo Capanema), na cidade do Rio de Janeiro, projetado por uma equipe de arquitetos brasileiros que trabalhou durante tr s meses, em 1936, sob a orienta o de Le Corbusier. Rua Ara jo Porto Alegre Empena cega A B ? (Pavimento tipo) Fachada em vidro Empena cega Brise-soleil Avenida Gra a Aranha Corte AB Pavimento tipo Fachada/vidro Brise-soleil Nesse pr dio foram utilizados diversos elementos paradigm ticos da Arquitetura Moderna. Observando-se a planta de situa o, e considerando-se a adequada disposi o do bloco vertical quanto insola o, a orienta o solar Norte (N) a ser inclu da na planta (A) (B) (C) (D) (E) 14 Das Vanguardas Construtivas do in cio do s culo XX (neoplasticismo, construtivismo russo, suprematismo), a Bauhaus de Walter Gropius foi aquela que levou mais adiante o projeto de integra o entre arte e t cnica, para produzir as formas de uso cotidiano da sociedade industrial moderna. Desobrigadas de tomar formas inspiradas na natureza ou no passado, a pintura, a escultura e a arquitetura passam a ser entendidas como problemas gerais de constru o. Assim, segundo os professores da Bauhaus, Design o m todo pelo qual (A) a pintura determina as formas dos objetos da ind stria. (B) a ind stria define os padr es est ticos para a arte. (C) a produ o em s rie segue as formas do artesanato. (D) a arte cl ssica define as formas da produ o industrial. (E) a arte projeta as formas industriais, n o importando a escala do objeto. 8 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 15 Analise a planta da Casa com Tr s P tios (1934), de Ludwig Mies van der Rohe Tendo por par metro os precedentes da casa com p tio tradicional, conclui-se que (A) a planta da casa mostra como se pode combinar a planta tradicional compartimentada com a total fluidez do espa o moderno. (B) a planta em forma de "T", que toca tr s lados do muro, define p tios com grau crescente de privacidade, para os quais se abrem os apartamentos que comp em o conjunto. (C) a Casa com Tr s P tios, do mesmo modo que a casa com p tio tradicional, se caracteriza por um espa o aberto que d acesso a espa os interiores que o circundam. (D) um muro perimetral define um espa o privado em rela o ao qual se desenvolve a resid ncia cuja forma em "T" define tr s p tios de tamanhos diferentes. (E) este projeto combina um m nimo de privacidade em rela o ao entorno urbano com um m ximo de transpar ncia. 16 A Carta de Atenas, elaborada por Le Corbusier a partir dos debates realizados durante o IV CIAM, em 1933, preconiza uma concep o de cidade fundamentada em quatro fun es urbanas que considera primordiais habitar, trabalhar, cultivar o corpo e o esp rito, circular. Sua difus o conduziu cria o da chamada cidade funcionalista . S o caracter sticas do modelo subjacente Carta de Atenas e se contrap em aos tra ados urbanos tradicionais (A) as ruas-corredor que facilitem a intera o entre espa os residenciais e comerciais. (B) as vias sinuosas e unificadas para o tr nsito de autom veis, bicicletas e pedestres. (C) as edifica es alinhadas nas divisas do lote, de modo a configurar um continuum edificado. (D) os quarteir es constitu dos por edifica es em seu per metro externo, de modo a criar p tios utilizados para estacionamento de ve culos. (E) a hierarquiza o de vias e sua total independ ncia em rela o massa edificada. 17 Considerado um dos mais importantes paisagistas do s culo XX, Roberto Burle Marx (A) valorizava a pintura e por isso concebia a forma de seus jardins como um gesto, antes de tudo, decorativo. (B) estudava o passado colonial brasileiro e respeitava em seus jardins os padr es convencionais e da sociedade. (C) inspirava-se na floresta selvagem e dela retirava plantas que, em seu habitat natural, poderiam ser consideradas apenas mato. (D) preocupava-se em seus jardins com a busca constante de regularidade e repeti o, de modo a permitir a apreens o imediata da totalidade da solu o. (E) buscava evitar, em seus jardins, situa es que propiciassem a percep o sucessiva e simult nea do geral e do espec fico. 18 Em rela o constitui o e ao desenvolvimento do urbanismo no Brasil e s pr ticas aqui implementadas, considere as afirma es abaixo. I - Bras lia marca o apogeu do urbanismo funcionalista no pa s, com o concurso para a realiza o da nova Capital, cujo primeiro colocado se utiliza dos princ pios de racionalidade do espa o, zoneamento de fun es, velocidade de circula o e monumentalidade do centro c vico. II - A constitui o do urbanismo no Brasil, como campo profissional, est ligada aos problemas vivenciados pelas cidades brasileiras na segunda metade do s culo XIX, particularmente queles vinculados s quest es sanit rias, necessidade de maior fluidez nas redes de circula o existentes e busca de embelezamento pr pria daquele momento. III - Os anos 90 s o marcados pela retomada acentuada do urbanismo funcionalista no Brasil, onde se destacam a reafirma o do zoneamento monofuncional, a divis o da cidade em suas quatro fun es b sicas e a universalidade das necessidades humanas. IV - A cria o do SERFHAU (Servi o Federal de Habita o e Urbanismo), na segunda metade dos anos 60, marca uma clara inflex o na elabora o de instrumentos de interven o para as cidades brasileiras, subordinando a quest o f sico-espacial e tridimensional ao car ter multissetorial, multidisciplinar, integrado e local dos planos. As afirma es corretas s o apenas: (A) I e II. (B) I e III. PROV O 2002 PROVA 1 (C) II e III. (D) III e IV. (E) I, II e IV. ARQUITETURA E URBANISMO 9 19 Observe, abaixo, dois exemplos de arquitetura contempor nea. Crown Hall, Chicago, Ludwig Mies van der Rohe, vista exterior Galeria Nacional, Berlim, Ludwig Mies van der Rohe, corte, planta e vista Na arquitetura contempor nea, esquema estrutural e forma s o muitas vezes coincidentes. Analisando as rela es entre sistema estrutural, organiza o espacial e veda es, presentes no Crown Hall, Chicago (1950-56), e na Galeria Nacional, em Berlim (1962-68), ambos de Ludwig Mies van der Rohe, verifica-se que (A) no Crown Hall, a posi o da estrutura monodirecional proporciona o sombreamento da fachada, enquanto na Galeria Nacional, a laje nervurada auxilia o entendimento da direcionalidade do espa o. (B) no Crown Hall, a estrutura monodirecional, com seus apoios integrados ao sistema de fechamento do edif cio, suportando a laje plana, e na Galeria Nacional, a estrutura bidirecional, com dois apoios de cada lado da planta quadrada, suportando a laje nervurada. (C) a Galeria Nacional consiste em um grande sal o transparente sob o qual se situam todos os demais compartimentos exigidos, e o Crown Hall tem organiza o inversa, com uma planta compartimentada situada sobre um sal o de planta livre. (D) a estrutura e o fechamento n o coincidem em nenhum dos edif cios, sendo que nos dois casos o vidro est bastante recuado em rela o proje o da cobertura. (E) o sistema construtivo e a forma arquitet nica s o divergentes em ambos os edif cios e h v rios elementos que n o s o necess rios sua constitui o f sica, servindo apenas como prop sitos ret ricos. 20 O P s-Modernismo surge em in cios da d cada de 60, mas afirma-se internacionalmente apenas duas d cadas depois, gra as, sobretudo, ao impacto causado pela se o de arquitetura da Bienal de Veneza de 1980. Daquela Bienal, cujo tema foi A presen a do passado , participaram alguns dos principais arquitetos expoentes do movimento. Quanto arquitetura moderna, os p s-modernistas argumentam que (A) tolhe a criatividade e a express o pessoal do arquiteto, pela sua cientificidade e apego t cnica. (B) teve o m rito de promover o bem-estar coletivo, embora dogm tica em seus princ pios formais e urban sticos. (C) criou ambientes capazes de garantir grande intera o social, n o obstante seu apego t cnica e estandartiza o. (D) falhou porque pretendia fazer da recupera o do passado cl ssico a base de novas formula es. (E) n o deixou fora de suas considera es o usu rio, entendendo-o em sua heterogeneidade. 10 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 21 Em seu livro Complexidade e Contradi o na Arquitetura (1966), o arquiteto Robert Venturi manifesta uma forte prefer ncia por uma arquitetura formalmente inclusiva , caracterizada pelo emprego de elementos de origens variadas. Para ele, uma arquitetura da inclus o deve buscar a dif cil unidade entre partes conflitantes, em oposi o unidade f cil obtida pelo princ pio da exclus o . A esse respeito, afirma: Less is a bore (Menos enfadonho). O exemplo a seguir que reflete esse pensamento (A) (B) (C) (D) (E) PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 11 22 Para o urbanista Kevin Lynch, contemplar cidades especialmente agrad vel por mais banal que seja o panorama. Metodologicamente ele utiliza cinco elementos da imagem urbana como suporte para o diagn stico e avalia o da forma de uma cidade. Que conjunto de elementos presentes na maioria das cidades pressup e o m todo de observa o de Lynch? (A) Bairros, cruzamentos, pontos marcantes, viadutos, pra as. (B) Edif cios, rios, montanhas, vias, bairros. (C) Vias, limites, bairros, cruzamentos, pontos marcantes. (D) Limites, bairros, edif cios p blicos, monumentos, vias. (E) Vistas panor micas, pra as, monumentos,vias, edif cios. 23 A Escola Naval de Barcelona um edif cio do s culo XIX, de planta retangular, organizada axialmente. Em 1983, os arquitetos Helio Pi on e Albert Viaplana foram encarregados do projeto de sua amplia o, conforme apresentado abaixo. Entendendo-se as formas arquitet nicas e urbanas como sistemas de rela es que regem um projeto e n o apenas como a sua imagem e que essas rela es s o resultado da interpreta o das condi es espec ficas de cada problema arquitet nico e urban stico e analisandose o projeto da amplia o do ponto de vista das rela es de sua forma com o lugar para o qual foi concebido, conclui-se que (A) o partido adotado leva em conta a avenida diagonal que define o limite inferior do terreno, mas n o dialoga com o edif cio existente. (B) o partido consiste na divis o do novo bloco em dois corpos separados, cujos lados angulados permitem a visualiza o das esquinas do edif cio existente. (C) o paralelismo entre as fachadas do edif cio existente e da amplia o visa a estabelecer continuidade com o entorno. (D) a principal estrat gia empregada para dialogar com o edif cio hist rico foi dotar o bloco da amplia o de um car ter eminentemente contempor neo. (E) a organiza o axial do edif cio existente totalmente ignorada no projeto da amplia o. 12 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 24 Diferentes princ pios de projeto para interven o em cidades foram desenvolvidos e aplicados ao longo do s culo XX, constituindo refer ncias importantes para a cultura e a pr tica contempor nea do urbanismo. Sobre esse assunto, considere as afirma es a seguir. I - Entendendo a cidade como artefato e como constru o no tempo, Aldo Rossi prop e que sua an lise passe pelos elementos prim rios em especial os monumentos e pelas reas-resid ncia, fatores que v o definir a interven o em reas espec ficas da cidade. II - Buscando desenvolver o processo de constru o e planejamento de comunidades que possam resultar em meio-ambiente adequado s necessidades humanas, Christopher Alexander prop e um m todo de trabalho onde se destacam os princ pios da complexidade, da ordem org nica, da participa o e da linguagem dos padr es. III - Almejando construir a cidade adequada sociedade maquinista, Jane Jacobs prop e uma cidade com usos concentrados em zonas distintas (habita o/trabalho/lazer/circula o) e pautada pela reconquista do ar, da luz e do verde por todo lado. IV - Entendendo a cidade gen rica como a completa express o da cidade contempor nea, liberada do centro e da identidade, Rem Koolhaas defende que a rua e o planejamento urbano est o mortos e que o espa o residual e n o o espa o p blico que estrutura essa cidade. As afirma es corretas s o apenas: (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) III e IV. (E) I, II e IV. 25 O conceito de smart building surgiu na d cada de 80 nos Estados Unidos. Por defini o, um edif cio inteligente aquele que utiliza recursos tecnol gicos avan ados para reduzir custos operacionais, eliminar desperd cios e oferecer uma infra-estrutura capaz de otimizar a produtividade nas diversas atividades e servi os que abriga. Dentre os principais elementos que caracterizam este tipo de edifica o, aqueles que devem ser obrigatoriamente inclu dos e prioritariamente analisados s o (A) garagem, elevadores, fachadas, instala es t cnicas especiais, depend ncias de servi o e controle de acessos. (B) garagem, escadas rolantes, elevadores, heliporto, portas corta-fogo e instala es t cnicas especiais. (C) esquadrias, elevadores, ar condicionado, sistema estrutural flex vel, seguran a predial e depend ncias de servi o. (D) elevadores, ar condicionado, sistema estrutural flex vel, instala es t cnicas especiais, sistema de controle e seguran a predial. (E) portaria, elevadores, ar condicionado, sistema estrutural flex vel, escadas de seguran a e portas corta-fogo. 26 Ao utilizar uma escada, o conforto do usu rio est diretamente vinculado rela o de dimensionamento entre o piso e o espelho do degrau. Considerando o espelho (A) e o piso (B), a f rmula conhecida como f rmula de Blondel (A) 2A + B = 35 / 36 cm (B) 2A + B = 47 / 48 cm (C) 2A + B = 53 / 54 cm (D) 2A + B = 63 / 64 cm (E) 2A + B = 74 / 75 cm 27 Na elabora o do projeto para uma resid ncia em terreno com acentuada declividade, o arquiteto optou pela constru o de um grande plat para receber a casa, o estacionamento de ve culos e a rea de lazer com piscina. Para concretizar esta inten o projetual ele utilizou a proporcionalidade entre corte e aterro, evitando, desta forma, onerar o custo da obra. Para manter a estabilidade do talude formado pelo aterro foi utilizada grama como cobertura vegetal. Qual o ngulo m ximo de inclina o recomendado, neste caso, para impedir futuros deslizamentos? (A) 90 (B) 60 (C) 45 (D) 30 (E) 15 28 Ao elaborar um estudo preliminar para o projeto arquitet nico de um grande supermercado em rea urbana valorizada comercialmente, o arquiteto optou por projetar o estacionamento de ve culos no sub-solo de maneira a liberar a totalidade do terreno no pavimento t rreo para a loja comercial. Buscando organizar adequadamente a circula o e o estacionamento de ve culos, o arquiteto idealizou uma concep o estrutural compat vel com o uso da loja e da garagem, adotando, predominantemente, uma modula o inter-eixos para a loca o dos pilares (30 x 30 cm.) A modula o adequada para atender aos prop sitos desejados (A) 3,50 x 3,50 m (B) 6,00 x 12,00 m (C) 7,50 x 10,00 m (D) 9,00 x 9,00 m (E) 12,00 x 12,00 m PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 13 29 Nos projetos de galp es industriais a serem constru dos em locais de clima quente e mido, comum a utiliza o de recursos naturais para a ventila o. Um dos processos tradicionalmente empregados o aproveitamento dos ventos dominantes na renova o do ar de ambientes internos. Qual dos exemplos N O atende corretamente aos princ pios de aera o recomendados para garantir o necess rio conforto ambiental? Ar Q (A) (B) Ar Q Ar Q (C) Ar Q Ar Q Ar Q (D) Ar Q Ar Q (E) 30 Na ltima d cada, o Brasil avan ou consideravelmente na ado o de regulamenta es que buscam garantir seguran a, conforto e acessibilidade aos portadores de defici ncias f sicas, hoje um contingente de mais de 13 milh es de pessoas. Nas reas p blicas e edifica es que exigem a constru o de rampas de acesso, estas devem obedecer a par metros que associam a extens o da rampa, o n mero de segmentos, o desn vel a ser vencido e a inclina o. A rela o entre a inclina o (%) e o desn vel m ximo de cada segmento de rampa (A) 5.00% ou (1:20) para h = 2.10 (B) 6.25% ou (1:16) para h = 2.00 (C) 8.33% ou (1:12) para h = 0.90 (D) 10.00% ou (1:10) para h = 0.50 (E) 12.50% ou (1:8) para h = 0.30 14 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 31 A urbaniza o vertiginosa, coincidindo com o fim de um per odo de acelerada expans o da economia brasileira, introduziu no territ rio das cidades um novo e dram tico significado: mais do que evocar progresso ou desenvolvimento, elas passam a retratar e reproduzir de forma paradigm tica as injusti as e desigualdades da sociedade (...) O quadro de contraposi o entre uma minoria qualificada e uma maioria com condi es urban sticas prec rias muito mais do que a express o da desigualdade de renda e das desigualdades sociais: ela agente de reprodu o dessas desigualdades (ESTATUTO DA CIDADE. Guia para implementa o pelos munic pios e cidad os. Bras lia: C mara dos Deputados/SEDU/CEF/Instituto Polis, 2001, p.25) A partir do texto, pode-se afirmar que a organiza o f sico-territorial das cidades (A) desempenha papel ativo na produ o de condi es de acesso a bens e servi os urbanos. (B) desempenha papel ativo na produ o de condi es de acesso a bens e servi os urbanos apenas em bairros de renda alta. (C) desempenha papel passivo na produ o de condi es de acesso a bens e servi os urbanos. (D) desempenha papel passivo na produ o de condi es desiguais de acesso a bens e servi os urbanos em bairros de renda baixa. (E) n o desempenha papel na produ o de condi es de acesso a bens e servi os urbanos. 32 Uma cidade, com cerca de 380.000 habitantes, um importante p lo terci rio na regi o onde se insere, com atividades comerciais e de servi os diversificadas. Sua Prefeitura, em fun o do congestionamento de tr fego e da concentra o bastante grande de com rcio informal na rea central, al m da deteriora o e abandono de v rios de seus im veis, decidiu realizar um concurso em n vel de anteprojeto (ou projeto b sico) para a reorganiza o e requalifica o dessa rea a fim de resolver os problemas indicados. Sabendo que a rea em concurso aproximadamente circular, com raio de 240 m, considere as informa es abaixo. I - Necessidade de apresentar a proposta de interven o detalhada em escala 1:250. II - No caso de pagina o do piso, apresentar a proposta em escala 1:500. III - A proposta deve apresentar as altera es dos sistemas vi rio e de drenagem e da compatibiliza o do projeto com as redes de infraestrutura j existentes. IV - A cada comerciante do setor informal deve ser atribu da uma rea de, pelo menos, 30 metros quadrados. As informa es que devem ser inclu das no edital do concurso s o apenas: (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) III e IV. (E) I, II e IV. 33 A Canto do Galo, ocupa o irregular situada em plena malha urbana da cidade de C u Azul, tem cerca de 25.000 habitantes, dos quais 6.500 crian as com idade de 0 a 9 anos, apresentando uma densidade residencial bruta de 353 hab/ha e uma densidade residencial l quida de 438 hab/ha. A Arvoredo, ocupa o irregular tamb m situada na malha urbana da cidade, tem cerca de 18.000 habitantes, dos quais 4.700 crian as com idade de 0 a 9 anos, e apresenta uma densidade residencial bruta de 257 hab/ha e l quida de 409 hab/ha. Outros usos, que n o o residencial, praticamente inexistem nas duas ocupa es, sendo que a totalidade das edifica es possui apenas um pavimento. Os movimentos de moradores de Canto do Galo e de Arvoredo est o exigindo que a Prefeitura cumpra uma das diretrizes previstas no Plano Diretor da cidade: a de que, a cada 500 crian as, seja oferecida uma rea de lazer de pelo menos meio hectare. A partir apenas desses dados, poss vel inferir que implantar essas reas de lazer (A) nas duas invas es apresenta as mesmas dificuldades, dado que a rea total por elas ocupada praticamente a mesma. (B) em Canto do Galo relativamente mais simples, dado que ela apresenta uma rea de maior tamanho (medida em hectares) de uso habitacional. (C) em Canto do Galo exigir uma rea menor que em Arvoredo. (D) em Arvoredo exigir uma rea superior s reas n o edificadas ali existentes. (E) em Arvoredo relativamente mais simples, dado que ela possui o dobro de reas n o edificadas, se comparada a Canto do Galo. 34 A arquiteta Lina Bo Bardi autora de uma obra que revela profunda aten o diversidade e conting ncia. Seus projetos, desde a Casa de Vidro e da sede do MASP, revelam uma vis o cada vez mais complexa da arquitetura e da cidade na qual hist ria e mem ria, cultura erudita e popular, antigas e novas tecnologias tornam-se a pr pria mat ria de projeto. S o projetos da arquiteta Lina Bo Bardi: (A) Museu de Arte Moderna (RJ), Centro de Conviv ncia Vera Cruz (S.Bernardo do Campo) e Museu de Arte Moderna (SP). (B) Casa das Canoas (RJ), Casa Val ria Cirell (SP) e Casa Ol vio Gomes (S o Jos dos Campos). (C) Casa do Benin (Salvador), Sesc Pomp ia (SP) e Igreja do Esp rito Santo do Cerrado (Uberl ndia). (D) Projeto Barroquinha (Salvador), Teatro das Ru nas (Campinas) e Rodovi ria de Ja (SP). (E) pera de Arame (Curitiba), Museu da Escultura (SP) e Museu de Arte Moderna (SP). PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 15 Considerando as caracter sticas da urbaniza o brasileira e as possibilidades legais existentes a partir da aprova o do Estatuto da Cidade, leia o texto abaixo e responda s quest es de n meros 35 e 36. Uma cidade com 200.000 habitantes precisa enfrentar alguns problemas decorrentes de seu desenvolvimento e expans o. A cidade, originada no primeiro surto de industrializa o brasileira (final do s culo XIX e in cio do XX), caracteriza-se por: I - alta taxa de crescimento demogr fico; II - perspectiva de amplia o das atividades econ micas, sobretudo pela implanta o de um grande p lo de produ o t xtil; III - taxa de pobreza bastante elevada; IV - alta densidade de ocupa o habitacional degradada no centro; V - reas ocupadas ilegalmente h 30 anos, sem oposi o; VI - altos ndices de vazios urbanos no centro; VII - possibilidades de expans o f sica limitadas por bacia hidrogr fica de porte e por relevo acentuado. 35 Do ponto de vista da quest o habitacional, pode-se afirmar que (A) as reas para parcelamento compuls rio e programas de habita o de baixa renda dever o ser delimitadas de forma a ampliar as possibilidades de resolu o da quest o habitacional. (B) a ocupa o ao longo do rio dever ser incentivada para resolver o problema da habita o degradada no centro da cidade. (C) a quest o habitacional tende a se resolver pelas leis de mercado e pela perspectiva colocada de redu o das taxas de crescimento demogr fico. (D) a exist ncia de vazios urbanos no centro desej vel para a din mica urbana da cidade e deve, portanto, ser ampliada enquanto instrumento de melhoria das condi es habitacionais na cidade. (E) os moradores da invas o dever o ser imediatamente transferidos da rea que ocupam para outra de menor visibilidade. 36 Para solucionar os problemas acima referidos (numerados de I a VII), ser necess rio, do ponto de vista dos instrumentos de planejamento e gest o atualmente dispon veis, tamb m (A) delimitar um per metro de tombamento de im veis no centro, visando sua preserva o. (B) desenvolver um Estudo de Impacto de Vizinhan a (EIV) e um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para avaliar os efeitos positivos e negativos do empreendimento industrial. (C) redefinir os gabaritos das edifica es da rea central da cidade. (D) avaliar o empreendimento independentemente do que prev a lei do Plano Diretor, dada a sua import ncia. (E) definir a rea priorit ria de expans o da cidade na dire o da cabeceira da bacia hidrogr fica. 37 O arquiteto Jo o Filgueiras Lima, conhecido como Lel , vem realizando h v rias d cadas pesquisas na rea da tecnologia da constru o. A solu o inovadora que tornou seu nome nacionalmente reconhecido por permitir o uso dessa tecnologia em larga escala (A) o uso de grandes pe as pr -moldadas em concreto protendido. (B) a inser o de coberturas planas em pe as industrializadas de cimento amianto. (C) a ado o de estruturas mistas com pain is de alvenaria. (D) a aplica o de elementos cer micos decorativos na composi o formal. (E) a utiliza o da argamassa armada como mat ria-prima para a fabrica o de estruturas, elementos de veda o e cobertura. 38 Para projetar uma pequena resid ncia em uma cidade dotada de infra-estrutura urbana incipiente, na qual apenas as ruas pavimentadas possuem sistema de coleta de guas pluviais, um arquiteto realizou uma sondagem singela. Esta indicou que o len ol fre tico se encontra a cerca de 1,50 m abaixo do n vel do solo do terreno onde ser constru da a casa. Para atender s necessidades de esgotamento sanit rio, a solu o correta usar fossa s ptica (A) com c mara nica. (B) e efluente para o coletor de guas pluviais. (C) e sumidouro profundo. (D) e valas de infiltra o superficial. (E) e caixa de gordura. 39 Nas ultimas d cadas os recursos da inform tica v m sendo utilizados como importante ferramenta para a arquitetura, o urbanismo e o paisagismo. A precis o dos recursos da inform tica (A) permite a concep o de projetos arquitet nicos, urban sticos e paisag sticos, atrav s do uso exclusivo do computador. (B) vem intervindo na pesquisa pl stica e formal, modificando a concep o arquitet nica, urban stica e paisag stica contempor nea. (C) incipiente no que se refere aos processos de produ o de imagens aerofotogram tricas. (D) incipiente na visualiza o simult nea dos projetos complementares aos arquitet nicos, urban sticos e paisag sticos. (E) question vel no que concerne aos meios de reprodu o de originais de arquitetura, urbanismo e paisagismo. 16 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 40 A figura abaixo representa a vista lateral de um posto de observa o na orla mar tima. A representa o gr fica correta da planta do n vel do t rreo (0,00) (A) (B) (C) (D) (E) PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 17 QUEST ES DISCURSIVAS 1 Bras lia considerada a principal realiza o do urbanismo funcionalista brasileiro. Em sua apresenta o do projeto do Plano Piloto de Bras lia, em 1957, seu autor, L cio Costa, afirma que a nova capital federal deve ser concebida n o como simples organismo capaz de preencher satisfatoriamente e sem esfor o as fun es vitais pr prias de uma cidade moderna qualquer, n o apenas como URBS, mas como CIVITAS, possuidora dos atributos inerentes a uma capital. E, para tanto, a condi o primeira achar-se o urbanista imbu do de certa dignidade e nobreza de inten o, porquanto dessa atitude fundamental decorrem a ordena o e o senso de conveni ncia e medida capazes de conferir ao conjunto projetado o desej vel car ter monumental. Monumental n o no sentido de ostenta o, mas no sentido da express o palp vel, por assim dizer, consciente daquilo que vale e significa. Cidade planejada para o trabalho ordenado e eficiente, mas ao mesmo tempo cidade viva e apraz vel, pr pria ao devaneio e especula o intelectual, capaz de tornar-se, com o tempo, al m de centro de governo e administra o, num foco de cultura dos mais l cidos e sens veis do pa s. Indique tr s solu es formais empregadas pelo arquiteto L cio Costa com o intuito de resolver tais exig ncias em termos urban sticos, explicando a contribui o de cada uma delas. 18 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 2 Em projetos arquitet nicos podem ser encontrados princ pios ordenadores. Estes princ pios organizam uma s rie de elementos ou partes, de modo a definir uma estrutura formal-espacial. Quando se analisam in meras obras de expoentes da arquitetura, verifica-se que seus projetos n o foram concebidos como uma inven o ao acaso, mas pelo estudo de trabalhos precedentes. Identifique e descreva os princ pios ordenadores em cada um dos exemplos, explicitando os eventuais pontos em comum. I - Museu Altes de Berlim, de Karl Friedrich Schinkel (1824-28) II - Neue Staatsgalerie (1979-84), em Stuttgart, de James Stirling e Michael Wilford. PROV O 2002 PROVA 1 ARQUITETURA E URBANISMO 19 3 As imagens I e II abaixo ilustram formas e propostas antag nicas de urbanismo e de vida em sociedade. Identifique, em cada uma delas, tr s princ pios organizadores de sua forma espacial e analise-os. I- II - 20 ARQUITETURA E URBANISMO PROVA 1 PROV O 2002 IMPRESS ES SOBRE A PROVA As quest es abaixo visam a levantar sua opini o sobre a qualidade e a adequa o da prova que voc acabou de realizar e tamb m sobre o seu desempenho na prova. Assinale as alternativas correspondentes sua opini o e raz o que explica o seu desempenho nos espa os pr prios (parte inferior) do Cart o-Resposta. Agradecemos sua colabora o. 41 Qual o ano de conclus o deste seu curso de gradua o? (A) 2002. (B) 2001. (C) 2000. (D) 1999. (E) Outro. 42 Qual o grau de dificuldade desta prova? (A) Muito f cil. (B) F cil. (C) M dio. (D) Dif cil. (E) Muito dif cil. 43 Quanto extens o, como voc considera a prova? (A) Muito longa. (B) Longa. (C) Adequada. (D) Curta. (E) Muito curta. 44 Para voc , como foi o tempo destinado resolu o da prova? (A) Excessivo. (B) Pouco mais que suficiente. (C) Suficiente. (D) Quase suficiente. (E) Insuficiente. 45 A que horas voc concluiu a prova? (A) Antes das 14.30 horas. (B) Aproximadamente s 14.30 horas. (C) Entre 14.30 e 15.30 horas. (D) Entre 15.30 e 16.30 horas. (E) Entre 16.30 e 17 horas. 46 As quest es da prova apresentam enunciados claros e objetivos? (A) Sim, todas apresentam. (B) Sim, a maioria apresenta. (C) Sim, mas apenas cerca de metade apresenta. (D) N o, poucas apresentam. (E) N o, nenhuma apresenta. 47 Como voc considera as informa es fornecidas em cada quest o para a sua resolu o? (A) Sempre excessivas. (B) Sempre suficientes. (C) Suficientes na maioria das vezes. (D) Suficientes somente em alguns casos. (E) Sempre insuficientes. 48 Como voc avalia a adequa o da prova aos conte dos definidos para o Prov o/2002 desse curso? (A) Totalmente adequada. (B) Medianamente adequada. (C) Pouco adequada. (D) Totalmente inadequada. (E) Desconhe o os conte dos definidos para o Prov o/2002. 49 Como voc avalia a adequa o da prova para verificar as habilidades que deveriam ter sido desenvolvidas durante o curso, conforme definido para o Prov o/2002? (A) Plenamente adequada. (B) Medianamente adequada. (C) Pouco adequada. (D) Totalmente inadequada. (E) Desconhe o as habilidades definidas para o Prov o/2002. 50 Com que tipo de problema voc se deparou mais freq entemente ao responder a esta prova? (A) Desconhecimento do conte do. (B) Forma de abordagem do conte do diferente daquela a que estou habituado. (C) Falta de motiva o para fazer a prova. (D) Espa o insuficiente para responder s quest es. (E) N o tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova. 51 Como voc explicaria o seu desempenho nas quest es objetivas da prova? (A) N o estudei durante o curso a maioria desses conte dos. (B) Estudei somente alguns desses conte dos durante o curso, mas n o os aprendi bem. (C) Estudei a maioria desses conte dos h muito tempo e j os esqueci. (D) Estudei muitos desses conte dos durante o curso, mas nem todos aprendi bem. (E) Estudei e conhe o bem todos esses conte dos. Como voc explicaria o seu desempenho em cada quest o discursiva da prova? N meros das quest es da prova. N meros dos campos corespondentes no CART O-RESPOSTA. O conte do ... (A) n o foi ensinado; nunca o estudei. (B) n o foi ensinado; mas o estudei por conta pr pria. (C) foi ensinado de forma inadequada ou superficial. (D) foi ensinado h muito tempo e n o me lembro mais. (E) foi ensinado com profundidade adequada e suficiente. PROV O 2002 PROVA 1 Q1 52 Q2 53 Q3 54 ARQUITETURA E URBANISMO 21 Exame de 2002 GABARITOS Gabarito objetivo - Arquitetura e urbanismo Quest o Prova 1 Prova 2 Prova 3 Prova 4 01 A B C E 02 B E A D 03 B C D A 04 05 E D A B A B E C 06 07 D D B B D C B E 08 09 C E A A E C B D 10 11 C D B E E C A A 12 A D B C 13 A E D C 14 15 E D A B C A D E 16 E A D B 17 18 C E D C B E E A 19 20 B A C D E B D E 21 22 B C E B D D C A 23 B E A C 24 E A C E 25 26 D D C B E D B B 27 28 C C C E C B C D 29 A D B C 30 C C D B 31 A B C D 32 B D B D 33 E D A B 34 C B E A 35 A A D E 36 B E A C 37 38 E D C B B C A E 39 B A E D 40 D C A B

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : enade provas, enade provas anteriores, enade provas 2009, enade provas e gabaritos, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat