Popular ▼   ResFinder  

Enade Exame de 2005 - PROVAS - Letras

22 páginas, 63 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

ENADE - 2005 EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES INSTRU ES 01 - Voc est recebendo o seguinte material: a) este caderno com o enunciado das quest es de m ltipla escolha e discursivas, das partes de forma o geral e componente espec fico da rea, e das quest es relativas a sua percep o sobre a prova, assim distribu das: N mero das quest es Partes Forma o Geral / m ltipla escolha T R A S 06 a 25 08 a 32 Componente Espec[ifico / m ltipla escolha 01 a 09 45% 70% 26 a 35 04 a 10 Componente Espec fico / discursivas Percep o sobre a prova E 04 e 05 01 a 03 Peso de cada parte 55% 02 e 03 01 a 07 Forma o Geral / discursivas L N mero das p ginas neste caderno 30% 36 b) 1 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um cart o destinado s respostas das quest es de m ltipla escolha e de percep o sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das quest es discursivas dever o ser feitos a caneta esferogr fica de tinta preta e dispostos nos espa os especificados nas p ginas do Caderno de Resposta. 02 - Verifique se este material est em ordem e se o seu nome no Cart o-Resposta est correto. Caso contr rio, notifique imediatamente a um dos Respons veis pela sala. 03 - Ap s a confer ncia do seu nome no Cart o-Resposta, voc dever assin -lo no espa o pr prio, utilizando caneta esferogr fica de tinta preta. 04 - No Cart o-Resposta, a marca o das letras correspondentes s respostas assinaladas por voc para as quest es de m ltipla escolha (apenas uma resposta por quest o) deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espa o compreendido pelo c rculo que a envolve, de forma cont nua e densa, a l pis preto n mero 2 ou a caneta esferogr fica de tinta preta. A leitora tica sensivel a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marca o completamente, sem deixar claros. Exemplo: A C D E 05 - Tenha muito cuidado com o Cart o-Resposta, para n o o dobrar, amassar ou manchar. Este Cart o somente poder ser substitu do caso esteja danificado em suas margens - superior e/ou inferior - barra de reconhecimento para leitura tica. 06 - Esta prova individual. S o vedadas qualquer comunica o e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogr fico, cadernos ou anota es de qualquer esp cie. 07 - As quest es n o est o apresentadas em ordem crescente de complexidade. H quest es de menor, m dia ou maior dificuldade, seja na parte inicial ou final da prova. 08 - Quando terminar, entregue a um dos Respons veis pela sala o Cart o-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presen a. Cabe esclarecer que voc s poder sair levando este Caderno de Quest es, decorridos 90 (noventa) minutos do in cio do Exame. 09 - Voc ter 04 (quatro) horas para responder s quest es de m ltipla escolha, discursivas e de percep o sobre a prova. OBRIGADO PELA PARTICIPA O! Diretoria de Estat sticas e Avalia o da Educa o Superior - DEAES Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira - INEP Minist rio da Educa o - MEC 24/10/05 - 09:55 3. FORMA O GERAL 1. Est em discuss o, na sociedade brasileira, a possibilidade de uma reforma pol tica e eleitoral. Fala-se, entre outras propostas, em financiamento p blico de campanhas, fidelidade partid ria, lista eleitoral fechada e voto distrital. Os dispositivos ligados obrigatoriedade de os candidatos fazerem declara o p blica de bens e prestarem contas dos gastos devem ser aperfei oados, os rg os p blicos de fiscaliza o e controle podem ser equipados e refor ados. No dia 10 de mar o de 2005, o Presidente de Governo da Espanha Jos Luis Rodriguez Zapatero em confer ncia sobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os atentados do dia 11 de mar o de 2004, assinalou que os espanh is encheram as ruas em sinal de dor e solidariedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrando assim o nico caminho para derrotar o terrorismo: a democracia. Tamb m proclamou que n o existe libi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que n o h pol tica, nem ideologia, resist ncia ou luta no terror, s h o vazio da futilidade, a inf mia e a barb rie. Tamb m defendeu a comunidade isl mica, lembrando que n o se deve vincular esse fen meno com nenhuma civiliza o, cultura ou religi o. Por esse motivo apostou na cria o pelas Na es Unidas de uma alian a de civiliza es para que n o se continue ignorando a pobreza extrema, a exclus o social ou os Estados falidos, que constituem, segundo ele, um terreno f rtil para o terrorismo . Com base no exposto, mudan as na legisla o eleitoral poder o representar, como principal aspecto, um refor o da (A) pol tica, porque garantir o a sele o de pol ticos experientes e id neos. (B) economia, porque incentivar o gastos das empresas p blicas e privadas. (C) moralidade, porque inviabilizar o candidaturas despreparadas intelectualmente. (D) As a es terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em v rias cidades, em todos os continentes. Nesse contexto, analise a seguinte not cia: tica, porque facilitar o o combate corrup o e o est mulo transpar ncia. (E) (MANCEBO, Isabel. Madri fecha confer ncia sobre terrorismo e relembra os mortos de 11-M. (Adaptado). Dispon vel em: http://www2.rnw.nl/rnw/pt/atualidade/europa/at050311_onze demarco?Acesso em Set. 2005) A principal raz o, indicada pelo governante espanhol, para que haja tais iniciativas do terror est explicitada na seguinte afirma o: cidadania, porque permitir o a amplia o do n mero de cidad os com direito ao voto. (A) mente o cidad o, em especial a juventude. O choque de civiliza es aprofunda os abismos culturais entre os pa ses. (E) O Governo Federal deve promover a inclus o digital, pois a falta de acesso s tecnologias digitais acaba por excluir social- A desigualdade social existente em alguns pa ses alimenta o terrorismo. (D) Leia e relacione os textos a seguir. A democracia permite que as organiza es terroristas se desenvolvam. (C) 2. O desejo de vingan a desencadeia atos de barb rie dos terroristas. (B) _________________________________________________________ A intoler ncia gera medo e inseguran a criando condi es para o terrorismo. _________________________________________________________ 4. (Projeto Casa Brasil de inclus o digital come a em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.) (Laerte. O condom nio) Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que (A) (B) a preocupa o social preparar quadros para o dom nio da inform tica. (C) o apelo inclus o digital atrai os jovens para o universo da computa o. (D) o acesso tecnologia digital est perdido para as comunidades carentes. (E) 2 o conhecimento da tecnologia digital est democratizado no Brasil. a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidad o um exclu do social. (Laerte. O condom nio) (Dispon vel em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condom nio.html) As duas charges de Laerte s o cr ticas a dois problemas atuais da sociedade brasileira, que podem ser identificados pela crise (A) (B) (C) (D) (E) na sa de e na seguran a p blica. na assist ncia social e na habita o. na educa o b sica e na comunica o. na previd ncia social e pelo desemprego. nos hospitais e pelas epidemias urbanas. ENADE-05-F.Geral 24/10/05 - 09:55 5. Leia trechos da carta-resposta de um cacique ind gena sugest o, feita pelo Governo do Estado da Virg nia (EUA), de que uma tribo de ndios enviasse alguns jovens para estudar nas escolas dos brancos. (...) N s estamos convencidos, portanto, de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo o cora o. Mas aqueles que s o s bios reconhecem que diferentes na es t m concep es diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores n o ficar o ofendidos ao saber que a vossa id ia de educa o n o a mesma que a nossa. (...) Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ci ncia. Mas, quando eles voltaram para n s, eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. N o sabiam ca ar o veado, matar o inimigo ou construir uma cabana e falavam nossa l ngua muito mal. Eles eram, portanto, in teis. (...) Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora n o possamos aceit -la, para mostrar a nossa gratid o concordamos que os nobres senhores de Virg nia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo que sabemos e faremos deles homens. (BRAND O, Carlos Rodrigues. O que educa o. S o Paulo: Brasiliense, 1984) 7. (Colec o Roberto Marinho. Seis d cadas da arte moderna brasileira. Lisboa: Funda o Calouste Gulbenkian, 1989. p.53.) A cidade retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard est tematizada nos versos (A) Por entre o Beberibe, e o oceano Em uma areia s fia, e lagadi a A rela o entre os dois principais temas do texto da carta e a forma de abordagem da educa o privilegiada pelo cacique est representada por: (A) (B) (C) (D) (E) sabedoria e pol tica / educa o difusa. identidade e hist ria / educa o formal. ideologia e filosofia / educa o superior. ci ncia e escolaridade / educa o t cnica. educa o e cultura / educa o assistem tica. Jaz o Recife povoa o mesti a, Que o belga edificou mpio tirano. (MATOS, Greg rio de. Obra po tica. Ed. James Amado. Rio de Janeiro: Record, 1990. Vol. II, p. 1191.) (B) Repousemos na pedra de Ouro Preto, Repousemos no centro de Ouro Preto: _________________________________________________________ S o Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, 6. tua sombra irm , meus membros lassos. (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org. Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 460.) (C) Bembelel m Viva Bel m! Bel m do equatorial porto moderno integrado na Beleza eterna da paisagem (La Vanguardia, 04 dez. 2004) O referendo popular uma pr tica democr tica que vem sendo exercida em alguns pa ses, como exemplificado, na charge, pelo caso espanhol, por ocasi o da vota o sobre a aprova o ou n o da Constitui o Europ ia. Na charge, pergunta-se com destaque: Voc aprova o tratado da Constitui o Europ ia? , sendo apresentadas v rias op es, al m de haver a possibilidade de dupla marca o. Par Bembelel m Viva Bel m! (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958. Vol. I, p. 196.) (D) Bahia, ao inv s de arranha-c us, cruzes e cruzes De bra os estendidos para os c us, A cr tica contida na charge, indica que a pr tica do referendo deve E na entrada do porto, (A) ser recomendada nas situa es em que o plebiscito j tenha ocorrido. O primeiro Cristo Redentor do Brasil! (B) apresentar uma vasta gama de op es para garantir seu car ter democr tico. (C) ser precedida de um amplo debate pr vio para o esclarecimento da popula o. (D) significar um tipo de consulta que possa inviabilizar os rumos pol ticos de uma na o. (E) ser entendida como uma estrat gia dos governos para manter o exerc cio da soberania. ENADE-05-F.Geral Antes do Farol da Barra, (LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211.) (E) No cimento de Bras lia se resguardam maneiras de casa antiga de fazenda, de copiar, de casa-grande de engenho, enfim, das casaronas de alma f mea. (MELO NETO, Jo o Cabral. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 343.) 3 24/10/05 - 09:55 FORMA O GERAL QUEST ES DISCURSIVAS DE 1 A 3 1. (JB ECOL GICO. JB, Ano 4, n. 41, junho 2005, p.21.) Agora vero. Deu na imprensa internacional, com base cient fica e fotos de sat lite: a continuar o ritmo atual da devasta o e a incompet ncia pol tica secular do Governo e do povo brasileiro em cont -la, a Amaz nia desaparecer em menos de 200 anos. A ltima grande floresta tropical e refrigerador natural do nico mundo onde vivemos ir virar deserto. Internacionaliza o j ! Ou n o seremos mais nada. Nem brasileiros, nem terr queos. Apenas uma lembran a vaga e infeliz de vida breve, vida louca, daqui a dois s culos. A quem possa interessar e ouvir, assinam essa declara o: todos os rios, os c us, as plantas, os animais, e os povos ndios, caboclos e universais da Floresta Amaz nica. Dia cinco de junho de 2005. Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial da Esperan a. A ltima. (CONCOLOR, Felis. Amaz nia? Internacionaliza o j ! In: JB o ecol gico. Ano 4, n 41, jun. 2005, p. 14, 15. fragmento) A tese da internacionaliza o, ainda que circunstancialmente possa at ser mencionada por pessoas preocupadas com a regi o, longe est de ser solu o para qualquer dos nossos problemas. Assim, escolher a Amaz nia para demonstrar preocupa o com o futuro da humanidade louv vel se assumido tamb m, com todas as suas conseq ncias, que o inaceit vel processo de destrui o das nossas florestas o mesmo que produz e reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo. Se assim n o for, e a prevalecer mera motiva o da propriedade , ent o seria justific vel tamb m propor devaneios como a internacionaliza o do Museu do Louvre ou, quem sabe, dos po os de petr leo ou ainda, e neste caso n o totalmente desprovido de raz o, do sistema financeiro mundial. o (JATENE, Sim o. Preconceito e pretens o. In: JB ecol gico. Ano 4, n 42, jul. 2005, p. 46, 47. fragmento) A partir das id ias presentes nos textos acima, expresse a sua opini o, fundamentada em dois argumentos sobre a melhor maneira de se preservar a maior floresta equatorial do planeta. (valor: 10,0 pontos) 4 ENADE-05-F.Geral 24/10/05 - 09:55 2. Nos dias atuais, as novas tecnologias se desenvolvem de forma acelerada e a Internet ganha papel importante na din mica do cotidiano das pessoas e da economia mundial. No entanto, as conquistas tecnol gicas, ainda que representem avan os, promovem conseq ncias amea adoras. Leia os gr ficos e a situa o-problema expressa atrav s de um di logo entre uma mulher desempregada, procura de uma vaga no mercado de trabalho, e um empregador. Acesso Internet Situa o-problema mulher: Tenho 43 anos, n o tenho curso superior completo, mas tenho certificado de conclus o de secretariado e de estenografia. empregador: Qual a abrang ncia de seu conhecimento sobre o uso de computadores? Quais as linguagens que voc domina? Voc sabe fazer uso da Internet? mulher: N o sei direito usar o computador. Sou de fam lia pobre e, como preciso participar ativamente da despesa familiar, com dois filhos e uma m e doente, n o sobra dinheiro para comprar um. empregador: Muito bem, posso, quando houver uma vaga, oferecer um trabalho de recepcionista. Para trabalho imediato, posso oferecer uma vaga de copeira para servir cafezinho aos funcion rios mais graduados. Apresente uma conclus o que pode ser extra da da an lise a. dos dois gr ficos; (valor: 5,0 pontos) b. da situa o-problema, em rela o aos gr ficos. (valor: 5,0 pontos) 3. Vilarejos que afundam devido ao derretimento da camada congelada do subsolo, uma explos o na quantidade de insetos, n meros recorde de inc ndios florestais e cada vez menos gelo esses s o alguns dos sinais mais bvios e assustadores de que o Alasca est ficando mais quente devido s mudan as clim ticas, disseram cientistas. As temperaturas atmosf ricas no Estado norte-americano aumentaram entre 2 C e 3 C nas ltimas cinco d cadas, segundo a Avalia o do Impacto do Clima no rtico, um estudo amplo realizado por pesquisadores de oito pa ses. (Folha de S. Paulo, 28 set. 2005) O aquecimento global um fen meno cada vez mais evidente devido a in meros acontecimentos como os descritos no texto e que t m afetado toda a humanidade. Apresente duas sugest es de provid ncias a serem tomadas pelos governos que tenham como objetivo minimizar o processo de aquecimento global. (valor: 10,0 pontos) ENADE-05-F.Geral 5 31/10/05 - 11:24 Instru es: Com base no texto abaixo, responda s quest es de n meros 10 a 12. COMPONENTE ESPEC FICO O trecho parte da transcri o de uma entrevista oral, concedida por uma senhora de 84 anos, moradora de Barra Longa (MG). Pertence ao corpus de uma pesquisa realizada na cidade, envolvendo pessoas idosas com pouca ou nenhuma escolaridade e que n o habitaram outros lugares. A entrevistada fala sobre a exist ncia da figura folcl rica do lobisomem. Instru es: Leia o texto abaixo e responda s quest es de n meros 8 e 9. Poema do beco Que importa a paisagem, a Gl ria, a ba a, a linha do horizonte? ... eu veju cont qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu secad veiu um leit ozim... i peg a fu a ropa dela... ea foi... cua m o chuja di sab o ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leit o... u leit o sumiu.... quanu ea veiu i cheg dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu ber u... quanu ea cheg u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sab o O que eu vejo o beco. (Manuel Bandeira, Antologia Po tica) 8. No ltimo verso, o poeta [Obs. Nessa transcri o, as retic ncias indicam pausas] I. desdobra a ora o em duas partes, valendo-se de (Adaptado de E. T. R. Amaral. A transcri o das fitas: abordagem preliminar ) uma constru o relativa. 10. II. privilegia, com base na rela o t pico/coment rio, a vis o do beco, considerados fornecidos pelo co-texto. os elementos O procedimento de inser o, comum na constru o do texto falado, vem exemplificado, nesse trecho, por ... ea [ela] tinha dexadu u mininu nu ber u... . Do ponto de vista da produ o desse texto, a inser o caracteriza I. um movimento t pico de autoria, realizado por meio III. utiliza uma constru o em que n o h correspon- do retorno ao pr prio discurso para dar ao ouvinte informa es que direcionam a interpreta o da seq ncia narrativa, de modo semelhante ao que ocorre com os ndices que solucionam ou antecipam fatos pendentes nas narrativas escritas. d ncia entre estrutura sint tica e efeito sem ntico. Est correto o que se afirma APENAS em (A) (B) (C) (D) (E) I. III. I e II. I e III. II e III. II. um acr scimo que, assinalado por uma quebra de fronteiras pros dicas, fornece informa o indispens vel para a explicita o da rela o entre as personagens leit o e menino e se constitui em uma marca de autoria. III. um truncamento que, n o aceit vel em textos escri- _________________________________________________________ 9. (A) Arranjo por contig idade, que, ao excluir o sintagma nominal antecedente a paisagem, resulta em constru o sint tica pouco adequada aos padr es cultos da l ngua, sugerindo o desconforto do eu l rico em rela o ao espa o que ocupa. (B) Coordena o que, incluindo um vocativo e dois complementos verbais, se refere ao sintagma antecedente a paisagem e cria uma grada o do mais especificado para o menos especificado. (C) Justaposi o, em que a combina o de um nome pr prio com nomes comuns rompe com os padr es normativos, segundo os quais s se coordenam partes da ora o que tenham fun es equivalentes. (D) (E) 6 tos, impede que essa produ o oral seja associada no o de autoria. No primeiro verso, a seq ncia de sintagmas nominais a Gl ria, a ba a, a linha do horizonte exemplifica o uso de que recurso ling stico? Seq ncia resumitiva, em que a ora o predicativa come a por uma designa o individual e segue com defini es descritivas at produzir a rela o de anton mia entre o primeiro e o ltimo elementos da seq ncia. Enumera o, que, incidindo sobre o sintagma nominal antecedente a paisagem, apresenta, em cada um dos seus elementos e no seu conjunto, uma particulariza o do sentido, o que permite classific -la como um aposto. Est correto o que se afirma APENAS em (A) (B) (C) (D) (E) I. II. III. I e II. II e III. _________________________________________________________ 11. O conhecimento de categorias e processos fonol gicos pode ser til para o professor conduzir a alfabetiza o porque alguns desses processos se refletem na escrita. Sempre que o estudante toma como referencial a sua variedade de fala, formas como cont e fu podem surgir tanto nas fases iniciais como em momentos mais avan ados da alfabetiza o. Qual a categoria fonol gica afetada no fen meno que essas formas exemplificam? (A) A s laba e, no seu interior, o fonema de travamento, cuja queda resulta no padr o sil bico CV. (B) O voc bulo fonol gico e, no seu interior, as fricativas em posi o de travamento. (C) O fonema, mais precisamente, os que ocupam o centro de s laba tona, resultando no padr o sil bico CV. (D) O fonema, mais precisamente, as semivogais de ditongos decrescentes, cuja redu o resulta no padr o sil bico V. (E) A s laba e, no seu interior, o fonema que ocupa o centro da s laba t nica, cujo enfraquecimento resulta no padr o sil bico V. ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 12. Quanto aos aspectos f nicos e seu estatuto socioling stico, correto afirmar que o falar da senhora entrevistada (A) (B) 14. exemplifica processos como a supress o de segmentos em tava, cont e peg que s o freq entes em localidades rurais isoladas, mas raros nas variedades ling sticas contempor neas de outras localidades do Brasil. (A) (D) concentra tra os de arca smo ling stico condicionados pela idade avan ada da senhora como a nasaliza o da vogal t nica sucedida por consoante nasal (quanu, isfreganu). (E) d itica PORQUE a localiza o temporal a que faz refer ncia aponta para um momento preciso. (C) d itica PORQUE aponta para uma outra refer ncia temporal j feita no texto, a saber, duas vezes por semana. (D) anaf rica PORQUE o tempo a que faz refer ncia s pode ser localizado em rela o inst ncia da enuncia o. (E) apresenta processos caracter sticos das variedades urbanas cultas como o apagamento de segmentos em leit ozim e ea. d itica PORQUE o tempo a que faz refer ncia s pode ser localizado em rela o inst ncia da enuncia o. (B) registra altera es presentes em distintas variedades do Portugu s do Brasil como a harmoniza o voc lica em mininu e uma altera o espec fica a assimila o de ponto de articula o em chuja, freq entemente estigmatizada na l ngua. (C) Considerando que a poca de recolha de um depoimento e a de sua publica o em jornal podem n o coincidir, conclui-se que a express o este ano (linha 3) anaf rica PORQUE retoma uma outra refer ncia temporal j feita no texto, a saber, duas vezes por semana. _________________________________________________________ 15. inovadora quanto redu o do ditongo /ow/ cheg , peg , ropa , pois esse processo emerge na l ngua a partir da segunda metade da d cada de 1980. O discurso citado o discurso no discurso, a enuncia o na enuncia o, mas , ao mesmo tempo, um discurso sobre o discurso, uma enuncia o sobre a enuncia o. (M. Bakhtin, Marxismo e filosofia da linguagem) _________________________________________________________ Instru o: Consideradas as afirma es acima, correto apontar, como marca do discurso de outrem no depoimento do Dr. Lambada, o uso de Texto para as quest es de n meros 13 a 16. Leia o depoimento de um artista pertencente Organiza o n o governamental Doutores da Alegria. Nessa ONG, que defende a aproxima o entre arte e ci ncia, palha os simulam ser m dicos para crian as e adolescentes hospitalizados. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 (A) (B) argumentos de autoridade como os fornecidos para compor o perfil do Dr. Zapatta Lambada , que conferem maior veracidade s impress es pessoais do artista. (C) discurso direto como em minha mulher diz chega , em que a cita o de um outro enunciado exp e uma diverg ncia para dar veracidade ao depoimento do enunciador. (D) formas de inclus o como em Muitas vezes somos... , que instauram a cumplicidade entre enunciador e enunciat rio por meio da inclus o deste ltimo no enunciado. (E) N o t o simples assim me despir do dr. Lambada. S o quase dez anos nos Doutores da Alegria, duas vezes por semana no hospital, fora as aulas paralelas, este ano de canto e malabares, e as rodas de estudo na sede. O personagem fica introjetado, s vezes desembesto a falar em casa, minha mulher diz chega, mas assim que . N o basta comprar uma roupa (...) e distribuir bala no nibus. N o adianta estar vestido se n o se est preenchido. Muitas vezes somos a nica refer ncia de palha o para uma crian a, ou o respiro emocional para uma m e ou um pai, e aquilo precisa ser bem feito. DR. ZAPATTA LAMBADA acredita em doentes saud veis, duendes mentais no tri ngulo das ber-mudas, roucas e af nicas e na inoc ncia do Rom rio. pronome demonstrativo como em e aquilo precisa ser bem feito , por meio do qual um outro contrap e sua vis o depreciativa do trabalho da ONG vis o defendida pelo enunciador. ndices de ironia como em Acredita em doentes saud veis, que deve ser lido como Duvida da exist ncia de doentes saud veis , pois o enunciador critica cren as ultrapassadas dos Doutores da Alegria. (M. Manir, Entre brancos e augustos. De hospital em hospital, eles quebram o protocolo atr s de uma nova performance diante da dor ) 13. Considere as seguintes afirma es acerca de aspectos discursivos do texto. I. Itens lexicais como introjetado, roupa, vestido preenchido, (linhas 5 a 8) sugerem oposi o sem ntica entre ess ncia e apar ncia . II. Os modos de proje o da categoria de pessoa ajudam a distinguir o enunciador e o Dr. Lambada. III. O local em que se apresenta o perfil do Dr. Zapatta Lambada (linhas 11 a 13) gera estranhamento, j que, normalmente, se reserva tal espa o para identificar com precis o o autor do depoimento. IV. A altera o na forma e no conte do de express es cristalizadas (d tournement) empregada com finalidade l dica no trecho em que o Dr. Zapatta Lambada apresentado. _________________________________________________________ 16. Considerada a nega o seguida da express o correlativa t o... assim em N o t o simples assim me despir do dr. Lambada, correto afirmar que, no texto, esse enunciado contradiz a suposi o de que (A) dif cil se desfazer das roupas que comp em a personagem. (B) a vida de m dico mais dif cil do que a vida de palha o. (C) a vida de palha o t o dif cil quanto a de outros trabalhadores. (D) f cil se desfazer da personagem. (E) a vida familiar de um m dico t o dif cil como a de um artista. Destas afirma es s o corretas: (A) (B) (C) (D) (E) I e II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II, III e IV. ENADE-Letras-05 7 31/10/05 - 11:24 Instru es: Leia o texto para responder s quest es de n meros 17 e 18. Instru es: Para responder s quest es de n meros 19 e 20, considere o fragmento do romance Os Maias, de E a de Queir s. Na produ o das primeiras palavras e frases (incorporadas como um bloco do discurso do interlocutor b sico), (...) a crian a incorpora, junto com a seq ncia f nica, o contexto espec fico que deu origem quele enunciado, como se v no exemplo a seguir, selecionado da fala de uma crian a de 1 ano e 7 meses: Tatente ( t quente ) para denotar caf . Assim, as formas maduras aparecem, num primeiro momento, em contexto de especularidade imediata de algum Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes an lises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finan a, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a les o, (...) apanhando em flagrante (...) a palpita o mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral rom ntica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluvi es de obscenidade, amea ava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); ent o o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ileg timo, representando os deveres conjugais como montanhas de t dio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o g nio dos antigos Apolos; ent o Tom s Alencar, que (...) passava ele pr prio uma exist ncia medonha de adult rios, lubricidade, orgias (...) de ora em diante austero, incorrupt vel, (...) passou a vigiar atentamente o jornal, o livro, o teatro. item da fala adulta. Num momento posterior, ou a forma desaparece para reaparecer adaptada ao sistema fonol gico da crian a muito tempo depois, ou sua forma menos madura , vari vel, percorrer v rios meses de mudan a at se tornar est vel. A forma desviante indica reorganiza es que a crian a empreende na sua trajet ria ling stica. (Adaptado de E. M. Scarpa, Aquisi o de linguagem ) 17. correto afirmar que o texto (A) descreve o desencadeamento natural de diferentes fen menos, nos quais a interfer ncia da crian a e dos interlocutores m nima, j que o afloramento das habilidades ling sticas depende da faculdade inata da linguagem. (B) 19. confere ao sujeito um papel passivo diante da pr pria linguagem, na medida em ele permanece, nas diferentes fases de sua aprendizagem, atrelado aos modelos oferecidos por seus interlocutores b sicos. (C) (A) (E) condiciona o desenvolvimento da linguagem ao provimento de informa es corretas por parte dos adultos, porque os usos paternos, de t o reproduzidos pelo aprendiz, fixam-se como padr o. Considerando o exemplo oferecido no texto, afirma-se corretamente que a crian a (A) reconhece t e quente como unidades morfol gicas distintas. (B) produz uma reorganiza o ling stica (como tatente ) que exemplifica uma diverg ncia com as categorias da linguagem adulta. (C) (D) (E) 8 emprega um item lexical que, embora distinto do previsto, n o apresenta diverg ncia com as categorias que a ele correspondem na linguagem adulta. interpreta uma estrutura verbal como nominal, baseando-se unicamente na vogal tem tica. empreende uma reorganiza o da linguagem adulta que se deve exposi o a certas palavras descoladas de seu contexto de uso. criou um discurso de natureza metaling stica: o tema a arte de Tom s Alencar, que, embora rom ntico, procura compor segundo o estilo das obras de Zola. (D) propiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as raz es do ju zo desfavor vel de E a de Queir s acerca das propostas da gera o das Confer ncias do Cassino Lisbonense. (E) criou refer ncias (t dio no casamento, maridos como figuras bestiais, amantes apol neos) que aproximam Tom s Alencar do autor de Madame Bovary, o que justifica sua avers o ao Realismo/Naturalismo. _________________________________________________________ _________________________________________________________ 18. produziu uma invers o: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tom s Alencar, deixa transparecer as convic es do realista E a de Queir s sobre o Romantismo. (C) equipara a linguagem infantil adulta, pois, embora menores, as mesmas dificuldades articulat rias do falante maduro s o vivenciadas pela crian a que inicia sua trajet ria ling stica. permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tom s Alencar, criticasse a est tica realista/naturalista, traduzindo a vis o de E a de Queir s. (B) concebe o processo de aquisi o da linguagem como mecanismo n o linear, j que as fases previstas admitem variantes decorrentes da atua o da crian a como reorganizadora de formas anteriormente copiadas. (D) No trecho acima, quem relata o narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o contexto cultural em que a obra foi produzida, correto afirmar que, nesse relato, o uso da ironia 20. O cr tico Jos Guilherme Merquior, ao analisar a quest o da literatura na Modernidade, afirma: ... a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da vacuidade do ideal ; emerge a tradi o moderna como literatura cr tica. O ideal esvaziado de conte do, assinalado pelo cr tico, no texto de E a de Queir s, (A) constitui a busca do paladino da moral . (B) considerado causa da a o de celebrar missa durante tantos anos . (C) pode ser associado a escangalhada catedral rom ntica . (D) est tomado como sin nimo de palpita o mesma da vida . (E) tido como conseq ncia da propaganda do amor ileg timo . ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 21. O texto abaixo, de Antonio Candido, exemplifica o trabalho do cr tico. Instru es: Considere o texto abaixo para responder s quest es de n meros 22 e 23. c lebre a escultura de Laocoonte, em que est o repre- Em Gon alves Dias, sentimos que o esp rito pesa as palavras, em Castro Alves, que as palavras arrastam o esp rito na sua for a incontida. Situado n o apenas cronologicamente entre ambos, lvares de Azevedo um sentados pai e filhos envolvidos por serpentes. Nela est tematizada a dor de um pai que v os filhos serem devorados. O cr tico alem o Lessing sentiu-se intrigado pela seguinte quest o: como entender que a personagem principal do grupo representado mal abra a boca, apesar de sofrer de modo t o intenso? Para explicar a composi o moderada da dor, assinala: misto dos dois processos. Na melhor parte de sua obra, as palavras se ordenam com medida, indicando que a emo o logrou realizar-se pelo encontro da express o justa. Infelizmente, por m, (...) se na sua obra que as leis da escultura imp em a figura o da dor de modo totalmente diverso do da poesia. A escultura e a pintura n o podem representar sen o um nico momento de uma a o; preciso ent o escolher o momento mais fecundo; ora, s fecundo aquilo que deixa campo livre imagina o; n o propriamente l rica existe n o raro uma serena conten o, preciso, pois, escolher o momento do paroxismo [o momento a que lhe deu fama e definiu a sua maneira pr pria se mais intenso], mas o que o precede ou segue. caracteriza pela tend ncia digress o e prodigalidade 22. O que se pode deduzir corretamente do texto acerca da representa o art stica? verbal, que o tornaram, com o passar do tempo, o poeta (A) Na arte, o modo como se retratam certas emo es depende do conhecimento da sua natureza pelo artista, pois o seu ideal reproduzir o mundo natural. (B) Numa obra de arte, a express o n o determinada pela natureza do objeto representado, mas est relacionada aos princ pios que regem a modalidade art stica adotada. (C) Em algumas formas de express o art stica, a representa o corresponde necessariamente diminui o da intensidade das emo es experimentadas. (D) Na composi o art stica, a escolha de tra os de um objeto que podem ser mais produtivos para a cria o depende mais da per cia do artista em lidar com eles do que da linguagem da arte em que ele se expressa. (E) Em qualquer express o art stica, mais importante a capacidade que o artista tem de apontar, no ser humano representado, a grandeza e a serenidade da alma, do que retratar o vigor de um sofrimento. desacreditado de nossos dias. (Forma o da literatura brasileira: momentos decisivos) Considere as afirma es que seguem. I. A cr tica implica uma valora o, resultante das rela es que o cr tico estabelece entre os elementos constitutivos da obra analisada e a s rie liter ria. II. Em cada situa o espec fica, a cr tica incide na an lise independente de um dos tr s aspectos do fen meno liter rio: ou o produtor, ou a obra, ou o p blico. III. tarefa do cr tico prescrever leituras que, ao suprirem certas necessidades do ser humano, atendam s expectativas do p blico. _________________________________________________________ 23. Quanto arte liter ria, correta a seguinte infer ncia: (A) a literatura distingue-se da escultura porque, nela, em todos os g neros liter rios (l rico, pico e dram tico), predomina a express o de tempos simult neos. (B) uma obra de arte bem realizada (um romance ou um conto, por exemplo) renuncia ao cl max da situa o narrada, em busca do ideal de preservar o imagin rio do leitor. (C) o processo de cria o art stica, em qualquer g nero liter rio que se considere, representa as paix es segundo modelos historicamente prestigiados. (D) a brevidade do poema l rico o aproxima da pintura e da escultura, pois o eu po tico s tem tempo para o desenrolar de uma nica a o. (E) os discursos liter rios, gra as natureza da linguagem verbal, podem retomar uma mesma a o em distintos momentos, diferentemente do que ocorre na escultura ou na pintura. Confirma-se no texto de Antonio Candido o que se declara corretamente sobre a cr tica APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. ENADE-Letras-05 9 31/10/05 - 11:24 Instru es: Considere os textos abaixo para responder s quest es de n meros 24 e 25. 24. 25. Os versos do poema Antefinal noturno, transcrito na quest o anterior, t m fortes pontos de contato com estes versos de um outro poema de Carlos Drummond de Andrade, Consolo na praia : Em meados do s culo passado, o pintor brasileiro Candido Portinari fez uma s rie de desenhos para ilustrar uma edi o nacional do Dom Quixote, de Cervantes. Posteriormente, o poeta Carlos Drummond de Andrade comp s uma s rie de poemas, referidos a cada um desses desenhos de Portinari. A injusti a n o se resolve. Atente para este desenho de Portinari e os versos de Drummond que o interpretam. Mas vir o outros. sombra do mundo errado murmuraste um protesto t mido. Tudo somado, devias precipitar-te de vez nas guas. Est s nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. (A rosa do povo) Entre os poemas, h em comum a express o dos sentimentos (A) (B) Analisando-se as rela es entre o desenho, o poema e a obra Dom Quixote de Cervantes, correto afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) 10 na situa o representada, em que o her i repousa, o desenho e o poema real am o cansa o do triunfal cavaleiro andante. no desenho e no poema, o plano da realidade bruta do cotidiano contrasta com o do sacrif cio final do cavaleiro idealista de Cervantes. na situa o representada, pela qual se inicia a narrativa de Cervantes, o pintor e o poeta prev em as viol ncias que Dom Quixote dever enfrentar. no desenho e no poema, encontram-se interpreta es diferentes da cena final de Dom Quixote: no primeiro lamenta-se a derrota, e no segundo se enaltece a vit ria do cavaleiro. no desenho e no poema, refor a-se o sentido final da obra de Cervantes, que o de resgatar os valores da nobreza medieval. do ideal religioso e da perseveran a in til. (D) Dorme, Alonso Quejana. Pelejaste mais do que a peleja (e perdeste). Amaste mais que amor se deixa amar. O mpeto o relento a desmesura f bulas que davam rumo ao sem-rumo de tua vida levada a tapa e a coice d armas, de que valeu o tudo desse nada? Vil es discutem e brigam de bra o enquanto dormes. Neutras est tuas de alim rias velam a areia escura de teu sono despido de todo encantamento. Dorme, Alonso, andante petrificado cavaleiro-desengano. da amargura amorosa e da vingan a reparadora. (C) Antefinal noturno da impot ncia do indiv duo e do malogro do ideal. da hipocrisia social e da culpa pessoal. (E) da indigna o in til e do consolo na f . _________________________________________________________ 26. Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum desses of cios me daria os recursos intelectuais necess rios para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo, mas em momentos de otimismo suponho que h nela peda os melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois, superior a Mestre Caetano e a outros semelhantes. Considerando, por m, que os enfeites do meu esp rito se reduzem a farrapos de conhecimento apanhados sem escolha e mal cosidos, devo confessar que a superioridade que me envaidece bem mesquinha. No trecho acima, de S o Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador reflete sobre quest es que dizem respeito diretamente sua compet ncia para desenvolver uma narrativa autobiogr fica. Essa compet ncia explicitamente posta em d vida em outras passagens do romance, como, por exemplo, em: (A) As pessoas que me lerem ter o, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem liter ria, se quiserem. (B) Come o declarando que me chamo Paulo Hon rio, peso oitenta e nove quilos e completei cinq enta anos pelo S o Pedro. (C) Jo o Nogueira queria o romance em l ngua de Cam es, com per odos formados de tr s para diante. Calculem. (D) E eu vou ficar aqui, s escuras, at n o sei que horas, at que, morto de fadiga, encoste a cabe a na mesa e descanse uns minutos. (E) Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 27. A designa o de Realismo, dada a esse movimento, inadequada, pois o realismo ocorre em todos os tempos como um dos p los da cria o liter ria, sendo a tend ncia para reproduzir nas obras os tra os observados no mundo real (...). Sob v rios aspectos, o romance rom ntico foi cheio de realismo, pois a fic o moderna se constituiu justamente na medida em que visou, cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por meio da observa o exata do mundo e dos seres. (Antonio Candido e Jos Aderaldo Castello, Presen a da literatura brasileira) Aceitando-se o que diz o trecho acima, correto afirmar que s o fortes os pontos de contato entre o romance rom ntico brasileiro ocupado com a vida urbana e burguesa e o romance Esa e Jac , de Machado de Assis? (A) (B) (C) (D) (E) 28. Sim, pois em ambos os casos a motiva o essencial a da consolida o do sentimento nacionalista. N o, j que o anti-romantismo de Machado de Assis desviou-o do drama urbano e burgu s. N o, j que Machado de Assis, em sua fase madura, circunscreveu sua fic o an lise psicol gica. Sim, pois em ambos os casos o quadro hist rico e social tem peso decisivo para a cria o romanesca. Sim, pois em ambos os casos o est mulo inicial a express o otimista do processo de forma o de uma sociedade. Atente para os textos I e II, abaixo: I O universo (que outros chamam a Biblioteca) comp e-se de um n mero indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos po os de ventila o no centro, cercados por balaustradas baix ssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corol rio imediato a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razo vel pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hex gono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o comp ndio perfeito de todos os demais: algum bibliotec rio o consultou e an logo a um deus. (Jorge Lu s Borges, A biblioteca de Babel , Fic es) II Sert o velho de idades. Porque serra pede serra e dessas, altas, que o senhor v bem: como que o sert o vem e volta. N o adianta de dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, t o distantes. Rumor dele se escuta. Sert o sendo do sol e os p ssaros: urubu, gavi o que sempre voam, s imensid es, por sobre... Travessia perigosa, mas a da vida. Sert o que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele... (Jo o Guimar es Rosa, Grande sert o: veredas) Encontram-se, nesses textos, dois espa os ficcionais bastante representativos, respectivamente, das obras de Borges e de Guimar es Rosa. Apesar das fortes diferen as entre esses espa os, eles apresentam uma caracter stica essencial em comum. Qual ela? (A) (B) (C) (D) (E) 29. O sentido de uma totaliza o: a biblioteca e o sert o s o apresentados como universos de m xima abrang ncia. O sentido de um anacronismo: a biblioteca e o sert o expressam valores ultrapassados. O sentimento de superioridade do homem em rela o natureza. O sentimento de auto-sufici ncia do indiv duo, confiante na raz o. O sentido de uma insufici ncia: o espa o explorado n o estimula o pensamento metaf sico. Associe a gravura abaixo ao texto I, de Borges, transcrito na quest o anterior. http://www.mcescher.com/Gallerv/back-bmp/LW389.jpg O espa o descrito no texto e o espa o representado na gravura t m em comum (A) (B) (C) (D) (E) a rejei o do irreal e o engajamento pol tico. a emotividade e a nega o da simetria. o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza. a vida idealizada e o sentimento do provis rio. a fantasia intelectual e a composi o geom trica. ENADE-Letras-05 11 31/10/05 - 11:24 Aten o: Para responder s quest es de n meros 30 a 32, escolha a rea de sua forma o. LICENCIATURA EM L NGUA PORTUGUESA 30. Em qual das alternativas abaixo um argumento favor vel ao registro documental do planejamento escolar est focalizando especificamente a pr tica do professor de l ngua portuguesa? (A) (B) Cada professor, ao assumir sua classe, deve se apoiar na reflex o coletiva para organizar seu planejamento. A escola necessita de documentos que permitam exercer algum controle sobre o que acontece em sala de aula. (C) O planejamento orienta-se pelo diagn stico do que os alunos j sabem. No registro, o professor explicita os usos da linguagem que, associados s pr ticas sociais, ser o tratados segundo seq ncia did tica que mais favore a a aprendizagem. (D) O planejamento flex vel ser modificado ao ser posto em pr tica. Mediante a fun o de reifica o da escrita, o professor tem a possibilidade de distanciar-se criticamente do pr prio plano e refletir sobre ele e sua pr tica. (E) 31. A defini o de pontos de partida e de chegada da a o educativa pode significar perda de tempo. H um div rcio entre aquilo que aparece escrito no planejamento e o que realmente acontece em sala de aula. O registro do planejamento facilita a comunica o entre os educadores da escola e desses com a comunidade envolvida direta ou indiretamente no processo. Leia o seguinte relato. Sil ncio, 2a B! aula de leitura e escrita. Os alunos quietos nas carteiras defrontam-se com os livros. Acabaram de ouvir a ordem para ler e, quando for o tempo indicado pela professora, h o de escrever, reproduzindo o que foi lido. (...) Todos devem ficar quietos, ler com aten o e escrever corretamente, sem perturbar a professora que precisa corrigir o dever do dia anterior. (Mary Julia Martins Dietzsch e Maria Alice Set bal S. e Silva, Itinerantes e itiner rios na busca da palavra ) No relato, o processo de aprendizagem de leitura se caracteriza (A) (B) pela compreens o da escrita, articulada com a possibilidade de transfer ncia de hip teses para construir um sentido para o texto. (C) pelo reconhecimento dos g neros textuais, regulado por um sistema de expectativas que ancoram o discurso nas esferas da atividade humana. (D) pela possibilidade de livre frui o do texto, associada ao interesse da comunidade de leitores. (E) 32. pela pr tica de decodifica o da l ngua escrita, sustentada pela legitimidade atribu da ao texto, tomado como base para a reprodu o. pela abertura do sentido do texto no momento da recep o, considerado o contexto de leitura. Leia a seguinte proposta de Paulo Freire (A import ncia do ato de ler) sobre a fun o do professor. A quest o da coer ncia entre a op o proclamada e a pr tica uma das exig ncias que educadores cr ticos se fazem a si mesmos. que sabem muito bem que n o o discurso que aju za a pr tica, mas a pr tica que aju za o discurso. Nem sempre, infelizmente, muitos de n s, educadoras e educadores que proclamamos uma op o democr tica, temos uma pr tica em coer ncia com nosso discurso avan ado. Da que o nosso discurso, incoerente com a pr tica, vire puro palavreado. Considere os trechos transcritos abaixo, adaptados de P rez G mez ( A fun o e a forma o do professor/a no ensino para a compreens o: diferentes perspectivas ). I. Perspectiva enciclop dica: de acordo com a concep o de ensino como transmiss o de conte dos da cultura e da aprendizagem como acumula o de conhecimentos; prop e a forma o do professor como especialista num ou v rios ramos do conhecimento, quanto mais conhecimento ele possua melhor poder desenvolver sua fun o de transmiss o. II. Perspectiva t cnica: a qualidade do ensino evidenciada na qualidade dos produtos e na efic cia e economia de sua realiza o; forma-se o professor como um t cnico que domina as aplica es do conhecimento cient fico produzido por outros e transformado em regras de atua o. III. Perspectiva de reconstru o social: o professor reflete criticamente sobre a pr tica cotidiana para compreender tanto as caracter sticas dos processos de ensino-aprendizagem quanto as do contexto em que o ensino ocorre; a forma o do professor pressup e o ensino como uma pr tica social saturada de op es de car ter tico cujos valores se traduzem coerentemente em procedimentos que facilitem o desenvolvimento emancipador dos que participam do processo. Contempla a pr tica pedag gica recomendada por Paulo Freire o que evitaria a cr tica feita pelo pedagogo APENAS o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E) 12 I. III. I e II. I e III. II e III. ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 LICENCIATURA EM L NGUA ESTRANGEIRA 30. Dentre os trechos transcritos dos Par metros Curriculares Nacionais L ngua Estrangeira ensino fundamental, aquele que relaciona diretamente a aprendizagem de L ngua Estrangeira com a aprendizagem de L ngua Portuguesa : (A) (B) Mesmo nos grandes centros, o n mero de pessoas que utilizam o conhecimento das habilidades orais de uma l ngua estrangeira em situa o de trabalho relativamente pequeno. (C) A aprendizagem de leitura em L ngua Estrangeira pode ajudar no desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem fun o primordial na escola e aprender a ler em outra l ngua pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua l ngua materna. (D) As condi es na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga hor ria reduzida, classes superlotadas, pouco dom nio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material reduzido ... etc.) podem inviabilizar o ensino das quatro habilidades comunicativas. (E) 31. No Brasil, tomando-se como exce o o caso do espanhol, (...), o de algumas l nguas nos espa os de imigrantes (...) e o de grupos nativos, somente uma parcela da popula o tem oportunidade de usar l nguas estrangeiras como instrumento de comunica o, dentro ou fora do pa s. Pode-se antever que, com o barateamento dos meios eletr nicos de comunica o, mais escolas venham a ter acesso a novas tecnologias, possibilitando o desenvolvimento de outras habilidades comunicativas. Os Par metros Curriculares Nacionais L ngua Estrangeira ensino fundamental fazem um alerta aos professores sobre os softwares dispon veis para o ensino de L ngua Estrangeira que reproduzem, muitas vezes, um tipo de instru o programada , incompat vel com vis o de linguagem e de aprendizagem proposta nos PCN. Qual a caracter stica apresentada por um software t pico de instru o programada que o torna incompat vel com a proposta dos PCN? (A) (B) uma s rie de atividades espec ficas de uso da linguagem, em que se estabelece rela o entre a l ngua e o mundo social do aluno. (C) uma s rie de propostas de infer ncia ling stica, com base no pr -conhecimento do aluno sobre g neros textuais. (D) uma s rie de perguntas sobre as express es de um texto, que o aluno n o conhece, com destaque para pistas contextuais. (E) 32. uma s rie subordinada de exerc cios ling sticos, sem contextos definidos, com base em uma nica resposta certa do aluno. uma s rie de hip teses sobre o sentido do texto a serem aferidas pelo aluno, com base em ndices contextuais. Leia a seguinte not cia. O ensino de l ngua espanhola para os alunos do ensino m dio nas escolas das redes p blica e privada de todo o Pa s passou a ser obrigat rio a partir de agosto, quando o presidente Luiz In cio Lula da Silva sancionou a Lei 11.161/2005. Pela lei, o ensino de espanhol deve ser inclu do gradativamente nos curr culos, no prazo m ximo de cinco anos. Entre os maiores desafios para a aplica o da lei est o a forma o de professores para atender demanda e o oferecimento s escolas de estrutura e material did tico-pedag gico. (F bia Assump o. Espanhol obrigat rio em Alagoas s em 2007 ) A not cia remete seguinte constata o encontrada nos Par metros Curriculares Nacionais C digos e suas Tecnologias L nguas Estrangeiras Modernas: ensino m dio Linguagens, (A) a L ngua Estrangeira predominante no curr culo o ingl s, o que reduziu em muito o interesse do estudo de outras l nguas, e, em conseq ncia, a forma o de professores de outros idiomas. (B) o ensino das L nguas Estrangeiras, na escola regular, prioriza, quase sempre, o estudo de formas gramaticais, a memoriza o de regras e a l ngua escrita, ignorando as indica es da legisla o. (C) o ensino m dio deve organizar seus cursos de l nguas objetivando torn -los teis e significativos, em vez de as L nguas Estrangeiras representarem, apenas, uma disciplina a mais na grade curricular. (D) a compet ncia comunicativa sup e o desenvolvimento das seguintes dimens es que a integram: gramatical, socioling stica, discursiva, estrat gica. (E) os objetivos pr ticos do ensino de L nguas Estrangeiras entender, falar, ler e escrever a que a legisla o e especialistas fazem refer ncia s o importantes, devido ao car ter formativo intr nseco dessas habilidades. ENADE-Letras-05 13 31/10/05 - 11:24 BACHARELADO 30. Considere a seguinte reflex o. Uma terceira chave conceitual de estudos sobre a recep o na Am rica Latina refere-se leitura (...). Penso que nos livros de Bakhtin (...) h uma proposta de mudan a de lugar do texto como eixo da investiga o que coloca a intera o dial gica como o verdadeiro objeto da investiga o cultural, chegando-se leitura como intera o-comunica o. (Jes s Mart n-Barbero, Am rica Latina e os estudos recentes: o estudo da recep o em comunica o social ) Qual o foco investigativo proposto por Mart n-Barbero para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o ato de ler? (A) (B) (C) (D) (E) 31. O texto e, a partir dele, a compreens o do leitor. A recep o passiva do significado do texto. Os meios de comunica o e o seu controle sobre a opini o do leitor. A intera o acionada pelo texto em determinada situa o comunicativa. O leitor-indiv duo que atribui um significado pessoal para o texto. Segundo Mart n-Barbero, preciso falar sobre o estudo dos g neros, a hist ria social e cultural dos g neros. Os g neros aparecem n o como propriedades dos textos. O g nero n o algo que passa ao texto, mas algo que passa pelo texto. (...) o g nero uma estrat gia de comunica o ligada aos v rios universos culturais. Leia os trechos abaixo adaptados de G neros ficcionais: materialidade, cotidiano, imagin rio , de Silvia Helena S. Borelli: I. O g nero considerado como um agrupamento ou filia o de obras liter rias a uma classe ou esp cie, subordinadas por sua vez a artif cios de normatiza o e classifica o. II. O g nero uma categoria abrangente, e serve como elo entre os diferentes momentos da cadeia que une espa o de produ o, anseios dos produtores culturais e desejos do p blico receptor. III. O g nero um modelo din mico, com repert rio variado de estruturas resultantes de conex es entre um ou mais g neros e da rela o com novos recursos que, introduzidos, transformam ou recriam padr es mais ou menos abertos. Identifica-se com a posi o de Mart n-Barbero SOMENTE o que se afirma em (A) (B) II e III. (C) I e III. (D) I. (E) 32. I e II. II. Leia a seguinte advert ncia de Jes s Mart n-Barbero. N o podemos estudar a recep o (na Am rica Latina) sem analisar os processos de exclus o cultural. Somente vou lembrar tr s modos de deslegitima o e de desqualifica o do gosto popular atrav s da pecha de aus ncia de gosto ou mau gosto: (...) o que agrada aos receptores populares, quase sempre, seria aquilo que de mau gosto (...); a deslegitima o dos g neros narrativos; (...) a deslegitima o dos modos populares de recep o. A advert ncia do autor sugere a necessidade de estudos e pesquisas na Am rica Latina que considerem o processo de comunica o como (A) (B) um meio de transmiss o de conhecimento. (C) uma forma de explora o comercial do receptor. (D) um desvio de comportamento da opini o p blica. (E) 14 um espa o de constru o de culturas heterog neas. uma normatiza o do gosto popular. ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 Quest o 4 Nem preciso ser especialista para verificar que as condi es da varia o ling stica n o est o sujeitas ao acaso, nem ao livre arb trio do falante. Muito pelo contr rio, acham-se fortemente marcadas por motiva es emanadas do pr prio sistema ling stico que o falante constrangido a seguir sem escolha. (Adaptado de R.G. Camacho, Socioling stica Parte II ) Ilustre, com dois exemplos extra dos dos enunciados abaixo, a afirma o de que o sistema imp e dire es para a varia o ling stica. Justifique a sua escolha. i) Pinch fora p o traiz mis ria e ergu o que cai n o se deve: das arma. [Jogar fora p o traz mis ria e apanhar o que cai n o se deve: das almas.] ii) Junt pauzinho de forfe que cai no ch o d a disga. [Apanhar palito de f sforo que cai no ch o resulta em desgra a.] (Adaptado de Corn lio Pires, Abus es ) (Valor: 10,0 pontos) Quest o 5 Leia o texto e analise os dados ling sticos que o seguem. Estar e andar + ger ndio No per odo arcaico esses verbos seguidos de ger ndio podem ocorrer semanticamente plenos, com significado lexical etimol gico: estar (lat. stare) estar de p ; andar (lat. ambitare) deslocar-se com os p s . Na documenta o arcaica, em muitos contextos, fica-se na d vida se nas seq ncias desses verbos com ger ndio se tem uma locu o verbal ou duas ora es com um desses verbos como principal e o ger ndio como uma subordinada reduzida temporal. Exemplos: 1. No dia da sa morte estando os homens b s da cidade onde el era bispo fazendo gram chanto sobre el... [No dia da sua morte, estando de p os homens bons da cidade onde ele era bispo, fazendo... ou No dia de sua morte, estando os homens bons da cidade onde ele era bispo fazendo...] 2. Andava per muitas cidades e per muitas vilas e per muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos hom s dizendo muitas santas paravoas. [Caminhava por muitas cidades e por muitas vilas e por muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos homens dizendo.... ou Estava dizendo por muitas cidades e por muitas vilas e por muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos homens...] (Adaptado de R. V. Mattos e Silva, O portugu s arcaico) A d vida sobre o Portugu s Arcaico, explicitada por Mattos e Silva, mant m-se nas constru es com estar e com andar seguidos de ger ndio do Portugu s Contempor neo do Brasil? Explique e d um exemplo de constru o com cada um desses verbos para confirmar sua hip tese. (Valor: 10,0 pontos) ENADE-Letras-05 15 31/10/05 - 11:24 Quest o 6 O cr tico Hugo Friedrich comenta que Baudelaire considerava a fantasia (equiparada ao sonho) como capacidade criativa que realiza uma opera o m gica: decomp e o real (o que se percebe sensorialmente), recolhe e rearticula as partes, criando, assim, novas formas, irreais, que instituem um mundo novo. Para o poeta franc s, a fantasia, em caso algum, procede confusa e arbitrariamente, mas, sim, de maneira exata e sistem tica. O poema inf ncia , de Oswald de Andrade, abaixo transcrito, pode exemplificar o que o poeta franc s afirma sobre a fantasia. Explique como poderia ser reconhecido, nesse poema, cada um dos aspectos assinalados por Baudelaire: a. b. c. decomposi o do real; cria o de um mundo novo; procedimento exato e sistem tico da fantasia. inf ncia O camisol o O jarro O passarinho O oceano A visita na casa que a gente sentava no sof (Hugo Friedrich, Estrutura da l rica moderna) (Oswald de Andrade, Poesias reunidas) (Valor: 10,0 pontos) Quest o 7 I. Poema do beco Que importa a paisagem, a Gl ria, a ba a, a linha do horizonte? O que eu vejo o beco. II. Manuel Bandeira faz a seguinte declara o a respeito de si mesmo: Sou poeta menor, perdoai. Tal declara o injusta em rela o ao valor de sua poesia, mas indica a voca o de sua l rica versos do poema Belo belo (Lira dos cinquent anos): III. voca o que tamb m est indicada nestes N o quero o xtase nem os tormentos (...) As d divas dos anjos s o inaproveit veis Os anjos n o compreendem os homens. A leitura conjunta dos tr s textos aponta para um tra o fundamental da po tica de Manuel Bandeira. Identifique e comente esse tra o. 16 (Valor: 10,0 pontos) ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 Aten o: Responda quest o de n mero 8 somente se sua rea de forma o for Licenciatura em L ngua Portuguesa. Quest o 8 a Leia o seguinte relato de um professor de L ngua Portuguesa sobre o ensino-aprendizagem de leitura em uma classe de 5 s rie. Num primeiro momento, os alunos liam silenciosamente o conto. Antes que iniciassem a leitura, l amos a biografia do respectivo autor e discut amos suas declara es, o que despertava bastante interesse. Os dados biogr ficos estavam contidos em textos de entrevista com os autores. Tent vamos vincular esses dados biogr ficos vida dos aprendizes, sugerindo a possibilidade de que qualquer um pudesse vir a se tornar escritor. Esses eram os nicos conhecimentos pr vios relacionados leitura dos contos. Embora o ambiente na sala de aula tivesse tend ncia a certa descontra o, criasse uma possibilidade de trabalho associada ao direito de ir e vir, as nossas aulas de leitura transcorriam em absoluto sil ncio. Conforme t nhamos combinado, era o sil ncio necess rio hora da nossa biblioteca . Ap s a leitura silenciosa, faz amos uma pergunta a todos: Quem gostou deste conto? Nesse momento, pod amos observar a rea o causada pela leitura. (Harry Vieira Lopes, A leitura e a escrita ficcional na 5a s rie) Qual foi o contrato did tico estabelecido entre professor e aprendizes e qual metodologia de leitura foi adotada? (Valor: 10,0 pontos) ENADE-Letras-05 17 31/10/05 - 11:24 Aten o: Responda quest o de n mero 9 somente se sua rea de forma o for Licenciatura em L ngua Estrangeira. Quest o 9 Em um material did tico para o ensino de L ngua Estrangeira, observa-se o procedimento que segue. Apresenta-se como est mulo um convite de casamento em ingl s e, em seguida, algumas quest es: a. Voc j viu um texto semelhante? n to ame cas de vite scrito esa. e Con ngl ua i l ng em b. Em que situa o? c. Qual a finalidade do texto apresentado? d. Como esse texto denominado? (...) Considerando a proposta dos Par metros Curriculares Nacionais l ngua estrangeira ensino fundamental ... sugere-se um padr o geral que enfatiza o conhecimento de mundo do aluno (...) e a organiza o textual com a qual esteja familiarizado (...). O objetivo envolver o aluno desde o in cio do curso na constru o do significado , quais perguntas presentes no material did tico podem ser associadas: a. ao conhecimento de mundo do aluno? b. ao conhecimento de organiza o textual do aluno? c. Explique as raz es de sua escolha. 18 (Valor: 10,0 pontos) ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:24 Aten o: Responda quest o de n mero 10 somente se sua rea de forma o for Bacharelado. Quest o 10 Leia os textos para responder quest o proposta. N o se tem dado a devida import ncia imensa maioria dos cidad os que nunca entram numa livraria e que compram tudo o que l em nas bancas. O livro n o tem o valor de prest gio, de status, que tem para n s. outra rela o com a leitura, outra cultura. (Jes s Mart n-Barbero, Am rica Latina e os anos recentes: o estudo da recep o em comunica o social ) sempre com atraso que o amplamente vivido torna-se objeto de an lises ou at de observa es da parte dos que fazem profiss o teorizar sobre a vida social. (Michel Maffesoli, No fundo das apar ncias) Consideradas as opini es dos autores quanto ao objeto de estudo e quanto ao distanciamento do pesquisador, como poderia ser desenvolvida uma pesquisa sobre leitura? (Valor: 10,0 pontos) ENADE-Letras-05 19 31/10/05 - 11:24 FONTES BIBLIOGR FICAS (segundo ABNT. NBR 6023. Agosto, 2000) AMARAL, E. T. R. A Transcri o das fitas: abordagem preliminar. In: MEGALE, H. (org.) Filologia bandeirante.. S o Paulo: Humanitas; FAPESP, 2000. p.195-208. (Estudos, 1) ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas: obras completas. 3 ed. Rio de Janeiro: Civiliza o Brasileira, 1972. v.7, p. 98. ANDRADE, Carlos Drummond de. As Impurezas do branco. Rio de Janeiro: Jos Olympio; INL/MEC, 1973. p.77-78. ________. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do M todo Sociol gico na Ci ncia da Linguagem. S o Paulo: Hucitec, 1979. BANDEIRA, Manuel. Antologia po tica. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. ________. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1967. p.249: Libertinagem. BARROS, D. L. P. de. Teoria semi tica do texto. 4.ed. S o Paulo: tica, 2003. BORGES, J. Lu s. Obras completas. S o Paulo: Globo, 1999. v.1: p.517-521; A Biblioteca de Babel. BORRELLI, S. H. S. G neros ficcionais: materialidade, cotidiano, imagin rio. In: SOUSA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto receptor. S o Paulo: Brasiliense; ECA/USP, 1995. p.71- 85. BRASIL. Minist rio da Educa o e Cultura. Par metros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental; L ngua Estrangeira. Bras lia: MEC/SEF, 1998. ________. Par metros Curriculares Nacionais: ensino m dio: linguagens, c digos e suas tecnologias; L nguas Estrangeiras Modernas. Bras lia: MEC/SEMTEC, 1999. CAMACHO, R.G. Introdu o ling stica: dom nios e fronteiras, S o Paulo: Cortez, 2001. v.1: p.49-75; Socioling stica Parte II. CANDIDO, Antonio. Forma o da literatura brasileira: momentos decisivos. 5ed. S o Paulo: Universidade de S o Paulo; Itatiaia, 1975. v.2: p.187. CANDIDO, Ant nio; CASTELO, Jos Aderaldo. Presen a da Literatura Brasileira: do Romantismo ao Simbolismo. 5.ed. S o Paulo: Difel, 1974. p. 94. CUNHA, A. G. Dicion rio etimol gico Nova Fronteira da l ngua portuguesa. 2.ed. ver. e acrescida suplem. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. DIETZCH, Mary J lia Martins; SILVA, Maria Alice Set bal S. Itinerantes e itiner rios na busca da palavra. Caderno de Pesquisas, S o Paulo, n. 88, p. 55-63, fev. 1994. FREIRE, Paulo. A Import ncia do ato de ler: em tr s artigos que se complementam. S o Paulo: Autores Associados; Cortez, 1987. p. 29. FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da l rica moderna. S o Paulo: Duas Cidades, 1978. p.53-55. HOUAISS, A. Dicion rio eletr nico Houaiss da l ngua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. ILARI, R. Introdu o sem ntica: brincando com a gram tica. S o Paulo: Contexto, 2001. KOCH, I. V. O Texto e a constru o dos sentidos. 2.ed. S o Paulo: Contexto, 1998. (Cole o Repensando a L ngua Portuguesa). LOPES, Harry Vieira. A Leitura e a escrita da narrativa ficcional na 5a s rie. S o Paulo, 1993. Dissert. (mestr.) Faculdade de Educa o da Universidade de S o Paulo. MAFESSOLI, Michel. No fundo das apar ncias. Petr polis: Vozes, 1996. p.45. MANIR, M. Entre brancos e augustos. De hospital em hospital, eles quebram o protocolo atr s de uma nova performance diante da dor. Uma semana com...Os Doutores da Alegria, ONG que atende crian as e adolescentes em hospitais. O Estado de S.Paulo, Caderno Ali s, 25 set. 2005, p. 8. MART N-BARBERO, Jes s. Am rica Latina e os anos recentes: o estudo da recep o em comunica o social. In: SOUSA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto do receptor. S o Paulo: Brasiliense; ECA/USP, 1995. p.37 - 68. MERQUIOR, Jos Guilherme. O Fantasma rom ntico e outros ensaios. Petr polis: Vozes, 1980. p. 11. MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. Introdu o ling stica: dom nios e fronteiras. S o Paulo: Cortez, 2001. v.1/2 P REZ GOM Z, A. J. A Fun o e a forma o do professor/a no ensino para a compreens o: diferentes perspectivas. In: SACRIST N, J.; ________. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 353-379. PIRES, C. Conversas ao p -do-fogo. Itu (SP): Ottoni Edit., 2002. p. 82-3: p Abus es. QUEIR S, E a de. Obra completa. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1970. v.2: p.117. RAMOS, Graciliano. S o Bernardo. 12.ed. S o Paulo: Martins, 1970. p 242. ROSA, Jo o Guimar es. Grande sert o: veredas. 7.ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1970. p.410. SCARPA, E. M. Aquisi o de linguagem. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. Introdu o ling stica: dom nios e fronteiras. S o Paulo: Cortez, 2001. v.2: p. 203-232. SILVA, R. V. M. O Portugu s arcaico: morfologia e sintaxe. S o Paulo: Contexto, 1993. p.65-66. [S rie Repensando a L ngua Portuguesa] TFOUNI, L. V. Perspectivas hist ricas e a-hist ricas do letramento. Campinas: IEL/Unicamp, 1994. p.49-62 (Cadernos de Estudos Ling sticos 26: Psicoling stica). TODOROV, Tzvetan. Os G neros do discurso. S o Paulo: Martins Fontes, 1980. p.27. 20 ENADE-Letras-05 31/10/05 - 11:25 5. QUESTION RIO DE PERCEP O SOBRE A PROVA Com rela o aos enunciados das quest es, na parte de forma o espec fica, voc considera que: (A) Todas as quest es tinham enunciados claros e objetivos. (B) A maioria das quest es tinha enunciados claros e objetivos. (C) Apenas cerca da metade das quest es tinham enunciados claros e objetivos. (D) Poucas quest es tinham enunciados claros e objetivos. (E) Nenhuma objetivos. As quest es abaixo visam a levantar sua opini o sobre a qualidade e a adequa o da prova que voc acabou de realizar. Assinale as alternativas correspondentes sua opini o nos espa os pr prios (parte inferior) do Cart o-Resposta. Agradecemos sua colabora o. 1. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Forma o Geral? quest o tinha enunciados claros e _________________________________________________________ 6. Com rela o s informa es/instru es fornecidas para a resolu o das quest es, voc considera que: (A) Muito f cil. (B) F cil. (C) M dio. (A) Eram todas excessivas. (D) Dif cil. (B) Eram todas suficientes. (E) Muito dif cil. (C) A maioria era suficiente. (D) Somente algumas eram suficientes. (E) Eram todas insuficientes. _________________________________________________________ 2. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Forma o Espec fica? _________________________________________________________ (A) Muito f cil. (B) F cil. A maior dificuldade com a qual voc se deparou ao responder prova foi: (C) M dio. (A) Desconhecimento do conte do. (D) Dif cil. (B) Forma diferente de abordagem do conte do. (E) Muito dif cil. (C) Espa o insuficiente para responder s quest es. (D) Falta de motiva o para fazer a prova. (E) N o tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova. 7. _________________________________________________________ 3. Considerando a extens o da prova, em rela o ao tempo total, voc considera que a prova foi: (A) Muito longa. (B) Longa. (C) Adequada. (D) Curta. (A) N o, estudei ainda a maioria desses conte dos. (E) Muito curta. (B) Estudei alguns desses conte dos, mas n o os aprendi. (C) Estudei a maioria desses conte dos, mas n o os aprendi. (D) Estudei e aprendi muitos desses conte dos. (E) Estudei e aprendi todos esses conte dos. _________________________________________________________ 8. Considerando apenas as quest es objetivas da prova, voc percebeu que: _________________________________________________________ 4. Com rela o aos enunciados das quest es, na parte de forma o geral, voc considera que: (A) Todas as quest es tinham enunciados claros e objetivos. _________________________________________________________ (B) A maioria das quest es tinha enunciados claros e objetivos. 9. Tempo gasto para concluir a prova: Apenas cerca da metade das quest es tinham enunciados claros e objetivos. (A) Menos de uma hora. (B) Entre uma e duas horas. (D) Poucas quest es tinham enunciados claros e objetivos. (C) Entre duas a tr s horas. (D) Entre tr s a quatro horas. (E) Nenhuma objetivos. (E) Quatro horas e n o consegui terminar. (C) quest o Quest. Percep.-Prova-Letras tinha enunciados claros e 21 Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Gabarito D E C A E C B C E D A B E A C D C B B C A B E B A A D A E C A B Bacharelado Forma o em L ngua Estrangeira Forma o em L ngua Portugues a LETRAS Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Gabarito D E C A E C B C E D A B E A C D C B B C A B E B A A D A E C A A Quest o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Gabarito D E C A E C B C E D A B E A C D C B B C A B E B A A D A E D B A

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : enade provas, enade provas anteriores, enade provas 2009, enade provas e gabaritos, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat