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Enade Exame de 2008 - PROVAS - GRADUAÇÃO - Ciências Sociais

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FORMA O GERAL QUEST O 1 O escritor Machado de Assis (1839-1908), cujo centen rio de morte est sendo celebrado no presente ano, retratou na sua obra de fic o as grandes transforma es pol ticas que aconteceram no Brasil nas ltimas d cadas do s culo XIX. O fragmento do romance Esa e Jac , a seguir transcrito, reflete o clima pol tico-social vivido naquela poca. Podia ter sido mais turbulento. Conspira o houve, decerto, mas uma barricada n o faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. (...) Deodoro uma bela figura. (...) Enquanto a cabe a de Paulo ia formulando essas id ias, a de Pedro ia pensando o contr rio; chamava o movimento um crime. Um crime e um disparate, al m de ingratid o; o imperador devia ter pegado os principais cabe as e mand -los executar. ASSIS, Machado de. Esa e Jac . In : Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979. v. 1, cap. LXVII (Fragmento). Os personagens a seguir est o presentes no imagin rio brasileiro, como s mbolos da P tria. I II Dispon vel em: www.morcegolivre.vet.br ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma cr nica fotogr fica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006, p. 189. III ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma cr nica fotogr fica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006, p. 38. IV V LAGO, Pedro Corr a do; BANDEIRA, J lio. Debret e o Brasil: Obra completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007, p. 93. LAGO, Pedro Corr a do; BANDEIRA, J lio. Debret e o Brasil: Obra completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007, p. 78. Das imagens acima, as figuras referidas no fragmento do romance Esa e Jac s o A I e III. B I e V. C II e III. D II e IV. 1 CI NCIAS SOCIAIS E II e V. QUEST O 2 Quando o homem n o trata bem a natureza, a natureza n o trata bem o homem. QUEST O 4 CIDAD S DE SEGUNDA CLASSE? Essa afirmativa reitera a necess ria intera o das diferentes esp cies, representadas na imagem a seguir. As melhores leis a favor das mulheres de cada pa s-membro da Uni o Europ ia est o sendo reunidas por especialistas. O objetivo compor uma legisla o continental capaz de contemplar temas que v o da contracep o eq idade salarial, da prostitui o aposentadoria. Contudo, uma legisla o que assegure a inclus o social das cidad s deve contemplar outros temas, al m dos citados. S o dois os temas mais espec ficos para essa legisla o: A B C D E aborto e viol ncia dom stica. cotas raciais e ass dio moral. educa o moral e trabalho. estupro e imigra o clandestina. liberdade de express o e div rcio. QUEST O 5 A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White (1904-71), apresenta desempregados na fila de alimentos durante a Grande Depress o, que se iniciou em 1929. Dispon vel em http://curiosidades.spaceblog.com.br. Acesso em 10 out. 2008. Depreende-se dessa imagem a A atua o do homem na clonagem de animais pr -hist ricos. B exclus o do homem na amea a efetiva sobreviv ncia do planeta. C inger ncia do homem na reprodu o de esp cies em cativeiro. D muta o das esp cies pela a o predat ria do homem. E responsabilidade do homem na manuten o da biodiversidade. QUEST O 3 A exposi o aos raios ultravioleta tipo B (UVB) causa queimaduras na pele, que podem ocasionar les es graves ao longo do tempo. Por essa raz o, recomenda-se a utiliza o de filtros solares, que deixam passar apenas certa fra o desses raios, indicada pelo Fator de Prote o Solar (FPS). Por exemplo, um protetor com FPS igual a 10 deixa passar apenas 1/10 (ou seja, ret m 90%) dos raios UVB. Um protetor que retenha 95% dos raios UVB possui um FPS igual a A B C D E STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte Comentada: da pr -hist ria ao p s-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.]. Al m da preocupa o com a perfeita composi o, a artista, nessa foto, revela A B C D E 95. 90. 50. 20. 5. 2 CI NCIAS SOCIAIS a capacidade de organiza o do operariado. a esperan a de um futuro melhor para negros. a possibilidade de ascens o social universal. as contradi es da sociedade capitalista. o consumismo de determinadas classes sociais. QUEST O 6 CENTROS URBANOS MEMBROS DO GRUPO ENERGIA-CIDADES LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do Meio Ambiente, 2008, p. 82. No mapa, registra-se uma pr tica exemplar para que as cidades se tornem sustent veis de fato, favorecendo as trocas horizontais, ou seja, associando e conectando territ rios entre si, evitando desperd cios no uso de energia. Essa pr tica exemplar ap ia-se, fundamentalmente, na A B C D E centraliza o de decis es pol ticas. atua o estrat gica em rede. fragmenta o de iniciativas institucionais. hierarquiza o de autonomias locais. unifica o regional de impostos. QUEST O 7 Apesar do progresso verificado nos ltimos anos, o Brasil continua sendo um pa s em que h uma grande desigualdade de renda entre os cidad os. Uma forma de se constatar este fato por meio da Curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de x entre 0 e 100, o percentual da renda total do Pa s auferido pelos x% de brasileiros de menor renda. Por exemplo, na Curva de Lorenz para 2004, apresentada ao lado, constata-se que a renda total dos 60% de menor renda representou apenas 20% da renda total. De acordo com o mesmo gr fico, o percentual da renda total correspondente aos 20% de maior renda foi, aproximadamente, igual a Dispon vel em http://www.ipea.gov.br A B C D E 20%. 40%. 50%. 60%. 80%. 3 CI NCIAS SOCIAIS QUEST O 8 O fil sofo alem o Friedrich Nietzsche (1844-1900), talvez o pensador moderno mais inc modo e provocativo, influenciou v rias gera es e movimentos art sticos. O Expressionismo, que teve forte influ ncia desse fil sofo, contribuiu para o pensamento contr rio ao racionalismo moderno e ao trabalho mec nico, atrav s do embate entre a raz o e a fantasia. As obras desse movimento deixam de priorizar o padr o de beleza tradicional para enfocar a instabilidade da vida, marcada por ang stia, dor, inadequa o do artista diante da realidade. Das obras a seguir, a que reflete esse enfoque art stico A B Homem idoso na poltrona Rembrandt van Rijn Louvre, Paris. Dispon vel em: http://www.allposters.com C Figura e borboleta Milton Dacosta Dispon vel em: http://www.unesp.br D E Menino mordido por um lagarto Michelangelo Merisi (Caravaggio) National Gallery, Londres Dispon vel em: http://vr.theatre.ntu.edu.tw Abaporu Tarsila do Amaral Dispon vel em: http://tarsiladoamaral.com.br 4 CI NCIAS SOCIAIS O grito Edvard Munch Museu Munch, Oslo Dispon vel em: http://members.cox.net QUEST O 9 DISCURSIVA DIREITOS HUMANOS EM QUEST O O car ter universalizante dos direitos do homem (...) n o da ordem do saber te rico, mas do operat rio ou pr tico: eles s o invocados para agir, desde o princ pio, em qualquer situa o dada. Fran ois JULIEN, fil sofo e soci logo. Neste ano, em que s o comemorados os 60 anos da Declara o Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e concep es incorporam-se agenda p blica brasileira. Uma das novas perspectivas em foco a vis o mais integrada dos direitos econ micos, sociais, civis, pol ticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concep es de direitos, destacam-se: < a habita o como moradia digna e n o apenas como necessidade de abrigo e prote o; < a seguran a como bem-estar e n o apenas como necessidade de vigil ncia e puni o; < o trabalho como a o para a vida e n o apenas como necessidade de emprego e renda. Tendo em vista o exposto acima, selecione uma das concep es destacadas e esclare a por que ela representa um avan o para o exerc cio pleno da cidadania, na perspectiva da integralidade dos direitos humanos. Seu texto deve ter entre 8 e 10 linhas. (valor: 10,0 pontos) LE MONDE Diplomatique Brasil. Ano 2, n. 7, fev. 2008, p. 31. RASCUNHO QUEST O 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5 CI NCIAS SOCIAIS QUEST O 10 DISCURSIVA Alunos d o nota 7,1 para ensino m dio Apesar das v rias avalia es que mostram que o ensino m dio est muito aqu m do desejado, os alunos, ao analisarem a forma o que receberam, t m outro diagn stico. No question rio socioecon mico que responderam no Enem (Exame Nacional do Ensino M dio) do ano passado, eles deram para seus col gios nota m dia 7,1. Essa boa avalia o varia pouco conforme o desempenho do aluno. Entre os que foram mal no exame, a m dia de 7,2; entre aqueles que foram bem, ela fica em 7,1. GOIS, Antonio. Folha de S.Paulo, 11 jun. 2008 (Fragmento). Entre os piores tamb m em matem tica e leitura O Brasil teve o quarto pior desempenho, entre 57 pa ses e territ rios, no maior teste mundial de matem tica, o Programa Internacional de Avalia o de Alunos (Pisa) de 2006. Os estudantes brasileiros de escolas p blicas e particulares ficaram na 54.a posi o, frente apenas de Tun sia, Qatar e Quirguist o. Na prova de leitura, que mede a compreens o de textos, o pa s foi o oitavo pior, entre 56 na es. Os resultados completos do Pisa 2006, que avalia jovens de 15 anos, foram anunciados ontem pela Organiza o para a Coopera o e o Desenvolvimento (OCDE), entidade que re ne pa ses adeptos da economia de mercado, a maioria do mundo desenvolvido. Revista Veja, 20 ago. 2008, p. 72-3. WEBER, Dem trio. Jornal O Globo, 5 dez. 2007, p. 14 (Fragmento). Ensino fundamental atinge meta de 2009 O aumento das m dias dos alunos, especialmente em matem tica, e a diminui o da reprova o fizeram com que, de 2005 para 2007, o pa s melhorasse os indicadores de qualidade da educa o. O avan o foi mais vis vel no ensino fundamental. No ensino m dio, praticamente n o houve melhoria. Numa escala de zero a dez, o ensino fundamental em seus anos iniciais (da primeira quarta s rie) teve nota 4,2 em 2007. Em 2005, a nota fora 3,8. Nos anos finais (quinta a oitava), a alta foi de 3,5 para 3,8. No ensino m dio, de 3,4 para 3,5. Embora tenha comemorado o aumento da nota, ela ainda foi considerada pior do que regular pelo ministro da Educa o, Fernando Haddad. GOIS, Antonio; PINHO, Angela. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2008 (Fragmento). A partir da leitura dos fragmentos motivadores reproduzidos, redija um texto dissertativo (fundamentado em pelo menos dois argumentos), sobre o seguinte tema: A contradi o entre os resultados de avalia es oficiais e a opini o emitida pelos professores, pais e alunos sobre a educa o brasileira. No desenvolvimento do tema proposto, utilize os conhecimentos adquiridos ao longo de sua forma o. Observa es Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (n o deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narra o etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos dois argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padr o da l ngua portuguesa. Seu texto n o deve conter fragmentos dos textos motivadores. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6 CI NCIAS SOCIAIS COMPONENTE ESPEC FICO QUEST O 11 QUEST O 13 Gra as autoridade que dada por cada indiv duo ao Estado, -lhe atribu do o uso gigantesco de poder e for a que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no dom nio da paz em seu pr prio pa s e da ajuda m tua contra os inimigos estrangeiros. Thomas Hobbes. Leviat . Trad. Alex Marins. S o Paulo: Martin Claret, 2002. Quando desempenho meus deveres de irm o, de esposo ou de cidad o, quando me desincumbo de encargos que contra , pratico deveres que est o definidos fora de mim e de meus atos, no direito e nos De acordo com as concep es de Thomas Hobbes acerca do assunto abordado no texto acima, assinale a op o correta. costumes. A A paz e a defesa comum devem ficar a cargo de cada um na sociedade. B A sociedade o verdadeiro locus do poder e, depois dela, o Estado. C O poder do Estado ilimitado. D O poder soberano n o resolve todas as pend ncias, nem arbitra qualquer decis o. E O Estado divide o poder com o indiv duo. interiormente a realidade, esta n o deixa de ser estando de acordo com sentimentos que me s o pr prios, sentindo-lhes objetiva; pois n o fui eu quem os criou, mas recebi-os por meio da educa o. Assim, tamb m o devoto, ao nascer, encontra prontas as cren as e as pr ticas da vida religiosa; o sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos; o sistema de moedas que QUEST O 12 O kula uma forma de troca e tem car ter intertribal bastante amplo. praticado por comunidades localizadas em um extenso c rculo de ilhas que formam um circuito fechado. (...) Em cada ilha e em cada aldeia, um n mero mais ou menos restrito de homens participam do kula ou seja, recebem os artigos, conservam-nos consigo durante algum tempo e, por fim, passam-nos adiante. Cada um dos participantes do kula recebe periodicamente (mas n o regularmente) um ou v rios mwali (braceletes de concha) ou um soulava (colar de discos feitos de conchas vermelhas) que deve entregar a um de seus parceiros, do qual recebe em troca o artigo oposto. Assim, ningu m jamais conserva nenhum artigo consigo por muito tempo. O fato de uma transa o n o ser consumada n o significa o fim da rela o estabelecida entre os parceiros; a regra uma vez no kula, sempre no kula . A parceria entre dois indiv duos no kula permanente, para toda a vida. Os mwali e os soulava encontram-se sempre em movimento, v o passando de m o em m o, e n o h casos em que esses artigos fiquem retidos com um s dono. Bronislaw Malinowski. Argonautas do Pac fico ocidental. 2. ed. Trad. Anton Carr e L gia Mendon a. S o Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 71 (com adapta es). Com rela o ao sistema de troca praticado nas ilhas Trobriand, descrito no texto acima, assinale a op o incorreta. A O circuito de trocas um fen meno amplo e restrito aos seus participantes. B A troca de braceletes e colares entre os participantes do kula uma forma de assegurar uma rela o duradoura de parceria. C Cada transa o envolve a troca de artigos opostos, ou seja, quem d braceletes recebe colares e vice-versa. D O kula uma forma de troca intertribal e, por essa raz o, envolve homens da mesma tribo de maneira restrita e igualit ria. E Nesse sistema de trocas, a necessidade da perman ncia em circula o de colares e braceletes obriga seus participantes a entregarem o artigo com o qual est ao receber outro. 7 CI NCIAS SOCIAIS Mesmo emprego para pagar d vidas; os instrumentos de cr dito que utilizo nas rela es comerciais; as pr ticas seguidas na profiss o etc., etc., funcionam independentemente do uso que delas fa o. Tais afirma es podem ser estendidas a cada um dos membros de que composta uma sociedade, tomados uns ap s outros. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consci ncias individuais. Esses tipos de conduta ou de pensamento n o s o apenas exteriores ao indiv duo, s o tamb m dotados de um poder imperativo e coercitivo, em virtude do qual se lhe imp em, quer queira, quer n o. mile Durkheim. As regras do m todo sociol gico. Jos Albertino Rodrigues (Org.). Trad. Laura Natal Rodrigues. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1984, p. 1-2 (com adapta es). No segmento de texto acima, Durkheim trata, sobretudo, A da anomia social. B da solidariedade social. C da consci ncia coletiva. D do fato social. E das representa es coletivas. QUEST O 14 QUEST O 16 No in cio dos anos 80 do s culo passado, a teoria interpretativa passou a influenciar decisivamente o que as ci ncias sociais compreendem por cultura. Surgiram teorias interpretativas da cultura que apontam para a necessidade de se analisar a cultura como estruturas de significa o ou c digos estabelecidos, assim como sua base social. Acerca dessa proposta das teorias interpretativas da cultura, julgue os itens subseq entes. As categorias de poder e domina o s o centrais na sociologia de Max Weber. O autor construiu tr s tipos puros de domina o explicitando os fundamentos que tornam leg tima a autoridade ou justificam a domina o de cada tipo, v lidos em diferentes contextos hist ricos. Segundo esse autor, com rela o domina o legal racional, qual das afirmativas subseq entes correta? I II III IV V A cultura desenvolveu-se de forma lenta, cont nua e consecutivamente ao desenvolvimento do equipamento biol gico do homem. O surgimento da cultura foi um acontecimento s bito que promoveu um salto da natureza para a humanidade. O conceito de cultura essencialmente semi tico, isto , o homem um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu. As estruturas conceituais complexas dos grupos sociais estudados correspondem ao conceito de cultura dos antrop logos interpretativistas. A cultura um fen meno particular porque existe nas consci ncias individuais. Est o certos apenas os itens A B C D E QUEST O 17 I e II. I e III. II e V. III e IV. IV e V. QUEST O 15 O conceito de democracia sofreu mudan as desde a sua concep o original, que correspondia a um poder que vem do povo, exercido pelo povo e para o povo . No s culo XX, as teorias de democracia atribu ram significados diversos ao conceito. Entre os autores que se notabilizaram nesse debate, inclui-se Robert Dahl, que introduziu o conceito de poliarquia. Para esse autor, poliarquia significa I um regime pol tico caracterizado pela aus ncia de competi o. II um regime em que h competi o entre elites restritas. III uma democracia de alto grau de competi o e de participa o. IV uma democracia com a competi o de m ltiplas elites. Est o certos apenas os itens A B C D E I e II. I e IV. II e III. II e IV. III e IV. 8 CI NCIAS SOCIAIS A A legitimidade da domina o legal racional encontra-se na cren a de que o poder de mando tem um car ter sagrado ou herdado do passado. B A legitimidade do mando se d em raz o das qualidades excepcionais de um(a) l der. C Os aparatos burocr ticos, na modernidade, s atrapalham a domina o legal racional, cuja legitimidade deve ser buscada na confian a no chefe. D A domina o legal racional legitima-se na cren a na validade do estatuto legal, da compet ncia funcional e em torno de autoridades baseadas em uma ordem impessoal. E O ordenamento da domina o legal racional est fixado na tradi o e sua viola o seria uma afronta legitimidade do dominante. A no o de campo desenvolvida por Pierre Bourdieu prop e-se a resolver um dilema te rico. At ent o, para explicar os produtos culturais arte, literatura, religi o, ideologia , escolhia-se entre duas vias exclusivas: o estruturalismo e o marxismo. Em s ntese, isso significava o confronto entre duas tradi es, em que se privilegiavam os produtos dotados de coer ncia interna, subtraindo-se os determinantes externos, ou ent o, caracterizavam-se tais produtos pelas fun es sociais que eles exerciam, notadamente as fun es ideol gicas de justifica o dos interesses das classes dominantes. Segundo esse autor, a no o de campo A consiste na separa o entre o poder e a viol ncia. B sintetiza o mundo subjetivo e o mundo objetivo, articulando a ordem do simb lico em uma realidade complexa, em que a coopera o entre ambos transforma for as contr rias em aliados que agem gra as ao seu embate e n o apesar dele. C considera l ngua, mito, arte e religi o como estruturas estruturantes, ou seja, objetivas, atribuindo-lhes papel ativo. D pressup e que mito, religi o e arte, apesar de forte presen a simb lica, n o cumprem nenhum papel pol tico no jogo da domina o. E assume que as esferas da arte, da literatura, da educa o, da religi o s o sistemas de posi es de universos sociais particulares cujas regras do jogo s o compartilhadas. QUEST O 18 QUEST O 19 Karl Marx foi profundamente influenciado pela tend ncia mile Durkheim e Marcel Mauss figuram entre grandes expoentes da sociologia francesa. Ambos contribu ram para a elabora o de no es como representa es individuais e representa es coletivas . Em uma de suas formula es cl ssicas, a no o de representa es coletivas em oposi o de representa es individuais definida como as maneiras de agir e pensar, consagradas pela tradi o e impostas pela sociedade aos indiv duos. Considerando essa defini o, assinale a op o correta. historicista do pensamento social alem o. De acordo com essa tend ncia, a exist ncia social um processo, cada per odo hist rico e cada estrutura social s o nicos e devem ser entendidos por meio de leis que valem somente para eles. Marx, em seus estudos sobre a din mica capitalista, rompe a seu modo com esse postulado por meio de algumas formula es oriundas de suas reflex es sobre o tema, das quais se originaram algumas teses. Considerando A as reflex es de Marx acerca desse tema, julgue os itens a seguir. I B Marx rejeitou a interpreta o predominantemente idealista do historicismo no que tange ao conte do do processo social, afirmando que os acontecimentos C decisivos se d o no mbito das rela es sociais, e n o na esfera da evolu o das id ias. D II Marx considerava o capitalismo apenas como um sistema econ mico, sem considerar seus efeitos sobre fen menos tais como a ci ncia e a tecnologia. E III Marx se preocupou em explicar o desenvolvimento de um A prece, na qualidade de fen meno religioso, um ato individual e, por essa raz o, trata-se de uma representa o individual. Durante a realiza o de ritos funer rios, o choro e a lamenta o decorrentes do sentimento de perda do ente querido express o de uma representa o individual. A no o de pessoa e os sobrenomes s o impostos aos membros de uma sociedade conforme a tradi o desta. Uma vez criada, a tradi o se transmite de gera o a gera o de forma inalterada nas representa es coletivas. Direito e moral, religi o e magia, mitos e contos s o comuns a muitas sociedades e essa generalidade que faz deles representa es coletivas. sistema econ mico que combina os seguintes atributos: concentra o dos meios de produ o nas m os de um pequeno segmento da popula o; realiza o do trabalho por uma massa de trabalhadores livres; incessante inova o t cnica do sistema de produ o; ganho ilimitado como objetivo da a o econ mica. IV Para Marx, o fator econ mico est na origem da posi o de classe, embora n o seja para ele o motivo decisivo para a a o. A conhecida afirma o de que a religi o o pio do povo deixa claro que a a o tomaria rumo diferente se n o existisse o pio . V A a o social, segundo Marx, guia-se exclusivamente pelo interesse de classe, n o havendo possibilidade de que esta seja influenciada por cren as e vis es de mundo, isto , por ideologias. Est o certos apenas os itens Nos anos recentes, a no o de exclus o social tem sido utilizada como um conceito te rico pelas ci ncias sociais e como uma categoria emp rica pelos movimentos sociais e na gest o p blica. Embora n o haja consenso sobre o conceito de exclus o, h alguns aspectos freq entemente lembrados a esse respeito: ruptura de la os sociais; prec ria inser o no mundo do trabalho e baixas condi es de qualidade de vida; fr gil incorpora o dos direitos de cidadania. Considerando como v lidos esses aspectos, correto afirmar que haver exclus o social quando houver I rela es de conflito em uma sociedade. II trabalho infantil. III trabalho para todos, mas com remunera o diferenciada. IV falta de saneamento b sico em algumas comunidades. V baixo ndice de eleitoras mulheres. Est o certos apenas os itens A I, II e V. A B C D E B I, III e IV. C I, IV e V. D II, III e IV. E II, III e V. 9 CI NCIAS SOCIAIS QUEST O 20 I, II e III. I, III e IV. I, IV e V. II, III e V. II, IV e V. QUEST O 21 QUEST O 23 Uma das caracter sticas do Brasil a persist ncia de elevados n veis de desigualdade social ao longo de sua hist ria recente. Essa desigualdade manifesta-se de v rias formas e estrutura boa parte das rela es sociais da popula o brasileira. Em decorr ncia, o tema da desigualdade social bastante debatido nas ci ncias sociais no pa s. As teses a respeito s o v rias e controversas. Acerca desse tema, assinale a op o incorreta. Com uma rea total de 116.000 hectares, o Parque Nacional do Monte Roraima (PNMR) foi criado pelo presidente Jos Sarney por meio do Decreto n. 97.887/1989. Seu territ rio abrange uma rea de floresta tropical do Escudo das Guianas, situada s margens setentrionais do cerrado do estado de Roraima, ao extremo norte da Amaz nia brasileira, na fronteira com a Guiana e a Venezuela, situada integralmente dentro dos limites da Terra Ind gena Raposa-Serra do Sol. Com um total de 1.678.800 hectares, a Raposa-Serra do Sol uma rea cont nua, habitada pelos povos ind genas macuxi, wapichana, ingarik , patamona e taurepang. Considerando a sobreposi o entre unidades de conserva o e terras ind genas na legisla o brasileira, julgue os pr ximos itens, referentes rela o naturezasociedade. A Em que pese o mito da sociedade de iguais na cultura brasileira, o Brasil uma sociedade extremamente hierarquizada, que estabelece, ora por regras expl citas, ora por normas sutis, pap is bem definidos, que determinam o que as pessoas podem e devem fazer. B Mesmo com recentes melhoras nos n veis de distribui o de renda, o Brasil ainda se encontra entre os pa ses que apresentam os maiores n veis de desigualdade do mundo. C A parti o da sociedade entre ricos e n o-ricos sinal da exist ncia de uma estrutura que, ao longo do tempo, vem, de forma r pida, invertendo essa segmenta o. D A exist ncia de diferen as entre os indiv duos de uma sociedade um fato bvio; o que torna relevantes para a pesquisa algumas dessas diferen as s o as teorias que estabelecem quais desigualdades podem ser consideradas injustas e que, portanto, devem ser corrigidas. E H uma caracter stica peculiar na distribui o de renda no Brasil: um hiato entre uma larga base de fam lias de baixos rendimentos e uma reduzida elite de classe m dia alta e classe alta segmenta o respons vel pela especificidade dessa desigualdade. QUEST O 22 II III IV Em Ci ncia Pol tica, h consenso sobre as fontes pol ticoinstitucionais de corrup o, entre elas, a fragmenta o partid ria e a interven o do Estado na economia. Considerando esse assunto, assinale a op o correspondente a uma fonte pol tico-institucional de corrup o no Brasil. A as promessas de campanha irrealiz veis B a negocia o em torno de emendas or ament rias para parlamentares C a participa o de cabos eleitorais na arregimenta o de eleitores para seu candidato D o jeitinho como um tra o do car ter do brasileiro E a exist ncia, no Estado brasileiro, de uma cultura pol tica eticamente orientada 10 CI NCIAS SOCIAIS I V Os biomas cerrado, amaz nia, caatinga, pantanal, entre outros, s o sistemas ecol gicos influenciados pela a o humana, representada pelos diferentes grupos que neles vivem e que deles retiram seu sustento. A coexist ncia de diferentes grupos tnicos em territ rios protegidos pelo Estado como reas de conserva o ambiental configura um empecilho para o manejo e conserva o dessas reas. A defini o de parcelas do territ rio brasileiro como reas de prote o ambiental uma imposi o dos interesses do Estado nacional sobre as diferentes concep es e usos dessas mesmas reas por parte de popula es locais. Os povos ind genas t m a obriga o de conservar as reas onde vivem, protegidas que est o pelo Estado nacional, independentemente dos usos, costumes e tradi es ancestrais. O fato de povos ind genas viverem em reas de conserva o pr ximas s reas de fronteira impede o Estado nacional de legislar sobre seus territ rios. Est o certos apenas os itens A I e II. B I e III. C II e IV. D III e V. E IV e V. QUEST O 24 QUEST O 26 As rela es de g nero assumem formas diferentes em diferentes sociedades, per odos hist ricos, grupos tnicos, classes sociais e gera es. N o obstante, t m em comum a diferencia o entre homens e mulheres, apesar da imensa variabilidade social da natureza da diferen a. Um aspecto muito comum que a diferen a de g neros se associa desigualdade de g nero, com homens exercendo poder sobre as mulheres alguns afirmam que universalmente, outros que quase universalmente. Sylvia Walby. G nero. In: William Outhwaite e Tom Bottomore (Ed.). Dicion rio do pensamento social do s culo XX. Trad. Eduardo Francisco Alves e lvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996, p. 332. O termo sociol gico utilizado para conceituar a desigualdade estrutural de g nero em nossa sociedade A B C D E Estudos demogr ficos demonstraram as disparidades raciais quanto s probabilidades de superar o primeiro ano de vida e esperan a de vida ao nascer. As pesquisas sobre educa o indicam que crian as n obrancas completam menos anos de estudo do que as brancas, mesmo quando se consideram crian as da mesma origem social ou renda familiar per capita. As disparidades de acesso, perman ncia e finaliza o dos ensinos m dio e superior s o ainda mais acentuadas. A desigualdade educacional entre brancos e n o-brancos ir se refletir posteriormente em padr es diferenciados de feminismo. liberalismo. patriarcado. homofobia. paternalismo. inser o desses grupos de cor na estrutura ocupacional. Pretos e pardos est o expostos a diversas pr ticas discriminat rias no mercado de trabalho. Esses padr es diferenciados de participa o de grupos de cor no QUEST O 25 mercado de trabalho traduzem-se em uma valoriza o O Movimento Zapatista no M xico, assim como o MST no Brasil, tem articulado suas lutas internas contra a desigualdade e a exclus o social em rela o terra, cultura e pol tica, com uma contesta o mais ampla contra a nova ordem econ mica global. Manuel Castells, entre os te ricos dos movimentos sociais, define tr s tipos de identidade coletiva: legitimadora; de resist ncia; e de projeto. A cada um desses tipos correspondem tr s tipos societ rios: sociedade civil; comunas ou comunidades de resist ncia; e sujeitos ou ator social coletivo da transforma o social. Considerando-se esse assunto e a tipologia de Manuel Castells, correto concluir que os movimentos citados atuam altamente desigual do trabalho desses grupos: a renda I II III IV V com demandas espec ficas em rela o terra, de resist ncia s desigualdades, e com um projeto de mudan a. em um registro pol tico marcado pela viol ncia, distinto dos tipos identit rios mencionados. exclusivamente em torno de uma identidade legitimadora no contexto de uma sociedade civil organizada. como um partido pol tico que s visa ao poder. por meio dos tr s tipos de identidade citados. m dia do trabalho de pretos e pardos pouco menos da metade da dos brancos. Entrevista com Carlos Hasenbalg. In: Tempo Social, n. 2, 2006, v. 18 , p. 259-286 (com adapta es). A partir da an lise do texto acima, qual das seguintes afirmativas apresenta uma conclus o correta a respeito do assunto abordado? A estabelecimento de desigualdades raciais. B A desigualdade educacional o nico fator explicativo das disparidades de renda. C A equidade de acesso, desempenho e perman ncia de grupos de cor no sistema educacional verificada nos n veis mais elevados de ensino. D Est o certos apenas os itens O estrato social de origem determinante no O sistema de cotas raciais para ingresso no ensino superior visa limitar as possibilidades de ascens o A B C D E I e II. I e V. II e III. II e IV. IV e V. dos pretos e pardos. E desvantagens cumulativas ao longo das fases do ciclo de vida. 11 CI NCIAS SOCIAIS Os brasileiros n o-brancos est o expostos a QUEST O 27 QUEST O 28 A Uni o de Na es Sul-Americanas (UNASUL) uma articula o intergovernamental composta por 12 pa ses sulamericanos. Os governos desses pa ses est o diretamente envolvidos na formula o e na implanta o da Integra o das Infra-Estruturas Regionais Sul-Americanas (IIRSA), que compreender obras de grande escala, como usinas hidrel tricas, rodovias e portos, com o apoio financeiro e empresarial do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Corpora o Andina de Fomento, o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Rio da Prata, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social e empresas de grande porte como Odebrecht, PETROBRAS, Andrade Guti rrez, General Electric, Am rica Latina Log stica, entre outras. Mesmo diante de grandes investimentos financeiros, setores da sociedade civil alertam para a necessidade de incorpora o de quest es sociais e ambientais s agendas desenvolvimentistas dos governos nacionais. Ao que parece, a integra o sul-americana n o ocorrer livre de tens es entre os setores econ micos do capitalismo global e os setores organizados da sociedade civil latino-americana. Com rela o a tais reflex es sobre a integra o sul-americana, assinale a op o correta. A Governos de pa ses sul-americanos, institui es internacionais e setores da sociedade civil atuar o no mbito da IIRSA, como protagonistas de grandes obras de infra-estrutura que permitir o o tr nsito de trabalhadores, mercadorias e riquezas entre os pa ses da regi o. B O fato de grandes obras de infra-estrutura na Am rica do Sul serem financiadas por institui es financeiras globais gerar compromissos por parte dos governos da regi o que poder o ser questionados por setores da sociedade civil desses pa ses que reivindicam maior aten o e respeito aos direitos sociais e legisla o de prote o ambiental. C Os setores organizados da sociedade civil latinoamericana s o constitu dos pelos representantes eleitos desses pa ses, por organiza es n o-governamentais e pelos acionistas de grandes empresas. D A UNASUL, assim como o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e a Uni o Europ ia, uma forma de organiza o econ mica local que visa promover a reprodu o ampliada do capital. E Os governos de pa ses sul-americanos est o articulados de modo intergovernamental para integrar a regi o a partir de obras de infra-estrutura patrocinadas por grandes empresas, bancos internacionais e setores organizados da sociedade civil. Frente extrema desigualdade econ mica que perdura na Am rica Latina, suas metr poles apresentam comunidades estigmatizadas situadas na base do sistema hier rquico, habitando bairros ou reas perif ricas. S o locais conhecidos como reas-problema, dado o seu ndice elevado de desintegra o social. As Ci ncias Sociais v m analisando esse fen meno por meio de teses e reflex es. Acerca desse assunto, assinale a op o correta. A O termo exclus o socioespacial utilizado para denominar a condi o socioecon mica dos habitantes de classe m dia das reas metropolitanas na regi o. B O crescimento populacional das metr poles continentais vem sendo acompanhado por pol ticas sociais e econ micas que garantem a inser o da popula o na l gica do mercado de trabalho formal, conduzindo ao desaparecimento do estigma dessas reas. C As reas-problema das metr poles continentais est o incorporadas na din mica urbana, oferecendo possibilidades concretas de integra o de sua popula o na l gica social e econ mica das cidades onde se situam. D A disparidade socioecon mica nas cidades vem gerando nos grupos mais favorecidos uma integra o socioespacial com as reas-problema. E O estigma a caracter stica mais patente da experi ncia vivida pelos que habitam reas-problema das metr poles continentais. Ele resulta criminaliza o dos pobres e na estigmatiza o do territ rio onde estes moram, o que dificulta ainda mais sua inser o na ordem social e econ mica. 12 CI NCIAS SOCIAIS na QUEST O 29 QUEST O 31 Em Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre oferece uma interpreta o da forma o da sociedade brasileira, destacando as caracter sticas do patriarcado brasileiro e o processo de interpenetra o de etnias e culturas. Nesse processo de forma o, o portugu s, o ndio e o escravo de origem africana exerceram influ ncias espec ficas. Considerando esse assunto e as id ias do autor citado, qual das op es abaixo apresenta duas caracter sticas que n o podem ser atribu das ao colonizador portugu s nesse processo de forma o? Entre os grandes int rpretes da vida pol tica brasileira, Oliveira Vianna firmou-se como um dos mais relevantes. Segundo esse autor: A B C D E mobilidade e miscigena o vulnerabilidade e preconceito tnico ou racial adaptabilidade e aclimatabilidade hibridiza o e preconceito religioso flexibilidade e plasticidade O problema fundamental de uma reforma pol tica em nosso povo, fundada em bases real sticas dizia eu em 1922 ser organizar um conjunto de institui es espec ficas, um sistema de freios e contrafreios, que al m dos fins essenciais a toda organiza o pol tica tenha por objeto: a) neutralizar a a o nociva das toxinas do esp rito de cl do nosso organismo pol tico administrativo; b) quando n o seja poss vel neutraliz -las, reduzir ao m nimo sua influ ncia e nocividade. Oliveira Vianna. Institui es pol ticas brasileiras. MG-SP-RJ: Editora Itatiaia e Editoras da Universidade de S o Paulo e da Universidade Federal Fluminense, 1987, p. 125. Considerando as id ias do autor apresentadas no texto acima, correto afirmar que ele defende A QUEST O 30 O Estado n o uma amplia o do c rculo familiar e, ainda menos, uma integra o de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a fam lia o melhor exemplo. N o existe, entre o c rculo familiar e o Estado, uma grada o, mas antes uma descontinuidade e at uma oposi o. A indistin o fundamental entre as duas formas preju zo rom ntico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o s culo XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas institui es descenderiam em linha reta, e por evolu o simples, da fam lia. A verdade, bem outra, que pertencem a ordens diferentes em ess ncia. S pela transgress o da ordem dom stica e familiar que nasce o Estado e que o simples indiv duo se faz cidad o, contribuinte, eleitor, eleg vel, recrut vel e respons vel, ante as leis da cidade. H nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corp reo e n o uma depura o sucessiva, uma espiritualiza o de formas mais naturais e rudimentares, uma prociss o das hip stases, para falar como na filosofia alexandrina. A ordem familiar, em sua forma pura, abolida por uma transcend ncia. S rgio Buarque de Holanda. Ra zes do Brasil. S o Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 141. B C D E QUEST O 32 O estamento burocr tico rbitro da na o, das suas classes, regulando materialmente a economia, funcionando como propriet rio da soberania. As demais estratifica es sociais, classes ou estamentos, s o por ele condicionadas, carecendo de valor simb lico pr prio. Aquelas n o logram organizar-se impulsionadas pela necessidade tel rica, existem como simples imita o e pr tica administrativas . Um sopro as deslocar , transformando-as em p , sem que resistam ao seu imp rio. Raymundo Faoro. Os Donos do poder. Rio de JaneiroPorto Alegre-S o Paulo: Globo, 1958, p. 262. A partir das id ias do texto apresentado e das reflex es de Raymundo Faoro acerca desse assunto, assinale a op o correta. A Com base no texto acima, assinale a op o correta. B A A forma o do Estado representa o surgimento de uma nova ordem independente do c rculo familiar. B O Estado uma evolu o natural da ordem dom stica e familiar. C A ordem familiar s pode existir em sua forma pura. D Indiv duo e cidad o s o sin nimos. E As diferen as entre ordem familiar e ordem estatal s o superficiais. 13 CI NCIAS SOCIAIS um regime pol tico descentralizado, com autonomia das oligarquias estaduais. um Estado forte e centralizado, organizador da sociedade. o caudilhismo local ou provincial. a ampla participa o pol tica de seus cidad os. a influ ncia pol tica positiva dos cl s familiares sobre o organismo pol tico administrativo. C D E As classes sociais s o independentes do estamento burocr tico. O estamento burocr tico o quadro administrativo, o aparato da m quina governamental dos governos democr ticos. Existe um grupo com id ias, sentimentos e interesses de classe ao qual o Estado confia as tarefas funcionais do governo. O Estado liga-se ao estamento burocr tico por meio de intermedi rios, que t m plena autonomia em rela o ao governo. As classes regulamentam a economia. QUEST O 33 QUEST O 35 O conjunto da obra de Florestan Fernandes caracteriza-se pela diversidade tem tica e metodol gica. Considerando obras cl ssicas desse autor, julgue os itens a seguir. Um objeto de pesquisa s pode ser definido e constru do em fun o de uma problem tica te rica que permita submeter a uma interroga o sistem tica os aspectos da realidade colocados em rela o entre si pela quest o que lhes formulada. O cientista social que recusa a constru o controlada e consciente de seu distanciamento ao real e de sua a o sobre o real pode n o s impor aos sujeitos determinadas quest es que n o fazem parte da experi ncia deles e deixar de formular as quest es suscitadas por tal experi ncia, mas ainda formular-lhes, com toda a ingenuidade, as quest es que ele pr prio se formula a respeito deles, por uma confus o positivista entre as quest es que se colocam objetivamente aos sujeitos e as quest es que eles formulam de forma consciente. Sem d vida, pode-se e deve-se coletar os mais irreais discursos, mas com a condi o de ver neles, n o a explica o do comportamento, mas um aspecto do comportamento a ser explicado. I Florestan Fernandes estudou a sociedade tupinamb utilizando como fonte de investiga o textos de cronistas do s culos XVI e XVII e, com base nesse material, o autor reconstruiu a organiza o social dos tupinamb de acordo com o m todo de interpreta o funcionalista. II Florestan Fernandes, ap s estudos sobre rela es raciais, elaborou a obra A Integra o do Negro Sociedade de Classes, na qual o autor analisa aquilo que denominou o dilema racial brasileiro . III Em A Revolu o Burguesa no Brasil, Florestan Fernandes prop e-se analisar a forma o e o desenvolvimento do capitalismo no Brasil como um modelo autocr tico-burgu s de transforma o capitalista que resulta em uma forma espec fica de capitalismo denominado capitalismo dependente . Assinale a op o correta. A B C D E Apenas um item est certo. Apenas os itens I e II est o certos. Apenas os itens I e III est o certos. Apenas os itens II e III est o certos. Todos os itens est o certos. Pierre Bourdieu; Jean-Claude Chamboredon; Jean-Claude Passeron. Of cio de soci logo: metodologia da pesquisa na sociologia. 4. ed. Trad. Guilherme Jo o de Freitas Teixeira. Petr polis: Vozes, 2004. Considerando os argumentos apresentados no texto com rela o constru o do objeto de pesquisa nas ci ncias sociais, assinale a op o incorreta. QUEST O 34 O coronelismo sobretudo um compromisso, uma troca de proveitos entre o poder p blico, progressivamente fortalecido, e a decadente influ ncia social dos chefes locais, notadamente dos senhores de terras. A Victor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto: o munic pio e o regime representativo no Brasil. S o Paulo: Alfa- mega, 1978, p. 20. De acordo com essa reflex o de Victor Nunes Leal, o conceito de coronelismo refere-se a um sistema pol tico comandado pela Guarda Nacional brasileira. II um sistema pol tico com uma rede de rela es entre chefes pol ticos municipais e o presidente da Rep blica, envolvendo compromissos rec procos. III um sistema pol tico nacional baseado em barganhas entre os titulares do poder local (os coron is) e os diferentes n veis de governo. IV uma realidade local de estruturas olig rquicas e personalizadas de poder. B I C D Est o certos apenas os itens A B C D E I e II. I e III. II e III. II e IV. III e IV. E 14 CI NCIAS SOCIAIS Os discursos e problemas sociais j se encontram previamente elaborados para os sujeitos sociais; cabe ao cientista social, durante a realiza o de uma pesquisa emp rica, interpretar os dados e informa es orientando-se pela problem tica te rica pertinente. Objetos de pesquisa, problemas te ricos, hip teses e metodologias de investiga o s o partes constitutivas dos projetos de pesquisa nas ci ncias sociais e visam criar uma situa o de distanciamento epistemol gico diante da realidade a ser investigada. Todos est o sujeitos ao exerc cio de uma observa o espont nea da realidade, ao passo que a observa o do cientista social se diferenciar das demais pela sensibiliza o de seu olhar pelas teorias sociais dispon veis. M todos e t cnicas de pesquisa como observa o participante, pesquisas de opini o, question rios e entrevistas, aplicados aleatoriamente e sem a orienta o de uma problem tica te rica, contribuem pouco para a constru o de uma perspectiva sociol gica acerca de um dado objeto de pesquisa. A metodologia das ci ncias sociais busca uma reprodu o do senso comum na transforma o dos problemas sociais como problemas de pesquisa. QUEST O 36 QUEST O 37 Julgue os itens subseq entes, relativos s pr ticas de importantes fontes de informa o acerca de um dado O ndice de sofistica o pol tica serve para mensurar o conhecimento dos indiv duos sobre assuntos pol ticos e institucionais de maneira geral. O quadro abaixo traz os dados a respeito da opini o dos entrevistados sobre sua concord ncia com o Movimento de Unidade Nacional (MUN). O MUN uma constru o metodol gica dos pesquisadores para obter dos entrevistados sua ades o ou n o id ia de uma lideran a pessoal forte e capaz de se firmar fora da rbita partid ria e institucional. Na qualidade de recurso metodol gico, ele pode revelar tend ncias de maior ou menor predisposi o democr tica. O quadro abaixo expressa a rela o entre a opini o dos entrevistados sobre o MUN e seu n vel de sofistica o pol tica. problema sociol gico. A an lise desses documentos Opini es sobre MUN por sofistica o pol tica (%)* pesquisa de campo nas ci ncias sociais. I Nas ci ncias sociais, o conhecimento depende de uma rela o emp rica com o ator social. II A pr tica da pesquisa social mostra como dificilmente o objeto de pesquisa e sua interpreta o podem ser modificados pela intera o entre o pesquisador e o ator social. III No mbito da pesquisa social, os documentos s o como envolve a atividade de compreens o e interpreta o por parte do pesquisador, de modo que se estabele a o que efetivamente os documentos mostram acerca da realidade. IV Como a pesquisa quantitativa est baseada em t cnicas consolidadas, sob a garantia do instrumento matem tico, opini o sobre movimento de muito unidade nacional baixa concorda 89,0 mais ou menos 2,2 discorda 8,4 N (357) dial gicas. V A sofistica o das t cnicas de pesquisa nas ci ncias m dia alta 84,6 4,0 11,4 (324) 78,8 6,8 14,5 (408) 69,0 7,8 23,3 (348) muito total alta 42,6 73,7 8,3 5,8 49,2 20,5 (303) (1.732) F. W. Reis e M. M. M. Castro: Democracia, civismo e cinismo. Um estudo emp rico sobre normas e racionalidade. In: Revista Brasileira de Ci ncias Sociais. V. 16, n. 45. S o Paulo, fev./2001. Com base nas informa es do quadro, assinale a op o correta. A Caso se tome a vari vel MUN como uma predisposi o antidemocr tica, o quadro mostra uma correla o negativa entre o maior grau de sofistica o pol tica e a menor concord ncia com a vari vel. B Ao se observar os valores da amostra pesquisada ( N ), pode-se inferir que h uma baixa ades o a solu es antidemocr ticas. C A maior discord ncia com o MUN encontra-se entre os indiv duos de m dia sofistica o pol tica. D Os resultados da amostra sinalizam que a popula o brasileira n o acredita na relev ncia de um l der forte . E sociais, por meio de novas tecnologias e software de Dos 20,5% que discordam do MUN, 49,2% possuem n vel de sofistica o pol tica muito alta, o que significa que esses indiv duos n o apresentam ades o a valores democr ticos. processamento de dados, pode levar produ o cada vez mais objetiva de dados e informa es, tornando desnecess ria a vigil ncia te rica a respeito dessas t cnicas e dos dados que elas produzem. Est o certos apenas os itens A I e III. B I e II. C II e IV. D III e V. E IV e V. 15 CI NCIAS SOCIAIS baixa * N o foram considerados os casos de n o sei e os que n o responderam s perguntas. ela interage fracamente com a pesquisa de orienta o qualitativa, que se baseia em t cnicas discursivas e sofistica o pol tica QUEST O 38 Grosso modo, a viol ncia qualquer agress o f sica, simb lica, emocional, psicol gica, moral ou ato pol tico coercitivo que atinge os seres humanos. Entendido no sentido puramente descritivo, o termo viol ncia pode ser considerado substancialmente sin nimo de for a. Considerando-se tais defini es, pode-se afirmar que, no contexto das elei es municipais de 2008 no Brasil, nas reas pauperizadas das grandes metr poles, utilizou-se de viol ncia para coagir eleitores. Mil cias e narcotraficantes disputavam territ rios de influ ncia nessas reas, procurando favorecer candidaturas comprometidas com seus interesses. Essa pr tica de coa o de eleitores reproduz processos da pol tica tradicional brasileira. Considerando o problema apresentado acima, elabore um texto formulando um objeto de investiga o, uma hip tese de trabalho com base em perspectiva interdisciplinar (da sociologia, da antropologia ou da ci ncia pol tica) e indique os procedimentos de coleta de dados a serem utilizados para a an lise desse problema. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 38 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 CI NCIAS SOCIAIS QUEST O 39 O ano de1968 foi marcante na emerg ncia e na concep o de novos movimentos sociais e culturais. At aquele momento, a discuss o sobre tais movimentos privilegiava a centralidade do movimento oper rio, resultado da hegemonia do pensamento marxista. Como exemplo da repercuss o dos movimentos sociais e culturais de 1968 nas diferentes sociedades onde ele eclodiu, destacam-se a rea o ao autoritarismo institucional na Fran a, a luta contra a guerra do Vietn e pelos direitos civis nos Estados Unidos da Am rica (EUA) e a resist ncia ditadura militar no Brasil. O ponto comum que unificou o movimento no mbito global foi a emerg ncia da contracultura ou das culturas alternativas. Com base nas considera es apresentadas no texto acima, discorra acerca da influ ncia de maio de 1968 na realidade brasileira, e enfatize, em seu texto, a emerg ncia de manifesta es culturais e movimentos sociais nessa poca. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 39 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 17 CI NCIAS SOCIAIS QUEST O 40 A Constitui o brasileira promulgada em 1988 ficou conhecida como Constitui o Cidad pela incorpora o dos direitos sociais. Entre os direitos nela contemplados, destacam-se os direitos tnicos de povos ind genas e comunidades quilombolas, o que favoreceu a constru o de suas identidades socioculturais, condi o necess ria para a extens o do direito de cidadania a esses grupos. Com base na situa o dos grupos mencionados acima, redija um texto sobre o modo como o Estado brasileiro tem respondido s demandas sociais desses grupos, abordando pelo menos um dos seguintes t picos: a) territ rio; b) a es afirmativas; c) pol ticas sociais. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 40 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 18 CI NCIAS SOCIAIS QUESTION RIO DE PERCEP O SOBRE A PROVA As quest es abaixo visam a obter sua opini o sobre a QUEST O 5 qualidade e a adequa o da prova que voc acabou de Os enunciados das quest es da prova na parte de Componente Espec fico estavam claros e objetivos? realizar. Assinale as alternativas correspondentes sua opini o, nos espa os pr prios do Caderno de Respostas. Agradecemos sua colabora o. QUEST O 1 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Forma o Geral? Sim, todos. Sim, a maioria. Apenas cerca de metade. Poucos. N o, nenhum. QUEST O 6 As informa es/instru es fornecidas para a resolu o das quest es foram suficientes para resolv -las? A Muito f cil. B F cil. A B C D E C M dio. D Dif cil. E Muito dif cil. QUEST O 2 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Sim, at excessivas. Sim, em todas elas. Sim, na maioria delas. Sim, somente em algumas. N o, em nenhuma delas. QUEST O 7 Voc se deparou com alguma dificuldade ao responder prova. Qual? Componente Espec fico? A Muito f cil. A B C D E B F cil. C M dio. D Dif cil. E Muito dif cil. QUEST O 3 Considerando a extens o da prova, em rela o ao tempo Desconhecimento do conte do. Forma diferente de abordagem do conte do. Espa o insuficiente para responder s quest es. Falta de motiva o para fazer a prova. N o tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova. QUEST O 8 Considerando apenas as quest es objetivas da prova, voc percebeu que total, voc considera que a prova foi A muito longa. A n o estudou ainda a maioria desses conte dos. B estudou alguns desses conte dos, mas n o os aprendeu. C estudou a maioria desses conte dos, mas n o os aprendeu. D estudou e aprendeu muitos desses conte dos. E estudou e aprendeu todos esses conte dos. B longa. C adequada. D curta. E muito curta. QUEST O 4 Os enunciados das quest es da prova na parte de Forma o Geral estavam claros e objetivos? QUEST O 9 Qual foi o tempo gasto por voc para concluir a prova? A Sim, todos. A B C D E B Sim, a maioria. C Apenas cerca de metade. D Poucos. E N o, nenhum. 19 CI NCIAS SOCIAIS A B C D E Menos de uma hora. Entre uma e duas horas. Entre duas e tr s horas. Entre tr s e quatro horas. Quatro horas e n o consegui terminar. Enade 2008 Ci ncias sociais Quest o Gabarito 1C 2E 3D 4A 5D 6B 7D 8C 9 Discursiva 10 Discursiva 11 C 12 D 13 D 14 D 15 E 16 D 17 B 18 B 19 C 20 E 21 C 22 B 23 B 24 C 25 B 26 E 27 B 28 E 29 B 30 A 31 B 32 C 33 E 34 C 35 E 36 A 37 A 38 Discursiva 39 Discursiva 40 Discursiva 09/11/2008

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