Popular ▼   ResFinder  

Enade Exame de 2002 - PROVAS - Letras

16 páginas, 56 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

PROVA 1 CADERNO DE QUEST ES Instru es 1-Voc est recebendo o seguinte material: a) este caderno com o enunciado das quest es objetivas, das quest es discursivas, e das quest es relativas s suas impress es sobre a prova, assim distribu das: Partes Quest es 50% 13 a 15 50% 41 a 51 Impress es sobre a prova 2 a 12 1a5 Quest es discursivas e Rascunho Peso de cada parte 1 a 40 Quest es objetivas P ginas 16 --- b) 1 Folha de Respostas destinada s respostas das quest es objetivas e de impress es sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das quest es discursivas dever o ser feitos a caneta esferogr fica de tinta preta e dispostos nos espa os especificados. 3- Ap s a confer ncia do seu nome na Folha de Respostas, voc dever assin -lo no espa o pr prio, utilizando caneta esferogr fica de tinta preta, e imediatamente ap s dever assinalar, tamb m no espa o pr prio, o n mero correspondente sua prova 1 , 2 , 3 ou 4 . Deixar de assinalar o gabarito implica anula o da parte objetiva da prova. 4- Na Folha de Respostas, a marca o das letras correspondentes s respostas assinaladas por voc para as quest es objetivas (apenas uma resposta por quest o), deve ser feita O preenchendo todo o alv olo a l pis preto n 2 ou a caneta esferogr fica de tinta preta, com um tra o cont nuo e denso. Exemplo: A B C D E LETRAS 2- Verifique se este material est em ordem e se o seu nome na Folha de Respostas est correto. Caso contr rio, notifique imediatamente a um dos Respons veis pela sala. 5- Tenha cuidado com a Folha de Respostas, para n o a dobrar, amassar ou manchar. 6- Esta prova individual, sendo vedadas qualquer comunica o e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogr fico, cadernos ou anota es de qualquer esp cie, ou utiliza o de calculadora. 7- Quando terminar, entregue a um dos Respons veis pela sala a Folha de Respostas e assine a Lista de Presen a. Cabe esclarecer que nenhum graduando dever retirar-se da sala antes de decorridos 90 (noventa) minutos do in cio do Exame. 8- Voc pode levar este Caderno de Quest es. OBS.: Caso ainda n o o tenha feito, entregue ao Respons vel pela sala as respostas ao question rio-pesquisa e as eventuais corre es dos seus dados cadastrais. Se n o tiver trazido as respostas ao question rio-pesquisa, voc poder envi -las diretamente DAES/INEP (Esplanada dos Minist rios, Bloco L - Anexo II - Bras lia, DF - CEP 70047-900). 9- Voc ter 4 (quatro) horas para responder s quest es objetivas, discursivas e de impress es sobre a prova. OBRIGADO PELA PARTICIPA O! MEC Minist rio da Educa o DAES Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Diretoria de Estat sticas e Avalia o da Educa o Superior Cons rcio Funda o Cesgranrio/Funda o Carlos Chagas 28/05/02 - 10:50 Aten o: N Recomenda-se que se responda s quest es da prova na seq ncia em que elas aparecem. 2. N Fontes bibliogr ficas encontram-se na p gina 15. Instru es: Para responder s quest es de n meros 1 a 5, No texto I, um amigo aconselha ao autor: "olhe, Rubem, fa a como eu, n o tope parada com a gram tica: d uma voltinha e diga a mesma coisa de outro jeito" (linhas 15 e 16). Nesse conselho subentende-se a equivocada vis o do senso comum de que, no processo (A) metaf rico, o sentido se baseia num procedimento metaling stico que visa a condensar uma informa o para substitu -la. (B) considere o texto abaixo. parafr stico, os sentidos sempre se correspondem, embora, em alguma medida, os conte dos se alterem de acordo com a forma ling stica que lhes d suporte. Texto I Meio-dia e meia Acho muito simp tica a maneira de a R dio Jornal 1 2 do Brasil anunciar a hora: "onze e meia" no lugar de "vinte (C)) parafr stico, os sentidos sempre se correspondem e os conte dos se mant m fixos mesmo que se alterem as formas ling sticas que lhes d o suporte. 3 e tr s e trinta", "um quarto para as cinco" em vez de 4 "dezesseis e quarenta e cinco". Mas confesso minha 5 implic ncia com aquele "meio-dia e meia". Sei que "meio-dia e meio" est errado; "meio" se 6 (D) poliss mico, os v rios sentidos produzidos a partir de uma mesma forma ling stica s o correspondentes entre si. (E) metaf rico, o sentido se baseia num procedimento po tico que n o s condensa como tamb m modifica o significado original. 7 refere hora e tem de ficar no feminino. Sim, "meio-dia e 8 meia" est certo. Mas a l ngua como a mulher de C sar: 9 n o lhe basta ser honesta, conv m que o pare a. Aquele 10 "meia" me d id ia de teste de col gio para pegar o 11 estudante distra do. Para que fazer da nossa l ngua um _________________________________________________________ 12 al ap o? Lembrando um conselho que me deu certa vez um 13 14 amigo bo mio quando lhe perguntei se certa frase estava certa 3. Considere os seguintes enunciados extra dos do texto Meio dia e meia. 15 ("olhe, Rubem, fa a como eu, n o tope parada com a gram 16 tica: d uma voltinha e diga a mesma coisa de outro jeito"), eu 1. E, ainda que seja errado, gosto da mo a que diz: 17 preferiria dizer "doze e meia" ou "meio-dia e trinta", sem "Estou meia triste..." (linhas 20 e 21) 18 nenhuma afeta o. Ali s a l ngua da gente n o tem apenas 19 regras: tem um esp rito, um jeito, uma pequena alma que 20 aquele "meio-dia e meia" faz sofrer. E, ainda que seja 2. A , sim, pelo g nio da l ngua, o "meia" est certo. (linhas 21 e 22) 21 errado, gosto da mo a que diz: "Estou meia triste..." A , sim, 22 pelo g nio da l ngua, o "meia" est certo. Sobre as senten as acima correto afirmar que, Rubem Braga (A) 1. Ao afirmar que a l ngua da gente n o tem apenas regras: tem um esp rito, um jeito, uma pequena alma (linhas 18 e 19), Rubem Braga exp e sua vis o da linguagem, em plena coer ncia com a vis o do mundo adotada em suas cr nicas, nas quais ele (A)) valoriza n o a constitui o aparente dos fatos cotidianos, mas o sentimento ntimo que os faz significativos. (B) (D) resiste imposi o de qualquer normativismo, numa atitude rebelde representa na desordem do estilo. ao usar discurso direto em 1 e em 2, o narrador ironiza o uso da variante n o-padr o meia. (C) se em 1 o segmento entre aspas estivesse em discurso indireto, o verbo que ele cont m deveria ser enunciado no futuro do presente. (D) se transposto para discurso indireto o fragmento entre aspas em 1, a ruptura sint tica assinalaria a diferen a de voz entre narrador e personagem. mostra que as normas disciplinam e viabilizam a comunica o e o conv vio entre as pessoas. (E) 2 se previne contra quem decida ignorar tanto as normas gramaticais quanto as regras de conduta. (B) se preocupa menos com o aspecto afetivo do que com os aspectos referenciais das falas das pessoas. (C) se em 1 o segmento entre aspas estivesse em discurso indireto, ocorreria a apropria o do discurso do narrador pela personagem. tipo que de se (E)) em 1, as aspas demarcam a diferen a entre o discurso do narrador e o discurso da personagem; em 2, s o um recurso gr fico de cita o metaling stica. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 4. Considere os enunciados 1 e 2. Aten o: Para responder s quest es de n meros 6 e 7, considere o texto abaixo. 1. Acho muito simp tica a maneira de a R dio Jornal do Brasil anunciar a hora. (linhas 1 e 2) 2. E, ainda que seja errado, gosto da mo a que diz: "Estou meia triste..." A , sim, pelo g nio da l ngua, o "meia" est certo. (linhas 20 e 21) Texto II Ensinar gram tica Segundo Ataliba T. de Castilho, a norma tanto pode representar um uso ling stico concreto que corresponde ao dialeto social praticado pela classe de prest gio caso em que chamada "padr o real" , quanto representar a atitude que o falante assume em face da norma objetiva caso em que tamb m chamada "padr o ideal". Aplicando-se esses conceitos an lise dos enunciados 1 e 2 acima correto afirmar que (A) o cronista reconhece no 'g nio da l ngua' a no o de padr o ideal, que aparece no enunciado 2. (B)) o cronista, no enunciado 1, se orienta pelo padr o ideal, em contraste com o enunciado 2, em que valoriza o padr o real. (C) Onde que a gente vai agora, v ? L na padaria da pra a comprar um p o gostoso. Sil ncio pensativo no banco de tr s. E ent o: Perto da minha casa tamb m tem uma padaria. Os p o l muito bom. Momentos o enunciado 1 um caso concreto do padr o real, e o enunciado 2 manifesta a defesa desse mesmo padr o. 5. A ora o relativa assinalada em Lembrando o conselho que me deu certa vez um amigo bo mio (linhas 13 e 14) pouco sujeita a varia o em virtude de o pronome relativo ser objeto direto na subordinada. J as constru es relativas cujo pronome regido por preposi o est o sujeitas seguinte varia o: ou corrigir? MUITO BONS. Um p o, dois P ES. O p o bom, os P ES s o bons. Novo sil ncio pensativo no banco de tr s. E ent o: Quer dizer, v , que P ES DOIS P O? Fl via de Barros Carone 6. _________________________________________________________ Ignorar Sabe, meu querido, a gente fala assim: OS P ES S O o cronista, ao produzir o enunciado 1, uma manifesta o concreta do padr o ideal, reafirma, na pr tica, as afirma es contidas no enunciado 2, que remetem rejei o do padr o real. (E) indecis o. Compulsivamente: o enunciado 1 um caso concreto de padr o ideal, e o enunciado 2 condena explicitamente esse mesmo padr o. (D) de Tomando como par metro a norma culta da l ngua, a autora apresenta um caso de concord ncia no interior do sintagma nominal. Considerando-se esse contexto ling stico, correto afirmar que a av espera que, quanto concord ncia nominal, o neto apreenda relativa padr o: Lembrando o conselho a que eu me referi anteriormente. N (B) o aspecto sem ntico, e o neto n o atende a essa expectativa, pois usa marca n o-redundante de plural. os aspectos morfossint ticos e sem nticos, e o neto atende a essa expectativa plenamente quanto ao aspecto morfossint tico, mas parcialmente quanto ao aspecto sem ntico. (D) os aspectos morfossint ticos e sem nticos, e o neto atende integralmente a essa expectativa, pois a marca n o-redundante de plural veicula o mesmo conte do sem ntico que a marca redundante. relativa cortadora: Lembrando o conselho que eu me referi anteriormente. N os aspectos morfossint ticos, e o neto atende integralmente a essa expectativa. (C) N (A) relativa copiadora: Lembrando o conselho que eu me referi a ele anteriormente. Sobre esse processo sint tico, correto afirmar que a relativa cortadora (A) conservadora e estigmatizada em rela o padr o, que inovadora e prestigiada. (B) conservadora e prestigiada, tanto quanto a variante padr o. (C) conservadora e prestigiada em oposi o variante copiadora, que inovadora e estigmatizada. (D)) inovadora e prestigiada em rela o variante copiadora, que conservadora e estigmatizada. (E) inovadora e prestigiada em oposi o constru o padr o, que conservadora e neutra. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? (E)) os aspectos morfossint ticos e sem nticos, e o neto atende a essa expectativa plenamente quanto ao aspecto sem ntico, mas parcialmente quanto ao aspecto morfossint tico. 3 28/05/02 - 10:50 7. Com o procedimento adotado, a av , 9. Paul Teyssier afirma que um ponto que distingue o galego-portugu s do conjunto hisp nico que "os nomes (A) exigindo simples repeti o, n o obteve resultado, pois fazia corre o expl cita para uma crian a que ainda n o tinha no o alguma de concord ncia. provindos do latim '-anus' (ex.: 'manus', 'm o'), '-anis' (ex.: 'canis', 'c o') e '-o, -onis' (ex.: 'leo, leonis', 'le o') tinham dado, a partir do acusativo, as formas esperadas: (B) requerendo imita o, obteve pleno sucesso porque, subliminarmente, tornou-se um modelo de comportamento ling stico para o neto. (C)) fazendo a corre o, deixou de propor uma efetiva intera o que permitisse ao neto a apreens o simult nea dos aspectos morfossint ticos, sem nticos e pragm ticos do uso desejado. (D) ciente dos recursos cognitivos do neto, poderia ter insistido na explica o, pois, ele, apesar de muito novo para usar marca redundante de plural, estava a um passo da autonomia quanto habilidade. Singular [Portugu s Atual] Plural manu- > mano > m o [> m o] manos > m os cane- > can(e) > can [> c o] canes > c es leone- > leon(e) > leon [> le o] leones > le es" O texto II mostra duas formas concorrentes no portugu s do Brasil: "dois p es" e "dois p o". Sabendo-se que "pane- > pan(e) > pan" uma forma paralela de "c o" e (E) trabalhando melhor a motiva o do neto, teria conseguido seu intento, uma vez que a baixa motiva o de ir s compras com a av tornava a crian a desatenta e desinteressada. _________________________________________________________ 8. Frases como Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: p o ou p es, quest o de opini es ou Sapo n o pula por boniteza, mas por m por percis o s o indicativas de que, no universo ling stico e ficcional de Guimar es Rosa, (A) a linguagem popular, ainda que graciosa, exp e o mundo inculto das personagens e ironizada por meio dos marcos que a tornam ex tica em rela o norma culta. (B)) a fala popular freq entemente traduz, com for a de prov rbio, um saber profundo que nasce das experi ncias vividas pelas personagens e que se expressa com caracter sticas de linguagem po tica. (C) (E) 4 as oposi es entre o rural e o urbano s o apenas aparentes, j que elas se diluem no plano de uma linguagem que criada n o para tensionar, mas para eliminar os conflitos. a fala popular aperfei oada estilisticamente, de modo a que se aproxime de um padr o mais aceit vel, o que permite que o saber intuitivo das personagens encontre uma formula o mais po tica. em - o, correto dizer que a dificuldade que esses nomes oferecem ao falante atual quanto flex o de n mero se explica diacronicamente (A) pela aleatoridade dessa flex o de n mero, presente j no galego-portugu s, mas atualmente agravada pelo uso freq ente de marca n o-redundante de plural. (B) pelo conservadorismo do galego-portugu s no que se refere s formas latinas, em virtude da situa o geogr fica da Galiza, protegida dos invasores por obst culos naturais. (C) pela simplifica o na passagem de um sistema de declina o (no latim) para um sistema de flex o (no galego-portugu s). a fala dos sertanejos seca e algo imprecisa, advindo da a dificuldade de um leitor culto se familiarizar com o estilo do autor e com o mundo em que suas personagens atuam. (D) generalizando-se para os outros nomes terminados (D)) pela perda do -n- intervoc lico, o que levou uniformiza o desses nomes no singular, mas imp s a recupera o de tra os fonol gicos da forma primitiva no plural. (E) pela indecis o dos falantes da poca quantos aos diversos sufixos de n mero desses nomes e pela situa o de relativo isolamento da Galiza. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 Instru es: Para responder s quest es de n meros 10 a 14 considere o texto abaixo. 12. Texto III Poder pode... mas n o deve! ...falar de um nico assunto, ou sobre coisas que n o interessam s outras pessoas. (...) ...insistir em falar na beleza de pessoas ausentes, na riqueza das casas de outras pessoas. A modalidade uma propriedade pragm tica da linguagem mediante a qual poss vel registrar a atitude do falante sobre o estado de coisas verbalizado. No enunciado Poder pode... mas n o deve! h dois casos de auxiliares modais em portugu s. Sobre esse enunciado correto afirmar que (A) (B) Poder manifesta uma atitude epist mica, relacionada possibilidade do evento, e dever, uma atitude de ntica, relacionada certeza do evento. (C) Saber falar Saber conversar... saber ouvir importante falar-se num tom natural, mas sempre nos observando. errado constru rem-se mal as frases. Ex.: Voc tem visto a Ant nia? "Vi ela hoje". (...) Nunca se deve dizer: "Hoje vou oferecer uma janta"; o certo um jantar. importante saber ouvir e falar. os dois auxiliares modais manifestam uma atitude epist mica, relacionada improbabilidade dos eventos. Poder manifesta atitude epist mica, relacionada improbabilidade do evento, e dever, atitude de ntica, relacionada obrigatoriedade do evento. Barbara Virginia 10. (D)) os dois auxiliares s o modais de nticos: poder se relaciona permiss o do evento e dever, obriga o. O manual de etiqueta acima afirma que n o se deve insistir em falar na beleza de pessoas ausentes ou na riqueza das casas de outras pessoas. Nessa recomenda o, fica evidente uma caracter stica sem ntico-pragm tica de certas enuncia es. O conceito que explica essa caracter stica o de (A)) impl cito, que n o deve ser procurado no n vel do enunciado, como um prolongamento do n vel expl cito, mas como uma condi o de exist ncia do ato de enuncia o. (B) ambig idade, que pode ser l xica quando uma palavra tem v rios sentidos no mesmo contexto ling stico; ou sint tica, quando uma constru o suscet vel de v rias interpreta es. (D) sinon mia, que numa interpreta o estrita a rela o sem ntica entre dois termos que t m o mesmo sentido. 13. a A palavra janta aparece dicionarizada em 1880, na 1 edi o do dicion rio Caldas Aulete. Considerando este fato e focalizando a l ngua de um ponto de vista descritivo, diferentemente da atitude normativa, expressa em Nunca se deve dizer: Hoje vou oferecer uma janta, o certo um jantar, tal prescri o (A) justifica-se em parte: por um lado, a palavra janta nunca aparece na l ngua escrita, sendo de uso restrito e estigmatizado; por outro, obedece a um padr o lexical geral que faz corresponder a um grande n mero de verbos (jantar, por exemplo) uma contraparte nominal (janta, por exemplo). (B) justifica-se, pois o uso da palavra janta fortemente estigmatizado por caracterizar a fala de pessoas analfabetas ou semi-alfabetizadas, embora seja aceit vel do ponto de vista de seu processo de deriva o. (C) prova que o uso da palavra janta causa estranhamento aos falantes da zona urbana, pois se restringe popula o rural e decorre de uma simplifica o dos padr es de deriva o da l ngua. (D) n o se justifica, pois a palavra janta vem se difundindo em todo o pa s a partir da regi o sul, onde usada em todos os registros, podendo, por isso, ser considerada um regionalismo formado por analogia. refer ncia, que a rela o que h entre as palavras e as coisas (seus referentes): as palavras n o "significam" nem "denominam" as coisas, mas se referem s coisas. (E) _________________________________________________________ 11. Para H. Grice, a conversa o se assenta sobre um princ pio de coopera o, segundo o qual os protagonistas devem contribuir para a comunica o "tal como requerida, no momento em que ocorre, pelo prop sito em que se est engajado". Ap iam-se sobre esse princ pio certas m ximas (leis) conversacionais que o especificam em quatro categorias. A recomenda o Poder pode, mas n o deve... falar (...) sobre coisas que n o interessam s outras pessoas associa-se corretamente a (A) categoria da quantidade: dar toda a informa o necess ria, mas n o mais do que ela. (B) categoria da qualidade: dizer apenas o verdadeiro. (C)) categoria da rela o: ser pertinente. (D) categoria do modo: ser claro; n o amb guo; breve. (E) categoria da qualidade e do modo, simultaneamente. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? os dois auxiliares modais manifestam uma atitude epist mica, relacionada probabilidade do evento. _________________________________________________________ intercompreens o, que a capacidade de os falantes compreenderem enunciados emitidos por outros falantes que pertencem mesma comunidade; define a rea de extens o de uma l ngua, de um dialeto ou de um falar. (C) (E) (E)) evidencia o preconceito contra o uso cada vez mais generalizado da palavra janta em obedi ncia a um padr o lexical geral, segundo o qual, para um grande n mero de verbos (jantar, por exemplo), dever existir uma contraparte nominal (janta, por exemplo). 5 28/05/02 - 10:50 14. "[A norma culta] nunca pode ser vendida como se fosse um c digo de leis, cujo desconhecimento pura ignor ncia, ou como c digo de conduta, cuja transgress o caso de execra o p blica." 15. Maria Helena de Moura Neves (A) O texto aproxima as no es de c digo de leis e c digo de conduta para criticar uma certa posi o te rica em rela o l ngua. Com base nele, e observando-se o uso de mas no enunciado Poder pode... mas n o deve falar 'vi ela hoje', correto afirmar que a presen a do operador mas indica que o (A) (B) (D) (E) (C) a poesia popular n o deve freq entar a escola, por representar modelo de linguagem inaceit vel no ensino. (D) a poesia popular ao penetrar na escola sofre um processo irrevers vel de deslegitima o, recomendando-se, pois, que n o integre a pr tica did tica. (E) primeiro argumento o mais forte, do que se pode concluir que o enunciado como um todo defende que a liberdade incondicional do falante est acima das normas de conduta ling stica. a poesia popular deve freq entar a escola, mas n o em regi es onde seja grande a for a do folclore, que j mant m vivas as tradi es culturais. _________________________________________________________ 16. argumento por ele introduzido o mais fraco, do que se pode concluir que apenas uma ressalva concess o de liberdade de uso ling stico, que domina o sentido do enunciado. Fugas conven o ortogr fica como em "arrezorvesse" ocorrem na L ngua Portuguesa porque: I. a rela o biun voca (termo-a-termo) entre grafema e fonema (A)) nem sempre existe; e II. a escrita alfab tica elege apenas uma variedade da l ngua para representar. (B) nunca existe; e II. a escrita alfab tica elege o maior n mero de variedades da l ngua para representar. (E) Instru es: Para responder s quest es de n meros 15 a 17 considere o texto abaixo. sempre existe; e II. a escrita alfab tica elege apenas uma variedade da l ngua para representar. (D) _________________________________________________________ nunca existe; e II. a escrita alfab tica elege apenas uma variedade da l ngua para representar. (C) argumento por ele introduzido tem a mesma for a do primeiro, pois, como marcador conversacional, introduz uma cr tica id ia de liberdade do falante, confrontando-a id ia de "norma" como entendida pela vis o descritiva da l ngua. nem sempre existe; e II. a escrita alfab tica elege o maior n mero de variedades da l ngua para representar. Texto IV Ai, se sesse! Se um dia n s se gostasse; Se um dia n s se queresse; Se n s dois se impariasse; Se juntinho n s dois vivesse! Se juntinho n s dois morasse; Se juntinho n s dois drumisse; Se juntinho n s dois morresse! Se pro c u n s assubisse!? Mas por m, se acontecesse, Qui S o Pedo n o abrisse As porta do c u e fosse, Te diz q uarqu toulice? E se eu me arriminasse E tu cum eu insistisse, Pra qui eu me arrezorvesse E a minha faca puchasse, E o buxo do c u furasse?... Tarvez qui n s dois ficasse Tarvez qui n s dois ca sse, E o c u furado arriasse E as Virge todas fugisse!!! Severino de Andrade Silva (Z da Luz) 6 o poema, devido a sua sonoridade, s pode ser lido em voz alta, procedimento de leitura desaconselh vel. (B)) o poema, com tra os est ticos reconhec veis, deve freq entar a sala de aula como qualquer outro produto art stico. argumento por ele introduzido o mais forte, do que se pode concluir que o enunciado como um todo uma recusa a qualquer norma de conduta ling stica. (C)) segundo argumento o mais forte, do que se pode concluir que o enunciado como um todo defende uma norma de conduta ling stica diferente da "norma" como entendida na vis o descritiva da l ngua. O autor, em seu processo de cria o, explora as possibilidades do registro popular, obtendo efeito po tico. correto afirmar, a respeito da presen a desse tipo de obra em sala de aula, que _________________________________________________________ 17. Quarqu , arrezorvesse e tarvez demonstram a recorr ncia, no segmento assinalado, de um processo de altern ncia fonol gica, que pode ocorrer entre a variante retroflexa, a semivogal posterior e a lateral alveolar. Sobre essa altern ncia, correto afirmar que (A) consiste em um caso de varia o livre, n o fonologicamente condicionado, nem sujeito a determina es de natureza geogr fica e social. (B) se trata de um processo regular de varia o fonol gica, que ocorre somente em final de s laba interna, como em falta. (C) a semivogal posterior deve representar fonologicamente o segmento em final de s laba interna e externa porque no plano sincr nico o mais recorrente nas variedades n o-padr o. (D) se trata de um processo regular de varia o fonologicamente condicionada, que ocorre somente em final de s laba externa. (E)) a lateral tem de representar fonologicamente esse segmento em final de s laba interna e externa, o que se torna evidente, no plano sincr nico, em palavras derivadas, como papelada. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 Instru es: Para responder s quest es de n meros 18 e 19, 19. considere o texto abaixo. O trabalho da professora orienta-se por uma concep o de ensino (A) (B) moderna, apoiada numa orienta o gramatical que busca incorporar f rmulas consagradas pela ling stica. (C) TEXTO V advinda da ling stica moderna, que considera as dimens es comunicacional, cognitiva e metaling stica. sociointeracionista, apoiada numa orienta o gramatical que v a l ngua na din mica de seu uso. Leia atentamente o depoimento de uma professora de a a ensino fundamental II (5 a 8 ) sobre um dos conte dos de sua aula de L ngua Portuguesa. (D)) tradicional, sustentada numa orienta o gramatical que v na nomenclatura possibilidades de ensino e aprendizagem. Primeiro explica-se que o substantivo concreto um ser que tem exist ncia pr pria, n o depende de outro para (E) existir, mesmo os seres imagin rios. Comece com seres menos complexos como: cadeira, livro... Depois diga que o abstrato tribut ria de uma orienta o gramatical que valoriza as dimens es sincr nica e diacr nica na descri o da l ngua. _________________________________________________________ um ser que n o tem exist ncia pr pria, precisa de um outro ser TEXTO VI para existir. Por exemplo: o amor. preciso que algu m ame para o amor existir. O beijo abstrato, porque ele depende de, 20. Meu pai determinou que eu principiasse a leitura. no m iinimooo, uma boca para existir. Agora passe para os mais Principiei. Mastigando as palavras, gaguejando, gemendo complexos como: anjo (que conseguimos imaginar um corpo), uma cantilena medonha, indiferente pontua o, saltando fada, dem nio (costumo falar da imagem de chifre e garfo na linhas e repisando linhas, alcancei o fim da p gina, sem m o) e Deus, que o mais complexo (explico que Deus, ouvir gritos. (...) Explicou-me que se tratava de uma independente de crermos nele ou n o, ou de imaginarmos a hist ria, um romance, exigiu aten o e resumiu a parte j imagem dele ou n o, ele existe independente de outro ser, por lida. (...) Traduziu-me em linguagem de cozinha diversas isso concreto). Costumo falar dos Ets tamb m, porque eles express es liter rias. Animei-me a parolar. (...) Alinhavei o acham que n o existem e por isso acham que s o abstratos. resto do cap tulo, diligenciando penetrar o sentido da Depois disso eles seguem sozinhos e erram, raramente, os prosa confusa, aventurando-me s vezes a inquirir. E uma exerc cios, que consistem na identifica o desses substantivos. luzinha quase impercept vel surgia longe, apagava-se, ressurgia, vacilante nas trevas do meu esp rito. 18. Tendo em vista as orienta es curriculares atuais para o ensino fundamental de L ngua Portuguesa, que prop em a organiza o dos conte dos em torno do eixo uso-reflex o-uso, pode-se dizer que, com o procedimento acima exposto, essa professora situa-se (A) na segunda etapa, reflex o, pois ensina a l ngua a partir de sua nomenclatura, procedimento compat vel com uma gram tica de usos. (B) Graciliano Ramos Esse trecho de cr nica relata uma situa o de leitura do in cio do s culo XX. A atitude do pai com o filho, que ainda n o tem familiaridade com a leitura, pode ser aproximada de um procedimento que hoje se espera do professor em rela o a crian as na mesma situa o. Esse procedimento consiste em na primeira etapa, uso, quando exp e os alunos linguagem do cotidiano por meio das imagens apresentadas. (A) (C)) margem de qualquer uma das etapas, pois sua reflex o se ap ia em no es equivocadas, dissociadas de situa es de uso. (D) (E) na terceira etapa, uso, pois a resolu o dos exerc cios comprova a efic cia de sua estrat gia para o aprimoramento do uso da l ngua. nas tr s etapas, j que a professora operacionaliza os conceitos em busca de maior efic cia no plano discursivo. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? promover leituras em voz alta para verificar se os alunos conhecem o c digo e s o capazes de ler sem balbucios ou hesita es. (B)) orientar a leitura de modo a promover intera o entre o texto e o aluno capaz de favorecer a constru o de sentido. (C) parafrasear o texto para, com essa opera o, permitir que os alunos desfrutem da obra em sua dimens o est tica. (D) parafrasear o texto para melhor aproveit -lo e dele extrair informa es que enfatizem a fun o pragm tica da leitura. (E) conduzir a leitura para desvendar o texto em todos os seus aspectos, de modo a torn -lo claro e transparente. 7 28/05/02 - 10:50 Instru es: Para responder s quest es de n meros 21 a 24, 21. considere o texto abaixo, em que Antonio C ndido Essa an lise textual de Antonio Candido permite sustentar a convic o de que (A)) diferentes g neros podem mesclar-se de modo a intensificar os efeitos expressivos de um texto. analisa um trecho narrativo de Carlos Drummond de Andrade. (B) (C) um texto ficcional torna-se inteiramente po tico quando em seu centro atua uma figura de linguagem. (D) a mescla de g neros liter rios impossibilita o reconhecimento das marcas caracter sticas de cada um. (E) TEXTO VII a met fora, tanto na prosa quanto na poesia, determina a coes o entre as diversas partes do discurso. um texto ficcional ganha equil brio quando as informa es prosaicas s o contrabalan adas pela presen a de met foras. (...) Seja um trecho no come o do conto "Beira-rio" [de Carlos Drummond de Andrade]: _________________________________________________________ Sete da manh e o trabalho principiando no campo. O 22. apontador chegava ainda com escuro, porque n o conseguia Segundo se depreende das palavras do cr tico, a "singela realidade" se mostra ao leitor mediante (A) dormir na casinha de pau a pique onde ele, mulher e filhos a poesia e suas imagens, que transp em com mais fidelidade aspectos do real. (B)) a presen a do cotidiano, manifesto nos tra os de cr nica reconhec veis no conto. viviam como que em dep sito, espera de vaga na vila prolet ria. Os mosquitos resistiam a tudo, e o fio de som que (C) a dissolu o da cena cotidiana por uma seq ncia de met foras. esp cie de cortinado. A m o, levantando-se, dilacerava a trama, (D) o retrato do cotidiano, na linguagem despretensiosa do homem do campo. que contudo logo se recompunha, e t o constante no seu dom (E) o poder que tem a fic o de retratar a vida no seu aspecto mais superficial. emitiam no v o lento, indo e vindo, tecia sobre a cama uma de irritar que, se por acaso cessasse um momento, o sil ncio feria por sua vez, de inesperado. Ent o, o apontador ia acordar _________________________________________________________ 23. o balseiro, e os dois, cortando o rio, presenciavam calados o nascimento do sol, que do campo em ru nas, na outra margem, ia tirando pouco a pouco uma usina em constru o. Com as imagens de um tecel o que trabalha com fios de sons (o mosquito) e de um arquiteto que trabalha com raios de luz (o sol), Drummond joga com dois diferentes materiais significantes para a constru o de dois produtos culturais: um cortinado e uma usina em constru o. De um ponto de vista discursivo, esse recurso de composi o est caracterizado (A) pelo processo de manuten o tem tica apoiado na repeti o da mesma met fora, o que produz oscila o entre poema e cr nica. (B) pela explora o metaling stica do signo, cuja fun o fazer uma alus o ir nica aos textos puramente referenciais, como a not cia de jornal. (C) pelo trabalho com as propriedades que d o textualidade ao texto, em especial a da coes o, insistentemente marcada por conectores. (D) pelo uso enf tico da fun o referencial da linguagem, identificando o texto informa o contida numa not cia. O que logo sobressai a poderosa met fora da teia, baseada num "equ voco", como diziam os antigos: o fio de som gera a id ia de tecido formado por ele, como se um sentido pr prio se materializasse a partir do sentido figurado. Em torno da met fora gira o trecho e ela lhe confere um toque de linguagem po tica, situando-o para o lado da poesia. No entanto, igualmente forte o elemento de refer ncia ao real, (E)) pela singular constru o de met foras que, explorando diferentes materiais significantes, sugerem rela es intersemi ticas. que funciona como n vel informativo ao modo de uma not cia: o _________________________________________________________ empregado, que vive miseravelmente numa casa de pau a fixam o quotidiano. Mas o trecho n o poema nem cr nica, Um dos mecanismos coesivos mais produtivos na constru o da textualidade o uso de coes o referencial. No enunciado A m o, levantando-se, dilacerava a trama, o sintagma nominal grifado ocorre, aparentemente, sem antecedente textual. Sobre o mecanismo de refer ncia utilizado, correto afirmar que esse sintagma nominal est semanticamente garantido com base na embora possa ser visto como oscilando entre ambos: fic o, (A) inser o de uma entidade nova no discurso. (B) refer ncia gen rica que estabelece, o que inclui qualquer m o humana poss vel. (C) rela o hiperon mica entre m o e apontador. pique, atravessa o rio de balsa e vai para a constru o da usina, onde apontador e aqui estamos perto dessas cr nicas que que talvez seja t o boa devido presen a de elementos ricos em poesia e singela realidade. 24. (D)) rela o meton mica entre m o e apontador. Antonio Candido 8 (E) rela o hipon mica entre m o e apontador. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 25. Afirmou o cr tico M. Cavalcanti Proen a a respeito de Iracema, de Jos de Alencar: No espelho est a natureza estilizada, sem mosquitos, carrapatos ou micuins; natureza focalizada de ngulos favor veis, como em fita de oeste americano. leitora que minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa de hoje, quer fech -lo s pressas, ao ver que beiramos um abismo. N o fa a isso, querida; eu mudo de rumo. Nessa compara o entre duas linguagens distintas o cr tico apontou, como termo comum, [Cavatina = pequeno trecho musical para cantor solista] (A)) a idealiza o do espa o com o qual se funde o her i. (B) (A)) no exerc cio de uma insol ncia ir nica, que lhe habitual, pressup e que a leitura de romances incluise entre os h bitos amenos e f teis da sociedade da poca. o modo como se narram as epop ias cl ssicas. (D) Transcreveu-se integralmente, acima, de Dom Casmurro, um cap tulo no qual o narrador machadiano, o lirismo ntimo dos protagonistas rom nticos. (C) CAP TULO CXIX N o fa a isso, querida 27. o compromisso de se descrever de modo fidedigno. I. maliciosamente, elege o p blico feminino como alvo preferencial de seu romance, identificando a arg cia de suas leitoras arg cia da personagem Capitu. (D) com a ingenuidade pr pria de Bentinho, v na leitora amiga a encarna o da mulher compreensiva, da afetividade feminina que buscara na adolesc ncia e no casamento. (E) num surpreendente momento de melancolia, considera que o modo digressivo de narrar coloca seu romance muito abaixo das expectativas do p blico da poca. o espa o imagin rio em que ocorre o sobrenatural. _________________________________________________________ 26. bem a seu modo, v o leitor como um c mplice cr tico, com quem compartilha o sentimento de impaci ncia diante das trivialidades da vida social. (C) (E) (B) Flor a palavra flor, verso inscrito no verso, como as manh s no tempo. Jo o Cabral de Melo Neto _________________________________________________________ 28. II. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, nibus, rio de a o do [tr fego. Uma flor ainda desbotada ... preciso que o livro esteja perfeitamente a meu gosto. O autor que prefiro aquele no qual se encontra o mundo em que vivo, em cujos livros as coisas se passam como em volta de mim, e cuja narra o me prende e me interessa tanto quanto minha vida dom stica que, se n o nenhum para so, representa para mim uma fonte de inexprim vel felicidade. ilude a pol cia, rompe o asfalto. Fa am completo sil ncio, paralisem os neg cios garanto que uma flor nasceu. Carlos Drummond de Andrade Nesses dois fragmentos, as duas representa es de flor indicam A fala de Lotte, em Werther, pode ser analisada sob a perspectiva da rela o entre a produ o liter ria e a sociedade que ela descreve e onde ela vendida. Segundo Claude Lafarge, as rela es entre a cultura do grupo suas normas, valores e mitos e as fic es que ele consome que determinam a valora o de uma obra. Considerando-se esse contexto, afirma-se corretamente que a personagem, no fragmento citado, (C) representa, metaforicamente, o leitor que valoriza obras que enfatizam os valores do grupo retratado, pois s o produzidas como espa o do exerc cio cr tico. sugere, ironicamente, certo tipo de receptor que encontra motiva o para a leitura na sua identifica o com os her is da narrativa, reconhecidos como reformadores da sociedade. retrata, alegoricamente, os leitores que buscam encontrar nas perip cias do her i o rid culo a que as conven es submetem o homem comum. a converg ncia entre duas atitudes po ticas empenhadas na express o da intimidade l rica. a converg ncia entre duas atitudes po ticas cujo centro de inspira o est nas circunst ncias do cotidiano. (D)) a distin o entre a explora o metaling stica da palavra e sua utiliza o como s mbolo. (E) (B) (D) (B) a converg ncia entre duas atitudes po ticas modernas que exploram o mesmo s mbolo, do mesmo modo. caracteriza, por analogia, o leitor ideal, aquele que, com sensibilidade e intelig ncia, aliadas ao cultivo da raz o, procura na obra de arte o refinamento do esp rito. (C) (A) (A) a distin o entre uma rea o sentimental e uma rea o pol tica, diante do mesmo fato. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? (E)) remete, por meton mia, figura de um tipo de leitor que frui romances que nada acrescentam a seus desejos, mas apenas os reiteram. 9 28/05/02 - 10:50 29. As desgra as que se abatem sobre os her is tr gicos de Shakespeare n o parecem prepara o para a vida futura. O c u afigura-se remoto no mundo shakesperiano, os poderes divinos indiferentes ante o destino das personagens. 31. Constata-se hoje que a fic o cinematogr fica baseada em obra liter ria tem freq entado com assiduidade a sala de aula e aproveitada para aproximar o aluno da literatura. importante, contudo, que ao utilizar esse procedimento did tico o professor considere que Anatol Rosenfeld (A) (B) As pondera es acima permitem compreender, numa compara o entre a trag dia grega e a shakesperiana, que (A) Shakespeare, em Rei Lear, manteve o mesmo sentido do tr gico que norteou a concep o de dipo Rei, de S focles. preciso reconhecer a supremacia da obra liter ria, que pela sua natureza mobiliza mais recursos est ticos do que os filmes. (C)) a transposi o da literatura para o cinema resulta em obra distinta, o filme, cujas especificidades de linguagem devem ser reconhecidas. (B)) as particularidades do g nero tr gico s o atualizadas e interpretadas conforme os contextos hist ricos em que se manifestam. (C) a linguagem visual deve ser privilegiada como objeto de ensino, j que a literatura , hoje, de dif cil aceita o na escola. (D) (E) personagens como Lear e dipo s o protagonistas de um mesmo mito b sico, diferenciando-se apenas do ponto de vista estil stico. tal aproxima o s ser poss vel se o filme for capaz de transpor com fidelidade o enredo da narrativa liter ria. o cinema adapta t o livremente a obra liter ria que esta pode ter sua compreens o prejudicada. _________________________________________________________ (D) a encena o de uma trag dia, na Renascen a, contava com muito mais recursos do que os mobilizados nos espet culos gregos. (E) Rei Lear, afastando-se da matriz grega, desdenha qualquer alus o a valores pol ticos e morais. _________________________________________________________ 30. Romance LXXIII ou DA INCONFORMADA MAR LIA (...) Volvia os olhos em roda, e logo, de cada lado, O romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, foi tomado como base para o roteiro do filme hom nimo do diretor Nelson Pereira dos Santos. Deve-se considerar a especial dificuldade de transposi o da linguagem verbal para a linguagem cinematogr fica, dadas as freq entes passagens do romance marcadas pelo seguinte tipo de discurso: piedosas vozes discretas Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem tr s l guas. Fazia horas que procuravam uma sombra. o teu pastor desgra ado, (A) (B) (C) O pequeno escapuliu-se, foi enrolar-se na saia da m e, que se p s francamente do lado dele. Hum! hum! Que brabeza! A cachorra Baleia, com o traseiro no ch o e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza. (D)) Seria necess rio mudar-se? Apesar de saber perfeitamente que era necess rio, agarrou-se a esperan as fr geis. Talvez a seca n o viesse, talvez chovesse. (E) 10 32. Afastou-se, inquieto. Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou coragem, avan ou, pisou firme, perguntou o caminho. E Fabiano tirou o chap u de couro. davam-lhe o mesmo recado: "N o chores tanto, Mar lia, por esse amor acabado: que esperavas que fizesse t o distante, t o sozinho, em t o lamentoso estado?" H nesses versos, destacados do Romanceiro da Inconfid ncia, de Cec lia Meireles, (A) a par dia de um estilo de poca, na perspectiva cr tica e hist rica definida pela corrente modernista da Antropofagia. (B) o lirismo t pico da poesia rom ntica mais confessional, transplantado para uma forma po tica valorizada pelos modernistas da primeira gera o. (C) a recupera o de um mito de nossa hist ria e o di logo com uma conven o po tica na qual se consolidaram os valores nacionalistas. (D) a s tira das conven es do amor cort s, traduzida com as marcas do estilo neo-simbolista que caracterizou alguns poetas da gera o de 30. (E)) a remiss o a uma situa o hist rica, num di logo com a conven o arc dica e com o estilo que lhe corresponde. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 33. Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado 35. Do lirismo funcion rio p blico com livro de ponto expediente [protocolo e manifesta es de apre o ao Sr. Diretor (...) De resto n o lirismo O fragmento acima transcrito, de Memorial do convento, de Jos Saramago, exemplifica uma tend ncia marcante da fic o contempor nea, revelada Ser contabilidade tabela de co-senos secret rio do amante [exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes (A) Os versos acima, do poema "Po tica", de Manuel Bandeira, sustentam a convic o de que a l rica modernista (A)) implicava n o apenas a afirma o de um novo caminho est tico, mas tamb m a rejei o dos m todos pragm ticos e das institui es conservadoras. mostrava-se aberta a todas as formas de express o, buscando dissociar as linguagens dos contextos em que elas se produziam. (D) implicava n o apenas uma revis o das formas po ticas convencionais, mas tamb m a rejei o dos elementos prosaicos da vida cotidiana. (E) na utiliza o do fluxo de consci ncia, como expediente que garante ao escritor o desvendamento da interioridade das personagens, interesse maior da narrativa que despreza o relato epis dico. (C)) na intertextualidade, como manifesta o formal tanto do desejo de reduzir a dist ncia entre o passado aludido e o presente do leitor, como tamb m do desejo de reescrever o passado dentro de um novo contexto. voltava-se sobretudo contra o ufanismo rom ntico, vendo neste uma manifesta o anacr nica dos sentimentos nacionalistas. (C) no aproveitamento ficcional de epis dio hist rico relatado por voz onisciente, como modo n o s de apresentar narrativa em tom elevado mas tamb m de oferecer uma releitura fidedigna do passado. (B) [maneiras de agradar as mulheres, etc. (B) ...e ent o uma grande voz se levanta, um labrego de tanta idade j que n o o quiseram, e grita subido a um valado, que p lpito de r sticos, gl ria de mandar, v cobi a, rei infame, p tria sem justi a, e tendo assim clamado, veio dar-lhe quadrilheiro uma cacetada na cabe a, que ali mesmo o deixou por morto. voltava-se sobretudo contra o refinamento aristocr tico da poesia parnasiana, incapaz de dar voz, por exemplo, aos pequenos funcion rios. (D) no aproveitamento ficcional de epis dio hist rico sob perspectiva nost lgica, com a consci ncia de que o culto mem ria propicia a preserva o dos valores aut nticos que fundaram uma p tria her ica. (E) na intertextualidade, como meio de legitimar o discurso do presente, na medida em que a credibilidade do novo texto depende da confirma o do modo de ver o mundo institu do pela tradi o. _________________________________________________________ _________________________________________________________ 34. gl ria de mandar, v cobi a Dessa vaidade a quem chamamos Fama! fraudulento gosto, que se ati a Co'uma aura popular que honra se chama! Os versos acima, de Os Lus adas, introduzem a fala do "velho do Restelo" quando a esquadra de Vasco da Gama partia para as ndias. Essa fala, no conjunto da obra, revela que a epop ia camoniana 36. Como seca a velhice! Leixai-me ouvir e folgar, que n o me hei-de contentar de casar com parvo ce. A protagonista de In s Pereira profere as palavras acima para justificar m e a decis o de n o se casar com Pero Marques. Nas cenas finais, j vi va do escudeiro autorit rio com quem escolhera casar, a personagem decide aceitar o antigo pretendente, que lhe parece talhado para ser marido tra do. Com essa trajet ria da personagem, Gil Vicente comprova a m xima popular que tomada como mote de seu texto: mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube. As considera es acima, associadas ao contexto da obra, permitem a afirma o correta de que o autor constitui o protagonista como modelo de comportamento, estruturando-se, assim, de maneira id ntica epop ia greco-latina. (B)) representa um momento hist rico em que o car ter glorioso da a o pica problematizado em decorr ncia do utilitarismo mercantilista. (C) apresenta aquele t pico narrador da epop ia cl ssica, cuja voz confirma o consenso coletivo acerca da grandiosidade da p tria. (D) narra a es de um her i que, por sua vis o cr tica antecipa as quest es filos ficas debatidas no s culo XVII. (E) censura a ideologia medieval, por representar empecilho vontade popular de ver a p tria firmarse como imp rio ultramarinho. (A) produziu a reviravolta no enredo da farsa human stica como manobra para garantir a dignidade da hero na, representante dos valores sociais que emergiam. (B) (A) fez a protagonista viver a trag dia da inoc ncia, e sua humilha o final mostra a impossibilidade da preserva o do pretendido registro idealista. (C) escolheu o g nero que lhe permitisse tratar o amor e a estrutura social como for as fatalisticamente irreconcili veis, impondo o banimento da hero na do grupo social a que pertence. (D)) se preocupou, como usual no g nero escolhido, em mostrar que a hero na se ajustou a uma nova situa o e sociedade como um todo, recurso que permitiu a Gil Vicente evidenciar a hipocrisia de seu tempo. (E) MEC-LETRAS-02 - PROVA ? deu farsa o tratamento t pico da trag dia a hero na ao vencer uma s rie de provas desafia o destino recurso escolhido para criticar, pelo riso, costumes de seu tempo. 11 28/05/02 - 10:50 Instru es: Para responder as quest es de n meros 37 e 38, 39. I. ... selecionar um objeto e liberar um estado de considere o texto abaixo. esp rito a partir dele. Fon grafo II. ...Tu julgas que o velho Deus e a viol ncia est pida Vai declamando um c mico defunto. da morte e o milagre da vida nunca entraram nas minhas Uma plat ia ri, perdidamente, contas. Entraram. Mas agora s o como animais familiares. Do bom jarreta... E h um odor no ambiente Durmo bem no meio deles. A cripta e a p , do anacr nico assunto. N o poss vel. Tu n o viste nada! Tu n o viste a [jarreta = c mico] pessoa do nosso pai, aquela realidade nica que o habitava. Tu A frase I em que Mallarm se refere ao seu fazer po tico, adequada para explicar ao aluno o procedimento encontrado nos versos de Camilo Pessanha, transcritos em II. Neles, o eu po tico, ao ouvir a piada registrada no disco, n o assististe ainda apari o de ti a ti pr prio. Tu nunca pensaste a s s contigo, no sil ncio: "Estou vivo, eu sou, eu, esta vitalidade iluminada que se sente, se n o pensa, se toca e estranha e arrepia de medo e nos p e os cabelos em p ." (A)) envolvido por sensa es m rbidas estimuladas pelo car ter ultrapassado do espet culo c mico. 37. O di logo acima foi extra do de Apari o, de Verg lio Ferreira. Na cena, o professor Alberto, o protagonista, e seu irm o, o fazendeiro Tom s, discutem a ess ncia do ser humano, referida nos limites da vida e da morte. Para a interpreta o do texto, til examinar o di logo considerando a no o de epifania, tal como proposta por James Joyce: "uma manifesta o espiritual s bita", em que um objeto se desvenda ao sujeito. Esse conceito permite a correta compreens o de que (A) (B) (C) (B)) Alberto assinala que o irm o ainda n o tinha tido acesso ao momento epif nico, em que tomasse consci ncia de si mesmo. (C) sente simpatia pelo bom c mico, que contava piadas sobre mortos e rel quias para entreter a plat ia. _________________________________________________________ Tom s, no momento de sua fala, vivencia a epifania, pois "o velho Deus" se revela personagem. (E) levado por sentimento m rbido que o faz compartilhar o estado de esp rito experimentado pela plat ia. (E) Alberto critica o irm o por n o ter seguido os passos do pai, exemplo de vida iluminada. (D) rememora uma situa o que o conduz a um estado nost lgico, t pico do egotismo rom ntico. (D) Alberto considera que o irm o, pela vis o epif nica da morte, teve acesso verdade da exist ncia. lembra antigo aparelho de som utilizado para entreter plat ias que buscavam satisfa o em epis dios c micos. 40. Os manuais de literatura apontam O crime do padre Amaro e D. Casmurro como obras que pertencem ao mesmo estilo de poca: Realismo/Naturalismo. Entretanto, importante mostrar ao aluno que Machado de Assis respondeu aos est mulos de seu tempo de maneira distinta daquela apresentada pelo seu contempor neo portugu s. Com o objetivo de esclarecer essa distin o, voc argumentaria que, nos romances citados, Tom s comprova para o irm o que a ess ncia da vida e da morte s pode ser vislumbrada pela atividade da reflex o. (A) E a p e em d vida as teorias cient ficas do s culo XIX, enquanto Machado as defende mediante um discurso centrado no racionalismo positivista e determinista que apreendeu em leitura de escritores ingleses e franceses. (B) os dois escritores concebem o homem como resultado do determinismo social, por m E a, diferentemente de Machado, acredita nas institui es de seu tempo e defende os valores que as fundamentam. _________________________________________________________ 38. No di logo acima observa-se introdu o da voz do interlocutor no discurso do falante. Sobre esse fato correto afirmar que (A) as aspas introduzem a voz de Tom s relembrada pelo irm o no momento do di logo, mas Alberto distorce a fala original. (B) o discurso direto anunciado pelas aspas representa a r plica de Tom s fala de Alberto. (C) a presen a do pronome pessoal "tu" indica a imposi o da voz de Tom s sobre a voz de Alberto. (D) a ideologia de Tom s sobressai quando sua voz interfere na fala do irm o sob a forma de discurso direto. (E)) as aspas introduzem fala hipoteticamente atribu da a Tom s, fala que, no entanto, veicula a ideologia de Alberto. 12 (C)) E a acata as teses positivistas, enquanto Machado, sem deixar de lado os pressupostos do conhecimento filos fico, cient fico, est tico de seu tempo, utiliza um discurso que questiona esses mesmos pressupostos. (D) os dois escritores acreditam que necess rio observar e analisar a realidade para conhec -la com precis o, mas Machado, diferentemente de E a, acredita que a subjetividade n o interfere na compreens o dos fatos. (E) E a e Machado tratam de um her i coletivo, visto como um tomo do organismo c smico, contudo o autor brasileiro, diferentemente do portugu s, submete o destino de suas personagens a for as do determinismo biol gico. MEC-LETRAS-02 - PROVA ? 28/05/02 - 10:50 a 2 Parte Quest o 1 O texto abaixo de uma mestra de reisado* de Alagoas, com 95 anos de idade, analfabeta, de uma can o e descreve um fen meno da natureza. Os arco- ris Os arco- ris bebe gua l no mar Quando eles quer despejar l por cima da serra As nuvens gela Faz sua circula o Quando ela cair no ch o A gente apanha e bebe dela. Mestra Virg nia (texto adaptado) *[ Reisado tipo de auto natalino surgido no final do s culo XIX. ] Aponte os tra os de variedade n o-padr o presentes no texto, caracterize-os e diga em que medida essa senhora pode ser (20 pontos) considerada como tendo algum grau de letramento*, ainda que n o tenha freq entado a escola. *[ Letramento contato direto ou indireto com pr ticas de leitura e escrita. ] Quest o 2 Budista e japon s s o palavras que podem ser categorizadas como substantivos e como adjetivos, o que comprov vel em sintagmas como o japon s budista e o budista japon s. Considerando apenas tr s poss veis crit rios de classifica o morfol gica o formal (ou flexional), o sem ntico e o sint tico , aponte o crit rio mais decisivo para determinar a classe gramatical desse tipo de (20 pontos) palavras, justificando porque voc o escolheu e excluiu os demais. MEC-LETRAS-02 13 28/05/02 - 10:50 Quest o 3 "(...) o Elianes contava na classe, para os colegas: N is tava escreveno e o Celo levantou; ent o o Marco tir a cadera e o nego, bumba no ch o. Transcrevi com a maior fidelidade poss vel a linguagem coloquial do Elianes, exatamente como ele contava o fato aos colegas. Mostrei ent o que, se o Elianes tivesse vindo falar comigo ou com a diretora, poderia ter falado a mesma coisa de maneira diferente. Fui provocando a classe a fornecer ela mesma as variantes das express es em um di logo culto. O resultado foi escrito na lousa: N s est vamos escrevendo e o Marcelo levantou; ent o o Marcos tirou a cadeira e ele caiu no ch o." Egl Franchi Identifique o percurso metodol gico adotado pela educadora Egl Franchi e discuta sua pertin ncia para o ensino de L ngua (20 pontos) Portuguesa. Quest o 4 Buscando distinguir um texto ficcional de um texto n o-ficcional, o cr tico Anatol Rosenfeld vale-se da seguinte exemplifica o: "... seria poss vel que as ora es 'M rio estava de pijama. Ele batia uma carta na m quina de escrever' constassem de um relato policial que prosseguisse assim: '... quando entrou o ladr o...'. Se o texto, por m, prosseguisse assim: 'Sem d vida ainda iria alcan -la. Afinal, L cia decerto n o podia partir depois de amanh ", saber amos que se trata de fic o. (Literatura e personagem) Destaque do texto citado pelo cr tico dois elementos que lhe permitiram concluir: "saber amos que se trata de fic o". Analise esses elementos, mostrando como, de fato, constituem marcas de um discurso ficcional. 14 (20 pontos) MEC-LETRAS-02 28/05/02 - 10:50 Quest o 5 A aprendizagem da leitura de obras liter rias implica, acima de tudo, a aquisi o da capacidade de apreender, na situa o representada, os questionamentos acerca do ser humano e de suas conting ncias. Essa aquisi o s se efetua mediante compromisso do leitor com o texto, ades o que se estabelece pela atividade cr tica, que supera o plano da frui o diletante. (Adaptado de Robert Scholes) Considerando as id ias acima apresentadas, elabore um texto em que voc apresente argumentos para demonstrar que um (20 pontos) estudante de Letras, pela especificidade de sua forma o, se diferencia de um leitor n o-especializado. FONTES BIBLIOGR FICAS: Rubem Braga, Recado de Primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 58. Fl via de Barros Carone. Linha d' gua, n. 5, S o Paulo: [APLL], s/d., p. 52-3. Barbara Virginia. Poder pode... mas n o deve! Manual ilustrado de bem-receber, eleg ncia, charme e etiqueta. S o Paulo: Vozes, 1986. p. 21-8; 37-8. Z da Luz. Brasil caboclo e O sert o em carne e osso. Poesias. Rio de Janeiro: Edi es O Cruzeiro, 1962. Adaptado de: http://groups: yahoo.com/group/CVL. Graciliano Ramos. Inf ncia, Record, 1984. Os astr nomos, p. 201. Antonio Candido. Recortes. S o Paulo: Companhia das Letras, 1993. Drummond prosador. p. 14-5. A.T. de Castilho. A varia o ling stica, norma culta e ensino da l ngua materna. In: Secretaria Estadual da Educa o/CENP. o o Subs dios a Proposta Curricular de L ngua Portuguesa para o 1 e 2 graus. S o Paulo SE/CENP, 1988, p. 53-4. Paul Teyssier. Hist ria da l ngua portuguesa. S o Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 36-7. Maria Helena de Moura Neves, apud D. Paparounis. TUDO que eu quero, n. 60, 22/03/2002. p. 36. O valor do bom portugu s. (Revista Semanal Informativa) Jo o Cabral de Melo Neto, Obra Completa. Volume nico. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1994. Antiode. p. 98. Carlos Drummond de A flor e a n usea. p. 190. Andrade, Obra Completa. Org. Afr nio Coutinho. Rio de Janeiro: Jos Aguilar. 1967. Cantada, 2001. Anatol Rosenfeld, "Shakespeare e o pensamento renascentista", Texto e contexto. Manuel Bandeira, Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Jos Aguilar. 1977. Po tica. p. 247. a Verg lio Ferreira. Apari o. 6 edi o. Barcelos: Portuguesa, 1968. p. 157. Camilo Pessanha. Clepsydra. Edi o cr tica de Paulo Franchetti. Lisboa: Rel gio d' gua. 1995. p. 104. lvaro Cardoso Gomes. A est tica simbolista. S o Paulo: Cultrix. 1985. Poesia e Sugest o, p. 98. Mestra Virg nia. In: S. p. 70-1. (Texto adaptado). Peres. e P. Tatit. Can es do Brasil, CD-livro. S o Paulo: Palavra Anatol Rosenfeld. Literatura e personagem. In: V rios autores. A personagem de fic o. S o Paulo: Perspectiva, Cole o Debates, 1976. p. 23. Adaptado de Robert Scholes, Protocolos de Leitura. Lisboa: Edi es 70, 1991. p. 35. MEC-LETRAS-02 15 28/05/02 - 10:50 47. IMPRESS ES SOBRE A PROVA As quest es abaixo visam a levantar sua opini o sobre a qualidade e a adequa o da prova que voc acabou de realizar e tamb m sobre o seu desempenho na prova. Assinale as alternativas correspondentes sua opini o e raz o que explica o seu desempenho nos espa os pr prios (parte inferior) da Folha de Respostas. Agradecemos sua colabora o. 41. (A) (B) (C) (D) (E) 48. (A) (B) (C) (D) (E) Totalmente adequada. (B) Medianamente adequada. (C) Pouco adequada. (D) Totalmente inadequada. (E) 2002. 2001. 2000. 1999. Outro. Qual o grau de dificuldade desta prova? Como voc avalia a adequa o da prova aos conte dos definidos para o Prov o/2002, desse curso? (A) _________________________________________________________ 42. Sempre excessivas. Sempre suficientes. Suficientes na maioria das vezes. Suficientes somente em alguns casos. Sempre insuficientes. _________________________________________________________ Qual o ano de conclus o deste seu curso de gradua o? (A) (B) (C) (D) (E) Como voc considera as informa es fornecidas em cada quest o para a sua resolu o? Desconhe o os Prov o/2002. conte dos definidos para o _________________________________________________________ 49. Muito f cil. F cil. M dio. Dif cil. Muito Dif cil. Como voc avalia a adequa o da prova para verificar as habilidades que deveriam ter sido desenvolvidas durante o curso, conforme definido para o Prov o/2002? (A) Plenamente adequada. _________________________________________________________ (B) Medianamente adequada. 43. Quanto extens o, como voc considera a prova? (C) Pouco adequada. (A) (B) (C) (D) (E) (D) Totalmente inadequada. (E) Desconhe o as Prov o/2002. Muito longa. Longa. Adequada. Curta. Muito curta. 50. Para voc , como foi o tempo destinado resolu o da prova? (A) (B) (C) (D) (E) definidas para o _________________________________________________________ _________________________________________________________ 44. habilidades Com que tipo de problema voc se deparou mais freq entemente ao responder a esta prova? (A) (B) Forma de abordagem do conte do diferente daquela a que estou habituado. (C) Falta de motiva o para fazer a prova. (D) Espa o insuficiente para responder s quest es. (E) Excessivo. Pouco mais que suficiente. Suficiente. Quase suficiente. Insuficiente. Desconhecimento do conte do. N o tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova. _________________________________________________________ 45. A que horas voc concluiu a prova? _________________________________________________________ (A) (B) (C) (D) (E) Antes das 14h30min. Aproximadamente s 14h30min. Entre 14h30min e 15h30min. Entre 15h30min e 16h30min. Entre 16h30min e 17h. 51. Como voc explicaria o seu desempenho na prova? (A) N o estudei durante o curso a maioria desses conte dos. (B) Estudei somente alguns desses conte dos durante o curso, mas n o os aprendi bem. (C) Estudei a maioria desses conte dos h muito tempo e j os esqueci. (D) Estudei muitos desses conte dos durante o curso, mas nem todos aprendi bem. (E) Estudei e conhe o bem todos esses conte dos. _________________________________________________________ 46. As quest es da prova apresentam enunciados claros e objetivos? (A) (B) (C) (D) (E) 16 Sim, todas apresentam. Sim, a maioria apresenta. Sim, mas apenas cerca de metade apresenta. N o, poucas apresentam. N o, nenhuma apresenta. MEC-LETRAS-02

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : enade provas, enade provas anteriores, enade provas 2009, enade provas e gabaritos, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat