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Enade Exame de 2008 - PROVAS - GRADUAÇÃO - Letras

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FORMA O GERAL QUEST O 1 O escritor Machado de Assis (1839-1908), cujo centen rio de morte est sendo celebrado no presente ano, retratou na sua obra de fic o as grandes transforma es pol ticas que aconteceram no Brasil nas ltimas d cadas do s culo XIX. O fragmento do romance Esa e Jac , a seguir transcrito, reflete o clima pol tico-social vivido naquela poca. Podia ter sido mais turbulento. Conspira o houve, decerto, mas uma barricada n o faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. (...) Deodoro uma bela figura. (...) Enquanto a cabe a de Paulo ia formulando essas id ias, a de Pedro ia pensando o contr rio; chamava o movimento um crime. Um crime e um disparate, al m de ingratid o; o imperador devia ter pegado os principais cabe as e mand -los executar. ASSIS, Machado de. Esa e Jac . In : Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979. v. 1, cap. LXVII (Fragmento). Os personagens a seguir est o presentes no imagin rio brasileiro, como s mbolos da P tria. I II Dispon vel em: www.morcegolivre.vet.br ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma cr nica fotogr fica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006, p. 189. III ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma cr nica fotogr fica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006, p. 38. IV V LAGO, Pedro Corr a do; BANDEIRA, J lio. Debret e o Brasil: Obra completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007, p. 93. LAGO, Pedro Corr a do; BANDEIRA, J lio. Debret e o Brasil: Obra completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007, p. 78. Das imagens acima, as figuras referidas no fragmento do romance Esa e Jac s o A I e III. B I e V. C II e III. D II e IV. 1 LETRAS E II e V. QUEST O 2 Quando o homem n o trata bem a natureza, a natureza n o trata bem o homem. QUEST O 4 CIDAD S DE SEGUNDA CLASSE? Essa afirmativa reitera a necess ria intera o das diferentes esp cies, representadas na imagem a seguir. As melhores leis a favor das mulheres de cada pa s-membro da Uni o Europ ia est o sendo reunidas por especialistas. O objetivo compor uma legisla o continental capaz de contemplar temas que v o da contracep o eq idade salarial, da prostitui o aposentadoria. Contudo, uma legisla o que assegure a inclus o social das cidad s deve contemplar outros temas, al m dos citados. S o dois os temas mais espec ficos para essa legisla o: A B C D E aborto e viol ncia dom stica. cotas raciais e ass dio moral. educa o moral e trabalho. estupro e imigra o clandestina. liberdade de express o e div rcio. QUEST O 5 A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White (1904-71), apresenta desempregados na fila de alimentos durante a Grande Depress o, que se iniciou em 1929. Dispon vel em http://curiosidades.spaceblog.com.br. Acesso em 10 out. 2008. Depreende-se dessa imagem a A atua o do homem na clonagem de animais pr -hist ricos. B exclus o do homem na amea a efetiva sobreviv ncia do planeta. C inger ncia do homem na reprodu o de esp cies em cativeiro. D muta o das esp cies pela a o predat ria do homem. E responsabilidade do homem na manuten o da biodiversidade. QUEST O 3 A exposi o aos raios ultravioleta tipo B (UVB) causa queimaduras na pele, que podem ocasionar les es graves ao longo do tempo. Por essa raz o, recomenda-se a utiliza o de filtros solares, que deixam passar apenas certa fra o desses raios, indicada pelo Fator de Prote o Solar (FPS). Por exemplo, um protetor com FPS igual a 10 deixa passar apenas 1/10 (ou seja, ret m 90%) dos raios UVB. Um protetor que retenha 95% dos raios UVB possui um FPS igual a A B C D E STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte Comentada: da pr -hist ria ao p s-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.]. Al m da preocupa o com a perfeita composi o, a artista, nessa foto, revela A B C D E 95. 90. 50. 20. 5. 2 LETRAS a capacidade de organiza o do operariado. a esperan a de um futuro melhor para negros. a possibilidade de ascens o social universal. as contradi es da sociedade capitalista. o consumismo de determinadas classes sociais. QUEST O 6 CENTROS URBANOS MEMBROS DO GRUPO ENERGIA-CIDADES LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do Meio Ambiente, 2008, p. 82. No mapa, registra-se uma pr tica exemplar para que as cidades se tornem sustent veis de fato, favorecendo as trocas horizontais, ou seja, associando e conectando territ rios entre si, evitando desperd cios no uso de energia. Essa pr tica exemplar ap ia-se, fundamentalmente, na A B C D E centraliza o de decis es pol ticas. atua o estrat gica em rede. fragmenta o de iniciativas institucionais. hierarquiza o de autonomias locais. unifica o regional de impostos. QUEST O 7 Apesar do progresso verificado nos ltimos anos, o Brasil continua sendo um pa s em que h uma grande desigualdade de renda entre os cidad os. Uma forma de se constatar este fato por meio da Curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de x entre 0 e 100, o percentual da renda total do Pa s auferido pelos x% de brasileiros de menor renda. Por exemplo, na Curva de Lorenz para 2004, apresentada ao lado, constata-se que a renda total dos 60% de menor renda representou apenas 20% da renda total. De acordo com o mesmo gr fico, o percentual da renda total correspondente aos 20% de maior renda foi, aproximadamente, igual a Dispon vel em http://www.ipea.gov.br A B C D E 20%. 40%. 50%. 60%. 80%. 3 LETRAS QUEST O 8 O fil sofo alem o Friedrich Nietzsche (1844-1900), talvez o pensador moderno mais inc modo e provocativo, influenciou v rias gera es e movimentos art sticos. O Expressionismo, que teve forte influ ncia desse fil sofo, contribuiu para o pensamento contr rio ao racionalismo moderno e ao trabalho mec nico, atrav s do embate entre a raz o e a fantasia. As obras desse movimento deixam de priorizar o padr o de beleza tradicional para enfocar a instabilidade da vida, marcada por ang stia, dor, inadequa o do artista diante da realidade. Das obras a seguir, a que reflete esse enfoque art stico A B Homem idoso na poltrona Rembrandt van Rijn Louvre, Paris. Dispon vel em: http://www.allposters.com C Figura e borboleta Milton Dacosta Dispon vel em: http://www.unesp.br D E Menino mordido por um lagarto Michelangelo Merisi (Caravaggio) National Gallery, Londres Dispon vel em: http://vr.theatre.ntu.edu.tw Abaporu Tarsila do Amaral Dispon vel em: http://tarsiladoamaral.com.br 4 LETRAS O grito Edvard Munch Museu Munch, Oslo Dispon vel em: http://members.cox.net QUEST O 9 DISCURSIVA DIREITOS HUMANOS EM QUEST O O car ter universalizante dos direitos do homem (...) n o da ordem do saber te rico, mas do operat rio ou pr tico: eles s o invocados para agir, desde o princ pio, em qualquer situa o dada. Fran ois JULIEN, fil sofo e soci logo. Neste ano, em que s o comemorados os 60 anos da Declara o Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e concep es incorporam-se agenda p blica brasileira. Uma das novas perspectivas em foco a vis o mais integrada dos direitos econ micos, sociais, civis, pol ticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concep es de direitos, destacam-se: < a habita o como moradia digna e n o apenas como necessidade de abrigo e prote o; < a seguran a como bem-estar e n o apenas como necessidade de vigil ncia e puni o; < o trabalho como a o para a vida e n o apenas como necessidade de emprego e renda. Tendo em vista o exposto acima, selecione uma das concep es destacadas e esclare a por que ela representa um avan o para o exerc cio pleno da cidadania, na perspectiva da integralidade dos direitos humanos. Seu texto deve ter entre 8 e 10 linhas. (valor: 10,0 pontos) LE MONDE Diplomatique Brasil. Ano 2, n. 7, fev. 2008, p. 31. RASCUNHO QUEST O 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5 LETRAS QUEST O 10 DISCURSIVA Alunos d o nota 7,1 para ensino m dio Apesar das v rias avalia es que mostram que o ensino m dio est muito aqu m do desejado, os alunos, ao analisarem a forma o que receberam, t m outro diagn stico. No question rio socioecon mico que responderam no Enem (Exame Nacional do Ensino M dio) do ano passado, eles deram para seus col gios nota m dia 7,1. Essa boa avalia o varia pouco conforme o desempenho do aluno. Entre os que foram mal no exame, a m dia de 7,2; entre aqueles que foram bem, ela fica em 7,1. GOIS, Antonio. Folha de S.Paulo, 11 jun. 2008 (Fragmento). Entre os piores tamb m em matem tica e leitura O Brasil teve o quarto pior desempenho, entre 57 pa ses e territ rios, no maior teste mundial de matem tica, o Programa Internacional de Avalia o de Alunos (Pisa) de 2006. Os estudantes brasileiros de escolas p blicas e particulares ficaram na 54.a posi o, frente apenas de Tun sia, Qatar e Quirguist o. Na prova de leitura, que mede a compreens o de textos, o pa s foi o oitavo pior, entre 56 na es. Os resultados completos do Pisa 2006, que avalia jovens de 15 anos, foram anunciados ontem pela Organiza o para a Coopera o e o Desenvolvimento (OCDE), entidade que re ne pa ses adeptos da economia de mercado, a maioria do mundo desenvolvido. Revista Veja, 20 ago. 2008, p. 72-3. WEBER, Dem trio. Jornal O Globo, 5 dez. 2007, p. 14 (Fragmento). Ensino fundamental atinge meta de 2009 O aumento das m dias dos alunos, especialmente em matem tica, e a diminui o da reprova o fizeram com que, de 2005 para 2007, o pa s melhorasse os indicadores de qualidade da educa o. O avan o foi mais vis vel no ensino fundamental. No ensino m dio, praticamente n o houve melhoria. Numa escala de zero a dez, o ensino fundamental em seus anos iniciais (da primeira quarta s rie) teve nota 4,2 em 2007. Em 2005, a nota fora 3,8. Nos anos finais (quinta a oitava), a alta foi de 3,5 para 3,8. No ensino m dio, de 3,4 para 3,5. Embora tenha comemorado o aumento da nota, ela ainda foi considerada pior do que regular pelo ministro da Educa o, Fernando Haddad. GOIS, Antonio; PINHO, Angela. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2008 (Fragmento). A partir da leitura dos fragmentos motivadores reproduzidos, redija um texto dissertativo (fundamentado em pelo menos dois argumentos), sobre o seguinte tema: A contradi o entre os resultados de avalia es oficiais e a opini o emitida pelos professores, pais e alunos sobre a educa o brasileira. No desenvolvimento do tema proposto, utilize os conhecimentos adquiridos ao longo de sua forma o. Observa es Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (n o deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narra o etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos dois argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padr o da l ngua portuguesa. Seu texto n o deve conter fragmentos dos textos motivadores. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6 LETRAS COMPONENTE ESPEC FICO Texto para as quest es 11 e 12 QUEST O 12 Qual a op o incorreta a respeito das rela es sem nticas do texto verbal? 1 4 7 10 13 A Mudando-se o foco da nfase, que est na autora, Shirley Paes Leme (R.1), para a nfase na obra, desenho (R.1), a altera o da primeira ora o do texto ficaria adequada da seguinte forma: Est no desenho a alma da obra de Shirley Paes Leme. B Na linha 5, a preposi o com tem a fun o sem ntica introduzir uma caracter stica para delicados desenhos . C Depreende-se do emprego do conector ora (...) ora em ora em feixes escult ricos, ora em instala es (R.3-4), que feixes escult ricos se transformam em instala es e instala es se transformam em feixes escult ricos . D A no o de reflexividade, ou seja, a de que agente e paciente de um verbo reportam-se ao mesmo referente, est presente tanto em Shirley conta ter se inspirado (R.7) como em linhas-galhos que se movem (R.12-13). E O desenvolvimento do texto permite depreender o significado da palavra linhas-galhos (R.12-13) a partir dos significados de galho e de linha. Shirley Paes Leme tem no desenho a alma de sua obra. Os galhos retorcidos e enegrecidos pela fuma a s o seus tra os a l pis, que ela articula ora em feixes escult ricos, ora em instala es. Produz tamb m delicados desenhos com a sinuosidade da fuma a. Para fazer a pe a em homenagem companhia de dan a goiana Quasar, Shirley conta ter se inspirado na grande concentra o de energia no espa o necess ria para que um espet culo de dan a se realize. A id ia da coreografia s consegue ser concretizada com movimento porque todos ficam antenados para um trabalho conjunto , diz. A obra de Shirley tem linhasgalhos que se movem em tempos diferentes, impulsionadas por motores ocultos. QUEST O 13 Territ rio Expandido. Cat logo da Exposi o em homenagem aos indicados ao Pr mio Estad o, 1999, p. 12-3 (com adapta es). Todo ponto de vista a vista de um ponto. Para entender como algu m l , necess rio saber como s o seus olhos e qual sua vis o de mundo. QUEST O 11 A partir da interpreta o do texto acima, assinale a op o correta a respeito dos processos de aquisi o de l ngua materna. Leonardo Boff. A guia e a galinha: uma met fora da condi o humana. Petr polis, RJ: Vozes, 1997, p. 9. Considerando o fragmento de texto acima apresentado, analise o seguinte enunciado. A A interpreta o dos c digos visuais ocorre por especula o, ao passo que a aquisi o das regras gramaticais que permitem o dom nio do c digo ling stico se d pela sistematiza o que se ensina crian a. B Os erros e desvios da norma na aquisi o da l ngua materna retardam o dom nio completo do c digo; mas, para o dom nio dos c digos visuais, os erros constituem o processo de amadurecimento da leitura. C A apreens o de significados na l ngua materna se d , j nas primeiras palavras, pela rela o n o-amb gua entre significado e significante, ao passo que a indetermina o sem ntica inerente aos textos visuais. D Tanto o dom nio da l ngua materna quanto o de c digos visuais decorrem da inser o do sujeito da linguagem em mundos simb licos, em uma intera o em que a fala do outro imprime significados pr pria fala. E O dom nio da l ngua materna distingue-se do dom nio da leitura de textos visuais, entre outros fatores, porque a aprendizagem de signos visuais se d espacialmente e a interpreta o dos signos ling sticos se d linearmente. Na leitura, fazemos mais do que decodificar as palavras porque a imagem impressa envolve atribui o de sentidos a partir do ponto de vista de quem l . Assinale a op o correta a respeito desse enunciado. A As duas asser es s o proposi es verdadeiras, e a segunda uma justificativa correta da primeira. B As duas asser es s o proposi es verdadeiras, e a segunda n o justificativa correta da primeira. C A primeira asser o uma proposi o verdadeira, e a segunda uma proposi o falsa. D A primeira asser o uma proposi o falsa, e a segunda uma proposi o verdadeira. E Tanto a primeira asser o quanto a segunda s o proposi es falsas. 7 LETRAS Texto para as quest es de 14 a 16 QUEST O 16 Em qual das op es a seguir as duas palavras do texto Can o est o sujeitas redu o do ditongo, fen meno freq ente 4 Nunca eu tivera querido Dizer palavra t o louca: bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido. Levou somente a palavra, Deixou ficar o sentido. B guardado e viu 6 O sentido est guardado no rosto com que te miro, neste perdido suspiro que te segue alucinado, no meu sorriso suspenso como um beijo malogrado. D depois e sei 1 8 11 13 16 no portugu s falado no Brasil? A eu e bateu-me C louca e beijo E ningu m e bem QUEST O 17 Ao lermos, se estamos descobrindo a express o de Nunca ningu m viu ningu m que o amor pusesse t o triste. Essa tristeza n o viste, e eu sei que ela se v bem... S se aquele mesmo vento fechou teus olhos, tamb m. outrem, estamos tamb m nos revelando, seja para n s mesmos, seja abertamente. Da por que a troca de id ias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para n s mesmos, lendo nossos Cec lia Meireles. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993, p. 118. interlocutores. Tanto sabia disso S crates como o sabe o QUEST O 14 artista de rua: conversando tamb m conhe o o que que Com base no poema acima, assinale a op o correta no que diz respeito especificidade da linguagem liter ria. eu digo . Recep o e intera o na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; S o Paulo: Loyola, 2002, p. 105 (com adapta es). A Embora o texto seja um poema, sua linguagem n o revela transfigura o art stica nem opacidade. B Da linguagem denotativa do texto depreende-se que o poema uma declara o de amor pessoa amada. C A palavra, de acordo com o poema, n o revela toda a for a do sentimento que habita o eu l rico. D Sem os versos de sete s labas e as rimas, a literariedade estaria ausente do poema. E Versos como neste perdido suspiro que te segue alucinado revelam a dimens o literal das palavras no contexto do poema. A partir das reflex es do texto apresentado, assinale a op o correta a respeito da intera o texto-leitor. A A aproxima o, no texto, entre o que sabia S crates e o que sabe o artista de rua, incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa s o diferentes. B A perspectiva apontada no texto favorece a viv ncia QUEST O 15 da leitura como autoconhecimento, em detrimento da De acordo com abordagens da an lise do discurso, a significa o n o se restringe apenas ao c digo ling stico. Que versos evidenciam essa no o? leitura como identifica o da express o do outro. C A leitura como descobrimento pressup e uma postura pedag gica que refor a a tradi o de leitura como A Nunca eu tivera querido Dizer palavra t o louca (v.1-2) B bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido (v.3-4) C Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido (v.5-6) D Nunca ningu m viu ningu m que o amor pusesse t o triste (v.13-14) E S se aquele mesmo vento fechou teus olhos, tamb m (v.17-18) confirma o da fala de uma autoridade. D A intera o texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma esp cie de valetudo interpretativo . E Para a leitura como descobrimento ser efetiva, necess ria a troca de id ias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos. 8 LETRAS QUEST O 18 QUEST O 19 Em casa, os amigos do jantar n o se metiam a dissuadi-lo. Tamb m n o confirmavam nada, por vergonha uns dos outros; sorriam e desconversavam. (...) Rubi o viaos fardados; ordenava um reconhecimento, um ataque, e n o era necess rio que eles sa ssem a obedecer; o c rebro do anfitri o cumpria tudo. Quando Rubi o deixava o campo de batalha para tornar mesa, esta era outra. J sem prataria, quase sem porcelanas nem cristais, ainda assim aparecia aos olhos de Rubi o regiamente espl ndida. Pobres galinhas magras eram graduadas em fais es, assados de m morte traziam o sabor das mais finas iguarias da Terra. (...) Toda a mais casa, gasta, pelo tempo e pela inc ria, tapetes desbotados, mob lias truncadas e descompostas, cortinas enxovalhadas, nada tinha o seu atual aspecto, mas outro, lustroso e magn fico. Para a interpreta o do conjunto de informa es do folheto de divulga o ao lado, que utiliza tecnologias diversificadas ao explorar texto visual e verbal, necess rio considerar que A o uso de dois c digos ilustra uma representa o fiel de mundo que constitui o significado dos signos verbais e visuais. B o interlocutor que n o domine o c digo ling stico n o recebe informa es suficientes para compreender as informa es visuais. C a comunica o plena nesse g nero textual depende da estrutura o pr via de Folheto de divulga o do 7. F e s t iv al I n t e r n a c io n a l significados n o-amb guos em de Bonecos de Bras lia de 2008. diferentes c digos. D o uso adequado de signos verbais e visuais permite que se elimine um dos c digos porque as informa es s o fornecidas pelo outro. E a coer ncia do texto se constr i na integra o das informa es constitu das em linguagem verbal e em linguagem visual. Machado de Assis. Quincas Borba. S o Paulo: W. M. Jackson Editores, 1955, p. 317-9 (fragmento). A uns, a ironia no tratamento da cor local e de tudo que seja imediato pareceu uma desconsidera o. Faltaria a Machado o amor de nossas coisas. Outros saudaram nele o nosso primeiro escritor com preocupa es universais. Uma contra, outra a favor, as duas convic es registram a posi o diminu da que acompanha a nota o local no romance de Machado, e concluem da para a pouca import ncia dela. Uma terceira corrente v Machado sob o signo da dial tica do local e do universal. Em Quincas Borba, o leitor a todo o momento encontra, lado a lado e bem distintos, o local e o universal. A Machado n o interessava a sua s ntese, mas a sua disparidade, a qual lhe parecia caracter stica. Roberto Schwarz. Que horas s o? S o Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 167-70.(com adapta es). QUEST O 20 De acordo com o texto de Roberto Schwarz, acerca da recep o cr tica da obra de Machado de Assis, assinale a op o que interpreta corretamente o trecho de Quincas Borba, referente ao del rio do protagonista Rubi o. A respeito do processo de elabora o que resultou no folheto apresentado na quest o anterior, julgue os itens que se seguem. A O aspecto lustroso e magn fico que Rubi o dava s cortinas enxovalhadas acentua a disparidade cr tica da obra machadiana, que, pela tens o entre local e universal, descortina a vida nacional. B A divis o da cr tica quanto recep o da obra de Machado de Assis um falso problema, pois, como se v em Quincas Borba, o pitoresco e o exotismo rom nticos continuam presentes no texto machadiano. C Rubi o, incapaz de enxergar a realidade como ela de fato era, confirma, com seu del rio, a tend ncia cr tica que v , na obra de Machado de Assis, uma atitude de desconsidera o para com a realidade nacional. D A identifica o de Rubi o com o imperador franc s corresponde da obra de Machado de Assis com os modelos liter rios universais, o que reafirma a recep o cr tica que saudava a universalidade da obra do escritor. E A ironia machadiana presente na obra Quincas Borba, evidenciada na imagem de as galinhas magras se transformarem em fais es , confirma as opini es cr ticas que concebem a obra de Machado como nega o do aspecto nacional e valoriza o do universal. I A combina o entre o tema, o estilo das ilustra es e a escolha do tra ado das letras revela crian as, ou p blico de baixa escolaridade, como o destinat rio pretendido para esse texto. II Apesar das poucas marcas de coes o, esse texto respeita as caracter sticas do g nero textual que representa e atinge o objetivo pretendido: convidar para o festival. III Coerentemente com o texto visual, que representa bonecos caracter sticos da arte popular, a linguagem do texto verbal reproduz a linguagem popular, no uso de termos como entrada franca . Est certo o que se afirma apenas em A B C D E 9 LETRAS I. II. I e II. I e III. II e III. QUEST O 21 Antes de compreender o que significam as inova es tecnol gicas, temos de refletir sobre o que s o velhas e novas tecnologias. O atributo do velho ou do novo n o est no produto, no artefato em si mesmo, ou na cronologia das inven es, mas depende da significa o do humano, do uso que fazemos dele. Juliane Corr a. Novas tecnologias da informa o e da comunica o; novas estrat gias de ensino/aprendizagem. In: Carla Viana Coscarelli (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Aut ntica, 2003, p. 44 (com adapta es). Relacionando as id ias do fragmento de texto acima forma o e a o do professor em sala de aula, conclui-se que A B C D a chegada das inova es tecnol gicas escola torna obsoletos os saberes acumulados pelo professor. as inova es tecnol gicas no campo do ensino-aprendizagem n o garantem inova es pedag gicas. a inclus o digital assegurada quando as escolas s o equipadas com computadores e acesso Internet. os novos modos de ler e escrever no computador devem ser transpostos para a modalidade escrita da l ngua no espa o escolar. E o acervo impresso das bibliotecas escolares deve ser substitu do por acervos digitais, de maior circula o e funcionalidade. Texto para as quest es 22 e 23 QUEST O 23 Em rela o aos estigmas ling sticos, v rios estudiosos contempor neos julgam que a forma como olhamos o erro traz implica es para o ensino de l ngua. A esse respeito leia a seguinte passagem, adaptada da fala de uma alfabetizadora de adultos, da zona rural, publicada no texto L com L , Cr com Cr , da obra O Professor Escreve sua Hist ria, de Maria Cristina de Campos. Apresentei-lhes a fam lia do ti. Ta, te, ti, to, tu. De posse desses fragmentos, pedi-lhes que formassem palavras, combinando-os de forma a encontrar nomes de pessoas ou objetos com significa o conhecida. L vieram Tot , Tito, tatu e, claro, em meio grande alegria de pela primeira vez escrever algo, uma das mulheres me exibiu triunfante a palavra teto. Emocionei-me e aplaudi sua conquista e convidei-a a ler para todos. Sem nenhum constrangimento, vitoriosa, anunciou em alto e bom som: teto aquela doen a ruim que d quando a gente tem um machucado e n o cuida direito . QUEST O 22 Considerando o contexto do ensino de l ngua descrito no texto acima, analise o seguinte enunciado. O uso de teto em lugar de t tano n o deve ser considerado desconhecimento da l ngua porque A figo em lugar de f gado, e arvre em vez de rvore. B paia em lugar de palha, e fio em lugar de filho. C mortandela em lugar de mortadela, e cunzinha em vez de cozinha. D bandeija em lugar de bandeja, e naiscer em lugar de nascer. E vend em lugar de vender, e cant em vez de cantar. QUEST O 24 Se todo ser humano, ao praticar alguma a o, pensa sobre ela, que dizer dos professores que, comprometidos com o sucesso de todos os alunos e alunas, procuram solu es e assumem uma postura investigativa? Praticar o ensino-pesquisa-que-procura significa superar tanto o ensino feito sem pesquisa quanto uma pesquisa feita sem ensino. Maria Teresa Esteban e Edwiges Zaccur (Orgs.). Professora-pesquisadora: uma pr tica em constru o. Rio de Janeiro: DP&A, 2002 (com adapta es). Esse fragmento expressa uma reorienta o na rela o pesquisa-ensino que esse uso revela a gram tica interna da aluna. Assinale a op o correta a respeito desse enunciado. A As duas asser es s o proposi es verdadeiras, e a segunda uma justificativa correta da primeira. B As duas asser es s o proposi es verdadeiras, mas a segunda n o justificativa correta a primeira. C A primeira asser o uma proposi o verdadeira, e a segunda uma proposi o falsa. D A primeira asser o uma proposi o falsa, e a segunda uma proposi o verdadeira. E Tanto a primeira asser o como a segunda s o proposi es falsas. 10 LETRAS O fen meno socioling stico constitu do pela passagem da proparox tona t tano para a parox tona teto , na variedade apresentada, observado tamb m no emprego de A torna mais econ mico o trabalho docente ao separar teoria e pr tica, pensar e fazer. B prioriza, na atividade docente, o saber te rico decorrente da pesquisa sobre o saber pr tico. C postula que, na forma o do professor, as disciplinasdo-saber devem preceder as disciplinas-do-fazer. D permite tomar a pr tica como fonte de informa o para a constru o do conhecimento, e este como sistematizador da pr tica. E sustenta a dicotomia entre o fazer e o pensar, a qual legitima a divis o do trabalho e os processos de hierarquiza o do saber. QUEST O 25 QUEST O 27 A literariedade, conceito que remete especificidade da linguagem liter ria, vem sendo discutida por te ricos e cr ticos, tal como se verifica nos textos a seguir. Texto 1 Ao reconhecer o conjunto de sinais acima como v rias realiza es de uma mesma letra, um usu rio da l ngua revela estrat gias psicoling sticas capazes de A mostrar seu conhecimento ling stico inato a respeito da escrita alfab tica. B interpretar um sinal ling stico como componente de sinais mais complexos. C identificar diferen as da oralidade que n o s o registradas no sistema alfab tico da escrita. D reconhecer a identidade de um sinal ling stico, apesar dos diferentes formatos das letras. E sistematizar combina es de diferentes sinais que formam signos ling sticos. QUEST O 26 N o, n o f cil escrever. duro como quebrar rochas. Mas voam fa scas e lascas como a os espalhados. Ah que medo de come ar e ainda nem sequer sei o nome da mo a. Sem falar que a hist ria me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece f cil e m o de todos. Mas a sua elabora o muito dif cil. Pois tenho que tornar n tido o que est quase apagado e que mal vejo. Com m os de dedos duros enlameados apalpar o invis vel na pr pria lama. Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 25. No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresenta-se uma concep o do fazer liter rio, segundo a qual a literatura A uma forma de resolver os problemas sociais abordados pelo escritor ao escrever suas hist rias. B uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sens vel o que n o est claramente dispon vel na realidade. C um dom do escritor, que, de forma espont nea e f cil, alcan a o indiz vel e o mist rio gra as a sua genialidade. D o resultado do trabalho rduo do escritor, que transforma hist rias complexas em textos simples e interessantes. E um modo m gico de express o, por meio do qual se de abandona a realidade hist rica em favor da pura beleza est tica gra as sensibilidade do escritor. 11 LETRAS A literariedade, como toda defini o de literatura, compromete-se, na realidade, com uma prefer ncia extraliter ria. Uma avalia o (um valor, uma norma) est inevitavelmente inclu da em toda defini o de literatura e, conseq entemente, em todo estudo liter rio. Os formalistas russos preferiam, evidentemente, os textos aos quais melhor se adequava sua no o de literariedade, pois essa no o resultava de um racioc nio indutivo: eles estavam ligados vanguarda da poesia futurista. Uma defini o de literatura sempre uma prefer ncia (um preconceito) erigida em universal. Antoine Compagnon. O dem nio da teoria: literatura e senso comum. Trad. Cleonice P. Barros e Consuelo F. Santiago. Belo Horizonte: UFMG, 2003, p. 44. Texto 2 Literariedade: termo do formalismo russo (1915-1930), que significa observar em uma obra liter ria o que ela tem de especificamente liter rio: estruturas narrativas, r tmicas, estil sticas, sonoras etc. Foi a tentativa de especificar o ser da literatura, propondo um procedimento pr prio diante do material liter rio. Os formalistas trabalharam, portanto, um novo conceito de hist ria liter ria, e foram, digamos assim, a base para o comportamento estruturalista surgido na Fran a. Samira Chalub. A metalinguagem. 4. ed. S o Paulo: tica, 1998, p. 84 (com adapta es). A partir da interpreta o dos textos acima, assinale a op o correta. A Para os dois autores, a literariedade revela o ser da literatura, algo que a diferencia da linguagem cotidiana. B Os dois autores afirmam que o conceito de literariedade hist rico, marcado pelo momento em que foi formulado. C Compangnon questiona a concep o dos formalistas russos de que h especificidade universal na linguagem liter ria. D Chalub, em seu texto, discute o conceito de literariedade, seu alcance e seus poss veis limites. E Infere-se dos dois fragmentos que literariedade um conceito que est acima de escolhas subjetivas, culturais ou sociais. QUEST O 28 A flor da paix o Texto para as quest es 30 e 31 Os ndios a chamavam de mara kuya: alimento da cuia. Cont m passiflorina, um calmante; pectina, um protetor do cora o, inimigo do diabetes. Rica em vitaminas A, B e C; c lcio, f sforo, ferro. A fruta gostosa de tudo quanto jeito. E que beleza de flor! abrindo, n o os olhos, mas uma infinidade de portas e Eram cinco horas da manh e o corti o acordava, janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermenta o sangu nea, naquela gula vi osa de plantas rasteiras que mergulham o p na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensa o de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o corti o iam e Mylton Severiano. Almanaque de Cultura Popular, ano 10, set./2008, n. 113 (com adapta es). vinham como formigas, fazendo compras. Alu sio Azevedo. O corti o. S o Paulo: tica, 1989, p. 28-9. Na constru o da textualidade, assinale a fun o do conectivo E , que inicia a ltima frase do texto. A B C D Introduzir a justificativa para o nome da flor. Exercer fun o semelhante de uma preposi o. Substituir sinal de pontua o na estrutura sint tica. Acrescentar o substantivo jeito ao substantivo beleza . E Adicionar argumentos a favor de uma mesma conclus o. QUEST O 29 Ali s, o corti o andava no ar, excitado pela festa, alvoro ado pelo jantar, que eles apressavam para se dirigirem a Montsou. Grupos de crian as corriam, homens em mangas de camisa arrastavam chinelos com o gingar dos dias de repouso. As janelas e as portas escancaradas por causa do tempo quente deixavam ver a correnteza das salas, transbordando em gesticula es e em gritos o Autopsicografia formigueiro das fam lias. O poeta um fingidor. Finge t o completamente Que chega a fingir que dor A dor que deveras sente. mile Zola. Germinal. S o Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 136. Alu sio Azevedo certamente se inspirou em E os que l em o que escreve, Na dor lida sentem bem, N o as duas que ele teve, Mas s a que eles n o t m. L Assommoir (A Taberna), de mile Zola, para escrever E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a raz o, Esse comboio de corda Que se chama cora o. id ia de descrever a vida do trabalhador pobre no quadro O Corti o (1890), e por muitos aspectos seu texto um texto segundo, que tomou de empr stimo n o apenas a de um corti o, mas um bom n mero de pormenores, mais ou menos importantes. Mas, ao mesmo tempo, Alu sio quis Fernando Pessoa. A utopsicografia . In: Obra completa. Porto: Lello & Irm os, 1975, p. 255. reproduzir e interpretar a realidade que o cercava e sob De acordo com o poema, espec fico do processo de cria o liter ria o fato de o poeta esse aspecto elaborou um texto primeiro. Texto primeiro I em que v o meio com lentes de empr stimo. escrever n o o que pensa, mas aquilo que deveras sente. II ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. III transformar um elemento extraliter rio, como a dor, em objeto est tico. Se pudermos marcar alguns aspectos dessa intera o, talvez possamos esclarecer como, em um pa s subdesenvolvido, a elabora o de um mundo ficcional coerente sofre de maneira acentuada o impacto dos textos Est certo o que se afirma apenas em A B C D E na medida em que filtra o meio; texto segundo na medida feitos nos pa ses centrais e, ao mesmo tempo, a I. II. III. I e II. I e III. solicita o imperiosa da realidade natural e social imediata. Antonio Candido. De corti o a corti o. In: O discurso e a cidade. S o Paulo / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p.106-7/128-9 (com adapta es). 12 LETRAS QUEST O 30 QUEST O 32 Assinale a op o em que a rela o intertextual entre O Corti o e Germinal interpretada pelos Considerando, para al m do aspecto tem tico, a associa o entre a forma e o estilo de representa o dos textos liter rios e dos quadros apresentados a seguir, assinale a op o em que n o se verifica uma inter-rela o de semelhan a entre literatura e pintura. par metros cr ticos apresentados no texto de Antonio Candido acerca da rela o entre a obra de Alu sio Azevedo e a de mile Zola. A O texto de Alu sio Azevedo um texto primeiro em rela o ao de Zola porque foi escrito anteriormente e influenciou a A Alucina o de mesas que se comportam como fantasmas reunidos solit rios glaciais. Carlos Drummond de Andrade. Farewell. Rio de Janeiro/S o Paulo: Record, 1996, p. 33. produ o naturalista do escritor franc s. Van Gogh. Caf Noturno. B A rela o de proximidade entre o texto de Azevedo e o de Zola evidencia que o di logo entre os textos desassocia-os da realidade social em que foram produzidos. C O texto de Alu sio Azevedo, por suas condi es de produ o, est submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que B A perfei o, a gra a, o doce jeito, A Primavera cheia de frescura, Que sempre em v s floresce; a que a ventura E a raz o entregaram este peito. Luis de Cam es. Obras. Porto: Lello & Irm os, 1970, p. 50. atende a demandas da realidade nacional. D O Corti o um texto segundo em rela o ao texto de Zola porque , sobretudo, a duplica o do modelo liter rio franc s e da realidade social das classes oper rias europ ias. E A presen a de elementos do naturalismo franc s em O Corti o indicativo da troca cultural que ocorre no espa o do intertexto, independentemente das realidades locais de produ o. QUEST O 31 Considerando as palavras linha e alinhar, que op o apresenta a correta segmenta o Sandro Botticelli. O nascimento de V nus. C A luz de tr s s is ilumina as tr s luas girando sobre a terra varrida de defuntos. Varrida de defuntos mas pesada de morte: como a gua parada, a fruta madura. Jo o Cabral de Melo Neto. Poesias completas. Rio de Janeiro: Sabi , 1968, p. 341. A a-li-nha-da-s B a-linh-a-d-a-s C alinh-a-d-as D ali-nhad-a-s Charles Baudelaire. As flores do mal. Rio Frans Post. de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 331. Basil. Povoado no E N o v que me lembrei l no norte, meu Deus! muito longe de mim, Na escurid o ativa da noite que caiu, Um homem (...) Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, est dormindo. Esse homem brasileiro que nem eu... M rio de Andrade. Descobrimento. (Dois poemas acreanos) In: Poesia completa. Belo Horizonte/Rio de Janeiro: Villa Rica, 1993, p. 203. E a-lin-nha-das 13 LETRAS Monteiro. D Cidade a fervilhar cheia de sonhos, onde O espectro, em pleno dia, agarra-se ao passante! Flui o mist rio em cada esquina, cada fronte, Cada estreito canal do colosso possante. morfol gica da palavra alinhadas , no fragmento de O Corti o, de Alu sio Azevedo? Vicente do Rego Paisagem Zero. Santa Rosa. Madrugada. QUEST O 33 QUEST O 35 Considerando que a palavra portuguesa ver o tem origem na express o tempos veranum, do latim, que significa tempo primaveril, de primavera , analise os enunciados a seguir, considerando a evolu o hist rica do latim ao portugu s. De acordo com as informa es acima, a palavra veranum, de primavera , passou a ver o , em portugu s, porque Fabiano, Sinha Vit ria e os meninos, em cena do filme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. houve, na forma o hist rica da l ngua portuguesa, o surgimento de um aumentativo a partir da palavra latina vero. Assinale a op o correta. A As duas asser es s o proposi es verdadeiras, e a segunda uma justificativa correta da primeira. B As duas asser es s o proposi es verdadeiras, mas a segunda n o uma justificativa correta da primeira. C A primeira asser o uma proposi o verdadeira, e a segunda uma proposi o falsa. D A primeira asser o uma proposi o falsa, e a segunda, uma proposi o verdadeira. E Tanto a primeira asser o como a segunda s o proposi es falsas. QUEST O 34 Olhou as c dulas arrumadas na palma, os n queis e as pratas, suspirou, mordeu os bei os. Nem lhe restava o direito de protestar. Baixava a crista. Se n o baixasse, desocuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhos pequenos e os cacarecos. Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada! (...) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um dio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patr o, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas s vezes se arreliava. N o havia paci ncia que suportasse tanta coisa. Graciliano Ramos. Vidas secas. 106. ed. S o Paulo: Record, 1985, p.96-7. A leitura do trecho acima do cap tulo Contas, do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, indica que, nessa obra, a rela o entre o texto e o contexto de sua produ o est concentrada A na abordagem regionalista e pitoresca do fen meno ambiental da seca no Nordeste. B na representa o da riqueza interior de vidas econ mica e culturalmente pobres. C no realismo descritivo, que apresenta pormenores da beleza da paisagem nordestina. D na atitude engajada do protagonista Fabiano, que se recusa a ser explorado pelo patr o. E no car ter ufanista da obra, que exalta a for a da cultura popular nordestina. 14 LETRAS Texto 1 A vida na fazenda se tornara dif cil. Sinha Vit ria benzia-se tremendo, manejava o ros rio, mexia os bei os rezando rezas desesperadas. (...) Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possu am, salgou a carne, largou-se com a fam lia, sem se despedir do amo. Graciliano Ramos. Vidas secas. 106. ed. S o Paulo: Record, 1985, p. 117. Texto 2 Veio a seca, maior, at o brejo amea ava de se estorricar. Experimentaram pedir a Nhinhinha: que quisesse a chuva. Mas, n o pode, u ... (...). Da a duas manh s quis: queria o arco- ris. Choveu. E logo aparecia o arco-da-velha, sobressa do em verde com vermelho era mais um vivo cor-de-rosa. Nhinhinha se alegrou, fora do s rio, tarde do dia com a refresca o. Fez o que nunca lhe vira, pular e correr por casa e quintal. Adivinhou passarinho verde? Jo o Guimar es Rosa. Primeiras est rias. In: Fic o completa. Vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 403. Levando em conta a inter-rela o entre a literatura e outros sistemas culturais, assinale a op o correta. A O espa o representado por Guimar es Rosa reproduz o cen rio de seca constru do por Graciliano Ramos. B A religiosidade de Guimar es Rosa e Graciliano Ramos est representada nas cren as populares, nas rezas dos personagens bem como na esperan a de interven o divina. C A resist ncia de Fabiano a ficar na fazenda, pedindo a Deus um milagre , quebrada pela realidade dura da seca, evidenciada pelo despovoamento da fazenda. D Ao tratar do milagre, a linguagem dos dois fragmentos se aproxima, sobretudo quanto ao car ter l rico da abordagem religiosa. E As adversidades vividas pelos personagens revelam as condi es de pobreza dos grupos sociais representados, mas s o superadas mediante interven o divina. QUEST O 36 Tomando por base o trecho escrito que representa a fala de Nhinhinha: Mas, n o pode, u ... , assinale a op o correta a respeito dos processos de transposi o da linguagem oral para a linguagem escrita. A As letras do alfabeto do portugu s representam palavras da l ngua portuguesa. B Em l ngua portuguesa, a rela o entre a letra e o som, como [e] no exemplo, regular: mant m-se a mesma em qualquer palavra. C Por serem usadas em in cio de frases ou nomes pr prios, as letras mai sculas correspondem, na fala, a maior impacto e for a sonora. D Os sinais de pontua o marcam, na escrita, a organiza o dos fragmentos ling sticos, que s o marcados, na linguagem oral, pela entona o. E Os signos do c digo escrito s o mais complexos que os signos do c digo falado; por isso, as interjei es, como u , s o caracter sticas de oralidade. Texto para as quest es 37 e 38 QUEST O 37 Mestre do coro Vou pidi a Santa B rbara. Pra ela me ajud . Coro Santa B rbara que relampu Santa B rbara que relampu Esse estribilho repetido v rias vezes, em ritmo cada vez mais r pido, at que Minha Tia surje no alto da ladeira e apregoa num canto sonoro. Minha Tia ia, o ca-ru-ru! Cessam de repente o canto e o acompanhamento. Os jogadores param de jogar. (...) Coca (Tira do bolso uma nota e coloca-a sobre o balc o) Aposto cem. Galego (Coloca uma nota sobre a de Mestre Coca) Casado. (...) Coca O Galego diz que o padreco n o deixa o homem entrar. Eu digo que vai acabar entrando, hoje mesmo, com cruz e tudo. Galego Entra nada. Yo conhe o esse padre. Mo a com vestido decotado no entra nesta igreja. Yo mismo j vi ele parar la missa at que uma turista americana, de cal as compridas, se retirasse... Tomando por base o excerto da pe a O Pagador de Dias Gomes. O Pagador de promessas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005, p. 78-9. 15 LETRAS Promessas e levando em conta as especificidades da linguagem dram tica, avalie as seguintes asser es. I O texto dram tico, sobretudo na linguagem dos personagens, reproduz, artisticamente, padr es de fala do cotidiano. II O texto dram tico, no que diz respeito s rubricas ou marca es de cena, registra a presen a da figura autoral. III O texto dram tico, ao registrar padr es da fala, tende a se tornar historicamente datado e, conseq entemente, prejudicado quanto ao aspecto art stico. Est certo o que se afirma apenas em A I. B II. C III. D I e II. E I e III. QUEST O 38 DISCURSIVA No fragmento de O Pagador de Promessas, Dias Gomes registra, na escrita, diferentes marcas ling sticas que caracterizam os personagens quanto ao uso da linguagem. Analise essas marcas de varia o ling stica, de natureza sociocultural, regional e estil stica, exemplificando com elementos do texto, de acordo com as orienta es a seguir. A Relacione a fala de Galego com a dos demais personagens. (valor: 5,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 38-A 1 2 3 4 5 B Relacione as falas dos personagens com as rubricas (indica es c nicas). (valor: 5,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 38-B 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 16 LETRAS QUEST O 39 DISCURSIVA Ao atualizar o sentido da mais conhecida hist ria de amor da humanidade, o diretor Gabriel Villela, do Grupo Galp o, transp s Romeu e Julieta, a trag dia dos dois jovens apaixonados e malfadados, para o contexto da cultura popular brasileira. Esse conceito (proposta) sustenta o espet culo, especialmente na figura do narrador, que rege toda a a o com uma linguagem inspirada em Guimar es Rosa e no sert o mineiro. O encontro de Gabriel Villela com Shakespeare significou a ousadia de fazer um cl ssico na rua. Ao texto original do espet culo juntam-se elementos da cultura popular brasileira e mineira, presentes nas serestas e modinhas, nos adere os e figurinos, que remetem ao interior profundo do Brasil. Internet: <www.grupogalpao.com.br> (com adapta es). Com base no fragmento de texto e na imagem acima, aponte rela es entre cultura cl ssica e cultura popular, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos. A ASPECTOS TEXTUAIS Comente a transposi o da trag dia shakespeariana para a realidade brasileira, para o teatro de rua, considerando elementos da cultura popular brasileira. (valor: 5,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 39-A 1 2 3 4 5 6 7 B ASPECTOS INTERTEXTUAIS Caracterize as especificidades dos g neros dram tico e romanesco, considerando que a montagem do Grupo Galp o inspirou-se na linguagem da narrativa de Guimar es Rosa. (valor: 5,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 39-B 1 2 3 4 5 17 LETRAS QUEST O 40 DISCURSIVA Entre o surgimento da linguagem humana e o da escrita, sucederam-se 1.400 gera es. No intervalo de vida de uma gera o, cerca de vinte anos, novos paradigmas tecnol gicos s o inventados e reinventados. H 1.700 gera es A linguagem se desenvolveu Veja Especial Tecnologia, set./2008, p. 52-3 (com adapta es). H 300 gera es Com base no fragmento de texto acima e no infogr fico ao lado, desenvolva um dos t picos a seguir, de acordo com a habilita o do seu curso. A BACHARELADO Vantagens e desvantagens das diferentes tecnologias que permeiam as rela es entre oralidade e escrita, sob o ponto de vista, por exemplo, do editor, do tradutor ou do revisor, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: < o aumento da complexidade dos saberes envolvidos; < os recursos de acesso e disponibilidade de informa o. Surgiu a escrita H 35 gera es Foram usadas formas rudimentares de impress o E ent o*... 1910 1920 1930 1950 1970 Tel grafo Telefone R dio Televis o Fax 1990 2000 PC e celular Internet (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 40 BACHARELADO 1 2 3 4 5 6 7 8 B LICENCIATURA Vantagens e desvantagens das diferentes tecnologias que permeiam as rela es entre oralidade e escrita, sob o ponto de vista da pr tica pedag gica, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: < o aumento da complexidade dos saberes envolvidos; < as implica es para o ensino-aprendizagem de l ngua. (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO QUEST O 40 LICENCIATURA 1 2 3 4 5 6 7 8 18 LETRAS QUESTION RIO DE PERCEP O SOBRE A PROVA As quest es abaixo visam levantar sua opini o sobre a qualidade e a adequa o da prova que voc acabou de realizar. Assinale as alternativas correspondentes sua opini o, nos espa os pr prios do Caderno de Respostas. Agradecemos sua colabora o. QUEST O 1 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Forma o Geral? QUEST O 5 Os enunciados das quest es da prova na parte de Componente Espec fico estavam claros e objetivos? A B C D E QUEST O 6 As informa es/instru es fornecidas para a resolu o das quest es foram suficientes para resolv -las? A Muito f cil. B F cil. A B C D E C M dio. D Dif cil. E Muito dif cil. QUEST O 2 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Componente Espec fico? A Muito f cil. C M dio. D Dif cil. E Muito dif cil. Voc se deparou com alguma dificuldade ao responder prova. Qual? QUEST O 3 Considerando a extens o da prova, em rela o ao tempo total, voc considera que a prova foi A muito longa. Sim, at excessivas. Sim, em todas elas. Sim, na maioria delas. Sim, somente em algumas. N o, em nenhuma delas. QUEST O 7 A B C D E B F cil. Desconhecimento do conte do. Forma diferente de abordagem do conte do. Espa o insuficiente para responder s quest es. Falta de motiva o para fazer a prova. N o tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova. QUEST O 8 Considerando apenas as quest es objetivas da prova, voc percebeu que A n o estudou ainda a maioria desses conte dos. B estudou alguns desses conte dos, mas n o os aprendeu. C estudou a maioria desses conte dos, mas n o os aprendeu. D estudou e aprendeu muitos desses conte dos. E estudou e aprendeu todos esses conte dos. B longa. C adequada. D curta. E muito curta. QUEST O 4 Os enunciados das quest es da prova na parte de Forma o Geral estavam claros e objetivos? QUEST O 9 Qual foi o tempo gasto por voc para concluir a prova? A Sim, todos. A B C D E B Sim, a maioria. C Apenas cerca de metade. D Poucos. E N o, nenhum. 19 LETRAS Sim, todos. Sim, a maioria. Apenas cerca de metade. Poucos. N o, nenhum. Menos de uma hora. Entre uma e duas horas. Entre duas e tr s horas. Entre tr s e quatro horas. Quatro horas e n o consegui terminar. Enade 2008 Letras Quest o Gabarito 1C 2E 3D 4A 5D 6B 7D 8C 9 Discursiva 10 Discursiva 11 D 12 C 13 A 14 C 15 C 16 C 17 E 18 A 19 E 20 B 21 B 22 A 23 A 24 D 25 D 26 B 27 C 28 E 29 C 30 C 31 B 32 E 33 C 34 B 35 C 36 D 37 D 38 Discursiva 39 Discursiva 40 Discursiva 09/11/2008

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