Popular ▼   ResFinder  

PUC-SP Vestibular de 2008 - Analitico-Expositivas

11 páginas, 3 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

Tema da prova: IMPORTANTE: Nas pr ximas p ginas, voc encontrar as quest es dissertativas e dever fazer uso do CADERNO DE RESPOSTAS para respond -las. Fique atento ao local destinado resposta de cada quest o. Ao final da prova, entregue este caderno para o fiscal de sala. Em hip tese alguma saia da sala com ele. Continue o trabalho. eonardo da Vinci foi um grande estudioso de anatomia. Passava horas ao lado de cad veres, desenhando em detalhes a estrutura de rg os internos. Em alguns casos, conseguiu deduzir acertadamente a causa da morte de uma pessoa. Um exemplo impressionante o caso de um velho senhor internado no hospital Santa Maria Nuova, em Floren a, falecido por volta de 1506. Ao executar a aut psia do corpo, da Vinci notou que as paredes internas de alguns vasos sang neos encontravam-se espessadas e tortuosas, e que este tipo de altera o n o era verificado em corpos de pessoas mais jovens que ele havia dissecado. Ele fez as seguintes anota es a respeito: A morte do velho senhor...foi causada pelo fato de que a cobertura interna dos vasos que v o do ba o ao f gado se tornou t o espessa que eles se tornaram oclu dos (bloqueados) e n o permitiram a passagem do sangue... As cavidades (lumens) dos vasos dos animais, ap s muito tempo de exposi o aos humores nutrientes (transportados pelos vasos), se tornam, finalmente, contra das e r gidas. (Extra do de Keele, K. D., Medical History, Vol. 17, p. 304-308, 1973) 24 Leonardo acreditava que o bloqueio vascular impedia o movimento do sangue, impossibilitando a renova o de seus nutrientes. Ele registrou que os espessamentos vasculares tamb m ocorriam em art rias que nutriam o cora o e membros inferiores, provocados por uma nutri o n o natural das paredes arteriais. Desse modo, da Vinci pode ter realizado o primeiro diagn stico de aterosclerose da hist ria. os dias de hoje, o n mero de mortes causadas por aterosclerose elevado. Muitos detalhes desta patologia j foram elucidados e, em certa medida, Leonardo da Vinci estava certo ao afirmar que os espessamentos vasculares decorriam de uma nutri o n o natural das paredes arteriais: a aterosclerose conseq ncia de um processo inflamat rio das paredes dos vasos, disparado por diversos fatores, dentre os quais a presen a excessiva de algumas esp cies qu micas como colesterol, steres de colesterol, triglicer deos e radicais livres na circula o sang nea. O colesterol, especificamente, tem um papel central no processo ateroscler tico. Pelo fato de n o ser muito sol vel em solu es aquosas como o plasma, o colesterol da dieta, ap s absor o pelo trato digest rio, necessita se combinar com prote nas plasm ticas especiais para ser transportado, dentre as quais se destacam as lipoprote nas de alta densidade (HDL) e de baixa densidade (LDL). CH3 CH3CH CH2 CH2 A B Cintilografia com tecn cio de art ria saud vel (A) e art ria obstru da (B) Com base no texto e nos seus conhecimentos de Biologia e Qu mica responda: Considere que uma pessoa esteja ingerindo alimentos ricos em colesterol. Descreva o trajeto percorrido por estes alimentos ao longo do tubo digest rio at que ocorra a absor o do colesterol, e ressalte a import ncia das vilosidades intestinais neste processo. A forma o de co gulos um processo natural que impede a ocorr ncia de hemorragias, entretanto a coagula o no interior dos vasos obstrui a circula o sang nea. Que componentes constituem um co gulo sang neo? CH2 CH CH3 CH3 CH3 colesterol HO LDL colesterol algumas vezes denominado mau colesterol porque est associado forma o de placas gordurosas nas paredes arteriais, que posteriormente se calcificam formando as placas ateroscler ticas. Sobre tais placas formam-se co gulos sang neos que provocam o bloqueio do vaso, impedindo o fluxo sang neo normal, como havia sido descrito pelo vision rio Leonardo da Vinci j no s culo XVI. Alguns alimentos contribuem para o aumento da taxa de LDL no sangue, especialmente aqueles ricos em gorduras trans e gorduras saturadas. O controle do n vel de colesterol sang neo uma preocupa o crescente que tem demandado aten o por parte de institui es atuantes na rea da sa de. Analise a estrutura do colesterol. A qual fun o qu mica ele pertence? Explique por que o colesterol praticamente insol vel em gua. O cido ol ico o principal componente do leo de milho e do azeite de oliva. Este cido graxo insaturado encontrado nos leos vegetais naturais sempre na forma cis. Entretanto, pode ser encontrado na forma trans na gordura hidrogenada industrialmente. Represente a f rmula estrutural do cis- cido ol ico e do trans- cido ol ico. Dado: o cido ol ico um cido carbox lico de cadeia n o ramificada com 18 tomos de C e uma insatura o na posi o 9 da cadeia. 25 m 1485, uma peste matou quase a metade da popula o de Mil o, na It lia. No final dos anos 1480, Leonardo da Vinci transferiu-se para l e, entre outros projetos, dedicou-se a planejar a cidade ideal , tema e preocupa o regular do Renascimento. Quase cinco s culos depois, a busca ut pica da cidade ideal prosseguia, manifesta em projetos urbanos como o de Bras lia. Artista desconhecido. Painel A cidade ideal de Urbino . Galerie Nationale des Marches. http:// www.itis-einstein.roma.it/sforzinda/citta.htm ma cidade, ou melhor, um lugar, um s tio urbano fixado sobre uma perspectiva que desdobra sobre o olhar o leque sim trico de suas linhas de fuga. A imagem de uma pra a deserta, grosseiramente retangular, pavimentada de m rmore policr mico, cercada em tr s de seus lados pela fachada de pal cios e de casas burguesas; e um edif cio de forma circular, com dois planos superpostos de colunas e uma cobertura c nica, ocupa o centro. Sobre A cidade ideal de Urbino . Hubert DAMISCH. L'origine de la perspective. Paris: Flammarion, 1993, p. 192. Leonardo da Vinci: esquema de via de circula o e edif cios, em dois n veis, para a cidade ideal (c. 1485). Elke BUCHHOLZ. Leonardo da Vinci. Vida y Obra. Barcelona: K nemann, 2000, p. 36 26 Bras lia. http://www.skyscraperlife.com ompara-se [...] Bras lia com as duas cidades ideais de Le Corbusier [arquiteto modernista su o, 1887-1965]. Notemse as similaridades expl citas entre ambas e Bras lia: o cruzamento de vias expressas; as unidades de moradia com apar ncia e altura uniformes, agrupadas em superquadras residenciais com jardins e depend ncias coletivas; os pr dios administrativos, financeiros e comerciais em torno do cruzamento central; a zona de recrea o rodeando a cidade. O 'pedigree' de Bras lia evidente. James HOLSTON. A cidade modernista: uma cr tica de Bras lia e sua utopia. S o Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 38 modelo urban stico de Leonardo da Vinci, um desenho de cidade perfeita, detalhava como deveriam ser as ruas, casas, esgotos etc. Pelas ruas altas n o deveriam andar carros nem outras coisas similares, mas apenas gentis-homens; pelas baixas deveriam andar carros e outras coisas somente para uso e comodidade do povo. De uma casa a outra, deixando a rua baixa no meio, por onde chegam vinho, lenha etc. Pelas ruas subterr neas estariam as estrebarias e outras coisas f tidas. A cidade descrita por Leonardo j , de certa forma, utopia: uma exig ncia completamente racional que espera ser traduzida na pr tica. partir dos textos e imagens acima, escreva um texto sobre a id ia de cidade ideal no Renascimento e no mundo atual, considerando: sua rela o com as preocupa es humanistas e racionalistas do Renascimento cultural e com as concep es de arte que se afirmaram na poca de Leonardo; as semelhan as de objetivos do urbanismo renascentista com o urbanismo modernista que resultou na cidade de Bras lia, capital brasileira. Carlos Eduardo Ornelas BERRIEL. Cidades ut picas do renascimento . http://cienciaecultura.bvs.br./pdf/cic/v56n2/a21v56n2.pdf 27 Desenho de um embri o bovino, feito por Da Vinci -1506 -1508 (C digo Windsor) Helic ptero de Da Vinci (1487-1490). Manuscrito B. Leonardo da Vinci (1465 1519) considerado por muitos estudiosos um homem de vis o (que olhava para o futuro) e, por outros, um vision rio (sonhador). Alguns pesquisadores da Hist ria da Arte o consideram o maior pintor da Renascen a e alguns pesquisadores da Ci ncia o consideram o primeiro cientista. Qualquer uma dessas interpreta es aponta para algu m dotado de imagina o incomum e esp rito investigativo. Artefatos de guerra. Desenho de Da Vinci. C digo Atl ntico. Os seus desenhos, combinando uma precis o cient fica com um grande Escadas do Museu do Vaticano - projeto de Leonardo da Vinci poder imaginativo, refletem a enorme vastid o dos seus interesses, que iam desde a biologia, fisiologia, hidr ulica, aeron utica e matem tica. Dispon vel em<http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Leonardo htm> acessado em 01/10/07 enascimento: um movimento que afetou todos os aspectos da cultura, da literatura e da erudi o, da pintura, da escultura e da arquitetura, e que conscientemente quis recuperar e reviver os xitos da Antiguidade Cl ssica. A palavra Renascimento quer dizer voltar a nascer , e foi precisamente assim que os s bios e os artistas dos s culos XV e XVI interpretaram o meio cultural no qual viviam e trabalhavam: como o renascer da civiliza o cl ssica depois de um longo per odo de degenera o. MANN, Nicholas (coord.).Grandes Civiliza es do passado Renascimento, trad. Alexandre Martins. Barcelona: Folio, 2006. 28 Da Vinci prop s a id ia de um telesc pio refrator e, em 1490, fez a seguinte anota o: Fazer lentes para ver a Lua aumentada . ATALAY, B. A Matem tica e a Mona Lisa. S o Paulo: Mercuryo, 2007, p. 249. Gal xia em espiral (M51) vista do telesc pio Hubble (NASA) PROPOSTA: Considerando as informa es disponibilizadas aqui e articulando as informa es da prova como um todo com os seus conhecimentos da sociedade do s culo XXI, elabore um texto dissertativo, respondendo a uma das quest es abaixo. D um t tulo ao seu texto. IMPORTANTE: Passe a sua reda o a limpo, tinta, no espa o a ela destinado. O rascunho n o ser considerado. Seu trabalho ser avaliado de acordo com os seguintes crit rios: 1. Desenvolvimento do tema com esp rito cr tico. 2. Adequa o da l ngua de acordo com o padr o culto. 3. Constru o textual e escolha do t tulo compat vel com o tipo de texto proposto. Sua reda o ser anulada se voc fugir do tema da prova. 29 ,O p ra-quedas estudo do p ra-quedas faz parte do C digo Atl ntico, no qual se encontram diversos inventos pensados para que o homem conseguisse voar. Da Vinci concebeu a id ia de um dispositivo que pudesse vir a salvar vidas humanas que necessitassem abandonar antigas torres medievais em casos de inc ndio. Desenhou um p ra-quedas em forma de pir mide que, apesar de n o ter sido constru do na poca, exerceu grande influ ncia na concep o dos primeiros equipamentos. Segundo ele, o p ra-quedas deveria ser constru do em formato de pir mide, com cada lado (aresta) medindo sete metros, e com telas de linho sustentadas por uma estrutura de madeira (Figura 1). (Figura 2) O p ra-quedista brit nico Adrian Nicholas, em 2000, saltou de uma altura aproximada de 3.300 m, com um equipamento constru do de acordo com as especifica es e materiais que estavam dispon veis na poca de Da Vinci (Figura 2). Apenas duas inova es foram acrescentadas: o uso do algod o, em vez do linho, e uma mudan a no respiro de ar. O p ra-quedas se revelou gil e eficaz. N o houve ondula es ou quedas repentinas, e o p ra-quedas se moveu facilmente pelo ar , disse Nicholas. (Figura 1) Depois de descer aproximadamente 2.100 m com o projeto de Da Vinci, Nicholas, que tem 75 kg, desconectou-se da pir mide e completou o salto com um p ra-quedas convencional, pois o p ra-quedas de Da Vinci, pesando 85 kg, que desceu sozinho, suavemente e a poucos metros de dist ncia, poderia machuc -lo no pouso. 30 A emo o do salto... uando uma pessoa salta de p raquedas, a for a devido gravidade (peso do conjunto formado pelo homem e p ra-quedas) puxa o corpo para baixo e a for a de resist ncia do ar manifesta-se, no corpo, para cima. Essa resist ncia imposta pelo ar depende, entre outras coisas, das dimens es, da forma e da velocidade do p ra-quedista (e seu equipamento). No in cio, a for a gravitacional tem intensidade maior do que a for a de resist ncia do ar, fazendo com que a velocidade de queda aumente, aumentando a resist ncia imposta pelo ar. Quando as duas for as assumem valores iguais, atingido o equil brio din mico e a velocidade de queda se estabiliza - a primeira velocidade limite, Vlim-1. Nesse momento, o p ra-quedas aberto, aumentando a rea de contato com o ar, fazendo com que a resist ncia do ar tenha intensidade maior do que o peso do conjunto, desacelerando o movimento. om a diminui o da velocidade, a intensidade da for a de resist ncia do ar tamb m diminui progressivamente, at novamente igualar seu valor com o peso do conjunto. Nessa situa o, a velocidade de queda estabiliza - a segunda velocidade limite, Vlim-2. Essa velocidade de queda (j estabilizada) uma velocidade que um homem treinado sabe suavizar quando chega ao solo. Desconsiderando as limita es t cnicas referentes abertura do equipamento, o comportamento aproximado da velocidade de Adrian Nicholas, durante seu v o com o p ra-quedas projetado por Leonardo da Vinci, est representado no gr fico abaixo. Sabe-se que a equa o que nos permite determinar a intensidade da for a de resist ncia a que o p ra-quedista fica sujeito durante a queda : CX o coeficiente de arrasto (grandeza adimensional) a densidade do ar (aproximadamente 1,3 kg/m3) v a velocidade de queda do p ra-quedista A a rea da sec o transversal do p ra-quedas* *considerando desprez vel, em rela o ao conjunto, a rea sec o transversal do p ra-quedista. Instru es: Nas respostas lembre-se de deixar os processos de resolu o claramente expostos. N o basta escrever apenas o resultado final, necess rio registrar, no local adequado, os c lculos e/ou o racioc nio utilizado. a) Em rela o ao p ra-quedas e sua interfer ncia no movimento de queda, responda: a1. Considerando que apenas as laterais do p ra-quedas idealizado por 2 Da Vinci fossem constru das com telas de linho, quantos m de tecido seriam gastos nessa confec o? Adote 2 a2. Sendo a acelera o da gravidade constante e igual a 10 m/s , determine o valor do coeficiente de arrasto no instante em que atingida a velocidade limite Vlim-2. a3. Qual a quantidade de energia mec nica dissipada entre os instantes t1 = 20 s e t2 = 50 s? Em seus c lculos, adote = 3 e observe que o gr fico, no intervalo de 40 s a 50 s, corresponde a de circunfer ncia. b) Analisando o gr fico da velocidade em fun o do tempo e admitindo que, no intervalo , o gr fico represente um ramo de par bola, na qual 50 m/s a velocidade m xima atingida pelo corpo, e usando a 2 nota o v(t) = t + t + , encontre os valores de , e e escreva v(t). 31

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat