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UFBA Vestibular de 2007 - PROVAS 2ª FASE - Biologia

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Biologia QUEST ES de 01 a 06 LEIA CUIDADOSAMENTE O ENUNCIADO DE CADA QUEST O, FORMULE SUAS RESPOSTAS COM OBJETIVIDADE E CORRE O DE LINGUAGEM E, EM SEGUIDA, TRANSCREVA COMPLETAMENTE CADA UMA NA FOLHA DE RESPOSTAS. INSTRU ES: Responda s quest es, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e leg vel. Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais mai sculas. O rascunho deve ser feito no espa o reservado junto das quest es. Na Folha de Respostas, identifique o n mero das quest es e utilize APENAS o espa o correspondente a cada uma. Ser atribu da pontua o ZERO quest o cuja resposta n o se atenha situa o ou ao tema proposto; esteja escrita a l pis, ainda que parcialmente; apresente texto incompreens vel ou letra ileg vel. Ser ANULADA a prova que n o seja respondida na respectiva Folha de Respostas; esteja assinada fora do local apropriado; possibilite a identifica o do candidato. QUEST ES 01 e 02 O mundo n o seria apenas mais feio sem as flores. Ele seria tamb m pobre e mon tono, totalmente diferente do que hoje. E o pior de tudo: n s nem sequer estar amos aqui para ver. (BURGER. IN: D AMARO, 2006, p. 34). Concordando-se ou n o com o autor da frase, reconhece-se que h uma rela o entre a evolu o das plantas e a dos animais. Quest o 01 (Valor: 15 pontos) Considerando as estrat gias bioenerg ticas de plantas com flores ou sem flores bem como sua posi o nas redes tr ficas, explique o impacto produzido por elas na manuten o da vida animal no planeta. UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 6 Quest o 02 (Valor: 15 pontos) Com base nas rela es entre plantas e animais insetos, aves e mam feros , justifique a grande expans o das plantas com flores em rela o aos demais grupos vegetais. QUEST ES 03 e 04 A vis o das cores nos vertebrados depende de c lulas c nicas (cones) na retina. Aves, bem como lagartos, tartarugas e muitos peixes, t m quatro tipos de c lulas c nicas, enquanto a maioria dos mam feros possui apenas dois. [...] Cada cone cont m um pigmento que consiste em certa variante da prote na opsina, ligada a uma mol cula pequena de retinal. (GOLDSMITH, 2006, p. 72). O diagrama, constru do a partir de an lises do DNA, reconstitui a prov vel evolu o da capacidade de enxergar as cores em diferentes grupos de vertebrados. UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 7 Quest o 03 (Valor: 20 pontos) Interprete o diagrama apresentado e justifique o uso de seq ncias espec ficas de DNA na identifica o de tipos de cones em um organismo e a conseq ente capacidade de ver as cores. Quest o 04 (Valor: 20 pontos) Sob a perspectiva da evolu o biol gica, identifique dois aspectos da fisiologia animal que se constituem aquisi es evolutivas pr prias de aves e mam feros e explique o significado biol gico das duas aquisi es mencionadas. UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 8 Quest o 05 (Valor: 15 pontos) Podemos ter uma vis o da not vel complexidade dos nemat deos examinando o pequeno Caenorhabditis elegans, atualmente o animal que melhor se conhece. Ele formado por exatas novecentas e cinq enta e nove c lulas, cada uma localizada com grande precis o e remontada sua origem, do vulo a uma m dia de oito a dezessete rodadas sucessivas de divis es mit ticas. Muitos estudos esclareceram de que modo este desenvolvimento se desdobrou a partir do programa inscrito no genoma do vulo. (DE DUVE, 1997, p. 251). Estudos realizados em C. elegans revelam a expressiva hist ria evolutiva dos nemat deos, que inclui a multicelularidade. Nesse sentido, identifique dois requisitos decisivos para a evolu o da multicelularidade expressa nesses nemat deos explicando sua import ncia neste novo n vel de organiza o. UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 9 Quest o 06 (Valor: 15 pontos) O p ncreas est associado a uma importante fun o bioenerg tica e homeost tica no organismo humano. Embora esteja clara a participa o de horm nios adicionais envolvidos nestes aspectos fisiol gicos, sabe-se que efeitos antag nicos de dois horm nios coordenam a homeostase glic dica em um mecanismo que administra precisamente o combust vel org nico armazenado e em uso pelas c lulas do corpo. A partir dessas informa es, identifique os horm nios de fun es antag nicas, definindo os respectivos s tios de produ o; explique a participa o da atividade end crina do p ncreas na manuten o da homeostase glic dica no organismo humano. UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 10 REFER NCIAS BURGER, W. C. In: D AMARO, P. A revolu o das flores. Terra, S o Paulo: Peixes, ed. 172, ago. 2006. DE DUVE, C. Poeira vital: a vida como imperativo c smico. Tradu o Lia Wyler. Rio de Janeiro: Campus, 1997. GOLDSMITH, T. H. Olhos de guia. Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 5, n. 51, ago. 2006. Fonte da ilustra o GOLDSMITH, T. H. Olhos de guia. Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 5, n. 51, ago. 2006. p. 73. *** UFBA / UFRB 2007 2a fase Biologia 11 VESTIBULAR 2007 2a FASE GABARITO BIOLOGIA Quest o 01 (Valor 15 pontos) Considerando a fotoss ntese aer bica que utiliza a gua como doadora de hidrog nios como estrat gia das plantas para obten o de energia, e a posi o desses organismos como produtores nas redes tr ficas, os vegetais foram decisivos para a expans o da vida aer bica pela libera o de O2 e suas conseq ncias, contribuindo ainda para adequar as taxas de CO2 atmosf rico vida. Este impacto inerente aos caminhos evolutivos que definiram a constru o da Biosfera, em que as plantas se estabelecem como os produtores prim rios de biomassa disponibilizada na forma de folhas, frutos e ra zes, entre outros que direta ou indiretamente sustentam toda a vida na Terra. Quest o 02 (Valor 15 pontos) Insetos, aves e mam feros contribu ram decisivamente para a ampla distribui o das plantas com flores, seja pelo processo de poliniza o, seja pela dispers o de sementes, que envolvem rela es tr ficas primariamente estabelecidas entre plantas e seus consumidores prim rios. Tais rela es se somaram aos mecanismos j existentes de dispers o e distribui o dos vegetais e certamente contribu ram para a diversifica o das esp cies de plantas com flores. As intera es entre plantas e polinizadores s o geralmente essenciais fecunda o cruzada e favorecem a recombina o g nica, potencializando a variabilidade gen tica. Por outro lado, a dispers o das sementes foi essencial para a coloniza o de diferentes ambientes terrestres, com novas oportunidades de diversifica o das esp cies. Quest o 03 (Valor 20 pontos) O diagrama mostra que a vis o para cores cuja percep o se realiza no c rebro um car ter presente em um ancestral comum a aves e mam feros. As aves mantiveram os diferentes tipos de cones presentes no ancestral, enquanto que na evolu o dos mam feros ocorreu, em determinado momento, perda de informa o para dois tipos de cones, e, em outro momento, entre os primeiros primatas do Velho Mundo, ganho de um novo tipo de cone, condi o mantida em humanos. Desta forma, as aves percebem uma amplitude maior do espectro luminoso do que os humanos. O uso de seq ncias espec ficas de DNA se justifica pela correspond ncia entre essas seq ncias e cadeias polipept dicas, primariamente reconhecidas pelo sistema traducional da c lula. Diferentes pigmentos apresentam variantes da prote na opsina, que refletem varia es em seq ncias nucleot dicas, detect veis por t cnicas moleculares espec ficas. Quest o 04 (Valor 20 pontos) Dois aspectos b sicos podem ser reconhecidos: Separa o completa do sangue arterial do venoso, decorrente da evolu o de um cora o com quatro cavidades. Essa aquisi o, embora ensaiada em alguns r pteis, est presente em todas as aves e mam feros, marcando assim a evolu o desses grupos de animais. Homeotermia, aquisi o pr pria de aves e mam feros, que se define como a propriedade de manter a temperatura do corpo independente de varia es ambientais. Esta condi o est associada ao isolamento funcional do sangue venoso e arterial. Essas duas aquisi es se traduzem em maior efici ncia metab lica e menor depend ncia do ambiente. Quest o 05 (Valor 15 pontos) O desenvolvimento de um organismo multicelular pressup e necessariamente a multiplica o e a diferencia o com especializa o celular. Em associa o com a complexidade crescente dos genomas eucari ticos, a mitose se configura como um mecanismo preciso de divis o celular que garante a distribui o eq itativa do material gen tico, j organizado em um n mero vari vel de cromossomos. O estabelecimento da multicelularidade est associado aos processos de diferencia o e especializa o das c lulas, decorrentes do aumento de genoma e do uso diferencial da informa o gen tica. C. elegans evidencia a precis o de mecanismos de divis o, localiza o e diferencia o celular, proporcionando a divis o de trabalho pr pria dos pluricelulares. Quest o 06 (Valor 15 pontos) Os horm nios de a o antag nica que coordenam a homeostase glic dica s o a insulina, produzida pelas c lulas e o glucagon, cuja s ntese ocorre nas c lulas , ambas integrantes das ilhotas de Langherans, unidades end crinas do p ncreas. A insulina favorece a entrada da glicose presente no sangue nas c lulas de determinados tecidos, onde ser metabolizada, enquanto o glucagon ativa a quebra enzim tica do glicog nio armazenado no f gado, liberando glicose para o sangue. Concentra es elevadas de glicose no sangue estimulam a produ o de insulina pelas c lulas e inibem a produ o de glucagon pelas c lulas . Baixas concentra es de glicose estimulam as c lulas produtoras de glucagon e inibem as c lulas produtoras de insulina. Considera es adicionais poder o ser aceitas, desde que sejam pertinentes. Em 17 de dezembro de 2006 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA

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