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UFBA Vestibular de 2010 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

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INSTRU ES Estas provas dever o ser respondidas pelos candidatos aos Cursos de Progress o Linear (CPL) Vestibular em duas fases. Para a realiza o destas provas, voc recebeu este Caderno de Quest es e uma Folha de Respostas. N O AMASSE, N O DOBRE, N O SUJE, N O RASURE A FOLHA DE RESPOSTAS. 1. Caderno de Quest es Verifique se este Caderno de Quest es cont m as seguintes provas: PORTUGU S 10 quest es objetivas; CI NCIAS NATURAIS 20 quest es objetivas. Registre seu n mero de inscri o no espa o reservado para esse fim, na capa deste Caderno. Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala. Neste Caderno, voc encontra apenas um tipo de quest o: O bjetiva de proposi es m ltiplas q uest o contendo 5, 6 ou 7 proposi es, indicadas pelos n meros 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64. Para responder a esse tipo de quest o, voc deve identificar as proposi es verdadeiras e as falsas; somar os n meros correspondentes s proposi es verdadeiras; marcar, na Folha de Respostas, os dois algarismos que representam o n mero resultante da soma das proposi es verdadeiras. A n o-inclus o de uma proposi o na soma significa consider -la falsa. A identifica o de uma proposi o verdadeira como falsa ou de uma proposi o falsa como verdadeira ser considerada erro, descontando-se, ent o: 0,5 (meio ponto) para um nico erro, nas quest es com 5, 6 ou 7 proposi es; 0,75 (setenta e cinco cent simos do ponto) para dois erros, apenas nas quest es com 6 ou 7 proposi es; 1,0 (um ponto inteiro) para dois ou mais erros, nas quest es com 5 proposi es; para tr s ou mais erros, nas quest es com 6 ou 7 proposi es. 2. Folha de Respostas Essa Folha de Respostas pr -identificada, isto , destinada exclusivamente a um determinado candidato. Por isso, n o pode ser substitu da, a n o ser em situa o excepcional, com autoriza o expressa da Coordena o dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabe alho e assine-o com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espa o reservado para esse fim. Nessa Folha de Respostas, cada quest o est representada por um n mero, abaixo do qual se encontram colunas paralelas com algarismos de 0 a 9, que possibilitam a marca o de qualquer resposta num rica inteira de 00 a 99. Fa a a marca o, preenchendo os espa os correspondentes aos algarismos da resposta encontrada, com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, de ponta grossa, sem ultrapassar os limites dos espa os. Para registrar a resposta de cada quest o, marque, na coluna da direita, o algarismo correspondente unidade e, na coluna da esquerda, o correspondente dezena. Quando a resposta for um n mero menor que 10, marque zero na coluna da esquerda (Ex.: 03). Se a resposta for zero, marque zero nas duas colunas (Ex.: 00). A Folha de Respostas com marca es indevidas ou feitas a l pis n o ser processada. Exemplo da Marca o na Folha de Respostas Portugu s QUEST ES de 01 a 10 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES de 01 a 04 5 10 15 20 25 30 35 40 H 40 anos, vertentes da Sociologia analisam a rela o entre o desempenho escolar de uma crian a e a classe social que seus pais ocupam. Boa parte das considera es aponta que alunos de camadas populares t m menos chances de ser bem-sucedidos nos estudos do que os jovens de classe m dia. Mas como explicar um estudante de fam lia desfavorecida que se sai bem na escola? E o aluno de fam lia abastada que fracassa em sua trajet ria escolar? Pesquisador franc s radicado no Brasil, Bernard Charlot se voltou para essas quest es na d cada de 1980, ainda em Paris, e trabalhou em um conceito que explica, de maneira mais abrangente e menos preconceituosa, hist rias de sucesso e de fracasso escolar: a rela o com o saber. Essa uma condi o que se estabelece desde o nascimento, uma vez que nascer significa ver-se submetido obriga o de aprender , escreveu Charlot. A condi o humana exige que seja feito um movimento, longo, complexo e nunca acabado , no sentido de se apropriar (parcialmente) de um mundo preexistente. Essa apropria o obrigat ria desencadeia tr s processos: de hominiza o (tornar-se homem), singulariza o (tornar-se exemplar nico) e socializa o (tornar-se membro de uma comunidade). O ato de construir-se e ser constru do pelos outros a pr pria Educa o, entendida de forma ampla, em situa es que ocorrem dentro e fora da escola. por meio de suas experi ncias que a crian a toma contato com as muitas maneiras de aprender. Ela pode adquirir um saber espec fico, no sentido de compreender um conte do intelectual (a Gram tica, a Matem tica, a Hist ria da Arte etc.), pode dominar um objeto ou uma atividade (como caminhar, amarrar os sapatos, nadar etc.) e pode aprender formas de se relacionar com os outros no mundo (saber como cumprimentar as pessoas, ter boas maneiras mesa etc.). Nesse ir e vir da rela o com o mundo, com os outros e consigo mesmo, toma forma o desejo de aprender. esse desejo que propulsiona a crian a em dire o ao saber. Em pesquisas de campo, Charlot e sua equipe identificaram que esse direcionar-se para o saber pressup e um movimento de mobiliza o e n o simplesmente de motiva o. O conceito de mobiliza o se refere din mica interna, traz a ideia de movimento e tem a ver com a trama dos sentidos que o aluno vai dando s suas a es , explica Jaime Giolo, professor titular da p s-gradua o em Educa o da Universidade de Passo Fundo (UPF) e estudioso do pensamento de Charlot. A motiva o, por sua vez, tem a ver com uma a o externa, enfatizando o fato de que se motivado por algu m ou algo . Como acionar nos alunos mecanismos de interesse pelo saber? Como notar que rela o os estudantes estabelecem com o saber escolar? Segundo contou o pr prio Charlot em entrevista a NOVA ESCOLA de Aracaju, cidade onde mora atualmente, suas pesquisas ainda devem uma resposta mais completa para essas perguntas, principalmente quando o olhar se volta para alunos de periferias na Fran a, na Tun sia, na Rep blica Tcheca ou no Brasil, pa ses em que ele coordenou estudos. O que se sabe que quanto mais significativo for o que est sendo ensinado, mais o aluno se p e em movimento, se mobiliza para se relacionar com aquele conte do. Mas essa situa o, que seria a ideal, n o a predominante. Os estudos de Charlot apontam que a maioria dos estudantes quase 80% deles s v sentido em ir escola para conseguir um diploma, ter um bom emprego e ganhar dinheiro e levar uma vida tranquila. Nesse discurso, n o h a men o ao fato de UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 1 45 aprender. Esses jovens que ligam escola e profiss o sem refer ncia ao saber estabelecem uma rela o m gica com ambas. Al m disso, sua rela o cotidiana com o estudo particularmente fr gil na medida em que aquilo que se tenta ensinar a eles n o faz sentido em si mesmo, mas somente em um futuro distante , define o pesquisador. No caso desses estudantes, o professor Jaime Giolo avalia que se estabelece uma 50 rela o mec nica, quase de indiferen a, com o saber. Recuperar o sentido do aprender e o prazer em estudar est entre os desafios de hoje. A atividade escolar precisa se apresentar de forma significativa, prazerosa, para merecer o esfor o intelectual dos alunos no sentido de se apropriar de diversas por es de saberes produzidos pela humanidade. N o h uma receita pronta para isso. O que n o basta para Charlot dar a situa o 55 por resolvida ao justificar o desinteresse ou o fracasso de alunos por causa da classe social da fam lia ou das car ncias culturais inerentes origem deles. Segundo o franc s, pensar de maneira determinista lan a uma leitura negativa sobre a realidade. Em vez disso, ele sugere uma leitura positiva do indiv duo, levando em conta sua hist ria de vida, seus desejos e suas atividades cotidianas. PINHEIRO, T. Aprender, mas s com sentido. Nova Escola. S o Paulo: Abril, p. 32-34, 2009. Adaptado. Quest o 01 A leitura e a an lise dos par grafos permitem afirmar: (01) As pesquisas de Charlot sobre a rela o do aprendiz com o saber est o presentes no primeiro par grafo. (02) A an lise da rela o do sujeito com a aprendizagem aparece no terceiro, quarto e quinto par grafos. (04) A aprendizagem como resultado das pr ticas pedag gicas desenvolvidas t o-somente no espa o escolar pode ser comprovada no quarto par grafo. (08) A justificativa da ressalva expressa na linha 41 est contida no s timo e oitavo par grafos. (16) A rejei o do fatalismo como explica o do desempenho escolar do educando fica evidente no ltimo par grafo. Quest o 02 Com base no texto, indique as proposi es verdadeiras. (01) A express o ainda em Paris (l. 8) manifesta no es de tempo e lugar. (02) O uso da inicial mai scula no substantivo Educa o (l. 17) atribui ao voc bulo um valor universal, no contexto das ideias do texto. (04) Os termos mobiliza o (l. 28) e motiva o (l. 28) s o estrat gias equivalentes no processo de ensinar. (08) A palavra ideal (l. 41) atribui a essa situa o (l. 41) uma dimens o de desejo e utopia. (16) Os voc bulos m gica (l. 46) e mec nica (l. 50) traduzem qualidades semanticamente id nticas a prazerosa (l. 52). (32) As quest es formuladas no primeiro par grafo t m valor sem ntico contradit rio em rela o s formuladas no sexto par grafo. (64) O texto apresenta pontos de vista oriundos de sujeitos distintos. UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 2 Quest o 03 Sobre o texto, est correto o que se afirma nas seguintes proposi es: (01) Pesquisador franc s radicado no Brasil (l. 7) e a rela o com o saber (l. 9-10) apresentam a mesma fun o sint tica. (02) preconceituosa (l. 9) traduz um julgamento sobre a maneira pela qual vertentes da Sociologia analisam o fracasso ou o sucesso escolar dos jovens. (04) longo, complexo e nunca acabado (l. 13) constitui uma grada o ascendente. (08) o desejo de aprender (l. 26) e a ideia de movimento (l. 29) desempenham a mesma fun o morfossint tica. (16) se (l. 39), se (l. 49) e se (l. 51) exprimem condi o. (32) na medida em que (l. 47) denota ideia de proporcionalidade entre a es. Quest o 04 Relacionam-se adequadamente com o texto as proposi es: (01) A forma verbal analisam , na frase H 40 anos, vertentes da Sociologia analisam a rela o entre o desempenho escolar de uma crian a e a classe social que seus pais ocupam. (l. 1-2), expressa uma a o que se esgota no passado. (02) O segmento de hominiza o (tornar-se homem), singulariza o (tornar-se exemplar nico) e socializa o (tornar-se membro de uma comunidade). (l. 15-16) constitui uma especifica o do termo destacado em Essa apropria o obrigat ria desencadeia tr s processos (l. 14-15). (04) A frase Nesse ir e vir da rela o com o mundo, com os outros e consigo mesmo, toma forma o desejo de aprender. (l. 25-26) mant m o mesmo sentido na reestrutura o O desejo de aprender toma forma nesse ir e vir da rela o com o mundo, com os outros e consigo mesmo. (08) As express es para alunos de periferias (l. 38) e No caso desses estudantes (l. 49) s o segmentos que reiteram um mesmo referente. (16) O articulador Mas (l. 41) liga dois enunciados em que o segundo generaliza o primeiro. (32) A forma pronominal ambas (l. 46) constitui um recurso de ordem gramatical que faz refer ncia a NOVA ESCOLA (l. 36) e pesquisas (l. 36) . Quest o 05 O Lemos n o estava a gosto; tinha perdido aquela jovialidade saltitante, que lhe dava um gracioso ar de pipoca. Na gravidade desusada dessa confer ncia, ele, homem experiente e sagaz, entrevia s rias complica es. Assim era todo ouvidos, atento s palavras da mo a. Tomei a liberdade de incomod -lo, meu tio, para falar-lhe de objeto muito importante para mim. Ah! muito importante?... repetiu o velho batendo a cabe a. De meu casamento! disse Aur lia com a maior frieza e serenidade. [...] J sei! Deseja que eu aponte algu m... Que eu lhe procure um noivo nas condi es precisas... Ham!... dif cil... um sujeito no caso de pretender uma mo a como voc , Aur lia? Enfim h de se fazer a dilig ncia! N o precisa, meu tio. J o achei! [...] Sr. Lemos, disse a mo a pausadamente e transpassando com um olhar frio a vista perplexa do velho; completei dezenove anos; posso requerer um suplemento de idade mostrando que tenho capacidade para reger minha pessoa e bens; com maioria de raz o obterei do juiz de rf os, apesar de sua oposi o, um alvar de licen a para casar-me com quem eu quiser. Se estes argumentos jur dicos n o lhe satisfazem, apresentar-lhe-ei um que me pessoal. Vamos a ver! acudiu o velho para quebrar o sil ncio. UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 3 a minha vontade. O senhor n o sabe o que ela vale, mas juro-lhe que para a levar a efeito n o se me dar de sacrificar a heran a de meu av . pr prio da idade! S o ideias que somente se t m aos dezenove anos; e isso mesmo j vai sendo raro. Esquece que desses dezenove anos, dezoito os vivi na extrema pobreza e um no seio da riqueza para onde fui transportada de repente. Tenho as duas grandes li es do mundo: a da mis ria e a da opul ncia. Conheci outrora o dinheiro como um tirano; hoje o conhe o como um cativo submisso. Por conseguinte devo ser mais velha do que o senhor que nunca foi nem t o pobre, como eu fui, nem t o rico, como eu sou. ALENCAR, J. de. Fic o completa e outros escritos. Rio de Janeiro: Companhia Aguilar Editora, 1965. v. 1, p. 673-674. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). Em rela o ao fragmento transcrito e considerando-se a leitura da obra, correto afirmar: (01) O di logo entre Lemos e Aur lia revela a influ ncia decisiva do dinheiro nas rela es sociais do contexto evidenciado no romance. (02) A ltima fala de Aur lia antecipa, na trama romanesca, seu perfil prepotente, ego sta e manipulador. (04) Ao retrucar J sei! Deseja que eu aponte algu m... Que eu lhe aponte um noivo nas condi es precisas... , Lemos reage com coer ncia, tendo em vista a concep o do casamento como transa o comercial na sociedade focalizada na narrativa. (08) A seguran a dos argumentos utilizados por Aur lia para atingir seus objetivos atende expectativa do seu tio. (16) Ao dizer a minha vontade , Aur lia afirma a for a subjetiva de seu desejo de vingan a contra Seixas, o que evidencia um tra o do Romantismo. (32) O conhecimento das normas vigentes nas opera es jur dicas e comerciais era habitual nas ricas herdeiras da poca. (64) Aur lia demonstra consci ncia da maturidade adquirida atrav s de sua variada experi ncia de vida. Quest o 06 Queremos agora contar-vos em alguns romances hist rias verdadeiras que todos v s j sabeis, sendo certo que em as j saberdes que pode consistir o nico merecimento que porventura tenha este trabalho: porque na vossa ci ncia e na vossa consci ncia se h o de firmar as verdades que vamos dizer. Ser o romances sem atavios, contos sem fantasias po ticas, tristes hist rias passadas a nossos olhos, e a que n o poder negar-se o vosso testemunho. N o queremos ter segredos, nem reservas mentais convosco. nosso empenho e nosso fim levar ao vosso esp rito e demorar nas reflex es e no estudo da vossa raz o fatos que tendes observado, verdades que n o precisam mais de demonstra o, obrigando-vos deste modo a encarar de face, a medir, a sondar em toda sua profundeza um mal enorme que afeia, infecciona, avilta, deturpa e corr i a nossa sociedade, e a que a nossa sociedade ainda se apega semelhante a desgra ada mulher que, tomando o h bito da prostitui o, a ela se abandona com indecente desvario. E o empenho que tomamos, o fim que temos em vista adunam-se com uma aspira o generosa da atualidade, e com a exig ncia implac vel da civiliza o e do s culo. MACEDO, J. M. de. As v timas-algozes: quadros da escravid o. 4. ed. S o Paulo: Zouk, 2005. p. 7. correto afirmar sobre o fragmento e a obra: (01) O enunciador, em texto dirigido aos leitores, explicita seu prop sito de denunciar a escravid o e de convocar seus contempor neos a agir pela extin o do trabalho escravo. (02) A escravid o como pr tica do passado contradiz, segundo o texto, j no momento em foco, os anseios de uma sociedade moderna e democr tica. UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 4 (04) A cr tica escravid o aparece ilustrada no trecho Sime o odiava o senhor, que o castigara com o a oute, odiava a senhora que nem sequer o castigara, e, inexplic vel nuan a ou pervers o insensata do dio, odiava mais que a todos Florinda, a senhora-mo a, a santa menina que ofendida, insultada por ele, t o pronta lhe perdoara a ofensa, t o prestes se precipitara a livr -lo do a oute. O negro escravo assim. (08) O discurso E sempre que puserdes a m o em um desses feiticeiros, encontrareis nele um negro escravo... ou algum seu iniciado. E tomai sentido e precau es: o escravo, n o nos cansaremos de o repetir, antes de tudo natural inimigo de seu senhor; e o escravo que feiticeiro, sabe matar. , extra do do conto Pai-Raiol, o Feiticeiro, contradiz as aspira es do enunciador do fragmento da obra em an lise. (16) O trecho Quem pede ao charco gua pura, sa de peste, vida ao veneno que mata, moralidade deprava o, louco. Dizeis que com os escravos, e pelo seu trabalho vos enriqueceis: que seja assim: mas em primeiro lugar donde tirais o direito da opress o?... exalta as virtudes do senhor em contradi o com a deprava o e a maldade do escravo. Quest o 07 Minha querida madrinha. Foi ontem, por noite morta, no comboio, ao chegar a Lisboa (vindo do Norte e do Porto), que de repente me acudiu, mem ria estremunhada, o juramento que lhe fiz no s bado de P scoa em Paris, com as m os piamente estendidas sobre a sua maravilhosa edi o dos Deveres de C cero. Juramento bem estouvado, este, de lhe mandar todas as semanas, pelo correio, Portugal em descri es, notas, reflex es e panoramas , como se l no subt tulo da Viagem Su a do seu amigo o Bar o de Fernay, comendador de Carlos III e membro da Academia de Tolosa. Pois com tanta fidelidade cumpro eu os meus juramentos (quando feitos sobre a Moral de C cero, e para regalo de quem reina na minha vontade) que, apenas o recordei, abri logo escancaradamente ambos os olhos para recolher descri es, notas, reflex es e panoramas desta terra que minha e que est a la disposici n de usted... Cheg ramos a uma esta o que chamam de Sacav m e tudo o que os meus olhos arregalados viram do meu pa s, atrav s dos vidros h midos do vag o, foi uma densa treva, donde morti amente surgiam aqui e al m luzinhas remotas e vagas. Eram lanternas de faluas, dormindo no rio: e simbolizavam, dum modo bem humilhante, essas escassas e desmaiadas parcelas de verdade positiva que ao homem dado descobrir, no universal mist rio do Ser. De sorte que tornei a cerrar resignadamente os olhos at que, portinhola, um homem de bon de gal o, com o casaco encharcado de gua, reclamou o meu bilhete, dizendo Vossa Excel ncia! Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do Estado, e todos nos tratamos por Excel ncia. QUEIR S, E. de. Obras completas. Porto: Artes gr ficas. 1966. v. II. p. 1059-1060. O fragmento, contextualizado na obra, permite afirmar: (01) O texto em estudo permite que se perceba a surpresa de Fradique diante da precariedade das condi es lusitanas de vida. (02) A descri o detalhada do que v Fradique em Portugal, prometida e enviada por ele Madame Jouarre, coaduna-se com o estilo narrativo dominante na literatura da poca. (04) Os termos em negrito, em tudo o que os meus olhos arregalados viram do meu pa s, atrav s dos vidros h midos do vag o, foi uma densa treva, donde morti amente surgiam aqui e al m luzinhas remotas e vagas. , conotam o fasc nio do enunciador pela simplicidade da terra natal. (08) A frase Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do Estado, e todos nos tratamos por Excel ncia. revela a ironia do enunciador ao retratar as interrela es sociais portuguesas. (16) As refer ncias obra de C cero e ao Bar o de Fernay explicitam o estilo liter rio t pico do Naturalismo. (32) A estrutura textual adotada por E a de Queir s afigura-se como um tipo inovador de narrativa. UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 5 Quest o 08 Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a fam lia. Vivia preso como um novilho amarrado ao mour o, suportando ferro quente. Se n o fosse isso, um soldado amarelo n o lhe pisava o p n o. O que lhe amolecia o corpo era a lembran a da mulher e dos filhos. Sem aqueles camb es pesados, n o envergaria o espinha o n o, sairia dali como on a e faria uma asneira. Carregaria a espingarda e daria um tiro de p de pau no soldado amarelo. N o. O soldado amarelo era um infeliz que nem merecia um tabefe com as costas da m o. Mataria os donos dele. Entraria num bando de cangaceiros e faria estragos nos homens que dirigiam o soldado amarelo. N o ficaria um para semente. Era a ideia que lhe fervia na cabe a. Mas havia a mulher, havia os meninos, havia a cachorrinha. Fabiano gritou, assustando o b bado, os tipos que abanavam o fogo, o carcereiro e a mulher que se queixava das pulgas. Tinha aqueles camb es pendurados ao pesco o. Deveria continuar a arrast -los? Sinha Vit ria dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patr o invis vel, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo. RAMOS, G. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro, S o Paulo: Record, p. 37-38. Com rela o personagem Fabiano, no fragmento destacado, correto afirmar: (01) Manifesta-se, no momento em que arranja as ideias, dividida entre o desejo de uma atitude de cunho individualista e a manuten o de um comportamento respons vel e solid rio. (02) Demonstra incapacidade de compreender o mundo sonhado por sinha Vit ria, quando o considera algo desprez vel. (04) Mostra compreens o de sua condi o de inferioridade frente ao poder constitu do. (08) Encara a realidade do sert o com desencanto e tem como ideal de vida a sua independ ncia socioecon mica. (16) Apresenta-se como um indiv duo desejoso de ser sujeito do seu destino. (32) Revela um duplo comportamento, de faces antag nicas: age no espa o p blico com franqueza e, diante da fam lia, com dissimula o. Quest o 09 Nando j a cavalo mal ouvia Manuel Tropeiro. Sentia que vinha vindo a grande vis o. Sua deseduca o estava completa. O ar da noite era um escuro ter. A sela do cavalo um alto pico. Da sela Nando abrangia a Mata, o Agreste e sentia na cara o sopro do fim da terra saindo das furnas de rocha quente. E viu: aquele mundo todo com sua cana, suas gentes e seus gados era Francisca molhando os p s na praia e de cabelos ardendo no Sert o. Manuel disse Nando eu vou para ficar. Assim tenho pedido a Deus que seja a sua resolu o. [...] Boa essa roupa, Manuel. Manuel Tropeiro falou com sua ironia sem mal cia: Com seu perd o, seu Nando, a roupa preta n o fez o senhor padre. Esse gib o de couro n o vai fazer o senhor cangaceiro n o. Nando riu: N o se assuste, Manuel. Eu agora viro qualquer coisa. CALLADO, Antonio. Quarup. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 552-553. Edi o especial. A leitura e a an lise do fragmento e da obra permitem afirmar: (01) A personagem Nando evidencia-se como um homem com o olhar voltado para um contexto hist rico que precisa ser transformado. UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 6 (02) A personagem Manuel Tropeiro revela-se um c tico que instala d vidas na cabe a de Nando a respeito da possibilidade de transforma o da sociedade brasileira. (04) A realidade ficcional do romance dialoga com a realidade extraficcional do regime militar no pa s, utilizando-se, inclusive, de personagens do mundo real e do imagin rio. (08) A compara o estabelecida por Nando entre a realidade vislumbrada e Francisca reveladora da substitui o de Francisca, seu objetivo de vida, por um outro de cunho ideol gico e social. (16) A convers o de Nando milit ncia pol tica produto de uma travessia de vida que vai de Nando a Nando-Levindo, com o seu engajamento total luta armada. (32) A personagem Francisca representa um entrave realiza o individual de Nando, tornando-o um ser amargo, em face de uma experi ncia amorosa frustrada. Quest o 10 OUTRA NEGA FUL O sinh foi a oitar a outra nega Ful ou ser que era a mesma? A nega tirou a saia, 5 a blusa e se pelou. O sinh ficou tarado, largou o relho e se engra ou. A nega em vez de deitar pegou um pau e sampou 10 nas guampas do sinh . Essa nega Ful ! Esta nossa Ful !, dizia intimamente satisfeito o velho pai Jo o 15 pra esc ndalo do bom Jorge de Lima, seminegro e crist o. E a m e-preta chegou bem cretina fingindo uma dor no cora o. Ful ! Ful ! Ful ! 20 A sinh burra e besta perguntou onde que tava o sinh que o diabo lhe mandou. Ah, foi voc que matou! sim, fui eu que matou 25 disse bem longe a Ful pro seu nego, que levou ela pro mato, e com ele a sim ela deitou. Essa nega Ful ! 30 Esta nossa Ful ! SILVEIRA, O. Outra nega ful . Cadernos negros: os melhores poemas. S o Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 109-110. Com base no poema, verdadeiro o que se afirma nas seguintes proposi es: (01) O t tulo do poema contextualizado Outra nega Ful conduz a uma leitura de que a rela o senhor/escrava persiste nos mesmos moldes escravistas dos s culos passados. (02) O verso 12 Esta nossa Ful ! , reiterado no final do poema, evidencia um sujeito-po tico afro-brasileiro, com suas ideias e sentimentos. (04) Os versos 13-14 e 17-18 apresentam, sob outra perspectiva, uma reconfigura o do car ter bondoso do pai Jo o e da m e preta , figuras presentes no imagin rio brasileiro. (08) O poema dialoga explicitamente com a conhecida obra Essa negra Ful , escrita pelo poeta Jorge de Lima. (16) O uso de uma linguagem simples, informal, e a rejei o gram tica normativa constituem caracter sticas da po tica moderna presentes no texto. (32) O poema reitera o estere tipo depreciativo da Nega Ful , que se deita com o sinh . (64) A mulher negra, no poema, aparece como um objeto sexual do seu sinh . UFBA/2010 CPL 1 Fase Portugu s 7 UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 8 Ci ncias Naturais QUEST ES de 11 a 30 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES 11 e 12 Na vida, quase tudo parece depender das estrelas. Ou melhor, tudo em nossas vidas depende efetivamente de um desses corpos celestes: o Sol, nossa estrela central. Basta lembrar que a vida existe, porque existe a luz do Sol. Conhecer como nascem, vivem e morrem as estrelas conhecer como surge a luz, bem como tudo aquilo que d origem e serve de sustenta o vida. No caso particular de um embri o estelar cuja massa seja igual do Sol, quando as temperaturas no n cleo atingem cerca de 12 milh es de kelvins, tomos de hidrog nio come am a se fundir, por meio de um processo chamado fus o termonuclear, que consiste na aglutina o de dois tomos, para formar um terceiro, mais pesado. Para estrelas com massa bem maiores que a do Sol, a morte acontecer na forma de uma explos o catastr fica. A trag dia anuncia-se quando a temperatura do n cleo atinge cerca de 5 bilh es de kelvins. Pode-se falar de quatro grupos taxon micos no mundo estelar: as estrelas an s, as subgigantes, as gigantes e as supergigantes. Em cada um desses grupos, as estrelas podem ainda ser classificadas em azuis, amarelas e vermelhas. Aquelas mais quentes apresentam cores azuis; as de temperaturas intermedi rias s o amarelas; as mais frias t m tons avermelhados. (MEDEIROS, 2009, p. 21-25). Quest o 11 Com base nas informa es do texto e nos conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) A import ncia do Sol na sustenta o da vida se justifica em fun o de oferecer energia luminosa que, incidindo sobre a planta, totalmente absorvida e utilizada no metabolismo dos organismos produtores. (02) A hip tese helioc ntrica de Cop rnico quanto organiza o do sistema solar foi confirmada por Kepler, que estabeleceu que o quadrado do per odo de revolu o de cada planeta em torno do Sol diretamente proporcional ao cubo da dist ncia m dia do planeta ao Sol. (04) A enorme quantidade de energia liberada no cosmo pelas estrelas, a partir da rea o 1H + 1H 2 He, resulta da emiss o de el trons dos tomos de hidrog nio. (08) A energia de 5,0.108kcal, produzida quando 4,0g de hidrog nio s o transformados em h lio, inferior liberada na combust o completa de mil toneladas de carv o, de acordo com a equa o C(s) + O 2(g) CO 2(g) + 9 4kcal. (16) A estrela Sirius, a mais brilhante do hemisf rio sul, vista por um observador na Terra, uma imagem virtual da estrela real. (32) A radia o vis vel emitida por uma estrela que se afasta da Terra, medida por um observador terrestre, apresenta frequ ncia menor que a frequ ncia real emitida pela estrela. UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 9 Quest o 12 Sobre nascimento, vida e morte das estrelas e g nese da vida, correto afirmar: (01) Uma estrela pode ser reconhecida como fonte de vida, uma vez que elementos qu micos integrantes da composi o qu mica dos seres vivos t m sua origem na hist ria evolutiva do Sol. (02) Os gases nitrog nio e oxig nio, quando se encontram a uma mesma temperatura, apresentam diferentes valores de energia cin tica m dia por mol cula. (04) A energia essencial s etapas iniciais do processo de origem da vida na Terra, segundo a hip tese heterotr fica, decorreu da convers o biol gica da energia luminosa em energia qu mica. (08) O volume ocupado por 6,02.1023 mol culas do g s h lio, He, igual metade do ocupado pelo mesmo n mero de mol culas do g s hidrog nio, H2, nas mesmas condi es de temperatura e press o. (16) As estrelas mais quentes emitem luz de frequ ncia maior do que a da luz emitida pelas estrelas mais frias. (32) A equa o que representa, de modo simplificado, o processo de fus o termonuclear em um embri o estelar, revela que os tomos de hidrog nio que reagem para formar o tomo de h lio t m massas at micas iguais a 1 e a 3. (64) A morte de estrelas com massa bem maior do que a do Sol ocorre quando a temperatura do 10 o n cleo da ordem de 10 C. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 10 QUEST ES 13 e 14 A humanidade j consome mais recursos naturais do que o planeta capaz de repor. O colapso vis vel nas florestas, nos oceanos e nos rios. O ritmo atual de consumo uma amea a para a prosperidade futura da humanidade. ... Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de gua doce do planeta. Em quarenta anos, utilizar 80%. Dos rios do mundo, 50% est o polu dos. ... O planeta formado por 15 bilh es de hectares de terras, mas s 12% delas servem para o cultivo. ... Das 200 esp cies de peixe com maior interesse comercial, 120 s o exploradas al m do n vel sustent vel. ... Estima-se que 40% da rea dos oceanos esteja gravemente degradada pela a o do homem. Das 1400 esp cies de coral conhecidas, 13 estavam amea adas de extin o h dez anos. Hoje s o 231. ... Desde 1961, a quantidade de di xido de carbono liberada pela humanidade na atmosfera com a queima de combust veis f sseis cresceu dez vezes. (LIMA; VIEIRA, 2008, p. 96-99). Quest o 13 A partir das constata es explicitadas no texto, uma abordagem das Ci ncias Naturais permite afirmar: (01) O cen rio do consumo de recursos naturais al m do que o planeta Terra capaz de repor pode ser interpretado como uma diminui o da entropia do universo, de acordo com a segunda lei da termodin mica. (02) O aumento da quantidade de di xido de carbono liberada na atmosfera terrestre o principal fator para a redu o da camada de oz nio na alta atmosfera. (04) A altera o do pH do solo destinado ao plantio de 5,0 para 7,0 implica redu o em duas unidades da concentra o de ons OH nele presentes. (08) A fus o de grandes blocos de gelo flutuantes retirados do mar da regi o rtica possibilita a obten o de gua doce para as pequenas popula es ali inseridas. (16) O aumento do n vel dos oceanos provocado pelo derretimento de geleiras contribui para aumentar o valor da press o atmosf rica na superf cie do mar. (32) A polui o dos rios por esgotos domiciliares proporciona uma sobrecarga de res duos org nicos, o que repercute no fen meno de eutrofiza o que envolve maior consumo de oxig nio, criando condi es desfavor veis sobreviv ncia de popula es de peixes. UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 11 Quest o 14 Em rela o s consequ ncias da degrada o do planeta e s medidas que possam contribuir para a preserva o da biosfera, correto afirmar: (01) Os oceanos sequestram carbono no processo de produ o prim ria marinha, o que contribui para a modera o dos impactos do clima na vida terrestre. (02) A acidifica o dos oceanos, devido ao aumento da concentra o de CO2 na atmosfera, reduz o pH do meio aqu tico contribuindo para a degrada o de corais. (04) O aquecimento do planeta Terra que causa, dentre outros problemas, secas, inunda es, acidifica o dos oceanos e extin o de esp cies est relacionado com a refra o da radia o solar do espa o para a atmosfera terrestre. (08) A corre o do pH do solo de 5,0 para 6,0 promove maior disponibilidade de nutrientes, como pot ssio, magn sio, c lcio e f sforo, s plantas, e, sendo assim, solos alcalinos favorecem ao plantio. (16) A extin o do sapo-dourado-panamenho est associada ao desequil brio da rela o parasita/hospedeiro, em decorr ncia de altera es clim ticas. (32) A perda da variabilidade gen tica, devido extin o da subesp cie do rinoceronte-negro da frica Ocidental, diminui o potencial evolutivo das demais subesp cies. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 12 QUEST ES 15 e 16 O alto pre o dos alimentos constitui, ao lado da quest o energ tica, uma das maiores preocupa es da economia mundial. [...] Nos ltimos anos, as cota es do trigo, do arroz, do milho e da soja dispararam, afetando a vida de bilh es de pessoas. [...] De acordo com relat rio divulgado pela ONU em abril de 2008, A comida mais barata e as dietas s o melhores do que h 40 anos, mas a subnutri o e a inseguran a alimentar amea am milh es . [...] O aumento das temperaturas e o decl nio das precipita es nas regi es semi ridas v o reduzir a produ o de milho, trigo, arroz e outras culturas prim rias. (ARAIA, 2008, p. 20-25). Quest o 15 Com base em conhecimentos das Ci ncias Naturais, uma an lise da situa o apresentada permite afirmar: (01) Uma dieta feita exclusivamente com gr os de soja e arroz impossibilita a incorpora o de subst ncias que apresentam liga es pept dicas nas mol culas. (02) A degrada o de carboidratos nas c lulas inclui rea es que apresentam varia o de entalpia negativa. (04) O aumento nas cota es do trigo e da soja pode repercutir em subnutri o pela dificuldade de acesso a alimentos ricos em nutrientes energ ticos e estruturais. (08) A rea o dos vegetais ao aumento da temperatura ambiente decorre da aus ncia de mecanismos celulares para controle t rmico. (16) O peso de um caminh o que transporta uma carga excessiva de gr os danifica a estrada porque a for a normal produz eleva o e ondula o do asfalto. (32) Um pacote de alimentos abandonado de um avi o que voa horizontalmente a 405,0m de altura, com velocidade de 50,0m/s, sobre uma comunidade isolada, alcan a uma dist ncia de 450,0m na horizontal, medida a partir do ponto de lan amento, desprezando-se a resist ncia do ar e admitindo-se o m dulo da acelera o da gravidade igual a 10,0m/s2. (64) Uma por o de alimento com 70,0kcal tem energia equivalente quela necess ria para realizar o trabalho de levantar um peso de 20,0kgf a uma altura de 1,5m, considerando-se uma caloria igual a quatro joules. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 13 Quest o 16 Conhecimentos das Ci ncias Naturais associados ao cultivo de vegetais permitem afirmar: (01) A vida autotr fica dos vegetais uma evid ncia da independ ncia dos produtores em rela o exist ncia de micro-organismos que vivem no solo. (02) A sele o da soja como esp cie agr cola deve ser associada, entre outras caracter sticas, sua rela o coevolutiva com micro-organismos que fazem a fixa o biol gica do nitrog nio atmosf rico. (04) Os ons NO3 , constituintes da seiva mineral, s o part culas que apresentam liga es covalentes e 32 el trons na estrutura qu mica. (08) O superfosfato, Ca(H2PO4)2, fertilizante de solo muito eficiente, um sal que, dissolvido em gua, produz uma esp cie qu mica de car ter anf tero, de acordo com a teoria de Br nsted-Lowry. (16) Uma bomba que consome 12HP e dissipa 3HP, durante a opera o de retirar gua de um po o para irrigar planta es, apresenta rendimento igual a 75%. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 14 Quest o 17 Revigorantes, antioxidantes e rejuvenescedoras, as vitaminas s o indispens veis ao bom funcionamento do organismo, mas seu uso em excesso pode fazer muito mal. [...] Supunha-se que os efeitos protetores das vitaminas sobretudo no caso de tumores ou patologias cardiovasculares seriam potencializados se a pessoa ingerisse doses di rias maiores do que as recomendadas. Mas os estudos feitos at agora n o permitem nenhuma certeza a respeito disso. [...] Conserva o inadequada e erros de prepara o podem comprometer o conte do real de vitaminas de v rios alimentos. (VITAMINAS..., 2008, p. 26-31). A partir dessas informa es e com base em conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) As subst ncias denominadas antioxidantes atuam nos processos metab licos do organismo humano, transferindo el trons para outras esp cies qu micas. (02) A complementa o das necessidades vitam nicas do ser humano com a ingest o de produtos da natureza expressa a diversidade de vias metab licas estabelecida no curso da hist ria evolutiva da vida. (04) A efici ncia de uma geladeira utilizada para a conserva o de alimentos determinada pelo quociente entre a quantidade de calor retirado da fonte fria e o trabalho realizado pelo compressor. (08) Vitaminas do complexo B participam dos processos de obten o de energia, atuando como cofatores de enzimas em rea es respirat rias, e, desse modo, sua car ncia compromete o estado geral do indiv duo. (16) A tomografia computadorizada, que auxilia no diagn stico de tumores, utiliza raios X de comprimento de onda inferior ao da radia o gama. (32) Os alimentos cozidos em banho-maria ficam submetidos a grandes varia es de temperatura porque o valor do calor espec fico da gua relativamente baixo. (64) A vitamina C, representada pela f rmula excesso no organismo, eliminada pela urina. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 15 , tem car ter cido e, em QUEST ES 18 e 19 Longe de ser apenas um personagem que enriquece o imagin rio popular brasileiro, o boto um indicador natural do n vel de merc rio presente no ambiente aqu tico por acumular esse metal t xico nos seus tecidos. Com o objetivo de avaliar o grau de polui o dos ecossistemas marinhos, pesquisadores da Escola Nacional de Sa de P blica da Funda o Oswaldo Cruz observaram 20 amostras de m sculos de botos-cinzas que habitam a costa mar tima fluminense e 27 amostras de animais provenientes do litoral do Amap , que viviam no estu rio do Rio Amazonas. O boto-cinza (Sothalia guianenses) membro da fam lia dos delfin deos a mesma dos golfinhos. um animal que vive bastante, at 30 anos, alimenta-se de lulas, camar es e peixes, especialmente do peixe-espada (Trichuerus lepturus), um predador que tamb m acumula merc rio. Habita estritamente em regi es costeiras, em reas de at 50 metros de profundidade, e n o realiza grande migra o. Nos mam feros coletados no Amap , o teor de merc rio variou de 0,07 a 0,79 g/g de m sculo, em peso mido, com m dia de 0,38 g/g. J nos animais do Rio de Janeiro, a varia o foi de 0,2 a 1,66 g/g, com m dia de 1,07 g/g. (BOTO ajuda a indicar..., 2009). Quest o 18 Em rela o biologia do boto e considerando seu comportamento frente s condi es f sicas e qu micas do ambiente aqu tico, correto afirmar: (01) A condi o do boto-cinza de indicador natural est associada posi o que ocupa nas cadeias alimentares marinhas, configurando um exemplo de biomagnifica o. (02) Botos e golfinhos compartilham caracter sticas morfofisiol gicas que possibilitam agrup -los em uma mesma classe. (04) O boto-cinza que habita na regi o costeira fica submetido a uma press o m xima de 6,0atm, considerando a densidade da gua do mar igual a 1,2g/cm3, o m dulo de acelera o da gravidade local igual a 10,0m/s2 e 1atm igual a 1,0.105Pa. (08) Ambientes costeiros com profundidade de at 50,0m constituem o nicho ecol gico de Sothalia guianenses. (16) O teor m dio de merc rio encontrado em 1,0g de m sculo de mam feros do litoral fluminense , aproximadamente, cinco vezes maior do que a massa do on Hg+ encontrada em um litro de solu o de HgCl, Kps=1,0.10 18(mol/L)2, a 25 C. (32) Um boto-cinza de 60,0kg nadando horizontalmente com velocidade de m dulo igual a 10,0m/s engole um peixe-espada de 5,0kg, que se encontra em repouso e, imediatamente ap s, tem a sua velocidade reduzida para, aproximadamente, 9,2m/s. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 16 Quest o 19 Em rela o ao merc rio como agente contaminante do ambiente aqu tico e considerando as informa es do texto, pode-se afirmar: (01) O merc rio o elemento de maior densidade de seu grupo na Tabela Peri dica. (02) Bact rias atuam sobre o merc rio, presente em rios e mares, convertendo-o em uma esp cie qu mica n o absorv vel pelos seres vivos. (04) Os compostos organomet licos de merc rio, de maior efeito t xico para o homem, a exemplo do CH3HgCl, apresentam liga es met licas na estrutura qu mica. (08) O merc rio acumulado no corpo de um boto-cinza contribui para aumentar a resist ncia el trica do mam fero. (16) O percentual estimado de metilmerc rio, CH3Hg+, em guas salobras de pH 6, pH 7 e pH 8, de 1,9, 0,7 e 0,04, respectivamente, logo a concentra o desse c tion tanto menor quanto menor for a concentra o hidrogeni nica desse meio aqu tico. (32) A pesca de peixes de 5,0kg que contenham 0,5 g de merc rio em seus m sculos vetada nos Estados Unidos, uma vez que a principal ag ncia reguladora do consumo de alimentos daquele pa s proibe a pesca de esp cies marinhas que apresentam 1,0 g/g de merc rio no tecido muscular. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 17 QUEST ES 20 e 21 Oceanos com aproximadamente 1,5.1021 litros de gua cobrem 70% da Terra e atuam como sistemas coletores e de armazenamento de energia. Esse potencial se manifesta de diversas formas: ondas, mar s, correntes marinhas, gradientes t rmicos e de salinidade. A for a geradora das mar s depende, dentre outros fatores, da resultante gravitacional do sistema Sol-Terra-Lua. Correntes que fluem para os oceanos transportam anualmente 1,5.1011kg de ons s dio, cuja concentra o nas guas dos oceanos tem valor m dio de 10,70g/dm3. (STEFEN, 2008-2009, p. 76-81). Quest o 20 A possibilidade de explora o dos oceanos como recurso natural e os fen menos a eles associados permitem considerar: (01) As comunidades marinhas estabelecidas sob condi es espec ficas, expressando a indissociabilidade entre os meios bi tico e abi tico, s o sistemas originais e vulner veis, o que imp e limites explora o dos oceanos. (02) As ondas produzidas em um tanque de simula o das condi es do mar refratam mantendo a mesma frequ ncia da fonte geradora da perturba o. (04) A obten o de gua pot vel a partir da gua do mar, por meio da osmose reversa processo oposto ao da osmose exige que a gua do mar seja isot nica em rela o gua doce. (08) As cadeias tr ficas marinhas representam o potencial dos oceanos como sistemas de oferta de uma matriz energ tica limpa e renov vel. (16) A pot ncia instalada de 100,0kW no conversor de ondas em eletricidade, no quebra-mar de um porto, equivalente capacidade de fornecimento de 1,0.105J de energia a cada segundo. (32) A eleva o da temperatura do planeta Terra, provocada pelo crescente aumento da concentra o de gases de efeito estufa na atmosfera, promove a redu o da salinidade de mares e oceanos, devido ao fen meno da evapora o. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 18 Quest o 21 Uma an lise de aspectos f sicos, qu micos e biol gicos aplicada a ambientes marinhos permite afirmar: (01) A for a de atra o do Sol sobre a Terra tem o mesmo sentido da for a de atra o da Terra sobre a Lua, quando o sistema formado por esses corpos se encontra alinhado na ordem Sol-Terra-Lua. (02) A idade dos oceanos, estimada a partir da concentra o de ons s dio nas guas oce nicas, da ordem de 108 anos. (04) Dentre os ons presentes em maior quantidade na gua do mar, Cl , Na+, SO 2 , Mg2+, Ca2+ e K+, 4 existem pares de esp cies isoeletr nicas. (08) A solu o preparada dissolvendo-se 35,0g de sais em 1,0 litro de gua de densidade igual a 1,0g/mL tem concentra o salina igual de uma amostra de gua do mar cujo ndice de salinidade seja igual a 3,5% em massa, m dia de salinidade dos oceanos do planeta Terra. (16) O transporte de gua nas c lulas de organismos que vivem em ambientes hipersalinos se efetua contra o gradiente de concentra o, evitando a desidrata o. (32) A excre o de res duos nitrogenados em grande n mero de esp cies marinhas, inclusive nos peixes sseos, ocorre, principalmente, sob a forma de am nia, composto muito sol vel na gua. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 19 QUEST ES 22 e 23 A gua utilizada tamb m para gerar energia. Para distribuir gua, preciso energia. Os dois recursos limitam-se mutuamente. A Terra tem um volume de gua doce dezenas de milhares de vezes maior do que o consumo anual dos seres humanos. Infelizmente, a maior parte dela est presa em reservat rios subterr neos, gelo permanente e camadas de neve; uma quantidade relativamente pequena est armazenada em rios e lagos acess veis e renov veis. As usinas termoel tricas que consomem carv o, petr leo, g s natural ou ur nio geram mais de 90% de eletricidade nos Estados Unidos e gastam gua em excesso. (WEBBER, 2008-2009, p. 28-35). Quest o 22 A partir da an lise das informa es e considerando os conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) Uma vantagem do uso do hidrog nio em c lulas de combust vel para produzir energia que esse g s, tendo densidade igual a 0,071g/mL nas condi es padr o, pode ser armazenado em recipientes pequenos. (02) O consumo de gua na produ o de etanol maior, comparado aos outros combust veis, considerando que h uma demanda de gua durante o ciclo de vida total da planta at a chegada do combust vel nos postos de abastecimento. (04) A m xima quantidade de mat ria de gua necess ria gera o de 1,0MWh de eletricidade, a partir do carv o e do petr leo, cerca de 1,05.107mol, sendo a densidade da gua igual a 1,0g/cm3. (08) A obten o da gasolina envolve menor consumo de gua, porque a forma o do petr leo inclui, predominantemente, a biomassa de organismos que realizavam fotoss ntese anaer bica, n o usando, portanto, gua na fase clara. UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 20 (16) A quantidade de energia liberada na rea o H2 (g) + 1 O 2 (g) H2 O(g) menor do que a liberada 2 quando hidrog nio gasoso e oxig nio gasoso reagem para produzir gua l quida. (32) Um carro el trico h brido plug-in que, partindo do repouso, atingisse 54,0km/h no intervalo de 10,0 segundos, mantivesse essa velocidade durante 10,0 minutos e, em seguida, desacelerasse uniformemente com 2,5m/s2 at parar, consumiria aproximadamente 5,0 litros de gua na produ o do combust vel utilizado. Quest o 23 A preocupa o com o uso racional da gua recurso de import ncia vital justificada, porque (01) a utiliza o de usinas hidroel tricas para a produ o de energia, embora use volumes consider veis de gua, n o causa qualquer impacto ambiental. (02) o vapor de gua a subst ncia operante que realiza trabalho til nas turbinas de usinas nucleares e termoel tricas. (04) a gua essencial para a fisiologia celular, uma vez que, entre outras a es, substitui, com efici ncia, as enzimas nas rea es de hidr lise que se realizam no citoplasma das c lulas eucari ticas. (08) a car ncia de gua na natureza pode gerar uma desestrutura o de comunidades, por comprometer a s ntese prim ria de biomassa. (16) a desertifica o extensiva da superf cie do planeta Terra, afetando fisiologicamente a base produtora, ocasionaria um colapso no sistema vivo, comprometendo a manuten o das condi es atmosf ricas imprescind veis vida atual. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 21 QUEST ES 24 e 25 A revolu o energ tica deve come ar pelo fim da depend ncia do petr leo como fonte de combust vel dos ve culos. O transporte respons vel por 13,1% das emiss es de gases que provocam o aquecimento global. Isso ocorre porque, sem levar em considera o o etanol brasileiro, o 1 bilh o de autom veis que rodam no mundo queima derivados de petr leo: diesel e gasolina. A China anunciou investimento de US$221 bilh es para tornar sua matriz energ tica mais verde . Cientistas americanos criam subst ncias sint ticas para gerar combust vel a partir da grama . At 2020, todos os modelos de carro ter o vers es h bridas. Algumas movidas a hidrog nio . Em 2030, 20% da eletricidade consumida nos Estados Unidos dever ser gerada pelo vento . No Reino Unido, qualquer cidad o pode pedir uma auditoria energ tica para resid ncias e empresas . Uma solu o para reduzir os custos e as emiss es na gera o de hidrog nio pode vir de uma alga unicelular presente no solo, a Chlamydomonas reinhardtii. Cientistas descobriram como gerar hidrog nio a partir de um mutante desse organismo criado em laborat rio. Outra aposta para diminuir o consumo de petr leo s o os combust veis derivados de compostos fur nicos subst ncias qu micas obtidas do a car. Esses materiais s o convertidos em furfurais , um combust vel com mais energia que o etanol. Outra vantagem dos fur nicos que s o compat veis com os motores de ve culos e os postos de gasolina usados atualmente. (ARINI; MANSUR, 2009, p. 113-119). Quest o 24 Considerando-se os avan os tecnol gicos decorrentes da busca da independ ncia do petr leo como fonte de energia e a perspectiva de reduzir a polui o ambiental, correto afirmar: (01) Uma consequ ncia esperada do fim da depend ncia do petr leo como combust vel de ve culos dever ser a invers o na rota do ciclo de carbono, com menor sequestro de CO2. (02) O calor de combust o do etanol, C2H6O, de 1400,0kJ/mol e o da gasolina, representada por C8H18, de 5400,0kJ/mol e, assim sendo, s o necess rios cerca de 4 litros de etanol densidade 0,81g/cm3 para que se obtenha o mesmo rendimento de 1 litro de gasolina densidade 0,72g/cm3. (04) A fermenta o realizada por fungos difere da fermenta o l tica no m sculo esquel tico em suas etapas iniciais, n o fosforilando a glicose nem aproveitando o poder oxidante do NAD. (08) A rea o global da c lula de combust vel, representada pela equa o H2 (g) + 1 O 2 (g) H2O( l ) , 2 permite identificar o hidrog nio como integrante da rea o que ocorre no nodo da pilha. (16) A fuligem proveniente da queima de carv o, altamente poluente, realiza movimento ascendente no interior de uma chamin , devido s correntes de convex o t rmica. (32) A rea o 2Li + I2 2LiI, que fornece a energia necess ria ao funcionamento de um pequeno carro el trico, indica que o potencial de redu o do l tio inferior ao do iodo. UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 22 Quest o 25 Uma an lise de caracter sticas de organismos que poderiam contribuir na solu o do problema energ tico, bem como da produ o e utiliza o racional de fontes mais limpas de energia, permite afirmar: (01) As algas foram inclu das no reino Protoctista por Lineu, no s culo XVIII, quando prop s uma classifica o biol gica, expressando uma hierarquia taxon mica. (02) C lulas de Chlamydomonas reinhardtii realizam s ntese proteica em ribossomos livres no citosol ou associados s membranas do ret culo endoplasm tico rugoso. (04) A obten o de mutantes unicelulares envolve mudan as no c digo gen tico, originando novas mensagens que criam um organismo transg nico. (08) Uma auditoria energ tica avalia a energia el trica consumida por uma l mpada incandescente de 100,0W, ligada, corretamente, 8 horas por dia, durante 30 dias, como sendo igual a 24,0kWh. (16) O catavento de um gerador e lico que gira com 60 revolu es por minuto tem frequ ncia igual a 1,5 hertz. (32) A gera o de eletricidade, em uma usina e lica, depende da intensidade do fluxo magn tico manter-se constante nas bobinas do gerador. (64) O furfural HMF, representado pela f rmula funcionais dos teres e dos alde dos. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 23 , evidencia os grupos QUEST ES 26 e 27 Milhares de atratores luminosos ou bast es de luz (lightsticks) s o descartados na costa brasileira por navios que utilizam a t cnica de pesca conhecida como espinhel linha resistente com grande quantidade de anz is enfileirados. Os atratores s o bast es de pl stico transparente que cont m um l quido oleoso colorido cujos componentes s o perigosos para muitos organismos, inclusive o do ser humano. A exposi o de c lulas em cultura a esse leo causou altera es em prote nas e no material gen tico (DNA), prejudicou fun es celulares e levou parte delas morte. A curiosidade e a luta pela sobreviv ncia levaram pescadores e catadores de lixo a inventar novos usos para esse material, como formicida, leo para bronzeamento ou massagem e rem dio para dores nas juntas, inflama es e vitiligo. Essas pr ticas trazem s rios riscos sa de dos usu rios, j que o l quido dos bast es, al m de t xico para as c lulas e o DNA, pode provocar alergias e muta es. O uso do conte do dos atratores luminosos como bronzeador pode levar a processos inflamat rios e a envelhecimento precoce e a desenvolvimento de c ncer de pele, incluindo o temido melanoma. A exposi o de c lulas do f gado (mantidas em cultura) a um volume m nimo (0,25 microlitro) do l quido extra do de atratores luminosos usados, dissolvido em 20 mililitros do meio de cultura, levou 20% dessas c lulas morte ap s 16 horas. (BECHARA et al., 2009, p. 43-48). Quest o 26 Os conhecimentos da F sica, da Qu mica e da Biologia associados s informa es do texto permitem afirmar: (01) A emiss o de luz pelos tomos das mol culas de subst ncias luminescentes est associada ao movimento de el trons de camadas de maior energia para as de menor energia. (02) Os raios de luz emitidos por atratores luminosos que se propagam perpendicularmente superf cie de separa o gua-ar mudam de dire o. (04) A interse o entre raios de luz provenientes de dois atratores luminosos ocorre mantendo as dire es de propaga o dos raios que se cruzam. (08) O salicilato de s dio, catalisador da principal rea o qu mica que ocorre nos atratores luminosos, um ster que promove o aumento da energia de ativa o da rea o. (16) O cido ft lico, C6H4(COOH)2, subst ncia da qual deriva o solvente viscoso dos bast es de luz, um di cido que apresenta n cleo benz nico na estrutura molecular. (32) Altera es em prote nas podem ser consequ ncia de erros de informa o gen tica que se evidenciam na cadeia polipept dica, durante o processo de tradu o. (64) Danos no DNA humano s o sempre irrevers veis devido inexist ncia de enzimas que promovem o reparo no segmento alterado. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 24 Quest o 27 A an lise do comportamento dos constituintes dos atratores luminosos, inclusive das suas repercuss es na vida nos n veis celular e molecular, permite afirmar: (01) As fun es celulares s o prejudicadas porque res duos t xicos impedem a ocorr ncia simult nea dos processos de transcri o e tradu o inerente c lula eucari tica. (02) Hepat citos e c lulas epiteliais evidenciam em suas caracter sticas espec ficas a express o de todo o genoma, uma vez que se originam de uma mesma c lula-ovo por processos de multiplica o e diferencia o. (04) A experi ncia que resultou em 20% de c lulas de f gado mortas, ap s 16 horas de exposi o ao l quido extra do de atratores luminosos descartados, utilizou um volume m nimo do l quido dos atratores da ordem de 10 7 litros. (08) Muta es presentes em gametas de indiv duos submetidos contamina o decorrente dos atratores podem ser transmitidas descend ncia, independentemente da natureza dominante ou recessiva do alelo. (16) O contato direto dos limpadores de chamin s com a fuligem, composta de hidrocarbonetos semelhantes queles presentes nos atratores luminosos, pode ser evitado utilizando-se filtros eletrost ticos que capturam part culas de fuligem desviadas sob a a o de um campo el trico. : RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 25 Quest o 28 Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP), publicado em dezembro de 2007, na revista oficial da Associa o Internacional de Res duos S lidos, apresenta alternativas de reciclagem de embalagens pl sticas feitas a partir de politereftalato de etileno, o conhecido PET. Em vez de derivados de petr leo serem polimerizados para forma o do pl stico, utilizamos rea es de despolimeriza o para obter os derivados do petr leo como o cido tereft lico . (ERENO, 2008, p. 83-85). Outra op o para a reciclagem de garrafas PET envolve o fungo origin rio de muitas matas brasileiras, Pleurotus sp., capaz de retirar nutrientes dos pol meros sint ticos, transformando-os em mat ria org nica biodegrad vel. Os melhores resultados foram obtidos pela a o de fungos que cresceram em condi es muito semelhantes ao seu habitat natural. (HUCHE, 2009, p. 59). Em rela o produ o, ao uso e reciclagem de garrafas PET e s implica es ecol gicas desses processos, pode-se afirmar: (01) O p o l m e r o i d e n t i f i c a d o c o m o P E T, o b t i d o d e a c o r d o c o m a e q u a o q u m i c a , um poli ster. (02) O etilenoglicol, HO(CH2)2OH, produto da reciclagem de garrafas PET, um lcool secund rio que apresenta liga es covalentes entre tomos de carbono iguais s encontradas no cloreto de vinila, CH2CHCl, utilizado na obten o do PVC. (04) A hidr lise alcalina, que utilizada para a obten o de cido tereft lico a partir do politereftalato de etileno, realizada em meio onde o pH superior ao de solu es concentradas de NaCl. (08) A a o de fungos na transforma o de pl stico em mat ria org nica biodegrad vel evidencia o papel espec fico de Pleurotus sp., consolidando a import ncia ecol gica desses organismos como biodecompositores. (16) A participa o dos fungos nos processos generalizados de decomposi o posiciona esses organismos no primeiro n vel das cadeias tr ficas. (32) Um pulso transversal produzido em uma corda feita de garrafas pl sticas recicladas, com densidade linear de 1,0g/cm, tracionada com uma for a de 10,0N, propaga-se com velocidade de m dulo igual a 10,0m/s. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 26 Quest o 29 As possibilidades de aproveitamento da cana-de-a car e do palhi o de cana material que fica no campo ap s a colheita, composto por folhas verdes, pontas do vegetal, palha e restos do caule apontam para v rias aplica es no setor produtivo. A obten o do carbeto de sil cio, semicondutor de numerosas utilidades, de um bio leo com potencial de utiliza o na ind stria, de um fino p de carv o vegetal que pode ser usado na produ o sider rgica e de um g s com alto poder calor fico, composto de mon xido de carbono, metano e hidrog nio, indicado para alimentar reator e para gerar energia el trica, resulta de linhas de pesquisa j desenvolvidas. (ERENO, 2008, p. 95-97). Uma an lise das informa es apresentadas luz dos conhecimentos das Ci ncias Naturais permite afirmar: (01) A biomassa lignocelul sica das paredes das c lulas vegetais inclui, na constitui o de seus pol meros, mol culas de glicose que submetidas a o fermentativa de micro-organismos originam etanol e CO2, produtos finais tamb m obtidos a partir do caldo ou do mela o da cana. (02) A hidr lise da celulose pela celulase origina mol culas que, apesar de mais simples, mant m as mesmas propriedades expressas pelo polissacar deo. (04) Um dos desafios na produ o de lcool a partir do palhi o de cana etanol de 2a gera o desmontar a estrutura das complexas mol culas de celulose para disponibilizar seus mon meros, processo que se realiza na natureza por alguns micro-organismos, em fun o de aquisi o evolutiva. (08) A elevada dureza do carbeto de sil cio justifica o uso dessa subst ncia como abrasivo. (16) Dos gases que comp em a mistura gasosa produzida a partir do palhi o de cana, o mon xido de carbono o de maior velocidade de difus o. (32) As mol culas das subst ncias que comp em o g s de alto poder calor fico produzido a partir do palhi o da cana-de-a car apresentam, exclusivamente, liga es covalentes simples. (64) A inser o de uma fina camada de carbeto de sil cio, de constante diel trica k, entre as armaduras de um capacitor plano a v cuo, submetidas a uma ddp constante, diminui de k vezes a capacit ncia desse dispositivo. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 27 Quest o 30 Na Amaz nia, centenas de casos de mal ria est o sendo registrados fora de poca. As larvas do mosquito Anopheles darlingii, vetor da doen a, se desenvolvem nas reas alagadas pelas cheias dos rios [...]. [...] O Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas, Inpa, estuda como as mudan as clim ticas est o afetando o ciclo da doen a na regi o. [...] O Inpa prev uma mudan a de estrat gia de preven o doen a, a come ar pelo aumento do n mero de pontos-sentinela nas cidades mais afetadas. A mal ria, em geral, transmitida por meio da picada da f mea de Anopheles darlingii contaminada por esp cies de Plasmodium. Uso de repelentes e de mosquiteiros impregnados de inseticida, de borrifa o dentro das casas e de drenagem das reas alagadas, que se transformaram em criadouros de mosquitos da mal ria, s o algumas das medidas adotadas para reduzir o contato homem/vetor e, assim, controlar a doen a. (HUCHE, 2009, p. 57). Sobre o grave problema da mal ria, sua etiologia e controle, correto afirmar: (01) O aquecimento global est afetando o ciclo da mal ria na Amaz nia por acelerar o metabolismo e a reprodu o do plasm dio nas hem cias humanas. (02) A incid ncia de centenas de casos de mal ria fora de poca exerce uma redu o da press o seletiva, resultando em uma popula o sobrevivente menos resistente doen a. (04) O DEET, N,N dietil 3 metilbenzoamida, princ pio ativo dos principais repelentes de insetos comercializados no mundo, um composto de cadeia insaturada que apresenta carbonos prim rios. (08) A possibilidade de ocorr ncia de popula es de Anopheles darlingii resistentes a inseticidas configura uma estrat gia adaptativa revelando a natureza din mica do genoma. (16) A temperatura do g s que se expande na descompress o adiab tica de um spray de repelente se mant m constante, porque a quantidade de calor recebido do meio exterior igual varia o da energia interna do sistema mais o trabalho realizado pelo g s. (32) Uma cerca el trica composta de fios separados por espa amentos de 2,5mm e mantidos sob uma diferen a de potencial el trico de 2,0.103V poderia ser um mecanismo alternativo de controle do vetor da doen a, porque os mosquitos que a atravessassem seriam submetidos a um campo el trico de intensidade igual a 8,0.105N/C. RASCUNHO UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 28 REFER NCIAS ARAIA, E. A encruzilhada da fome. Planeta, S o Paulo: Tr s, jul. 2008. ARINI, J.; MANSUR, A. Em busca da nova energia. poca, S o Paulo: Globo, n. 571, 27 abr. 2009. Edi o Verde. Adaptado. BECHARA, E. J. H. et al. Atratores luminosos: polui o na costa brasileira. Ci ncia Hoje, S o Paulo: Escala, n. 257. vol. 43, mar. 2009. Adaptado. BOTO ajuda a indicar a concentra o de merc rio na costa mar tima fluminense. Dispon vel em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/04/16/ult4477ul545.jhtm?actio...>. Acesso em: 29 jun. 2009. Adaptado. ERENO, D. Pesquisa / FAPESP: ci ncia e tecnologia no Brasil. S o Paulo: Plural, n. 150, ago. 2008. Adaptado. ______. ______, n. 154, dez. 2008. HUCHE, M. Da mat ria pl stica org nica. Ci ncia Hoje, S o Paulo: Escala, n. 260, vol. 44, jul. 2009. Adaptado. ______. Altera es no ciclo da mal ria. Ci ncia Hoje, S o Paulo: Escala, n. 260, vol. 44, jul. 2009. Adaptado. LIMA, R. de A.; VIEIRA, V. A Terra n o aguenta. Veja, ed. 2085, ano 41, n. 44, 5 nov. 2008. Adaptado. MEDEIROS, J. R. de. Nascimento, vida e morte de estrelas. Ci ncia Hoje, S o Paulo: Escala, n. 257, vol. 43, mar. 2009. Adaptado. STEFEN, S. As m ltiplas ofertas do mar. Scientific American Brasil, S o Paulo: Duetto, 2008-2009. Edi o Especial. Adaptado. VITAMINAS: ABC da boa forma. Planeta, S o Paulo: Tr s, jul. 2008. WEBBER, M. E. Uma quest o de op o. Scientific American Brasil, S o Paulo: Duetto, 2008-2009. Adaptado. Fontes das ilustra es LIMA, R. de A.; VIEIRA, V. A Terra n o aguenta. Veja, ed. 2085, ano 41, n. 44, 5 nov. 2008. p. 99. (Quest es 13 e 14). WEBBER, M. E. Uma quest o de op o. Scientific American Brasil, S o Paulo: Duetto, 2008-2009. p. 32 e 34. (Quest es 22 e 23). UFBA/2010 CPL 1 Fase Ci ncias Naturais 29 VESTIBULAR 2010 UFBA 1a FASE GABARITO PORTUGU S QUEST ES 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. PROPOSI ES VERDADEIRAS 02 + 08 + 16 01 + 02 + 08 + 64 01 + 02 + 04 02 + 04 01 + 04 + 16 + 64 01 + 02 + 04 01 + 02 + 08 01 + 04 + 16 01 + 04 + 08 + 16 02 + 04 + 08 + 16 GABARITO OBSERVA O 26 75 07 06 85 07 11 21 29 30 CI NCIAS NATURAIS QUEST ES 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. PROPOSI ES VERDADEIRAS 02 + 08 + 16 + 32 01 + 16 + 64 08 + 32 01 + 02 + 16 02 + 04 + 16 + 32 02 + 04 + 08 + 16 01 + 02 + 04 + 08 + 64 01 + 02 + 16 + 32 01 + 16 01 + 02 + 16 01 + 02 + 04 + 32 02 + 04 + 16 + 32 02 + 08 + 16 08 + 16 + 32 02 + 08 + 64 01 + 04 + 16 + 32 04 + 08 + 16 01 + 04 + 08 + 32 01 + 04 + 08 04 + 08 + 32 GABARITO 58 81 40 19 54 30 79 51 17 19 39 54 26 56 74 53 28 45 13 44 Em 15 de novembro de 2009 Ant nia Elisa Cal de Oliveira Lopes Diretora do SSOA/UFBA OBSERVA O

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