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UFBA Vestibular de 2008 - PROVAS 2ª FASE - Português

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Portugu s QUEST ES de 01 a 06 LEIA CUIDADOSAMENTE O ENUNCIADO DE CADA QUEST O, FORMULE SUAS RESPOSTAS COM OBJETIVIDADE E CORRE O DE LINGUAGEM E, EM SEGUIDA, TRANSCREVA COMPLETAMENTE CADA UMA NA FOLHA DE RESPOSTAS. INSTRU ES: Responda s quest es, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e leg vel. Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais mai sculas. O rascunho deve ser feito no espa o reservado junto das quest es. Na Folha de Respostas, identifique o n mero das quest es e utilize APENAS o espa o correspondente a cada uma. Ser atribu da pontua o ZERO quest o cuja resposta n o se atenha situa o apresentada ou ao tema proposto; esteja escrita a l pis, ainda que parcialmente; apresente texto incompreens vel ou letra ileg vel. Ser ANULADA a prova que N O SEJA RESPONDIDA NA RESPECTIVA FOLHA DE RESPOSTAS; ESTEJA ASSINADA FORA DO LOCAL APROPRIADO; POSSIBILITE A IDENTIFICA O DO CANDIDATO. Quest o 01 (Valor: 15 pontos) No Brasil, o conformismo apontado por alguns estudiosos como sendo uma conseq ncia da pr pria coloniza o do pa s. O jurista Attila de Souza Le o Andrade Junior, autor do livro Brasil 2030: as previs es, rec m-lan ado pela editora Os Melhores Livros, explica que a in rcia social do pa s fruto de um conjunto de fatores formado por tr s pilares principais, chamado por ele de o trip do atraso . Seriam as bases deste trip : a economia extrativista que fundou o pa s, o regime escravocrata dentro do qual o Brasil foi povoado e o culto pobreza pregado pela Igreja Cat lica, vigente at hoje em todo o territ rio nacional. De acordo com o especialista, a filosofia econ mica extrativista trazida ao pa s pela coloniza o ib rica deixou no inconsciente coletivo da popula o a sensa o de que o desenvolvimento sin nimo de extrair e comercializar. O que explica, por exemplo, a pouca mobiliza o do brasileiro para evitar a explora o dos nossos bens por empresas estrangeiras , ele diz. J a escravid o fez com que houvesse a aus ncia de uma classe oper ria madura, aut noma e organizada, capaz de propor um programa pol tico que fa a frente ao da classe dominante. Acabamos, assim, tolerando a desigualdade social. Basta observar a rela o empregada dom stica e patr o que, na maioria dos casos, permanece como semi-escravid o: por sal rios nfimos, muitas ainda se submetem a condi es insalubres sem qualquer acesso aos direitos trabalhistas . A Igreja Cat lica, por sua vez, al m de ter apoiado o extrativismo e a escravid o, UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 6 enfatizou o culto pobreza como nica maneira de salva o da humanidade. Por meio de par bolas, como a que diz que mais dif cil um rico entrar no reino dos c us do que um camelo passar pelo buraco na agulha, o catolicismo condena a ambi o e o ac mulo de riquezas. [...] TAVARES, Juliana. Passividade nacional. Sociologia: Ci ncia & Vida, S o Paulo: Escala, ano 1, n. 3, 2002. p. 30-31. Juliana Tavares aborda o problema da passividade do brasileiro. Escreva um resumo do texto, procurando contemplar suas id ias principais. Quest o 02 (Valor: 20 pontos) Viver na taba de um ndio, programado pra s dizer sim [...] apenas um trecho de m sica para alguns remanescentes ind genas. Alguns n o. Milhares. Nos centros urbanos, ou pr ximos deles, vivem como qualquer cidad o ou ainda, com sorte, mantendo seus trajes, rotina e moradias originais; todos, por m, contam com o benef cio da Internet. na grande rede que acontece, agora, a propaga o da cultura desses povos, a comunica o entre eles e entre os ndios e o mundo. Adeus sinais de fuma a! Bem-vinda a fibra tica. GOYANO, Jussara. Adeus fuma a. Sociologia: Ci ncia & Vida, S o Paulo: Escala, ano 1, n. 3, 2007. p. 5. Comente o texto acima reproduzido e manifeste seu ponto de vista sobre a presen a da Internet nas comunidades ind genas. UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 7 Quest o 03 (Valor: 10 pontos) VIVO: propaganda. Veja, S o Paulo: Abril, ed. 2000, ano 40, n. 11, 21 mar. 2007. Fragmento do encarte especial destac vel. O texto publicit rio faz uso da polissemia dos signos ou seja, da multiplicidade de significados de uma palavra como recurso de constru o de sentidos. Identifique em que palavras se percebe o uso desse recurso na propaganda apresentada e explique como isso ocorre. UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 8 Quest o 04 (Valor: 15 pontos) Deixei o gravador reproduzir suas t o recentes palavras que at pareciam eco. Ele se ouviu, maravilhado, acenando a cabe a em constante anu ncia. No fim, refor ou ordem com ordem: E n o quero esse italiano a escutar as palavras. Ouviu? Ainda n o confio cento por cento nesse fidam e. Mas pai, esse italiano nos est ajudar. A ajudar? Ele e os outros. Nos ajudam a construir a paz. Nisso se engana. N o a paz que lhe interessa. Eles se preocupam com a ordem, o regime desse mundo. Ora, pai... O problema deles manter a ordem que lhes faz serem patr es. Essa ordem uma doen a em nossa hist ria. Dessa doen a, segundo ele, se refazia em n s essa divis o de exist ncias: uns moleques dos patr es e outros moleques dos moleques. A aposta dos poderosos os de fora e os de dentro era uma s : provar que s colonizados pod amos ser governados. COUTO, Mia. O ltimo voo do flamingo. S o Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 188. O fragmento transcrito representativo da linha tem tica de O ltimo voo do flamingo , em que o narrador-tradutor personagem discute com o pai Sulpl cio as coisas da terra . Baseando-se no contexto da obra, comente o ponto de vista de cada uma das duas personagens, explicitando as diferen as que as separam no que tange pol tica. UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 9 Quest o 05 (Valor: 20 pontos) I. O grande inconveniente da vida real e o que a torna insuport vel ao homem superior que, se para ela transportarmos os princ pios do ideal, as qualidades se tornam defeitos, de tal modo que freq entemente o homem ntegro a se sai menos bem que aquele que tem por causas o ego smo e a rotina vulgar. RENAN, Marc-Aur le. In: LIMA BARRETO, A. H. Triste fim de Policarpo Quaresma. S o Paulo: tica, 1996. p. 17. Ep grafe. II. Dona Quinota retirou-se. Este Genel cio era o seu namorado. Parente ainda de Caldas, tinha-se como certo o seu casamento na fam lia. A sua candidatura era favorecida por todos. Dona Maricota e o marido enchiam-no de festas. Empregado do Tesouro, j no meio da carreira, mo o de menos de trinta anos, amea ava ter um grande futuro. N o havia ningu m mais bajulador e submisso do que ele. Nenhum pudor, nenhuma vergonha! Enchia os chefes e os superiores de todo incenso que podia. Quando sa a, remancheava, lavava tr s ou quatro vezes as m os, at poder apanhar o diretor na porta. Acompanhava-o, conversava com ele sobre o servi o, dava pareceres e opini es, criticava este ou aquele colega, e deixava-o no bonde, se o homem ia para casa. Quando entrava um ministro, fazia-se escolher como int rprete dos companheiros e deitava um discurso; nos anivers rios de nascimento, era um soneto que come ava sempre por Salve e acabava tamb m por Salve! Tr s vezes Salve! . O modelo era sempre o mesmo; ele s mudava o nome do ministro e punha a data. LIMA BARRETO, A. H. Triste fim de Policarpo Quaresma. S o Paulo: tica, 1996. p. 49. III. Esta vida absurda e il gica; eu j tenho medo de viver, Adelaide. Tenho medo, porque n o sabemos para onde vamos, o que faremos amanh , de que maneira havemos de nos contradizer de sol para sol... O melhor n o agir, Adelaide; e desde que o meu dever me livre destes encargos, irei viver na quietude, na quietude mais absoluta poss vel, para que no fundo de mim mesmo ou do mist rio das coisas n o provoque a minha a o o aparecimento de energias estranhas minha vontade, que mais me fa am sofrer e tirem o doce sabor de viver... Al m do que, penso que todo este meu sacrif cio tem sido in til. Tudo que nele pus de pensamento n o foi atingido, e o sangue que derramei, e o sofrimento que vou sofrer toda a vida, foram empregados, foram gastos, foram estragados, foram vilipendiados e desmoralizados em prol de uma tolice pol tica qualquer... UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 10 Ningu m compreende o que quero, ningu m deseja penetrar e sentir; passo por doido, tolo, man aco e a vida se vai fazendo inexoravelmente com a sua brutalidade e fealdade. (Fragmento de uma carta do Major Quaresma sua irm .) LIMA BARRETO, A. H. Triste fim de Policarpo Quaresma. S o Paulo: tica, 1996. p. 167. Com base no pensamento de Renan (I), tomado como ep grafe do romance de Lima Barreto, fa a uma an lise sucinta do car ter das personagens Genel cio (II), e Major Quaresma (III) como possibilidades humanas referidas no texto da citada ep grafe. Quest o 06 (Valor: 20 pontos) I. Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folhas de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afei oavam lajedos a ponta de pic o; mais adiante faziam paralelep pedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o coro dos que l em cima brocavam a rocha para lan ar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do corti o, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a id ia de uma atividade feroz, de uma luta de vingan a e de dio. Aqueles homens gotejantes de suor, b bedos de calor, desvairados de insola o, a quebrarem, a espica arem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de dem nios revoltados na sua impot ncia contra o impass vel gigante que os contemplava com desprezo, imperturb vel a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo. AZEVEDO, Alu sio. O corti o. S o Paulo: tica, 1999. p. 48. Edi o especial. UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 11 I I. DI RIOS DE MOTOCICLETA, filme inspirado nos di rios de Ernesto Che Guevara e de Alberto Granado, durante sua primeira viagem pela Am rica Latina. Deserto de Atacama, Chile, 11 de mar o de 1952 Um homem e uma mulher (indicando algum lugar em um mapa que Che e Alberto mostravam) isto mesmo. Somos de l ! N o t nhamos muita coisa. Era uma terra rida. Mulher Pertencia ao av dele. Homem Era nossa, at que um latifundi rio nos expulsou. Mulher E eles chamam isso de progresso. Homem Deixamos nosso filho com a fam lia para procurar trabalho. Fugindo da pol cia, que queria nos prender. Alberto Por qu ? Mulher Porque somos comunistas. Homem Agora vamos para a mina. Se tivermos sorte, acharei trabalho. Parece que t o perigoso que eles nem se importam com o seu partido. Mulher (para Che e Alberto) Voc s est o procurando trabalho? Che N o, n s dois n o estamos procurando trabalho. Mulher N o? Ent o, por que viajam? Che Viajamos por viajar. Mulher Que Deus os aben oe. Que Deus aben oe a sua viagem. [...] Narrador (Che) (referindo-se ao homem e mulher) Aqueles olhos tinham uma express o sombria e tr gica. Falaram do companheiro desaparecido em circunst ncias misteriosas e que aparentemente havia terminado no fundo do mar. Foi uma das noites mais frias da minha vida. Mas conhec -los me fez mais perto da esp cie humana, que parecia t o estranha para mim. (Aparece o cen rio de uma pedreira, a mina de Chuquicamata, Chile, numa vis o panor mica, com muitos homens sentados nas pedras, entre os quais est o Che e Alberto, esperando ser selecionados pelo contratador para trabalhar) Contratador (apontando para cada um) Voc . Voc tamb m... Voc a do lado tamb m. Voc ... Voc ... Voc ... Voc n o, o do lado! R pido, r pido. Vamos, homens! Venha rapaz, anda! Subam no caminh o. R pido, r pido! O resto de voc s, para casa. Saiam daqui. Depressa, vamos indo. Vamos, subam. O caminh o est pronto? Entre no outro caminh o. Tudo pronto. Vamos indo. (Dirigindo-se a Che e Alberto) E voc s dois? O que est o fazendo aqui? Che Nada. Estamos s olhando. Contratador Olhando o qu , palha o? Isto n o atra o tur stica. Fora! Che O senhor n o v que est o com sede? Por que n o d um pouco de gua para eles? Contratador Comporte-se ou chamarei a seguran a e mandarei prend -lo. Che Por que motivo? Contratador Invas o de propriedade privada. Esta terra pertence Anaconda Mining Company. Vamos andando! UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 12 Voz de Che (narrando) Ao sairmos da mina, sentimos que a realidade come ava a mudar. Ou ramos n s? medida que sub amos as cordilheiras, encontr vamos mais ind genas, que n o tinham ao menos um teto onde fora sua pr pria terra. DI RIOS de motocicleta. Dire o de Walter Salles. S o Paulo, 2004. 1 DVD. O romance O Corti o e o filme Di rios de Motocicleta podem ser considerados de den ncia social. Justifique essa afirmativa, apoiando a sua resposta no fragmento que focaliza a pedreira de Jo o Rom o (I) e na cena do filme em que Che e Alberto encontram-se com os nativos, em Atacama, no Chile (II), ambos transcritos acima. UFBA / UFRB 2008 2a fase Portugu s 13 a VESTIBULAR 2008 2 F ASE GABARITO PORTUGU S QUEST O 01 (Valor: 15 pontos) Espera-se que o candidato construa um texto no qual sintetize as id ias abordadas no fragmento transcrito na quest o, a saber: O conformismo do brasileiro deve-se coloniza o voltada para a explora o das riquezas naturais do Brasil, que gerou a id ia de que isso desenvolvimento, logo n o h motivo ainda hoje para contestar a pr tica de entregar a explora o de nossas riquezas a estrangeiros; ao escravismo, que impediu a cria o de uma classe trabalhadora organizada e aut noma para enfrentar a explora o da classe dominante; a o da Igreja, de apoio s pr ticas coloniais, e ao seu discurso de valoriza o da pobreza. QUEST O 02 (Valor: 20 pontos) O texto focaliza as mudan as ocorridas na vida de muitos ind genas brasileiros que vivem em cidades do pa s ou na sua vizinhan a. Dentre elas, destaca-se o acesso Internet, recurso que facilita a comunica o entre os povos ind genas, ao mesmo tempo que lhes possibilita divulgar suas culturas. O candidato deve manifestar-se pr ou contra a tecnologia no contexto em quest o, justificando seu ponto de vista. O candidato pode se referir ao fato de que houve mudan as na forma como os ndios contempor neos se relacionam c om a comunica o; muitos remanescentes de ind genas est o integrados vida global, sem perder os aspectos significativos de suas culturas; a internet e a tecnologia, mesmo em comunidades tradicionais, podem propiciar a continuidade da cultura; a internet e demais avan os tecnol gicos, a depender do modo como s o utilizados, poder o constituir um bem ou um mal. O candidato deve assumir uma posi o, contra ou a favor, e justific -la. QUEST O 03 (Valor: 10 pontos) A ora o que Vivo pega , no contexto, tem sentido amb guo: Vivo tanto pode significar esperto, quanto pode ser lido como o nome da operadora telef nica. O cliente esperto usa (pega) a operadora, pois essa n o apresenta problemas na capta o do sinal ( seja, pega), ou ou, ainda, Vivo agrada, vira moda (pega). Na segunda ocorr ncia, a palavra Vivo aparece como marca, sin nimo (sinal) de qualidade. O termo sinal tamb m pode ser lido como contato da rede de telefonia. QUEST O 04 (Valor: 15 pontos) Na narrativa, o pai do narrador-tradutor personagem, Sulpl cio, o guardi o dos valores ancestrais de Tizangara (territ rio imagin rio) que se afasta da fam lia por muitos anos e regressa na esperan a de reencontrar a vida, a identidade de uma na o em ru nas no p sguerra; enquanto o filho testemunha e tradutor do desaparecimento da na o e tamb m aquele que cr na possibilidade de construir uma nova p tria e acredita na colabora o do estrangeiro para atingir tal fim. O pai discorda do filho por achar que este teima em servir aos mesmos que o haviam arruinado (p. 135), al m de julg -lo imaturo para entender o processo hist rico colonial em que ele vive. O candidato deve apontar que Sulpl cio possui um ponto de vista mais realista quanto s conseq ncias da coloniza o; ele, devido sua experi ncia de vi da, n o acredita na boa inten o de quem pertence cultura tradicional colonialista, possui v nculo com a Europa e herdeiro de empresa colonial; o narrador-tradutor confia na rela o com os europeus no processo p s-colonial e acredita que, finda a guerra, poss vel construir a paz com a participa o deles. QUEST O 05 (Valor: 20 pontos) O pensamento de Renan, na ep grafe do romance, pode ser relacionado s personagens Major Quaresma e Genel cio. O primeiro um idealista puro que imagina poder transformar o pa s atrav s da execu o dos seus projetos cultural, agr cola e pol tico, mas incompreendido e se torna um fracassado; ao passo que o segundo, sujeito ego sta, individualista, empregado do Tesouro, bajulador e submisso, vai ser bem sucedido na vida. Essa contradi o se faz presente na narrativa de Triste Fim de Policarpo Quaresma. Os dois personagens ilustram a situa o sugerida por Renan, j que o homem ntegro que teve convic es s lidas e sacrificou-se por seus ideais mal compreendido, injusti ado, tido como traidor; enquanto Genel cio bajulador e submisso apresentado como projeto de grande futuro: a rotina vulgar e o ego smo s o premiados (Genel cio), a integridade punida e vista como loucura (Quaresma). As personagens possuem caracteres diferenciados e expressam as contradi es e os paradoxos apontados por Renan. QUEST O 06 (Valor: 20 pontos) O romance O Corti o enfoca sobretudo a vida das camadas sociais mais inferiorizadas que v o ser exploradas e servir de base para a prosperidade do portugu s Jo o Rom o. Nesse caso, temos um Brasil em que, de um lado, o imigrante pobre ascende socialmente s custas da explora o, e, do outro, uma legi o de negros, mulatos e brancos formadores de um escal o de explorados, e todos como inferiores, da sociedade, como esses referidos no fragmento, trabalhadores da pedreira de Jo o Rom o. O filme Di rios de Motocicleta retrata uma poca em que Che Guevara viaja pela Am rica Latina e constata tamb m uma realidade de mis ria em que vivem os nativos, explorados por uma elite de origem colonial. A cena do filme apresentada mostra ind genas expulsos de suas terras para dar lugar a grandes empreendimentos econ micos, deixando-os abandonados pr pria sorte. Espera-se que o candidato demonstre que os dois textos podem ser considerados de den ncia, porque ambos retratam as p ssimas condi es a que s o expostos os trabalhadores brasileiros e chilenos. O excesso de trabalho, o descaso para com as condi es humanas dos trabalhadores (calor, sede, p ssimas condi es de vida) empurra-os para uma condi o de animais, totalmente submetidos gan ncia e brutalidade dos exploradores. Obs.: Outras abordagens poder o ser aceitas, desde que sejam pertinentes. Em 16 de dezembro de 2007 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA

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